Download - Diagnóstico da Influenza A H1N1 Diagnóstico da Influenza A H1N1 Profª. M. Sc. Andréa Finotti
Diagnóstico da Diagnóstico da Influenza A H1N1 Influenza A H1N1
Profª. M. Sc. Andréa Finotti
Agentes Virais RespiratóriosAgentes Virais Respiratórios
– Vírus Respiratório Sincicial– Adenovírus– Rinovírus– Reovírus – Coronavírus– Parainfluenza– Influenza A, B e C
Vírus InfluenzaVírus Influenza
Agente etiológico: Orthomyxovirus
Partículas envelopadas de RNA de fita simples segmentada
Subdividem-se nos tipos A, B e C
Apenas os do tipo A e B têm relevância clínica em humanos.
(Eduardo Forleo-NetoI et al. Influenza. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. V.36(2), 2003.; Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6ª Ed. , 2005. )
Vírus InfluenzaVírus Influenza Influenza A: variabilidade
e portanto são divididos em subtipos.
Subtipo: de acordo com as diferenças de suas glicoproteínas de superfície: H (16) e N (9).
Eduardo Forleo-NetoI et al. Influenza. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. V.36(2), 2003.)
Tipos de Hemaglutininas e Tipos de Hemaglutininas e Neuraminidase – Distribuição na Neuraminidase – Distribuição na
NaturezaNatureza
Vírus InfluenzaVírus Influenza
Aspectos clínicos:– Febre alta (38ºC)– Tosse Seca– Dor de garganta– Prostração– Cefaléia– Mialgia
Vírus InfluenzaVírus Influenza Transmissão: partículas de aerossol geradas durante o ato de espirrar,
tossir ou falar.
PandemiasPandemias
1918-19: Gripe Espanhola (H1N1)1957: Gripe Asiática (H2N2)1968: Gripe Hong Kong (H3N2)1976: Gripe suína (Guillain-Barré) (H1N1)1977: Gripe Russa (H1N1)1997: Surto de HPAI em humanos (H5N1)1999: Surto de HPAI em humanos (H9N2)
PandemiasPandemias2002: Surto de SARS – China e outros
países (CoV-SARS)2003: Surto de HPAI em humanos –
Holanda (H7N7)2003-2009: epizootias e surtos de HPAI em
humanos (H5N1)2009: novos vírus Influenza A no México e
EUA (H1N1)
Como se originam as epidemias Como se originam as epidemias e pandemias?e pandemias?
Altas taxas de mutação durante a replicação: material genético fragmentado. Surgimento de novas variantes.
Facilidade de transmissão
Alta proporção de suscetíveis para o novo vírus.
Recombinação genética entre vírus humanos e animais: surgimento de novas ondas epidêmicas e alteração da virulência
ConsideraçõesConsiderações Maiores aglomerações humanas
Agropecuária: tecnologia criação. Favorecimento de surtos em animais.
População mundial século 18: < 1 bilhão. Hoje: maior.
Viagens intercontinentais.
Influenza AInfluenza A
Questões distintas para a saúde pública:
– Influenza sazonal: problema permanente
– Pandemia: problema incerto?
Sistema de Vigilância Global Da Sistema de Vigilância Global Da InfluenzaInfluenza
Em cada país: LRN e rede de laboratórios.
FluNET.
114 laboratórios em 85 países.
4 centros de referência mundiais:– Atlanta– Londres– Melbourne– Tokyo
Sistema de Vigilância GlobalSistema de Vigilância Global
Sistema de Vigilância Global da Sistema de Vigilância Global da InfluenzaInfluenza
Objetivos da SVE/FLU:
– Monitorar as cepas dos vírus da Influenza nas cinco regiões do Brasil
– Avaliar o impacto da vacinação– Acompanhar a morbidade e mortalidade associadas aos
vírus– Responder a situações inusitadas (surtos)– Produzir dados e disseminar informações
Influenza A H1N1Influenza A H1N1Considerações GeraisConsiderações Gerais
Em 24/04/09: OMS notificou ocorrência de casos humanos de Influenza A(H1N1) no México, a partir de 18 de março e, posteriormente, nos Estados Unidos da América (EUA).
Em 25/04: Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (OMS)
Em 29/04/09: elevação o nível de alerta da ESPII da fase 4 para fase 5.
Nível 6 de alerta pandêmico.
Situação AtualSituação Atual
Pandemia com predominância de casos clinicamente leves e com baixa letalidade.
Estratificação dos países em:– Com transmissão sustentada.– Sem ocorrência de casos– Em transição (sem evidências de transmissão comunitária)
Brasil: país com transmissão sustentada.
Influenza A H1N1Influenza A H1N1Considerações GeraisConsiderações Gerais
Último protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da influenza: 05/08/2009.
Monitoramento apenas casos graves:– Detectar casos de doença respiratória aguda grave.– Reduzir ocorrência de formas graves e de óbitos– Monitorar as complicações da doença
Influenza A H1N1Influenza A H1N1
Definição SRAGDefinição SRAG
– Febre superior a 38ºC E dispnéia– Acompanhada ou não de manifestações
gastrointestinais ou dos sinais e sintomas abaixo:a) Aumento da frequência respiratória (>25 IRPM)b) Hipotensão em relação a P.A. habitual do pacientec) Crianças observar também: batimentos de asa de
nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência
(Ministério da Saúde. Protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da Influenza. Versão III. Atualizado em: 05/08 209.)
Fatores de RiscoFatores de Risco
Idade: inferior a 2 ou superior a 60 anos de idade.
Gestação: independente da idade gestacional.
(Ministério da Saúde. Protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da Influenza. Versão III. Atualizado em: 05/08 209.)
