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1Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 1066

17Quarta-Feira

Setembro / 2014Edição 1066

Álvaro Dias diz que é necessário mais investimentos nos

pequenos municípiosO senador Álvaro Dias e o deputado estadual Pedro Lupion estiveram em Siqueira Campos e região no último sábado (13). Acompanhados do prefeito Fabiano Lopes Bueno, o Bi, e demais autoridades, se reuniram no comitê do deputado Pedro Lupion para discurso e passearam pelas principais ruas. Após reunião foram recepcionados nos estúdios da Alternativa FM. Na ocasião, o senador falou sobre oposição política e principalmente sobre os problemas que mais aflige os moradores do Norte Pioneiro. A falta de médicos especialistas. Página 3

Com certeza você já deve ter ouvido um clássico do sertanejo dos anos 90, não é? No entanto, eu levanto uma questão: Você sabe quem está por trás de inúmeras canções que embalaram seus romances ou suas confraternizações? Pois é, ao ouvir uma música, seja de qual gênero for, nós não nos preocupamos em saber quem é o compositor. Às vezes olhamos de relance, mas nem notamos os nomes dos autores da melodia. Página 8

Câmara de Vereadores devolve recursopara prefeitura

O repasse foi feito a pedido do executivo e aca-tado pelo legislativo. De acordo com os represen-tantes da Câmara, esse valor pode ser repassado até o dia 31 de dezembro, porem, como havia certa necessidade por parte do poder Executivo, o repasse foi antecipado. Página 3

Ex-assessor de Gleisi é

condenado por estupro de menorO ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, Eduardo Gaievski, foi condenado a 18 anos e um mês de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro presumido e estupro qualifi-cado. Página 4

Anvisa determina apreensão de lotesde medicamentosA Anvisa determinou ontem (16) a apreensão e inutilização, em todo o país, dos lotes CC21236 e CC21237 do medicamento Hormotrop (soma-tropina), apresentação de 12 UI Pó Liófilo Inje-tável, indicado para crianças com distúrbios de crescimento, causados pela deficiência do hormônio do crescimento. Página 6

Casa Lar passa a se chamar “Conselheira Mariza Possedente

Teixeira”A Casa Lar São José mudou de nome. Após apro-vação na Câmara de Vereadores o local passará a se chamar “Casa Lar Conselheira Mariza Pos-sidente Teixeira”. O pedido foi feito ao vereador Aloísio Torres Guerra e foi aprovado na sessão da Câmara de Vereadores realizada nesta segunda-feira, 15. Página 5

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Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 10662 OPINIÃO

Siqueira CamposCornélio ProcópioCuritibaIbaitiJapiraJabotiSalto do ItararéCarlópolisJoaquim TávoraGuapiramaQuatiguáJacarezinhoConselheiro MairinckPinhalão

DIreçÃOElizabete GoisJOrNalIsta resPONsávelCamila Consulin - MTB: 0010182/PRreDaçÃOIsaele Machado, Camila Consulin, Regiane RomãoDIaGraMaçÃOAndré MachadoaDMINIstratIvOClaudenice, Isamara MachadoCOlUNIstaGênesis Machado

CIrCUlaçÃO

rePreseNtaçÃOMERCONET Representação de Veículos de

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TomazinaCuriúvaFigueiraVentaniaSapopemaSão Sebastião da AmoreiraNova América da ColinaNova Santa BárbaraSanta Cecília do PavãoSanto Antônio do ParaísoCongoinhasItambaracáSanta MarianaLeópolis

SertanejaRancho AlegrePrimeiro de MaioFlorestópolisSão Gerônimo da SerraSanto Antônio da PlatinaArapotiJaguariaívaSengésSão José da Boa VistaWenceslau BrazSantana do ItararéJundiaí do SulAndirá

AbatiáCambaráRibeirão do PinhalNova FátimaBarra do JacaréSanta AméliaSertanópolisBela Vista do ParaísoRibeirão Claro

ARTIGO

Por Eduardo Tadeu Pereira*

Em tempos em que o tema da sustentabil idade permeia os debates entre os diversos setores da sociedade, a dire-tr iz estabelecida pela Polít ica Nacional de Resíduos Sólidos quanto ao encerramento dos l ixões ganha força e apelo, colocando os municípios no centro desse dilema. Seria um grande avanço se as cidades brasileiras t ivessem atingido essa meta em 3 de agosto. No entanto, ainda há muitos obstáculos a superar para que f inalmente o l ixo tenha a des-tinação adequada em cada um dos 5.570 municípios brasilei-ros.

O encerramento dos l ixões é uma tarefa atribuída às prefeituras, que devem criar Planos Municipais de Resí-duos Sólidos (PMRS) para assegurar o destino adequado do l ixo, gerindo sistemas de reciclagem e encaminhando os rejeitos inservíveis para os aterros sanitários. Concre-t izar essa demanda vai muito além da disposição e vontade polít ica dos prefeitos e do compromisso com a susten-tabil idade. A viabil ização das medidas necessárias para o f im dos l ixões exige uma série de recursos que hoje a grande parte dos municípios não tem.

O não cumprimento do prazo estabelecido pela PNRS por cerca de 60% das prefeitu-

ras comprova essa realidade. A elaboração dos PMRS exige técnicos capacitados, o que é um desafio para muitos muni-cípios, sobretudo os menores; e também demanda recursos, tendo em vista que a respon-sabil idade da coleta do l ixo, encaminhamento e instalação de aterros recai sobre as pre-feituras.

Esse cenário exige uma pactuação mais justa entre os entes federativos. A Asso-ciação Brasileira de Municí-pios defende que os estados e a União devem comparti lhar essa missão com as prefeitu-ras. Os governos estaduais devem assumir as incumbên-cias que a PNRS lhes confere, promovendo estudos de regio-

nalização para implantação de aterros e formação de consór-cios e suporte na emissão de l icenças ambientais. A União, por sua vez, deve subsidiar f inanceiramente a elabora-ção e execução dos PMRS e a construção dos aterros. A ABM está pleiteando a inclu-são da gestão e destinação f inal dos resíduos sólidos entre os objetos do PAC 3.

O Congresso também deve assumir a sua parcela de res-ponsabil idade. No momento da aprovação da PNRS, os membros da Câmara e do Senado deveriam ter consul-tado os municípios sobre a viabil idade de cumprimento do prazo, evitando que a maioria das prefeituras sofra conse-

quências como pagamento de multas, bloqueio de repasses do governo federal e proces-sos por crime ambiental. Para corrigir essa distorção, esta-mos reivindicando a extensão dos prazos: 31 de dezembro de 2016, para cidades com mais de 100 mil habitantes; 31 de dezembro de 2017, para aquelas entre 50 mil e 100 mil habitantes; e 31 de dezembro de 2018, para até 50 mil.

