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PatrocíniosTodas as peças presentes nesta Feira foram sujeitas a peritagem préviapor entidades idóneas e independentes, de reconhecida competência.
Todos os objectos são vendidos sob a responsabilidade exclusiva dosexpositores que deverão dar certificados de autenticidade, caso osclientes o solicitem.
A descrição das peças reproduzidas neste catálogo é da exclusivaresponsabilidade dos expositores.
Tentações de Santo Antão (pormenor)Jheronymus Boschc. 1500Museu Nacional de Arte Antiga.
FEIRA DE ARTE E ANTIGUIDADES
DE LISBOA
2017
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FEIRA DE ARTE E ANTIGUIDADES DE LISBOA
2017
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Sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República Excelentíssimo Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa
22 a 30 de Abril, 2017
Cordoaria NacionalAvenida da Índia, 1300 Lisboa
Associação Portuguesa dos Antiquárioswww.apa.pt
FEIRA DE ARTE E ANTIGUIDADES DE LISBOA
2017
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A Fábrica Nacional da Cordoaria. Um importante polo industrial 7Capitão-de-mar-e-guerra César Martinho Gusmão Reis Madeira
Um “Clássico” no Panorama Cultural da Cidade de Lisboa 9Manuel Castilho
Unidos na paixão pela arte 11António Filipe Pimentel
Comissão de Honra 13
Comissão Organizadora 14
Expositores 15
1/ Porcelana da China 16
2/ Joyas Antiguas Sardinero 18
3/ Galeria São Mamede 20
4/ Miguel Arruda Antiguidades 22
5/ J. Baptista 24
6/ Isabel Lopes da Silva 26
7/ AR-PAB/Álvaro Roquette - Pedro Aguiar-Branco 28
8/ Guilhem Montagut Gallery 30
9/ Beatriz Bálgoma 32
10/ Ricardo Hogan Antiguidades 34
11/ José Sanina Antiquário 36
12/ Espadim 1985 38
13/ Caretto & Cartategui Fine Art 40
14/ São Roque, Antiguidades e Galeria de Arte 42
15/ Zarco Antiquários, Art and Antique Gallery 44
16/ Galeria Philippe Mendes 46
17/ D’Orey Azulejos e Antiguidades 48
18/ Manuel Castilho 50
19/ Rota do Tempo – João Ramada 52
20/ Manuela Lírio 54
21/ Microarte Galeria 56
22/ Helder Alfaiate Galeria de Arte 58
23/ Antigo q.b. Galeria de Arte Moderna e Contemporânea 60
Publicidade São Roque, Antiguidades e Galeria de Arte 64
Índice
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Fundada em 1771, com a designação de «Real Fábrica da Cordoaria da Junqueira», aFábrica Nacional da Cordoaria constituiu-se como um importante estabelecimentofabril, sobretudo no apoio e no abastecimento de produtos, cordame e têxteis, àMarinha Portuguesa, tendo encerrado a sua atividade em 1998.Em 1802, a Cordoaria Nacional, produzia enxárcias, fio de vela, morrão, lonas, brim,peças de pano, fileli, largo e estreito, de riscado, meias, botinas, luvas, calções, cardasfinas e menos finas e pita de carda. A 10 de janeiro de 1877 passaram a laborar naFábrica Nacional da Cordoaria as primeiras máquinas a vapor. Em 1885 já ali tinhaminstaladas 45 dessas máquinas, que se distribuíam pelas oficinas de cordame, fiação,tecidos e partido artístico. Registe-se que as máquinas de cortar couro para fazercabos, de separar o fio da enxárcia, de encarretar este fio e a de engaiar as meadasde fio para coser velas, e outras, com diferentes funções, adaptadas à laboração fabril,foram inventadas pelo encarregado das máquinas da Cordoaria, José António da Silva,e concebidas pelo pessoal artístico. Pelo regulamento interno de 2 de julho de 1908, a Fábrica Nacional da Cordoariapassou a ter, além das oficinas de cordoaria e de fiação de tecidos, outros dois locaisonde se produzia o velame e as bandeiras. Nos séculos XIX e XX, a Fábrica Nacional da Cordoaria, umas das mais importantesbases logísticas da Marinha Portuguesa, impôs-se como um dos mais dinâmicos polosindustriais de Lisboa, e do país, ao incorporar um numeroso operariado fabril queagregava um conjunto de saberes de ponta da época, quer no campo da fiação, e daprodução de tecidos, quer na conceção de cordame e fardamento.