Grupo de riscoGrupo de risco
Imunodepressão (transplantados, câncer, em tratamento para AIDS, em uso de imunossupressores).
Condições crônicas: hemoglobinopatias, cardiopatias, pneumopatias, doenças renais crônicas, doenças metabólicas.
(Ministério da Saúde. Protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da Influenza. Versão III. Atualizado em: 05/08 209.)
TratamentoTratamento
Oseltamivir (caso suspeito, provável ou confirmado).
Idade superior a 1 ano.
Até 48 horas do início dos sintomas.
Gravidez: uso somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.
DiagnósticoDiagnóstico Inibição da hemaglutinação (soros pareados).
Técnicas de imunofluorescência (triagem)
Isolamento viral em cultivos celulares ou ovos embrionados.
Detecção por reação em cadeia da polimerase: INFLUENZA A H1N1.
Testes Rápidos
Indicação para a coleta de Indicação para a coleta de amostras no indivíduo doenteamostras no indivíduo doente
Secreção nasofaringeana: para detecção de vírus influenza.
Sangue para hemocultura: para realização de pesquisa de agentes microbianos e avaliação da resistência antimicrobiana.
Outras amostras clínicas: serão utilizadas apenas para monitoramento da evolução clínica do paciente e/ou para realização de diagnóstico diferencial, conforme hipóteses elencadas pelo médico do hospital de referência e as evidências geradas pela investigação epidemiológica.
Procedimentos para Procedimentos para Coleta de AmostrasColeta de Amostras
Realizados segundo as nor-mas de biossegurança.
Indispensável uso de EPI’s.
Procedimentos para Procedimentos para Coleta de AmostrasColeta de Amostras
Swab nasal/oral combinados ou aspirado de nasofaringe(ANF).
Preferencialmente até 3º dias de início de sintomas.
Sucesso do diagnóstico: depende da qualidade da amostra coletada, do transporte e do armazenamento.
Procedimentos para Procedimentos para Coleta de AmostrasColeta de Amostras
Coleta com swab nasal/oral combinado:
– Deverão ser coletados três swabs, um de orofaringe e dois swabs de nasofaringe, sendo um de cada narina.
– Após a coleta, inserir os três swabs em um mesmo tubo contendo meio de transporte viral. Identificar adequadamente o frasco.
– Colocar em saco plástico e lacrar.
– Manter refrigerado de 2º a 8ºC.
– Comunicar e enviar imediatamente ao LACEN.
swab nasal swab oral
TransporteTransporte
Transporte: obedecer as normas da “Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”.
LimitaçõesLimitações Sucesso do teste: depende da qualidade do
espécime clínico.
Células infectadas com vírus: frágeis e facilmente danificadas pelo manuseio inapropriado.
Importância das amostras clínicas serem imediatamente refrigeradas após a coleta e mantidas nesta temperatura até o seu
processamento.
Diagnóstico DiferencialDiagnóstico Diferencial
Coleta de duas amostras de sangue para sorologia (fase aguda e convalescente)
Manter soro congelado a –20°C e encaminhar ao LACEN: análise para outros possíveis agentes etiológicos.
Diagnóstico Post-MortemDiagnóstico Post-Mortem
APENAS NOS LOCAIS ONDE SEJA VIÁVEL A REALIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE COLETA DE AMOSTRAS.
Casos de doença respiratória aguda grave sem diagnóstico etiológico prévio em situações especiais indicadas pela vigilância epidemiológica.
Genoma do vírus: detectados em diversos tecidos, principalmente de brônquios e pulmões (espécimes de escolha).
Orientações para coleta de amostras para o diagnóstico bacteriano diferencial, bem como para o diagnóstico histopatológico.
Diagnóstico Post-MortemDiagnóstico Post-Mortem
Coletar, no mínimo, 8 (oito) fragmentos de cada tecido (1 a 3 cm).
Colocar em recipientes separados e devidamente identificados.
Sítios Anatômicos para ColetaSítios Anatômicos para Coleta
Da região central dos brônquios (hilar), dos brônquios direito e esquerdo e da traquéia proximal e distal;
Do parênquima pulmonar direito e esquerdo;
Das tonsilas e mucosa nasal;
De pacientes com suspeita de miocardites, encefalites e rabdomiolise podem ser coletados fragmentos do miocárdio (ventrículo direito e esquerdo), SNC (córtex cerebral, gânglios basais, ponte, medula e cerebelo) e músculo esquelético, respectivamente;
Espécimes de qualquer outro órgão, mostrando aparente alteração macroscópica, podem ser encaminhados para investigação da etiologia viral.
Acondicionamento das Acondicionamento das AmostrasAmostras
(Diagnóstico Post-Mortem)(Diagnóstico Post-Mortem) Para diagnóstico Viral (amostras frescas): recipientes estéreis e
imersas em meio de transporte viral ou solução salina tamponada (PBS pH 7.2) suplementadas com antibióticos. Congelar e transportar em gelo seco.
Diagnóstico bacteriano (amostras frescas): individualmente, em recipientes estéreis e imersas em solução salina tamponada (PBS pH 7.2) sem antibióticos. Transportar sob refrigeração (4º C).
Diagnóstico histopatológico: Formalina tamponada a 10%. Parafina sem compostos adicionais (por exemplo: cera de abelha, cera de
carnaúba, etc.) no processo de parafinização dos fragmentos.
DocumentaçãoDocumentação Resumo do histórico clínico;
Cópia do laudo preliminar ou conclusivo da necropsia;
Cópia de qualquer resultado laboratorial pertinente;
Ficha completa de identificação do indivíduo com o endereço para envio do resultado laboratorial.
E a próxima epidemia?E a próxima epidemia?
FIM