Divididas as responsabil i-dades, é fundamental definir a participação do setor pri-vado no PMRS, sobretudo no que diz respeito à polít ica de logística reversa. As empre-sas produtoras de emba-lagens devem arcar com o custeio, até então assumido

pelas prefeituras, de recolher porta a porta os materiais que elas produzem. Também é imprescindível envolver os catadores de materiais reci-cláveis nesse processo.

O fim dos l ixões é um grande passo para a consoli-dação de cidades sustentáveis e de um país comprometido com a proteção ambiental e qualidade de vida. Mas, para isso, é fundamental seguir um dos principais conceitos da sustentabil idade: que cada um faça a sua parte.

*Eduardo Tadeu Pereira, mestre e doutor em Educa-ção, é ex-prefeito de Várzea Paulista (SP) e presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM).

Responsabilidade compartilhada

Falta discussão entre governo, sociedade e empresas

Por Rafaela Limons*

O lançamento de lixo em locais que possam causar poluição ambiental é prática criminali-zada pela lei de crimes ambientais desde 1998. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305/2010) só veio para confirmar aos governantes essa situação, tornando obrigatório, em um prazo de quatro anos, o encerramento de todos os lixões. O prazo terminou em 2 de agosto de 2014 e, segundo dados do Ipea, 59,6% das cidades ainda não contavam com instrumentos de destinação ambientalmente adequados, represen-tando um total de 40% do lixo do Brasil destinado de forma incorreta. No Paraná, estima-se que 180 dos 399 municípios ainda utilizem lixões como destino final para o lixo.

Parte dos municípios que não conseguiram encerrar os lixões é de pequeno porte; eles não têm receita e, muitas vezes, nem capacidade téc-nica para resolver o problema sozinhos. A PNRS previa que os municípios desenvolvessem planos municipais de gestão dos resíduos para que, após aprovação pelo Ministério do Meio Ambiente, recebessem recursos da União para aplicação das metas estipuladas. Mas o que acontece é que muitos municípios não entregaram no prazo o seu plano, que, devido a suas especificidades técnicas, deve ser elaborado por um corpo técnico especializado. Mas muitas prefeituras não têm esses profissionais, e nem recursos financeiros disponíveis para pagar empresas de consultoria.

A viabilidade econômica dos aterros sanitários é maximizada quando se tem uma maior geração de resíduos, tornando-se muitas vezes inviável economicamente para municípios menores. Uma das soluções para driblar esse problema é a uti-lização de consórcios intermunicipais, mas ainda existem pouquíssimos exemplos de mobilização

dos municípios neste sentido. As principais barrei-ras são observadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, devido à grande distância entre os municípios, à precariedade no transporte e à definição da localização, entre outros fatores.

A grande consequência do não cumprimento da legislação é que os lixões não apresentam nenhum tipo de controle ambiental; assim, o cho-rume gerado na decomposição dos resíduos pode infiltrar e contaminar o solo, o lençol freático e as águas superficiais. Além disso, os gases formados neste processo incluem o metano, um dos gran-des causadores do efeito estufa. Lixões ainda são responsáveis pela proliferação de roedores, inse-tos e aves, sendo considerados um problema de saúde pública.

Importante lembrar que mesmo os municípios que conseguiram cumprir o prazo de eliminar com os lixões apresentam dificuldades na ampliação dos sistemas de coleta seletiva, reciclagem e compostagem dos resíduos, pois o que prevê a PNRS é que somente os rejeitos sejam encami-nhados para os aterros sanitários, sendo neces-sário o investimento nesses mecanismos, além da logística reversa, e sempre inserindo os catadores de materiais recicláveis nestes processos. Assim, somente uma ampliação do prazo para os municí-pios não será suficiente se não existir uma discus-são efetiva entre governo, sociedade e empresas sobre como transformar esse cenário desde a origem do problema. Além disso, não é possível pensar em uma solução única e em uma medida isolada para a questão dos resíduos sólidos, e sim uma solução construída pela realidade social.

*Rafaela Limons é mestre em Engenharia Química. Nice Kaminari é doutora em Engenha-ria. Ambas são docentes do curso de Engenha-ria Ambiental da PUCPR.

CHARGE DO DIA

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DEUS é jUSTO E FiEL!

APENAS 7%O país que sediou a última Copa do Mundo com estádios bilio-nários não consegue ter a mesma eficiência na promoção do esporte básico. A menos de oito meses para o fim do prazo de entrega das obras do PAC 2, apenas 7% empreendimen-tos relacionados ao esporte foram concluídos. O percentual representa 660 empreendimentos finalizados, dos 9.824 pro-metidos

SERiAM POR MEiO DO PAC 2Os empreendimentos seriam realizados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), no “Eixo Comunidade Cidadã” e incluem reforma e construção de quadras esporti-vas em escolas, centros de iniciação ao esporte e unidades que unem esporte à arte. Os dados foram levantados pelo Contas Abertas no último Balanço do PAC 2 e englobam o que foi realizado entre janeiro de 2011 e abril de 2014. A segunda etapa do programa vai ser finalizada em dezembro deste ano.

SEM PALAVRASA Câmara dos Deputados vai pagar R$ 1,7 mil pela apresen-tação musical que ocorreu nos dias 8 e 9 de setembro, em razão da V Jornada de Pesquisa e Extensão. O evento visou a socialização e visibilidade do conhecimento produzido nos Grupos de Pesquisa e Extensão e nos cursos de Pós-Gra-duação promovidos pelo Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (Cefor).

BOLSA FAMíLiAEm nota, a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) e a Confe-deração Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) defendem auditoria do Tribunal de Contas da União que indicou distor-ções nos dados oficiais do Bolsa Família. O relatório da Corte foi duramente criticado pelo governo federal. De acordo com as associações é lamentável que o Ministério do Desenvolvi-mento Social (MDS) declare publicamente que os Ministros do TCU foram induzidos a equívoco em decorrência da ‘ignorân-cia dos técnicos’ (Auditores).

AUxiLiO-MORADiAO ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou anteontem (15), em decisão liminar (provisória), o pagamento de auxílio-moradia a todos os juízes federais do país, inclusive àqueles que atuam na cidade de origem e que possuem residência própria. O valor deverá ser regulamen-tado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Atualmente, ministros do Supremo recebem cerca de R$ 4 mil por mês em auxílio-moradia.

