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Economia do Trabalho
Oferta de TrabalhoAula 1
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Oferta de Trabalho neoclássica
Cada indivíduo dispõe de uma quantidade de tempo limitada que escolhe alocar entre trabalho pago e lazer.
A contrapartida de trabalho não é apenas lazer, pode ser tempo dedicado a produção doméstica.
As decisões de oferta também consideram os trade-offs ao longo do tempo.
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Oferta de Trabalho neoclássica
Elementos principais se baseiam na teoria tradicional de escolha do consumidor. Modelo básico: escolha entre consumo
e lazer. Produção doméstica e decisões intra-
familiares. Ciclo de vida
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Modelo básico neoclássico da curva de oferta de trabalho
O tradeoff entre trabalho e lazer
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Hipóteses: Só existem duas possibilidades de
uso do tempo: trabalho e lazer, Lazer é o tempo não gasto com
trabalho. Cada indivíduo seleciona as horas
dedicadas ao trabalho e ao lazer de forma a maximizar seu nível de satisfação (utilidade).
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Custos de oportunidade Para indivíduos que estão
trabalhando o custo de oportunidade de uma hora adicional de lazer é o salário hora.
Os indivíduos escolhem não trabalhar se o valor do tempo de lazer excede o salário horário de mercado.
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Curvas de indiferença Uma curva de indiferença é um
gráfico de combinações alternativas de bens que provêm um dado nível de satisfação (utilidade).
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Função utilidade Hipóteses:
o nível de utilidade dos indivíduos é uma função de dois bens: consumo (C) e tempo de lazer (L).
Os indivíduos querem consumir a maior quantidade possível de bens e lazer.
Em termos matemáticos, esta função utilidade pode ser expressa como: U=U(C,L) e Uc>0 e UL>0
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Curva de indiferença
U=Uo
Y
L
CConjunto de pares (C,L) para os quais o consumidor obtém o mesmo nível de satisfação.
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Curva de indiferença
Y
L
• Uma curva de indiferença é negativamente inclinada pois um indivíduo deseja desistir de um pouco de consumo para ter mais tempo de lazer. A inclinação é a TMS entre consumo e lazer.
• Quanto mais afastada da origem maior o nível de utilidade.
• Curvas de indiferença não se cruzam.
• O indivíduo está disposto a sacrificar menos e menos de consumo por uma hora adicional de lazer quando a quantidade de lazer aumenta. CI são convexas e TMS decrescente.
C
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Curva de indiferença
Y
L
A
U=Uo
Um ponto acima da curva (ponto A) gera um nível de utilidade mais alto do que o gerado pela curva de indiferença.
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Curva de indiferençaY
L
A
U=Uo
U=U'
(U’ > Uo)
Para cada ponto no diagrama passa uma curva de indiferença.
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Maximização restrita Indivíduos desejam atingir o maior
nível de utilidade possível ao consumir esta cesta.
A escolha entre os níveis alternativos de C e L, contudo, está sujeita a duas restrições: Restrição de tempo, e Restrição orçamentária.
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Restrição de tempo: A restrição de tempo é dada por:
H + L = L0onde:H = horas de trabalhoL = horas de lazerL0 = tempo total disponível
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Restrição orçamentária A restrição orçamentária é dada por:
wH + R ≥ Conde:w = salário horárioH = horas de trabalhoR = renda fora do trabalho
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Restrição orçamentáriaAs duas equações abaixo deverão ser satisfeitas:
1. H+L = L0
2. wH + R ≥ C
Reescrevendo a eq (1) como H = L0-L e substituindo na eq (2):
C+wL ≤ wL0 + R = R0 (3)
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Restrição “cheia” (Full-income)
full income/renda “cheia”= ganhos potenciais máximos do indivíduo.
É igual (ou maior) ao custo total explícito dos bens e serviços (C) mas o custo total implícito do tempo de lazer (wL).
wL0 + R = R0 (3’)
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Restrição orçamentária
Y
L0 TT 0 H
O intercepto da restrição orçamentária no eixo horizontal é igual a L0 (a quantidade máxima de tempo de lazer que o indivíduo pode receber).
H diminui de L0 para 0 e L aumenta de 0 para L0.
C
L0L0
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A opção ótima de lazer e trabalho
A utilidade é maximizada no ponto de tangência entre a curva de indiferença é a RO.
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Solução de canto
O nível mais alto de utilidade neste caso ocorre quando horas de trabalho são nulas.
O indivíduo escolhe ficar fora do mercado de trabalho quando isto ocorre.
