Download - Espaço Aberto Nº 50
Nº50 – MAR./ABR. DE 2015
PUBLICAÇÃO CHEGA À 50ª EDIÇÃO
DE CARA NOVA
50
QUALIDADE E SEGURANÇA
As notificações podem ser feitas também via sistema
COMUNICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
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9
16
ÍNDICE
4 INSTITUCIONAL
5 COMUNICAÇÃO
6 PARCERIA
10 ENSINO
12 EXPANSÃO
13 PESQUISA
14 TRANSPLANTE
20 CURTAS
22 ASSISTÊNCIA
23 BEM-ESTAR
26 DESTAQUES
28 RESPONSABILIDADE SOCIAL
30 MEMÓRIA INSTITUCIONAL 31 MURAL DE RECADOS
INOVAÇÃO
Hospital integrou parte de projeto piloto com o Google Glass
PIONEIRISMO MAIS UMA VEZ É A MARCA DO HCPA
PARA VOCÊ
Auxílio pré-escolar é direito de todos os funcionários
UMA “MÃOZINHA” NAS DESPESAS
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)Rua Ramiro Barcelos, 2.350 - CEP 90035-903 Porto Alegre/RS - www.hcpa.ufrgs.br
ADMINISTRAÇÃO CENTRALPresidente: Amarilio Vieira de Macedo NetoVice-presidente Médica: Nadine ClausellVice-presidente Administrativa: Tanira Torelly PintoCoordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de MagalhãesCoordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos
ESPAÇO ABERTOPublicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPACoordenadora Responsável: Elisa Kopplin Ferraretto Reg. prof. 6784/ RSJornalistas: Camila Schäfer e Raquel SchneiderFotógrafo: Clóvis PratesProjeto Gráfico e Diagramação: Guilherme Mendes Pereira
*Todas as fotos de crianças que aparecem nesta edição foram autorizadas por seus responsáveis.
EXPEDIENTE
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9REPORTAGEM ESPECIAL
Publicação chega à 50ª edição em novo formato e com resgate do que já foi destaque em suas páginas
ESPAÇO ABERTO: UMA HISTÓRIA ESCRITA POR (E PARA) VOCÊ
16
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Um projeto de cooperação científica entre o HCPA, a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a
Universidade de Nottingham (Inglaterra) irá permitir o
desenvolvimento de pesquisa inovadora aplicada à des-
coberta de novos fármacos.
Intitulado Structure-activity relationships and biolo-
gical actions of G protein-coupled receptors and their li-
gands, o projeto foi aprovado pelo Programa Capes/Uni-
versidade de Nottingham e tem financiamento previsto de
cerca de R$1 milhão pelo período de quatro anos. O foco
do trabalho de pesquisa é uma família de proteínas presen-
tes na superfície das células, conhecidas como receptores
associados a proteínas G (GPCRs, na sigla em inglês). Essas
proteínas são possíveis alvos de ação de medicamentos ino-
vadores para o tratamento de câncer, doenças neurológi-
cas e inflamações. As equipes envolvidas no projeto já têm
trajetória internacional na investigação de GPCRs.
Durante o desenvolvimento do projeto, técnicas de
biologia molecular, bioinformática e farmacologia serão usa-
das, de forma integrada pelas equipes brasileira e inglesa,
para estudar em detalhe a estrutura de GPCRs e os efeitos de
compostos que interfiram com a atividade dessas proteínas
em modelos experimentais de câncer e doenças cerebrais.
Com o acesso de pesquisadores e estudantes
brasileiros que participam do projeto à infraestrutura
da Universidade de Nottingham, técnicas moleculares
avançadas como a indução de mutações genéticas em
pontos específicos dos receptores - alterando e mape-
ando as relações entre estrutura e função dessas pro-
teínas e de suas interações com fármacos - poderão
ser incorporadas à rotina dos laboratórios da equipe
brasileira. “Os resultados poderão levar ao desenho e
produção de novas moléculas com propriedades tera-
pêuticas devidas a suas ações em GPCRs”, explica o
coordenador do Laboratório de Pesquisas em Câncer
do HCPA e líder do projeto, professor Rafael Roesler.
A equipe brasileira inclui professores e alunos dos
Departamentos de Farmacologia, Biologia Molecular e
Biotecnologia e Medicina Interna da Ufrgs. Já a equipe
inglesa é coordenada por Nicholas Holliday, da Uni-
versidade de Nottingham. O projeto está vinculado ao
HCPA, aos programas de pós-graduação em Medicina/
Ciências Médicas e em Ciências Biológicas/Farmacolo-
gia e Terapêutica da Ufrgs e ao Cell Signalling Rese-
arch Group, School of Life Sciences, da Universidade
de Nottingham. O trabalho conta ainda com a parceria
da empresa de Biotecnologia Ziel Biosciences, de Porto
Alegre, contribuindo para o desenvolvimento de novas
oportunidades de tratamento ou diagnóstico que pos-
sam surgir a partir dos resultados.
PARCERIA NA DESCOBERTA DE NOVOS FÁRMACOS
INSTITUCIONAL
HCPA, UFRGS E UNIVERSIDADE DE NOTTINGHAM ATUAM EM PROJETO CONJUNTO
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COMUNICAÇÃO
AÇÕES PLANEJADAS REFORÇAM IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA ÁREA
A transparência é, hoje, requisito essencial para uma
empresa. Interna e externamente, é preciso mostrar o
que se faz, compartilhar, prestar contas - principalmen-
te quando se trata de uma instituição pública e atuante
em áreas de grande relevância social, como é o caso do
HCPA. Para atender a esta demanda cada vez com mais
qualidade, a Coordenadoria de Comunicação (CCom)
definiu o planejamento de suas ações para 2015, pro-
pondo uma série de inovações e melhorias.
O plano estabelece ações de comunicação tanto com
a comunidade do hospital quanto com os usuários e a so-
ciedade. Internamente, a meta é aumentar a valorização e
o comprometimento da comunidade. O público terá maior
e melhor acesso a informações de interesse, como bene-
fícios, novidades e campanhas de conscientização. Para
tornar essa comunicação mais eficaz, a CCom prevê o apri-
moramento dos canais já existentes (como o portal institu-
cional e o Espaço Aberto) e a criação de novas mídias (TV
corporativa e totens interativos). Além disso, em conjunto
com a Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP), foi de-
senvolvido um plano de endomarketing, que vai ampliar a
circulação de informações importantes para o dia a dia dos
funcionários, sua valorização e integração institucional.
Ao mesmo tempo, o planejamento da CCom pre-
vê o fortalecimento da comunicação com a sociedade,
principalmente por meio da imprensa, das mídias so-
ciais e dos eventos, consolidando a transparência pú-
blica e a boa imagem institucional. Os pacientes e seus
familiares também vão merecer atenção especial, com
reforço de ações que os auxiliem a conhecer melhor a
estrutura e as rotinas do Clínicas e que tornem mais
acessíveis orientações para cuidados com a saúde.
Todas as ações são norteadas por um posiciona-
mento de comunicação - uma espécie de slogan que assi-
na peças de campanhas, eventos e outras promoções, con-
solidando a imagem que a instituição deseja transmitir aos
seus públicos. O posicionamento definido para este ano é
o Construindo o futuro da saúde, adotado para as ações
de comunicação em geral e possuindo variantes de acordo
com temáticas ou segmentos de público específicos.
Com tudo isso, a CCom assume, de forma crescente,
um papel estratégico no HCPA, ampliando sua contribui-
ção para a obtenção de bons resultados institucionais.
