Download - Ecologia de insetos
Ecologia de Insetos
AquáticosAna Emília Siegloch
Em SC: Fritz Müller – descrição de spp e o mimetismo
mulleriano (duas ou mais espécies implantáveis adotam um único
padrão de coloração de advertência)
Informações usadas no suporte da Teoria de Evolução por meio
de Seleção Natural de Charles Darwin (Müller 1869)
Adolfo Lutz (fim do século XIX e início do século XX) - fez
diversos trabalhos sobre zoologia médica, sobre a transmissão
de doenças por vetores (febre amarela)
Angelo Machado (1950): autor de diversos livros dirigidos ao
público infantil, publicou dezenas de de descrições de novas
espécies de Odonata, Trichoptera
Paulo Vanzolini (1964) - editou livro com todos grupos de
ocorrência no ambiente aquático. Canções interpretadas por
vários artistas como Chico Buarque.
Pelo menos um estágio do ciclo de vida no ambiente aquático
Algumas ordens possuem estágios imaturosexclusivamente aquáticas, outras apenas algunsgrupos dentro da ordem se tornaram aquáticos
Ephemeroptera
Salles (http://ephemeroptera.com.br)
Saúde Pública - Dengue: Causada por um arbovírus do gênero Flavivírus
Hospedeiro é o homem ou outro primata
Vetor: mosquito Aedes aegypti
Serviço ecossistêmico
reciclagem de nutrientes
Sequencia de decomposição de detritos foliares
1 10 100 250
Tempo (dias)
5-25% 5% 20-35% 15-25% ~30%
Decomposição
química
Colonização microbiana e
decomposição física
Colonização por invertebrados,
continuação da atividade microbiana
e decomposição física Conversão para
MOPF
Lixiviação de
compostos solúveis
(MOD)
Mineralização por
respiração microbiana
para CO2
Aumento do
conteúdo
protéico
Nova
conversão
microbiana
Alimentação
animal
Fezes e
fragmentos
Quantidade de
perda de peso
Queda natural da
folha (MOPG)
“...servindo de
alimento a vários
organismos aquáticos,
principalmente dos
peixes.
(Margalef,1983)...”
Cadeia alimentar
Predadores: tecidos animais
Fragmentadores: CPOM
Coletores: FPOM
Raspadores: perifíton
Perfuradores: fluidos vegetais
Parasitas
Muitos invertebrados são onívoros
(Cummins and Klug 1979, Merritt et al. 2014)
(Cummins and Klug 1979, Merritt et al. 2014)
fragmentadores
Invertebrados
predadores
fragmentadores
Floculação
Microrganismos
(fungos)
LUZ
algas
raspadores
coletores
predadores
microrganismosMOD
MOPG
MOPF
macroalgas
Biota de um rio.
Relações tróficas
alimentares
tipicamente
encontradas
Relações tróficas
Exemplos de
organismos
bentônicos em um
gradiente de poluição
ambiental ao
longo da bacia do Rio
das Velhas (MG).
Cosmopolitas e abundantes– afetados por perturbações
em diferentes hábitats;
Muitas espécies respondem ao stress ambiental;
Sedentários – determinação efetiva da extensão espacial
da perturbação;
Ciclo de vida longo;
Amplo grau de tolerância;
Fácil amostragem;
Baixo custo dos equipamentos para coletas;
(Martins et al 2014, Buss et al 2008)
(Martins et al. 2014)
Trabalhos quantitativos requerem grande número de
amostras;
Os organismos estão sujeitos a variações sazonais, o que
pode dificultar a comparação de dados;
Grande tempo gasto até o resultado final, em função da
triagem do material;
Dificuldade na identificação de alguns grupos taxonômicos,
devido ao grande número de espécies existentes.
Diversidade beta = variação na composição de espécies entre locais dentro de
uma região de interesse.
(Whittaker 1960)
Diversidade alfa = diversidade pontual, dentro das parcelas ou dentro de um
tipo de habitat
Diversidade gama = diversidade total, regional
Metacomunidade: um conjunto de comunidades locais ligadas por dispersão de
muitas espécies que potencialmente interagem.
(Hubbell 2001, Leibold et al. 2004)
A teoria de metacomunidades prevê 4 tipos de processos afetando a variação na
composição de espécies entre comunidades locais:
• “neutral model (NM) - eventos
estocásticos e restrição na
dispersão ”
• “patch dynamics (PD) - balanço
entre competição e dispersão”
• “mass-effect (ME) - dispersão
elevada mantem colonizadas áreas
com condições não ideais”
• “species sorting (SS) - condições
ambientais ”
Metacomunidades
Escalas espaciais
Condições
climáticas
Estrutura da
vegetação
Interações, recursos
Comunidade
Species sorting
(Keddy, 1992, Leibold et al. 2004)
Qual o efeito das mudanças no uso do solo na distribuição,
diversidade?
