Febre AmarelaFebre Amarela
Febre AmarelaFebre Amarela
Características Gerais
ArboviroseArbovirose Transmitida por mosquitos ( Aedes aegypti / Transmitida por mosquitos ( Aedes aegypti / Haemagogus)) Família Flaviviridae, gênero Flavivirus Não há transmissão homem x homem Vírus envelopado / genoma constituído por RNA de fita simplesApresenta sorotipo único (Imunidade)
Epidemiologia - Epidemiologia - ZoonoseZoonose
O vírus é mantido na natureza através de dois ciclos: Silvestre e urbano Ciclo silvestre – mosquitos do gênero Haemagogus Forma urbana - mosquito doméstico: Aedes (última epidemia no Acre em 1942) O homem susceptível pode ser infectado ao penetrar em áreas de florestas e tornar-se fonte de infecção para o mosquito Aedes aegypti, ao retornar a áreas urbanas
O homem é um hospedeiro acidental
Vetor – Aedes aegyptiVetor – Aedes aegypti Prolifera-se dentro ou nas
proximidades de habitações Curta distância de vôo Áreas tropicais e subtropicais Recipientes contendo água limpa
e parada Hábito diurno Mais frequente nas épocas de
chuva Picada imperceptível Capaz de repasto com sangue de
várias pessoas em pequeno período
EpidemiologiaEpidemiologia Todos os grupos etários são susceptíveis
Ocorre grande número de infecções inaparentes
Nas Américas, a Febre Amarela apresenta características da forma silvestre com incidência maior em pessoas do sexo masculino de 15-45 anos e envolvido em atividades agrícolas ou florestais
Último surto em 2008 (38 casos com 13 óbitos) -MG/MS/BR/PR/GO
Epidemiologia áreas de risco
OMS 2010
Regiões acometidas: Toda América do Sul, principalmente na Bolívia, Equador, Peru, Colômbia e Brasil, e na África.
EpidemiologiaEpidemiologia
Febre AmarelaFebre Amarela Patogenia
Mosquito pica/ Adquire o vírus
Mosquito pica/ Transmite o vírus
Período de incubação extrínsico
Período de incubação intrínsico
viremia viremia
Doença
Ser humano 1
0 5 8 12 16 20 24 28
Doença
Ser humano 2
DIAS
PatogeniaPatogenia
Penetração do vírus através da pele pela picada do mosquito infectado
Nódulos linfáticos regionais
Fígado, rins, medula óssea, coração, SNC, pâncreas, baço e linfonodos
Replicação no órgão alvo com posterior necrose
Replicação local
Corrente sanguínea
Manifestações clínicasManifestações clínicas
O período de incubação varia de três a seis dias
Quadro clínico bifásico
A viremia ocorre na primeira fase - quadro clínico inespecífico
A segunda fase se caracteriza por disfunção hepato-renal e hemorragia
Manifestações clínicas – forma leve / Manifestações clínicas – forma leve / moderadamoderada
Frenquentemente infecção subclínica
Febre alta, mal-estar, cefaléia, mialgia, cansaço e calafrios, diarréia e vômitos, de início súbito
Sinal de Faget
A maioria dos pacientes melhora com quatro dias
Em torno de 15% dos pacientes evoluem para formas graves.
