FAUVISMO
1905 Paris
SIMBOLISMO
1886 Paris
2
2
1
4
2
3
5 CIÊNCIAS
ORIENTE
ARTES PRIMITIVAS
PSICANÁLISE
MÁQUINA
EXPRESSIONISMO ABSTRATO
1950 USA
1 SURREALISMO
1924 Paris
3
EXPRESSIONISMO
1910/20 Munique/Berlin
3 2
1
NABISMO
TACHISMO
1959 Paris
1
O Expressionismo é o movimento cujas marcas ainda
repercutem na cultura de massas, na mídia e mesmo na criação artística recente. E o
termo “expressar” entrou definitivamente, para o léxico da Arte Moderna e tornou-se
quase banal”
História da Arte do Século XX: ideias e movimentos, Lucio Agra, Ed. Anhembi Morumbi, 2004
Expressionismo
Edvard Munch, O Grito, 1893, óleo, pastel e têmpera sobre cartão,
Galeria Nacional, Oslo
(…) expressão é o contrário de impressão. A impressão é um movimento do exterior para o interior: é a realidade (objeto) que se imprime na consciência (sujeito). A expressão é um movimento inverso, do interior para o exterior: é o sujeito que por si imprime o objeto. É a posição oposta à de Cézanne, assumida por Van Gogh. Diante da realidade, o Impressionismo manifesta uma atitude sensitiva, o Expressionismo uma atitude volitiva, por vezes até agressiva. (Arte Moderna, p.227, 1992)
Giulio Carlo Argan
Nietzsche baseado na dualidade oposta dos deuses gregos Apolo e Dinísio (similar ao Ying e Yang da cultura oriental) demonstrou que o apolíneo e o dionisíaco são conceitos antitéticos, mas de uma espécie dialética necessária à existência de todos os homens:
"a evolução progressiva da arte resulta do duplo carácter do espírito apolíneo e do espírito dionisíaco, tal como a dualidade dos sexos gera a vida no meio de lutas que são
perpétuas e por aproximações que são periódicas.“
(A Origem da Tragédia, 5ªed., trad. de Álvaro Ribeiro, Guimarães Ed., Lisboa, 1988, p.35).
CLÁSSICO
RENASCIMENTO NEOCLÁSSICO
IMPRESSIONISMO
RAZÃO
ANTICLÁSSICO BARROCO ROMANTISMO EXPRESSIONISMO EMOÇÃO
Apolíneo x Dionisíaco
uma múmia da civilização chachapoyas - Peru
Segundo um trabalho de Robert Rosenblum (um especialista da obra do pintor), a fonte de inspiração
para esta figura humana estilizada terá sido uma múmia peruana que Munch viu na exposição
universal de Paris em 1887.
Die Brücke ('A Ponte') criado em 1905 em Dresden
Die Brücke teve origem quando quatro estudantes de arquitetura exibiram, a partir de 1905, suas telas numa fábrica de lâmpadas na Berlinstrasse, em Dresden, com uma nova e ousada forma de pintura expressionista. Inspirando-se na força visceral da Arte da África e da Oceania, os artistas - Ernst-Ludwig Kirchner, Karl Schmidt-Rottluff, Fritz Bleyl e Erich Heckel - declararam suas obras uma "ponte para o futuro". Em 1906, ingressaram nele Emil Nolde e o suíço Cuno Amiet; depois, no mesmo ano, Max Pechstein e o finlandês Axel Gallén. O último a tomar parte foi Otto Müller, em 1910, um pouco antes do grupo mudar suas instalações para Berlim.
Ernst Ludwig Kirchner, 1906
Xilogravura
O nome foi escolhido com base no livro de Nietzsche, Assim Falou Zaratustra. Com a intenção de estabelecer uma ponte entre a arte de seu tempo com a arte do futuro, renegando os cânones existentes na arte alemã neorromântica e buscando um contato mais próximo da natureza e da realidade. O contato com a realidade geram conflitos que, uma vez assimilados, são transpostos expressivamente para a tela sem preocupação com a representação exata e fiel do objeto observado. Buscam a alma das coisas, o que não se vê, mas sente-se. O que é representado na tela deve ser o resultado da emoção do pintor, o objeto observado altera-se em conformidade aos seus sentimentos. Em primeiro plano passa a estar o como e não a coisa representada.
“aquele que seria um criador...deve ser primeiro um destruidor e despedaçar os valores”
Nietzsche
Retrato de Friedrich Nietzsche por Edvard Munch, c. 1906
Ernst Ludwig Kirchner (1880-1938) – Amazona
de Circo, 1912-13
Ernst Ludwig Kirchner foi influenciado pelo cubismo e fauvismo, o pintor alemão deu
formas geométricas às cores e despojou-as de sua função decorativa por meio de contrastes
agressivos, com o fim de manifestar sua verdadeira visão da realidade.
A emoção e o tormento individual de Kirchner são expostos em seus trabalhos pelo tipo de
pincelada curta e agressiva. Além da influência do fauvismo, revelada na exploração e emoção
das cores, e do cubismo, evidente na geometrização das formas, o pintor também foi
influenciado pelo pós-impressionismo, sobretudo Van Gogh.
