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Por Felipe de Souza – www.psicologiamsn.com
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Estudos Psicológicos – Testes da Teoria Psicanalítica
“Este capítulo resume uma seleção dos primeirosestudos psicológicos da depressão (...) Os estudos aquiincluídos são aqueles, constantes na primeira edição,que possuem ligação conceitual com a investigaçãosistemática de depressão empreendida por Beck e quelevaram diretamente ao desenvolvimento da teoriacognitiva (p. 150).
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Desempenho psicomotor
Estudos de Beck – Amostra de 178 pacientespsiquiátricos, submetidos a testes de dígito-símbolo ede vocabulário.
“Em resumo, embora os pacientes deprimidostendessem a reclamar de ineficiências cognitivas, elesse saíram tão bem nas situais de teste quanto pacientesnão deprimidos” (p. 151).
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Distorção do julgamento temporal
“Muitos autores descreveram uma distorção na percepçãode tempo nos transtornos afetivos. Os existencialistas emespecial discorreram sobre a relevância da distorção detempo para a experiência existencial do paciente (cap 11)”(...) Os autores constataram que cerca de três quartos dospacientes achavam que o tempo estava passando maisdevagar do que o normal, e essa sensação tendia adesaparecer na recuperação” (p. 152).
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Autoconceito
Teste de autoconceito por Beck e Stein: avaliação decaracterísticas como aparência, inteligência, atração sexual,egoísmo e crueldade.
“Este estudo indicou que pacientes deprimidos tendiam adar a si mesmos notas baixas em traços socialmentedesejáveis e notas altas em traços indesejáveis. Concluímosque o autoconceito é baixo em pacientes deprimidoscomparados com pacientes não-deprimidos” (p. 155).
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Desempenho
Estudos realizados por Laxer indicaram que ospacientes deprimidos subestimam sua capacidade dereal desempenho e que a inércia na depressão estárelacionada mais à falta de motivação do que a inibiçãofisiológica
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Investigação Sistemática da Depressão por Beck
-Começo das pesquisas com Abraham, em 1911.
-“A literatura psiquiátrica inicial contêm uma amplavariedade de teorias da depressão incluindo maiororalidade, hostilidade irrefletida e necessidade demanipulação de pessoas importantes no ambiente” (p.156).
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Investigação Sistemática da Depressão por Beck
-Estudos de Beck – pouca investigação anterior sobreas hipóteses. Além disso, as explicações das causas dadepressão também eram utilizadas para outrostranstornos. Por exemplo, oralidade seria uma possívelcausa tanto para alcoolismo como esquizofrenia.
-Hipóteses com a de Freud em Luto e Melancolia sãocomplicadas de serem testadas.
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Investigação Sistemática da Depressão por Beck
-Para Beck, havia a necessidade de:
-1) isolar uma determinada constelação ou construtoque seja específico da depressão
-2) Desenvolver métodos para testar as hipóteses nomaterial clínico.
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Investigação Sistemática da Depressão por Beck
Estudo 1) Soldados deprimidos depois de teremmatado acidentalmente um colega
Hipótese: tendência de autopunição observável nossonhos. Para Freud, o sonho seria a realização de umdesejo. Para Beck, os sonhos de pacientes deprimidosseriam a realização de um desejo de sofrer (já noconteúdo manifesto).
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Referencial teórico para Beck neste momento:
1) Hostilidade inversa: “os pacientes estãobasicamente com raiva de outra pessoa (o objetoamoroso perdido) mas voltam sua raiva contra simesmos
2) A necessidade de sofrer poderia ser vista como umaexpressão direta das tendências de autopunição
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Referencial teórico para Beck neste momento:
1) Hostilidade inversa: “os pacientes estão basicamentecom raiva de outra pessoa (o objeto amoroso perdido)mas voltam sua raiva contra si mesmos
2) A necessidade de sofrer poderia ser vista como umaexpressão direta das tendências de autopunição. Namedida em que algo foi feito contra o seu código moral(superego) ou há um desejo inaceitável, há culpa. Aculpa leva ao desejo de se punir.
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Problemas:
-De provar a hostilidade inversa
-De provar a culpa
-Outro problema teórico era comprovar que o sonho éa realização de um desejo. Como não se pode provaristo, a teoria se sustenta sob uma base incerta.
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“Com o enfoque do material em termos da percepçãoque os pacientes tinham de si mesmos e da realidadeexterna, a ênfase gradualmente mudou de um modelomotivacional inconsciente para um modelo cognitivo”(p. 158).
Apesar da mudança, ficou comprovado que ospacientes deprimidos apresentam maior frequência desonhos negativos do que pacientes não deprimidos.
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Surge, então, um novo objetivo:
-Desenvolvimento de um inventário para mediar adepressão (e servir de auxílio ao diagnóstico).
-Hipótese seguinte:
-Nos materiais cognitivos (sonhos e outras produçõesideacionais), respostas a testes e situações controladas deestresse, existe uma associação significativa entre padrõesautoderrotistas e depressão?
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Mudança teórica:
-Do sonho do depressivo como necessidade de sofrer para“o sonho como uma manifestação do autoconceitodistorcido do indivíduo, interpretação negativa daexperiência e expectativas desagradáveis” (p. 160).
- Estudos seguintes: padrões de sonhos, testes deautoconceito, de desempenho, primeiras recordações dainfância, de fantasia focalizada, de inventário negativo elevantamento da perda paterna e/ou materna antes dos 16anos.
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Distorções cognitivas – Uma segunda fase de estudos
Objetivo: determinar a natureza dos processos depensamento dos pacientes deprimidos:1) Conteúdo de pensamento verbalizado que indica
conceptualizações distorcidas irrealistas;2) Processos envolvidos nos desvios do pensamento lógico
ou realista3) Características formais da ideação que mostram tais
desvios;4) Relação entre as distorções cognitivas e os afetos
característicos da depressão
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Distorções cognitivas – Uma segunda fase de estudos
Resultados: a depressão caracterizava-se por temas debaixa autoestima, autorrecriminação,responsabilidades opressivas e desejos de fuga; estadode ansiedade por temas de perigo pessoal; estadohipomaníaco por temas de autoengrandecimento;estado paranoide hostil por temas de acusações contraos outros.
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Distorções cognitivas – Uma segunda fase de estudos
Resultados: “a ideação de pacientes deprimidos diferiada ideação dos não deprimidos na proeminência dealguns temas típicos, isto é, baixa autoavaliação, ideiasde privação, exagero de problemas e dificuldades,autocrítica e autocomandos e desejos de fugir oumorrer” (p. 182).
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Distorções cognitivas – Uma segunda fase de estudos
Epílogo:
“Os estudos abordados sintetizam os testes originais deBeck da teoria freudiana. Eles são mais ligados aodesenvolvimento inicial da teoria cognitiva dadepressão. Como articulada nos capítulos a seguir, a‘descoberta anômala’ dos estudos dos sonhos por fimgerou um novo sistema de tratamento, a terapiacognitiva (p. 182).