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HISTÓRIA DA PARAÍBA

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01. Vários acontecimentos dos anos de 1920-30 exprimem um significativo processo de modernização econômico-social no Brasil, gerando conflitos de interesses entre segmentos médios urbanos e oligarquias rurais detentoras do poder. Na Paraíba, a ascensão de João Pessoa ao Governo (1928-1930) e algumas de suas ações, que atingiram interesses de coronéis, também podem ser inseridas nesse processo. Sobre movimentos e ações conflituosas com a ordem oligárquica pré e pós-1930, é correto afirmar: a) A Semana de Arte Moderna de 1922 sinalizou a emergência de uma nova maneira de conceber e produzir a arte, negadora dos modelos artísticos nacionais e a favor da sua substituição por modelos culturais internacionais na análise da realidade brasileira. b) O Tenentismo foi um movimento militar de contestação política às oligarquias, dividido, desde o seu início, em duas vertentes: uma moderada, a favor de reformas políticas de cunho liberal, e outra radical, em defesa de uma revolução socialista. c) Algumas medidas do Governo João Pessoa representaram certa modernização político-administrativa do Estado na Paraíba, a exemplo do controle do comércio estadual e na indicação dos delegados de polícia. d) A fundação do PCB (Partido Comunista do Brasil), em 1922, constituiu-se na primeira expressão política anti-oligárquica da classe operária, fortalecida com o avanço da industrialização, principalmente em São Paulo. e) A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma guerra civil liderada por empresários, classes médias e operários contra as oligarquias cafeeiras paulistas, pelo estabelecimento de uma constituição amplamente democrática e cidadã. 02) A conquista, pelos portugueses, do atual território da Paraíba, em 1585, foi marcada por um duro enfrentamento militar. Sobre essa guerra, leia o fragmento do texto do Sumário das Armadas. “Chegando (os portugueses) à boca da barra do Paraíba, com a armada que trouxe, e alguns caravelões destas duas capitanias, Tamaracá e Pernambuco, entraram pelo rio acima, por terem aviso que sete ou oito naus francesas, que lá estavam surtas, estavam bem descuidadas, e varadas em terra, e a maior parte da gente nela, e os índios metidos pelo sertão, a fazer pau para a carga deles. E dando de súbito sobre elas, queimaram cinco, esbulhando-as primeiro, que foi um honrado feito: as outras fugiram com quase toda a gente.” Fonte: Anônimo. História da Conquista da Paraíba. Brasília: Senado Federal, 2006, p. 34. Com base no texto e nos conhecimentos históricos sobre o tema nele abordado, é correto afirmar: a) Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, eram parte, em 1585, do império espanhol, que desejava construir um porto em Cabedelo e expulsar os potiguara dessa área. Os portugueses mantinham boas relações com esse povo indígena, mas a Espanha impôs suas ordens aos lusitanos, que foram forçados à guerra contra os potiguara. b) Os portugueses e os franceses haviam entrado em acordo, uma vez que ambos eram inimigos da Espanha. Por esse acerto, os franceses poderiam retirar o pau-brasil da Paraíba, mas os potiguara, senhores do território, não aceitaram a aliança franco-lusitana, o que impediu a exploração do território pelos franceses.

c) Portugal e suas colônias, desde 1580, estavam sob domínio da Espanha, o que gerou conflitos entre portugueses e espanhóis não só na Europa, mas também na América. Os espanhóis aliaram-se aos potiguara, habitantes do território hoje paraibano, e guerrearam contra os portugueses, o que levou os últimos a se apossarem das terras potiguara. d) Os franceses aliaram-se aos índios potiguara, com os quais trocavam presentes e armas por pau-brasil. Essa aliança ameaçava os engenhos de açúcar da Capitania de Pernambuco e motivou os portugueses à guerra e à conquista do território que se tornaria a Capitania da Paraíba. e) Os franceses já ocupavam, desde a metade do século XVI, as terras da atual Paraíba, em que estabeleceram contatos e acordos com os índios tabajara para a exploração do pau-brasil. Os portugueses consideravam essa aliança uma ameaça ao seu domínio e se aliaram aos índios potiguara, que eram inimigos dos tabajara 03. Sobre os povos indígenas no Brasil, pode-se afirmar: I. Eles viviam em aldeias formadas por grandes casas, cada uma delas habitada por dezenas de pessoas ligadas pelo casamento e parentesco. Embora não tivessem chefes formais, os seus grandes guerreiros detinham um enorme prestígio, o que lhes permitia alguns privilégios, como o de possuírem várias esposas. II. Alguns desses povos, como os Potiguara da Paraíba, ofereceram grande resistência à colonização portuguesa, enquanto outros, como os Tupiniquim de São Paulo, apoiaram os europeus em suas guerras contra outros povos tupis. Os portugueses utilizaram muito bem as rivalidades entre os índios como arma de conquista. III. Os tupis possuíam uma economia bastante simples, baseada no cultivo de plantas, como trigo e milho, e na criação de pequenos animais, como cabras e galinhas. Algumas aldeias possuíam pequenos celeiros, onde a produção era armazenada e monopolizada pelos chefes hereditários. Está(ão) correta(s) apenas: a) II c) I e) III b) II e III d) I e II 04. Epitácio Pessoa, natural de Umbuzeiro, Paraíba, chegou à presidência da nação e governou o Brasil entre 1919 e 1922. Sobre esse período da história brasileira, pode-se afirmar: I. A eleição desse político paraibano deu-se sem a sua presença no país. Chegando de Paris, onde participara da Conferência de Versalhes, ele foi informado de que havia sido candidato, vencera as eleições e seria o próximo Presidente. II. As intervenções do Estado, durante a gestão epitacista, foram muitas. Na região Sul, construíram-se mais de mil quilômetros de ferrovias; já, no Nordeste, foi implementada uma política de combate às secas com a construção de mais de duzentos açudes. III. Epitácio Pessoa, no campo político, marcou posição como um democrata e conciliador. No campo financeiro, o destaque de seu governo foi a política de emissão de moedas, conhecida como Encilhamento. Está(ão) correta(s): a) Apenas III b) Apenas I

