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1A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL
Estruturas de Betão Armado II11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
2A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
INTRODUÇÃO
O punçoamento é um tipo de rotura característico de lajes sujeitas a forças aplicadas em pequenas áreas.
Mecanismo de colapso local, associado em geral a uma rotura
repentina, sem qualquer ductilidade (rotura frágil). Embora a rotura por punçoamento seja um fenómeno localizado, em alguns
casos pode dar início a uma rotura progressiva e ao colapso total da estrutura, pelo facto da
perda de um ponto de apoio aumentar os esforços
transmitidos aos apoios vizinhos.
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3A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA AO ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO
O efeito da acção corresponde ao valor de cálculo da máxima tensão de corte por punçoamento (vEd);
A verificação ao Estado Limite de Resistência ao punçoamento éefectuada garantindo que o efeito da acção não excede a resistência correspondente. Ed ≤ Rd
vEd ≤ vRd,c ou vEd ≤ vRd,cs
• e a tensão de corte correspondente à resistência num perímetro de controle, calculado sem armadura específica de punçoamento (vRd,c) ou com armadura de punçoamento (vRd,cs).
O valor de cálculo da resistência é determinada em duas zonas distintas:• a tensão de corte correspondente à resistência à compressão no perímetro do pilar de apoio, ou perímetro da carga concentrada, (vRd,max); vEd ≤ vRd,max
4A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO ACTUANTE (VEd)
A força de punçoamento é a carga aplicada na laje, ou a reacção do pilar às cargas aplicadas na laje.
À força de punçoamento poderão ser subtraídas as cargas aplicadas na laje que são transferidas directamente para o pilar. Na figura seguinte estão alguns exemplos práticos.
3
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PUNÇOAMENTO CENTRADO
A força de punçoamento é equilibrada por momentos flectores e forças de corte num determinado contorno de referência.
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PUNÇOAMENTO CENTRADO
Estas tensões são uniformes ao longo de todo o perímetro u1.
A tensão de punçoamento (vEd) num perímetro de controle em redor do pilar (u1) é dada por:
vEd = VEd / u1donde d é a altura útil da laje.
V vN
u1
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PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIAO perímetro do contorno de referência (u1) deve ser considerado a uma distância 2d do perímetro do pilar, ou da área carregada, devendo o seu traçado corresponder a um comprimento que seja mínimo.
2d
cy
cz
by
bz
u1
u0z
y
PLANTA
cy
d
2d
θ ≈ 27º
CORTE
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PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIA
2d
by
u1
u0
bz2d
u1
u0
b
2d
u1
u02d
2d
2d
u1
2d
2d
u12d
2d
u1
Em pilares interiores:
Em pilares de bordo ou de canto:
5
9A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PERÍMETRO DO CONTORNO DE REFERÊNCIA
Em pilares com aberturas a menos de 6d do seu contorno, não deve ser considerada a parte do contorno compreendida entre as duas tangentes àabertura traçadas desde o centro da área carregada.
2d
≤ 6d l1 ≤
l2
l2
≤ 6d
√(l2
. l2)
l1 > l2
1
10A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Existe momento transferido entre a laje e o pilar, que conduz a uma distribuição de tensões de corte não uniforme ao longo do perímetro de controle.
O momento transferido entre a laje e o pilar éeqilibrado com momentos flectores, torsores e forças de corte.
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11A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICO
Distribuição obtida através de uma análise elástica
Para um pilar quadrado:
34% por flexão
16% por torção
50% por corte
12A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICORegulamentos REBAP (MC78)
• contorno de referência à distância de d/2 da área carregada;
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛+=
yx
xEdeffEd bb
eVv 5.11,
• distribuição linear de força de corte.
Expressão aproximada para pilares rectangulares:
dcb
dcb
y
x
+=
+=
2
1
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13A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICORegulamentos
EC2
A tensão máxima de punçoamento (vEd), devido a VEd e a MEd, pode ser obtida da seguinte expressão:
A força de punçoamento (VEd) está, normalmente, associada a transferência de momentos entre a laje e o pilar (MEd), os quais introduzem uma distribuição de tensões de corte não uniforme ao longo do perímetro de controle.
11 wMk
duVv EdEd
Ed +=
MyV vN vM
u1u1
Punçoamento centrado
Punçoamento excêntrico
14A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICOMáxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2
β tem em conta o efeito da excentricidade da força de punçoamentok é a percentagem do momento MEd que é equilibrada por tensões de corte no perímetro de controle.