RETiROU PROPAgANDAO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu três liminares em favor da coligação de Dilma Rousseff, que entrou com ações contra as propagandas eleitorais das últimas três semanas do candidato do PSC, Pastor Everaldo. O material em questão associa o PT a atos de corrupção. Com a decisão, o conteúdo não poderá ser reproduzido novamente.

UM DOS PROCESSOS...Argumentou que a propaganda tem informações ofensivas, degradantes e injuriosas. Na peça representada, Pastor Eve-raldo diz que o dinheiro dos brasileiros está "sendo roubado" por um "bando de ladrões". "Agora, novamente vemos mem-bros ligados ao governo do PT envolvidos em um escândalo ainda maior (que o do mensalão)", diz o candidato na propa-ganda.

POlÍtICa

Câmara de Vereadores devolverecurso para prefeitura

O dinheiro é parte da economia feita durante o ano pelo legislativo. O pagamento pode ser feito até o dia 31 de dezembro, porem foi feito em setembro

De Siqueira CamposRegiane Romão

A Câmara de Vereadores de Siqueira Campos devolveu para a prefeitura R$ 100 mil.

O repasse foi feito a pedido do executivo e acatado pelo legislativo. De acordo com os representantes da Câmara, esse valor pode ser repassado até

o dia 31 de dezembro, porem, como havia certa necessidade por parte do poder Executivo, o repasse foi antecipado.

“O nosso prazo é até o final do ano, mas como o prefeito Fabiano Lopes Bueno nos procu-rou resolvemos antecipar parte do pagamento para a prefeitura. Esse dinheiro é a economia que fazemos durante o ano e de

acordo com uma lei Federal, o dinheiro que não é usado, deve ser devolvido para o município. É isso que estamos fazendo”.

Em 2013, foram devolvidos para o município através da pre-feitura R$ 298 mil. “Não sabemos se esse ano o valor vai se igualar ao do ano passado, e também não sabemos ainda se haverá alguma obra ou a aquisição de

algum bem para a Câmara de Vereadores”.

O prefeito Fabiano Lopes Bueno usará a verba em benefi-cio do município. Os vereadores, apesar de devolver o recurso, não podem direcionar onde será gasto o recurso. “Nós apenas aprovamos a devolução em qual área o prefeito vai aplicar a verba não cabe ao legislativo”.

RODOLFO CARVALhO

Vereadores durante sessão ordinária em siqueira campos

Álvaro Dias diz que é necessário mais investimentos do governo federal nos pequenos municípios

O senador Álvaro Dias, acompanhado do deputado estadual Pedro Lupion e do prefeito de Siqueira Campos, Fabiano Lopes Bueno, participaram de entrevista na rádio Alternativa FM

De Siqueira CamposCamila Consulin

O senador Álvaro Dias e o deputado estadual Pedro Lupion estiveram em Siqueira Campos e região no último sábado (13). Acompanhados do prefeito Fabiano Lopes Bueno, o Bi, e demais autoridades, se reuniram no comitê do deputado Pedro Lupion para discurso e passea-ram pelas principais ruas.

Após reunião foram recepcio-nados nos estúdios da Alterna-tiva FM. Na ocasião, o senador falou sobre oposição política e principalmente sobre os proble-mas que mais aflige os morado-res do Norte Pioneiro. A falta de médicos especialistas.

Segundo Dias, atualmente é preciso adotar medidas capazes para condenar e punir envolvidos

com corrupção. “Nós temos um regime policialesco implantado no país, um governo que nós persegue. É evidente que fazer um trabalho de oposição, é ter segurança que você tem uma vida limpa. Quem tem o telhado de vidro não pode se expor fazendo oposição, denunciando a corrupção existente, ado-tando providencias necessárias para a condenação e punição”, disse. “hoje no Brasil é numeri-camente insignificante o número de pessoas que cobram por uma política limpa. Afinal alguém se elege pra governar e outros para fiscalizar, denunciar eventuais desvios, equívocos e principal-mente denunciar a corrupção”, completou.

Questionado sobre o falta de médicos especialistas na região, o senador disse que é neces-

sário mais responsabilidade do governo federal em aplicar recur-sos nos pequenos municípios. “Isso é falta de visão estratégica de futuro. É evidente que faltam médicos sim. Porém, o governo federal não cumpre com a sua obrigação de repassar nem 10% da receita para a saúde. Além da incompetência falta planeja-mento”, disse.

O deputado estadual Pedro Lupion, que também participou da entrevista disse que Álvaro Dias, foi o único que defendeu o Paraná, para que recursos fede-rais fossem liberados. “Durante os quatro anos de mandato do governador Beto Richa, nós enfrentamos a perseguição polí-tica, todas as vezes que foram solicitados empréstimos ou financiamentos, fomos prejudi-cados”, disse. “Muita das nossas

conquistas se deve ao esforço do senador Álvaro Dias”, completou.

Além disso, Lupion disse que se não existisse esses impasses políticos a duplicação da PR-092, já poderia ter saído do papel. “A duplicação de uma das mais importantes rodovias do Norte Pioneiro, já poderia estar em fase de construção, porém sofremos com os impasses. Assim como o governador que precisou arcar com recursos próprios outros projetos”, informou.

Para o prefeito de Siqueira Campos, o Bi, foi uma satisfação receber os políticos em Siqueira Campos. “Realmente são homens de fibra, de uma conduta exemplar. É um prazer imenso poder acompanhar o Álvaro Dias e o Lupion, nos agradecimentos feitos a população siqueirense”, concluiu.