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c) Apenas II d) Apenas I e II e) I, II e III 05. Para administrar as suas terras da América, a Metrópole Portuguesa organizou um sistema administrativo formado por vários níveis de governo. Sobre a estrutura administrativa colonial adotada pelo Império Português, em suas possessões americanas, leia as afirmativas a seguir. I. As capitanias hereditárias foram criadas em 1534 e constituíram a primeira forma de gestão administrativa da América Portuguesa. Doadas a particulares – os donatários –, as capitanias visavam garantir a posse das terras através da sua colonização. Todavia, como apenas as de São Vicente e Pernambuco prosperaram, foi estabelecido, na Bahia de Todos os Santos, o Governo Geral, em 1549, que se sobrepôs às capitanias existentes. II. A Paraíba não constava entre as capitanias hereditárias, sendo criada depois, em 1585, época dos Governos-Gerais, portanto, sob controle direto da Coroa. Daí a sua designação de real, posto que era propriedade do Estado monárquico, encarnado no Rei, como era o costume no Antigo Regime. Por esse motivo, nunca houve donatários da capitania da Paraíba, mas sim governadores ou capitães-mores. III. As Câmaras municipais das vilas e cidades foram instâncias administrativas que representavam o poder dos senhores locais. Eram ocupadas pelos homens bons, categoria social de sesmeiros, a nobreza da terra, e por comerciantes e seus representantes. Mulheres, gentios e homens livres pobres, por serem dependentes, e os escravos, por serem propriedade, estavam excluídos da representação. Está(ão) correta(s): a) apenas II d) apenas II e III b) apenas III e) I, II e III c) apenas I e II 06. A crise do Pacto Colonial, nas primeiras décadas do século XIX, manifestou-se com grande vigor na atual região Nordeste do Brasil, então denominada de Norte. Na Capitania da Paraíba, que, após 1815, passou a Província do Reino Unido do Brasil, além do descontentamento com a Metrópole, o processo descolonizador teve como característica adicional e muito peculiar: a) O descontentamento dos paraibanos com o fato da Paraíba ter sido desanexada da Capitania de Pernambuco em 1799. b) A significativa participação popular de mulatos e escravos na luta contra a subordinação comercial da Paraíba a Pernambuco. c) A permanência da situação de subordinação comercial da Paraíba em relação a Pernambuco, mesmo após a desanexação política. d) A reivindicação formal do movimento descolonizador no sentido de reanexar, politicamente, a Paraíba a Pernambuco. e) O confronto armado das elites paraibanas contra as elites pernambucanas, motivado pela subordinação comercial da Paraíba a Pernambuco.

07. Uma das mais flagrantes contradições, referentes à história das idéias no Brasil Imperial, foi a adesão das classes proprietárias aos princípios do liberalismo com a defesa intransigente da manutenção da escravidão, que permaneceu, por quase todo o século XIX, como a forma predominante nas relações de trabalho. Sobre escravidão, liberalismo e transição para o trabalho livre, no Brasil do século XIX, é INCORRETO afirmar: a) Algumas rebeliões imperiais, a exemplo da Revolução Praieira e da Revolução Farroupilha, ambas de conteúdo republicano, por mais radicais que tenham sido, não se comprometeram com o fim da escravidão. b) As pressões inglesas pelo fim do tráfico negreiro coagiram as elites brasileiras a resolverem a questão da substituição da mão-de-obra escrava, que, no entanto, se processou de modo lento e gradual, através de um conjunto de leis: Eusébio de Queirós (1850), Ventre Livre (1871), Sexagenários (1885) e Áurea (1888). c) As elites agrárias da Paraíba não contestaram a Lei Áurea (1888) porque o número de escravos já era reduzido na província, e os proprietários de terras já estavam buscando sujeitar ao trabalho os homens livres pobres na qualidade de moradores de condição (meeiros, parceiros etc.). d) O Estado, sobretudo em São Paulo, foi o principal instrumento de estímulo à substituição da escravidão pelo trabalho livre, uma vez que, a partir de 1871, passou a custear, parcialmente, a importação de trabalhadores imigrantes, diminuindo os gastos dos cafeicultores. e) A importação de força de trabalho de origem européia exprimia, além de objetivos econômicos, uma tentativa de branqueamento da população brasileira, formada, predominantemente, por negros, índios e mestiços. f) O irrestrito apoio do Exército à escravidão e à monarquia deveu-se à ampla difusão do positivismo na instituição militar, expressando, ao mesmo tempo, o seu caráter nacionalista e conservador. 08. Com relação à cultura e à vida cotidiana no Brasil Imperial, é correto afirmar: a) As indústrias nascentes, na segunda metade do século XIX, não puderam utilizar mão-de-obra infanto-juvenil, mesmo recrutando essa força de trabalho através de anúncios de jornais, porque houve forte resistência da sociedade civil a essa prática. b) As camadas médias e as camadas populares urbanas tinham amplas e diversificadas possibilidades de ocupação, mobilidade e ascensão social, devido a um intenso processo de urbanização no país, que remontava ao período colonial. c) Os hábitos culturais trazidos pelos imigrantes tiveram pouca penetração na cultura brasileira, especialmente na área cafeeira da província de São Paulo, devido à resistência das suas elites às influências européias. d) A pacata vida cotidiana da Parahyba do Norte, capital da província da Parahyba, foi abalada, após 1850, por dois acontecimentos impactantes: as epidemias, matando milhares de escravos, e o afluxo de milhares de retirantes sertanejos, após a grande seca de 1877. e) Os grandes centros urbanos do país tornaram-se cosmopolitas, isto é, abertos a idéias e costumes da cultura européia, o que resultou em maior democratização étnica da sociedade brasileira.

