Download - Ed 39 Mar/Abr 2014
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Você vê p r imei ro aqu i
13 a 15 de Maio de 2014 • Florianópolis • SC • Brasil
Av. Antonio Gazzola 1001, 8º andar • Itu • SP • BrasilFone.: (11) 2118.3133 / (11) 4013.1277 E-mail: [email protected] • Site: www.avesui.comR E F E R Ê N C I A E I N O V A Ç Ã O
Além de ser um evento completo, a AveSui é uma vitrine de
negócios que está em constante evolução e traz para seu
público-alvo todas as novidades, oportunidades de novas
parcerias, investimentos, pesquisas, discussões de mercado
e atualização técnica e científica para profissionais do setor.
O MAIOR PONTO DE ENCONTRO DO SETOR AVÍCOLA E SUINÍCOLA DA AMÉRICA LATINA! VEJA ALGUMAS VANTAGENS EXCLUSIVAS PARA
QUEM EXPÕE NA AVESUI:
SUA EMPRESA TEM INÚMERAS POSSIBILIDADESPARA FICAR EM EVIDÊNCIA NA AVESUI:
v Feira de Negóciosv Painel Conjuntural de Mercadov Seminários Técnicos em Aves e Suínos: Nutrição e Ambiênciav Workshop de Controladores e Sensores em Galpões v Trabalhos Científicosv Granja Modelo com as Últimas Inovações Tecnológicasv Pavilhões Internacionaisv III Painel de Biomassa e Bioenergiav III Painel de Reciclagem Animal v Prêmio Jovem Pesquisador e Profissionalv Palestras traduzidas para Português e Espanhol
4 GARANTIA DE PÚBLICO E BONS NEGÓCIOS4 2 MERCADOS EM UM SÓ LUGAR4 GRANDE DESTAQUE PARA SUA MARCA4 INFRA-ESTRUTURA - HOTÉIS E SERVIÇOS4 FÁCIL ACESSO AÉREO E RODOVIÁRIO4 REALIZADA NA MAIOR REGIÃO PRODUTORA E EXPORTA- DORA DE CARNE DE AVES E SUÍNOS BRASILEIRA
4 STANDS NO PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES4 PATRICÍNIO DA FEIRA4 PATROCÍNIO DOS SEMINÁRIOS4 PRÊMIO CATEGORIA PROFISSIONAL INOVAÇÕES E PESQUISA4 SALAS PARA PALESTRAS COMERCIAIS4 GRANJA MODELO
Organização, informações e reservas:Organização do Seminárioe Prêmio Jovem Pesquisador e Profissional:
Saiba mais:
Em sua ultima edição em 2013, a AveSui movimen-
tou 400 milhões em negócios e atraiu um publico de
17,8 mil visitantes e foi eleita mais uma vez, por
expositores e visitantes como o grande ponto de
encontro do setor em toda America Latina.
Manual de Identidade Visual
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Claudemir Bongiorno Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores efetivos: Roberto Kaefer e Guilherme dos SantosDiretores suplentes:Sidnei Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ademar Rissi, Dilvo Grolli, Roberto Pecoits e Valter PitolConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Cordeiro, Célio Martins Filho e Pedro Henrique de Oliveira Conselheiros fiscais suplentes:Evaldo Ulinski, Paulo Karakida e Marcos BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Osvaldo Ferreira JuniorDelegados representantes suplentes:Claudio de Oliveira e Rogério Gonçalves
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 39 - Mar/Abr 2014
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
A qualidade da carne de frango brasileira é a melhor do mundo. Isso nin-
guém contesta. E o Programa de Compartimentação da Avicultura Brasileira vem
para reforçar essa certeza.
A medida complementa o programa de regionalização – que o Sindiavipar
tanto batalhou pela implantação junto às autoridades governamentais e às indús-
trias – e reflete o vanguardismo de nossa produção avícola. Por isso, a matéria
de capa desta edição, que você encontra a partir da página 24, dedica-se a expli-
car os benefícios que o programa trará para o nosso setor, garantindo a estabili-
dade econômica da indústria avícola brasileira e reforçando seu caráter sanitário
exemplar para o mundo todo.
Mas alguns detalhes precisam ser ajustados para que nossa indústria
continue em ritmo ascendente, como o gargalo logístico brasileiro, que deverá ser
um dos principais desafios para o agronegócio este ano. Confira mais sobre essa
questão nas páginas 32 a 35. E vale mencionar, também, a repercussão gerada
pela medida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que
permitiu o uso da frase “sem hormônios, conforme estabelece legislação brasi-
leira” nas embalagens dos produtos nacionais.
O Sindiavipar reforça que é impor-
tante que empresas, sindicatos e órgãos regu-
ladores do setor avícola se esforcem para cor-
rigir essa desinformação junto ao público.
Só assim poderemos eliminar qual-
quer possibilidade de dúvida sobre a nossa
maior certeza: a de que produzimos a melhor
carne de frango do mundo. E sem hormônios.Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
Conquistas e desafios
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
Expediente
Produção:
Centro de Comunicação
centrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)
Colaboração:
Allan Oliveira, Bruna Robassa,
Camila da Luz,
Giórgia Gschwendtner,
Mariana Macedo e Rafael Neves.
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Si
nd
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par
Espaço Sindiavipar.............................06
Canal aberto.........................................07
Radar...................................................08
Ciência................................................... 09
Agenda..................................................10
Observatório........................................10
Eventos.................................................12
Sindiavipar...........................................14
Capacitação..........................................15
Entrevista..............................................16
Oportunidades ....................................18
Artigo técnico......................................20
Economia.............................22
Capa..................................... 24
Fiep........................................................28
Ubabef...................................................30
Logística..............................32
Mercado................................................36
Negócios...............................................38
Associados............................................40
Saúde do trabalhador........................42
Notas e registros.................................44
Estatísticas...........................................46
Mito ou verdade?.................47
Receita...................................................48
CoMPArTIMEnTAçãoO Programa de Compartimentação
da Avicultura Brasileira é conside-
rado uma conquista histórica pelo
setor. A medida fortalecerá a indús-
tria com iniciativas ainda mais rígi-
das que deverão ser seguidas em
todas as etapas produtivas.
FrAngo FAz bEM PArA A PELE?Diversos pontos positivos e benefí-
cios no consumo de frango têm sido
constatados por meio de estudos
científicos, e uma das avaliações é
que a carne da ave faz bem para a
pele humana. Descubra como na
página 45.
24 Capa
47 Mito ou verdade?
CoPAEntidades preparam ações para a Copa do
Mundo Brasil Fifa 2014 com o objetivo de
aumentar o consumo interno da carne de
frango. O evento está sendo visto como
uma ótima oportunidade para mostrar
a qualidade do produto brasileiro para
estrangeiros.
22 Economia
DESAFIo Os problemas logísticos brasileiros confi-
guraram-se como o principal gargalo para
o agronegócio em 2014, que atualmente
vive um paradoxo sem pé nem cabeça:
quanto mais cresce, mais dificuldades
enfrenta. Confira o que está sendo feito
para superar as pedras pelo caminho.
32 Logística
SeçõesFo
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6 | sindiavipar.com.br
Espaço Sindiavipar
JAnEIro
boas expectativasO ano iniciou para o setor avícola com otimismo e boas notícias. Desde o começo de janeiro o sindicato tem trabalhado com
diversas ações como cursos, reuniões, feiras e avaliações sobre assuntos que permeiam a avicultura paranaense para buscar cada vez
mais tecnologia, e produtividade.
Alguns eventos, como a participação no Show Rural, também foram importantes para ter uma espécie de termômetro de 2014
e saber quais são as prioridades que o setor tem para continuar crescendo. Foi realizado contato com a BRF para estudos das dificulda-
des de entrega de produtos nas cidades.
Confira as principais ações do Sindiavipar durante os meses de janeiro e fevereiro:
13/01: Atualmente a equipe do Sindiavipar está em contato com a médica veterinária Carla Maiolino, pro-
fessora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para articular a realização de um congresso com o tema “bem-
estar animal”.
A previsão é que o congresso seja realizado em agosto deste ano, na sede da Federação das Indústrias do
Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O encontro aconteceu também no dia 13 de janeiro.
13/01: Uma das primeiras ações do ano ocorreu quando o diretor executivo Icaro Fiechter, do Sindiavipar,
se encontrou com a médica veterinária Dione Francisco, da Agroqualitá, para realizar avaliações e acertos para o
curso “Garantia analítica na avicultura”, que será coordenado pela profissional.
O curso será realizado no dia 25 de março, das 8h45 às 15h45, durante a Tecno Food Brazil - Feira Inter-
nacional de Proteína Animal, que acontecerá entre os dias 25 e 27 de março no Expotrade Convention Center em
Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
O curso tem o objetivo de, frente aos requerimentos analíticos impostos pelos países compradores e tam-
bém pelo mercado interno, capacitar o corpo técnico das empresas avícolas para que possam se aprofundar nesses
assuntos. O assunto é de interesse de gerentes, responsáveis técnicos e responsáveis pela equipe de qualidade
das indústrias avícolas, tanto na produção quanto no processamento, além de médicos veterinários que atuam no
segmento.
As inscrições devem ser feitas pelo site eventioz.com.br/e/garantia-analitica-na-aviculturacampo-proces-
sament/registrations/new. Associados do Sindiavipar e da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) podem fazer o
curso sem qualquer custo.
bem estar animal
garantia analítica na avicultura
7sindiavipar.com.br |
Espaço Sindiavipar
7
Canal aberto
PlanejamentosCom o fim do prazo para a entrega
do plano de Logística Reversa, sindicatos e
indústrias agora darão continuidade às ações
necessárias para a implementação do plano
nas plantas industriais, o que deverá tornar a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
enfim uma realidade.
A obrigação de estruturar e execu-
tar uma cadeia de logística reversa deve ser
encarada não apenas como uma exigência,
mas como uma medida para utilizarmos sus-
tentavelmente os recursos naturais de nos-
so planeta.
É uma atitude de consciência. Por
isso é bastante importante que a indústria
avícola faça sua parte e dê o exemplo. Isso é
essencial para consolidarmos cada vez mais
o fato de o Brasil ser o país que produz a me-
lhor carne de frango do mundo, e de maneira
exemplarmente sustentável.
Paralelamente, as negociações
pela Convenção Coletiva de Trabalho do se-
tor ocorreram de forma positiva para todos os
lados. Conseguimos negociar valores justos,
que mantiveram o equilíbrio competitivo da
indústria, ao mesmo tempo em que propor-
cionam salários melhores para os trabalha-
dores do setor avícola.
O Sindiavipar mostra assim que
está à disposição de todas as engrenagens
deste grande motor do crescimento brasilei-
ro, que é a avicultura paranaense e brasileira.
Icaro FIechterDiretor executivo do [email protected]
Foto
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FEVErEIro
24/02: O diretor executivo Icaro Fiechter, do
Sindiavipar, se reuniu com o deputado estadual Rasca Ro-
drigues (PV), com o assessor técnico e veterinário da Or-
ganização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Alexan-
dre Monteiro, e com o médico veterinário da Agência de
Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) Cassiano Kahlow
para realizar avaliações sobre o projeto de lei 02/2014 do
deputado Rasca Rodrigues. O projeto prevê normas para
instalação de exaustores em aviários no Paraná. Foi dis-
cutido, durante a reunião, a pertinência do projeto de lei,
já que, de acordo com o Icaro Fiechter, não há nenhuma
pesquisa que comprove a necessidade de trocar os exaus-
tores nos aviários. A discussão ainda será realizada em
audiências futuras com membros do setor avícola.
Exaustores em aviários
radar
Fotos: César Machado
www.agrostoCk.CoM.br
UMa Foto perfeita CaUsa UMa ótima impressão
o melhor e mais completo banco de imagens do agronegócio.suínos, aves, bovinos, culturas, alimentos, carnes, maquinário, etc.
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Desde 2007 a revista Avicultura do Paraná é uma publicação que
busca informar todas as pessoas envolvidas na cadeia avícola – desde tra-
balhadores até estudantes e outras pessoas interessadas no agronegócio
paranaense. Já são quase 40 edições recheadas de notícias, entrevistas e
informações que ajudam a fortalecer ainda mais a avicultura no estado.
Na edição de março/abril de 2008 destacava as medidas dos
Portos de Antonina e Paranaguá para o escoamento da produção de
carnes paranaense. Atualmente, o porto está recebendo o maior in-
vestimento de sua história, com R$ 400 milhões em obras que pre-
tendem melhorar o serviço e o atendimento deste importante ponto
de exportação do estado.
E você também pode ter acesso a todo esse material. Basta aces-
sar sindiavipar.com.br/revista para conhecer todas as edições da publica-
ção. Não perca tempo, acesse já!
o que foi notícia
Sinais respiratórios, digestivos e
nervosos podem ajudar a identificar um
caso de doença de Newcastle, enfermidade
infecciosa aguda que apresenta rápida difu-
são e é altamente contagiosa. O vírus infecta
uma grande variedade de aves domésticas e
selvagens e pode causar mortalidade eleva-
da. O nome deriva da descrição realizada em
1927, na cidade de Newcastle, na Inglaterra.
A doença de Newcastle já foi des-
crita nos principais países produtores de
aves do mundo, inclusive no Brasil. Ela pode
atingir aves de diferentes idades e prevalece
em galinhas e perus. A presença do vírus cau-
sador, Rubulavirus, já foi descrita em mais
de 200 espécies de animais, especialmente
nas aves. No entanto, algumas espécies não
apresentam sinais clínicos ou são igualmen-
te suscetíveis. O pato, por exemplo, pode
albergar o vírus sem apresentar a doença.
No homem, o vírus da doença de Newcastle
pode causar conjuntivite e, por este motivo,
a enfermidade é citada como zoonose.
A presença do vírus pode ser iden-
tificada em secreções do trato respiratório e
no conteúdo intestinal de aves contamina-
das. Aerossol, água, alimento, cama, veícu-
los, equipamentos aves e animais selvagens
contaminados e o trânsito de aves doentes e
mortas favorecem a disseminação e a trans-
missão do vírus. Nos lotes, a forma mais co-
mum de contágio é o uso de equipamentos
e veículos contaminados, além do homem.