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Solução de canto A solução de
canto ocorre quando: Maiores
preferências por lazer
Salário de mercado é baixo.
0 T LT 0 H
Uo U1 U2 U3Y
wTp
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Salário de reserva O valor absoluto
da inclinação da curva de indiferença no ponto que corresponde a horas de trabalho nulas é o salário de reserva individual (expresso em termos reais)
0 T LT 0 H
Uo U1 U2 U3Y
|inclinação| = sal. reserva
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Salário real > salário reserva
O indivíduo escolhe trabalhar.
0 T LT 0 H
Uo U1 U2 U3Y
Salário reserva
Salário real
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Salário real < salário reserva
Indivíduo fica fora da força de trabalho.
0 T LT 0 H
Uo U1 U2 U3Y
Salário reserva
Salário real
wTp
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Decisão do consumidor Maximização da utilidade sujeita a
RO
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Mudanças no salário
Geram relação não monotônica entre salários e oferta de trabalho individual: Um efeito substituição, e Um efeito renda
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Efeito substituição O custo de oportunidade do tempo de lazer
aumenta quando o salário aumenta. Como o tempo de lazer fica mais custoso,
indivíduos passam a consumir menos lazer e gastar mais tempo no trabalho.
Este é o efeito substituição resultante de um aumento de salário.
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Efeito renda Quando o salário aumenta, a renda real aumenta. Isto gera um aumento no consumo de todos os
bens considerados bens normais. Se lazer é um bem normal, o salário mais alto
induz os indivíduos a consumirem uma maior quantidade de tempo de lazer, e, consequentemente, reduzir as horas de trabalho.
Este é o efeito renda resultante de um aumento de salário.
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Efeito líquido/final Se lazer é um bem normal, o efeito
de um aumento do salário sobre a oferta de trabalho será: Aumentá-la, se o efeito substituição
for maior que o efeito renda, e Diminuir se o efeito renda for maior
que o efeito substituição.
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Curva de oferta de trabalho “voltada para trás” (backward-bending)
Quantidade de Oferta de trabalho
Sal
wo
S
rendaefeito efeito
subs.>
rendaefeito efeito
subs.<
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Efeitos renda e substituição Um aumento do
salário de wo para w1 resulta no movimento de A para C.
Neste caso, lazer aumentou, ou seja, o efeito renda excedeu o efeito substituição.0 T L
T 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
C
UoU1
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Efeito substituição de Hicks
Efeito substituição = mudança na combinação de L e Y resultante de uma mudança nos preços relativos, mantendo a utilidade constante.
Mudança de A para B – o tempo de lazer pois o seu custo de oportunidade aumentou relativamente ao trabalho.
0 T LT 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
CB
UoU1
![Page 33: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/33.jpg)
Efeito renda
A restrição orçamentária construída a partir de B, paralela a restrição orçamentária final.
Mudança nas horas desejadas de trabalho devido à maior disponibilidade financeira, mantendo-se os preços relativos constantes.
0 T LT 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
CB
UoU1
![Page 34: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/34.jpg)
Efeito renda (cont.) Mudança de B para C
– como o lazer é um bem normal, se o salário aumenta induz os indivíduos a consumirem uma maior quantidade de tempo de lazer.
0 T LT 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
CB
UoU1
![Page 35: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/35.jpg)
Efeito líquido/total Quando o efeito
renda é menor que o efeito substituição, as horas de trabalho aumentam e o tempo dedicado ao lazer decresce devido a um aumento do salário.0 T L
T 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
CB
Uo
U1
![Page 36: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/36.jpg)
Efeito líquido/total (cont.) Quando o salário é
modificado, os efeitos substituição e renda individuais não são observados.
Apenas o efeito total é observado – movimento de A para C.
0 T LT 0 H
Y
woTp
w1 Tp
A
CB
Uo
U1
![Page 37: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/37.jpg)
Curva de oferta de trabalho “voltada para trás” (backward-bending)
Quantidade de Oferta de trabalho
Sal
wo
S
rendaefeito efeito
subs.>
rendaefeito efeito
subs.<
![Page 38: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/38.jpg)
Políticas que afetam a oferta de trabalho Programas governamentais de
manutenção de renda têm efeitos sobre os incentivos das pessoas com relação ao trabalho.
Como estes programas podem afetar a disposição para o trabalho?
Programas de assistência social, como bolsa família, seguro desemprego e compensações para o trabalhador.
![Page 39: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/39.jpg)
Políticas que afetam a oferta de trabalho
Programas de reposição de Renda: visam indenizar os trabalhadores por ganhos perdidos devido à sua incapacidade de trabalhar. Seguro desemprego: benefícios pagos aos
trabalhadores que foram dispensados, permanentemente ou temporariamente por seus empregadores.