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f) A modernização da Capital (Rio de Janeiro), na segunda metade do século XIX, significou melhorias materiais na cidade – bondes, iluminação, encanamento etc. –, mas não foi acompanhada de quaisquer mudanças nas idéias, costumes e práticas culturais. 09. Leia o trecho a seguir: “(...) o avanço em que ia o progresso da Capitania, em 1601, ou um pouco mais tarde, leva a crer que o trabalho nativo era o motor desse progresso” (MEDEIROS, M. do Céu e SÁ, Ariane N. de M. O Trabalho na Paraíba: das origens à transição para o trabalho livre. João Pessoa: Universitária/UFPB, 1999, p. 31). Baseado no exposto, pode-se afirmar: I. As aldeias, para os capitães-mores da Capitania Real da Paraíba, tinham a finalidade de preparar braços para a lavoura e soldados para a guerra. II. A mão-de-obra indígena teve pouca participação na conquista e colonização da Paraíba, pois os nativos não se adaptaram às condições exigidas pelo colonizador. III. O escambo, relação de trabalho que deu certo no extrativismo do pau-brasil, foi posto em prática na Paraíba, para integrar o índio ao processo produtivo. A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são): a) apenas II e III d) I, II e III b) apenas I e III e) apenas I e II c) apenas III 10. "A organização dos camponeses na Paraíba, com a morte de seus líderes, não foi destruída, ao contrário, serviu de estímulo para lutar e reivindicar seus direitos. As Ligas Camponesas representaram importante papel na redefinição da questão agrária brasileira e questionaram o papel dos latifundiários, trazendo a Reforma Agrária para o debate público" (SILVA, Maria Santana de Souza. “Os Camponeses se Rebelam e Lutam pela Reforma Agrária”. In: LIMA, Damião de. e outros: Estudando a História da Paraíba. Campina Grande: Cultura Nordestina, 1999, p. 108). Tomando por base o tema abordado no texto, a) defina as Ligas Camponesas, identificando seu papel histórico na Paraíba. b) caracterize a atuação do MST no Brasil atual. 11. Povo nativo que vivia à margem esquerda do Paraíba até a serra da Ibiapaba, no Ceará. Aliados dos franceses na Baía da Traíção e, depois, na guerra holandesa, auxiliaram os portugueses. Estamos falando dos: a) ariús. d) Tabajaras b) caetés e) Cariris c) potiguaras 12. A origem de Campina Grande remonta à prática expansionista da Coroa Portuguesa do final do século XVII, cujo objetivo precípuo era o de encontrar solução para os problemas internos do Reino, incentivando a ocupação de áreas do interior do Brasil.” (Josefa Gomes de A. E Silva. Raízes históricas de Campina Grande. In: Imagens multifacetadas da História de Campina Grande, 2000, p.14)

Esta política expansionista da Coroa estimulou a) o desenvolvimento da economia canavieira no agreste paraibano. b) a explosão de minifúndios no sertão paraibano. c) a criação de gado e a agricultura de subsistência com base na apropriação de terras e na subordinação do braço nativo pela escravidão. d) a criação de gado no agreste paraibano e a pujança comercial sertaneja. e) a extinção das Cartas de Sesmarias no interior da Paraíba e o grande aumento do tráfico negreiro para o sertão paraibano. 13. Sabemos que a energia elétrica é um dos modernos sistemas de iluminação que transformou o mundo desde o século XIX. Em termos de iluminação pública na Paraíba, é correto afirmar: a) Durante o século XIX, Campina Grande utilizou o sistema de iluminação a gás carbônico. b) Foi fundamental para a Paraíba a utilização do sistema de iluminação a gás carbônico, considerado o mais avançado sistema antes da eletricidade. c) As primeiras experiências com energia elétrica na Paraíba remontam ao ano de 1912, sendo levadas a efeito em Sapé, Guarabira e Patos. d) Campina Grande teve a inauguração da iluminação elétrica no ano de 1920 com a presença maciça da população em seu ato inaugural. e) Campina Grande só teve a inauguração da iluminação elétrica em 1936, na primeira gestão do prefeito Vergniaud Wanderlei. 14. Entre 1930 e 1945, Campina Grande foi, segundo o historiador Fábio Gutemberg Ramos, palco de uma atribulada reforma urbana que marcou a vida de seus moradores. Para ele, haviam se tornado comuns no Brasil: “... as preocupações com o saneamento e embelezamento das areas centrais das cidades e os planos para seu posterior crescimento; neles era cada vez mais freqüente a incorporação dos fluxos de transportes e automóveis, ao mesmo tempo em que as principais epidemias que haviam assolado as cidades no século XIX estavam sob relativo controle”. In: Campina Grande: cartografias de uma reforma urbana no Nordeste do Brasil (1930-1945). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 23, nº 46, p. 62. 2003. Analise as seguintes assertivas: I - Um aspecto da reforma urbanística em Campina Grande foram a transferência dos prostíbulos de suas ruas centrais para áreas afastadas e a destruição da cadeia postada na principal praça da cidade. II - O plano urbanístico preocupava-se apenas com o discurso vigente que colocava Campina Grande como um grande mercado de algodão do mundo. A prova disso é que o primeiro sistema de saneamento e abastecimento de água da cidade só foi feito já na década de 1970. III - A reforma urbanística se relacionava com as mudanças estéticas e higiênico/sanitárias, inspiradas na medicina social, que já vinham sendo feitas em algumas capitais brasileiras desde a segunda metade do século XIX. Está(ão) correta(s) apenas a(s) assertivas(s): a) II e III d) I b) I e II e) III c) I e III