1
11wu
VMk
Ed
Ed+=β
dwMk
duVv EdEd
Ed11
+=du
Vv EdEd
1
β=ou
com
w1 é o módulo de flexão do perímetro de controle, correspondente à distribuição de tensões apresentada (distribuição plástica).
∫=1u
01 ew dl
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15A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICOMáxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2
Ou, de forma aproximada e para excentricidade nas duas direcções y e z:
M2dc2
c1
0.800.700.600.45k
≥3.02.01.0≤0.5c1/c2
8.11+=β2
y
z2
z
y
be
be
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
Com:
Ed
y,Edz
Ed
z,Edy V
Me;
VM
e ==
by= cy + 4d e bz= cz + 4dey ez
z
yMy
Mz
V
u1
bybz
cy
cz
Para um pilar rectangular interior:
w1 = c12/2 + c1c2 + 4c2d + 16d2 + 2πdc1
16A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICOMáxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2
d4De6.01
++= πβ
Para pilares circulares:
2d
u1
D+4d
D
2d
u1*
2d
c2
c1
≤ 0.5c1
1.5d
u1*
c2
2d
2d c1
≤ 0.5c2
≤ 1.5d
≤ 0.5c1
≤ 1.5d
Para pilares de bordo e de canto:
par1
1*1
1 ewuk
uu
+=β
u1* é o perímetro de controle modificado (ver
figuras ao lado);epar é a excentricidade pararela ao bordo da lajew1= c2
2/4 + c1c2 + 4c1d + 8d2 + πdc2 (pilar rect.)
Para pilares de bordo:
*1
1uu
=βPara pilares de canto:
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17A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICOMáxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd) – EC2
Os valores aproximados de β indicados na figura, podem ser usados em estruturas onde:1- a estabilidade lateral não depende do funcionamento de pórtico entre a laje e os pilares, e2- os vãos adjacentes não diferem mais de 25%.
18A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO EXCÊNTRICOMáxima Tensão de Corte por Punçoamento (vEd)
d4ce
8.11z
y
++=β
dce
5.11z
y
++=β
REBAPEN1992-1-1 - EC 2
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00e (m)
β
EC2REBAP
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0e(m)
βREBAP/βEC2Em pilares rectangulares interiores
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19A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
A fendilhação de corte ao longo da espessura da laje inicia-se para uma carga vertical de cerca de 1/2 a 2/3 de VRd.
Mecanismo de Resistência ao Punçoamento
A inclinação da superfície de rotura com a horizontal (α) em geral varia entre os 25º e os 35º.
20A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
MECANISMO DE RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO
Forças que equilibram a força de Punçoamento:
1. Componente vertical da compressão readial;
2. Componente vertical da força de atrito entre os inertes na fenda;
3. Componente vertical da força do efeito de ferrolho.
Verificações:
1. Corte ao longo do contorno de referência;2. Compressão no betão junto ao contorno da área
carregada.
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21A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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PUNÇOAMENTO RESISTENTE (VRd)
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA:1- Quantidade de armadura de flexão amarrada para além da
intersecção desta com a fenda de corte;- Abertura da fenda, e consequentemente o atrito entre os
inertes,- Efeito de ferrolho,- Altura da zona comprimida (linha neutra).
2- Resistência à tracção do betão;- Resistência dos inertes às forças de atrito (limitada para
betões de alta resistência).3- “Efeito de escala”- dimensão relativa entre os inertes e a altura
útil da laje;- Atrito entre inertes.
4- Resistência à compressão do betão;
5- Resistência das armaduras transversais que atravessam a fenda de corte.
22A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
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EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS
In “Punçoamento Excêntrico em Lajes Fungiformes de Betão Armado”,
J.M. Pinheiro Soares
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23A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS
In “Punçoamento em Lajes Fungiformes Pré-Esforçadas”, A.P. Ramos
Aspecto Geral do Ensaio
Face Superior
24A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAISIn “Punçoamento em Lajes Fungiformes
Pré-Esforçadas”, A.P. Ramos
Face Inferior
Corte
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25A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS
In “Waffle Slab Structures under Vertical and Horizontal Loading”, V. Lúcio
Aspecto Geral do Ensaio
26A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
EXEMPLOS DE ENSAIOS EXPERIMENTAIS
Pilar de canto
Pilar de bordo
In “Waffle Slab Structures under Vertical and Horizontal loading”, V. Lúcio
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27A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EN1992-1-1 - EC 2
RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)
vRD,c - valor da tensão resistente ao punçoamento sem armadura específica;fck - valor característico da resistência à compressão do betão, em MPa;
vRd,c = 0.12 k (100ρl fck)1/3 ≥ 0.035 k3/2 fck1/2
ρly e ρlz – percentagens geométrica das armaduras (aderentes) de flexão da laje, segundo y e z, respectivamente, considerando o seu valor médio numa largura igual à do pilar adicionada de 3d para cada lado deste.
