PROFª. DRª. SUELI MANÇANARES LEME
DIRETRIZES METODOLÓGICAS PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO
GRÁFICA DO TRABALHO FINAL (TESE) DE DOUTORADO EM
ADMINISTRAÇÃO DA UNIMEP
PIRACICABA/ SP
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A história da pós-graduação no Brasil é relativamente recente. Em 1931,
na proposta do Estatuto das Universidades Brasileiras (Decreto 19.851 de 11 de
abril de 1931), Francisco Campos apontava para a implantação, no Brasil, de uma
pós-graduação nos moldes europeus (SANTOS, 2002).
Ainda de acordo com o mesmo autor (2002) o uso do termo “pós-
graduação” só foi utilizado, formalmente, em 1946, no Estatuto da Universidade do
Brasil (Decreto 21 321 de 18 de agosto de 1946), que em seu artigo 71 estabelecia
que seriam oferecidos cursos universitários nas seguintes modalidades: cursos de
formação, de aperfeiçoamento, de especialização, de extensão, de pós-graduação e
de doutorado.
Porém, até a década de 1950, a graduação constituía-se, ainda, no limite
da escolarização no país. A formação em nível de pós-graduação só era possível
no exterior.
Apesar da implantação na década de 1960 de alguns cursos de pós-
graduação (mestrado em Matemática na Universidade de Brasília, mestrado e
doutorado na Escola Superior de Agricultura de Viçosa, no ITA, etc.), a primeira lei
que explicitamente versava sobre a pós-graduação (SANTOS, 2002) foi promulgada
em 1965 (Lei 4881-A).
A implantação formal dos cursos de pós-graduação no Brasil se deu
somente em 1965, pelo Parecer 977 do Conselho Federal de Educação, de autoria
de Newton Sucupira. Esse parecer estabelecia a pós-graduação stricto sensu em
dois níveis: mestrado e doutorado voltados à formação científica, cultural ou
profissional de alto nível.
Cada um desses cursos seria dividido em dois blocos, o primeiro
destinado a aulas e o segundo a confecção do trabalho científico de conclusão
(dissertação ou tese).
A implantação oficial dos programas de pós-graduação no Brasil obrigou
a instituição, por parte de órgãos competentes, de normativas metodológicas
orientadoras da elaboração e da apresentação dos trabalhos finais do processo de
pós-graduação. Destaca-se nessa perspectiva, no Brasil, a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). Essa associação, há décadas vem oferecendo o
ferramental teórico-conceitual e, sobretudo técnico, sistematicamente atualizado,
para a construção lógica e a apresentação gráfica dos trabalhos acadêmicos em
geral.
Foi a partir das orientações metodológicas (lógicas e técnicas) oferecidas
pela associação supracitada é que as diretrizes em questão foram sistematizadas. O
produto final da presente elaboração decorreu da aplicação das NBRs que se
aplicam particularmente a construção lógica e à apresentação gráfica de uma tese.
2 ESTRUTURA LÓGICA DE UMA TESE DE DOUTORADO
De acordo com a NBR 14724 (2011) a estrutura de uma tese compreende: a
parte externa e a parte interna.
O quadro que se segue ilustra, esquematicamente, a estrutura supra
referenciada.
Quadro 1- Estrutura Geral de uma Tese
PARTE
EXTERNA
Capa (obrigatória) Lombada (obrigatória)
PARTE
INTERNA
ELEMENTOS PRÉTEXTUAIS
Folha de rosto anverso e verso - ficha catalográfica (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo na língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)
Fonte: NBR 14724 (2011)
2.1 Parte Externa
Deve ser apresentada conforme 2.1.1 e 2.1.2. 2.1.1 Capa
Na capa as informações devem ser apresentadas na seguinte ordem:
nome da instituição;
nome da faculdade1;
nome do autor;
título da tese e subtítulo (se houver). Este último deve ser precedido de
dois pontos, evidenciando sua subordinação ao título;
número do volume (se houver mais de um, deve constar em cada capa
a especificação do respectivo volume;
local (cidade) da instituição onde o trabalho deve ser apresentado. No
caso de cidades homônimas recomenda-se o acréscimo da sigla da
unidade da federação;
ano do depósito (da entrega).
O Apêndice A traz o modelo de capa a ser seguido.
2.1.2 Lombada
Para efeitos da NBR 12225 (2004), a lombada deve conter os seguintes
elementos:
a) nome do autor que deve ser impresso no mesmo sentido da lombada
abreviando-se ou omitindo-se o(s) prenome (s), quando necessário;
b) título que deve ser impresso no mesmo sentido do nome do autor,
abreviado, quando necessário.
Obs.: O título da lombada, por opção do Programa de Pós-Graduação em
Administração (PPGA) deve ser impresso de forma descendente (longitudinalmente);
c) elementos alfanuméricos de identificação de volume e data se houver. Vide Apêndice B.
2.2 Parte Interna
Deve ser apresentada conforme 2.2.1 e 2.2.2.
2.2.1 Elementos pré-textuais
A ordem dos elementos pré-textuais deve ser a seguinte:
2.2.1.1 Folha de rosto/anverso (frente)
O anverso da folha de rosto deverá conter os elementos essenciais à
identificação do trabalho. No anverso os elementos devem ser apresentados na seguinte
ordem:
a) nome do autor;
b) título da tese;
c) subtítulo (se houver);
d) número do volume (se houver mais de um)
e) natureza: tipo do trabalho (no caso tese), objetivo (grau pretendido/no
caso doutorado), nome da instituição a que é submetido e área de
concentração;
f) nome do orientador e, se houver, co-orientador; local (cidade da
instituição onde deve ser apresentado) e ano do depósito (entrega).
O Apêndice C traz o modelo de folha de rosto (frente) a ser seguido para a tese
e o Apêndice D traz o modelo de folha de rosto (anverso) a ser seguido para a Qualificação.