Quando aves adultas, em idade reprodutiva,
são infectadas pode ocorrer produção de
ovos contaminados, porém na maioria das
vezes há mortalidade embrionária. Quando
alguns embriões contaminados eclodem,
pode ocorrer disseminação horizontal do ví-
rus. Quando a ave é infectada, o vírus invade
o trato respiratório e digestivo, onde causa
uma infecção generalizada. Apesar de aves
de todas as idades estarem susceptíveis ao
vírus da doença de Newcastle, os lotes de
pintos jovens infectados com amostras ve-
logênicas apresentam maior mortalidade do
que aves adultas.
A manifestação e a gravidade dos
sinais clínicos variam de acordo com o esta-
do imune da ave, e depende também do pa-
tótipo envolvido. Os patotipos lentogênicos
podem infectar aves sem induzir qualquer
tipo de manifestação clínica, especialmente
em aves adultas. Já as aves jovens geralmen-
te apresentam alguns sinais respiratórios de
tosse e espirro, que podem desaparecer em
menos de uma semana, porém quando há
complicação secundária o quadro pode se
agravar e levar à morte. Os patotipos meso-
gênicos normalmente causam dificuldade
respiratória, espirros e tosses. Sinais nervo-
sos podem estar ou não presentes. Nas aves
adultas, pode haver queda na produção de
ovos. A mortalidade geralmente é baixa. Já
os patotipos velogênicos induzem uma ma-
nifestação clínica mais severa e, nos casos
mais graves, pode ocorrer morte abrupta. Os
sintomas mais observados são: depressão,
incoordenação motora e torcicolo devido ao
comprometimento do sistema nervoso.
O diagnóstico da doença pode ser
presuntivo, feito com base no histórico do
lote, sinais clínicos, lesões e provas soroló-
gicas. O diagnóstico definitivo é realizado
por meio do isolamento e determinação do
patotipo do vírus. A identificação do vírus é
feita normalmente com o teste de inibição
da hemaglutinação usando anti-soros espe-
cíficos. O vírus também pode ser identifica-
do pela neutralização viral, anticorpos poli-
clonais e monoclonais, imunofluorescência
e pela prova de PCR.
Não há tratamento efetivo para a
doença da Newcastle, contudo o uso de an-
tibiótico de largo espectro pode auxiliar na
redução de contaminantes secundários, que
podem agravar a condição da ave. Propor-
cionar um ambiente confortável e de bom
manejo pode minimizar as consequências
do surto. Quando ocorrem surtos de patoti-
pos de alta virulência o ideal é controlar por
erradicação, o que não justifica, portanto,
medicar.
Doença de newcastleA enfermidade é altamente contagiosa e pode causarmortalidade elevada
Fonte: Manual de Doenças de Aves,
Alberto Back
Ciência
9sindiavipar.com.br |
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Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 18 a 20 de junho Local: La Habana - Cubarealização: Federação de Aves da América Central e do CaribeE-mail: [email protected] Informações: 537-2045-956Site: aviculturacuba.com
XXIII Congresso Centro-Americanoe do Caribe de Avicultura 2014
Agenda
Data: 28 de abril a 2 de maio Local: Ribeirão Preto - SP realização: Abag, Abimaq e AndaE-mail: [email protected]ções: (11) 3017-6807Site: agrishow.com.br
Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação
Data: 8 a 10 de abrilLocal: Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó – SCrealização: NucleovetE-mail: [email protected] Site: nucleovet.com.br
XV Simpósio brasil Sul de Avicultura e VI Poultry Fair
Data: 13 a 15 de maio Local: Florianópolis (SC) realização: Gessulli AgribusinessE-mail: [email protected] Informações: (11) 2118-3133Site: avesui.com
AveSui 2014
As duas empresas líderes no setor avícola, BRF e JBS, res-
pondem por 69,6% dos cerca de 3,892 milhões de toneladas de
carne de frango exportadas pelo Brasil em 2013, de acordo com
dados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).
Levando em consideração as dez principais empresas ex-
portadoras (Aurora, Tyson, C. Vale, Copacol, Kaefer, Cooperativa
Lar, Big Frango e GTFoods, além das duas citadas anteriormente),
as outras oito dentro do rol respondem por 15% do volume de
exportação, enquanto as demais (aproximadamente 15 empresas,
de acordo com a relação disponível no site da Ubabef) responde-
ram pelos 15,4% restantes. Os dados representam também a con-
solidação do Paraná como o maior estado produtor e exportador
de carne de frango.
Líderes na exportação
A produção da indús-
tria cresceu 1,2% em 2013,
de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE). O resultado
é melhor do que o de 2012,
quando o setor registrou re-
tração de 2,5%. O desem-
penho da indústria no ano
passado se aproximou das
previsões de analistas, que
esperavam um crescimento
pouco superior a 1%.
Em 2013, os setores com as altas mais expressivas foram
os de veículos (7,2%), refino de petróleo e álcool (7,3%) e máqui-
nas e equipamentos (6,1%). Já as quedas de destaque ficaram com
edição e impressão (10,2%), farmacêutica (9,7%) e indústria extra-
tiva (-4,1%).
Para 2014, analistas esperam ainda um ano difícil para o
setor e com baixo crescimento diante de juros ainda em expansão
e crédito escasso para o consumo. Há ainda o receio de piora do
mercado de trabalho.
Produção industrial
11sindiavipar.com.br |
observatório
Novamente a carne de frango se destacou como a
proteína animal mais consumida no Brasil. De acordo com es-
tatísticas divulgadas pela União Brasileira de Avicultura (Uba-
bef), o consumo de carne de frango no país foi de quase 42
quilos por habitante em 2013. No ano passado foram produ-
zidas 12,3 milhões de toneladas da carne, sendo que cerca de
dois terços da produção, o equivalente a cerca de 8,4 milhões,
foram destinadas ao mercado interno.
Já para a exportação foram destinadas quase 4 mi-
lhões de toneladas, consolidando o Brasil como o maior ex-
portador mundial de frango, fornecendo o produto para mais
de 150 mercados. Só o Oriente Médio encomendou quase
1,5 milhão de toneladas no último ano. Os maiores
mercados compradores em 2013 foram Arábia
Saudita, União Europeia, Japão, Hong
Kong, Emirados Árabes
Unidos e China.
Destaque na alimentação A processadora de carnes norte americana Ty-
son Foods encerrou o 1º trimestre fiscal, em 28 de
dezembro, com um crescimento de 47% no lucro. O
valor registrado foi de US$ 254 milhões (US$ 0,72 por
ação), acima dos US$ 173 milhões (US$ 0,48 por ação)
de igual período do ano anterior. O sucesso foi puxa-
do pela boa performance do segmento de alimentos
preparados, que registrou vendas 7,9% maiores, de
US$ 907 milhões.
A receita total da empresa foi de US$ 8,76
bilhões no trimestre, representando um aumento de
4,7% na comparação anual. A área de carne de frango
teve receita 2% maior com crescimento das vendas
no exterior, enquanto que o segmento de carne suína
avançou 4,5%.
A Tyson está com suas operações focadas
principalmente na China, com o lançamento de novos
produtos e melhora na área de alimentos preparados.
Nos últimos 12 meses, a empresa norte-americana
adquiriu empresas de alimentos nos estados de Utah
e Califórnia, nos Estados Unidos.
Lucro da Tyson Foods
Cinco estados agrícolas dos
Estados Unidos estão juntos na tenta-
tiva de invalidar uma lei do estado da
Califórnia que impõe padrões mais ri-
gorosos de bem-estar animal a granjas
produtoras de ovos. Procuradores-ge-
rais de Nebraska, Kentucky, Oklahoma
e Alabama, além do governador de
Iowa, se juntaram à ação movida no
mês passado pelo procurador-geral do
Missouri. Esses Estados alegam que a
lei da Califórnia excede seus limites e
custaria milhões de dólares a produ-
tores de outros Estados norte-ameri-
canos. A lei, que foi aprovada em 2010
e entra em vigor em 2015, exige que
produtores californianos e de outros
Estados que queiram vender ovos na
Califórnia providenciem gaiolas mais
espaçosas para as galinhas poedei-
ras. A Califórnia é o maior mercado de
ovos dos Estados Unidos.
Pressão americana
12 | sindiavipar.com.br
Cascavel novamente foi sede do
Show Rural Coopavel, feira do agronegó-
cio que atraiu 210.144 visitantes, núme-
ro que bateu recorde de todas as edições
anteriores. O evento, que surgiu em
1988 e já está na sua 26ª edição, aconte-
ceu entre os dias 3 e 7 de fevereiro.
O Show Rural Coopavel funcio-
na como uma espécie de vitrine tecnoló-
gica de produtos e serviços, além de ser
um importante termômetro do setor, já
que promove um dos primeiros encon-
tros do ano entre trabalhadores rurais,
estudantes, entidades e empresas das
áreas de biotecnologia, genética, máqui-
nas e equipamentos.
“O Show Rural Coopavel foi ex-
celente, com grandes tecnologias para o
aumento de produtividade para o pro-
dutor. Nos próximos anos teremos res-
postas em produtividade na agricultura
em média de 5% ao ano. A consciência
do produtor do uso das novas tecno-
logias foi demonstrada pelo número
recorde de visitantes que ultrapassou
a marca de 210 mil pessoas em apenas
uma semana. O bom momento do agro-
negócio foi confirmado pelo volume de
negócios que atingiu R$ 1,8 bilhão de
reais em máquinas e equipamentos”,
afirma o diretor presidente da Coopavel,
Dilvo Grolli.
O saldo final do evento foi po-
sitivo para visitantes e expositores, que
puderam realizar inúmeros negócios ao
longo dos cinco dias de feira.
Este ano o número de autori-
dades foi mais representativo de todos
os eventos dos últimos anos. Ministros,
governadores de vários estados, sena-
dores, deputados federais, deputados
estaduais, prefeitos, secretários de esta-
do, vereadores e secretários municipais
de várias cidades do Brasil participaram
do evento, além de representantes de
entidades de classes representativas e
sindicatos.
Presidentes, vice-presidentes
Show rural CoopavelEvento bateu recorde de visitantes em 2014
Evento
13sindiavipar.com.br |
e diretores das maiores multinacionais,
das entidades bancárias marcaram pre-
sença no Show Rural Coopavel. Essas
pessoas influenciam o agronegócio bra-
sileiro e mundial e tiveram a oportunida-
de de ver a força da tecnologia da agri-
cultura no Brasil, apresentada pelas 440
empresas que participaram dos cinco
dias do evento.
númerosO volume de negócios realizados
durante o Show Rural Coopavel ultrapas-
sou a marca de R$ 1,6 bilhão do ano ante-
rior. Grandes negócios foram realizados
durante a feira no setor de equipamen-
tos, implementos, máquinas agrícolas,
caminhões e automóveis. As empresas de
sementes, fertilizantes e genética animal
devem realizar excelentes negócios que
iniciaram durante o evento, ao longo des-
te ano. O total de movimentação durante
a 26ª edição do Show Rural Coopavel foi
de R$ 1,8 bilhão.
Mais de 5 mil experimentos e
250 apresentações técnicas puderam ser
feitas ao longo dos cinco dias de Show
Rural. Além disso, os visitantes puderam
conferir as novas tecnologias de 440
expositores que mostraram ao público
seus produtos e inovações.
Estima-se que durante o Show
Rural houve uma média de 15 a 20 mil
refeições servidas por dia entre o res-
taurante, localizado próximo a entrada
principal do parque, estandes e a área de
lanches.
Entre a preparação do espaço,
abertura do Show Rural, serviços e en-
cerramento foram gerados 840 empre-
gos diretos pela Coopavel.
EstruturaUm dos destaques do evento é a
estrutura especialmente preparada para
receber o grande volume de público e
proporcionar conforto a todos. Durante
a etapa de montagem do espaço a coor-
denação do evento estimou que mais de
4 mil trabalhadores foram envolvidos nas
atividades.
O trabalho intenso na monta-
gem dos estandes do Parque Tecnológi-
co do Show Rural resultou em 5 mil me-
tros de pavimentos cobertas ao longo
de dez ruas, 58 bebedouros espalhados
em 36 pontos de água fresca, potável
e gratuita, várias áreas de descanso e
mais um banheiro construído na parte
agropecuária do parque, somando-se
aos 12 já existentes.
Outra novidade na estrutura
foi a ampliação do pátio de máquinas,
uma medida que foi tomada após a so-
licitação das empresas participantes,
trazendo mais espaço para a apresen-
tação de produtos e serviços. O esta-
cionamento com 7 mil vagas gratuitas e
os quatro portais de entrada que foram
modificados também trouxeram mais
conforto aos visitantes.
PaisagismoUma característica marcante
para quem compareceu ao Show Rural Co-
opavel neste ano, e também nos anos an-
teriores, é o espaço de flores e paisagis-
mo. Em 2014, a novidade foram as rosas
de diversas cores distribuídas em vários
jardins no evento, além de ser o destaque
da entrada principal do parque.
Foram cerca de 2.600 mudas de
rosas, 350 mil mudas de flores e plantas
entre anuais e perenes e 15 espécies de
flores.
ProgramaçãoOs cinco dias de Show Rural ti-
veram uma extensa programação que
discutiu o agronegócio em suas diversas
vertentes. Tecnologias ligadas à agricul-
tura, suinocultura, avicultura, educação
rural, integração entre lavoura e pecuária,
pecuária de corte e de leite, ovinocultura,
piscicultura e meio ambiente entraram na
pauta do evento.
Para 2015, a Coopavel espera
continuar superando as expectativas e ser-
vindo de ponto de encontro para o setor.
Força da aviculturaOs visitantes que trabalham
com a avicultura puderam aproveitar
para conhecer as novidades de equi-
pamentos para melhorar e garantir
alta produtividade. Climatização,
equipamento NIPLE, água de bebida,
forno para aquecimento, automação,
quadro e comando elétrico, equipa-
mento de segurança e de controle de
queda da energia, foram os destaques
na área de avicultura na 26ª edição do
Show Rural Coopavel. Um destaque
especial para um expositor de forno
para aquecimento, que em dois dias
de feira vendeu o equivalente para
pagar os investimentos que teve para
expor durante todo o evento.
O Sindiavipar também este-
ve presente para prestigiar o Show
Rural. No estande do sindicato era
possível receber uma edição da re-
vista Avicultura do Paraná, além de
outros folders com informações so-
bre a avicultura paranaense.
