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Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Fábio Maximiano de Andrade Silva
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Denominação
• IRAC-BR:• Sociedade civil sem fins lucrativos;• Associação dedicada ao fomento à pesquisa e
desenvolvimento de trabalhos com produtos fitossanitários e plantas Bts na área de resistência
• O IRAC-Internacional é reconhecido como organismo consultor pela Organização de Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial de Saúde (WHO) das Nações Unidas
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Fundação
• Fundação: 05/Maio/1997
• Membros: 16
• Consultores: 2
• Taxas (2014):
• Por projeto
• Empresas
• Reunião Ordinárias:
• 2/ano
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Missão
• Manter todos os grupos químicos de inseticidas e
acaricidas e as plantas geneticamente
modificadas como alternativas viáveis de manejo
de insetos e ácaros por meio de programas de
parceria com Produtores e Instituições de Ensino,
Pesquisa e Extensão, para o gerenciamento
destas táticas de controle de uma maneira
sustentável.
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Membros
Apoio
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Diretoria e Consultores
• Diretoria
– Presidente: Fabio Andrade Silva (DuPont)– Vice-Presidente: Renato Carvalho (Monsanto)– 1º Tesoureira: Cristiane Muller (Dow AgroSciences)– 2º Tesoureiro: Francisco Lozano (Bayer)– 1º Secretária: Rosana Serikawa (DuPont)– 2º Secretária: Ximena Vilela (Ihara)
• Consultores
– Prof. Dr. Celso Omoto (ESALQ/USP)– Prof. Dr. Raul Guedes (UFV)
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Objetivos
• Proativamente trabalhar em “programas de prevenção”• Quando necessário identificar/confirmar o problema• Consolidação e distribuição das informações das pesquisas em
MRI• Gerar guias sobre riscos e como gerenciar os riscos• Promover colaboração com Universidades, Consultores,
Produtores, Companhias, entre outros• Promover treinamento para multiplicadores• Promover educação• Padronizar e validar recomendações de metodologia• Promover estratégias MRI • Estabelecer grupos de trabalho para recomendações e promover
as práticas de MRI
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Projeto
• Projetos de Pesquisa
• Spodoptera frugiperda3
• Tuta absoluta3
• Alabama argillacea1
• Grapholita molesta1
• Bonagota salubricola1
• Bemisia tabaci4
• Euschistus heros4 • Chrysodeixis includens4
• Helicoverpa armigera4
• Tetranychus urticae2
– Fundos: 1 Concluídos 2 Institucional 3Institucional e Empresas 4Empresas
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Exemplo – projetos
• Spodoptera frugiperda
• Pesquisador: Prof. Dr. Celso Omoto
• Linha Básica e monitoramento:– carbamatos, fosforados, piretróides, spinosinas, – Bacillus thuringiensis, benzoiluréias, – diacilhidrazinas, indoxacarb, diamidas
• Milho e algodão
• BA, MT, MS, GO, MG, SP, PR, RS
• Desafio: implementação das recomendações
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• Educacional
Focos:• Profissionais (ENFISA - Maio)• Produtores (quando necessário)• Estudantes (CONBRAF – Agosto)
Exemplo – projetos
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• Institucional• Suportar eventos educacionais
• Ferramentas• Nova página na Internet• Video: Disponível para todos no site
Exemplo – projetos
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• Pessoas capacitadas• Geração de dados para suportar estratégias de MRI• Novas pragas e complexidade das culturas• Sociedade consciente sobre MRI• Adoção das técnicas pelos usuários
IRAC-BR – Desafios
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Histórico
Fonte: J. Econ. Entomol. 107(2) (2014)
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4. Sub-doses: remove indivíduos suscetíveis e permanecem mais indivíduos (R) e aumenta a seleção de indivíduos resistentes (R)
2. Propriedade do inseticida: sistêmico, residual, número de aplicações
5. Alternância/Rotação: poucas alternativas de rotação com outros modos de ação e ou não prática de rotação de modos de ação diferentes
6. Todos os participanteda cadeia produtivas são responsáveis pelo uso correto
7. Prática de Manejo de Pragas: falta da prática de Manejo Integrado de Pragas
3. Pressão de Seleção: uso abusivo pode selecionar indivíduos resistentes (R), populações já possuem indivíduos (R)
1. Biologia dos insetos: ciclo de vida, número de gerações, movimentação dos insetos, frequência genética, histórico de populações resistentes, polifagia vs monofagia, hospedeiros alternativos, doses para mortalidade, local de alimentação