MAIS INFORMAÇÃO E TRANSPARÊNCIA
O POSICIONAMENTO DE COMUNICAÇÃO E SUAS VARIANTES
Ações de comunicação em geral:
Gestão de pessoas:
Qualidade e segurança:
Sustentabilidade ambiental ou financeira:
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Inúmeros são os exemplos de atuação referencial do Clíni-
cas. Mais um começou a se consolidar há três anos, ofe-
recendo uma nova esperança de tratamento aos usuários
de álcool e drogas e também a oportunidade de profissio-
nais se especializarem no assunto. Por meio de uma par-
ceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
(Senad), em março de 2012 iniciaram as atividades do pri-
meiro Centro Colaborador em Álcool e Drogas do Brasil.
Instalado na Unidade Álvaro Alvim, junto ao Serviço
de Psiquiatria de Adição, o Centro começou a ser pensado
em 2010, quando HCPA e Senad firmaram convênio, com
o objetivo de estimular ações de fortalecimento da rede
de assistência aos usuários de substâncias psicoativas, in-
cluindo o desenvolvimento de tecnologias que podem ser
aplicadas em todo o país.
ASSISTÊNCIA
O atendimento ambulatorial é oferecido ao paciente e
seus familiares, tendo como ênfase a prevenção, o trata-
mento e a reinserção social. Quem o realiza é uma equi-
pe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros,
técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes sociais,
UMA NOVA ESPERANÇA PARA USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS
PARCERIA
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UMA NOVA ESPERANÇA PARA USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS
educadores físicos, terapeutas ocupacionais, farmacêuti-
cos e nutricionistas, os quais atuam de forma articulada
com outros dispositivos do sistema de saúde e da rede
de reinserção social.
ENSINO E PESQUISA
Como instituição de ensino, o HCPA alinhou a residência
médica e a residência multiprofissional aos programas de-
senvolvidos na linha de cuidado da adição. Atualmente, o
Centro treina nove residentes médicos, além de dez multi-
profissionais. Em 2014, iniciou-se a primeira turma do Pro-
grama de Mestrado Profissional em Prevenção e Assistência
a Usuários de Álcool e Outras Drogas, com nove alunos
oriundos dos diversos estados brasileiros, todos com perfil
voltado para a gestão pública. Uma nova turma terá início
este ano. Além disso, está previsto o desenvolvimento de
projetos de mestrado e doutorado acadêmicos ancorados
no Programa de Pós-graduação em Psiquiatria do Depar-
tamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Ufrgs. Como
principais resultados do trabalho de ensino e pesquisa no
Centro, estão a produção de quatro livros, quatro capítulos
de livros e mais de 20 artigos em revistas de referência.
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS
De modo a integrar diferentes áreas de conhecimento e
prática com interface na abordagem do usuário de crack e
outras drogas, foram realizadas ações de formação e capa-
citação de profissionais que atuam nas redes de saúde e as-
sistência social, bem como junto aos órgãos de segurança.
A produção assistencial e científica da equipe pro-
fissional do HCPA e dos professores da Ufrgs qualifica e
habilita o Centro Colaborador em Álcool e Drogas na cap-
tação de novos projetos, resultando no desenvolvimento
de metodologias e práticas de tratamento de usuários de
substâncias psicoativas no país, objetivo principal do con-
vênio firmado entre as partes. “Essa parceria é bastante
proveitosa e inovadora. A implementação está sendo feita
em etapas, e ainda teremos novidades no nosso trabalho
nos próximos dois anos”, anuncia o professor Flávio Pe-
chansky, chefe do Serviço de Psiquiatria de Adição.
A ideia que buscamos é a implementação de atividades realmente multiprofissionais
na assistência, ensino e pesquisa.
– FLÁVIO PECHANSKY, CHEFE DO
SERVIÇO DE PSIQUIATRIA DE ADIÇÃO
10.721CONSULTAS
258 INTERNAÇÕES
81,29% TAXA DE SATISFAÇÃO
9 RESIDENTES MÉDICOS
NÚMEROS EM 2014
10 RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS
12 PESQUISAS FINALIZADAS
7 PESQUISAS EM DESENVOLVIMENTO
Diversas atividades são oferecidas aos participantes
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QUALIDADE & SEGURANÇA
COMUNICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
CIRCUNSTÂNCIA DE RISCO: situação de risco com
capacidade de causar incidente ou evento adverso.
QUASE FALHA OU NEAR MISS: incidentes em que há o erro,
mas ele é detectado a tempo de evitar o dano.
INCIDENTE: erro ou falha que atinge paciente, funcionário ou
familiar e não causa dano.
EVENTO ADVERSO: erro ou falha, em qualquer etapa do processo,
com materiais, medicamentos, equipamentos, hemoterapia que atinge
paciente, profissional, familiar ou ambiente e causa dano.
Para fazer a notificação, estão disponíveis no sistema os
formulários das seguintes categorias:
ASSISTENCIAIS: quedas, úlceras por pressão, nutrição,
ocorrências assistenciais em geral.
MEDICAMENTOS / SOLUÇÕES PARENTERAIS / CONTRASTES:
erro de medicamento, reação adversa a medicamento, queixa
técnica e falha terapêutica de medicamento.
HEMOCOMPONENTES: reações transfusionais adversas.
EQUIPAMENTOS / MATERIAIS/PRODUTOS PARA A SAÚDE:
equipamentos, dispositivos e produtos para a saúde.
AMBIENTE E CATÁSTROFES: eventos associados ao
ambiente ou à natureza.
PESQUISA E BIOÉTICA: eventos adversos em
pesquisa e desvios de protocolo.
ATENÇÃO:Para situações que não se encaixam em um dos formulários disponíveis, utilize o formulário de Ocorrências Assistenciais - Geral e Ficha Amarela Digital.
OCORRÊNCIAS QUE DEVEM SER COMUNICADAS
NOTIFICAÇÕES PODEM SER FEITAS TAMBÉM VIA SISTEMA
Desde o início do ano, um novo canal
está disponível para a comunicação
de eventos adversos e riscos que
possam comprometer a segurança
e a qualidade dentro do HCPA. É
possível preencher as notificações
pelo AGHU, no seu ambiente de
trabalho, no ícone Notificações de
ocorrências, ou na intranet, através
do link Ocorrências – profissional
HCPA. O sistema possibilita melhorias
na coleta e análise dos dados, com a
geração de relatórios e estatísticas
para qualificar as estratégias de
resolução e prevenção dos incidentes.
As notificações devem ser feitas sempre
que forem identificadas situações de
risco e eventos indesejáveis que possam
comprometer pacientes, profissionais,
familiares, alunos e a instituição.
Além do novo sistema, seguem mantidas
as formas já existentes para notificação,
que são as fichas amarelas depositadas
nas urnas disponíveis nos setores, o
e-mail (L-GR-Notificação) ou a ligação
telefônica para a Gerência de Risco,
no telefone (51) 3359.7798. O principal
objetivo das análises destes incidentes
é elaborar estratégias que tornem o
sistema mais seguro, para que um
mesmo problema não ocorra novamente.
A comunicação é anônima, a pessoa só
se identifica se quiser receber o retorno,
através do seu e-mail.
| 9 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
Para comprovação da
despesa, é necessário
apresentar mensalmente,
até o dia 5, documento de
quitação contendo:
nome, endereço e CNPJ da creche,
pré-escola ou escola contratada;
nome completo da contratante;
nome completo do dependente;
período a que se refere o
documento com local e data.
O funcionário que tem
dependente sob cuidados
de babá deve apresentar:
CTPS comprovadora do vínculo
empregatício (na inscrição);
declaração subscrita pelo beneficiário
sobre o horário de expediente e
descrição das atividades da babá com
assinatura da mesma (na inscrição);
Guia de Recolhimento do
INSS – mensalmente.
Haverá suspensão do pagamento:
no mês em que o dependente
completar seis anos de idade;
em caso de óbito do dependente;
em caso de demissão do beneficiário;
quando forem constatadas
inveracidades e/ou omissão de
informações, independente da
época da constatação;
quando não for apresentada a docu-
mentação por dois meses consecutivos.