Evento
14 | sindiavipar.com.br
Você acredita que comer man-
ga com leite faz mal? Esse mito já dei-
xou de fazer sentido para a maioria de
nós, mas as raízes dele foram muito
bem identificadas: no Brasil Colônia,
especialmente no Nordeste, os senho-
res de engenho espalhavam a lenda
para evitar que os escravos consumis-
sem o leite das fazendas, abundantes
de mangueiras frondosas.
Esse exemplo mostra como
uma ideia sem embasamento pode ga-
nhar força no imaginário popular. Em
dezembro do ano passado, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (Mapa) autorizou as empresas
do setor avícola a utilizarem, nos ró-
tulos de seus produtos, a mensagem
“sem uso de hormônio, como estabele-
ce a legislação brasileira”. A regra em
questão é a Instrução Normativa nº 17,
de 18 de junho de 2004.
Em teoria, esse aviso nem pre-
cisaria ser colocado nas embalagens.
Nenhum frango criado no Brasil leva
hormônios. Mas a difusão de ideias
enganosas é mais séria do que pare-
ce. Uma pesquisa encomendada pela
União Brasileira de Avicultura (Uba-
bef), em março de 2012, apontou que
72% da população brasileira acredi-
ta que hormônios sejam utilizados na
criação de aves.
Não há dado sólido que apoie
esse ponto de vista. Experimente fa-
zer uma pesquisa sobre frangos com
hormônios em um site de buscas na in-
ternet, e muito provavelmente não vai
achar sequer um artigo ou pesquisa sé-
ria que sustente essa denúncia.
O mito existe, em grande parte,
porque o frango atualmente se desen-
volve em ritmo muito mais acelerado do
que há algumas décadas. As aves hoje
crescem em um terço do tempo que le-
vavam nos anos 50, e consumindo ape-
nas um terço da quantidade de alimen-
to. Essa evolução trouxe a suspeita de
injeção de hormônios.
O frango cresce mais rapida-
mente por ingerir uma dieta calculada
minuciosamente para satisfazer sua
demanda corporal. Além disso, décadas
de seleção genética e evolução no tra-
tamento melhoraram o ritmo de ganho
de peso do animal. Não há nada de es-
tranho nisso, todos os ramos da agrope-
cuária e da indústria tiveram técnicas
aperfeiçoadas ao longo do tempo.
Além de se tratar de uma práti-
ca proibida, fiscalizada rigorosamente
pelo Controle de Resíduos e Contami-
nantes (PNCRC), do Mapa, a literatura
científica jamais comprovou a eficácia
dessa utilização. Até hoje, nenhuma
vantagem convincente deste método
foi comprovada.
Vale ressaltar, também, que os
hormônios teriam de ser injetados indi-
vidualmente em cada animal. E periodi-
camente: a liberação precisaria ser feita
em doses frequentes que simulassem
um processo natural. Tendo em con-
ta que o país cria mais de 6 bilhões de
frangos por ano, o procedimento é ob-
viamente inviável.
A carne de frango brasileira é
a mais consumida do mundo há uma
década. Desde que assumimos a lide-
rança no ranking de exportações, em
2004, mantivemos o posto. Em 2013,
segundo a Ubabef, foram vendidas
3,87 milhões de toneladas de frango
para o mercado externo. Se houvesse
uma única informação confiável sobre
a existência de hormônios no frango
brasileiro, nossa reputação com o con-
sumidor internacional já teria sido aba-
lada há muito tempo.
É fundamental, dessa forma,
que as empresas, sindicatos e órgãos re-
guladores do setor avícola se esforcem
para corrigir esta desinformação junto
ao público. E pedimos à população bra-
sileira, de forma geral, que procurem se
informar o máximo possível. Para que
um dia, talvez, a ideia de que frangos se
criam com hormônios tenha tanto crédi-
to quanto a velha história de que tomar
leite com manga dá dor de barriga.
nunca houve hormônio
Sindiavipar
15sindiavipar.com.br |
Capacitação
PatrocínioVocê pode disseminar sua
marca para todo o setor avícola sen-
do patrocinador do III Workshop
Sindiavipar. Para mais informações,
entre em contato pelo e-mail marke-
O Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar) já planeja o III Workshop
Sindiavipar, que será realizado em
agosto, em Foz do Iguaçu (PR).
Em sua terceira edição, o
evento pretende dar continuidade
à capacitação e à promoção do de-
senvolvimento do setor avícola, com
palestras sobre mercado, sanidade,
bem-estar e nutrição animal.
O sindicato está aberto a su-
gestões dos associados para nomes de
conferencistas e temas de palestras.
Envie sua sugestão pelo e-mail sindia-
III Workshop SindiaviparSindiavipar prepara 3ª edição do evento para agosto em Foz do Iguaçu
**
III WorkshopSindiavipar
Avicultura de corte
do Paraná para o mundo
16 | sindiavipar.com.br
Um novo desafioPesquisa da UFRGS aponta sobre infecção aviária ainda pouco conhecida no Brasil
Entrevista
A avicultura brasileira saltou da
condição de subsistência para ser reco-
nhecida como uma das mais desenvol-
vidas e competitivas da economia glo-
bal. Isso em apenas três décadas. Essa
evolução consolidou a característica de
vanguarda da indústria avícola nacio-
nal, que se desenvolveu e continua a
crescer em conjunto a pesquisas cientí-
ficas e preocupações sustentáveis.
Nesse contexto, o trabalho so-
bre infecções aviárias por Salmonella
spp. e Campylobacter spp., desenvolvi-
do pelo médico veterinário, doutorando
em Ciências Veterinárias com ênfase em
Sanidade Avícola na Faculdade de Vete-
rinária da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS), Gus-
tavo Perdoncini, sob orienta-
ção do médico veterinário,
PhD e professor de Medici-
na de Aves da Faculdade de
Veterinária da UFRGS, Vla-
dimir Pinheiro do Nasci-
mento, reforça a atenção
à qualidade microbioló-
gica da carne de frango
brasileira, uma vez que
ainda são escassos, no
Brasil, dados sobre a
ocorrência e dissemi-
nação, principalmente
de Campylobacter, na
cadeia avícola.
Nesta entrevis-
ta à revista Avicultura do
Paraná, os pesquisadores
contam um pouco sobre esse desafio
sanitário para o setor e apontam algu-
mas medidas para o avicultor se prote-
ger dos riscos dessa infecção.
o que são e como agem as Sal-monella spp. e Campylobacter spp.?
Salmonella spp. e Campylobac-
ter spp. são bactérias que estão entre os
agentes mais frequentes relatados em
casos de infecções alimentares. Apesar
de haver uma grande diversidade de
fontes que o homem pode se contami-
nar, produtos avícolas costumam estar
entre os mais importantes veículos de
transmissão desses organismos.
Essas bactérias estão presen-
tes no trato gastrointestinal das aves e
quando padrões higiênicos sanitários
não são realizados adequadamente,
tanto nas granjas como nas indústrias,
há possibilidade de contaminação cru-
zada dos alimentos que serão consumi-
dos.
Quais os sintomas podem ser percebidos pelo avicultor?
Lotes infectados por salmo-
nelas não paratíficas (S. Gallinarum
e S. Pullorum) apresentam aves com
quadro clínico de sonolência, fracas
e sem apetite. Aves jovens contami-
nadas por S. Pullorum podem apre-
sentar fezes de cor branca com em-
pastamento da cloaca.
É possível observar em
aves adultas redução da postura e
redução da fertilidade e eclodibi-
lidade dos ovos. Na fase adulta é
possível observar queda no con-
sumo, penas arrepiadas, anorexia, apa-
tia, cabeça pálida asas caídas e cloaca
suja (diarreia), além de alta mortalidade
em quadros que S. Gallinarum esteja
envolvida. Pericardite, hepatite, lesões
miliares branco-acinzentados no fígado
e miocárdio, além de enterite catarral
ou hemorrágica nos intestinos são al-
guns dos sinais clínicos encontrados.
Geralmente as salmonelas pa-
ratíficas (S. Enteritidis) apresentam si-
nais clínicos semelhantes as salmonelas
não paratíficas em aves jovens. É possí-
vel observar empastamento de cloaca
em todas as idades, diarreia, sonolência,
penas arrepiadas, anorexia e alto núme-
ro de ovos bicados e não eclodidos.
Diferentemente das salmo-
nelas, aves contaminadas por Cam-
pylobacter spp. não apresentam sinais
clínicos. Pode ser observada diarreia
quando as aves estão muito debilitadas
e há infecção concomitante por essa
bactéria.
E como se dá a contaminação? Um grande número de fatores
corrobora para o risco de colonização e
disseminação de Campylobacter e Sal-
monella nas granjas.
Histórico de contaminação de
lotes anteriores, água sem tratamento
adequado, presença de roedores, inse-
tos, animais domésticos, problemas de
biosseguridade e outros meios de intro-
dução ou manutenção da contaminação
são considerados pontos que devem ser
destacados.
A contaminação de pintos de
um dia através da transmissão vertical
é relatada para Salmonella, entretanto
não há evidência para Campylobacter.
Existem alguns relatos que
indicam que raramente lotes serão
contaminados por Campylobacter em
condições normais de produção antes
de duas semanas de idade, porém tra-
balhos preventivos que reduzam ou
eliminem a contaminação devem ser
empregados diariamente.
Como é possível reduzir ou eli-minar a contaminação?
O primeiro passo que deve ser
dado é voltado a questões de biossegu-
rança. Higienização e desinfecção das
instalações, controle de acesso, progra-
ma de manejo de vacinação adequado
à região aonde a granja esta instalada,
controle de vetores, roedores e aves,
além da educação continuada para os
colaboradores devem ser passos cons-
tantes.
O emprego de aditivos que
proporcionam a redução da colonização
da flora patogênica são estratégias que
podem ser empregadas para reduzir a
concentração bacteriana no trato gas-
trointestinal possuindo efeito seme-
lhante aos antimicrobianos.
Um controle bem conduzido na
granja e logística de transporte basea-
da em resultados de avaliações micro-
biológicas, realizadas durante o ciclo de
criação das aves, possibilita redução de
lotes positivos que chegam às plantas
de abate.
Qual sua avaliação sobre os índices de sanidade da avicultura brasileira?
Conforme os da-
dos estatísticos brasilei-
ros de produção de aves,
nas últimas três décadas,
a avicultura brasileira tem
apresentado altos índices
de crescimento. Seu bem
principal, o frango, conquistou os mais
exigentes mercados, levando o País a
posição de terceiro produtor mundial e
líder em exportação.
Atualmente, a carne de fran-
go nacional chega a mais de 150 paí-
ses. A obtenção deste status não teria
sido possível sem a ocorrência de uma
grande melhoria dos fatores sanidade e
qualidade, que contribuíram para aper-
feiçoar a produtividade no setor.
O Brasil buscou modernização
e empregou instrumentos como o ma-
nejo adequado do aviário, sanidade, ali-
mentação balanceada, melhoramento
genético e produção integrada, contri-
buições fundamentais para a excelên-
cia técnica em todas as etapas da cadeia
produtiva, resultando em índices de
sanidade que atendem às demandas de
todo o mundo.
Entrevista
18 | sindiavipar.com.br
MoDerNIZaÇÃo Programa oferece R$ 1 bilhão para
modernização do agronegócio
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EN
oportunidades
Investimento para o futuroInovagro disponibiliza R$ 1 bilhão para a modernização do agronegócio brasileiro
Todo homem do campo sabe
bem que para colher é preciso antes
plantar. Da mesma forma, a realização
de novos investimentos é essencial
para que a avicultura continue em seu
ritmo forte de crescimento, colhendo os
frutos do presente e plantando aqueles
que serão colhidos no futuro.
Com esse objetivo, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to (Mapa) está disponibilizando R$ 1
bilhão numa linha de investimento por
meio do Banco Nacional do Desenvol-
vimento Econômico e Social (BNDES),
que pode ser acessada com o Programa
de Incentivo à Inovação Tecnológica na
Produção Agropecuária (Inovagro). O
público-alvo são os produtores e coo-
perativas rurais de produção interessa-
dos em melhorar a competitividade de
suas propriedades agroindustriais.
De acordo com o secretário de
Política Agrícola do Mapa, Neri Geller,
em entrevista à revista Avicultura do
Paraná, o Inovagro é uma forma de mos-
trar que o Mapa está se mexendo para
atender aos anseios do setor. “O Inova-
gro denota o esforço do governo fede-
ral para a modernização da avicultura
no Brasil”, afirma.
O programa oferece taxas de
juros de 3,5% ao ano em um prazo de
até 10 anos para pagamento, com ca-
rência de até três anos. Além disso, per-
mite o financiamento do valor integral
do projeto caso atenda aos requisitos
estabelecidos pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN).
A meta principal do Inovagro
é apoiar a aplicação dos recursos ne-
cessários à incorporação de inovação
tecnológica nas propriedades rurais,
especialmente naquelas que produzem
carne de frango ou suína.
Com essa capitalização, o Mapa
espera colher o aumento da produtivi-
dade no campo, bem como a adoção de
boas práticas agropecuárias e de gestão
da propriedade e a inserção competiti-
va dos produtores nos diferentes mer-
cados consumidores.
Ainda de acordo com informa-
ções do Mapa, o Inovagro passou a cons-
tar no sistema operacional de crédito
rural do Banco do Brasil desde o início
do ano, instituição que possui cerca de
70% dos recursos do programa para
oportunidades
aplicação. E segundo o BNDES, os ban-
cos públicos, privados, cooperativos e
cooperativas de crédito como o BRDE,
Bradesco, Bancoob, Bansicred e Cresol
também já estão operando o Inovagro
com os recursos da entidade de fomen-
to. “Isso reflete ótimas perspectivas de
aplicação a partir do ano corrente”, ana-
lisa Geller.
O produtor interessado deve se
dirigir a uma das instituições financeiras
credenciadas, que pode instruí-lo sobre
a documentação necessária, analisar a
possibilidade de concessão do crédito e
negociar as garantias. Após a aprovação
pelo banco, a operação é encaminhada
para homologação e posterior liberação
dos recursos públicos pelo BNDES. Mais
informações podem ser consultadas pelo
site bndes.gov.br.