ASSESSORIA

Álvaro dias participou de entrevista no último sábado (13) na rádio alternativa FM

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Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 10664 POlICIal

AS COBRASPOR giLBERTO giMENES

Alguns animais parecem ser quase que unanimidade quando o quesito é por medo, um exemplo disso são as cobras. Seja uma imponente Sucuri (Eunectes murinus) com seus mais de 8 metros a uma simples Dormideira (Sibynomorphus mikanii) om apenas alguns centímetros elas parecem meter o mesmo sentimento goela a baixo das pessoas: PAVOR!As serpentes possuem sangue frio, porém são ágeis e dinâmi-cas como um mamífero de sangue quente. Elas possuem dife-rentes táticas para caçar, as que são peçonhentas apresentam presas inoculadoras de veneno que são usadas para a caça, eventualmente as cobras acabam usando pra defesa.No Brasil os acidentes ofídicos (causado por picada de cobra), são agrupados em quatro categorias: Crotalicos que correspon-dem às cascavéis, a Botrópico que correspondem às jararacas, urutu, jararacuçus, o Elápidico causados pelas as corais e por fim o laquetico que são causados pela surucucus, pico de jaca, malha de fogo. Esse animais são de suma importância para a natureza, ja que controlam a população de alguns animais e também possuem grande importância para a indústria farma-cêutica. Alguns remédios para a pressão alta são feitos a partir de substâncias sintetizadas a partir no veneno de jararaca.Porem existe aquelas que não injetam veneno, são as que constritoras, como a sucuri e a jiboia. Elas se enrolam e asfi-xiam a presa, pois possuem grande capacidade comprimir. São animais muito fortes e quando se enrolam na refeição dificil-mente largam o lanche!As cobras passam grandes períodos sem se alimentar. Uma sucuri após engolir uma capivara pode ficar ate quatro meses sem comer. E as cobras sempre engolem sua presa inteira. Elas possuem essa capacidade devido à estrutura especial de seu crânio e mandíbula, além claro de possuírem músculos e tendões muitos flexíveis. Existem muitas lendas ao redor desses animais, por exemplo, a de que através do guizo da cascavel seja possível estimar a sua idade, isso não é verdade. Cada anel do guizo representa uma troca de pele, o animal que possui grande disponibilidade comida vai acabar trocando de pele mais vezes ao ano do que um que possui uma dieta restritiva. Toda serpente troca de pele, isso ocorre porque a pele não acompanha o crescimento do animal.Se um dia uma cruzar o seu caminho, mantenha a calma, saia de perto ou se for o caso ligue para os bombeiros ou policia ambiental para que eles manejem o animal com segurança. Nunca tente por a mão ou mexer com ela, são animais bem perigosos e se você for picado procure um hospital imediata-mente.Lembre-se, há espaço para todos nesse mundo. É nosso dever respeitar a natureza.

Formatura dos soldados do 2º

Batalhão da Polícia Militar de Jacarezinho

Os soldados em formação participarão da “Cerimônia de Formatura do Curso de Forma-ção de Soldado do 2º Batalhão de Jacarezinho”.

O evento acontecerá no pró-ximo dia 19 de setembro e terá início às 17h.

O coronel César Vinícius Kogut, comandante regional de Polícia Militar, coronel Fábio

Luiz Rincoski e o tenente coronel Antônio Carlos de Morais convi-dam os familiares e amigos para a cerimônia que será na sede do Batalhão, na BR 153, KM 17 no Bairro Aeroporto, em Jacarezi-nho.

Em caso de mau tempo o evento será transferido para o Cine Iguaçu, no centro de Jaca-rezinho.

Ex-assessor de Gleisi é condenado por estupro de menor

De Curitiba

O ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, Eduardo Gaievski, foi condenado a 18 anos e um mês de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro presumido e estupro qualificado. A sentença foi dada no Fórum de Realeza, na região Sudoeste. Gaie-vski trabalhava diretamente com a então ministra Gleisi hoffmann, que deixou o posto para disputar o governo do Paraná em fevereiro de 2014. Gaeivski foi demitido em agosto do ano passado, quando a revista "Veja" revelou as acusações de abuso sexual de menores.

Esta foi a primeira sentença dos 17 processos contra Gaievski por crimes sexuais contra menores de idade. Os outros 16 processos também estão na fase final. Gaie-vski foi levado para a Casa Civil pela própria Gleisi, que diz nunca ter sido informada sobre os crimes do petista. Natalício Farias, advo-gado de algumas vítimas, espera uma pena total bem maior. “Fize-mos as contas e a pena dele poderá chegar a 356 anos de prisão”, diz.

Assessor- A sentença que con-denou Gaievski foi proferida pela juíza Janaína Monique Zellato Albino, do Fórum de Realeza. Com a condenação, o petista deixa o regime de detenção provisória e vai cumprir pena em presídio, em regime fechado.

Gaievski foi prefeito de Realeza pelo PT e, no Palácio do Planalto, cuidava das políticas para saúde e para crianças e adolescentes, como a prevenção do crack. Gaievski também ajudou a criar o programa Mais Médicos, que trouxe médicos de Cuba para trabalhar no Brasil. Sua prisão pode representar mais um baque na candidatura de Gleisi hoffmann no Paraná, que amarga um terceiro lugar nas pesquisas.

Segundo depoimento das víti-mas, Gaievski tinha assessoras que iam atrás das adolescentes e

o ex-prefeito só aparecia na hora dos estupros. Muito das vezes, as próprias vítimas indicavam outras amigas, em geral colegas de escola, que poderiam estar pre-cisando de dinheiro também. "Eu estudava no (colégio) João Paulo e conheci essa amiga lá e ela já saía com ele." disse A. P., na época com 13 anos.

Sem camisinha - Segundo ela, os estupros geralmente aconteciam em motéis nas cidades vizinhas, sempre mais de uma adolescente por vez. "Minha amiga foi junto, eu e uma amiga fomos no motel, no Jetaime ali que vai para Ampére. Foi a tarde." continua o relato.

A.P. disse ainda, que perdeu a virgindade com o ex-prefeito e con-fessa que ele não usava preserva-tivo "Ele disse que tinha feito uma cirurgia e que não podia ter filhos, e como a minha amiga já tinha saído com ele, era verdade, que ele não precisava, não tinha nada. Daí eu acreditei e não usamos nada aquela vez. E eu sabia que ele saía com mais meninas, aí eu nunca mais saí com ele. E as outras meni-nas que eu falava elas diziam que ele não usava camisinha." A família da menina votava em Gaievski e o ex-prefeito a visitava em busca de apoio "Ele vinha aqui em casa na maior cara de pau visitar minha mãe e minha mãe mal sabia que ele não prestava."

‘ELE gOSTAVA DE SER CHAMADO DE PAPAi’

X. S., 14 anos, deu mais deta-lhes sobre os encontros com o ex-prefeito de Realeza e ex-asses-sor de Gleisi hoffmann, Eduardo Gaievski. "Ele gostava de ficar com gurias mais novas tudo junto. Depois fui eu, a Aline, a Jenifer. E ele fez amor com as três" disse. Disse ainda: "Ele dizia para as gurias na hora do ato "me chama de papai".