Manifestações clínicas - forma graveManifestações clínicas - forma grave
Febre alta, dor epigátrica, diarréia e vômito, que pode ser hemorrágico ( vômito-negro)
Manifestações hemorrágicas como equimoses, epistaxe e gengivorragia
Alterações da função hepática e renal
Alterações do SNC / cardíacas
50% dos pacientes evoluem para o óbito e o restante se recupera totalmente, sem deixar sequelas
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
3 a 4 dias 48 horas 7 a 10 dias
Tempo de duração da doença – 15 a 20 dias
Infecção Remissão Intoxicação
Perío
dos
da d
oenç
a 1a. Fase
2a. Fase
3a. Fase
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
3 a 4 dias
Tempo de duração da doença – 15 a 20 dias
InfecçãoPerío
dos
da d
oenç
a Viremia – (pico 2o. ou 3o. dia)Febre, calafriosCefaléia, mialgiaDor lombarHepatomegaliaDor abdominalNáuseas, vômitos
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
48 horas
Tempo de duração da doença – 15 a 20 dias
Remissão
Perío
dos
da d
oenç
a
Período afebril
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
7 a 10 dias
Tempo de duração da doença – 15 a 20 dias
Intoxicação
Perío
dos
da d
oenç
a Surgem os anticorposDesaparece a viremiaVolta a febreIcterícia se instalaInsuficiência renal agudaManifestações hemorrágicasComa, choque, óbito
DiagnósticoDiagnóstico Hemograma completoHemograma completo EletrólitosEletrólitos Hepatograma Hepatograma CoagulogramaCoagulograma Testes de função renalTestes de função renal EASEAS VHS e pcrVHS e pcr ECGECG R-X de TXR-X de TX
Achados laboratoriaisAchados laboratoriais Hemograma – leucopenia / plaquetopenia / anemia
VHS / pcr baixas
AST, ALT - elevam-se na fase ictérica (> 1.000) AST (TGO) > ALT (TGP) – lesão muscular
Albuminúria
Uréia e creatinina aumentadas
DiagnósticoDiagnóstico Isolamento e identificação viral:Isolamento e identificação viral: Material de escolha é o sangue ou soro do paciente Material de escolha é o sangue ou soro do paciente
infectado coletado até o 4º-5° dia de doença.infectado coletado até o 4º-5° dia de doença. O sangue ou soro podem ser inoculados em cultura de O sangue ou soro podem ser inoculados em cultura de
células de animaiscélulas de animais A identificação pode ser feita através de:A identificação pode ser feita através de:
Teste de Neutralização (TN),Teste de Neutralização (TN), Inibição da Hemaglutinação (HI),Inibição da Hemaglutinação (HI), Fixação do Complemento(FC),Fixação do Complemento(FC), Ensaio Imunoenzimático (ELISA) eEnsaio Imunoenzimático (ELISA) e Imunofluorescência (IF). Imunofluorescência (IF).
DiagnósticoDiagnóstico
Pode-se empregar sorologia pareada empregando TN, HI ou FC e pesquisa de anticorpos da classe IgM através de IF ou ELISA
Sorologia – reação cruzada com outros Flavivírus (Resultados bem definidos em pacientes expostos pela primeira vez a um flavivírus - infecções primárias)
Detecção do ácido nucléico (rt-PCR)
Diagnósticos diferenciaisDiagnósticos diferenciais Formas brandas:Formas brandas:
gripe,gripe, gastroenterite,gastroenterite, leptospirose anictérica,leptospirose anictérica, malária,malária, viroses inespecíficas,viroses inespecíficas, riquetsioses,riquetsioses, enterovirosesenteroviroses
Formas ictéricas:Formas ictéricas: Leptospirose,Leptospirose, malária,malária, hepatites virais,hepatites virais, febre tifóide,febre tifóide, sepse gravesepse grave
Tratamento = SUPORTETratamento = SUPORTE
Hidratação vigorosa X hemodiáliseHidratação vigorosa X hemodiálise
Controle eletrolítico e das diáteses hemorrágicasControle eletrolítico e das diáteses hemorrágicas
Interferon? Ribavirina? Corticóide????Interferon? Ribavirina? Corticóide????
Prevenção e controlePrevenção e controle
Doença de notificação compulsória O controle da doença é feita através do extermínio do mosquito Índice de Breteau < 5% Pacientes internados - manter em quarto privativo Vacinação
VacinaçãoVacinação Elaborada em 1937 Vírus vivo atenuado da cepa 17D - dose única com eficácia de 95%
(perdura por 10 anos) / via subcutânea A vacina deve ser feita pelo menos 10 dias antes de sua entrada ou
saída de uma zona endêmica Efeitos colaterais – dor local, mialgia, febre, cefaléia, ADEM,
Guillain Barré e, raramente, doença viscerotrópica e doença neurotrópica associada à vacina
Contra-indicações – gravidez, imunodeprimidos, crianças com menos de 6 meses, alergia à ovo, doenças do timo e S. de DiGeorge