2.2.1.2 Folha de rosto/verso (Ficha Catalográfica)
O verso deve conter os dados de catalogação-na-publicação, conforme Código
de Catalogação Anglo-Americano vigente.
O Apêndice E deste manual apresenta o modelo de Ficha Catalográfica.
2.2.1.3 Errata
Deve ser inserida logo após a folha de rosto e constituída pela referência do
trabalho e pelo texto da errata. Deve ser apresentada em papel avulso ou encartado e
acrescida ao trabalho depois de impresso.
O Apêndice F deste manual apresenta o modelo de Errata.
2.2.1.4 Folha de aprovação
A folha de aprovação deverá conter os elementos essenciais à aprovação do
trabalho. Deve ser inserida após a folha de rosto, e constituída pelo:
a) nome do autor;
b) título do trabalho;
c) subtítulo (se houver);
d) natureza (tipo do trabalho), objetivo, nome da instituição a que é
submetido, área de concentração);
e) data de aprovação (o campo deve ser impresso em branco e
preenchido após a aprovação);
f) nome, titulação, instituições a que pertencem os examinadores,
assinatura dos componentes da banca examinadora (colocadas após a
aprovação do trabalho).
Obs.: A folha de aprovação não integra os relatórios de qualificação.
O Apêndice G traz o modelo de folha de aprovação a ser seguido para a tese e
o Apêndice H traz o modelo de folha de aprovação para o relatório de Qualificação
2.2.1.5 Dedicatória
A dedicatória é um elemento opcional. Deve ser colocada após a folha de
aprovação. Trata-se da página na qual o autor do trabalho presta homenagem ou dedica
seu trabalho a alguém.
O Apêndice I traz o modelo de dedicatória.
2.2.1.6 Agradecimentos
O agradecimento é opcional. Refere-se ao texto em que o autor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante para a elaboração
do trabalho.
Tendo havido apoio financeiro à pesquisa, deve-se apresentar agradecimento à
instituição de fomento.
O Apêndice J traz o modelo de agradecimento.
2.2.1.7 Epígrafe
Elemento opcional. Deve ser inserida após a folha de aprovação. Trata-se de
uma citação, seguida da autoria, de matéria relacionada ao trabalho. (Vide Apêndice K).
2.2.1.8 Resumo em língua vernácula
O resumo (NBR 6028, 2003) tem por objetivo apresentar uma visão concisa dos
pontos relevantes do texto. Deve ser escrito na língua original. Por se tratar de resumo do
tipo informativo deve indicar, minimamente, o(s) objetivo(s), a metodologia, e os resultados
esperados, na qualificação; na defesa, inclui as conclusões/considerações finais. Deve ser
redigido em parágrafo único. Quanto a extensão não deve ultrapassar 500 palavras.
Também não é próprio apresentar-se no resumo, citações, fórmulas, abreviaturas, quadros,
tabelas, figuras etc. As palavras representativas do conteúdo do trabalho (palavras-chave)
devem figurar, em linha separada, logo abaixo do resumo (Vide Apêndice L).
2.2.1.9 Resumo em língua estrangeira (Abstract)
Trata-se da versão em inglês do resumo e das palavras-chave. Deve ser
apresentado depois do resumo, em página distinta. Do ponto de vista gráfico, segue o
mesmo formato do resumo (Vide Apêndice M).
2.2.1.10 Lista de ilustrações
Deve ser elaborada: de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada
item designado por seu nome específico, respectivo número da folha e página. Recomenda-
se a elaboração de lista particular para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas,
fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros etc. (Vide
Apêndice N).
2.2.1.11 Lista de tabelas
Também deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com
cada item designado por seu nome específico e respectivo número da folha ou página (Vide
Apêndice O).
2.2.1.12 Lista de siglas e abreviaturas
Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto,
seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso (Vide
Apêndice P).
2.2.1.13 Lista de símbolos
Consiste na relação alfabética dos símbolos utilizados no texto, seguidos pelos
seus significados. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo (Vide
Apêndice Q).
2.2.1.14 Sumário
Equivale (NBR 6027, 2012) à enumeração das divisões (itens e subitens)
constantes do trabalho na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. O
sumário é o último elemento pré-textual. Havendo mais de um volume, em cada um deve
constar o sumário completo do trabalho. Além disso, os elementos pré-textuais (Folha de
Rosto, Errata, Dedicatória, Agradecimentos, Epígrafe, Resumo na língua vernácula e na
língua estrangeira, Lista de ilustrações, Lista de tabelas Listas de abreviaturas, de siglas e
de símbolos) não devem figurar no sumário. O Apêndice R apresenta exemplo de sumário.
2.2.2 Elementos textuais
Três unidades fundamentais integram o texto: a Introdução, o desenvolvimento e
a conclusão/considerações finais.
2.2.2.1 Introdução
A Introdução idealmente deve apresentar: a delimitação/contextualização do
tema, o problema da pesquisa, a(s) hipótese(s), o(s) objetivo(s), a importância/relevância do
tema/estudo, um breve relato da metodologia adotada, além da estrutura geral do trabalho o
desenvolvimento, que detalha a pesquisa ou o estudo.
Obs.: O termo hipótese(s) deve ser usado em caso de pesquisas de caráter
quantitativo. Para os estudos de natureza qualitativa o PPGAD sugere o emprego do
termo proposição (ões).
2.2.2.2 Desenvolvimento
O desenvolvimento detalha a pesquisa ou estudo realizado e que, no caso de
uma tese de doutorado, deve claramente caracterizar uma contribuição ao estado-da-arte do
conhecimento existente/publicado sobre o tema. Por necessidade do raciocínio, geralmente
se apresenta dividido em seções e subseções. Enquanto trabalho acadêmico-científico, na
tese o desenvolvimento pode ser dividido nas seguintes partes:
2.2.2.3 Revisão da literatura
A revisão da literatura diz respeito ao levantamento da bibliografia considerada
relevante para o estudo em função do seu tema/problema e objetivos. Constitui-se na base
para a fundamentação teórica da pesquisa.