ALGUMAS NORMAS
Ninguém pode negar que as creches e escolinhas de educação
infantil são, hoje, uma necessidade para muitos pais, especialmente
aqueles que trabalham fora o dia inteiro. Só que, muitas vezes,
manter os filhos nestes locais pode sair pesado para o bolso.
Para beneficiar seus funcionários, o HCPA concede uma ajuda
mensal de R$ 189,45, destinada àqueles que possuem dependentes
legais na faixa etária de zero a cinco anos e 11 meses (após o térmi-
no da licença-maternidade), para auxílio nas despesas com creches,
instituições pré-escolares ou pagamento de babás.
Podem ser beneficiados os empregados ativos e os afastados (até
um ano de afastamento), homens e mulheres, que tenham filho,
dependente legal ou menor tutelado ou, ainda, que detenham a
guarda legal, mesmo que provisória. As crianças não podem estar
matriculadas na Creche do hospital.
Patrick Fogasso Martins, assistente administrativo do Serviço de Arqui-
vo Médico e Informações em Saúde (Samis), já desfrutou do benefício
com o primeiro filho, que hoje tem dez anos, e agora está utilizando-
-o novamente para pagar parte da escola onde a filha, de três anos,
fica. Patrick conta que, se não fosse o auxílio, provavelmente os filhos
teriam ficado em escolinhas com infraestrutura de qualidade inferior.
Para requerer o benefício, o funcionário precisa preencher um formulá-
rio junto à Seção de Benefícios. Mais informações no ramal 8089.
PARA VOCÊ
AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR É DIREITO DE TODOS OS FUNCIONÁRIOS
UMA “MÃOZINHA” NAS DESPESAS
| 10 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
O clima era de festa. Afinal, foram anos de estudo, dedi-
cação e trabalho. A cerimônia de formatura da Residência
Médica, que aconteceu no dia 10 de fevereiro, além de ter
marcado mais uma etapa na vida de 199 médicos, também
foi uma forma de o Hospital de Clínicas homenagear esses
profissionais, tão importantes no dia a dia da instituição.
No Salão de Atos da Ufrgs, formandos em mais de
40 especialidades e suas diferentes áreas de atuação rece-
beram os certificados das mãos dos chefes de serviços e
aproveitaram para homenagear professores e funcionários
que tiveram participação especial em sua formação. Quem
embalou a cerimônia, a intervalos na entrega dos certifica-
dos, foi a residente de Neurologia Ana Claudia de Souza,
que interpretou ao piano três temas musicais.
A coordenadora da Comissão de Residência Médica
(Coreme), Helena von Eye Corleta, destacou em seu discur-
so que o período é muito marcante para os profissionais,
pois envolve responsabilidades e maturidade. Helena e o
seu antecessor, professor Alceu Migliavacca, homenagea-
ram Maria Joeci Sperk, a Jô, pelos 45 anos de hospital e 38
anos na secretaria da Coreme. “Com certeza ela já resolveu
muitos problemas e trapalhadas de vocês”, brincou Miglia-
vacca. “São funcionários como ela, fiéis e de caráter, que
fazem da Ufrgs e do HCPA as instituições que são.”
NOITE DE FESTA PARA HOMENAGEAR MÉDICOS RESIDENTES
ENSINO
HCPA INSTITUCIONALIZA FORMATURA CONJUNTA DE TODAS AS ESPECIALIDADES
No total, 199 residentes médicos, de diferentes especialidades, se formaram
| 11 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
NOITE DE FESTA PARA HOMENAGEAR MÉDICOS RESIDENTES
O médico deve buscar o que é certo para o
paciente, cuidar mais das pessoas e ser menos “me-
cânico do corpo”. Esta foi a mensagem de Gabriel
Veber, que falou em nome dos residentes. Já o re-
presentante dos homenageados, professor Gilberto
Schwartsmann, exortou aos formandos: “Honrem
nossa instituição, respeitem nossa história. Vocês
estão se formando em um dos melhores hospitais
universitários da América Latina”. O presidente do
HCPA, Amarilio Vieira de Macedo Neto, também
deixou seu recado: “Vocês estão prontos, ajudem
a melhorar o nosso país”. O reitor da Ufrgs, Car-
los Alexandre Netto, fez votos de que os formados
estudem e façam ciência, “pois ela muda o mundo
para melhor”.
Também estavam na mesa a vice-presidente Mé-
dica, Nadine Clausell; a vice-diretora da Faculdade de
Medicina, Lucia Maria Kliemann; a presidente da As-
sociação dos Médicos Residentes, Katsuki Tiscoski; e o
presidente da Fundação Médica, Marcelo Goldani. Público praticamente lotou o Salão de Atos da Ufrgs
Representantes do HCPA e da Ufrgs compuseram a mesa
Prof. Gilberto Schwartsmann foi o representante dos professores homenageados
| 12 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
O projeto de expansão do hospital, que inclui os Ane-
xos I e II, prevê uma série de inovações nos prédios,
que vão garantir mais sustentabilidade, eficiência
energética e economia. Entre elas, está a utilização
do no-break dinâmico. O equipamento, que substitui
a dupla gerador + no-break convencional, pode gerar
uma economia anual de cerca de R$ 800 mil em ma-
nutenção e de 1.232 baterias.
De acordo com o engenheiro e assessor de planejamen-
to Fernando Martins Pereira, o no-break dinâmico tem
como função suprir energia até que o gerador entre no
sistema. Exemplo: quando falta energia no hospital, o
gerador leva de oito a 15 segundos para funcionar. Esse
tempo, que parece mínimo, é o suficiente para os equi-
pamentos eletroeletrônicos/médicos desligarem. Até que
eles liguem novamente e entrem no sistema, leva mais
algum tempo e isso, na área assistencial, pode represen-
tar risco de morte. A vantagem do no-break dinâmico,
portanto, é que ele entra em uma fração de tempo que
não deixa o sistema cair nem os aparelhos desligarem.
Outra vantagem do no-break dinâmico é que ele tem
um custo menor de aquisição e não precisa de bate-
rias estacionárias, porque enquanto trabalha, vai ar-
mazenando energia em um acumulador movido pela
energia cinética desenvolvida na operação, para dar
partida no próximo ciclo. Um no-break convencional
precisa de 1.232 baterias, que devem ser trocadas a
cada ano, geram custo maior de manutenção e ocu-
pam muito espaço. Quedas de tensão, picos e peque-
nas interrupções de energia elétrica são automatica-
mente eliminados com o no-break dinâmico. “Com
certeza, é o sistema mais eficiente no mercado e vai
representar uma diminuição significativa nos custos
do Clínicas”, finaliza Fernando.
SEM PERDA DE TEMPO E COM MAIS ECONOMIA
EXPANSÃO
NO-BREAK DINÂMICO VAI GARANTIR APARELHOS SEMPRE LIGADOS E A REDUÇÃO DE 1.232 BATERIAS POR ANO
| 13 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
A busca por melhorias na saúde é uma constante que, no Clínicas,
abrange seus três pilares: assistência, ensino e pesquisa. Na área da
pesquisa, a instituição é um polo de conhecimento, sendo reconhecida
no cenário científico nacional e internacional. Os estudos produzidos no
HCPA oferecem aos pacientes novas opções terapêuticas, que muitas
vezes não estariam ao seu alcance. Assim, também os jovens talentos
são estimulados ao intercâmbio e desenvolvimento de novas ideias, com
o objetivo de colocar a ciência a serviço da transformação de realidades.
O Clínicas foi o primeiro hospital universitário do país a instalar o
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), em 1997. Hoje, é reconhecido
nacionalmente como modelo de gestão em pesquisa clínica para os
demais hospitais universitários.