• Máquinas e equipamentos para automação e adequação de instalações nos
segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite;
• Programas de computadores para gestão, monitoramento ou automação;
• Consultorias para a formação e capacitação técnica e gerencial das atividades
produtivas implementadas na propriedade rural;
• Aquisição de material genético (sêmen, embriões e oócitos), provenientes
de doadores com certificado de registro e avaliação de desempenho ou, alter-
nativamente para pecuária de corte, o certificado especial de identificação de
produção-CEIP;
• Itens ou produtos desenvolvidos no âmbito do Programa de Inovação Tecno-
lógica (Inova-Empresa);
• Assistência técnica necessária para a elaboração, implantação, acompanha-
mento e execução do projeto, limitada a 4% do valor total do financiamento;
• Custeio associado ao projeto de investimento e aquisição de matrizes e repro-
dutores, com certificado de registro genealógico, emitido por associações de
criadores autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), e avaliação de desempenho.
Confira quais itens são financiáveis por meio do Inovagro
20 | sindiavipar.com.br
Artigo técnico
A avicultura nacional tem se
utilizado timidamente da denominada
Lei do Bem (11.196/05). O instrumento
permite, de forma automática, a utili-
zação de incentivos fiscais pelas pes-
soas jurídicas que realizem pesquisa e
desenvolvimento de inovação tecno-
lógica. Tais investimentos poderão ser
realizados para a concepção de novos
produtos e desenvolvimento de proces-
sos de fabricação que agreguem funcio-
nalidades ou características ao produto,
ou ainda em processo com melhorias
incrementais e efetivo ganho de quali-
dade ou produtividade e maior compe-
titividade no mercado.
Na avicultura temos algumas
atividades que poderão ser enquadra-
das no conceito de inovação tecnológica
para fins do benefício fiscal: Desenvol-
vimento de novos cortes para atender
um mercado consumidor específico, me-
lhorias no processo de produção que
resultem em maior produtividade e/ou
redução de custos, desenvolvimento de
novas matérias primas para a fabricação
de rações, melhoramento genético das
aves, novas formas de manejo das aves,
dentre outras.
A utilização do benefício fiscal
não demanda autorização prévia da Re-
ceita Federal ou do Ministério da Ciência
e Tecnologia e Inovação, e o projeto de
pesquisa não precisa contemplar o de-
senvolvimento de produto ou processo
novos para o mercado, bastando apenas
que seja inovador para a empresa que o
desenvolveu.
Dentre os benefícios fiscais des-
tacam-se: a dedução, na apuração do Im-
posto de Renda devido, dos dispêndios
com P&D, inclusive aqueles com institui-
ções de pesquisa, universidades ou in-
ventores independentes; a exclusão, na
determinação do lucro real para cálculo
do IRPJ e da base de cálculo da CSLL, do
valor correspondente a até 60% da soma
dos dispêndios efetuados com P&D. Este
percentual poderá atingir 70% em fun-
ção do acréscimo de até 5% no número
de empregados que forem contratados
exclusivamente para atividades de P&D;
e 80%, no caso deste aumento ser supe-
rior a 5%.
Além disto, poderá haver tam-
bém uma exclusão de 20% do total dos
dispêndios efetuados em P&D objeto de
patente concedida ou cultivar registra-
do, redução de 50% de IPI na compra de
equipamentos destinados a P&D, depre-
ciação imediata dos equipamentos com-
prados para P&D, amortização acelerada
dos dispêndios para aquisição de bens
intangíveis para P&D e redução a zero
da alíquota do imposto de renda retido
na fonte nas remessas efetuadas para o
exterior destinadas ao registro e manu-
tenção de marcas, patentes e cultivares.
Destaca-se que são incentiva-
dos apenas os dispêndios pagos a pes-
soas físicas ou jurídicas residentes no
país, e sua utilização é condicionada à
comprovação da regularidade da pessoa
jurídica e a contabilização dos dispên-
dios com Pesquisa e Desenvolvimento
em conta contábil específica.
Para utilização do benefício de
forma adequada é essencial à sintonia
entre as áreas contábil, fiscal e de pes-
quisa e desenvolvimento, de modo a
facilitar a identificação os projetos e a
comprovação dos respectivos dispên-
dios, conforme determinado pelo MCTI.
Estes investimentos podem ser
financiados pela Finep - Agência Bra-
sileira da Inovação. Dentre as linhas de
financiamento, destacam-se o Programa
Finep Inova Brasil, aplicável às empre-
sas com faturamento acima de R$ 16
milhões ano, com projetos de financia-
mento acima de R$ 10 milhões, prazo
para pagamento em até 120 meses, com
até 36 meses de carência e taxas fixas a
partir de 3,5% ao ano e o Programa Ino-
vacred, às empresas com faturamento de
até 90 milhões ano, com projetos de fi-
nanciamentos de R$ 700 mil à R$ 10 mi-
lhões, prazo para pagamento em até 96
meses, sendo até 24 meses de carência,
com atualização com base na TJLP (atual-
mente 5% ao ano).
Em síntese, os incentivos fiscais
e as linhas de financiamento destinados
às empresas que executam atividades
de pesquisa e desenvolvimento repre-
sentam um grande avanço para o País. A
avicultura brasileira pode e deve utilizar
mais estes benefícios.
Lei do bem na AviculturaPor Mara Gauna
a avicultura brasileira pode e deve utilizar
mais estes benefíciosMara gauna
Agora suas avesmetem o bico noque é bom paraos seus resultados.
A tecnologia Ourofino acaba de chegar à avicultura. O aditivo melhorador de desempenho
Enragold, à base de enramicina, atua na manutenção da microbiota intestinal, possibilitando
maior volume de nutrientes disponíveis às aves, maior ganho de peso e melhora da
conversão alimentar. Com Enragold, seus resultados valem ouro.
Aditivo nutricional paraa engorda de resultados.
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22 | sindiavipar.com.br
Por mais bem treinados que
estejam os goleiros comandados pela
seleção de Luiz Felipe Scolari, a torci-
da da indústria avícola é que a Copa do
Mundo Fifa Brasil 2014 aumente o nú-
mero de frangos para o país.
Caso a projeção do Instituto
Brasileiro de Turismo (Embratur) pro-
ve-se correta, o evento deverá injetar
R$ 25,2 bilhões na economia brasileira
este ano.
Um número que especula o
montante a ser gasto pelos turistas:
são esperados três milhões de viajan-
tes nacionais e 600 mil estrangeiros –
o dobro dos que foram à última edição
da Copa, realizada em 2010 na África
do Sul.
A oportunidade gera uma
grande expectativa para os mais va-
riados setores da economia e repre-
senta um prato cheio para a avicultura
brasileira. “Milhares de estrangeiros
estarão no país em busca de hotelaria,
23sindiavipar.com.br |
Economia
o evento deverá injetar r$ 25,2
bilhões na economia brasileira este ano
entretenimento e, principalmente, ali-
mentação. Nesse contexto, como uma
carne com altíssima aceitação – e sem
qualquer restrição de cunho cultural
e religioso –, a carne de frango deverá
ser beneficiada com o aumento do con-
sumo no mercado interno”, analisa o di-
retor de mercados da União Brasileira
de Avicultura (Ubabef), Ricardo Santin.
Para isso, a entidade, em par-
ceria com a Agência Brasileira de Pro-
moção de Exportações e Investimentos
(Apex-Brasil), da Associação Brasileira
das Indústrias Exportadoras de Carne
(Abiec) e da Associação Brasileira da
Indústria Produtora e Exportadora de
Carne Suína (Abipecs), realizará ações
de valorização à imagem da qualidade
das carnes produzidas no Brasil, com
destaque para o frango – no caso da
Ubabef – tendo como públicos-alvo os
brasileiros e estrangeiros.
“A principal ação no âmbito
do mercado externo será o trabalho da
imagem do setor junto aos jornalistas
estrangeiros. Quanto ao mercado in-
terno, realizaremos ações de incentivo
de consumo através das redes sociais”,
detalha Santin.
“O Brasil vai estar no centro
das atenções da mídia mundial. For-
madores de opinião em vários merca-
dos estarão aqui. É um momento ímpar
para reforçarmos nossa imagem como
um grande player do mercado global
de proteínas”, ressalta Antônio Camar-
delli, presidente da Abiec.
A avaliação é semelhante à
do presidente da Abipecs, Rui Vargas.
“Poucas são as oportunidades com po-
tencial tão valioso para a promoção de
nossos produtos e geração de divisas
para o país quanto uma Copa do Mun-
do. A união das forças das entidades
trará um resultado ainda melhor para o
Brasil”, enfatiza.
Além da demanda ocasio-
nada pela Copa 2014, o projeto da
Apex-Brasil trará ao Brasil 2.300 con-
vidados estrangeiros, selecionados
de acordo com seu relacionamento
comercial entre compradores, investi-
dores e formadores de opinião, o que
possibilita uma estratégia tática para
a prospecção de novos negócios para
a exportação avícola.
“Ao mesmo tempo, trata-se de
um evento para fomentar novos negó-
cios em exportações. Pretendemos re-
alizar ações coordenadas para angariar
novos clientes para a carne de frango
brasileira”, reforça Santin.
Satisfação De acordo com dados divulga-
dos pelo Ministério do Turismo, o even-
to tem tudo para ser uma partida de
sucesso. Mesmo com as manifestações
políticas ocorridas em junho do ano
passado, a pesquisa de satisfação feita
pelo órgão governamental com turistas
estrangeiros durante a Copa das Confe-
derações 2013, realizada em Belo Hori-
zonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de
Janeiro e Salvador, apontou resultados
bastante otimistas.
Os serviços de transporte pri-
vado foram aprovados por 83% dos
turistas entrevistados, enquanto que
78% responderam positivamente so-
bre a limpeza das ruas e 71% para a
segurança pública. Ainda, a qualidade
dos estádios foi aprovada por 95% dos
visitantes. Algumas reclamações, no
entanto, foram em relação ao transpor-
te público e aos serviços de internet e
telefonia.
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Compartimentaçãoé avaliada pela oIEExpectativa é que Programa de Compartimentação da Avicultura brasileira seja aprovado até o final deste primeiro semestre
Capa
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25sindiavipar.com.br |
Compartimentaçãoé avaliada pela oIE
Capa
A avicultura mundial foi
pega de surpresa no começo des-
te ano com os casos de influenza
aviária em alguns países da Ásia,
principalmente a China. As notícias
repercutiram ao redor do globo,
impactaram a economia mundial
e apenas reforçaram uma certeza
bastante conhecida: a necessidade
de garantir ainda mais segurança
sanitária para a produção de carnes.
O temor foi de que os focos
iniciais de contaminação pudessem
repetir o caso que marcou a primei-
ra década deste século, quando o
continente asiático sofreu com uma
epidemia de influenza aviária, com
surtos na China, Vietnã, Camboja,
Malásia e Tailândia.
À época, a situação ocasio-
nou a morte de dezenas de pessoas,
prejuízos financeiros, sociais e fez
com que a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricul-
tura (FAO) e a Organização Interna-
cional de Saúde Animal (OIE) aler-
tassem para o perigo de uma crise
de proporções globais.
É justamente nesse senti-
do que o Brasil está se preparando
para ser uma referência mundial ,
com o Programa de Compartimen-
tação da Avicultura Brasileira, con-
siderado pelo setor como uma con-
quista histórica.
Pioneirismo “A proposta de comparti-
mentação da avicultura foi lançada
pela OIE em 2008. Brasil e Tailân-
dia se propuseram a criar projetos-
-piloto. Nosso país foi o primeiro
a concluir os trabalhos, nos fins de
dezembro passado”, afirma o dire-
tor de produção e técnico científi-
co da União Brasileira de Avicultura
(Ubabef), Ariel Antonio Mendes.
“O trabalho foi efetivamen-
te possível depois que a OIE concei-
tuou o programa como uma medida
de biossegurança”, explica o dire-
tor de Saúde Animal do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (Mapa) e presidente regional
da OIE, Guilherme Marques.
O Programa de Comparti-
mentação da Produção Avícola Bra-
sileira é uma das mais importantes
ações focadas no fortalecimento
sanitário da avicultura mundial dos
últimos anos, por isso sua impor-
tância histórica.
A ação foi idealizada pela
OIE e teve no setor avícola brasi-
leiro sua primeira iniciativa, sob
coordenação do Mapa e da Ubabef.
O programa de compartimentação
regulamenta normas de segurança
que deverão ser seguidas por toda
a indústria avícola.
As normatizações assumem
o caráter de uma espécie de “blin-
dagem” para o setor, funcionando
como uma medida de biosseguran-
ça adicional tomada com base em
regimes técnicos, evitando que
eventuais incidentes ou ocorrên-
cias de enfermidades possam se es-
palhar pelo país. O programa con-
siste na estruturação da produção
em compartimentos, que mapeiam
e isolam plantas e estruturas pro-
dutoras de granjas. “Compartimen-
to não é um conceito geográfico
e, sim, de etapas de produção da
empresa – avós, matrizes, pintos,
fábrica de ração, incubatório, aba-
tedouro”, reitera Mendes.
Com a divisão da produção
em compartimentos da produção,
a reação a eventos epidemiológi-
cos será mais rápida e de mais fá-
cil controle, reduzindo os impactos
econômicos gerados e dando maior
segurança sanitária à cadeia pro-
dutiva. Isso garante o status sani-
tário da produção avícola nacional ,
a f im de evitar interrupções no co-
mércio internacional do setor aví-
cola brasileiro.
“Não há nenhuma expecta-
tiva que a compartimentação ten-
da, por si só, a abrir novos merca-
dos, mas principalmente a manter
e consolidar os mercados já aber-
tos mesmo na ocorrência de algum
episódio de enfermidade no terri-
tório estadual ou nacional”, escla-
rece Marques.
O trabalho visa especial-
mente o combate a possíveis in-
fecções de influenza aviária e a
doença de Newcastle. Consequen-
temente, outros patógenos serão
mais facilmente controláveis por
meio desse sistema.
“a compartimentação é uma medida de
biossegurança adicional que reflete
o vanguardismo de nossa produção
avícolaDomingos Martins
26 | sindiavipar.com.br
Complementação Para o presidente do Sindica-
to das Indústrias de Produtos Avíco-
las do Estado do Paraná (Sindiavipar),
Domingos Martins, a compartimen-
tação da avicultura brasileira é um
desejo que existe “desde sempre”,
sendo um trabalho complementar à
regionalização e confirmatório da
excelência da produção de carne de
frango do Brasil.