2.2.2.4 Metodologia
Este item deve descrever os métodos e procedimentos adotados pelo
pesquisador e explicitar as técnicas utilizadas no processo de coleta e análise de dados.
Deve apresentar relação direta com os objetivos do estudo. Se for o caso, deve apresentar o
modelo utilizado, a modelagem empregada, as simplificações/adaptações realizadas, a
descrição do método de cálculo utilizado no desenvolvimento da pesquisa, a descrição da
montagem experimental, a metodologia para obtenção dos resultados, etc. Esse
detalhamento é necessário na perspectiva de se pretender refazer o processo de pesquisa
para fins de confirmação das conclusões alcançadas.
2.2.2.5 Apresentação, análise e interpretação/discussão dos dados
Os dados devem ser apresentados de forma objetiva, lógica e, devidamente,
descritos. Além de texto, essa parte pode incluir tabelas, quadros ou figuras em geral. Não
devem ser descritos no texto todos os dados das tabelas e quadros, destacando-se apenas
as observações mais relevantes que serão objetos de discussão. É uma das partes mais
importantes da tese cuja finalidade é, além de apresentar, analisar, interpretar e discutir os
resultados.
É usual a separação dos capítulos Resultados e Discussão, visando maior
clareza na análise dos dados obtidos. Entretanto, se a opção for pela sua junção em um
único capítulo, os resultados devem ser discutidos conforme forem apresentados, à luz da
literatura.
2.2.2.6 Conclusão/Considerações finais
A conclusão consiste no fechamento do trabalho. Nesta seção cabe ao
pesquisador mostrar, a partir dos resultados alcançados, se o(s) objetivo(s) foi (ram)
alcançado(s); se as questões propostas foram respondidas, se a(s) hipótese(s)/proposições
foi (ram) confirmada(s) ou não e, sobretudo, evidenciar a contribuição do trabalho ao
conhecimento existente/divulgado sobre o tema tratado. As conclusões não devem
extrapolar o âmbito dos dados obtidos.
Esta mesma parte do trabalho pode ainda incluir destaques particulares, tais
como:
limitações da pesquisa - aqui o pesquisador pode apresentar as
limitações do método e das técnicas de pesquisa utilizados, bem como
apresentar problemas verificados no processo de levantamento dos
dados de campo;
dar sugestões para pesquisas futuras. Reflexões envolvendo
sugestões para pesquisas futuras servem para o pesquisador, com
base em sua pesquisa, prospectar novas possibilidades de estudos,
por meio do desdobramento de seu trabalho em outros contextos de
pesquisa.
Obs.: A opção pela expressão “Considerações Finais”, comumente é feita em função
da maior flexibilidade do próprio termo.
2.2.3 Elementos pós-textuais
O pós-texto refere-se às unidades complementares ao texto. Classificam em
duas categorias: obrigatórias (referências) e opcionais (glossário, apêndice, anexo e índice).
2.2.3.1 Referências
Dizem respeito ao conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de
um documento que permita a sua identificação individual. Pode incluir tanto as fontes
disponíveis apenas na forma impressa, mas também aquelas disponíveis em meio
eletrônico, assim como outras formas de documentos: iconográficos, cartográficos, sonoros,
imagem em movimento (filmes, videocassetes, DVD, partituras etc.).
A lista de referências deve ser elaborada de acordo com a NBR 6023 (2002).
Obs.: Da lista de referências devem constar apenas fontes citadas no texto.
2.2.3.2 Glossário (Opcional)
Refere-se à lista de palavras ou expressões técnicas, normalmente utilizadas
nos vários segmentos das atividades humanas, colocadas no texto. O glossário deve ser
elaborado em ordem alfabética (Vide exemplo no Apêndice S).
2.2.3.3 Apêndice(s)
Trata-se de elemento opcional. Refere-se ao documento elaborado pelo próprio
pesquisador com o objetivo de completar sua argumentação. Deve ser elaborado seguindo
se as orientações da NBR 14724 (2011).
2.2.3.4 Anexo(s) (Opcional)
Referem-se a textos ou documentos não elaborados pelo pesquisador, mas
introduzidos no trabalho com o objetivo de servir como fundamentação, comprovação ou
ilustração. Deve ser elaborado seguindo-se as orientações da NBR 14724 de 2011.
2.2.3.5 Índice (Opcional)
Equivale à lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério,
que localiza e remete para informações contidas no texto. Deve ser elaborado seguindo-se
as orientações da NBR 6034 de 2004 (Vide Apêndice T).
3 REGRAS DE APRESENTAÇÃO GRAFICA DA TESE
Em termos gráficos a apresentação da tese deve dar-se da seguinte
forma:
3.1 Formato
O papel utilizado é o do formato A4 (21 cm X 29,7 cm) de cor branca ou
reciclado.
O texto deve ser escrito em fonte na cor preta. Podendo-se utilizar
outras cores somente para as ilustrações.
Os elementos pré-textuais devem iniciar no anverso, exceto os dados
internacionais de catalogação-na-publicação, que devem vir no verso da folha de
rosto.
3.2 Margens
As folhas devem apresentar margens que permitam a encadernação e a
reprodução. Sendo assim, os relatórios deverão ter, para o anverso, margem
esquerda e superior de 3 cm, e direita e inferior de 2 cm; e para o verso, direita e
superior 3 cm e esquerda e inferior de 2 cm.
3.3 Fonte
Tamanho de fonte recomendado é 12 para todo o texto e o tipo
padronizado para todo o documento. As citações com mais de três linhas, notas
de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação-na-publicação,
legendas, notas, fontes e títulos das ilustrações e tabelas devem ser digitadas
em tamanho menor e uniforme (fonte 10).
3.4 Espaçamento
Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 entre as linhas.
Constituem-se exceções: as citações diretas com mais de três linhas; as notas de
rodapé e as referências que devem ser digitadas em espaço simples (1,0).