O mundo em torno do artista era o tema de seus trabalhos: vista de cidade, paisagens,
retratos de seus companheiros, o corpo humano nu e cenas de circo e music-hall. Em
1911 Kirchner e seus amigos mudaram-se para Berlim, época na qual o pintor explorou em
seus trabalhos a experiência numa metrópole moderna. As cenas urbanas se fizeram muito presentes na obras do artista, revelando um
aspecto de movimento.
Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976) – Depois do Banho, 1912
Karl Schmidt-Rottluff foi um pintor e gráfico alemão. Em 1905,
juntamente com Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, e Erich Heckel
fundou o grupo artístico Die Brücke. Em 1910 o grupo estende
a sua atuação a Berlim por meio de Otto Mueller terminando a sua
existência em 1913 como consequência de algumas discussões internas e dos
diferentes desenvolvimentos artísticos de cada um. Na época Schmidt-Rottluff trabalhava com cores intensas e as paisagens era
um tema bastante presente em seu trabalho. Em 1937 sua obra foi considerada arte degenerada
(entartete Kunst), termo utilizado pelo regime nazista para descrever virtualmente toda a arte moderna,
e banida dos museus. Após a Segunda Guerra Mundial ganha uma cadeira na Universidade de
Artes plásticas de Berlim em 1947.
Erich Heckel (1883-1970) Il giorno di vetro, 1913
Erich Heckel - Como outros membros do grupo Die Brücke admirou a obra de
Edvard Munch. Em 1937 o partido nazista declarou que a sua obra era degenerada; proibiu mostrar a sua obra em público, e 700 quadros seus foram confiscados dos
museus da nação. Por volta de 1944 todos os seus blocos de gravura em madeira e
as pranchas das suas lâminas foram destruídas.
Como a maioria dos membros de Die Brücke, foi um prolífico artista gráfico,
com 465 gravuras em madeira, 375 água-fortes, e 400 litografias descritas no
catálogo raisonné Dube, das quais mais de 200, sobretudo águas-fortes, datam dos
últimos sete anos da sua vida.
Emil Nolde (1867-1956), Bailarina, 1913
Emil Nolde (Emil Hansen) foi um dos mais importantes pintores expressionistas alemães. Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o espectador, devido à vivacidade das cores, que contrastavam abusivamente umas com as outras, à deformação dos rostos das personagens retratadas, à distorção das perspectivas e ao excessivo uso de tinta. A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e 1914 fez com todos este aspectos se avivassem ainda mais nas suas obras. Sempre influenciado por pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso artístico pouco mudou de estilo.
Der Blaue Reiter (‘Cavaleiro Azul') criado em 1910 em Munique
Seu nome teve origem na paixão de Franz Marc pelos cavalos e no amor
de Kandinsky pela cor azul, que acreditava que esta era a cor da
espiritualidade e quanto mais escuro, mais desperta o desejo humano pelo
eterno, conforme escreve em seu livro Do Espiritual na Arte, 1911.
Além disso Kandinsky havia criado uma obra com o mesmo nome (Der
Blaue Reiter), em 1903.
Como pontos comuns aos principais elementos do grupo, destacam-se:
• A dimensão lírica da cor, a claridade e luminosidade,
pura e límpida, podendo ser dura/macia, quente/fria, doce/amarga;
• O dinamismo da forma, sobretudo a sua capacidade de fascinar, a sua magia interna, a sua emoção;
• A reconquista da pureza da natureza, com tendência emotiva e abstrata da superfície.
Franz Marc (1880-1916)
Marc sentia-se intimamente ligado aos animais e tentou representar o mundo tal como o animal o vê, mediante a simplificação formal e cromática das coisas. Usa cada cor para denotar um significado: azul para a austeridade masculina e o espiritual; amarelo para a alegria feminina; vermelho, para a violência. Na Primeira Guerra Mundial, Franz Marc apresentou-se como voluntário. Em 1916, em Gussainville, nas proximidades de Verdun, foi abatido por um obus, quando realizava missão de reconhecimento. Morreu aos 26 anos.
Expressionismo no Cinema
O cinema é a forma mais lembrada do expressionismo alemão. Com temas sombrios de suspense policial e mistério um ambiente urbano, personagens bizarros e assustadores e uma distorção da imagem devido a uma excessiva dramaticidade tanto na atuação quanto na maquiagem e cenografia fantástica de recriação do imaginário humano. Muitos dos diretores alemães migraram para Hollywood, onde realizaram filmes, e deixaram as marcas do expressionismo tanto na temática quanto na linguagem no cinema americano. Gabinete do Dr. Galligari (1920) de Robert Wiene:
Filme que marca o Expressionismo Alemão no cinema.
Reflexões para próximo encontro
• Estabeleça ligações entre: arte e arquitetura, arte e design.
Proposta de atividade • Procure uma imagem do estilo art déco e
me envie por e-mail para conversarmos no próximo encontro.
Wladimir Wagner Rodrigues [email protected]