Julho/2014Ano 8 nº 1934
Oeiras
Piauí
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Jonas e Fátima
Fátima - Artesã
Jonas e Fátima ao lado das plantas medicinais
Eu amo minha terra, e não troco esse lugar por nada
Moradoredo município de Oeiras, Piauí, na comunidade Tapera dos Tunicos, a aproximada-mente 23 Km da cidade, o casal de agricultores Dona Maria de Fátima, de 50 anos, e o seu esposo Jonas de França, de 48 anos, casados há 28 anos e descendentes do povo quilombola, vivem uma vida simples porém muito feliz, desenvolvendo atividades de agricultura, criação e artesanato.
Dona Fátima, mulher, mãe, avó, esposa e artesã; aprendeu ao longo dos anos a criar diferentes formas de objetos da palha do coco babaçu. Por causa da necessidade, ela começou a praticar a arte aos 10 anos de idade, hoje aos 50, demonstra realização e amor pelo o que faz. “Eu amo o que faço, pois estou dando continuidade ao que meu pai começou e não me vejo fazendo outra coisa e nem vivendo em outro lugar.”, conta a artesã.
Duas vezes por semana, seu Jonas, tráz da roça as palhas que dona Fátima precisa para a produção. E com a ajuda de sua irmã, todos os dias, ela produz cerca de 10 peças. A comercialização é feita na própria residência do casal, sendo algumas encomendas levadas para o comércio da cidade.
Além do artesanato, o casal desenvolve o plantio de hortas, milho, feijão, arroz, mandioca, caju, macaxeira, manga, tangerina, coco, laranja,mamão, abacaxi, melancia, a b o b o r a , m a r a c u j á e plantas medicinais. Seu Jonas cuida ainda dos porcos, do tanque de peixes e das galinhas.
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas - Articulação Semiárido Brasileiro - Piauí
Fátima demonstra sua produtividade feita de artesanato
Criatório de peixe Horta
Kibano feito pelo pai de Fátima há 12 anos Fátima com suas criatividades
Entre os objetos que dona Fátima desenvolve estão as peneiras, tapetes, abanadores, kibanos, chaveiros, jogo americano, olho do babaçu, sabão do babaçu, todos confeccionados não somente da palha, mas alguns do próprio fruto, coco.
A família conta que tirar o
sustento da própria terra com
a plantação, criação e o artesa-
nato é motivo de orgulho porque
além de fazer algo que gostam,
são independentes , têm paz,
sossego e permanecem próximos
da família e raízes........................
A felicidade da família está
estampada no rosto e fazem
questão de deixar bem claro que
viver e trabalhar na própria terra
é a melhor opção para quem vive
no semiárido.
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