Em 2014, 3.004 cidadãos participaram de alguma pesquisa no
hospital, recebendo atendimento em um dos 195 projetos realizados
no Centro de Pesquisa Clínica (CPC). O Fundo de Incentivo à Pesquisa
e Eventos (Fipe) realizou dispêndio de R$ 1,7 milhão para custeio das
atividades de pesquisa vinculada aos projetos e aportou recursos
da ordem de R$ 2,3 milhões em 408 novas solicitações. Ainda, por
meio de convênio firmado entre a Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o HCPA, foram selecionados
seis projetos para bolsas de pós-doutorado. Na Iniciação Científica, o
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica destinou 107
bolsas, sendo 41 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) e 66 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
Grande do Sul (Fapergs).
Confira a seguir a estrutura que o Clínicas oferece a seus pesquisadores.
PESQUISA
CLÍNICAS MANTÉM PROJETOS EM DIVERSAS ESPECIALIDADES
CIÊNCIA A SERVIÇO DA TRANSFORMAÇÃO DE REALIDADES
Centro de Terapia Gênica Unid. de Patologia Experimental
| 14 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
O Hospital de Clínicas é a única instituição pública no Rio Grande do Sul capacitada como banco de sangue de cordão umbi-
lical não aparentado. O Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) da instituição está em atividade desde
2011, fazendo a triagem de mães voluntárias, realizando coletas, processando e armazenando o material. Agora, pela primei-
ra vez, um destes cordões foi localizado e usado para ajudar uma paciente que precisava de um transplante de células-tronco
hematopoiéticas não aparentado. O procedimento foi realizado no dia 6 de janeiro. A chefe da Unidade de Criobiologia do
BSCUP, Liane Marise Rohsig, destaca a importância do trabalho realizado. “É um passo que consolida nosso compromisso
público com a saúde e reforça a disponibilidade deste material em nosso acervo para pacientes que precisem de transplante
no Brasil ou em outros países”, ressalta. O número de unidades armazenadas e disponíveis para uso em transplantes, por
ocasião da busca realizada pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), era de 608 unidades.
O primeiro transplante com sangue de cordão umbilical e placentário foi realizado em Paris, em 1988. Desde
então, tem sido utilizado como prática terapêutica no mundo inteiro, inclusive no HCPA, onde já foram realizados di-
versos transplantes com material de outros bancos, tanto brasileiros como de fora do país. Segundo dados do registro
internacional da organização BMDW (Bone Marrow Donor Worldwide), já ocorreram mais de 40 mil transplantes com
sangue de cordão umbilical e mais de 600 mil unidades estão congeladas e disponíveis para transplante.
BANCO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL
TRANSPLANTE
REALIZADO PRIMEIRO TRANSPLANTE COM MATERIAL ARMAZENADO NO HCPA
A doação do sangue de cordão é voluntária e autorizada pela mãe do bebê
| 15 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
BANCO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL
REDE BRASILCORD – O BSCUP do HCPA integra a Rede
BrasilCord, que reúne os Bancos Públicos de Sangue de Cordão
Umbilical e Placentário. Com a Rede BrasilCord, as chances
de transplante para pacientes que não possuem um doador
aparentado aumentam consideravelmente, bem como o
número de transplantes a serem realizados, salvando mais
vidas. De acordo com levantamento realizado com base nas
informações do Redome, a chance de um brasileiro localizar
um doador em território nacional é 30 vezes maior em relação
à possibilidade de encontrá-lo no exterior, por conta das
características genéticas. Além disso, o doador ideal (irmão
compatível) só está disponível em cerca de 30% das famílias
brasileiras - para 70% dos pacientes é necessário identificar um
doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários
e bancos públicos de sangue de cordão umbilical.
DOAÇÃO DE CORDÃO UMBILICAL – A doação do cordão
umbilical do recém-nascido para um banco público é
voluntária e autorizada pela mãe do bebê. As unidades
armazenadas ficam disponíveis para qualquer pessoa que
precise de transplante de células-tronco hematopoiéticas
devido a diversas doenças hematológicas, como leucemias,
linfomas e aplasias, algumas imunodeficiências e doenças
de erros inatos do metabolismo. Quanto mais cordões
armazenados, maior a quantidade de pessoas que podem ser
beneficiadas. Os bancos da Rede BrasilCord mantêm convênio
com determinadas maternidades para coleta dos cordões. As
doações só podem ser realizadas nesses hospitais conveniados,
onde existem equipes treinadas para realizar a abordagem da
gestante, acompanhamento da gestação e coleta do material
no momento do nascimento da criança. Além da coleta das
doações de pacientes do próprio HCPA, o Clínicas também
recebe material do Hospital Moinhos de Vento e está aberto
a mais parcerias com outras instituições interessadas, que
podem entrar em contato através do telefone (51) 3359.7654.
Doações só podem ser realizadas nos hospitais conveniados à rede
Unidades armazenadas ficam disponíveis para transplantes
| 16 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
ESPECIAL
Logo no início de seu funcionamento, o
Hospital de Clínicas já reconhecia a im-
portância de possuir um jornal para pro-
mover a comunicação interna. Em 1972,
circulou a primeira edição do Fatos em Foco, que se-
guiu sendo publicado, com diferentes formatos em
momentos diversos, até o início dos anos 2000.
Naquele princípio do século 21, o HCPA tinha cres-
cido muito e, como não podia deixar de ser, apresentava
novas demandas de comunicação. Assim, em dezembro
de 2014, o Fatos em Foco encerrou sua trajetória e nasceu
um novo jornal, que no próprio nome anunciava sua prin-
cipal vocação: ser um espaço aberto a todos. “O Espaço
Aberto foi criado para ajudar a estabelecer uma comunica-
ção mais ágil e eficaz dentro do HCPA. (...) Como sugere
o título, queremos ter e manter um espaço aberto, através
do qual a comunidade interna tenha acesso rápido e faci-
litado a informações de seu interesse e, ao mesmo tempo,
possa apresentar suas dúvidas, questionamentos e suges-
tões”, diz um trecho do texto de apresentação. A capa
da edição inaugural anunciava reportagem sobre o atendi-
mento qualificado e humanizado oferecido aos pacientes
da UTI Neonatal, reconhecido pelo Ministério da Saúde,
através do Prêmio Nacional Professor Fernando Figueira.
Inicialmente, a publicação tinha oito páginas, total-
mente produzidas pela Assessoria de Comunicação Social
(ACS) e impressas na Gráfica do hospital. Com o passar do
tempo, as oito páginas ficaram insuficientes para divulgar
as notícia do hospital em expansão. Na edição número 23,
o jornal duplicou de tamanho; logo passou a 24 páginas e,
finalmente, chegou a 32 – seu número atual.
A partir da edição 20, a contratação de empresa
externa para redefinição do projeto gráfico conferiu um
Como sugere o título, queremos ter e manter um espaço aberto, através
do qual a comunidade interna tenha acesso rápido e facilitado a
informações de seu interesse.
ESPAÇO ABERTO: UMA HISTÓRIA ESCRITA POR (E PARA) VOCÊ PUBLICAÇÃO CHEGA À 50ª EDIÇÃO EM NOVO FORMATO E COM RESGATE DO QUE JÁ FOI DESTAQUE EM SUAS PÁGINAS
A história do Hospital de Clínicas é escrita diariamente pelos professores, funcionários, estudantes,
pesquisadores, residentes, estagiários, pacientes e tantos outros públicos que fazem o dia a dia da instituição.
Os momentos mais importantes dessa trajetória ficam registrados nas páginas do Espaço Aberto, que chega
à edição de número 50. Comemorando seus dez anos de circulação ininterrupta, presenteamos os leitores com
esta reportagem especial, que relembra alguns dos muitos fatos já relatados pela publicação. Para completar
a celebração, o tradicional jornal transforma-se em revista, com visual e conteúdo renovados, para que você
possa desfrutar ainda mais.