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15. De lugar de pouso para tropeiros, passando por centro que beneficiava e comercializava o algodão, até o atual destaque no desenvolvimento de softwares, Campina Grande teve, no século XX, altos e baixos em seu crescimento. Sobre isso analise as seguintes proposições, verificando se são verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) É questionável atribuir ao algodão a responsabilidade pelo desenvolvimento econômico de Campina Grande, pois ela não produzia o “ouro branco”, apenas tinha a incumbência de receber toda a produção que vinha do sertão e exportá-la para a Europa e os EUA. ( ) Com a contribuição da economia algodoeira, Campina Grande teve um crescimento populacional extraordinário. No final da década de 1910 registrava-se algo em torno de 20 mil habitantes; já no final da década de 1930, a cidade contava com cerca de 130.000 habitantes. ( ) Até os anos 1960, Campina Grande era o pólo comercial e industrial da Paraíba, arrecadando mais impostos do que a própria capital. Mas, no início da década de 1970, João Pessoa passou a ter uma efetiva importância econômica com investimentos privados e dos governos estadual e federal. ( ) Fatores para a crise da economia algodoeira em Campina Grande foram: a inexistência, na Paraíba, de um porto para grandes navios; a concorrência com o Estado de São Paulo, que com a crise do café passou a produzir o algodão; e o ingresso de poderosas empresas estrangeiras no mercado de algodão. Assinale a alternativa correta. a) V, F, V, F c) F, V, V, V e) V, V, F, F b) F, V, V, F d) F, F, F, V 16. A Capitania Real da Paraíba foi criada em 1574, mas só foi ocupada em 1585. Sobre a conquista da Paraíba é correto afirmar: a) Não houve resistência dos nativos e a terra só não foi ocupada em 1574 porque o interesse dos portugueses era com a Capitania de Itamaracá. b) A conquista da Paraíba só ocorreu com a adesão dos tabajaras, que lutaram contra os potiguaras. Houve um extermínio em massa e os índios que colaboraram com os colonizadores terminaram sendo utilizados como mão-de-obra na lavoura, nos engenhos e na construção de obras urbanas. c) Apesar de os potiguaras terem lutado ao lado dos portugueses não foram beneficiados, devido aos tabajaras, que não sucumbiram nas batalhas e tornaram-se aliados dos conquistadores, ocupando os postos de confiança. d) Os franceses pretendiam tomar as terras dos potiguaras e escravizá-los, o que favoreceu a aliança entre portugueses e potiguaras na luta que culminou com a conquista e ocupação da Paraíba. e) Apesar da dominação da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, os espanhóis foram totalmente ausentes nas tentativas de conquista da Paraíba. 17. “Tomam os sediciosos conta da feira, passam livremente a quebrar as medidas arrebatadas aos comerciantes, a despedaçar as cuias encontradas em mãos dos vendedores retalhistas, a recolher pesos de todos os tamanhos, atirados em seguida no

