Doenas bacterianas em equdeos
Fumio Honma Ito
FMVZ-USP
Dia Mundial da Raiva
guas de Lindia
27-30 de setembro de 2011
Doenas bacterianas em equdeos
Quadro I. Populao mundial de equinos, asininos e muares (cabeas)
Continente Equinos Asininos Muares Total equdeos
frica 4.519.216 18.559.137 1.060.913 24.139.266
Amricas 33.594.119 7.161.527 6.318.150 47.073.796
sia 13.870.140 17.129.456 3.604.713 34.604.309
Europa 6.374.740 637.557 222.898 7.235.195
Oceania 411.956 9.000 ----- 420.956
Food and Agricultural Organization-FAO. Available at:
http://www.faostat.fao.org/site/573/DesktopDefault.aspx?PageID=573#ancor. Access: 09/09/2011
http://www.faostat.fao.org/http://www.faostat.fao.org/
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Continente/pas Equinos/cabeas Posio mundial
Estados Unidos 9.500.000 1
China 6.823.465 2
Mxico 6.350.000 3
BrasilSo Paulo
5.650.000380.333 (IBGE,2009)
4
Argentina 3.680.000 5
Quadro II. Classificao mundial do efetivo equino
Food and Agricultural Organization-FAO. Available at: http://www.faostat.fao.org/site/573/DesktopDefault.aspx?PageID=573#ancor. Access: 09/09/2011
http://www.faostat.fao.org/http://www.faostat.fao.org/
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Populao equinos por
Estado
Populao bovinos por
Estado
Populao equinos por
municpio
Populao bovinos
por municpio
(1) Minas Gerais
800.108
(1) Mato Grosso do Sul
27.357.089
(1) Corumb (MS)
30.032
(1) Corumb (MS)
1.973.275
(2) Bahia
598.326
(2) Minas Gerais
22.469.791
(2) Feira de Santana (BA)
17.180
(2) So Flix do Xing (PA)
1.912.009
(3) Rio Grande do Sul
452.965
(3) Mato Grosso
22.325.663
(3) Santana do
Livramento (RGS)
17.045
(3) Ribas do Rio Pardo (MS)
1.161.329
(4) Gois
438.390
(4) Gois
20.894.943
(4) Alegrete (RS)
16.725
(4) Juara (MT)
907.403
(5) So Paulo
380.333
(5) Par
16.856.561
(5) So Flix do Xingu
(PA)
15.789
(5) Porto Murtinho (MS)
821.179
Quadro I. Comparao do efetivo equino e bovino entre cinco estados e municpios mais populosos do Brasil
A primeira leva de cavalos foi introduzida no Brasil em 1534, em Vila de So Vicente
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Febre maculosa
Brucelose
Mormo ou Lamparo
Melioidose
Ttano
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Como zoonose de importncia em sade pblica, as descries
sobre a doena no homem so vastas na literatura, porm, em
animais as informaes se resumem a poucos casos de
inoculaes experimentais e rara em relao aos eqinos, que so
considerados reservatrios ou animais amplificadores da R.
Rickettsii. No site da OIE, nada consta sobre a febre maculosa.
: Casos humanos
Fonte: www.saude.gov.br/svs
Febre maculosa:
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Febre maculosa: causada pela bactria Rickettsia rickettsii, agente veiculado porartrpodes vetores que acomete vrias espcies de animais domsticos, silvestres eo ser humano.
Histrico: no estado norte-americano de Idaho, no vale do Rio Snake, foi descrito,em 1896, o sarampo negro (black measles). Howard T. Ricketts identificou oagente causador desta condio patolgica, uma pequena bactria, que mais tarderecebeu a denominao de Rickettsia rickettsii.
A febre maculosa brasileira (febre de So Paulo ou tifo exantemtico) transmitidapelos carrapatos da famlia Ixodidae, gnero Amblyomma, sendo o mais importanteo A. Cajennense.
Na Capital paulista, a doena foi descrita na dcada de 1920, na regio ondeatualmente esto os bairros de Sumar, Perdizes e adjacncias. Mais tarde aenfermidade foi descrita na Grande So Paulo, em cidades como Mogi das Cruzes, eno bairro de Santo Amaro na Capital.
Mais recentemente, em alguns municpios do Interior de So Paulo, comoCampinas, Pedreira, Jaguarina e Santo Antonio de Posse, envolvendo as baciasdos rios Atibaia e Jaguari. Os casos se expandiram para outros municpios doEstado, como os de Piracicaba e Araras.
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Os animais so assintomticos (portadores) e atuam como reservatrios do
agente.
Testes sorolgicos so utilizados para a confirmao da infeco pela R.
rickettsii, sendo a tcnica de imunofluorescncia indireta considerada como de
referncia padro-ouro. Essa tcnica pode ser utilizada para detectar as
imunoglobulinas de classe IgG ou IgM.