Compensação ao trabalhador: benefícios pagos aos trabalhadores que foram acidentados no emprego.
Seguro por incapacidade: benefícios pagos aos ex funcionários cujas incapacidades físicas/mentais são consideradas graves para que ele permaneça no emprego.
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Políticas que afetam a oferta de trabalho
Programas de Manutenção da Renda: programas de bem estar social, visam elevar a renda dos pobres até algum nível mínimo aceitável (não visam restabelecer a renda perdida). São benefícios pagos condicionados à renda
do indivíduo. Sistemas previdenciários Sistemas de assistência social: bolsa família,
bolsa escola, auxílio alimentação, etc...
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Programas de reposição de rendaseguro-desemprego
Para uma dada taxa de salário horário w, o indivíduo irá trabalhar Ho horas e consumir Lo horas de lazer. Renda = Yo
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Seguro desemprego Se toda a renda
perdida quando o trabalhador fica desempregado é reposta, o indivíduo se moveria do ponto A para o ponto B se desempregado.
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Seguro desemprego (cont.)
Neste caso, a utilidade aumentou.
A substituição total dos ganhos, inibiria os beneficiários para a volta ao trabalho.
![Page 44: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/44.jpg)
Seguro desemprego (cont.)
O nível original de utilidade é atingido se a compensação fosse igual a Y’ quando o indivíduo estiver desempregado.
Nos EUA, o seguro desemprego corresponde a ½ do salário aproximadamente.
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Seguro desemprego no Brasil No Brasil o seguro-desemprego
chegou tardiamente. A criação do seguro-desemprego
deu-se em 1986 durante a vigência do Plano Cruzado.
Inicialmente seu atendimento era muito restrito, poucos trabalhadores conseguiam ter acesso ao benefício.
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Seguro desemprego no Brasil Somente após a Constituição de 1988,
que consagrou o direito à proteção social do trabalhador em situação de desemprego involuntário e definiu em suas disposições transitórias os recursos da arrecadação do PIS-PASEP para financiar o programa.
Em 1990, criou-se, então, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com os recursos do PIS-PASEP para custear o seguro-desemprego e o abono salarial.
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Seguro desemprego no Brasil
A partir de 1990, o nível de cobertura foi crescente nos anos seguintes
Em 1992, 66% do total de demitidos sem justa causa do setor formal (o que significa cerca de 4,5 milhões de trabalhadores).
Atende aos trabalhadores demitidos sem justa causa que trabalharam e receberam salários nos últimos seis meses antes da habilitação.
O tempo de recebimento varia entre 3 meses, para que trabalhou no mínimo seis meses e menos de 12 meses; 4 meses para quem trabalhou 12 meses e menos de 24 meses; e 5 meses para quem trabalhou por mais de 24 meses antes de ser demitido.
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Seguro desemprego no Brasil
Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se na tabela abaixo:
Faixas de Salário Médio Valor da Parcela
Até R$ R$ 685,06 Multiplica-se salário médio por 0.8 (80%)
De R$ 685,07 até R$ 1.141,88
O que exceder a 685,06 multiplica-se por 0.5 (50%) e soma-se a 548,05.
Acima de R$ 1.141,88 O valor da parcela será de R$ 776,46 invariavelmente.
Salário Mínimo: R$ 415,00
Observação:
O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do Salário Mínimo. A tabela sofreu reajuste de 9,21%. Esta tabela entra em vigor a partir de 1º de março de 2008.
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Geográfico:
Brasil
Setorial:
Total
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Programas de manutenção de renda
Definir a população alvo do programa
Nível de pobreza: como definir?
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Benefícios assistencialistas O governo fornece auxílios para as
famílias cujas rendas estão abaixo deste nível mínimo capaz de garantir a sobrevivência (Yt).
Os benefícios assistencialistas podem ser auxílios à alimentação, à moradia, aos cuidados médicos, ou, a outro tipos de bens.
O objetivo é fornecer a família um nível de benefícios que faça com que ela esteja acima do limite mínimo de renda, permitindo que ela saia da pobreza.
![Page 52: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/52.jpg)
Sistema básico de bem-estar – o que muda na restriçãorçamentária?
Se o indivíduo não trabalha, ele recebe um auxílio igual a Yt.
Se o indivíduo trabalha, e possui um nível de renda menor que Yt, o governo complementa a sua renda de forma a que tenha renda total igual a Yt.