3.5 Paginação
As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não
numeradas. Para trabalhos digitados somente no anverso, todas as folhas, a partir
da folha de rosto devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o
anverso. Quando o trabalho utilizar o anverso e o verso, a numeração da página
deve ser colocada no canto superior direito no anverso da folha; e no canto superior
esquerdo no verso da folha. A numeração é colocada em algarismos arábicos, a 2
cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda da folha.
Trabalhos constituídos de mais de um volume devem manter uma sequência única
de paginação, do primeiro ao último volume. A paginação de apêndices e anexos
deve ser sequencial à paginação do texto principal.
3.6 Parágrafos
São aceitos dois estilos:
a) primeira linha do parágrafo com recuo de dois centímetros da margem
esquerda;
b) estilo sem recuo, alinhado à margem esquerda; neste caso, separam-
se os parágrafos por um espaço de 1,5 linha.
Deve-se manter o mesmo padrão ao longo de todo o documento.
3.7 Numeração progressiva
Deve ser utilizada para evidenciar a sistematização do conteúdo do
trabalho. Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os
recursos de negrito, itálico ou sublinhado e outros, no sumário e, de forma idêntica
no texto.
3.7.1 Seções
A ABNT NBR 6024 (2012) define a seção como parte que se divide o
texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição
ordenada do assunto.
De acordo com a norma supracitada:
a) Seção Primária: equivale à principal divisão do texto de um
documento;
b) Seção Secundária: diz respeito à subdivisão do texto a partir de uma
seção primária;
c) Seção Terciária: subdivisão do texto a partir de uma seção
secundária;
d) Seção Quaternária: subdivisão do texto a partir de uma seção
terciária;
e) Seção Quinária: subdivisão do texto a partir de uma seção
quaternária.
EXEMPLO:
Seção primária
1
2
3
Seção secundária
1.1
1.2
1.3
2.1
2.2
2.3
3.1
3.2
3.3
Seção terciária
1.1.1
1.1.2
1.1.3
2.1.1
2.1.2
2.1.3
3.1.1
3.1.2
3.1.3
Seção quaternária
1.1.1.1
1.1.1.2
1.1.1.3
2.1.1.1
2.1.1.2
2.1.1.3
3.1.1.1
3.1.1.2
3.1.1.3
Seção quinária
1.1.1.1.1
1.1.1.1.2
1.1.1.1.3
2.1.1.1.1
2.1.1.1.2
2.1.1.1.3
3.1.1.1.1
3.1.1.1.2
3.1.1.1.3
Fonte: ABNT NBR 6024 (2012)
Também de acordo com a ABNT NBR 6024 (2012), as seções devem ser
apresentadas conforme as alíneas que se seguem:
a) devem ser utilizados algarismos arábicos na numeração;
b) deve-se limitar a numeração progressiva até à seção quinária;
c) o título das seções (primárias, secundárias, terciárias, quaternárias e
quinárias) deve ser colocado após o indicativo de seção, alinhado à
margem esquerda, separado por um espaço. Os títulos devem ser
destacados em negrito;
d) ponto, hífen, parênteses ou quaisquer sinais não podem ser utilizados
entre o indicativo de seção e seu título;
e) todas as seções devem conter um texto a elas relativo;
f) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números
inteiros a partir de 1;
g) o indicativo da seção secundária é constituído pelo número da seção
primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído na
sequência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo
processo em relação às demais seções;
h) as seções primárias (capítulos) devem iniciar-se em página nova, ser
destacadas em negrito e letras maiúsculas;
i) as seções secundárias devem estar em negrito e as principais
palavras iniciadas em letra maiúscula;
j) a seção terciária (de nível três) e as subsequentes devem estar em
negrito e somente a primeira palavra deve ser grafada em letra
maiúscula;
k) títulos com indicação numérica, que ocupem mais de uma linha,
devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira
palavra do título;
l) errata, agradecimentos, lista de ilustrações, de tabelas, de
abreviaturas e siglas, de símbolos, resumo, sumário, referências,
glossário, anexo e índice devem ser centralizados e não numerados,
com o mesmo destaque tipográfico das seções primárias.
3.7.2 Alíneas
Deve-se entender por alínea, cada uma das subdivisões do trabalho
designadas por: a), b), c) etc.
De acordo com a NBR 6024 (2012), devem ser apresentadas conforme as
alíneas que se seguem:
a) os diversos assuntos que não possuam título próprio, dentro de uma
seção, devem ser subdivididos em alíneas;
b) o texto que antecede as alíneas deve terminar em dois pontos;
c) as alíneas devem ser indicadas alfabeticamente, em letra minúscula,
seguida de parênteses. Utilizam-se letras dobradas, quando
esgotadas as letras do alfabeto;
d) as letras indicativas das alíneas devem apresentar recuo em relação à
margem esquerda;
e) o texto da alínea deve começar por letra minúscula e terminar em
ponto-e-vírgula, exceto a última alínea que termina em ponto final;
f) o texto da alínea deve terminar em dois pontos, se houver subalínea;
g) a segunda e as linhas seguintes do texto da alínea começam sob a
primeira letra do texto da própria alínea.
3.7.3 Subalíneas
As subalíneas (ou incisos) são divisões existentes no interior das alíneas.
Estas, segundo a NBR 6024 (2012), deverão apresentar-se conforme os seguintes
critérios:
a) as subalíneas devem começar por travessão seguido de espaço;
b) as subalíneas devem apresentar recuo em relação à alínea;
c) o texto da subalínea deve começar por letra minúscula, exceto no
caso de começar com nomes próprios, e terminar em ponto-e-vírgula.
A última subalínea deve terminar em ponto final, se não houver alínea
subsequente;
d) a segunda e as linhas seguintes do texto da subalínea começam sob a
primeira letra do texto da própria subalínea.
3.8 Citações
Equivalem (NBR 10520, 2002) à menção em um texto, de uma
informação extraída de outra fonte (uma bibliografia).