“A compartimentação é uma
forma de cuidar da nossa casa. Uma
medida de biossegurança adicional
que reflete o vanguardismo de nossa
produção avícola. É como comparar
um carro com freio ABS a outro sem
essa tecnologia: os dois freiam, mas
você sabe que está muito mais segu-
ro em um carro com ABS”, pontua.
O programa de comparti-
mentação é necessário ao sistema de
regionalização porque um comple-
menta o outro. De acordo com a OIE,
apenas a regionalização não seria
suficiente para garantir a segurança
da avicultura nacional, entre outras
particularidades por conta das aves
migratórias. Por isso, o sistema de
compartimentação fará uso da base
já existente do programa de regiona-
lização, que também é governamen-
tal.
A estrutura, os treinamentos,
a capacitação técnica de mão de obra
e outros trabalhos já realizados po-
derão ser resgatados durante
a implantação do progra-
ma. Em suma, a compar-
timentação é um seguro
adicional para a avicul-
tura brasileira, capaz de
garantir uma estabilidade
econômica por muitos anos
a seguir.
“Quando falamos
em biossegurança, falamos
em investimento. Em estrutu-
ra física, inclusive. Isso tem um
custo, obviamente. Mas é preciso
entender que esse custo é de
fato um investimento, que
pode, inclusive, propor-
cionar um futuro es-
tável para as empre-
sas”, reforça o diretor
de produção e técnico científico da
Ubabef.
Desenvolvimento O relatório final de implan-
tação do programa foi entregue ao
diretor-geral da OIE, Bernard Vallat,
em Foz do Iguaçu (PR), em dezembro
do ano passado.
“O processo funciona por
etapas. E agora nós acabamos de su-
perar a etapa de finalização do proje-
to. O resultado foi um estudo muito
claro, técnico e didático, chancelado
pela OIE. A instituição apenas solici-
tou algumas informações adicionais,
o que é bastante natural que aconte-
27sindiavipar.com.br |
a próxima etapa é estabelecer uma
Instrução Normativa que determinará as
regras do jogo de uma forma muito
transparenteguilherme Marques
Capa
ça”, afirma o diretor de Saúde Animal
do Mapa e presidente regional da OIE,
Guilherme Marques. A expectativa é
que compartimentação seja aprovada
pela OIE até o final do primeiro se-
mestre de 2014.
“A próxima etapa é estabele-
cer uma Instrução Normativa (IN) que
determinará as regras do jogo de uma
forma muito transparente junto ao
setor privado brasileiro e que desen-
cadeará as ações em nível de campo
para dar início à aplicação de fato, por
parte da indústria, do que está preco-
nizado no projeto de compartimenta-
ção”, reforça Marques.
A opinião é compartilhada
por Ariel Antonio Mendes, da Ubabef.
“Esperamos que, uma vez que a IN
seja publicada, haja plena adesão por
parte de toda a cadeia produtiva, es-
pecialmente a exportadora”, diz. Para
as indústrias, as principais mudanças
serão sentidas na necessidade de me-
lhorar cada vez mais os processos de
auditoria, demonstrando os proce-
dimentos realizados que garantam a
plena execução do programa de com-
partimentação.
“Será mais sensível um maior
controle sobre a biosseguridade, dan-
do a empresa total segurança sobre
o processo produtivo. O controle se
dá com base na identificação e acom-
panhamento dos fatores de risco em
cada etapa da produção. No caso de
pintos, por exemplo, leva-se em conta
sua origem, a ração, vacinas, medica-
mentos, água, instalações, cama avi-
ária e transporte para o abatedouro”
reforça Mendes.
Embora o programa tenha
sido desenvolvido especificamente
para a avicultura, seu pioneirismo já
está sendo compartilhado para ou-
tros âmbitos do agronegócio. “O pro-
jeto é de compartimentação da avi-
cultura, com bases e conhecimento
técnico voltado estritamente para o
setor. Entretanto, existe a possibili-
dade de expandi-lo, também, para o
setor de suínos e gado de leite. Em
Santa Catarina, por exemplo, já estão
trabalhando com esse objetivo, em
suínos”, conta Mendes.
Dessa forma, o Programa de
Compartimentação da Avicultura Bra-
sileira é mais uma prova da qualidade
produtiva da avicultura nacional, que
entra para a história enquanto pro-
grama e faz história como garantia da
qualidade produtiva de alimentos do
Brasil para o mundo.
27sindiavipar.com.br |
28 | sindiavipar.com.br
Fiep
O mínimo regional no Paraná va-
ria entre R$ 882 e R$ 1.018, o maior do
país. Agora, o governo do estado es-
tuda um novo reajuste, que pode
deixar o mínimo regional até
40,6% maior que o mínimo na-
cional, que é R$ 724.
Representantes do se-
tor produtivo – Federação das
Indústrias do Paraná (Fiep),
Federação da Agricultura
do Estado do Pa-
raná (Faep) e Federa-
ção do Comércio do Paraná (Feco-
mércio) – querem manter a discussão
do possível reajuste sobre indicadores
técnicos do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), Instituto Paranaense de Desen-
volvimento Econômico e Social (Ipardes) e
do setor produtivo, que levem em conta a
produtividade.
Além do estado do Paraná, ape-
nas São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina possuem salários
mínimos próprios – e com valores bastan-
te inferiores aos pagos no Paraná. Enquan-
to a indústria paranaense paga um piso de
R$ 949, em São Paulo – principal polo in-
dustrial do país – o valor pago é de R$ 765.
Há algumas questões que preo-
cupam os industriais quando se discute a
adoção do mínimo regional em negocia-
ções. “O mercado funciona bem quando é
autorregulável. Quando há um instrumen-
to regulador, criado para estipular padrões
rígidos e pouco flexíveis, há distorções e
prejuízos para toda a sociedade”, lembra o
empresário Carlos Walter, coordenador do
Conselho Temático de Relações do Traba-
lho da Fiep e representante da Federação
das Indústrias na comissão tripartite, que
discute o reajuste do mínimo. “O salário
é um dos custos que mais têm se eleva-
do. Nos dois últimos anos, nosso mínimo
sofreu aumento real acima de 10%, sem
considerar o INPC. O mercado não conse-
gue absorver esse custo”, avalia o empre-
sário, preocupado.
O economista da Federação
das Indústrias do Paraná (Fiep), Mauri-
lio Schmitt, completa o raciocínio, lem-
brando que na economia, para cada ação,
há uma reação em cadeia. “Se a carga tri-
butária, os elevados custos de infraestru-
tura e logística, a baixa qualificação da
mão de obra e os juros reais acima dos pa-
drões universais não tivessem sido trans-
feridos para a indústria, o setor comporta-
ria aumentos de salário acima dos ganhos
de produtividade. Nesta visão em cadeia,
os reflexos mais graves são percebidos na
perda de competitividade da indústria e
no aumento da inflação”, conclui Schmitt.
LegislaçãoA lei 17.135, de 01/05/2012, de-
fine em seu artigo quarto que a política
de valorização dos pisos salariais a se-
rem fixados a partir de 2014 será objeto
de negociação tripartite entre as centrais
sindicais, federações patronais, com a par-
ticipação do governo do Estado e acompa-
nhamento do Ministério Público do Traba-
lho e Superintendência Regional do MTE.
O parágrafo único do mesmo
artigo diz que a atualização deverá ser
subsidiada por estudos técnicos do Ob-
servatório do Trabalho em proposta a
ser encaminhada ao Conselho Estadual
do Trabalho.
Mínimo regional do ParanáAumento de custo sem melhorar produtividade
28 | sindiavipar.com.br
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30 | sindiavipar.com.br
Avicultura em 2014
Ubabef
Mesmo com ligeira queda no vo-
lume das exportações, a avicultura bra-
sileira manteve seu papel determinante
no resultado das exportações do agro-
negócio brasileiro, com 8,6% dos US$
99,97 bilhões divulgados pelo Ministé-
rio da Agricultura.
Os números divulgados pela
União Brasileira de Avicultura (Ubabef)
indicam que houve perda de 1,5% em
relação a 2012 no volume das expor-
tações totais do setor (carne de frango,
peru, patos e marrecos, ovos, material
genético, pintos e ovos férteis), que
totalizaram 4,07 milhões de toneladas
em 2013.
A receita, no entanto, obteve
uma alta de 2,3%, atingindo US$ 8,55
bilhões. O bom desempenho dos embar-
ques de carne de frango e material ge-
nético garantiu o resultado positivo das
receitas de exportações.
A produção de carne de frango,
que totalizou, em 2013, 12,3 milhões de
toneladas, teve queda de 2,6% em rela-
ção ao mesmo período do ano anterior,
sendo que dois terços da produção (cer-
ca de 8,4 milhões) foram destinados ao
mercado interno. Um consumo per capi-
ta de quase 42 quilos por habitante em
2013 - a proteína animal mais consumida
no país.
Os embarques de carne de fran-
go totalizaram 3,89 milhões de tonela-
das em 2013, com uma queda de 0,7%
em relação ao ano passado. Já na receita,
houve crescimento de 3,4%, com US$
7,97 bilhões.
Se em 2013 houve queda em
diversos segmentos da avicultura, para
2014 são esperados bons resultados na
produção e exportações.
Para carne de frango, por exem-
plo, cálculos da Ubabef preveem um
crescimento entre 3% e 4%, com volu-
me próximo a 12,7 milhões de toneladas
– o que é considerado adequado à de-
manda do mercado em 2014.
Com relação às exportações,
espera-se para o próximo ano um cres-
cimento entre 2% e 2,5% sobre os volu-
mes embarcados de 2013, pois acredita-
mos na retomada das exportações para
a China nos padrões de 2012, com o re-
torno da habilitação de mais três plantas,
totalizando 24 unidades exportadoras
para o mercado chinês.
Acreditamos que se houver to-
tal empenho do Governo na agilização
da abertura de mercados importantes,
como Paquistão, Mianmar e Nigéria, e na
negociação da redução de tarifas para a
Índia, o crescimento das exportações po-
derá chegar a 5% em 2014.
Entre as ações planejadas
para ampliar as exportações, também
constam iniciativas em parceria com a
Agência Brasileira de Promoção de Ex-
portações e Investimentos (Apex-Brasil)
e ações planejadas durante a Copa do
Mundo. Continuaremos a trabalhar para
o fortalecimento da marca Brazilian Chi-
cken em mercados estratégicos como o
Japão, assim como em feiras internacio-
nais, sempre com o objetivo de fomentar
novos negócios.
O segmento de ovos deve cres-
cer cerca de 8%, com a produção de 37
bilhões de unidades em 2014, e espera-
-se superar os níveis de 2012 nas expor-
tações com o reestabelecimento dos
embarques para Angola. Também há
expectativa com relação à abertura do
mercado europeu após a conclusão do
PNCRC do setor de postura.
A expectativa para este ano é
positiva, principalmente porque estudos
da Embratur relativos à Copa do Mundo
Fifa Brasil 2014 indicam a vinda de mais
de 500 mil turistas estrangeiros, que te-
rão gastos diversos, especialmente em
hotelaria e alimentação. Neste cenário, a
carne de frango deverá ser beneficiada.
Essa perspectiva aponta que o
mercado externo terá que disputar com
o mercado nacional. O importante é que
continuaremos o trabalho para que o
frango brasileiro se mantenha no topo
do ranking mundial.
32 | sindiavipar.com.br
Se o poeta Carlos Drummond de
Andrade tivesse sido empresário rural,
no caminho haveria muito mais que uma
simples pedra. A falta de opções para es-
coar a produção, além dos buracos, bu-
rocracias e os constantes congestiona-
mentos e atrasos nas estradas e portos
do Brasil configuraram-se como o princi-
pal gargalo do agronegócio nacional.
E com as projeções que estimam
produções recordes para 2014, um dos
motores do crescimento brasileiro pare-
ce estar prestes a ser forçado a pisar no
freio: quanto mais o setor cresce, mais
dificuldades enfrenta.
“Do final do governo militar
ao começo dos anos 2000, a priorida-
de dos governantes foi a estabilização
da economia brasileira para controlar
a inflação, e consequentemente houve
pouco investimento em infraestrutura
logística. Atualmente pagamos o pre-
ço dessa herança”, analisa o doutor em
Logística pela Universidade Laval, do
Canadá, e coordenador do curso de MBA
de Gerência de Sistemas Logísticos da
Universidade Federal do Paraná (UFPR),
José Eduardo Pécora Junior.
De acordo com dados do pró-
prio Ministério dos Transportes, o Brasil
é país que menos investe em infraestru-
tura entre os integrantes do Bric, com
um patamar inferior a 1% do Produto
Interno Bruto (PIB), contra uma média
de 4% a 6% de Rússia, Índia e China: na-
ções que, assim como a nossa, também
apresentam dimensão continental.
Outro problema latente é a
dependência brasileira da malha rodo-
viária, que, além de ser um dos meios
mais caro de transporte, muitas vezes
também se apresenta mal conservada
ou congestionada. Cerca de 60% do que
é produzido no país precisa enfrentar as
rodovias federais ou estaduais para che-
gar ao seu destino.
Em seguida, a ferrovia repre-
senta apenas 25% da matriz de trans-
portes brasileira, e a aquavia meros
13%. O restante é transportado via du-
toviários ou por vias aéreas. “Tudo isso
resulta no que costumamos de chamar
de Custo Brasil. O que é o Custo Brasil?
É o custo da nossa ineficiência nos trans-
portes. A soja brasileira sai mais cara da-
qui, portanto menos competitiva”, pon-
tua Pécora Junior.
A analogia tem razão de ser:
o custo logístico do Brasil equivale a
quase 20% do PIB, enquanto países eu-
ropeus e da América do Norte estão na
faixa de 10% a 12%. Dentro desses nú-
meros, 30% são resultantes dos gastos
com transportes, ou R$ 250 bilhões por
ano. Valores que acabam sendo repas-
sados para o consumidor final por meio
dos preços dos produtos.
“O Brasil tem, por exemplo, um
potencial hidroviário muito grande, o
que pode resultar numa queda de cus-
to astronômica”, reforça Pécora Junior.
O investimento em novos corredores
de transporte é importante não apenas
para o aumento da capacidade compe-
titiva do país, como também de sua ma-
triz sustentável.