Todas no final recebiam o paga-mento "era em torno de uns R$ 150, R$ 200" continua X. S., mas quando

as meninas negavam a continuar a sair com ele, começava as amea-ças "Eu tava na oitava série, com 14 anos. E ele ameaçava, falava que se alguém abrisse a boca poderia acontecer alguma coisa e daí eu prometi que não ia falar nada e nunca mais saí com ele."

Mesmo depois quando o MP já estava o acusando oficialmente, Gaievski ameaçava usar sua influ-ência política no julgamento "A segunda vez que eu saí, ele sempre falava que se um dia alguém des-cobrisse, ele não ia ficar legal, aí depois que saiu esses depoimentos para uma juíza aqui de Realeza, aí ele ameaçou, disse pra gente sair do processo se não ia acabar acon-tecendo coisas".

gAiEVSKi USAVA ASSES-SORA PARA ALiCiAR

AS MENiNASJá P. P. S., hoje com 27 anos,

explica mais como Gaievski usava seu poder de prefeito, pois tinha trabalho temporário na prefeitura e foi demitida "Porque eu entrei em depressão. Ele não me deu nem chance de explicar alguma coisa." relata. Segundo ela, 'Marta', pro-fessora, era a responsável por todo esquema quando Gaievski não podia aparecer: "A Marta que arran-java as mulheres para ele disse que ia ver com ele se conseguia um ser-viço para mim na prefeitura e para eu conseguir esse serviço eu tive que sair com ele. A gente foi umas duas vezes numa ruazinha perto do cemitério. A Marta levava as meni-nas lá e ele pegava também."

Por ser mais velha, conta alguns detalhes sobre os estupros de meninas e adolescentes. "Eu vi as meninas fazendo comentá-rios sobre ele dizendo que tinham ganho cenzão (R$ 100,00) dele e o negócio era pequenininho e davam risada. E eram tudo de menor, eu só que era de maior na época".

Porém, detalha como se sentia abusada: "Ele era abuso de autoridade e não tava nem aí,

se tinha gente perto ou não. Ele achava que por ele ser prefeito, podia fazer tudo que ele qui-sesse. Então ele abusava mesmo e a gente pobre, tem que abaixar a cabeça e ficar quieto. Ele ofe-recia dinheiro, às vezes R$ 200 e às vezes dava para a Marta, mas ela não me passava."

Ela detalha também, como era a relação dele com suas fun-cionárias na prefeitura "Para con-seguir o emprego tinha que sair com ele. Vocês podem procurar a Jaqueline. Ela me mostrava as mensagens que a Daia Bedin mandava e falava que ela tinha que sair com o Eduardo se não ela ia perder o emprego. Ficava pressionando a Jaqueline. Eu nunca falei pra Jaqueline que tinha ficado com o Eduardo mas ficava falando pra ela cair fora e ela que perdesse o emprego mas não fizesse isso, porque eu sabia que ele era assim. Porque ele enjoa das pessoas e nesse enjoar ele te manda embora." No final, P. P. S. foi demitida. "Eles alegaram que eu tinha abando-nado o serviço."

‘NãO TENHO TRAUMA,Só RAiVA’, Diz VíTiMA

Em comum aos três casos, é o trauma deixado pelos estupros de Gaievski. A.P. mais nova, diz pouco sobre isso: "Claro que isso vai ficar me marcando pro resto da minha vida, mas fazer o que é um trauma, né, às vezes eu me lembro, não tem como não lem-brar e nem voltar atrás."

Já X. S. nega mas deixa evi-dente o que sente "Não tenho trauma, só raiva.". E a mais velha, P. P. S. diz não saber o que fazer. "Tô faz 5 anos com depres-são. Ele me tirou o que eu mais gostava de fazer que era traba-lhar, ter minha vida independente e quando eu vi que eu era depen-dente de um homem pra comprar minhas coisas, coisas pro meu filho, foi o que me matou".

AGÊNCIAS

REGIANE ROMÃO

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5Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 1066lOCal

- Alô? - Oi? - Tudo bem? Acredita que já tô saudade?- Eu também. - E parece que faz uma eternidade que não

nos falamos – ela diz e completa - E como você tá hoje?? - Ainda um pouco cansado. As sessões me dão enjoou,

mas o que sinto mais falta é do meu cabelo. havia aumentado as sessões de quimioterapia e agora também a radioterapia castigavam o jovem. Nunca foi de um porte atlético, robusto, forte.

Sempre exibiu um corpo magro, porém saudável. O câncer levou parte de sua perna esquerda e os cuidados agora era para que a doença não se espalhasse pelo resto do corpo. Ele encarou tudo com muita tranquilidade. Sereno e acreditem muito calmo. As conversas ao telefone o agradavam. O fazia feliz, também pudera. Era ela do outro lado da linha. - Sabe o que mais gosto? De sentir tua respiração enquanto me beija

Ela pensa e responde: - Eu gosto quando se aproxima de mim, olha nos meus olhos e depois na minha boca, de novo nos meus olhos e de novo na minha boca. E daí me beija. Eles prestavam atenção nestes detalhes imperceptíveis, no “quase nada”, olhos nos olhos, mãos nos cabelos, o calor da respiração.

*** Ele trabalhava no que intitulou “o projeto de vida”. “Tenho um filho, plantei uma árvore e agora só falta ‘o livro’” – coisas de quem quer vida perpétua na terra. Com o advento do câncer ele teve tempo pra se dedicar ao “projeto de vida”.

Na beira da morte. Amigos o visitavam e cada um levava um exemplar do livro, pagavam – faziam questão – e elogia-vam uns uma crônica, outros outra, e tinham uma coletânea de historias que juravam reais. E nem todas eram – a maioria não.

“Mas que bom que acham que tudo aí é verdade. É o melhor elogio que podem me fazer”. Ele acreditava que esta dúvida entre o real e a ficção era fantástica, pois dava ‘vida’ à suas crônicas.

*** Um belo dia ela chegou para visita-lo. Surpresa pra ele. Agradou-se com a presença dela. havia saudade no olhar. Ele senta-se na cama: - Pega o último livro deste monte aí! - Você publicou???? Estou orgulhosa de você!!!!! - Este é especial.

Tem uma dedicatória diferente. Ela abre e ao ler se emo-ciona. Dizia: “Que este livro seja o seu ‘filtro dos sonhos’.

Assim, desta maneira, jamais perderá o seu SONhO BOM”. Onminia vincit.... Leia no volume máximo!! Eles sabiam que eram os últimos instantes. Terminado o “projeto de vida”...

Terminada a vida....