Também de acordo com a mesma fonte, as citações, quanto ao tipo,
podem ser classificadas em:
a) citação direta: transcrição textual (cópia) de parte da obra do autor
consultado;
b) citação indireta: texto baseado na obra do autor consultado
(paráfrase);
c) citação de citação: citação direta ou indireta de um texto em que não
se teve acesso ao original. Deve ser colocada na indicação da fonte a
expressão latina apud que significa citado por;
Obs.: No caso de doutorado o PPGAD não autoriza o uso deste
recurso.
d) notas de referência: notas que indicam fontes consultadas ou
remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado;
e) notas de rodapé: indicações, observações ou aditamentos ao texto
feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na
margem esquerda ou direita da mancha gráfica;
f) notas explicativas: notas usadas para comentários, esclarecimentos
ou explanações, que não possam ser incluídos no texto.
3.8.1 Localização das citações
As citações podem aparecer no texto ou em nota de rodapé.
Obs.: Por opção do PPGAD s citações devem aparecer no corpo do texto.
3.8.2 Regras gerais de apresentação das citações no texto
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, responsável ou
título incluído na sentença devem:
a) ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiverem entre
parênteses, devem ser letras maiúsculas.
Exemplos:
“Esse movimento, sem precedentes no setor educacional, obrigou este,
que antes “impunha” uma relação, a se relacionar com as
necessidades do mercado, surgindo, então, segundo Colombo e Cols
(2005), o termo cliente para designar o aluno”.
“Em 1970, com a comunicação em massa e o movimento da
democratização do saber, o cenário começou a se modificar
(COLOMBO; COLS, 2005)”.
b) especificar no texto a (s) página(s), volume (s), tomo (s), ou
seção(ões) da fonte consultada, nas citações diretas. Este(s) deve(m)
seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo termo, que
o(s) caracteriza, de forma abreviada.
Obs.: Nas citações indiretas, indicação da(s) página(s)
consultada(s) é opcional.
Exemplo:
A distribuição da riqueza e a capacidade de geração de renda podem
ser entendidas sob a forma de uma pirâmide econômica. No topo da
pirâmide estão os ricos, com numerosas oportunidades de gerar altos
níveis de renda (PRAHALAD, 2006, p. 18).
Obs.: O número da página é obrigatório em citações diretas e paráfrases que
incluam dados quantitativos (tabelas, por exemplo).
c) as citações diretas com até três linhas, devem estar contidas entre
aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
Exemplo:
Exemplo: “O crescimento desordenado do setor fez com que novas
IES entrassem no mercado com características distintas daquelas
tradicionais, com o objetivo de suprir a demanda latente por serviços
educacionais da base da pirâmide” (HOPER EDUCACIONAL, 2006, p.
32).
d) as citações diretas, no texto, com mais de três linhas devem ser
destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com:
letra menor do que a utilizada no texto;
espaçamento simples;
sem as aspas;
indicação da respectiva fonte.
Exemplo:
O que se percebe no setor do ensino superior privado é que o crescimento do faturamento das IES não seguiu o mesmo crescimento do número de alunos e vagas. Isso porque houve uma diminuição do valor médio das mensalidades. Em 2004, o faturamento do setor chegou a 14,5 bilhões de reais, um crescimento apenas 3,5% superior ao ano anterior (HOPER EDUCACIONAL, 2006, p. 45).
Obs.: Erros no texto original devem ser transcritos, acrescentando-se a expressão
“sic” entre parênteses, após suas ocorrências.
e) devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários,
ênfase ou destaques, do seguinte modo:
supressões [...];
interpolações, acréscimos ou comentários [ ];
ênfase ou destaque sugere-se a opção pelo negrito.
Exemplo: Segundo Boas (2008) [...] antes de 1920, um produto ou
serviço tinha um ciclo de vida de 34 anos. Já no período de 1920 a
1939, esse tempo caiu para 22 anos; entre 1939 e 1959, esse tempo
caiu ainda mais e chegou a oito anos e, atualmente, esse ciclo está
diretamente relacionado à área de atuação na qual se encontra.
f) quando se tratar de dados obtidos por informação verbal (palestras,
debates, comunicações, etc.), indicar, entre parênteses, a expressão
informação verbal, mencionando-se os dados disponíveis, em nota de
rodapé.
No texto
Exemplo: O composto promocional, também chamado de composto de
comunicação, consiste na utilização de ferramentas, tais como:
propaganda, publicidade, venda pessoal, promoção de vendas,
relações públicas e marketing direto, com o intuito de
informar,convencer e lembrar os clientes dos produtos e serviços
(informação verbal).
g) na citação de trabalhos em fase de elaboração, deve ser mencionado
o fato, indicando-se os dados disponíveis, em nota de rodapé.
No texto
Exemplo: A ordem de entrada no mercado de instituições
educacionais,como no lançamento de novos cursos, tem impacto
estatisticamente significativo sobre a participação de cada IES na base
de alunos e nos postos de trabalho preenchidos por seus egressos
(em fase de elaboração).
h) para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta
alteração, com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a
chamada da citação, ou destaque gráfico do autor caso o mesmo já
faça parte da obra consultada.
Exemplo: O fato remete à mudança de postura das IES, a
orientação desta passa do foco no produto (COBRA; BRAGA, 2004, p.
43, grifo nosso) para o foco nos clientes, ou seja, os produtos
educacionais que melhor podem atender às expectativas dos clientes-
alunos
i) quando a citação incluir texto traduzido pelo autor deve-se incluir, após
a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
Exemplo:
Buscando melhor compreender a demanda por crédito para consumo
e assumindo que variáveis sócio-demográficas e psicológicas podem
contribuir de maneira significativa para o entendimento do nível de
dívida para financiamento de consumo (MOURA, 2005), neste artigo
investiga-se como o materialismo – definido como a “importância
atribuída à posse e à aquisição de bens materiais no alcance de
objetivos de vida ou estados desejados” (RICHINS; DAWSON, 1992,
p. 304, tradução nossa) – e as atitudes frente ao endividamento,
influenciam a utilização do crediário, no contexto de consumidores de
baixa renda do Município de São Paulo.
j) a indicação da fonte deve apresentar autoria da informação citada: se
autor pessoal, deve figurar o sobrenome; se autor-entidade, deve
figurar o nome da instituição responsável; se de autoria desconhecida,
deve figurar o título da publicação. Além da informação de autoria,
informa-se o ano de publicação e o número da página, nos casos de
citações diretas;
k) As citações indiretas de diversos documentos de vários autores devem
estar em ordem alfabética e são separadas da seguinte forma: por
vírgula entre autor e data; e por ponto e vírgula entre os autores.