Açude Velho.” (Cit.Damião de Lima. Estudando a História da Paraíba, p. 71). A ignorância e o fanatismo são apontados por alguns historiadores como os principais fatores que provocaram a eclosão de Quebra-Quilos. Sobre este movimento podemos afirmar: a) Em decorrência de ter sido um movimento de expressão restrita a algumas cidades do estado da Paraíba, inclusive Campina Grande, não foi reprimido pelo governo imperial. b) Movimento que teve sua origem em Fagundes, em 31 de outubro de 1874, não ultrapassou os limites do estado da Paraíba. c) Teve a participação exclusivamente da camada pobre da sociedade, mais especificamente a massa de camponeses. d) Além do fanatismo e da ignorância, a centralização administrativa, a alta carga tributária e a adoção do sistema métrico decimal contribuíram para o surgimento de Quebra-Quilos. e) O movimento foi reprimido pelo governo do estado da Paraíba com o total apoio dos proprietário rurais e de integrantes do clero. 18. “Ao lado dos trabalhadores “livres”, como os meeiros, agregado-se aqueles que recebiam por tarefa, foram (os escravos) os principais responsáveis pela produção da riqueza material e cultural domunicípio (...). Os documentos confirmam que famílias tradicionais possuíam, para os padrões locais, expressivos contingentes de escravos”. (Luciano Mendonça de Lima. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 2 – n° 16. Janeiro de 2007.) Sobre o texto acima, que trata da história da escravidão na cidade de Campina Grande, assinale a única alternativa INCORRETA. a) Os escravos podiam participar do comércio nas feiras semanais comprando, vendendo e trocando vários tipos de mercadorias advindas de seu próprio trabalho autônomo, de suas roças e outras atividades. b) Os escravos eram usados em várias atividades sócio-econômicas de Campina Grande. Nos algodoais, nas fazendas e currais, no plantio e colheita, na produção de aguardente e rapadura. Até nas funções domésticas e ofícios artesanais percebia-se a presença escrava. c) Campina Grande só surgiu como cidade em 1864, sendo essa a causa para que os escravos tivessem uma fraca participação na economia local. O papel de destaque é atribuído aos trabalhadores livres, médios comerciantes e produtores de algodão. d) No início do século XIX, Campina Grande se inseriu no tráfico de escravos. Os proprietários ganhavam muito dinheiro vendendo cativos para as províncias do sul, que prosperavam com a produção cafeeira. e) Nas últimas décadas do século XIX a escravidão se deslegitima em Campina Grande. A prova disso são as ações civis onde escravos pleiteiam sua liberdade junto aos seus senhores. 19. Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa incorreta sobre o processo de ocupação e colonização da Paraíba: a) Felipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, surgiu do cultivo da cana-de-açúcar. Na Zona da Mata, os canaviais dependiam da mão-de-obra escrava e atraíram o interesse dos holandeses no século XVII.

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b) Nas missões de catequese, os missionários pregavam o cristianismo, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam colégios. Foram eles que encontraram um planalto com uma campina verde e clima agradável, que tinha um aldeamento de índios cariris, e deram-lhe, então, o nome de Campina Grande. c) A fundação da Paraíba ocorre com o Ouvidor Martim Leitão trazendo pedreiros, carpinteiros e engenheiros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves e indo até a Baía da Traição expulsar os franceses que relutavam em permanecer na Paraíba. d) A colonização de Campina Grande teve início com a formação de um povoado e, em volta deste, de uma feira por onde passavam camponeses. Já então se percebem as características de uma cidade que historicamente nasceu vocacionada para as atividades comerciais. e) Não existia (no século XVI) preocupação alguma por parte dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois o grande progresso da capitania pernambucana já rendia à Coroa vultosas somas. 20. Leia o texto abaixo e assinale a única alternativa INCORRETA sobre o Processo de Conquista e o Ocupação das Paraíba: “Portugal pretenso dono Do Brasil naqueles dias Fez presente a seus vassalos De extensas sesmarias Que se convencionou Chamar de Capitânias. Duas logo prosperaram, Pernambuco e São Vicente, A de Itamaracá Só muito tardiamente E é onde está plantada A Paraíba ‘da gente’ Só após 80 anos De domínio português O Frutuoso Barbosa Aqui chegando se fez Foi aí que o nosso Estado Começo a ter voz e vez. Entre o mar impetuoso E o Sanhauá dolente A Cidade foi surgindo Pelas mãos do luso ingente Para depois transformar-se No que é atualmente” “Nova História da Paraíba – recontada em cordel” Manoel Monteiro. Campina Grande – Junho/2005 – 4ª ed. a) Felipéia de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, surgiu do cultivo da cana-de-açúcar. Na Zona da Mata, os canaviais dependiam da mão-de-obra escrava e atraíram o interesse dos holandeses no século XVII. b) Nas missões de catequese, os missionários pregavam o cristianismo, alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam colégios. Foram eles que encontraram um planalto com uma campina verde e clima agradável, que tinha um

aldeamento de índios cariris, e deram-lhe, então, o nome de Campina Grande. c) A fundação da Paraíba ocorre com o Ouvidor Martim Leitão trazendo pedreiros, carpinteiros e engenheiros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves e indo até a Baía da Traição expulsar os franceses que relutavam em permanecer na Paraíba. d) A colonização de Campina Grande teve início com a formação de um povoado e, em volta deste, de uma feira por onde passavam camponeses. Já então se percebem as características de uma cidade que historicamente nasceu vocacionada para as atividades comerciais. e) Não existia (no século XVI) preocupação alguma por parte dos portugueses em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois o grande progresso da capitania pernambucana já rendia à Corou vultuosas somas. 21. O Anuário de Campina Grande de 1926 diz, sobre a nauguração da nova estrada de ferro ligando as cidade de Itabaiana e Campina Grande, que “... em 1907, inaugura-se entre nós, a estrada de ferro,fato que veio quadruplicar a influência desta cidade,intensificando-lhe o comércio, aumentando-lhe consideravelmente a população, determinando a construção ininterrupta de novas ruas, de edifícios modernos, particulares e públicos, para os possuintes, já agora, em número elevado”. Sobre isso assinale a única alternativa incorreta: a) Os trilhos chegaram à Paraíba ainda no século XIX, quando a estrada de ferro “Conde D´Eu” começou a ser construída. Seu primeiro trecho ligando a Capital a algumas cidades do brejo paraibano ficou pronto em 1883. De lá (em 1900) chegou a Itabaiana, para só então vir para Campina Grande e depois seguir para o sertão da Paraíba. b) O primeiro trecho de uma estrada de ferro construído no Nordeste foi no Estado de Pernambuco. A “The Great Western of Brazil Railway C. L.” iniciou, na segunda metade do século XIX, a construção de linhas férreas, com o intuito de prolongá-las até a Paraíba em busca de produtos como o algodão. c) Os dois principais atrativos que Campina Grande oferecia para ser um ponto terminal de uma via férrea eram o fato de ela encontrar-se na convergência das três grandes estradas centrais dos sertões do Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba, e de já demonstrar uma forte tendência para as atividades de compra e venda de produtos ou valores. d) Os trilhos da estrada de ferro não traziam só o progresso. Se por um lado davam vida aos lugares por onde iam sendo colocados, por outro estagnavam as cidades que ficavam marginalizadas ao longo dos trilhos. Com isto, lugares como a cidade de Areia foram definhando por causa do isolamento. e) O que determinou a chegada do primeiro trem a Campina Grande foi a iniciativa do industrial pernambucano Delmiro Gouveia, que, conseguindo furar o bloqueio da Great Western of Brazil, investiu vultosa quantia em dinheiro para construir uma estrada que pudesse beneficiar os interesses comerciais de paraibanos e pernambucanos. 22. “ (...) a tríade: festa-cidade-povo é a ‘fórmula mágica’ para a construção da festa junina do MaiorSão João do Mundo como um fenômeno urbano e um evento turístico. Ela institui-se a partir dessa ligação de verdadeira simbiose, de maneira que, nos discursos e na prática da festa, a cidade e o seu povo se revestem de um certo ‘ethos junino’para, numa determinada temporalidade e espacialidade, o mês de junho e o Parque do