O PROJETO DE VIDA

Casa Lar de Siqueira Campos passa a se chamar “Conselheira

Mariza Possedente Teixeira”A mudança foi uma homenagem a uma conselheira tutelar que faleceu em 2013. A instituição atualmente abriga 11 menores

De Siqueira CamposRegiane Romão

A Casa Lar São José mudou de nome. Após aprovação na Câmara de Vereadores o local passará a se chamar “Casa Lar Conselheira Mariza Possidente Teixeira”.

O pedido foi feito ao vereador Aloísio Torres Guerra e foi aprovado na sessão da Câmara de Vereado-res realizada nesta segunda-feira, 15.

Mariza Possidente Teixeira foi conselheira tutelar por duas ges-tões e ficou conhecida por sua dedi-cação ao trabalho, competência e por ser uma excelente profissional.

Ela faleceu em 2013 e os vere-adores acharam, por bem, que essa homenagem deveria ser feita.

CASA LAR CONSELhEIRA MARIZA POSSEDENTE TEIXEIRA

A Casa Lar de Siqueira Campos atualmente abriga 11 crianças. As idades variam de seis meses até 17 anos. há um caso em especial, uma jovem de 22 anos que vive no

local desde os sete anos, quando perdeu a avó.

Ela, não tem para onde ir, e nem familiares, por essa razão ainda mora no local, como explicou a diretora Silvana Maria Vieira de Oliveira. “Teoricamente ela já deve-ria ter deixado a instituição, mas não tem para onde ir, por isso ela continua aqui”.

O local é mantido pela prefei-tura, que arca mensalmente com as despesas de alimentação, e o pagamento das contas fixas, como aluguel, água e luz. “Aqui é uma instituição governamental, e por essa razão dependemos da prefei-tura para o pagamento das despe-sas. Não recebemos dinheiro aqui, fazemos os pedidos e a prefeitura compra e realiza os pagamentos”.

Porem, como ressaltou Sil-vana, a população também ajuda. “Sempre recebemos doações de roupas, brinquedos e até de alimen-tos. As pessoas fazem pratos dife-rentes em casa e trazem para as crianças. Toda ajuda é bem vinda”.

As visitas dos familiares são feitas aos domingos, das 14 às 16h. “O horário é fixado, mas podemos alterar casa seja necessário. O importante é que as visitas aconte-çam”.

As crianças que são encami-nhadas para a Casa Lar passam por acompanhamento psicológico e recebem atendimento médico quando necessário. “As crianças chegam aqui muito carentes, e precisam de atenção o tempo todo. Muitas chegam aqui e querem ficar no colo como se fosse bebê”.

As pessoas que tiverem inte-resse também podem apadrinhar as crianças que estão na Casa Lar. “Ainda não temos padrinhos para todas as crianças, os padrinhos podem, inclusive pegar os menores no final de semana para passear, eles têm uma vida normal aqui, vão para a escola ou creche, para a igreja, inclusive tem uma menina aqui que é coroinha”.

Silvana explicou que, são raros os casos em que as crian-

ças são retiradas do convívio familiar e quando são restituí-das levam uma vida “normal”. “Quando a criança vem uma vez, é quase certeza que ela voltará. Dependendo do juiz, ela pode ser restituída até quatro vezes na família, e só depois disso é encaminhada para a adoção. Só que em alguns casos, essas crianças já têm mais de sete anos e a adoção é quase impos-sível. Apesar da fila de adoção ser grande, as famílias ainda preferem os bebês, dessa forma as crianças mais velhas são rejeitadas”.

Além do carinho com que os menores são tratados, Sil-vana afirma que é preciso cor-rigir como se fosse um filho. “A tendência é que essas crianças sejam mimadas, todos olham como se eles fossem coitadi-nhos, mas não é assim, é pre-ciso chamar atenção na hora certa, para que eles entendam o que é educação”.

diretora silvana Maria Vieira de teixeira convida todos a conhecerem o funcionamento da instituição

FOTOS: REGIANE ROMÃO

cantinho do brinquedo. doações podem ser feitas pela comunidade para contribuir com a diversão das crianças

Page 6: Correio Notícias - Edição 1066

Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 10666 Geral / eDItaIs

Anvisa determina apreensão de lotesde medicamentos falsos

Conforme a decisão, deverão ser recolhidos somente os lotesencontrados em estabelecimentos privados

Agência Brasil Andreia VerdélioArmando Cardoso

A Anvisa determinou ontem (16) a apreensão e inut i l iza-ção, em todo o país, dos lotes CC21236 e CC21237 do medi-camento hormotrop (somatro-pina), apresentação de 12 UI Pó Lióf i lo Injetável , indicado para cr ianças com distúrbios de crescimento, causados pela def ic iência do hormônio do crescimento.

Conforme a decisão, deve-rão ser recolhidos somente os lotes encontrados em estabe-lecimentos pr ivados. Detentor

do registro do medicamento, o Laboratór io Químico Farma-cêut ico Bergamo Ltda conf i r-mou a existência de unidades fals i f icadas do remédio no mercado nacional. Os lotes legít imos foram distr ibuídos apenas para órgãos públ icos.

A resolução foi publ icada no Diár io Of ic ial da União. A Agência Brasi l entrou em con-tato com a Amgen, empresa propr ietár ia do Laboratór io Bergamo, e aguarda posicio-namento.

Na mesma publ icação, a Anvisa determinou a suspen-são da fabricação, distr ibuição, divulgação, comercial ização

e uso do produto Coletor de Perfurcor tantes, fabr icado e comerc ia l izado pela empresa JSM Indúst r ia e Comérc io de Produtos Manufaturados Ltda. O produto não é reg is-t rado na Anvisa.

Também por fa l ta de reg is t ro , o produto Desl ip (chytosan + associações) fo i suspenso. A embalagem c i ta a empresa F i tobras – Indúst r ia e Comérc io de Pro-dutos F i to terápicos como fabr icante, mas não in forma o endereço. A lém d isso, o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jur íd ica (CNPJ) é invá l ido.

ILUSTRATIVA

Page 7: Correio Notícias - Edição 1066

7Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 1066eDItaIs

PREFEITURA DE JOAQUIM TAVORAESTADO DO PARAnÁ

EDiTAL DE LiCiTAçAO- PROCESSO ADMiNiSTRATiVO Nº 91/2014

TOMADA DE PREÇOS 015/2014- TIPO MENOR PREÇO

Objeto da licitação: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENhARIA, TIPO

MENOR PREÇO, DE PAVIMENTAÇAO ASFALTICA E URBANIZAÇÃO DA TRAVESSA 21 DE SETEMBRO NO MUNICIPIO DE

JOAQUIM TAVORA, CONFORME PLANILhAS, PROJETOS E MEMORIAL DESCRITIVO, COM RECURSOS ORIUNDOS DO

CONTRATO DE REPASSE OGU Nº 0308186-59/2009/MCIDADES/CAIXA.