Exemplo:
Às instituições financeiras interessa conhecer a demanda por
produtos de crédito para que possam melhor estruturar sua estratégia
de marketing de serviços (BRUSKY; FORTUNA, 2002; ROCHA;
MELLO, 2002; PARENTE, 2003; MOURA, 2005).
l) Quando o documento citado tiver sido escrito por mais de três
autores, mencionasse o sobrenome do primeiro, seguido da
expressão latina et al (que significa e outros).
Exemplo:
Escalas para mensurar a atitude ao endividamento dos indivíduos
foram propostas e testadas por pesquisadores do campo da
psicologia econômica (LEA et al., 1993; DAVIES; LEA, 1995; LEA;
WEBLEY; WALKER, 1995; WATSON, 1998).
Obs: Quando ocorrem diversas citações, essas devem estar ordenadas em
ordem cronológica. Publicações ocorridas nos mesmos anos devem ser
ordenadas alfabeticamente.
m) Citação de diversos documentos do mesmo autor
Deverão ocorrer da seguinte maneira:
These studies were notably conducted in the United States and in
European countries (see, for example, BELK, 1984, 1985, RICHINS;
DAWSON, 1992, RICHINS; MCKEAGE; NAJJAR,1992, AHUVIA;
WONG, 1995, MICKEN, 1995, BURROUGHS; RINDFLEISCH, 1997,
2002, WATSON, 1998, 2003).
Caso haja mais de uma publicação do(s) mesmo(s) autor (es), no
mesmo ano, tais publicações deverão ser diferenciadas
acrescentando-se uma letra após o ano de publicação, conforme
exemplos:
(PONCHIO; ARANHA, 2006a)
(PONCHIO; ARANHA, 2006b)
(PONCHIO; ARANHA, 2006a, 2006b).
3.8.3 Sistemas de chamada
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada:
numérico ou autor-data.
Qualquer que seja o sistema adotado deve ser seguido constantemente
ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação com a lista de referências ou
com as notas de rodapé.
3.8.3.1 Sistema autor-data
Neste sistema, a indicação da fonte é feita:
a) pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade
responsável até o primeiro sinal de pontuação seguido(s) da data de
publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de
citação direta, separado por vírgula e entre parênteses;
Exemplo: Kotler e Keller (2006, p. 56) definem posicionamento como
“a ação de projetar o produto, ou a imagem da empresa, para se
destacar na mente do público-alvo”.
b) pela primeira palavra do título seguida de reticências, no caso das
obras sem indicação de autoria ou responsabilidade, seguida da data
de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de
citação direta, separados por vírgula e entre parênteses;
Exemplo: “ Para posicionar o curso no mercado, é preciso estabelecer
um relacionamento com o aluno, de modo a coletar informações sobre
o grau de satisfação que o curso está proporcionando” (
MARKETING..., 2008, p.59).
c) se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido) ou monossílabo,
este deve ser incluído na indicação da fonte;
Exemplo: “Os serviços educacionais são atividades econômicas que
criam valor e fornecem benefícios para os alunos, entendidos como
clientes, e para as empresas que os empregam”. (UM ESTUDO...,
2009, p.86).
As regras gerais de apresentação das citações são:
a) quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões), responsável(eis)
estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses,
acrescida das páginas, se a citação for direta;
Exemplo: Mezomo (1994) também defende o aluno como cliente da IES, já que compra e utiliza o serviço por ela prestado, caracterizando, assim, uma relação cliente-empresa.
b) quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-
se as iniciais de seus pré-nomes: se mesmo assim existir coincidência,
colocam-se os pré-nomes por extenso;
Exemplos:
(FAGUNDES, A., 2006) (FAGUNDES, C., 2007)
LACERDA, Vilmar, 2009) LACERDA, Venâncio, 2009)
c) as citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados
num mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras
minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento;
Exemplos:
De acordo com Giuliani (2007a) ou (GIULIANI, 2007b)
d) as citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria,
publicados em anos diferentes e mencionados, simultaneamente, têm
suas datas separadas por vírgula;
Exemplo: Nota-se, também que, algumas das maiores e mais rentáveis IES do
mundo não aumentam o seu número de alunos há mais de vinte anos
(BRAGA, 2005, 2008)
e) as citações diretas de diversos documentos de vários autores,
mencionados simultaneamente, devem ser separados por ponto-e-
vírgula, em ordem alfabética.
Exemplo:
Os serviços educacionais são atividades econômicas que criam valor e
fornecem benefícios para os alunos, entendidos como clientes, e para
as empresas que os empregam (COBRA; BRAGA, 2004; GIULIANI,
2003; MEZOMO, 1994).
3.8.3.2 Sistema numérico
Neste sistema a indicação da fonte é feita:
a) por uma numeração única e consecutiva;
b) em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do
trabalho, do capítulo ou da parte;
c) na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a
numeração das citações a cada página;
d) o sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé;
e) a indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao
texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do
mesmo, após a pontuação que fecha a citação.
3.8.3.2.1 Notas de rodapé
As notas de rodapé podem ser: notas de referência e explicativas.
3.8.3.2.2 Notas de referência
A numeração das notas de referência é feita:
a) por algarismos arábicos;
b) devem ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte.