Amostras para diagnstico e tcnica laboratorial:
sangue e cogulo de sangue: isolamento e PCR
soro: imunogluorescncia indireta - IFI
tecidos: imunoistoqumica
carrapatos: identificao e IFI e isolamento
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Aumento da populao humana no mundo!
Contato com animais e seus vetores,
problemas do meio ambiente, defesa sanitria e sade pblica?
Em 2020: 9,3 bilhes???
Cada vez mais turistas procuram o paraso tropical: preparativos para a Copa de 2014 e Olimpadas 2016?
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Fonte: www.saude.gov.br/svs
Fonte de infeco Vias de transmisso suscetvel
Diagnstico
TratamentoControle carrapatos Medidas de proteo
Vetores, hospedeiros, reservatrios
?
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A brucelose uma doena infecciosa dos animais, amplamente distribuda no mundo, acometendo em particular os herbvoros e os sunos, que so as principais fontes de infeco aos seres humanos.
A brucelose equina foi relatada no final da I Guerra Mundial, quando Fontaine e Ltje (1919) verificaram um grande nmero de cavalos do exrcito alemo com processo inflamatrio supurativo na nuca e regio da cernelha, e os animais apresentaram reao positiva para a prova de fixao do complemento.
Em 1928, Rinjard e Hilger observaram fatos semelhantes na Frana, com isolamento positivo do agente a partir das leses fistulosas da cernelha.
Na Holanda, em 1930, de 560 animais sadios 8 apresentaram ttulos significantes de anticorpos antibruclicos; outros 62 animais, com sinais de mal de cernelha, leso ou inchao na nuca, bursite pr-esternal e tarsite; 56 foram sorologicamente positivos; e 30, com isolamento positivo do agente B. abortus
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Gnero Brucella: era constitudo pelas espcies B. abortus, B.melitensis, B. ovis, B. suis, B. canis e B. neotomae.
Dentro de cada espcie foram identificadas mltiplas variantes(biovares) ou estirpes. A B. melitensis era subdivida em 3 biovares,B.abortus em 7 biovares e a B. suis em 5 biovares.
Com o advento da tcnica de hibridizao do DNA, foi proposta acriao de uma nica espcie, a Brucella melitensis, e todos osorganismos anteriormente descritos so biovares ou variantes da B.melitensis.
Os nomes convencionais ainda so utilizados na literatura atual, emuitos autores os utilizam em seus textos.
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As manifestaes clnicas da brucelose em equinos diferem em vriosaspectos: no incio, so observadas apatia e fraqueza geral, embora oanimal permanea em boas condies fsicas e mantendo o apetite. Estasituao pode persistir por dois meses ou mais.
Algumas vezes podem surgir leses de localizao mltipla, ou surgindouma aps outra, mantendo pequenos intervalos de tempo.
Pode apresentar processos inflamatrios nos ossos e nas articulaes,como artrite, laminite, tenossinovite, bursite e osteomielite, com aocorrncia de edema pronunciado nas articulaes e manifestaodolorosa.
Um dos sinais caractersticos o mal da cruz ou mal da cernelha. A paredeinterna da bursa encontra-se inflamada e alterada pela proliferaoexcessiva de tecidos de granulao, com produo profusa de exsudatos.Volumosos higromas so formados, contendo lquido sorofibrinoso, quecoagula e apresenta material necrtico e tecido tendinoso e sseoadjacente em suspenso.
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A principal porta de entrada do agente (B. abortus e B. suis) no equino,muito provavelmente o trato digestivo.
Em infeco experimental do cavalo, por via oral, verificou-se altasconcentraes de anticorpos antibruclicos, assim como uma intensabacteremia.
No se conhece a transmisso da doena de cavalo a cavalo, mas podeser transmitida do cavalo ao homem.
Em cavalos criados em co-habitao com bovinos em reas de elevadataxa de infeco da brucelose comum encontrar equinos com nveiselevados de ttulos aglutinantes.
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Co-habitao com outras espcies suscetveis brucelose (B. abortus e B. suis)
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Diagnstico:
Em culturas de amostras de sangue ou da medula ssea pode-se isolar o agente, especialmente durante a fase aguda da doena.
Demonstrao da converso sorolgica (aumento de quatro vezes no ttulo de anticorpos) nas amostras de soro colhidas com 2-3 semanas de intervalo significa diagnstico positivo para brucelose.
Podem ser empregados os testes de fixao do complemento, ELISA, teste de Rosa-Bengala, teste de aglutinao em placa com antgeno tamponado e ELISA de competio.
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O tratamento do mal da cernelha com antimicrobianos
usualmente demorado e de resultado duvidoso.
As leses, quando abertas, podem constituir-se na via
de eliminao do agente e, por conseguinte, aumenta a
carga contaminante no ambiente de criao.
No existem vacinas para uso em equinos. A vacina
B19 foi utilizada em equinos, no entanto, n