Salário marginal = 0
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Restrição Orçamentária(cont.)
A restrição orçamentária é horizontal no nível de renda Yt.
Nesta parte da restrição orçamentária, o salário marginal (a renda adicional resultante de uma hora a mais de trabalho) é igual a zero.
Se a pessoa que recebe o benefício trabalha uma hora a mais e recebe um salário de R$6, o seu benefício é reduzido em R$6, de forma que sua renda total seja mantida constante e igual a Yt.
Salário marginal = 0
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Bem-estar social e oferta de trabalho
Um indivíduo que, na ausência de um sistema de bem-estar social, possui um nível de renda abaixo de Yt, sempre irá preferir sair da força de trabalho quando este sistema de bem-estar social estiver disponível (o nível de renda e o lazer aumentam neste caso).
Salário marginal = 0
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Bem-estar social e oferta de trabalho (cont.)
Para indivíduos, que, na ausência deste sistema de bem-estar social, recebiam um nível de renda maior que Yt, também poderiam escolher sair da força de trabalho.Salário marginal
= 0
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Sistema de bem-estar social e oferta de trabalho (cont.)
Há um efeito substituição: o salário marginal é reduzido para zero, reduzindo a quantidade de trabalho ofertado.
Há um efeito renda, aumento da renda total disponível, reduzindo a quantidade de trabalho ofertado.
Salário marginal = 0
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Revisão do Sistema de Bem-estar Social nos Estados Unidos – 1967-1981
Para reduzir os efeitos de desincentivos a oferta de trabalho, o sistema americano foi modificado em 1967.
Os benefícios são reduzidos em US$2 para cada US$3 ganhos (antes, a redução era de US$1 para US$1).
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Nova Revisão: 1981 Durante a administração de Reagan, as regras
do sistema de bem-estar social tornaram-se parecidas com as que prevaleciam anteriormente.
Razão para a mudança: tornar o programa de auxílios mais direcionado aos mais pobres.
Consequência: número de pobres caiu e a taxa de participação no mercado de trabalho dos mais pobres caiu.
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Revisão na década de 90 1997: sistema passou a considerar as
possibilidades de desincentivos à oferta de trabalho (“workfare” system).
Os beneficiados deveriam trabalhar um número mínimo de horas de trabalho (ou estarem inscritos em programas de qualificação profissional) para se qualificarem ao recebimento dos auxílios.
Os indivíduos receberiam os benefícios por um período de tempo máximo de 5 anos.
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Restrição orçamentária Indivíduos não
receberiam os benefícios se trabalhassem menos que o número mínimo de horas Hm requerido.
Se trabalhassem Hm ou mais horas, receberiam o benefício.
Salário marginal = 0
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Bem-estar social e oferta de trabalho
Os beneficiados irão trabalhar Hm horas.
Se ele trabalha mais que Hm e permanece apto ao programa, seu salário marginal é igual a zero.
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Produção doméstica, Família e o Ciclo de Vida
Teoria da Produção doméstica
![Page 63: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/63.jpg)
Teoria da Produção doméstica Existem interdependência nas
decisões dos membros da família. Tempo em casa: atividades de
produção doméstica. As decisões de oferta de trabalho
são interdependentes nos diferentes estágios da vida – ciclo de vida.
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Teoria da Produção doméstica Unidades familiares: a família é
uma entidade tomadora de decisões básicas.
Decisões de oferta de trabalho são tomadas no contexto familiar.
Como a teoria de oferta de trabalho individual é modificada quando consideramos a família?
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Modelo de produção doméstica Consumo e produção podem
ocorrer dentro de casa. A unidade familiar deverá tomar
dois tipos de decisões: 1) O que consumir?2) Como produzir o que consome?
Exemplo: Suponha que uma família consome apenas o produto refeições.
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Modelo de produção doméstica Como esta família consome
refeições? Aquisição da comida preparada e
aquecimento em casa: pouco tempo gasto no preparo e mais dinheiro é gasto no consumo.
Preparo da comida em casa com compra de alimentos no mercado ou cultivo destes alimentos: muito tempo de preparação
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Modelo de produção doméstica Como esta família consome refeições?
A família combina produtos e tempo domiciliar para produzir a sua comida!!
Comida = f(tempo , produtos)Qualquer combinação de tempo e
produtos produziria uma comida que poderia gerar um determinado grau de satisfação para os indivíduos da família.
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Isoquantas Este diagrama
mostra as possíveis combinações de tempo e insumos comprados para prover uma determinada quantidade de refeições.