Não se inicia a numeração a cada página;
c) a primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua
referência completa;
Exemplo:
No texto: Segundo Colombo; Cols (2005) antes de 1920, um produto
ou serviço tinha um ciclo de vida de 34 anos. Já no período de 1920 a
1939, esse tempo caiu para 22 anos; entre 1939 e1959, esse tempo
caiu ainda mais e chegou a oito anos e, atualmente, esse ciclo está
diretamente relacionado à área de atuação na qual se encontra.1
d) as subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de
forma abreviada, utilizando-se as seguintes expressões, abreviadas
quando for o caso:
Idem (id): mesmo autor
ibidem (Ibid): na mesma obra
opus citatum, opere citato (op.cit.): obra citada
passim: aqui e ali
Loco citado (loc.cit.): local citad
confira, confronte (cf)
sequentia (et seq.): seguinte ou que se segue
e) a expressão apud (citado por, conforme, segundo) pode também ser
usada no texto;
Exemplo:
No texto: Segundo Strauss e Corbin (1990 apud Merriam (1998) a
pesquisa qualitativa como uma ferramenta que busca reunir
informações sobre um fenômeno que não tem como ser quantificado.2
3.8.3.2.3 Notas explicativas
A numeração das notas explicativas é feita:
a) em algarismos arábicos;
b) devem ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte.
Não se inicia a numeração a cada página;
Exemplos:
No texto: No caso do setor educacional, a distribuição (praça) interage
diretamente com o cliente-aluno, porque é nela que se vivencia e se
1 COLOMBO, Sônia A.; COLS. Marketing Educacional e ação: estratégias e ferramentas.
Porto Alegre: Artmed/ Bookman, 2005. 2 CORBIN, 1990 apud MERRIAM, 1998.
consome o produto, o serviço educacional (KOTLER; FOX, 1994).3
Vide Apêndice U.
3.9 Siglas
A sigla, quando mencionada pela primeira vez no texto, deve ser:
a) indicada entre parênteses;
Exemplo:
(IES)
b) precedida do nome completo.
Exemplo:
Instituições Superiores de Ensino (IES)
3.10 Equações e Fórmulas
Para facilitar a leitura, devem ser destacadas no texto e, se necessário,
numeradas com algarismos arábicos, entre parênteses, alinhados à direita. Na
sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte
seus elementos (expoentes, índices, entre outros).
Exemplos:
X2=Y2=Z2 (1)
x2+y2+z2/5 = n (2)
3.11 Ilustrações
Qualquer que seja o tipo de ilustração (ABNT NBR 14724, 2011):
a) sua identificação deve aparecer na parte superior, precedida da
palavra designativa (desenho, esquema, fluxograma, fotografia,
gráfico, organograma, planta, quadro, retrato, figura, imagem, entre
3 Esta também é a compreensão de Braga (2004).
outros), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em
algarismos arábicos, travessão e do respectivo título;
b) após a ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada
(elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor),
legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão
(se houver);
c) em casos em que o autor efetue adaptações nas ilustrações, preceder
a citação da expressão adaptado de;
d) a ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo
possível do trecho a que se refere.
Exemplo:
Figura 4 - Categorização Atual das IES
Fonte: Hoper Educacional (2006)
Vide Apêndice V.
3.12 Tabelas
Do ponto de vista conceitual (IBGE, 1993), as tabelas equivalem a uma
forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se
destaca como informação central.
Devem ser:
a) citadas no texto;
b) inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem;
c) padronizadas conforme orientações da fonte supracitada.
Na forma das tabelas destacam-se espaços e elementos:
3.12.1 Espaços:
a) espaço superior: destina-se ao número e título da tabela;
b) espaço central: destina-se à moldura aos dados numéricos e aos
termos necessários à sua compreensão;
c) rodapé: destinado à fonte, à nota geral e à nota específica.
3.12.2 Elementos:
a) dado numérico: quantificação numérica de um dado observado;
b) número: identificador numérico de uma tabela em um conjunto de
tabelas;
d) título: conjunto de termos indicadores do conteúdo de uma tabela;
e) moldura: conjunto de traços estruturados dos dados numéricos e dos
termos necessários à sua compreensão;
f) cabeçalho: conjunto de termos indicadores do conteúdo das colunas
indicadoras e numéricas;
g) indicador de linha: conjunto de termos indicadores do conteúdo de
uma linha;
h) classe de frequência: cada um dos intervalos não superpostos em
que se divide uma distribuição de frequência;
i) sinal convencional: apresentação gráfica que substitui o dado
numérico;
j) fonte: identificador do responsável (pessoa física ou jurídica) ou
responsáveis pelos dados numéricos;
k) nota geral: texto esclarecedor do conteúdo geral de uma tabela;
l) nota específica: teste esclarecedor de algum elemento específico de
uma tabela;
m) chamada: símbolo remissivo atribuído a algum elemento de uma
tabela que necessita uma nota específica;
n) unidade de medida: termo indicador da expressão quantitativa ou
metrológica dos dados numéricos.
3.13 Elaboração geral de tabelas
3.13.1 Número: deve vir no topo da tabela para identificá-la, permitindo assim sua
localização.
A identificação de uma tabela deve ser feita:
a) com algarismos arábicos;
b) de modo crescente precedidos da palavra tabela.
A apresentação do número deve obedecer à NBR 6024 (2012).
Exemplo:
Tabela 1 – Comparativo do valor das mensalidades versus cursos novos e antigos nas
principais cidades brasileiras.
Cidades Mensalidade
Média
Mensalidade Média
(cursos novos)
Mensalidade Média
(cursos antigos)
São Paulo R$ 598,00 R$ 490,56 R$ 645,98
Rio de Janeiro R$ 455,11 R$ 346,03 R$ 487,30
Belo Horizonte R$ 506,70 R$ 449,07 R$ 562,51
Vitória R$ 369,56 R$ 347,92 R$ 391,19
Porto Alegre R$ 613,00 R$ 628,63 R$ 585,92
Curitiba R$ 429,60 R$ 397,70 R$ 456,58
Florianópolis R$ 390,67 R$ 377,29 R$ 408,50
Fonte: Hoper Educacional (2004).