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visual mais arrojado ao jornal, que foi novamente moderni-
zado na edição 38. Ao longo de toda trajetória, a produção
de conteúdos e fotografias sempre ficou a cargo da ACS.
“Eu entrevistava, redigia, editava, diagramava, revisava, e o
Clóvis Prates fotografava”, lembra a jornalista Elisa Kopplin
Ferraretto, que criou o Espaço Aberto e elaborou a publica-
ção até a edição 32, em dezembro de 2010.
Naquele momento, a área de Comunicação do Clí-
nicas (hoje Coordenadoria de Comunicação) estava ini-
ciando seu próprio processo de crescimento. Os três fun-
cionários iniciais – uma jornalista, uma relações públicas e
um assistente administrativo – são hoje 20, incluindo toda
a equipe da antiga Seção de Eventos, mais duas jornalistas
e duas relações públicas, uma designer, um webdesigner,
uma administradora e uma técnica em secretariado.
Foi esta equipe que elaborou e responde pela exe-
cução dos novos projetos editorial, gráfico e de distribui-
ção do Espaço Aberto, que agora possui formato de revis-
ta, com conteúdo e visual aprimorados.
Alguns temas abordados ganharam destaque e
até mesmo edições especiais que circularam à parte das
publicações usuais. A primeira delas foi o Espaço Aberto
número sete, de setembro de 2005, que anunciou que
os funcionários teriam, a partir de então, plano de saúde,
graças à contratação com a Unimed. Em outros casos, fo-
ram elaborados cadernos que davam tratamento especial
a assuntos como a atuação do hospital frente ao surto de
Gripe A, a celebração dos 40 anos da instituição ou a de-
dicação ao atendimento das vítimas da tragédia de Santa
Maria, além de temas que precisavam de grande mobili-
zação da comunidade interna, como no caso da prepa-
ração para a conquista da Acreditação Internacional. As
diversas personalidades que passaram pelo hospital tam-
bém foram retratadas. Visitas de figuras importantes nas
áreas da saúde, política, economia e cultura, de renome
nacional e internacional, marcaram presença nas depen-
dências da instituição e nas páginas da publicação. Até
mesmo príncipe e princesa
descendentes da família real
brasileira estiveram por aqui,
fato retratado na edição de
número 13, de outubro/no-
vembro de 2006.
Muitos foram os episó-
dios marcantes que ganha-
ram as páginas da revista - a
seguir, selecionamos alguns
destes destaques para você
relembrar, ano a ano, o que já
fez parte dessa história.
ESPAÇO ABERTO: UMA HISTÓRIA ESCRITA POR (E PARA) VOCÊ PUBLICAÇÃO CHEGA À 50ª EDIÇÃO EM NOVO FORMATO E COM RESGATE DO QUE JÁ FOI DESTAQUE EM SUAS PÁGINAS
Capa da 1ª edição
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ESPECIAL
2005A edição de abril de
2005 trouxe o adeus a
Carlos César de Albu-
querque, ex-presidente
da instituição, falecido
em 18 de março. No
mesmo ano, o Clínicas foi apontado como um dos
melhores hospitais gaúchos na avaliação dos usuários
do Sistema Único de Saúde.
2006Pela sua atuação de excelência,
o Clínicas tradicionalmente
recebe prêmios. A edição de
outubro/novembro de 2006 fez
desta característica a temática
da capa, destacando as distin-
ções recebidas nas mais diversas
áreas. No mesmo ano, foi noticiado o início das atividades da
academia e lançamento do novo portal do HCPA.
2013O triste episódio do incêndio em uma boate de
Santa Maria marcou o início do ano de 2013. A
mobilização e o protagonismo do HCPA na assis-
tência às vítimas foi foco de um caderno especial da
edição 41. O ano também marcou a inauguração
do Programa de Cirurgia Robótica, a assinatura do
contrato para ampliação do HCPA e o lançamento
do livro que resgata a trajetória do hospital.
2012A preservação da história da instituição ganhou
impulso com a inauguração do Memorial.
Também foi possível acompanhar nas publicações
deste ano o anúncio da ampliação do
hospital, em entrevista coletiva à imprensa; a
inauguração do Centro de Pronto Diagnóstico
Ambulatorial; e o início da implantação do AGHU.
2011O início do ano do 40º aniversário do Clínicas foi
marcado pelo recebimento das chaves e início da
recuperação da Unidade Álvaro Alvim. Já a Emer-
gência adotou o protocolo de Manchester em
setembro, para organizar o atendimento das urgên-
cias. Foi também assinado contrato para projeto
dos prédios anexos do hospital, em 24 de outubro.
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2007A capa da edição do início
de 2007 abordou outro
tema muito presente na
cotidiano da instituição:
o reconhecimento aos
funcionários. O EA reportou
a criação da Distinção por
Tempo de Serviço, a implantação do Programa de Gestão
de Desempenho e os ajustes no Plano de Cargos.
2008O ano de 2008, com a edição 20
(março/abril), marcou a primeira
mudança na “cara” da publicação,
com visual mais leve, colorido e
dinâmico. Na capa, destaque para
Sandra Maria Martins Goulart, as-
censorista do Clínicas, vencedora
do concurso para escolher “A cara de Porto Alegre”, promovido
pelo jornal Zero Hora. Neste mesmo ano, foi realizada a primeira
retirada de pele de doador cadáver no estado.
2009Na edição de número 26, a capa destacou as mais de 2,5
mil pessoas unidas em um abraço destinado a demonstrar o
amor e o orgulho pelo HCPA na campanha 100% Clínicas.
Outros fatos de destaque: ingresso no processo de Acredita-
ção Internacional, transformação em hospital de campanha
para combater a Gripe A e a definição de que o AGH seria
transposto para todos os hospitais universitários do MEC.
2013O triste episódio do incêndio em uma boate de
Santa Maria marcou o início do ano de 2013. A
mobilização e o protagonismo do HCPA na assis-
tência às vítimas foi foco de um caderno especial da
edição 41. O ano também marcou a inauguração
do Programa de Cirurgia Robótica, a assinatura do
contrato para ampliação do HCPA e o lançamento
do livro que resgata a trajetória do hospital.
2014Em clima de comemoração, a primeira edi-
ção de 2014 trouxe na sua capa a conquis-
ta da Acreditação Internacional. Também
foram retratadas nas páginas da publicação
ao longo do ano a inauguração do Centro
de Simulação em Procedimentos Minima-
mente Invasivos, a implantação do Projeto
HCPA Conecta, a troca do nome da Revista Científica para Clinical and
Biomedical Research e a entrega da Láurea HCPA.
2010Muitas atividades alusivas aos 40
anos da Lei que criou a Empresa
Pública HCPA ocorreram no ano
de 2010, além de acontecimentos
importantes como a incorporação
da Unidade Álvaro Alvim (UAA),
antigo Hospital Luterano.
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A educação dos trabalhadores e as ações preventivas estão no foco do trabalho a ser realizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, conforme aponta o presidente da comissão na Unidade Álvaro Alvim, Lauro Roberto Borba Junior, empossado no mês de dezembro de 2014. “Vamos manter algumas ações como o Programa CIPA Bem-Estar e pensamos, ainda, na criação de outros projetos que auxiliem no manejo do estresse ocupacional, como grupos de práticas integrativas e complementares: meditação, relaxamento, ioga, entre outras”, afirma.
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HOMENAGEM A APOSENTADOS DA MEDICINA INTERNA
O Centro de Pesquisa Experimental do HCPA sediou, nos dias 10 e 11 de dezembro, o Seminário de avaliação parcial de acompanhamento e avaliação das pesquisas apoiadas pelo Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (SUS). O evento, promovido pela Fapergs e pelo Grupo de Pesquisa e Pós-graduação do Clínicas, contou com a apresentação de 91 projetos científicos fomentados pelo edital, analisados por uma banca de avaliadores. O aporte de recursos é da ordem de R$ 7,3 milhões em pesquisas científicas e tecnológicas, com foco na qualificação dos serviços prestados pelo SUS. A programação integrou também as atividades oficiais de comemoração aos 50 anos da Fapergs.