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Curvas de indiferença / isoquantas
Neste caso, esta isoquanta também pode ser entendida como uma curva de indiferença pois dada a quantidade de refeições Zi, a utilidade é a mesma para a família em qualquer ponto.
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Pontos na isoquanta No ponto A, an o
indivíduo prepara refeições usando ingredientes básicos, como carne, vegetais, etc.
O indivíduo usa uma grande quantidade de tempo, mas compra poucos insumos para preparar a sua refeição.
![Page 71: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/71.jpg)
Pontos na isoquanta (cont.)
No ponto B, o indivíduo prepara refeições com a mesma qualidade das preparadas no ponto A, contudo, compra mais ingredientes no mercado.
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Pontos na isoquanta (cont.)
No ponto C, o indivíduo usa menos do seu próprio tempo disponível e compra praticamente todos ingredientes da refeição.
Refeições compradas em restaurantes ou delivery.
![Page 73: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/73.jpg)
Outras isoquantas Pontos em isoquantas
mais altas correspondem a níveis de produção/qualidade Zi mais elevados.
![Page 74: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/74.jpg)
Isoquantas (cont.) As isoquantas são negativamente
inclinadas. Hipótese: tempo e produtos são
substitutos na produção de comida se o tempo da casa é reduzido, a
produção alimentícia pode ser mantida constante aumentando-se a compra de produtos.
![Page 75: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/75.jpg)
Isoquantas (cont.) As isoquantas são convexas em relação à origem. Hipótese: à medida que o tempo de preparação dos
alimentos em casa continua a cair, torna-se mais difícil compensar esse fato com produtos. se a família passa muito tempo na preparação de
refeições, será fácil substituir parte deste tempo com apenas poucos produtos prontos.
Quando o tempo de preparação é muito curto, um corte adicional nesse tempo pode custar mais produtos para manter o mesmo nível de utilidade. Serão necessários muitos produtos para substituir o tempo reduzido de preparação.
![Page 76: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/76.jpg)
Modelo de produção doméstica No modelo de produção doméstica,
a utilidade é derivada das atividades (Zi) nas quais as pessoas estão engajadas. U=U(Z1, Z2,…, ZN)
Cada bem final é produzido e consumido pela família através da combinação do tempo e de insumos comprados.
![Page 77: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/77.jpg)
Outro exemplo: estudar
Estudar: Requere tempo e outros bens que são
comprados (livros, idas à escola, etc…)
![Page 78: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/78.jpg)
Hipóteses U=U(Z1, Z2,…, ZN) Zi=fi(ti,xi) Onde:
ti = quantidade de tempo destinada a produzir e consumir um determinado bem i.
xi = quantidade de insumos comprados para produzir e consumir o bem i. (é como se fosse um bem composto, que contém todos os insumos necessários para produzir o bem final)
![Page 79: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/79.jpg)
Restrição de tempo
Onde Ti = tempo gasto na atividade i (produção doméstica)
Tw = tempo gasto no trabalho
T = tempo total disponível
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Restrição de bens
Onde P = índice de preços para Xi
Xi = quantidade de insumos comprados
W = salário horário
Tw = tempo de trabalho
![Page 81: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/81.jpg)
Restrições
Restrição de tempo:
Substituindo-a na restrição de bens:
![Page 82: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/82.jpg)
Restrição “cheia” – full income
Custo total de Zi
![Page 83: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/83.jpg)
Curvas de isocustos Inclinação: -w/p. Os custos totais
aumentam à medida que aumenta o tempo total e os insumos comprados.
O outro membro da família não trabalha.
Incl.
![Page 84: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/84.jpg)
Minimização de custo Ponto E:
tangência entre a curva isoquanta e a isocusto.
Gasta ti na produção do bem doméstico, o restante do seu tempo (se consome apenas refeição) é gasto no trabalho.
![Page 85: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/85.jpg)
O que ocorre se o salário aumenta? Efeito renda: mais tempo em casa,
horas trabalhadas são reduzidas. Efeito substituição: mais trabalho
remunerado. Tempo gasto em casa preparando alimentos torna-se mais custoso – redução dos modos de produção intensivos em tempo para modos de produção intensivos em produtos comprados.
![Page 86: Economia do Trabalho](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062517/568134f7550346895d9c405f/html5/thumbnails/86.jpg)
O que ocorre se outro membro da família começa a trabalhar?
Aumento da sua renda não salarial.
Não há mudança da taxa salarial. Efeito renda puro: a família irá
consumir refeições com mais qualidade, terá mais dinheiro para comprar produtos e para que o tempo em atividades domésticas aumente.