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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Gerações: Pulgões (muitas gerações) vs Helicoverpa armigera
Reprodução: Algumas espécies de pulgões são assexuados vs H. armigera
Polifagia vs Monofagia: Alabama argillacea and Helicoverpa armigera
Fatores metabólicos: Plutella xylostella vs Chrysodeixis includens
Geralmente nós estamos aptos para prever populações com altos potenciais de desenvolvimento da resistência
1. Biologia dos insetos: ciclo de vida, número de gerações, movimentação dos insetos, frequência genética, histórico de populações resistentes, polifagia vs monofagia, hospedeiros alternativos, doses para mortalidade, local de alimentação
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
Residual
Sistêmica (ingestão) vs Foliar (contato/ingestão)
Potência
Capacidade da molécula ser metabolizada
2. Propriedade do inseticida: sistêmico, residual, número de aplicações
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Mesmo Produto/Ingrediente Ativo/Modo de Ação
Reprodução Sobreviventes
Reprodução Sobreviventes
Suscetível Resistente
3. Pressão de Seleção: uso abusivo pode selecionar indivíduos resistentes (R), populações já possuem indivíduos (R)
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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Uso da dose recomendada
X X XX X
Sub-dose Dose de bulaX
Aumento de Dose
4. Sub-doses: remove indivíduos suscetíveis e permanecem mais indivíduos (R) e aumenta a seleção de indivíduos resistentes (R)
Resistente RR
Moderadamante RS
Suscetível SS
Sub-dose:Controle os indivíduos mais suscetíveis, mas permanece os RS e RR
Dose de bula: Controle ÓtimoAlguns indivíduos RR sobrevivem
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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AVISO!!!!!Produtores podem seguir a bula e
ainda estar sub-dosando
• Controle de pragas com diferentes doses
• Sub-doses ou efeitos supressor sobre diferentes espécies
• Falha na cobertura da cultura ou lavagem do produto pela chuva (Dentro do dossel da planta
sempre teremos locais com super dose, dose recomendada e sub dose)
• Diluição do produto com o crescimento da cultura, pois diminui o residual
4. Sub-doses: remove indivíduos suscetíveis e permanecem mais indivíduos (R) e aumenta a seleção de indivíduos resistentes (R)
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
A ALTAS DOSES???
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Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
MoA 1MoA 2
MoA 3MoA 4
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Sem rotaçãoAlta pressão de seleção
Sem geração população suscetível
Rotação entre gerações
Diferentes gerações não são expostas aos mesmos MoA. Pressão de seleção não aumenta dentro das gerações. Desenvolvimento de populações suscetíveis
Rotação dentro e entre geraçõesSituação ideal (risco muito baixo). Produtos tem que ser eficientes para todo o ciclo e entre gerações
Rotação dentro da mesma geraçãoGerações consecutivas expostas aos mesmos MoA. Pressão de seleção não muda entre gerações. Alto risco de desenvolvimento de resistência para ambos os produtos
5. Alternância/Rotação: poucas alternativas de rotação com outros modos de ação e ou não prática de rotação de modos de ação diferentes
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
MoA 1MoA 2
MoA 3MoA 4
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4
1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger. 1o Ger. 2o Ger.
Sem rotaçãoAlta pressão de seleção
Sem geração população suscetível
Rotação entre gerações
Diferentes gerações não são expostas aos mesmos MoA. Pressão de seleção não aumenta dentro das gerações. Desenvolvimento de populações suscetíveis
Rotação dentro e entre geraçõesSituação ideal (risco muito baixo). Produtos tem que ser eficientes para todo o ciclo e entre gerações
Rotação dentro da mesma geraçãoGerações consecutivas expostas aos mesmos MoA. Pressão de seleção não muda entre gerações. Alto risco de desenvolvimento de resistência para ambos os produtos
Isto é que tem sido feito por muito tempo
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas5. Alternância/Rotação: poucas alternativas de rotação com outros modos de ação e ou não prática de rotação de modos de ação diferentes
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1. Empresas de defensivos agrícolas
2. Representantes técnicos, de vendas e marketing
3. Distribuidores
4. Universidades, pesquisadores
5. Governo
6. Quem influencia da tomada de decisão
7. Agricultores
QUEM É RESPONSÁVEL POR PREVENIR RESISTÊNCIA DE INSETOS A INSETICIDAS?