O Serviço de Medicina Interna do HCPA despediu-se no mês de dezembro dos professores Matias Kronfeld e Jerônimo Zanonato, que se aposentaram. Uma homenagem foi realizada, com a entrega de placas e discurso do chefe do Serviço, Renato Seligman. “Ambos representam uma geração que atuou no início do Serviço. A vinda deles representou um importante reforço e crescimento na área”, ressaltou. Os homenageados agradeceram pelo gesto. “Se eu tivesse
que fazer outra coisa na vida, faria Medicina de novo”, disse Matias Kronfeld. “Foi muito prazeroso e importante ter trabalhado aqui. Fica a saudade”, afirmou Jerônimo Zanonato.
ENCONTRO INTERNACIONAL DE NEONATOLOGIA
Abordar os aspectos do nascimento e seguimento pós-alta dos bebês prematuros e gravemente doentes será o objetivo do IV Encontro Internacional de Neonatologia e do II Simpósio Interdisciplinar de Atenção ao Prematuro, que acontecem de 9 a 11 de abril. Promovidos pelo Ambulatório de Seguimento de Prematuros do HCPA, os eventos serão realizados no Centro de Eventos Plaza São Rafael. Entre os convidados estão cinco palestrantes internacionais, que vêm pela primeira vez ao Brasil. O simpósio vai abordar questões práticas, enquanto que o encontro terá mais palestras, abordando doenças graves no período neonatal, nutrição e desempenho das crianças. As inscrições estão abertas no site www.fundacaomedicars.org.br. Mais informações em www.encontrodeneonatologia.com.br ou pelo fone (51) 3332.6840.
PESQUISAS FOCAM NA QUALIFICAÇÃO DO SUS
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ASSISTÊNCIA
TREINAMENTOS PREPARAM IMPLANTAÇÃO DE ECMO NA NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
Uma perspectiva positiva se desenha para este ano: a de que
os pacientes pediátricos e da Neonatologia do HCPA pas-
sem a contar com o recurso da oxigenação por membrana
extracorpórea (ECMO). Trata-se de uma técnica usada para
fornecer suporte de oxigênio para coração e pulmões em
pacientes nos quais estes órgãos estão com a função muito
prejudicada. É utilizada para se obter a depuração de dióxido
de carbono e oxigenação do sangue, de forma independente
do pulmão nativo. No momento, o procedimento está dispo-
nível apenas para pacientes adultos, mas, até o final de 2015,
a ideia é que seja uma possibilidade para outros públicos.
Além da alocação de recursos, a implantação da téc-
nica prevê a capacitação das áreas envolvidas. No mês de
dezembro, foi realizado um treinamento prático sobre a
técnica no Serviço de Cirurgia Torácica, com a participação
de integrantes de diferentes áreas do hospital. A capacita-
ção oportunizou a introdução em conhecimentos sobre o
sistema de tratamento com foco em pacientes pediátricos.
“É um passo inicial para que seja possível começar a contar
com esta opção nos casos de crianças e recém-nascidos”,
explicou o chefe do Serviço de Cirurgia Torácica, professor
Maurício Saueressig. Na ocasião, foram realizadas demons-
trações sobre o funcionamento do sistema, simulações de
complicações, entre outras situações.
TRABALHO MULTIDISCIPLINAR
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pro-
fissionais de diversas especialidades formam o grupo de
trabalho que passa a atuar de forma conjunta nesta área.
“Não existe, no Sul do país, um serviço que faça esta
modalidade de tratamento da forma como planeja-
mos aqui, com uma equipe interdisciplinar integrada
para tratamento na Neonatologia, na Pediatria e de
adultos, o que representa uma otimização de recur-
sos, com capacitação e desenvolvimento que poderão
salvar muitos pacientes”, observa a chefe do Serviço
de Neonatologia, professora Rita de Cassia dos Santos
Silveira. Ela aponta que, somente no ano de 2013, por
exemplo, havia 13 recém-nascidos internados da UTI
Neonatal que teriam indicação para tratamento por
ECMO. “É uma modalidade cara, que mobiliza muitos
recursos humanos e de material. Uma grande respon-
sabilidade. Não seria possível programar algo desta
monta sem um forte trabalho multidisciplinar profis-
sional e institucional”, salienta.
Até 2016 o ECMO deve estar disponível a outros públicos
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BEM-ESTAR
LOCAL OFERECE AMBIENTE AGRADÁVEL E ACONCHEGANTE PARA FUNCIONÁRIOS
O novo espaço de descanso e lazer, inaugurado no início
deste ano, já está sendo bem usufruído pela comunida-
de do HCPA. Seja pela manhã, no horário de almoço ou
à noite, sempre tem alguém aproveitando seus minutos
de descanso para relaxar no local. “Este também é um
espaço para fazer amigos e, principalmente, incentivar a
colaboração entre equipes”, afirmou a atual presidente
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa),
Liana Zampiron, durante a cerimônia de inauguração.
O presidente do hospital, professor Amarilio Viei-
ra de Macedo Neto, lembrou que o objetivo é oferecer
um espaço de convivência e lazer, para que os profissio-
nais sintam-se cada vez mais valorizados e possam se-
guir desenvolvendo suas atividades com a qualidade e a
dedicação historicamente reconhecidas pela sociedade.
“Procuramos sempre melhorar o local de trabalho, pois
sabemos que isso influencia no dia a dia”, ressaltou.
Passar o intervalo na sala de trabalho, em frente ao
computador, era a rotina de Rafael Flores Leonardi, assis-
tente administrativo da Central de Identificação. Agora, ele
frequenta o espaço de descanso e lazer diariamente. “Achei
muito boa a ideia, o local é ótimo, posso descansar.”
Cristiano Ribeiro das Chagas, técnico de enfermagem
do Centro de Tratamento Intensivo, ainda não frequenta
todos os dias, mas também aprovou o espaço. “Antes eu
passava meu intervalo no 3º andar ou em outros locais, mas
aqui é melhor, tem ar condicionado, é bem agradável.”
Para quem ainda não conferiu, o novo espaço de
descanso e lazer fica no antigo fumódromo, no estacio-
namento da Ala Sul.
ESPAÇO DE DESCANSO E LAZER
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PIONEIRISMO MAIS UMA VEZ É A MARCA DO HCPA
INOVAÇÃO
HOSPITAL INTEGROU PARTE DE PROJETO PILOTO COM O GOOGLE GLASS
Passado o período de adaptação aos principais aplicativos da Google (e-mail, agenda, drive), o Clínicas
agora investe no desenvolvimento de soluções e ferramentas que auxiliem na rotina da instituição,
além de fazer um balanço daquelas que já estão em uso.
Google Glass na cirurgia Google Glass no Raio x móvel Escala de Perroca
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PIONEIRISMO MAIS UMA VEZ É A MARCA DO HCPA
Google GlassNo final de 2014, o HCPA deu mais um passo para o
desenvolvimento do futuro da saúde: foi o primeiro hos-
pital público do país a utilizar de forma piloto o Google
Glass. O teste teve como finalidade verificar o quanto o
óculos pode melhorar e otimizar o dia a dia hospitalar. A
ferramenta foi utilizada em uma cirurgia e com o raio x
móvel. Entre as funcionalidades que o acessório oferece
estão, além do registro fotográfico e em vídeo dos proce-
dimentos, sua transmissão ao vivo, via streaming. Como
o Clínicas é um hospital universitário, essa função é muito
atrativa para o treinamento de estudantes e residentes
em cirurgia. Futuras potencialidades para o gadget que
podem ser exploradas nesta especialidade são a consulta
a exames do paciente em tempo real durante procedi-
mentos, a integração com o prontuário do paciente para
armazenamento de imagens e a utilização de realidade
aumentada para planejamento e realização de cirurgias.