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Povo, transformar o cenário de imagens cotidianas da cidade em uma espécie de “arraial junino”. In: LIMA, Elizabeth Christina de Andrade. A Fábrica dos Sonhos: a invenção da festa junina no espaço urbano. João Pessoa: Idéia, 2002. Em relação à cidade de Campina Grande e à sua maior festa popular, é correto afirmar: I. Em que pese toda uma tradição em torno dos festejos juninos que remonta às primeiras décadas do século XX, a instituição da festa de São João em Campina Grande, como um espetáculo turístico, é uma invenção recente que começou a tomar forma entre o final da década de 70 e a primeira metade da década de 80, com a centralização da festa junina em um único local. II. O hábito de festejar os chamados santos juninos é um costume antigo na região Nordeste. Uma unanimidade entre os folcloristas é a tese de que a festa junina originou-se na Europa e chegou ao Brasil com os portugueses ainda no século XVI. III. A construção e o conseqüente sucesso da festa junina em Campina Grande se devem às peculiaridades da cultura local, pois sempre existiu na cidade toda uma sensibilidade em torno das atividades culturais como o teatro, a dança, o cinema, bem como em torno do lazer e do festejar. Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões): a) I, II e III b) Apenas I e II c) Apenas I e III d) Apenas II e) Apenas II e III 23. A chegada do Santo Ofício na Paraíba, em 1595, não teve muita repercussão porque a população era muito pequena. Foram aproximadamente 16 denúncias e os casos mais interessantes foram de bigamia e sodomia, embora tivessem alguns casos judaizantes. (PINTO, Zilma. A saga dos cristãos novos na Paraíba. João Pessoa: Idéia, 2005. Texto adaptado) De acordo com os seus conhecimentos sobre o Santo Ofício e as práticas punitivas na Paraíba, é INCORRETO afirmar que a Inquisição: a) Inscreveu a religiosidade popular afro-brasileira como herética e feiticeira, identificando-a como perigosa ao cristianismo. b) Gozou de relativa calmaria no século XVII, favorecida pela “liberdade religiosa” ocasionada pela cultura religiosa holandesa. c) Impulsionou o deslocamento de famílias paraibanas para o sertão, intensificando o povoamento do interior. d) Classificou e puniu sodomitas e bígamos como os principais culpados de crimes contra a Igreja Católica, e judeus como hereges e “assassinos” de Cristo. e) Condenou sujeitos acusados de judiarias, a exemplo de Branca Dias e do judeu Antônio José, julgados, degredados para a Bahia e queimados vivos em praça pública 24. O historiador Luciano Mendonça de Lima, ao pesquisar a escravidão na Paraiba, enfatiza: “A exemplo de todo o Brasil, o antigo município de Campina Grande teve na escravidão, particularmente africana, um de seus fundamentos, pelo menos até a segunda metade do século XIX. O