02.0. ≤= lzlyl ρρρ
0,2d
2001k ≤+= Com d em mm.
28A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP
RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS (REBAP)
τ1 = 0.6 fctd
vRd = (1.6 - d)τ1 dVRd = vRd u
fctd - valor de cálculo da resistência à tracção do betão;d – altura útil, em m.
• Só há que considerar punçoamento, se:- no caso da área carregada ser circular o seu diâmetro nãoexceder 3.5d;- no caso de da área carregada ser rectângular, o seuperímetro não exceder 11d, nem a relação entre ocomprimento e a largura exceder 2.
• Nas zonas que excedem estes valores limites deve ser consideradaa resistência ao esforço transverso das lajes, a qual é 40% menor que a resistência ao punçoamento.
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29A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd)RESISTÊNCIA SEM ARMADURAS ESPECÍFICAS
0.80
1.00
1.20
1.40
1.60
20 25 30 35 40
0.50% 1.00%1.50% 2.00%
fck (MPa)
VRd,EC2/VRd,REBAP
VRd = 0.12 k (100ρl fck)1/3 dxu VRd = (1.6 - d)τ1 dxu
REBAPEN1992-1-1 - EC 2
Em pilares rectangulares interiores comcx=cz=0.6me d=0.20m.
30A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd,cs) - EN1992-1-1 - EC 2
RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)
Asw - área de armadura de punçoamento num perímetroem volta do pilar;
sr - espaçamento radial dos perímetros de armadura de punçoamento;fywd,ef - valor efectivo de cálculo da resistência da armadura de
punçoamento (com d em mm):fywd,ef = 250 + 0.25d ≤ fywd [MPa]
α – ângulo entre a armadura de punçoamento e o plano da laje(se apenas é usada uma linha de barras inclinadas, deve ser considerado d/s=0.67).
vRd,cs = 0.75 vRd,c + (1.5d/sr) Asw fywd,ef senα /(u1d)
16
31A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EN1992-1-1 - EC 2RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (EC2)Segurança em relação ao esmagamento do betão na face inferior da laje junto ao perímetro u0 do pilar.
vEd - valor de cálculo da máxima tensão de corte no perímetro do pilar
u0 - para um pilar interior = perímetro do contorno do pilarpara um pilar de bordo u0 = c2 + 3d ≤ c2 + 2 c1
para um pilar de canto u0 = 3d ≤ c1 + c2
ν - coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por corte
cdmax,Rd0
EdEd f5.0v
duVv υβ =≤=
fck e fcd - valores característico e de cálculo, respectivamente, da tensão resistente do betão à compressão em provetes cilíndricos, aos 28 dias.
[ ]250f160 ck−= .υ
32A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP
RESISTÊNCIA COM ARMADURAS ESPECÍFICAS (REBAP)
VRd = 4/3 Asw fyd senα
udd)-(1.66.1V 1max,Rd ×= τ
Asw - área total da armadura de punçoamento entre o perímetro a 1.5d da área carregada e a área carregada;
fyd - valor de cálculo da resistência da armadura de punçoamento, o qual não deve ser considerado superior a 350MPa;
α – ângulo entre a armadura e o plano da laje
A resistência assim obtida é limitada pelo seguinte valor:
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33A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP
0200400600800
10001200140016001800
20 25 30 35 40
VRd VRd,max60f6 90f6120f6
Em pilares rectangulares interiores com: ρ=1%, cx=cz=0.6m e d=0.20m.
Armaduras consideradas:60φ6, 90φ6 e 120φ6.
VRd = 4/3 Asw fyd senα
ud d)-(1.66.1V 1max,Rd ×= τ
VRd = (1.6 - d)τ1 dxuREBAP
fck(MPa)
34A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
Em pilares rectangulares interiores com: ρ=1%, cx=cz=0.6m e d=0.20m.
Armaduras consideradas:60φ6, 90φ6 e 120φ6.