Fora os custos mais baratos, os
transportes ferroviários e hidroviários
têm menor emissão de gases poluentes
na atmosfera, assim como maior efici-
ência energética: é um frete vantajoso
para todas as partes.
Carga pesadaCusto do gargalo logístico brasileiro é um dos principais desafios do agronegócio para 2014
33sindiavipar.com.br |
Logística
Soluções Diante desse cenário que fica
na fila de espera, o Plano Nacional de
Logística Integrada (PNLI) tem potencial
para ser a luz no fim do túnel de que o
país tanto precisa. “O Plano Nacional de
Logística Integrada é um planejamento
muito bom. E um de seus grandes méri-
tos é que pretende balancear a matriz de
transporte do país, ou seja, tornar o Brasil
menos dependente de sua malha rodovi-
ária”, explica o professor doutor da UFPR.
Atualmente com parte dos in-
vestimentos dentro do escopo do Progra-
ma de Aceleração do Crescimento (PAC),
o PNLI é uma proposta que por sua vez re-
úne dois planos já existentes: o Plano Na-
cional de Logística de Transportes (PNLT),
em desenvolvimento pelo Ministério dos
Transportes desde 2006, e o Plano Nacio-
nal de Logística Portuária (PNLP).
O objetivo principal é a siste-
matização dos investimentos em portos,
rodovias, ferrovias e hidrovias até 2030
com base em um estudo que investigou
necessidades dos 110 principais produtos
da economia brasileira, representantes de
90% da produção de riqueza do país.
Para isso, o PNLI segue três
principais estratégias: a superação
dos limites estruturais da infraes-
trutura de transportes, o aumento de
sua cobertura geográfica e a certifi-
cação de que a aplicação dos
esforços resulte numa catalisação do de-
senvolvimento nacional. Fatores que são
fundamentados em dois princípios bas-
tante claros: o resgate do planejamento
e dos investimentos.
O plano ainda configura-se
como uma solução para o Estado brasi-
leiro, e não de governo. Isto é: deverá
continuar a ser seguido independente do
governante que esteja no poder ou de in-
teresses partidários.
O grande entrave é que muitas
das ações constantes nos planos e que
farão os transportes brasileiros voltarem
aos trilhos ainda nem saíram do papel,
demoram em engatar a marcha ou sim-
plesmente foram excluídas. A evidente
demora fez com que o governo federal
lançasse em 2012 o Programa de Inves-
timento em Logística (PIL), com foco nas
concessões da infraestrutura pública à
iniciativa privada.
Em parceria com o empresaria-
do, a meta é acelerar grandes projetos,
como os onze mil quilômetros propos-
tos para o aumento da malha ferroviária
brasileira e a implantação do trem de alta
velocidade (TAV) que deverá ligar Campi-
nas, Rio de Janeiro e São Paulo.
Para efeito de análise, no entan-
to, o PIL já exclui projetos constantes no
próprio PNLT, como o TAV que ligaria Curi-
tiba a São Paulo e trechos referentes a
outras cidades. Pécora Junior afirma que
os projetos são bons para tornar o Brasil
competitivo em um espaço de tempo de
10 a 15 anos, mas reitera que “é extre-
mamente necessário que a execução seja
feita com o rigor com o qual os planos fo-
ram concebidos”.
Já a visão defendida pela Asso-
ciação Brasileira de Logística (Abralog)
desenha um horizonte menos otimista.
“Parece que temos uma linha de ataque
aos problemas, mas a estratégia não está
bem clara. Entendemos que falta um ali-
nhamento e priorização das ações. Veja
que os processos de concessão que já fo-
ram prometidos há mais de um ano ainda
não se efetivaram”, afirma o vice-presi-
dente de marketing da
instituição e professor
da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), Edson
Carillo.
34 | sindiavipar.com.br
cUSto BraSIL Malha rodoviária, um dos meios mais caros de transporte, é predominante no país
os portos do Paraná Principais destinos para o
escoamento de cargas do estado,
os portos de Paranaguá e Antonina
receberam R$ 193 milhões de in-
vestimentos em obras e projetos em
2013 e contam com mais R$ 54,2
milhões atualmente em processo
licitatório, cifras que representam,
segundo a Administração dos Portos
de Paranaguá e Antonina (Appa) “os
maiores [investimentos] da história
dos portos paranaenses e dão aos
terminais condições de alcançar a
excelência em gestão e nível de ser-
viço adequado para oferecer a todos
os usuários”.
O montante é de fato o maior
gasto em um único ano nos portos do
estado, mas está 38% abaixo dos
previsto pela própria Appa, na or-
dem de R$ 400 milhões em investi-
mentos. O principal motivo para o
atraso foi a mudança das regras nos
funcionamentos dos portos públicos
pelo governo federal.
Com a nova Lei dos Portos,
que passou a viger desde maio do
último ano, o maior projeto previsto
para os portos paranaenses, a draga-
gem de aprofundamento do Canal da
Galheta, orçada em R$ 146 milhões,
ficou parado na fila de projetos da
Secretaria Especial de Portos (SEP)
do Ministério dos Transportes.
“Infelizmente não podemos
nos enganar. As ações - ou falta de-
las - não contribuem para uma visão
positiva para os próximos anos, pelo
contrário, com a possibilidade de ex-
pansão da economia, a tendência é
de ainda ficar pior para os próximos
anos”, reitera Carillo.
Nessa linha de raciocínio, e
a julgar pelo crescimento da indús-
tria avícola de 2013 e as expectati-
vas de 2014, assim como para outros
setores do agronegócio brasileiro,
será preciso vencer muito mais que
uma simples pedra no caminho para
manter o embalo.
36 | sindiavipar.com.br
A Central Frimesa, sediada em
Medianeira (Oeste do Paraná), encer-
rou o ano de 2013 colocando mais de
240 produtos industrializados no vare-
jo. É a carne de porco e seus derivados,
como apresuntados, defumados, fatia-
dos e empanados, e também leite em
pó, leite condensado, doce de leite e
creme de leite, entre outros.
Quem olha para a empresa, com
sua vocação para suínos e laticínios,
pode não imaginar que a companhia é
formada por cooperativas notórias em
outro ramo: a avicultura. Com exceção
da Primato, todas as outras (Copacol,
Copagril, C.Vale e Lar) têm tradição no
abatimento de aves, embora também
trabalhem em outros setores.
O caso da Frimesa é um exem-
plo a ser seguido, segundo especialis-
tas, por outras empresas que desejam
se industrializar. “As cooperativas têm
atuação na avicultura, mas nenhuma
possui grandes fábricas de leite e su-
ínos. Juntas, elas ganharam escala e
fortaleceram a marca”, avalia o gerente
técnico da Organização das Cooperati-
vas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra.
A prioridade da empresa em
beneficiar a matéria-prima antes de
entregar ao consumidor é traduzida em
números. Os 240 alimentos industria-
lizados representam 65% da linha de
produtos, que conta com mais de 370
itens. “O nosso foco é dar valor agre-
gado onde for possível. Nem tudo que
vem de um porco, por exemplo, pode
ser industrializado, mas esta é a base
do nosso crescimento”, conta o diretor
presidente da Frimesa, Valter Vanzella.
Por onde crescerAs cooperativas paranaenses,
segundo a Ocepar, investiram R$ 2,1
bilhões em 2013, mais de R$ 800 mi-
lhões do que no ano anterior. Do vo-
lume total, 55% foram colocados em
agroindustrialização (o restante dos
recursos foi para armazenagem). Para
2014, a projeção é que o valor se man-
tenha estável ou tenha leve aumento.
“Temos visto que a tendência
deste ano é que haja mais investimen-
to em unidades armazenadoras e em
logística, mas a industrialização deve
continuar a ser impulsionada”, aponta
Turra. Para o gerente técnico, o merca-
do sinaliza que produtos elaborados
no ramo alimentício, de origem ani-
mal, ainda têm grande espaço para se
expandir.
“Os consumidores têm deman-
dado tudo o que é lançado de novida-
des em produtos processados. A chave
é facilitar a vida de quem compra”, re-
comenda o gerente técnico. No caso da
avicultura, devem levar vantagem os
produtores que passarem a entregar o
frango já desossado e temperado, por
exemplo.
O mercado interno deve absor-
ver a maior fatia dos produtos proces-
sados. De acordo com Turra, cooperati-
vas que se especializam em exportação
para clientes como a China, que compra
quase tudo em matéria-prima, ainda
devem passar as próximas décadas
tendo as commodities como base dos
negócios. Caso contrário, segundo ele,
a concorrência deve acabar forçando
os produtores a se industrializar para
manter a competitividade.
os novos passos daagroindústriaInteresse em agregar valor à matéria prima representa boa promessa de crescimento
Mercado
37sindiavipar.com.br |
Agroindústria familiarAs regiões Oeste e Sudoeste
do Paraná, além da Região Metropo-
litana de Curitiba (RMC), têm forte
tradição na produção de frutas e hor-
taliças. Embora cada vez mais agricul-
tores optem por entregar um item já
beneficiado à mesa do consumidor, o
processo de aprimoramento é lento.
“Não se transforma um produ-
tor de matéria prima em industrial do
dia para a noite. O Estado está incen-
tivando devagarinho o crescimento do
setor”, explica o coordenador do Pro-
jeto Agroindústria Familiar do Paraná,
do Instituto Paranaense de Assistên-
cia Técnica e Extensão Rural (Emater-
-PR), João Nishi de Souza.
De acordo com Nishi, muitos
dos pequenos agricultores ainda en-
caram o beneficiamento apenas como
uma renda adicional, feita a partir dos
excedentes das safras. Boa parte das
geleias, queijos, conservas, pães, io-
gurtes e bolos, entre outros gêneros,
ainda são feitos apenas para evitar
perdas e dar sobrevida aos produtos.
Mas essa mentalidade tende
a mudar, segundo o técnico. “Itens or-
gânicos e coloniais são exemplos de
um setor que tem uma potencialidade
fantástica para crescer no comércio.
Mercado não é problema. Se produ-
zir, vai ter quem comprar”, garante.
No início de 2014, a Emater informou
prestar assistência a 1,3 mil pequenas
agroindústrias de estrutura familiar.
Há 15 anos, o governo do es-
tado organiza a Feira Sabores do Pa-
raná. No último ano, mais de 160 ex-
positores foram ao Centro de Eventos
do Parque Barigui, na capital, mostrar
frutos da pequena agroindústria pa-
ranaense. “Só na região de Curitiba,
por exemplo, são mais de 3 milhões
de consumidores. É uma demanda
ávida pelas novidades do segmento”,
aponta Nishi.
38 | sindiavipar.com.br
O Brasil é o maior exportador
mundial de frango Halal, produzido con-
forme os princípios do Islã, mas ainda
deixa a desejar no atendimento da pró-
pria demanda interna. Com vistas para
mudar essa realidade, a Agroqualitá pre-
para para breve a realização do workshop
Oportunidades do Mercado Halal.
“Estamos falando de um merca-
do que gira em torno de 1 milhão de con-
sumidores em potencial: esse é o número
de muçulmanos que vivem no país e não
encontram opções no mercado da carne
de frango para consumir”, explica a dire-
tora da empresa e responsável pela orga-
nização do evento, Dione Kamila Francis-
co.
Ela enfatiza ainda a pluralidade
multiétnica do Brasil, característica que
ajuda a compreender a importância do
respeito às religiões de outras culturas.
“Temos uma possibilidade de atendimen-
to ao Halal como poucos países têm, já
que nossa pluralidade nos permite en-
tender melhor a seriedade com o qual os
produtos Halal devem ser produzidos”,
explica.
O evento tem o objetivo de es-
treitar o relacionamento entre as empre-
sas produtoras e as certificadoras islâmi-
cas, que fiscalizam e supervisionam os
produtos destinados aos consumidores
muçulmanos. “Será um ponto de encon-
tro entre todos os interessados nos be-
nefícios que essa demanda pode trazer”,
pontua Dione. Atualmente, a Arábia Sau-
dita é a maior compradora da produção
de carne de frango brasileira, o que indica
a expertise do país na produção do frango
Halal.
De acordo com Dione, quando
o consumidor muçulmano no Brasil vai
ao mercado fazer compras, não encon-
tra nas embalagens das carnes nenhuma
identificação que especifique se aquele
frango foi produzido conforme as deter-
minações do Halal. “Muitos muçulmanos
procuram desesperadamente as certifica-
doras islâmicas para saber se tem algum
jeito de saber quais frangos são Halal ou
não”, afirma Dione.
De acordo com informações da
Central Islâmica Brasileira de Alimentos
Halal (Cibal Halal), a empresa recebe o
conceito Halal ao comprovar que abate
os animais com humanismo e respeito
segundo a Sharia, em um sistema que
conversa com as evoluções de instâncias
regulatórias, como a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) para proporcionar segurança ali-
mentar aos compradores dos alimentos.
o abate Halal Segundo a Cibal Halal, o abate
de animais pela lei islâmica deve ser feito
de forma rápida para que o animal não so-
fra. A entidade afirma haver provas cien-
tíficas de que com a degola do sistema
Halal o sangue do animal não chega ao
cérebro, o que causa a morte instantânea
e elimina a liberação de toxinas que pos-
Um milhão de oportunidadesBrasil é especialista na exportação Halal, mas peca no atendimento à demanda interna
negócios
sam contaminar a carne.
A área de abate de uma planta
que produz frangos ou bovinos deve es-
tar voltada para a cidade de Meca, na Ará-
bia Saudita, considerada sagrada pelos
muçulmanos. O responsável pelo abate,
chamado degolador ou sangrador, deve
necessariamente ser muçulmano.
A frase “Bismillah Allahu Akbar”,
que significa “Em nome de Deus, Deus
é maior”, tem de ser invocada imediata-
mente antes do abate. O corte deve ser
feito no formato de meia-lua para atin-
gir traqueia, esôfago, as artérias e a veia
jugular com o intuito de garantir a morte
rápida e indolor e o sangramento do ani-
mal deve ser espontâneo e completo. No
caso da produção avícola, a ave abatida
somente poderá passar para o processo
de escaldagem após confirmação da mor-
te pelo abate ‘Halal’.
As linhas de processamento
dos produtos Halal também devem ser
exclusivas, assim como as câmaras frias
para armazenamento do frango e o seu
transporte em contêineres separados.