‘progresso’ da Rainha da Borborema (como a cidade é conhecida), ainda hoje exaltado em prosa e verso por suas elites, se fez em cima de ‘costas negras’, como resultado de um intenso processo de exploração de muitas gerações de escravos e seus descendentes”. (LIMA, Luciano Mendonça de. Os negros do Norte. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano II. N. 16, jan. 2007, p. 84). Com base no fragmento textual acima e nos conhecimentos sobre a escravidão, considere as proposições abaixo: I. os escravos na Paraíba colonial dedicavam-se sobretudo aos algodoais, enquanto o trabalho com a cana-de-açúcar era função dos trabalhadores livres. II. os negros participaram ativamente do Quebra-Quilos, preocupando as autoridades e quebrando pesos e medidas. III. as identidades do escravo eram marcadas pela freqüente submissão aos senhores e pela inércia diante das ordens dos capitães de mato. IV. o quilombo pode ser interpretado como um espaço de resistência dos escravos à exploração econômica e à opressão social. Estão corretas as afirmativas: a) II e IV. b) I e II. c) III e IV. d) I e IV. e) II e III. 25. “‘É o fim do mundo!’ Essa expressão, tão cotidiana, expressa permanência de um temor medieval. Nem sempre como metáfora, ela surge como um medo concreto em muitos cristãos dos mais variados matizes. Testemunhas de Jeová anunciaram o fim do mundo para 1914; os ‘Borboletas Azuis’, em Campina Grande, na Paraíba, previram um dilúvio que marcaria o fim do mundo para 13 de maio de 1980; no Japão, um grupo responsável por um atentado no metrô de Tóquio previa o fim do mundo para 1995. Com a chegada do ano 2000, muitos sinais, a exemplo da Idade Média, foram interpretados como um indícios do final dos tempos”. (CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan G. Oficina de História. São Paulo:Moderna, 2000, p.82) A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre a temática, é INCORRETO afirmar que o (a) a) milenarismo critica a força dos fundamentalismos por acreditar que o Outro sempre representa o Anticristo e que precisa ser exterminado. b) messianismo é um discurso político que reage à atualidade dos tempos, a exemplo do Sebastianismo e dos Borboletas Azuis. c) milenarismo e o messianismo alimentam o sonho de poder acelerar ou mudar o curso do tempo e da história, manifestos na figura de um “herói” que propõe libertar a humanidade escravizada. d) milenarismo está longe de ter desaparecido, observando ainda uma conjuntura messiânica e de temor ao fim dos tempos na Europa, na América e no Oriente. e) mobilização e a circulação planetária das idéias, dos medos, dos pavores e das esperanças explicam o porquê do messianismo poder tão eficazmente religar espaços e tempos

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26. “Paraíba. Década de 1920. Entre livros, papéis, textos e imagens didáticas nasce uma professora primária. Não é descendente de nenhuma figura exótica, de nenhum pai cangaceiro, não descendeu da extirpe de nenhuma "Maria Bonita", mas nasce com o fogo da espingarda queimando-lhe os miolos, derretendo-lhe o juízo. Rasgando o verbo da tradição, surge à cena paraibana Anayde Beiriz, numa época que oferece terreno propício às idéias e aos movimentos denominados pela historiografia tradicional de ‘progressistas’ou ‘revolucionários”. (BURITI, Iranilson. Pela mão de Anayde. Revista O Professor. Lisboa, Portugal,2002, p. 73) A partir do fragmento textual acima, do filme Parahyba,Mulher Macho, e dos seus conhecimentos sobre o tema, é certo afirmar que o comportamento político-social de Anayde Beiriz representa a (as) I. emancipação que estavam vivenciando todas as mulheres paraibanas, que rasgavam “o verbo da tradição” e conjugavam suas ações a partir de um novo tempo. II. construção de novos territórios femininos, tendo a contribuição das transformações urbanas, da influência estrangeira e da conquista de espaços públicos para a mulher. III. inscrição de signos de diferenciação para a mulher, produzindo textos que mostravam sua insatisfação quanto ao projeto de vida que a cultura tradicional-oligárquica reservou para a figura feminina. IV. idéias e movimentos denominados pela historiografia de “progressistas” ou “revolucionários”, recepcionados na Paraíba pela figura de João Dantas, Zé Pereira e João Suassuna. Estão corretas: a) II e IV. b) I, II e III. c) III e IV. d) II e III. e) I e IV. 27.

Com o objetivo de povoar a sua colônia na América, o rei de Portugal dividiu o Brasil em 15 lotes e doou a 12 donatários. A Paraíba, terra desconhecida, pertencia à capitania a) de Pernambuco. b) do Rio Grande do Norte. c) de Itamaracá. d) do Ceará. e) da Bahia. 28. Criada de direito em 1574, quando da constituição de capitania real, a Paraíba somente começou a existir de fato em 1585. Analise as proposições a seguir: I- O retardamento da conquista explica-se pela resistência dos índios potiguaras, aliados aos franceses traficantes de pau-brasil. II- Nossa Senhora das Neves, terceira cidade do Brasil, por tratar-se de sede de capitania real, já nasceu cidade, desconhecendo o estágio de vila. III- O primeiro capitão-mor da Paraíba foi Martim Leitão que instalou a fortaleza de Santa Catarina. IV- A sesmaria que originou o latifúndio, monocultor, com a cana-de-açúcar no litoral e brejo, e o binômio pecuária-algodão, no sertão, responsabilizou-se pela ocupação da Paraíba. Está(ão) CORRETA(S): a) Apenas I, III e IV b) Apenas I, II e IV c) Apenas II e III d) Apenas II, III e IV e) Todas 29.

“Dois meses depois da luta João Tavares conquistou

Pirajibe e sua tribo E com ele reatou

Relações de amizade Que com muita vaidade, Martim Leitão festejou

A benfazeja aliança O inimigo atacava E o desejo comum

Dia a dia se arraigava Visando a um só ideal

O núcleo colonial Que então se iniciava

E o marco da conquista

Sem dúvida estava ficando Por soldados, jesuítas

Muito bem testemunhado Sob as bênçãos de Jesus

A fé ergueu uma cruz Tudo estava iniciado.