Todas pessoas que fazer parte da cadeia produtiva
agrícola é responsável pelo uso correto, mas o
AGRICULTOR é o mais prejudicado
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
6. Todos os participantes da cadeia produtiva são responsáveis pelo uso correto
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Agricultores precisam entender
Agricultores são responsáveis
Agricultores são vítimas
Resistência de insetos colocam os agricultores,
sua família e toda a sua atividade em GRANDE
RISCO
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
6. Todos os participantes da cadeia produtiva são responsáveis pelo uso correto
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1. Os inseticidas utilizados atualmente permanecerão EFETIVOS por longo período de tempo. Isto significa MAIS opções de controle de pragas
2. AGRICULTORES PRESERVAM E ECONOMIZAM dinheiro- Não necessita aumentar a dose do produto
- Não necessita aumentar o número de aplicações- Não necessita misturas para controlar uma única praga
3. AGRICULTORES mantém estável sua produção- Bom manejo de pragas / melhor proteção da cultura /
maior produtividade
4. AGRICULTORES protegem o ambiente e sua propriedade
- Menos ingrediente ativo no ecossistema
Benefícios em preservar, retardar ou manter a
suscetibilidade
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
6. Todos os participantes da cadeia produtiva são responsáveis pelo uso correto
25Campo1 Campo 4 Campo 5Campo 3Campo 2
População de insetos se movem pelo campo e pelas propriedadesPopulação de insetos se movem pelo campo e pelas propriedades
7. Prática de Manejo de Pragas: falta da prática de Manejo Integrado de Pragas
Monitoramento de pragas Aplicação em estágio definidos das pragas Conhecimentos dos níveis de dano e níveis de ação Seletividade (Primordial para o controle é conhecer os hábitos do inimigo ) Rotação de modos de ação Coordenação entre os agricultores
Princípios básicos do Manejo da Resistência de Insetos a Inseticidas
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Adoção de eventos de milho Bt no Brasil
2009 2010 2011 2012 20130
20
40
60
80
100Total GMOCry1AbCry1FCry1A.105 + Cry2AbVip3A
x
Fonte: Adaptado da APPS
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Manejo de Resistência de plantas Bt
Bt corn Non-Bt
corn
Fonte: Adaptado da Apresentação de MRI do CLI-IRAC 2009
• MRI inicial é baseado em:
• Culturas expressam ‘alta dose’ das proteínas inseticidas
• Eventos de alta dose: suficiente para matar insetos heterozigotos
• O refúgio próximo a área da planta inseticida para produzir grande
número de insetos suscetíveis
• Principais pontos
• Resistência funcionalmente recessiva
• Frequência de resistência baixa
• Acasalamento ao acaso
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Recomendações gerais
• Manejo cultural (ex: evitar culturas sucessivas onde o inseto possa se
reproduzir)
• Monitoramento de pragas
• Controle das fases mais suscetíveis
• Usar diferentes modos de ação em diferentes gerações da praga no mesmo
ciclo da cultura
• Evitar uso de produto de alto residual no final do ciclo da cultura
• Usar feromônios e controle de adultos como alternativa de monitoramento ou
controle de pragas
• Não usar produtos sem recomendação de bula
• Se detectado a resistência, evitar o uso ou usar somente para o controle de
espécies ainda suscetíveis
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Misturas de tanque: princípios de MRI
Princípio Básico da Mistura de Produtos
Os indivíduos resistentes ao produto A serão
controlados pelo produto B.
Os indivíduos resistentes ao produto B serão
controlados pelo produto A.
Produto A + Produto B
TempoTempo
100
0
50 Produto AProduto A Produto BProduto B
Seleção a favor de indivíduos resistentesSeleção a favor de indivíduos resistentesao produto Bao produto B
Curvas de Degradação da Atividade Biológica de PesticidasCurvas de Degradação da Atividade Biológica de Pesticidas
% Mortalidade% Mortalidade
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Fundação MT Prof. Dr. Celso Omoto – ESALQ/USP Prof. Dr. Raul Guedes – UFV Dr. Mario Sato – IB Prof. Dr. Herbert Siqueira – UFRPE Dr. Marcelo Poletti – PROMIP Dr. Daniel R. Sosa-Gomez – EMBRAPA Membros do IRAC-BR Professor, Consultores e Pesquisadores: Celito Breda,
Milton Ide, Germison Tomquelski, Geraldo Papa, Jerson
Guedes, Lucia Vivan, Dirceu Gassen, Evaldo Takizawa
• www.irac-br.org.br• www.irac-online.org
Agradecimentos
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• Obrigado...