Tudo isso para atender a regra que está
no Alcorão, o livro sagrado do Islã, que
diz: “Estão-vos vedado: a carniça, o san-
gue, a carne de suíno e tudo o que tenha
sido sacrificado com a invocação de outro
nome que não seja Deus”.
Um milhão de oportunidades
negócios
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Uma das maiores companhias
de alimentos do mundo, a BRF é igual-
mente grande na seriedade com que
trata a sustentabilidade: a empresa foi
classificada como uma das 100 mais
sustentáveis do mundo no ranking
Global 100 Most Sustainable Corpora-
tions in the World, da Corporate Kni-
ght, durante o último Fórum Econômi-
co Mundial, realizado em janeiro em
Davos, na Suíça.
Além disso, a companhia tam-
bém é listada no Índice de Sustenta-
bilidade (ISE) da BM&FBovespa, no
Emerging Markets do Dow Jones Sus-
tainability Index e no Global Com-
pact 100 Index do Pacto Global da
Organizações das Nações Unidas
(ONU). Conquistas que estão lon-
ge de serem meras coincidências.
“A BRF acredita que,
mais do que preservar o
meio ambiente ou ge-
rar empregos, deve
atuar de forma dife-
renciada no merca-
do e trabalhar dia-
riamente com base
em um conjunto de
diretrizes, práticas
e ações que visem a
resultados simultâ-
neos nos aspectos
econômico -f inan-
ceiros, ambientais
e sociais”, afirma a
gerente executiva de
sustentabilidade da
BRF, Luciana Ueda.
A compa-
nhia é proprietária
de marcas como Ba-
tavo, Elegê, Perdigão, Qualy, Sadia,
emprega cerca de 120 mil pessoas,
conta com 60 fábricas, mais de 3,3 mil
produtos no portfólio e exporta para
mais de 120 países. No Paraná, a BRF
tem quatro abatedouros avícolas, res-
ponsáveis por um dos maiores volu-
mes de produção de carne de frango
da empresa.
O Paraná é considerado um
estado muito importante para os ne-
gócios da BRF. A parceria da empresa
com os integrados tem gerado riqueza
no campo e na cidade, além de contri-
buir para a qualidade de vida de seus
colaboradores diretos e indiretos, de
modo sustentável.
Na questão avícola, a empre-
sa conta com práticas que visam à re-
dução de impactos no meio ambiente
e ao bem-estar animal. O manejo am-
bientalmente responsável dos resídu-
os gerados no processo da criação dos
animais é enquadrado dentro de um
programa da companhia voltado espe-
cificamente para logística reversa de
resíduos e descartes de produtos de
serviço animal.
A companhia ainda realiza in-
vestimentos em tecnologia para apri-
morar o bem-estar animal. Um exemplo
é a construção de aviários no modelo
Dark House, o que possibilita aumento
do número de aves criadas, redução do
tempo de engorda, a melhora do bem-
-estar animal propriamente dita e re-
dução nas emissões de gases de efeito
estufa nas camas aviárias.
Uma gigante verdeBRF é referência mundial em sustentabilidade
Associados
41sindiavipar.com.br |
Quais práticas a empresa têm adotado em prol da sustentabilidade?
A BRF desenvolve programas
e iniciativas com metas e indicadores
a serem alcançadas em seu plano es-
tratégico. A companhia assumiu, por
exemplo, o compromisso voluntário de
reduzir em 10% a intensidade das emis-
sões (escopo 1) de Gases de Efeito Estu-
fa até 2015, e, conta com um Programa
de Mudanças Climáticas que contempla
a elaboração de inventário de emissões
(escopo 1 e 2) verificado por terceira
parte e iniciativas que visam à redução
e mitigação de emissões da BRF.
A empresa também tem o ob-
jetivo de buscar uma matriz energéti-
ca cada vez mais renovável. Em 2011 a
companhia criou o Programa de Exce-
lência Energética que tem em seu esco-
po o planejamento de gestão da energia
de curto e longo prazo, a condução da
execução dos planos de melhoria contí-
nua de cada unidade, o monitoramento
dos resultados e aperfeiçoamento do
sistema de gestão de energia. Atual-
mente 97% da energia direta da BRF é
de origem renovável.
A companhia devolve para o
meio ambiente, com qualidade igual e/
ou superior, mais de 90% dos 61 mi-
lhões de m³ de água captados anual-
mente.
A BRF também desenvolve
ações junto aos seus fornecedores de
forma a reforçar o pilar “Alavancar a
sustentabilidade na cadeia de valor”.
Por meio do Programa de Monitoramen-
to da Cadeia, a BRF seleciona seus for-
necedores com base em critérios sociais
e ambientais e consulta regularmente à
lista suja do trabalho escravo e à lista de
áreas embargadas pelo Ibama.
A companhia possui diretrizes
específicas para gestão de resíduos em
suas unidades produtivas. Atualmente,
essas diretrizes estão implantadas em
100% das unidades de carnes e serão
estendidas para as unidades de lácteos.
A meta é reduzir em 2% (peso) o total de
resíduos gerados.
Além disso, os fornecedores
são submetidos a questionários de au-
toavaliação e recebem o Código de Con-
duta para Fornecedores BRF, cujo maior
objetivo é reafirmar o compromisso com
a gestão responsável e a sustentabili-
dade, incluindo comportamento ético,
temas socioambientais relevantes e pa-
drões mínimos a serem seguidos.
Como conciliar tais práticas com as necessidades financeiras da companhia?
Embora ainda exista certa difi-
culdade para tangibilizar os resultados
do ponto de vista financeiro, é crescente
o número de demandas de públicos es-
tratégicos para o negócio da companhia
(investidores e clientes do mercado in-
terno e externo, por exemplo) com rela-
ção a temas relacionados à sustentabili-
dade, tais como adaptação às mudanças
climáticas, uso de água e gestão da ca-
deia de fornecedores, por exemplo.
A integração da sustentabili-
dade com a estratégia da companhia
tem forte papel no desenvolvimento
de um programa de gestão de riscos
cada vez mais robusto e que permeie
toda a cadeia de valor da companhia,
minimizando os impactos da mesma
com relação à comunidade e ao meio
ambiente e, reduzindo o risco de ima-
gem e reputação da BRF.
Quais medidas uma pequena ou média empresa pode começar a adotar para tornar-se mais sustentável?
O primeiro passo é identificar
os impactos que o negócio pode gerar
ao meio ambiente e/ou à comunidade
onde está localizado. Mais do que prá-
ticas sustentáveis pontuais, a empresa
deve buscar inserir o tema sustentabi-
lidade como parte da estratégia de seu
negócio, de forma que permeie todas
as áreas do mesmo.
Com uma gestão para susten-
tabilidade estruturada de forma trans-
versal à empresa, é possível identificar
pontos de melhoria, elaborar planos
de ação efetivos e criar uma cultu-
ra para sustentabilidade intrínseca a
todo negócio.
Entrevista com Luciana Ueda, gerente executiva de sustentabilidade da brF
Associados
A sede da União Brasileira de Avi-
cultura (Ubabef), em São Paulo, foi palco
de um encontro entre o diretor de Produ-
ção e Técnico-Científico da Ubabef, Ariel
Antônio Mendes, o presidente da Câmara
de Sustentabilidade e Relações Laborais
da entidade, Ricardo Gouvêa, uma equipe
do Serviço Social da Indústria (Sesi) e, ain-
da, representantes de frigoríficos, das áre-
as de recursos humanos, segurança, saúde
e qualidade de vida do trabalhador.
No encontro, que ocorreu no dia
21 de janeiro, a equipe do Sesi apresentou
uma proposta da entidade com diagnósti-
cos sobre o trabalho dentro da indústria
frigorífica, que abrange toda a área de se-
gurança, saúde do trabalho, qualidade de
vida, ergonomia e fatores psicossociais.
O programa de gerenciamento
contempla serviços e sugestões de pro-
gramas baseados na Norma Regulamen-
tadora 36, publicada pelo Ministério do
Trabalho em abril de 2013, com o objetivo
de estabelecer requisitos para a avalia-
ção, controle e monitoramento dos riscos
existentes nas atividades desenvolvidas
na indústria de abate e processamento de
carnes e derivados.
“Tudo começou com as discus-
sões nacionais para a criação da NR36.
A Ubabef e o Sistema Indústria CNI- Sesi
participaram ativamente do processo e
viu surgir a demanda por serviços técni-
cos capazes de responder aos desafios
do setor frigorífico. O programa de ge-
renciamento da NR36 é resultante do
encontro ocorrido com criação da Norma
Regulamentadora 36 – Segurança e Saú-
de no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados”
explica Ademir Vicente da Silva, gerente
de Qualidade de Vida do SESI do Paraná.
O programa é uma síntese das
principais medidas listadas nos 16 requi-
sitos na NR36, que integra-se com outras
normas já existentes, como NR07, NR09,
NR12, NR15, NR17, NR33 e NR35.
O programa de gerenciamento é
uma tentativa de transformar as propos-
tas da NR36 em realidade, para melhorar
a qualidade de vida dos trabalhadores
e a busca pela prevenção e redução dos
acidentes durante o trabalho e doenças
ocupacionais. Ele é dividido em dois eixos
estratégicos, de acordo com Vicente, um
voltado para o estilo de vida do trabalha-
dor e outro para o ambiente de trabalho.
O primeiro eixo consiste em ava-
liar o estilo de vida do trabalhador, como a
prática de atividades físicas, alimentação
saudável, doenças crônicas, aspectos psi-
cossociais, entre outros. Já o segundo tem
foco especialmente no ambiente empre-
sarial, e para isso a ferramenta utilizada é
o checklist NR36, uma forma encontrada
para avaliar se a empresa preenche os re-
quisitos da Norma Regulamentadora.
“Com isto, a empresa terá infor-
Proposta do Sesi busca aumentar saúde e qualidade de vida
Segurança nos frigoríficos
Saúde do trabalhador
43sindiavipar.com.br |
mações suficientes para planejamento
de ações de mitigação dos riscos no am-
biente de trabalho e ações de melhoria da
qualidade de vida do trabalhador. É pre-
ciso destacar que as empresas do setor já
possuem muitas ações de segurança, saú-
de e qualidade de vida, mas a NR36 traz
como principal desafio aos nossos empre-
sários realizar a gestão integrada em SST,
ergonomia e meio ambiente” completa o
gerente.
A base conceitual utilizada para
o programa é o “Ambientes de trabalho
saudáveis: Um modelo para ação”, na qual
a Organização Mundial da Saúde (OMS) ex-
põe uma proposta de ação abrangente que
contempla quatro pilares: ambiente físico
do trabalho, recursos para a saúde pessoal,
envolvimento da empresa na comunidade
e ambiente psicossocial do trabalho.
A metodologia de trabalho pro-
posta busca principalmente a prevenção
e tem caráter interdisciplinar, envolvendo
questões de cunho comportamental, de
saúde ocupacional, de ergonomia apli-
cada e do controle e monitoramento do
meio ambiente de trabalho pela seguran-
ça no trabalho.
Colocando em prática As mudanças propostas pelo
programa de gerenciamento serão im-
plantadas por meio da adoção de medidas
que objetivam a prevenção e a redução de
acidentes no trabalho, com a adequação e
organização dos postos de trabalho, ado-
ção de pausas, gerenciamento de riscos,
sugestão de adequação de máquinas e
equipamentos, disponibilização de equi-
pamentos de proteção individual e coleti-
va adequados, rodízios de atividades, im-
plantação de programas e procedimentos
de segurança, a capacitação das lideran-
ças para segurança e saúde ocupacional,
entre outros.
A NR36 permite que as empresas
tratem a saúde, segurança e ergonomia de
seus funcionários no nível estratégico.
“Os temas que já integravam a pauta des-
tas empresas tendem agora a consolidar-
-se como um valor para estas organiza-
ções” afirma Vicente, que acredita que as
empresas que adotarem as diretrizes do
programa de gerenciamento devem, em
médio prazo, se tornar referência para ou-
tras organizações.
A implementação está sendo
feita de forma gradual, com acordos de
prazos para a introdução total dos requi-
sitos, mas os frigoríficos já colocaram em
prática a mudança de rotina. Para itens
que demandam intervenções estruturais
de mobiliários e equipamentos de acordo
com o artigo 3º, por exemplo, foi estipula-
do um prazo de 12 meses. Já itens que de-
mandam alterações nas instalações físicas
da empresa, como reformas ou obras, pos-
suem o prazo de 24 meses.
A colocação de um assento para
cada quatro trabalhadores deve ser re-
alizada em até nove meses e, em vinte e
quatro meses, deve haver um assento para
cada três trabalhadores.
De acordo com Vicente, com
os diagnósticos feitos pelo programa de
gerenciamento será possível priorizar
ações de acordo com a aplicabilidade,
gravidade e grau de emergência. “A nor-
ma é auditável a qualquer momento por
órgãos fiscalizadores e o benefício da
gestão a partir da NR36 será percebido
pelo trabalhador na medida em que os
requisitos são atendidos em sua integra-
lidade” salienta o gerente.
Mais do que obrigação O programa de gerenciamento
não é apenas uma questão legal, já que
afeta a imagem da empresa e a qualida-
de de vida dos trabalhadores. “Pessoas
saudáveis trabalhando em ambientes
seguros se afastam menos e podem res-
ponder com aumento de produtividade.
A NR36 marca um novo ciclo de desen-
volvimento do setor frigorífico” come-
mora Vicente. O que, em curto prazo,
pode parecer um problema para as em-
presas, em médio e longo prazo os novos
sistemas de trabalho devem trazer retor-
no sobre os investimentos.
Saúde do trabalhador
base conceitualO programa de gerenciamen-
to utiliza como metodologia o modelo
de “Ambientes de trabalho saudáveis:
Um modelo para ação”, da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
44 | sindiavipar.com.br
notas e registros
Quem busca uma opção para au-
tomatizar a climatização de seus aviários
pode se interessar pelos sistemas comple-
tos de controle para equipamentos de cli-
matização e aviários tradicionais da Altem,
que inclui controlador eletrônico, painel
elétrico, máquinas de cortinado e instala-
ção elétrica completa.