Luiz Nunes Alves, apud Eliete Gurjão. In: Estudando a História da

Paraíba, 2001, p. 26. Considerando a conquista da Paraíba NÃO É CORRETO afirmar:

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a) Os conquistadores utilizaram a mão-de-obra dos índios que se renderam na lavoura, nos engenhos e na construção de obras para edificação da cidade de Nossa Senhora das Neves. b) O papel da Igreja com a participação de diversas ordens como a dos jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos foi de grande importância na conquista da Paraíba. c) A conquista definitiva da Paraíba somente foi possível quando os portugueses conseguiram a adesão dos Tabajaras. d) Com a dominação da Espanha sobre Portugal, a partir de 1580, alguns espanhóis juntaram-se aos portugueses na tentativa de conquista da Paraíba. e) Após a Tragédia de Tracunhaém foi criada a Capitania Real da Paraíba e como não houve resistência dos nativos, logo se deu a efetiva conquista e ocupação do território. Fiadora e guardiã da sociedade, a Igreja sempre dispôs de bastante prestígio. Acerca das ordens religiosas da capitania da Paraíba e de seus mosteiros podem ser destacados os seguintes elementos: I- Os jesuítas foram os primeiros missionários que chegaram à capitania da Paraíba e acompanharam todas as lutas da colonização. II- Os franciscanos construíram o Convento de São Francisco o qual se constituiu num núcleo de catequese para encaminhar os brasilíndios ao trabalho útil e orientado. III- Os beneditinos foram expulsos da capitania da Paraíba, porque se posicionaram contra a Santa Inquisição e não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas. IV- Os missionários carmelitas fundaram o mosteiro de São Bento onde iniciaram os trabalhos missionários. Dentre eles, estão CORRETOS: a) Apenas III e IV c) Apenas II, III e IV e) Todas b) Apenas I, II e III d) Apenas I e II 30. A participação ativa da Paraíba na rebelião de outubro, como componente da Aliança Liberal, conferiu às lideranças locais, que já integravam o aparelho administrativo, a permanência no poder, com exceção do então governador Álvaro de Carvalho que se manteve alheio às conspirações revolucionárias. O texto refere-se: a) ao ato de extrema bravura, de heroísmo, como se fora o grito de emancipação da Paraíba, dado pelo presidente Epitácio Pessoa, denominado dia do NEGO. b) à Revolução Praieira, última rebelião do Império c) à Revolta de Princesa liderada pelo coronel João Suassuna, chefe político da cidade, localizada no sertão da Paraíba. d) à reação dos comerciantes do interior da Paraíba, do Ceará e principalmente de Pernambuco à “reforma tributária” promovida pelo presidente João Pessoa. e) à Revolução de 1930 que teve como estopim o assassinato de João Pessoa 31. “Alguns historiadores taxaram esse movimento de Revolução dos Padres, devido ao grande numero de religiosos que a integraram. Na Paraíba, as coisas tiveram essa mesma feição, explicável pelo preparo intelectual dos sacerdotes, aptos à assimilação das idéias liberais. Além da Paraíba, o movimento teve a adesão de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará.”

MELLO, J. Otávio de A. História da Paraíba. A UNIÃO, João Pessoa, 2002, p. 102. O texto refere-se à: a) Revolução Pernambucana de 1817 b) Guerra dos Mascates c) Coluna Prestes d) Conjuração Baiana e) Confederação do Equador 32. Apesar da rigidez da estrutura econômico-social baseada no latifúndio e no trabalho escravo, as massas populares sempre procuraram assinalar intensa participação na História da Paraíba. Faça a associação das duas colunas. 1 - Revolução de 1817 2 - Confederação do Equador 3 - Revolução Praieira – 1848/49 4 - Revolta de Quebra-Quilos 5 - Ronco da Abelha ( ) Revolta que ficou assim conhecida pela modificação que provocou no sistema de pesos e medidas. ( ) Revolta contra a atitude autoritária de D. Pedro I. O objetivo do seu líder era reunir as províncias do Nordeste em uma república ( ) Foi o último movimento revolucionário do Império. Teve início com os choques entre liberais e conservadores de Olinda ( ) A revolta deu-se nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba com o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto que, com o fim do tráfico negreiro, os homens livres tiveram que trabalhar. ( ) Movimento de caráter republicano e separatista. Teve início em Pernambuco e logo se estendeu às províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Assinale a alternativa que indica a seqüência CORRETA. a) 4, 1, 3, 2, 5 b) 4, 2, 3, 5, 1 c) 2, 4, 1, 3, 5 d) 5, 3, 1, 2, 4 e) 5, 1, 4, 3, 2 33. Sobre a dominação holandesa na Paraíba, analise as proposições a seguir: I- Tomada a capitania da Paraíba, os holandeses estabeleceram suas defesas militares na fortaleza de Santa Catarina que seria a praça forte com múltiplas funções: posto de vigilância; ponto de apoio para a defesa; arsenal de guerra; prisão militar; palco de torturas; execuções de traidores; caixa forte batava; refúgio flamengo; e sede do governo durante a ocupação. II- A capital da Paraíba, até então Filipéia, passou a denominar-se Frederica. A administração holandesa foi implantada nesta cidade, de forma a garantir a dominação e o controle sobre a produção açucareira local. III- A Companhia das Índias, após o retorno de Maurício de Nassau a sua pátria, executou uma política agressiva: confiscou fazendas e engenhos, perseguiu católicos e aumentou impostos.

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Está(ão) CORRETA(S): a) Apenas a proposição I b) Apenas as proposições I e II c) Apenas as proposições II e III d) Apenas as proposições I e III e) Todas as proposições


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