A novidade foi noticiada na coluna do jornalista Túlio
Milmann, da Zero Hora, e logo se espalhou entre outros
veículos de comunicação, especialmente aqueles voltados
à Tecnologia da Informação (TI).
Escala de PerrocaA implantação da Escala de Classificação de Pacientes de
Perroca, iniciada em janeiro de 2015 de forma informatizada
e sistematizada, em Unidades de Internação Clínica e Cirúr-
gica, representou um marco para o planejamento e a organi-
zação do processo de trabalho das equipes de Enfermagem.
De acordo com os membros do Grupo de Trabalho
responsável pela implantação, coordenado pela professo-
ra Ana Magalhães e pelas assessoras Maria Luiza Malve-
zzi e Diovane Costa, o retorno dos enfermeiros que estão
aplicando a escala é bastante positivo. As enfermeiras
Caren Riboldi, Andréia Barcellos Teixeira Macedo e Tia-
ne Mergen, que lideram o processo de implantação junto
com as assessoras do Grupo de Enfermagem (Genf), con-
tam que as vantagens são a praticidade e o fácil manuseio
do instrumento, a melhora dos registros dos pacientes e
da comunicação entre a equipe de trabalho e a visualiza-
ção diária do nível de complexidade dos pacientes.
O desenvolvimento desse projeto, dentro do HCPA
Conecta, possibilita aos enfermeiros uma visão em tempo
real do grau de dependência dos pacientes em relação aos
cuidados de Enfermagem das suas unidades. Além disso, o
acompanhamento destes dados será crucial para determi-
nar o quantitativo de pessoal e o nível de formação para o
atendimento adequado aos pacientes, impactando na me-
lhoria dos indicadores de qualidade e segurança.
Integração da foto do crachá com foto do e-mailOutra novidade incluída no projeto HCPA Conecta foi
a integração da foto do crachá de todos os usuários do
Clínicas com a foto do e-mail corporativo. Essa mudança
teve como objetivo padronizar as fotografias em todos os
canais institucionais (como já acontece hoje com o Portal
do Colaborador) e facilitar a identificação dos usuários.
Um novo endereço na redeO Hospital de Clínicas é reconhecido pelo Ministério
da Educação como Instituto Federal de Ensino Superior
(Ifes), o que possibilita ter um nome de domínio próprio
na internet e conexões com alta disponibilidade de aces-
so à rede. Além disso, há a possibilidade da utilização
dos serviços em nuvem.
Assim, o domínio do site e dos aplicativos Google
(e-mail, agenda, drive, grupos) passará a ser hcpa.edu.br ,
e não mais hcpa.ufrgs.br . A Coordenadoria de Gestão da
Tecnologia da Informação (CGTI) está trabalhando no pro-
cesso de migração e manterá a comunidade interna infor-
mada através da Coordenadoria de Comunicação. Escala de Perroca
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DESTAQUES
O professor do Serviço de Otorrinolaringologia do
HCPA Sady Selaimen da Costa tomou posse, no dia 16 de janeiro, como presidente da
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia
e Cirurgia Cérvico-facial. A entidade congrega mais de 6 mil
sócios na área da otorrinolaringologia brasileira, representando todas as regiões e abrigando sob sua responsabilidade seis academias, 16 departamentos e inúmeras comissões e comitês que definem estratégias e projetos para a especialidade no país.
O médico do Serviço de Neurologia Artur
Francisco Schumacher Schuh recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Neurologia, em
novembro, na cidade de Curitiba, durante o
XXVI Congresso Brasileiro de Neurologia. Este prêmio é conferido
a cada dois anos para a melhor tese de doutorado na área de Neurologia no Brasil. A tese, intitulada Estudo de fatores clínicos e genéticos associados à variabilidade da resposta farmacológica à terapia dopaminérgica na doença de Parkinson, foi desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular da Ufrgs e realizada no Serviço de Neurologia do HCPA e no Departamento de Genética da Ufrgs.
Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, um grupo de médicos do Hospital de Clínicas participou de evento que discutiu de forma abrangente aspectos relacionados à definição, métodos de investigação e de tratamento da Sequência de Pierre Robin. O evento foi realizado em Utrecht (Holanda) e reuniu aproximadamente 140 profissionais de 24 países. A delegação brasileira foi composta por oito médicos, cinco do HCPA: Cláudia Schweiger e Denise Manica (Serviço de Otorrinolaringologia), professor Marcus Vinicius Collares (chefe do Serviço de Cirurgia Plástica), Simone Fagondes (Serviço de Pneumologia) e Temis Felix (Serviço de Genética Médica).
No ano de 2014, por iniciativa do professor Gilberto Schwartsmann, o Centro Acadêmico Sarmento Leite (CASL) criou uma premiação anual de estímulo à produção científica, destinada a estudantes de Medicina da Ufrgs. A premiação é concedida ao aluno que tenha sido autor ou co-autor do mais destacado trabalho científico original e publicado em uma revista de circulação internacional. A comissão julgadora, composta pelos professores Rafael Roesler, Mario Evangelista e Paulo Dornelles Picon, premiou a acadêmica Amanda Veiga Cheuiche, cujo trabalho versou sobre técnicas de avaliação da função renal em pacientes diabéticos e indivíduos sadios. O trabalho foi publicado na renomada revista Clinical Biochemistry.
PRESIDÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE OTORRINOLARINGOLOGIA
MELHOR TESE DE NEUROLOGIA
PRESENÇA EM EVENTO SOBRE PIERRE ROBIN
PREMIAÇÃO CASL
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O médico hemodinamicista Luiz Carlos Corsetti Bergoli
apresentou publicação recente no periódico de Cardiologia European Heart Journal. Durante sua experiência no
Centro de Cardiologia Intervencionista da Erasmus
Medical Center, em Roterdã (Holanda), ele descreveu um caso complexo de correção por cateter de insuficiência grave da válvula mitral.
A professora adjunta do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Ufrgs, Clarissa Severino Gama, recebeu o título de livre-docente pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Este é considerado um dos mais relevantes graus acadêmicos, alcançado através de concurso público. A qualificação, apenas para doutores, desafia os candidatos a demonstrarem sua qualidade superior na docência e na pesquisa. Clarissa abordou o estudo dos transtornos psiquiátricos graves, como a esquizofrenia e transtorno bipolar, com foco em marcadores biológicos e cognitivos.
O aluno de doutorado do Programa de Pós-graduação em Cirurgia da Ufrgs, Joel Lavinsky, orientado pelo professor Luiz Lavinsky, recebeu o prêmio de melhor trabalho científico no Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia de 2014, com o tema Efeito do hiperinsulinismo no comprometimento auditivo neurossensorial na doença de Ménière – um estudo de coorte. A pesquisa foi realizada no Serviço de Otorrinolaringologia do HCPA.
O médico do Serviço de Neurologia do Clínicas
Gustavo Isolan e profissionais da Universidade do Chile tiveram trabalho publicado no Journal of
Neurological Surgery em outubro de 2014, abordando
técnica de revascularização encefálica inédita. O estudo, intitulado Use of superior thyroid artery as a donor vessel in extracranial-intracranial revascularization procedures: a novel technique, relata quatro casos de uso de nova técnica para aumentar o fluxo vascular cerebral com um bypass de artéria radial que comunica a artéria tireoidea superior com a artéria cerebral média.
No dia 22 de janeiro, foram eleitos os vice-presidentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS). O assessor do HCPA Fernando Martins Pereira da Silva foi eleito 1º vice-presidente da gestão sob a presidência de Melvis Barrios Junior.