Os controladores são de fácil uso
e completos, sendo possível escolher a
temperatura desejada para que o contro-
lador acione sempre que necessário má-
quinas de cortinado, ventiladores, bombas
de nebulização e aquecimento. Com isso,
torna-se possível um controle efetivo das
condições no aviário 24 horas por dia,
melhorando a ambiência e diminuindo a
exigência de mão-de-obra na criação. Para
mais informações acesse o site da marca,
altem.com.br.
Climatização de aviários
Empresas e entidades nacio-
nais e internacionais ligadas ao setor
alimentício têm cada vez mais volta-
do suas atenções para a Internatio-
nal FoodTec Brasil 2014 (IFTB), feira
programada para acontecer de 5 a 7
de agosto, em Curitiba, Paraná.
Dedicada principalmente
aos setores de carnes, suínos, aves
e embalagens, a IFTB estreia no país
trazendo na bagagem o conceito glo-
bal de feiras de negócios das promo-
toras Koelnmesse e Hannover Fairs
Sulamérica. No site oficial do evento
foodtecbrasil.com.br é possível sa-
ber mais detalhes.
International FoodTec 2014
O antibiótico Gentrin Injetá-
vel, da Ourofino Agronegócio, é a apos-
ta da fabricante como complemento
de vacinas administradas in ovo. O uso
do produto contribui para a proteção
dos embriões contra possíveis infec-
ções bacterianas, como a salmonela.
“Os diferenciais do Gentrin são a se-
gurança, a qualidade e, principalmen-
te, a certeza de que haja a
aplicação da gentamicina
em quantidade correta”,
afirma Amilton Silva,
diretor da Linha de
Aves e Suínos da Ou-
rofino. A técnica da
vacinação in ovo, de
origem norte-ameri-
cana, é utilizada atualmente por mais
de 80% dos incubatórios brasileiros
como forma de prevenção contra a do-
ença de Marek nos pintos, neoplasia
viral caracterizada pela presença de
tumores.
A eficácia da aplicação do
Gentrin Injetável diluído nas vacinas
é comprovada por granjas e especia-
listas em avicultura. “A
aceitação do produ-
to é muito grande,
já que seu uso con-
tribui para melhora
significativa na eclo-
são e para o desen-
volvimento das aves”,
completa Amilton.
gentrin Injetável é apostada Ourofino
45sindiavipar.com.br |
notas e registros
Um novo produto da Almathi
oferece uma solução de economia e
reaproveitamento de energia para
a água descartada do chiller. Nor-
malmente, a água gelada que sai do
chiller é descartada diretamente
para o tratamento de efluentes. Po-
rém com o EcoSkid Almathi Regene-
rador essa energia é utilizada para
resfriar a água potável que entra-
rá no chiller, reduzindo o consumo
da sala de máquinas e atendendo à
portaria n° 210, de 10 de novembro
de 1998. Saiba mais em www.alma-
thi.com.br
Solução econômica
De 3 a 7 de fevereiro , a
Quimt ia par t ic ipou do evento
Show Rural Coopavel , real izado
em Cascavel (PR) . Com um gru -
po de coordenadores técnicos e
comerc iais a empresa mos trou
sua l inha de produtos em es-
t ande local izado no pav i l hão de
suínos .
Um dos produtos é a ra -
ção Nuv is t ar t Mater, que por
meio de sua composição com
altos níveis de l ac tose, pl asma
e proteína l ác tea garantem o
pleno atendimento das neces-
s idades dos lei tões na fase de
maternidade e pós desmame.
Para mais informações sobre os
produtos da Quimt ia acesse o
s i te quimt ia .com .
Quimtia no Show rural
Durante os dias 13 e 15
de maio de 2014, Florianópolis
(SC) receberá o XIII Seminário
Técnico Científ ico de Aves e
Suínos, que faz parte da pro-
gramação da AveSui - Feira da
Indústria Latino Americana de
Aves e Suínos.
Buscando maior integra-
ção da indústria com o meio aca-
dêmico e empresarial , o evento
também contará com a apresen-
tação de trabalhos científicos
para divulgação das pesquisas
selecionadas (apresentação oral
e pôster) entre os que se inscre-
verem. Trata-se da segunda edi-
ção da premiação, que introduziu
neste ano o inédito “Prêmio Jo-
vem Pesquisador e Profissional”
- nova categoria que contempla
profissionais e empresários atu-
antes diretamente com empresas
inseridas no mercado de aves e
suínos através de suas inovações
e pesquisas - e manteve as cinco
áreas disponíveis para inscrição
dos trabalhos. São elas: Ambiên-
cia, Sanidade, Manejo, Nutrição/
Aves e Nutrição/Suínos.
Os cinco melhores tra-
balhos selecionados pelo Comi-
tê Cientifico em cada segmento
receberão o “Premio Instituto
Oswaldo Gessulli” que pelo se-
gundo ano, dá nome e incentivo
à premiação. Para mais informa-
ções acesse avesui.com.
nova categoria
Este ano, o Avisulat 2014 –
4ª Edição acontecerá no moderno
Centro de Eventos da FIERGS em Por-
to Alegre/RS, onde será disponibili-
zado aos visitantes e congressistas
as melhores condições logísticas e
de hospedagem.
As entidades promotoras
da 4ª Edição do Avisulat, além de
instituições comprometidas com o
desenvolvimento dos setores, estão
empenhadas em realizar um grande
evento, que reforce a importância
dos setores envolvidos para econo-
mia brasileira e para garantia e de-
senvolvimento da sustentabilidade
que emana destes segmentos.
Para os interessados em ex-
por ou participar como visitantes,
expositores ou congressistas no Avi-
sulat 2014, basta acessarem o site
avisulat.com.br ou contatar pelo
telefone (51) 3228-8844 ou pelo e-
-mail [email protected]
4° Avisulat reforça desenvolvimento do setor
46 | sindiavipar.com.br
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Estatísticas
Participação do Paraná no volume das exportações do brasil / kg
Fevereiro30,82%
Paraná 89.310.606
Brasil 289.762.411
Acumulado31,10%
Paraná 183.349.480
Brasil 589.527.340
pAr
An
ápA
rA
ná
FrA
ng
o
kg US$Jan 1.506.760 3.215.731Fev 1.536.660 2.537.104
Acumulado 3.043.420 5.752.835
EXPo
rTA
çã
oEX
PorT
Aç
ão
kg US$Jan 94.038.874 164.849.770Fev 89.310.606 159.158.071
Acumulado 183.349.480 324.007.841
Jan 124.366.449 132.438.907Fev 111.941.517 126.088.474
Acumulado 236.307.966 258.527.381
Jan 702.691 677.443Fev 655.878 616.075
Acumulado 1.358.569 1.293.518
Fo
nte
: S
ind
iav
ipa
r/S
ece
x
Participação do Paraná no volume das exportações do brasil / kg
Fevereiro21,57%
Paraná 1.536.660
Brasil 7.121.916
Acumulado22,77%
Paraná 3.043.420
Brasil 13.362.600
Fo
nte
:Sin
dia
vip
ar/
Se
cex
Ab
ATE
(cab
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2013
2013
2014
2014
PEr
U
47sindiavipar.com.br |
Mito ou verdade
Diversos pontos positivos e bene-
fícios no consumo de frango têm sido cons-
tatados por meio de estudos científicos que
procuram avaliar as suas propriedades nu-
tricionais e efeitos positivos na saúde. Entre
as constatações está a de que o frango pos-
sui grande variedade de vitaminas, entre
elas as do complexo B, que são importantes
para a saúde da pele, cabelos e unhas.
Segundo explica a nutricionista
Mariana Leonardi, as vitaminas do comple-
xo B são responsáveis por diversas reações
metabólicas do corpo, importantes para o
metabolismo celular e processos energéti-
cos. Entre elas estão as vitaminas B2,
B3, B6 e a B12.
“Também em sua com-
posição apresenta alguns minerais
importantes como ferro, fósforo, zinco,
magnésio e cromo, os quais promovem
fortalecimento e mantém o equilíbrio or-
gânico”, explica. O zinco, aliás, é outro nu-
triente importante na saúde da pele, por ser
responsável por sua recuperação e regene-
ração, relevante também no processo de
cicatrização, além de ajudar na manutenção
de uma pele saudável.
Além disso, as proteínas presen-
tes na carne do frango, quando digeridas
em aminoácidos, também ajudam na for-
mação do material genético, DNA e RNA e
até nos músculos.
“O frango é fonte de aminoácidos
essenciais, aqueles que o nosso organismo
não é capaz de sintetizar, mas é necessá-
rio para o seu funcionamento”, destaca
a nutricionista. Além de todos esses be-
nefícios, a carne de ave apresenta menor
quantidade de gordura satu-
rada e digestão mais fácil do que as carnes
vermelhas.
Consumo recomendado Ainda de acordo com a nutricio-
nista Mariana Leonardi, o ideal para manter
a saúde da pele é ter uma alimentação equi-
librada, contendo vários alimentos, como
frutas, frutas cítricas, vegetais, proteínas
magras, castanhas e água que ajuda na hi-
dratação da pele.
A quantidade recomendada para
consumo diário de frango é em torno de
120 a 150 gramas por dia, podendo variar
o consumo de acordo com idade, peso e o
estado nutricional da pessoa.
“O ideal são os cortes do peito,
porque as quantidades de gordura saturada
e colesterol presentes são menores com-
parados aos outros cortes, como coxa e so-
brecoxa. O preparo ideal é assado, grelhado
ou ao molho, desde que mais natural, leve
a base de temperos naturais”, aconselha.
Também é recomendável evitar frituras e o
consumo do frango com pele.
“Para deixar o prato mais nutritivo
e enriquecer o paladar, o ideal é usar tem-
peros naturais como manjericão, cebolinha,
salsinha, cebola, alho e pimenta. Tempere
a ave com vinho ou vinagre, conforme sua
preferência”, orienta.
Frango faz bem para a pele?Vitaminas do complexo B ajudam na saúde da pele, cabelos e unhas
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Arroz à braga
• 1 Kg de Sobrecoxas
de Frango
• 100 g de bacon
picado
• 200 g de linguiça
picada
• 200 g de paio picado
• 2 xícaras de arroz
• 1 repolho picado em
tiras
• Limão (suco)
• Ovos cozidos picados
• Queijo ralado
• Ervilha (opcional)
• Tomates picados
• Cebola picada
• Alho picado
• Manteiga
• Azeite de oliva
• Colorau a gosto
• Tempero verde a
gosto
• Sal a gosto
IngrEDIEnTES
ReceitaReceita
1. Tempere as sobrecoxas de frango com o alho picado, o suco de limão e o sal a gosto. 2. Deixe-as marinar durante 4 horas. 3. Em seguida, refogue as sobrecoxas de frango na manteiga e elimine todo o óleo que ficar na panela. Reserve-as. 4. Faça um molho com o azeite de oliva, o bacon, o alho, a cebola e os tomates picados. Se desejar bata os ingredientes no liquidificador. 5. Coloque o molho em uma panela, adicione o repolho e deixe cozinhar por 15 minutos. 6. Adicione no molho o paio e a linguiça picados, deixe cozinhar durante 30 minutos. 7. Acrescente ao molho colorau a gosto e as sobrecoxas de frango reservadas. 8. Adicione o arroz e acrescente água fervendo para cozinhar. 9. Coloque sal a gosto e deixe cozinhar o arroz até que esteja “al dente”. 10. Sirva com queijo ralado, tempero verde a gosto, ovos picados e ervilha, se desejar.
MoDo DE FAzEr
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Tempo de preparo: 40min
Rendimento: 4 pessoas
Fonte:Livro “Delícias das Carnes Brancas”, de Nilson Olivo
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
PArAnÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br
Avícola Felipe
SIF 1880Paranavaí - misterfrango.com.br
Avenorte Avícola Cianorte
SIF 4232Cianorte - guibon.com.br
Avebom
SIF 2677Jaguapitã - avebom.com.br
Agrogen
SIF 3170Itapejara do Oeste - agrogen.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 716Toledo - brf-br.com
Tyson do Brasil
SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br
SIF 88
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
SIF 603
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
SIF 1876
Agroindustrial São JoséSanta Fé - agroindustrialsaojose.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
BRF - Brasil Foods S.A.
SIF 8096Carambeí - brf-br.com
AbATEDoUroS
InCUbATÓrIoS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
sindiavipar.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
SIF 664
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Coop. Agroindustrial Copagril
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
25, E DE MARÇO DE 201426 2714h Às 21h | EXPOTRADE CONVENTION CENTER | Curitiba - PR
Faça parte da TECNO FOOD BRAZIL 2014
e ajude a construir um ícone nacional e internacional
no ramo de Feiras de Proteína Animal.
24 HORAS DE FEIRA
36 HORAS DE CONHECIMENTO
SEMINÁRIO INTERNACIONAL / / CURSOS INTENSIVOS WORKSHOPS
A TFB 2014 em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC), uma das
unidades de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) irão promover a
EDUCAÇÃO e o CONHECIMENTO, nos dias 26 e 27 de março de 2014, através da
realização do Seminário Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovações para a
Indústria de Carnes. Além disso, durante todo o evento, teremos CURSOS
INTENSIVOS e WORKSHOPS que irão ocorrer no PÁTIO DO
CONHECIMENTO DA TFB 2014 a fim de levar novas técnicas e tecnologias para as
indústrias do país, com o apoio das principais Instituições de Pesquisa, Associações e
Sindicatos do setor.
Centro de Tecnologia de Carnes
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Realização e Organização:
Apoio Institucional:
Mídia Oficial:Montadora Oficial:Agência de Turismo Oficial: Hotel Oficial: Cia Aérea Oficial:Cia Aérea Oficial:
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ENTRE EM CONTATO COM NOSSA EQUIPE COMERCIAL E GARANTA SEU ESPAÇO:
(41) 3669.8412 | (11) 5505.2170 | (11) 99970.1584 | (11) 98224.4355 | (55) 9923.0372
CREDENCIAMENTO E INSCRIÇÕES
Para participar da TECNO FOOD BRAZIL 2014 basta se cadastrar -
gratuitamente - pelo site:
Inscrições e maiores informações para o SEMINÁRIO
INTERNACIONAL, deverão ser feitas pelo site: .
www.tecnofoodbrazil.com.br
www.ital.sp.gov.br
Feira Internacional de Prote�na Animal
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Comitê Científico:
Associação Brasileira de Frigoríficos
Apoio Governamental:
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