Data e horário de apresentação e abertura dos envelopes: Data da entrega dos envelopes: 03/10/2014 das 08h29hrs às

08h59min, Data da abertura e julgamento: 03/10/2014- às 09:00.

Local da abertura: Prefeitura Municipal de Joaquim Távora, Rua Miguel Dias, 226, Estado do Paraná. Obs: a documentação

completa do Edital deverá ser retirada no endereço acima mencionado, no horário comercial das 08:00hrs às11:30hrs e das

13:00hrs as 17:00hrs.

Joaquim Távora, 12 de setembro de 2014.

MARCOS ROgERiO DE OLiVEiRAPRESiDENTE CPL

gELSON MANSUR NASSARPREFEiTO MUNiCiPAL

CÂMARA DE VEREADORES SIQUEIRA CAMPOSESTADO DO PARAnÁ

DECRETO LEgiSLATiVO Nº 055/2014

DECLARA PONTO FACULTATIVO NO RECINTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE SIQUEIRA CAMPOS – PARANÁ E DETERMINA

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SIQUEIRA CAMPOS, ESTADO DO PARANÁ, APROVOU E EU, PRESIDENTE, PROMULGO O

SEGUINTE DECRETO LEGISLATIVO.

Art. 1º - Fica determinado ponto facultativo no recinto da Câmara Municipal de Siqueira Campos, Paraná, no dia 22 de setembro

de 2014, em razão das festividades relativas ao 94º aniversário de emancipação política do Município de Siqueira Campos.

Art. 2º - Os serviços na Câmara Municipal de Siqueira Campos, Paraná, ficarão suspensos na data referida no artigo primeiro e a

Sessão Ordinária fica transferida para o dia 24 de setembro de 2014, às 19h30.

Art. 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Siqueira Campos, Paraná, em 16de setembrode 2014.

MARCOS ADRiANO DOS REiSPRESiDENTE

PREFEITURA DE SãO JOSE DA bOA VISTAESTADO DO PARAnÁ

Decreto nº 73/2014

Súmula: Nomear os membros integrantes do Comitê Gestor do Transporte Escolar do Município de São José da Boa Vista.

O Prefeito Municipal de São José da Boa Vista Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais, e nos termos da Lei nº

749/2011 que criou o Comitê Gestor do Transporte Escolar do Município.

Decreta:

Art. 1º - Ficam nomeados os seguintes membros para comporem o Comitê Gestor do Transporte Escolar do Município:

a)- Representantes da Secretaria Municipal de Educação:

Titular: Maria Inês Kroneis Suconic

Suplente: Maria Margarida Estarepravo

b)- Representantes dos Diretores da Rede Estadual de Ensino:

Titular: Cirlene Terezinha Soares de Souza

Suplente: Marisa Aparecida da Silveira

c)- Representantes dos Diretores da Rede Municipal de Ensino:

Titular: Jacira Maria Andrade de Oliveira

Suplente: Marta Regina de Souza Lima

d)- Representantes de Pais de Alunos:

Titular: Marlei helena Rolim de Oliveira

Suplente: Maria de Fátima Pereira Oliveira

Art. 2º - Fica empossada na Presidência do referido Comitê a Sra. Jacira Maria Andrade de Oliveira.

Art. 3º - O mandato dos membros será de 02 (dois) anos, permitida uma única recondução.

Art. 4º - Os membros do referido Conselho exercerão suas funções de 21/12/2013 a 21/12/2015.

Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, 12 de Setembro de 2014.

PEDRO SéRgiO KRONéiSPREFEiTO MUNiCiPAL

Page 8: Correio Notícias - Edição 1066

Quarta-Feira - 17 de Setembro de 2014Edição 10668 esPeCIal

Nascidos em Nova Brasília do Itararé, próximo ao município de Carlópolis, João Aparecido Rodrigues ou João Viola, e Silvano Domingos Conceição, são conhecidos no ramo musical como Eduardo e Adriano

De Siqueira CamposCamila Consulin

Com certeza você já deve ter ouvido um clássico do sertanejo dos anos 90, não é? No entanto, eu levanto uma questão: Você sabe quem está por trás de inúmeras can-ções que embalaram seus romances ou suas confraternizações? Pois é, ao ouvir uma música, seja de qual gênero for, nós não nos preocupa-mos em saber quem é o compositor. Às vezes olhamos de relance, mas nem notamos os nomes dos autores da melodia.

E em Siqueira Campos, no Norte Pioneiro, encontram-se dois homens que escreveram cerca de 100 can-ções para consagradas duplas serta-nejas. Nascidos em Nova Brasília do Itararé, próximo ao município de Car-lópolis, João Aparecido Rodrigues ou João Viola, e Silvano Domingos Conceição, são conhecidos no ramo musical como Eduardo e Adriano.

Os primos desde cedo já tinham contato com a música. João Viola conta que quando tinha apenas 18 anos e Domingos, 11, eles se reu-niam para tocar em reuniões de famí-lia. A parceria sempre foi muito bem sucedida, mas até chegar ao reco-nhecimento de ter canções gravadas por renomes da música, João Viola e Domingos enfrentaram grandes desafios.

João Viola antes de estabelecer parceria com seu primo Domingos, compunha músicas e tocava violão, no grupo gaúcho Os Pratas do Sul. Já Domingos, também tocava e escrevia canções com sua antiga dupla.

Com o passar do tempo, eles se afastaram e vieram então a formar a

dupla Paulo César e Adriano. Eles contam que a chegada deles ao sucesso das composições foi um tanto quanto diferente. “Nós não entregamos nossas canções gra-vadas a nenhum cantor, e também não fizemos parte de editora”, conta Domingos. “Tem muitas histórias que acontecem sem querer e para nós foi assim, muito diferente”, completou.

O responsável por promover a dupla, foi uma dos maiores compo-sitores e produtores de música ser-taneja que o Brasil já teve, Carlos Roberto Piazzolli, o Piska, que faleceu em 2011, devido a problemas hepáti-cos. Ao lado do renomado produtor e compositor, César Augusto. Os dois foram responsáveis por formar uma das melhores parcerias. Piska tocou ao lado de Gal Costa e Ney Mato-grosso. Além disso, foi guitarrista da banda ‘Casa das Máquinas’.