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Há quem diga que o ano só começa de verdade no Bra-
sil no mês de março - seja como for, o fato é que sem-
pre é tempo de praticar a solidariedade. Com foco em
estimular a doação de sangue, o Hospital de Clínicas, a
partir da atuação da equipe do Banco de Sangue, reali-
za diversas ações para lembrar a importância deste ato.
O início do ano letivo nas universidades, por exemplo,
marca o trote solidário, realizado também no segundo
semestre. Em junho, no dia 14, é celebrado o Dia Mun-
dial do Doador. A Semana Nacional do Doador Voluntá-
rio de Sangue, em novembro, homenageia aqueles que
fazem deste ato uma constante em suas vidas e procura
encorajar cada vez mais pessoas a agirem desta forma.
Mas, muito além de qualquer data, está a permanente
necessidade da doação. “A maioria das pessoas pode
doar e transformar isso em um hábito que fará a diferen-
ça na vida de muitos”, observa a assistente social Maria
Cecilia Silveira Pires, que trabalha no setor da Capta-
ção de Doadores. O chefe do Serviço de Hemoterapia,
Tor Onsten, ressalta a importância do doador fideliza-
do. “Lidamos, cada vez mais, com pacientes crônicos,
que precisam de muitas transfusões e que desenvolvem
anticorpos. Por esta razão, é cada vez mais importan-
te contar com a doação constante de pessoas cujo
sangue não provoca reações, por exemplo”, aponta.
DEDICAÇÃO EM DOSE DUPLA
Parceiras desde o nascimento, as gêmeas idênticas
Maria Irina Guerini e Maria Terezinha Guerini Link, de
59 anos, também são companheiras no humanismo
RESPONSABILIDADE SOCIAL
DOAÇÃO DE SANGUE: EM BUSCA DA SOLIDARIEDADE ATUAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE BUSCA INCENTIVAR O ATO VOLUNTÁRIO
Gêmeas Maria Irina e Maria Terezinha são doadoras há anos
| 29 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
DOAÇÃO DE SANGUE: EM BUSCA DA SOLIDARIEDADE
de seus atos: as irmãs vêm mensalmente ao Banco de
Sangue do Clínicas para doar sangue e plaquetas. Elas
afirmam que fazem questão da atitude. “Se necessário,
troco até por folgas e dias de férias para vir doar”, con-
ta Maria Irina. Ambas trabalham no mesmo escritório
contábil - Maria Terezinha foi contratada depois, já avi-
sando de seu comprometimento com a causa da doação
no primeiro dia. “Na entrevista de emprego eu alertei
que, frequentemente, dedico-me à doação”, relata,
contando que a prática se tornou hábito especialmente
a partir de 2005, quando seu marido precisou fazer uma
cirurgia e o procedimento exigia uma quantidade maior
de bolsas de sangue. “Não nos damos conta do quanto
é importante para quem precisa. Não há dinheiro que
pague fazer este bem”, conta ela, que já realizou mais
de cem doações na instituição.
Homenagem a doadores voluntários
Os funcionários do HCPA têm prioridade no
atendimento para fazer a doação, além de poderem
acessar o Serviço pelo corredor interno.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-
feira, das 8h às 15h, e sábado, das 8h às 12h.
Local: 2º andar da Unidade Básica de Saúde.
REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAR SANGUE:
Ter entre 16 e 69 anos (dos 16 aos 18, é necessária
uma autorização por escrito de responsável).
Pesar 50 quilos ou mais.
Ser saudável.
Apresentar documento com foto.
IMPEDIMENTOS PARA A DOAÇÃO:
Gravidez ou amamentação.
Doença de Chagas.
Hepatite viral após os 11 anos de idade.
Diabetes.
Estar gripado.
Hipertensão grave.
Comportamento de risco para Aids.
Uso de bebida alcoólica há menos de
12 horas da doação.
Cirurgias recentes.
Transfusão de sangue nos últimos 12 meses.
Ser usuário de drogas.
FAÇA A SUA PARTE!
No dia da doação, é realizada uma triagem
clínica. É fornecido aos doadores um
comprovante para justificativa de falta ou
atraso no trabalho. Para mais informações,
entre em contato com o Banco, pelo telefone
(51) 3359-8504.
| 30 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
MEMÓRIA INSTITUCIONAL
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
O pórtico do hospital foi construído antes mesmo de o prédio ficar pronto. Em 1944, houve liberação de verba para a construção do prédio, mas o dinheiro foi suficiente apenas para colocar de pé o pórtico de pedras, com portão de ferro. Ele ficava bem na entrada do HCPA, dando acesso à Av. Protásio Alves e de frente para a fachada do prédio.No início da década de 1970, o pórtico foi demolido e deu lugar às árvores que circundavam o estacionamento para visitantes. O portão de ferro, no entanto, ficou guardado no hospital.Mais tarde, na comemoração de 15 anos do Clínicas, o portão foi utilizado junto à uma exposição histórica. Ele servia como “entrada” para o público iniciar a visitação.
*Com a colaboração de Miguel Angelo Oliveira Oliva, do Serviço de Patrimônio.
Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail [email protected], com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.
PARTICIPE!
| 31 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 50 / Março - Abril / 2015
MURAL DE RECADOS
Estive no hospital com minha mãe (Elza Souza Simões), que fez um
cateterismo, e ficamos impressionadas com o excelente atendimento de todos
os funcionários. Queria deixar este elogio à equipe da Hemodinâmica, principalmente ao médico Alcides José Zago, à atendente Evelis, e
aos enfermeiros Jair e Laura. Não esquecendo do atendimento do
funcionário Carlos, da marcação de exames, que, além de competente, foi
muito atencioso. Parabéns a todos!
ELEN SOUZA SIMÕES
Existem missões que são extremamente sublimes nesta vida. Algumas imitam a nobreza do amor de Deus, outras a justiça, a cultura, mas todas são exercidas por profissionais. Todas
elas merecem o respeito e a gratidão. Vocês do HCPA e equipe do 7º Sul são profissionais dignos da mais profunda admiração pela forma incansável com
a qual se dedicam aos pacientes que ali aguardam recuperação. São profissionais
com determinação. Eu não poderia deixar de prestar a minha homenagem
a este grupo tão especial. Sou grato porque tenho a certeza que ainda há pessoas como vocês, que lutam em
prol de uma vida melhor com saúde e sucesso. Obrigado por tudo e que Deus
os abençoe e sejam muito felizes.
CELSO DE ALMEIDA
Agradeço à equipe de Coloproctologia, às técnicas e às
enfermeiras pelo ótimo atendimento, atenção e carinho dedicados a mim.
ANDREIA NOGUEIRA BARBOSA
Gostaria de parabenizar todos os colaboradores deste hospital, desde
os atendentes das recepções da Emergência e Central, enfermeiros, médicos e vigilantes. Minha sogra
foi atendida na Emergência e, após, no CTI, com todo o carinho e atenção. Muito obrigado por tudo.
PAULO MORAES
Gostaria de parabenizar o hospital pelo excelente atendimento. Minha filha fez uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, com muito sucesso. Achei que seria muito importante compartilhar
com vocês minha satisfação pelo atendimento recebido, desde a primeira ligação, até o momento da alta. Os funcionários foram extremamente gentis e competentes. Agradeço
às técnicas em Enfermagem, às enfermeiras e aos médicos pela maneira com que abordam a criança e pela segurança que passam a nós, pais, que estamos ali em uma situação nada
confortável. A amabilidade e o esforço de vocês são notáveis, e não se vê por aí todos os dias. Agradeço de coração pela paciência, pelo trabalho bem feito e por amarem o que fazem,
porque nada é mais importante para uma mãe do que a vida de um filho, e vocês entendem muito bem isso. Continuem assim, sendo anjos que fazem o bem. Obrigada.
MICHELE MARQUES