Elaboração do luto na velhice
Profa. Aline Piccinini
O processo do luto O Valorização do novoO ConsumismoO Individualismo
O processo do luto Renegar a velhice está ligado à não-aceitação de corpos que evidenciam a marca dos anos, os quais são o oposto do idealizado padrão jovem no modelo social atual, talvez porque a velhice é a fase que mais se aproxima da morte. Sua consideração leva ao reconhecimento das próprias restrições e da finitude: “quanto ao desenvolvimento chegamos a uma fase conhecida como velhice que, como vimos, não tem início definido, mas cujo fim é claramente a morte” (Kovács, 2002, p. 8).
O processo do luto
Luto pode ser definido como um conjunto de reações diante de uma perda, portanto algo a não ser desprezado, e sim, devidamente valorizado e acompanhado, como parte da saúde emocional. O luto é “afinal o acontecimento vital mais grave que a maior parte de nós pode experienciar” (Parkes, 1998, p. 44).
Luto
“não é um conjunto de sintomas que tem início após uma perda e, depois gradualmente se desvanece. Envolve uma sucessão de quadros clínicos que se mesclam e se substituem”
Elaboração do luto
vida x morte
O Rituais sempre tiveram a finalidade de servir como uma forma de proteção no conflito
O Simbolismos da cor. O Outro simbolismo clássico em nossa
sociedade predominantemente católica é o ato religioso
Fases do luto O A fase do choque pode durar horas ou dias,
constituindo-se de desespero, raiva, irritabilidade, amargura e isolamento.
O A fase do desejo é caracterizada por um forte impulso de busca pela figura perdida. Nela ocorre um estado de vigília, de movimentação para os locais onde a pessoa normalmente estaria, e mesmo de chamamento, como formas de descaracterizar a perda, pois se ela é procurada, ela não morreu. Essa fase pode durar anos ou meses, sendo comuns os desapontamentos por sua não-efetividade, com episódios de choro e de tristeza quando da constatação da sua inutilidade , fase de desorganização e o desespero
Fases do lutoO A fase de reorganização, quando há
reapropriação de parte da energia do investimento objetal ao ego, caracteriza-se pela aceitação da perda definitiva e pela conseqüente constatação de que uma nova vida precisa ser iniciada. No entanto, é possível ocorrer recidiva de episódios de saudade e de tristeza.
Profissional x Luto O Verificar que ajudas são necessáriasO Respeitar o processo O Fase inicial não é necessária intervenção
medicamentosa O No idoso em processo de luto podem ocorrer
alguns distúrbios, como os do sono e da alimentação, ou ainda manifestações somáticas, sendo comum falta de ar, aperto no peito, falta de energia, insônia, passividade, alucinações e ansiedade.
Luto e doenças O Há os casos de “morte natural precoce” nos
idosos, que se relacionam com o rebaixamento da auto-estima e com o empobrecimento do ego; porém devemos considerar que “o fato do luto levar à morte por doenças cardíacas não prova que ele seja, isoladamente, uma causa de morte. Nem sequer sabemos se o luto provoca doença ou agrava uma condição que, mais cedo ou mais tarde, se manifestaria”
O Sentimentos ambivalentes quando um idoso cuida do seu cônjuge
O Encarar a morte como parte da vida é algo rejeitado pela consciência. Nossa libido é centrada na construção da vida, portanto há pouco lugar para a morte, que representa o limite, dor, sofrimento e o fim: “A morte estabelece um exílio em relação às pessoas que se ama e que carregam consigo sonhos e esperanças” (Rezende, 2000, p. 15).
Para o fim do processo de luto:
O Desidentificação e um desligamento do sentimento em relação ao morto;
O A aceitação da inevitabilidade da morte; O Quando for possível, encontrar um substituto
para a libido desinvestidaO Em casos de lutos patológicos procurar um
psicólogo
OUVIR... OUVIR... OUVIR...
Depressão e o sono do Idoso
Profa. Aline Piccinini
DepressãoO Doença mental classificada como
distúrbio de humor. Ela afeta a disposição e os sentimentos e pode acometer qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, mas tem se desencadeado com prevalência alta na população idosa
SonoO Muitas apresentam problemas com
o sono O Insônia inicial – Dificuldade para
adormecer O insônia mediana – sono intercalado O Insônia tardia – despertares durante
a madrugadaO Hipersonia – Necessidade excessiva
de dormir durante o dia
Problemas associadosO Problemas articulares e musculares O Bursites O refluxo gastroesofagico O TendinitesO Mialgias O Alterações no humor
Sintomas mais frequentes
O Inquietação psicomotora O Sintomas depressivos O Queixas somáticas variadas O Sinais de alterações vegetativas O Perda da autoestima O Sentimento de abandono e dependência O Déficit cognitivo O Falta de energiaO Dores O Aumento ou diminuição das atividades
O A gravidade da situação reflete-se na alta prevalencia de suicidio entre a população de idosos deprimidos (Ballone,2001)
ClassificaçõesO Depressão reativa ( situação
traumática)O Depressão secundaria ( condição
orgânica)O Depressão endógena
( Personalidade)O Depressão de inicio tardio (idosos)
MedicaçãoO Medicamentos de uso continuo
contribui para a depressão
Alterações SonoO Continuidade e duração do sono O Diminuição das fases 3 e 4 do sono O menor latencia do sono REMO Maior duração e densidade do
primeiro periodo REM
Pesquisas
O De acordo com pesquisas da Universidade de Harvard (Stickgold, 2009) adultos que sofrem de depressão tem probabilidade cinco vezes superior á medida de sofrer dificuldades respiratórias durante o sono
O Estudo CES-D (Center for Epidemiologic Survey- Depression) Conclui que as mulheres idosas apresentam mais depressão que os homens isso se deve a existência do evento estressante de cuidado ao outro