“Fomos para São Paulo, em 1994, gravar nosso primeiro CD e aí tivemos o contato com Piska. Na oca-sião íamos mostrar nosso trabalho para César Augusto, mas na opor-tunidade nós pudemos conhece-lo”, contou Domingos. “Nós só conhecía-mos o César de nome, pois na época ele estava produzindo para a dupla Leandro e Leonardo, e foi ele quem nos apresentou ao Piska. A partir de então, com este contato, desenvolve-mos uma grande amizade”, ressaltou.

A partir de então, com o con-tato de César Augusto e Piska em mãos, a dupla começou a trabalhar e enviar composições. Até que um dia, de forma inesperada, Piska ligou para Domingos e disse ‘quere-mos a música de vocês no terceiro lançamento de Zezé Di Camargo e Luciano’. “Posso dizer que na hora

que recebi a ligação foi uma mis-tura de susto com alegria”, brincou Domingos.

No disco intitulado ‘Saudade Bandida’, a música da dupla Eduardo e Adriano (João Viola e Domingos), chamada ‘Mais do que eu’, rendeu muito sucesso para a dupla.

“Um fato interessante é que a dupla tinha o contrato de colocar cinco músicas deles e as demais seriam de outros compositores. A nossa com-posição foi escolhida dentre outras três mil letras. Aí eu pensava: Como pode alguém de Siqueira Campos, na nossa humildade, conseguir fazer um material a altura do que eles estão fazendo em São Paulo?”, disse João.

Além disso, na mesma época, os primos ainda foram contatados pela editora da dupla sertaneja Cristian e Ralf. Os compositores contaram que foram requisitadas duas composi-ções sendo elas ‘Louco por ela’ e ‘É desse jeito que a gente se ama’.

João conta que o mundo dos negócios musicais sempre teve suas imperfeições e o mercado finan-ceiro sempre ‘falou mais alto’. “Uma coisa ruim que aconteceu dentro do mundo das composições é que elas deixaram ser um negócio. Na época, os discos/CDs vendiam mais de um milhão de cópias e se transforma-dos para os dias de hoje é como se ganhássemos mais de R$ 120 mil por música”, conta. “Mas atualmente nin-guém mais vende tantos CDs assim. O cantor Eduardo Costa regravou uma música nossa chamada ‘Na Rua’, que também já foi gravada por Gian e Giovani, porém não nos rendeu nada, pois a comercialização de CDs, com a pirataria e internet, decaiu muito”, completou.

joão Viola e domingos compondo no início da carreiraSegundo Domingos toda a renda

adquirida era por meio dos discos. “hoje as pessoas tem mais facili-dades em ouvir uma música, pois podem encontra-las na internet ou até mesmo em CDs piratas. E isso prejudicou não só as duplas, mas também nós, compositores”, afirmou.

SUCESSO ANôNiMOOs fãs são capazes de identificar

com facilidade quem canta os suces-sos. Porém, o que está por trás das canções, como os compositores e produtores, é geralmente desconhe-cido para a maioria. Questionados por este fato, que acontecem com milhares de pessoas, João Viola e Domingos, dizem que o artista se preocupa mais na aceitação do seu trabalho do que no sucesso em si.

“Outro dia perguntaram a dupla Vitor e Léo,como foi para eles faze-rem tanto sucesso. E eles respon-deram que o sucesso eles já haviam alcançando, porém para número menor de pessoas. Mas com o passar do tempo ele se expandiu. Então, o artista vê muito esse lado, ficamos preocupados com aceita-ção do nosso trabalho”, respondeu João Viola.

Eles ainda contaram que no início do mês tiveram a surpresa que outra composição deles estava sendo tocada pela dupla César Menotti e Fabiano, na Espanha, Portugal e Estados Unidos.

“É muito gratificante você saber que o que você escreveu está fazendo sucesso. Independente,

de como, quando e onde. O impor-tante é que o público goste do que é feito”, ressaltou Domingos.

João disse ainda que não é muito de contar sobre a sua pro-fissão, mas se a pessoa conhece ou acaba tocando no assunto, ele comenta. “Eu não sou de chegar e falar que eu escrevi determinada música, comento somente caso a pessoa esteja interessada ou estamos conversando sobre algo relacionado”. “Já houve casos, em Siqueira Campos mesmo, de eu chegar em um determinado local para comprar um CD apenas por causa de uma música, e a pessoa questionar o porquê de comprar só por causa daquela música. E eu contar que fui eu que compus, porém a pessoa não acreditou. Acontece”, contou.

SERTANEjO UNiVERSiTÁRiO Com o passar dos anos a

música, em todas as suas verten-tes, passaram por modificações, e o que mais chama a atenção nos dias atuais é o sertanejo universi-tário. O gênero está presente nas baladas, nos automóveis e até mesmo nos fones de ouvido dos mais jovens. Com essa transforma-ção, o sertanejo melódico que era cantado e escrito foi deixado de lado e poucos músicos e composi-tores ainda aderem tal molde.

Para João, essa transforma-ção do sertanejo veio de certa forma fomentar o gênero entre os mais jovens. “Antigamente o

jovem só ouvi rock, pop e outros. Agora, o sertanejo através do uni-versitário pode propagar o ritmo. Além disso, todos os estilos de música assim como houve na lambada, tem um ciclo”, disse. “O que eu não consigo é fazer parte deste mundo, pois sou da época onde tudo era muito romântico. E eles tem outra forma de trabalhar, escrevem letras falando de bebe-deira, pegação e azaração, e eu com os meus cinquenta e tantos anos, não sou capaz de compor letras assim”, divertiu-se.

Eles ainda dizem que muitos cantores ainda prevalecem na linha do romanticismo, como os cantores Bruno e Marrone, Zezé Di Camargo e Luciano, Leonardo e outros. “Eu ainda acho que este tipo de sertanejo vai voltar, pois está havendo uma renovação em que muitos estão retornando para as raízes”, comentou Domingos.

A dupla de compositores pretendem voltar ao mercado e lançar um CD com modas de viola. “Nosso objetivo agora é gravar um CD com modas de violas, mas também com compo-sições nossas”, informou Domin-gos. Ainda não se tem data de lançamento.

Enquanto alguns cantam, outros escrevem, temos o caso de João Viola e Domingos, que fazem parte da nossa terra e con-tribuem com o cenário brasileiro musical.

CAMILA CONSULIN

ARQUIVO PESSOAL


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