Vide Também Apêndice X.
3.13.2 Título: deve vir inscrito no topo, para indicar a natureza e as abrangências
geográfica e temporal dos dados numéricos.
3.13.3 Moldura: toda tabela deve ter moldura, inscrita no centro, para estruturar os
dados numéricos e termos necessários à sua compreensão.
Obs.: A moldura não deve ter traços verticais que a delimitem à esquerda e à
direita.
3.13.4 Cabeçalho: indica o conteúdo das colunas. Esta indicação deve ser feita por
extenso, sem abreviações.
3.13.5 Indicador de linha: deve vir inscrito nas colunas indicadoras, para indicar, o
conteúdo das linhas.
3.13..6 Unidade de medida: sempre que houver necessidade de se indicar a
expressão quantitativa ou metrológica dos dados numéricos, esta deve e inscrita no
espaço do cabeçalho ou nas colunas indicadoras. A indicação da expressão
quantitativa ou metrológica dos dados numéricos deve ser feita com símbolos ou
palavras entre parênteses.
Exemplos:
(m) ou (metro)
(t) ou (tonelada)
(R$) ou (real)
3.13.7 Dado numérico: informa a quantificação de um fato específico observado. A
informação da quantificação de um fato específico observado deve ser em
algarismos arábicos e sua apresentação deve obedecer ao item sobre grafia dos
números constantes na Resolução Conmetro - Quadro Geral de Unidades de
Medida.
3.13.8 Sinal convencional: deve ser usado sempre que houver necessidade de se
substituir um dado numérico.
3.13.9 Chamada: deve ser feita em qualquer um dos espaços da tabela sempre que
houver necessidade de se remeter algum dos seus elementos a uma nota
específica.
3.13.10 Fonte: inscrita a partir da primeira linha do rodapé da tabela, para indicar o
responsável (pessoa física ou jurídica) ou responsáveis pelos dados numéricos. A
identificação do responsável ou dos responsáveis pelos dados numéricos deve ser
feita com palavras e precedidas da palavra Fonte ou Fontes. A norma (IBGE, 1993)
recomenda que:
a) se adote a regra de citação direta para identificação de fonte;
b) a identificação seja feita por extenso;
c) em tabelas com dados numéricos extraídos de um documento, a
identificação da fonte indique a referência bibliográfica do documento;
d) quando uma tabela contiver dados numéricos resultantes de uma
transformação dos dados numéricos obtidos na fonte, o responsável
pela operação deve ser identificado em nota geral ou específica. Caso
a tabela seja de elaboração do autor, digitar elaboração própria. Em
casos em que o autor efetue adaptações nos dados, inserir nota geral
com os dizeres dados trabalhados pelo autor;
e) uma tabela seja elaborada de forma a ser apresentada em uma única
página. Porém toda tabela que ultrapassar, em número de linhas e/ou
colunas, as dimensões de uma página deve ser apresentada em duas
ou mais partes.
3.13.11 Nota geral: deve vir no rodapé, logo após a fonte, sempre que houver
necessidade de se esclarecer o seu conteúdo geral, precedida da palavra Nota.
3.13.12 Nota específica: deve vir inscrita no rodapé da tabela, logo após a nota
geral (se existir), sempre que houver a necessidade de se esclarecer algum
elemento específico. Deve vir precedida da respectiva chamada. Quando uma tabela
contiver mais de uma nota específica, estas devem ser distribuídas obedecendo à
ordem de numeração das chamadas, separando-se uma das outras por um ponto.
4 REPRODUÇÃO, ENCADERNAÇÃO E DIVULGAÇÃO
Tanto os trabalhos submetidos às bancas de qualificação, quanto os
submetidos às bancas de defesa, deverão ser entregues em vias impressas e em
via eletrônica. As vias impressas submetidas às bancas deverão ser encadernadas
em espiral (capa plástica transparente); já os exemplares definitivos serão
encadernados conforme modelo definido pelo Conselho do Curso de Mestrado
Profissional em Administração.
De acordo com inciso 1º. do capítulo IV das Normas Específicas do
Programa de Pós-Graduação em Administração (RESOLUÇÃO..., 2012) a versão
final da tese deve incluir as sugestões da banca examinadora e ser entregue em
versão impressa, 5 (cinco) cópias, encadernadas com capa dura cor azul em modelo
determinado pelo curso uma versão digital, após conferência e assinatura do
Professor Orientador, na Secretaria de Pós-Graduação, até 60 dias após a data da
realização da defesa.
O inciso 2º. Também do Capítulo IV das normas supracitadas
(RESOLUÇÃO..., 2012), determina que em conjunto com os exemplares da
dissertação o aluno deverá entregar o comprovante de aprovação de um artigo
encaminhado a periódico integrante da relação Qualis.
REFERÊNCIAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR12225 : informação e documentação: lombada: apresentação. Rio de Janeiro, 2004. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6034: informação e documentação: índice: apresentação. Rio de Janeiro, 2004. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2011. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito. Rio de Janeiro, 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2012. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de Apresentação Tabular. Rio de Janeiro, 1993. RESOLUÇÃO CONSUN no. 007/2012 de 28 de março de 2012. SANTOS, C. M. Os primeiros passos da pós-graduação no Brasil: a questão da dependência. Ensaio: Avaliação política Pública Educacional. v.10, n.37, p. 4479-492, out./dez.2002
Apêndice D - Modelo de Ficha Catalográfica Verso da Folha de Rosto)
Observação: a ficha catalográfica deve ser centralizada na largura da folha.
FICHA CATALOGRÁFICA É a ficha catalográfica que traz a descrição bibliográfica de uma obra. Quanto ao assunto principal de uma ficha, segue-se o padrão existente para a Biblioteca do Campus Taquaral.
Apêndice V – Exemplo de Ilustração
Figura 5 – Categorias de Responsabilidade Social Corporativa
Fonte: Carroll