Crustacea
10%
Acari
8%
Mollusca
9%
Annelida
2%
Tubellaria
2%
Cnidaria
0%
Porifera
1%
Insecta
68%
Quais são os insetos aquáticos?
Ordem Ephemeroptera Possuem traqueobrânquias laterais no abdômen, com grande variação
de formas e tamanhos;
Três filamentos caudais;
Aparelho bucal mastigador desenvolvido;
Subimago
Bioindicadores de boa qualidade de água;
Características dos adultos
• Corpo esguio, abdômen longo e estreito
• Pernas dispostas de modo a formar uma
“cesta de alimentação”
• Excelentes voadores e predadores ativos
• Desenvolvimento hemimetábolo
• Dois pares de asas membranosas
semelhantes
• Machos com cercos unissegmentados
adaptados para segurar a fêmea durante a
cópula
Ordem Odonata
Libélulas em posição de
cópula
O macho prende a fêmea
pela região do protórax e a
fêmea encurva o abdômen,
colocando sua genitália em
contato com a genitália do
macho.
Macho
Fêmea
Imaturos
• Lábio longo e preênsil, adaptado à captura de presas;
• Presença de lamelas caudais;
• Pernas adaptadas para andar ou
cavar.
Adultos
• Antenas longas;
• 2 longos cercos;
• Peças bucais reduzidas ou
vestigiais em adultos;
• Desenvolvimento
hemimetábolo.
• São semelhantes aos adultos, com exceção do desenvolvimento
das asas e genitálias;
• Presença de traqueobrânquias no tórax, base das pernas, abdômen
e região anal;
• Dois cercos.
Ordem TrichopteraAsas pilosas
Construção de abrigos
• Maior ordem exclusivamente aquática;
• Antenas longas e filiformes;
• Peças bucais do tipo mastigador;
Imaturos
• Par de ganchos na parte posterior do abdômen;
• Segmentos abdominais apresentam brânquias;
• Glândulas de seda no lábio;
• Esclerotinização do tórax;
• Abrigos – variam de tamanho, forma e tipo de material dependendo
da família que pertencem.
• Redes de captura.
Ordem Coleoptera
• Em algumas famílias o ciclo de vida é inteiramente aquático, em
outras apenas as larvas ou os adultos.
• Adultos: Élitros adaptados para a proteção das asas posteriores
membranosas (responsáveis pelo vôo);
• Larvas: cabeça bem desenvolvidas; morfologia é muito variável;
• Respiração: reserva de ar, plastron, perfuração de tecido de
plantas.
Subordem Adephaga
Dytiscidae – nadadores eficientes e captam o2 na superfície
• Inteiramente aquática - hélitros e corpo com forte esclerotinização,
adaptações para se manter na água;
• São todos predadores (ejetam enzimas nas presas);
Subordem Polyphaga
Poucas famílias são aquáticas;
Hábito alimentar variado.
Elmidae – adulto e larva aquáticas
Psephenidae – larvas aquáticas
Ordem Diptera
Características dos adultos
• Primeiro par de asas anteriores
membranosas e a posterior modificada em
halteres;
• Aparelho bucal do tipo mastigador,
lambedor, sugador ou picador;
• Metamorfose completa – holometábolos.
Características das larvas
Larvas apodas e vermiformes;
Locomoção: falsas pernas, saliências locomotoras e discos
adesivos;
Tipos morfológicos:
◦ Eucefálica: cabeça bem desenvolvida
◦ Hemicefálica: cápsula cefálica parcialmente reduzida
◦ Acefálica: Cápsula cefálica reduzida e retraída no tórax
Os adultos são
delicados, têm vida livre
e não picam. Os
machos geralmente têm
antenas plumosas.
Família Culicidae
São os pernilongos, mosquitos, carapanãs e muriçocas.
Os gêneros mais importantes são Aedes , Anopheles e Culex, vetores de
diversas doenças para o Homem.
Família Simuliidae
A esta família pertencem os
borrachudos. São dípteros
pequenos, de cor escura,
pernas curtas e corpo
corcunda. As larvas vivem
aderidas a pedras na
correnteza.
Tromba sugadora, que se
origina na parte anterior da
cabeça;
Imaturos assemelham-se aos
adultos, diferindo em tamanho.
Não possuem traqueobrânquia;
São predadores (glândulas
olfativas), com exceção da família
Corixidae que alimentando-se de
detritos.
Corixidae
Hábitat e hábito alimentar
Vários grupos são propriamente aquáticos; outros vivem na superfície
e outros são semi-aquáticos (margens de lagos e rios).
Barata d’água – Belastomatidae
À esquerda, macho com os ovos na região dorsal e a direita, à espreita
de peixes.
Reptantes
Salles and Ferreira-Júnior, 2014
Agarradores
Salles and Ferreira-Júnior, 2014
Escaladores
Salles and Ferreira-Júnior, 2014
Fossadores e patinadores
Salles and Ferreira-Júnior, 2014