VRd,cs = 0.75 VRd,c + (1.5d/sr) Asw fywd,ef
0cdmax,Rd udf5.0V ×= υ
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
20 25 30 35 40
VRd VRd,max60f6 90f6120f6
EN1992-1-1 - EC 2
fck(MPa)
VRd [kN]
VRd = 0.12 k (100ρl fck)1/3 dxu
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - EC2
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35A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
RESISTÊNCIA AO PUNÇOAMENTO (VRd) - REBAP versus EC2
Em pilares rectangulares interiores com: ρ=1%, cx=cz=0.6m e d=0.20m.
Armaduras consideradas:60φ6, 90φ6 e 120φ6.
1.00
1.10
1.20
1.30
1.40
1.50
1.60
1.70
1.80
20 25 30 35 40
60f690f6120f6
fck (MPa)
VRd,EC2VRd,REBAP
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
20 25 30 35 40
VRd VRd,max60f6 90f6120f6
EN1992-1-1 - EC 2
fck(MPa)
VRd [kN]
0200400600800
10001200140016001800
20 25 30 35 40
VRd VRd,max60f6 90f6120f6
REBAP
fck (MPa)
VRd [kN]
36A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO
O perímetro de controle para além do qual não é necessário colocar
armadura de punçoamento designa-se por uout e é
determinado por:
dvVuc,Rd
Edout ⋅
⋅=
β
A distância entre o perímetro exterior da armadura de punçoamento e uout não deve exceder 1.5d.
uout
CORTE
PLANTA
d
≤1.5d
≤1.5
d
≤1.5d
1c,Rd
Edout u
vvu =ou
duvv
1
EdEd ⋅
⋅=
βcom
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37A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO
b - a distância radial entre dois varões não deve exceder 0.75d;
uout
CORTE
PLANTA
d
≤0.5d
≤0.7
5d
>0.3d
≤0.7
5d
≤1.5d
≤1.5d
≤1.5d
≤0.7
5d
≤0.7
5d
>0.3d
≤1
.5d
≤0.5d
a - a distância entre a face do pilar e o primeiro varão não deve exceder 0.5d, e deve ser maior que 0.3d;
d - o número mínimo de varões na direcção radial é de 2;e - para varões a menos de 2d do pilar, a distância tangencial entre varões de um mesmo perímetro não deve exceder 1.5d, para varões mais afastados do pilar esse limite é de 2d.
c - o varão mais afastado do pilar deve encontrar-se a menos de 1.5d de uout;
38A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃO
α – ângulo entre a armadura e o plano da laje;sr - espaçamento radial dos perímetros de
armadura;st - espaçamento tangencial entre a armadura de
punçoamento;
t
t
sr
sr
( )yk
ck
tr
min,sw
ff08.0
sscossen5.1A
≥⋅
α+α
Quando é necessária armadura de punçoamento, a área de um ramo de um estribo (ou equivalente) é dado por:
Para armaduras verticais (α=90º):yk
ck
tr
min,sw
ff08.0
ssA5.1
≥⋅
20
39A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
PORMENORIZAÇÃOEspessura mínima da laje para utilizar armadura de punçoamento
hmin = 200mm
Armadura para evitar o colapso progressivo da laje por punçoamento:Para evitar o colapso progressivo devemos ter pelo menos 2 varões de Ø12 a atravessar o pilar em cada direcção ou uma armadura calculada pela expressão As fyd + Aspfpd ≥ PEd em que: As representa a área das armaduras na face inferior da laje que atravessam o pilar, Asp a área dos cabos que atravessam o pilar e PEd a força transmitida ao pilar, tendo em conta o efeito do pré-esforço. :
d
l b,net + d
Pilar Interior
armadura de pré-esforçoarmadura ordinária
l b,net + d
lb,net
Pilar de Bordo ou de Canto
l b,net + d
40A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS EM LAJE FUNGIFORME
21
41A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS EM LAJE FUNGIFORME
Centro Comercial Bullocks
42A. Ramos/V. Lúcio Out. 2006
ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO IIESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO II fctfct -- UNLUNL11 – Lajes Fungiformes - Punçoamento
ALGUNS EXEMPLOS DE ROTURAS EM ESTRUTURAS EM LAJE FUNGIFORME
Sampoong Department Store - Seul
Às 17:55 de 29 de Junho de 1995 a laje do 5º piso entra em rotura, levando ao colapso da estrutura. Deste acidente resultaram cerca de 500 mortos.
Causas do acidente: betão com 18MPa de resistência em vez dos 21MPa recomendados, d de 360mm em vez de 410mm, pilares com diâmetro de 600mm em vez de 800mm, e alteração da utilização do 5ºpiso de ringue de patinagem para restaurante (incremento de cargas permanentes de cerca de 35%)