O Diretor do Museu de Marinha
César Martinho Gusmão Reis Madeira
Capitão-de-mar-e-guerra
A Fábrica Nacional da Cordoaria Um importante polo industrial
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Um “Clássico” no Panorama Culturalda Cidade de Lisboa
A Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa, a “Feira da Cordoaria”, como também éconhecida, o evento anual organizado pela Associação Portuguesa dos Antiquários,tornou-se um “clássico” no panorama flutuante de eventos de arte e antiguidadespropostos ao público nacional e internacional. Superando todas as dificuldades queencontrámos durante os difíceis “anos de crise” conseguimos concretizar a Feira todosos dois anos como bienal e mais recentemente com carácter anual, sem interrupção,desde 1995. O reforço da vertente contemporânea e de design é um dos traços marcantes dasúltimas edições do evento. Temos também desenvolvido esforços para interna -cionalizar, na medida do possível, a Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa. O eixoPortugal Espanha tem sido o mais marcante, com uma presença de associados daAssociação Portuguesa dos Antiquários na última edição da Feira de Antiguidades,Feriarte, em Madrid, com uma secção própria no recinto de exposições. Este anotemos em Lisboa a presença de quatro galerias antiquárias espanholas, assim comoum destacado antiquário parisiense.Como é habitual, e esperado pelos muitos visitantes, estará patente na CordoariaNacional um conjunto verdadeiramente excepcional de obras de arte nacionais eestrangeiras, que englobam mobiliário, pintura, cerâmica, ourivesaria e outrasdisciplinas de obras colecionáveis, todas elas autenticadas por uma comissão deperitagem que reúne peritos de reconhecido mérito, académicos e conservadores demuseus.Em nome da Direção da Associação e de todos os nossos associados gostaria deagradecer, por ser para nós do maior significado e importância, o Alto Patrocínio queSua Excelência o Senhor Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelode Sousa, se dignou conceder à Feira de Arte e Antiguidades de Lisboa. Este relacio -namento é particularmente grato para nós, na medida em que o Senhor Presidenteé um reconhecido conhecedor de antiguidades e obras de arte. Foi muito apreciadopelos expositores e todos os presentes, na exposição do ano transacto, o conhecimentoe empatia que o Senhor Presidente demonstrou com as obras expostas e com osantiquários.Agradecemos também a valiosa colaboração da Marinha Portuguesa e em especialda Comissão Cultural da Marinha e do Museu de Marinha, na pessoa do seu Diretor,Capitão de Mar e Guerra César Martinho Gusmão Reis Madeira.Agradecemos também a inestimável colaboração da Câmara Municipal de Lisboa.Sinceros agradecimentos também para o Museu Nacional de Arte Antiga na pessoado seu dinâmico Diretor Dr. António Filipe Pimentel, por uma parceria que se temvindo a consolidar ano após ano. Agradecemos também a colaboração de FredericoOliveira da República das Flores, assim como a colaboração da Quinta da Grila em
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Alenquer no que respeita à decoração dos espaços comuns da Feira. Agradecemos apresença da Fundação Ricardo Espirito Santo Silva e a parceria com Villas-Boas ACP– Seguros e Hiscox.Um agradecimento especial para os nossos patrocinadores, o BPI, na pessoa doEngenheiro João José Parrão e da Casa Agrícola Horta Osório, na pessoa do DoutorJosé António Horta Osório.Finalmente um agradecimento muito especial para todos os nossos colaboradores esecretariado da APA, não esquecendo a incansável Vera Morbey Affonso, o elementode continuidade através de várias Direções da Associação.
Manuel Castilho
Presidente da Direcção da Associação Portuguesa dos Antiquários
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Unidos na paixão pela arte
No intervalo (na verdade inexistente) entre duas temporadas de programação intensa,é ritualmente pedido ao Museu Nacional de Arte Antiga um testemunho, no quadroda grande festa anual que a Associação dos Antiquários Portugueses inscreveu nos(bons) hábitos culturais da cidade de Lisboa — e onde, cumprindo a tradição, assinalaa sua presença institucional acolhendo os visitantes à entrada.No ano que se cumpre entre esta edição e a precedente, passaram, efetivamente, peloMNAA, por generoso empréstimo, obras maiores de Dürer, Bellotto, Jordaens, Duchatelou Canaletto — ao mesmo tempo que, do acervo próprio, mostraria esplêndidosdesenhos, em mostras sucessivas, como as dedicadas ao Retrato Europeu ou a GiuseppeCades ou Jacopo Palma, o Jovem. De igual modo se desvendou, em exposição mono -gráfica, a obra quase ignota do notável iluminador seiscentista português EstêvãoGonçalves Neto, enquanto, por sua vez, se assinalou, com a reunião inédita datotalidade do seu tesouro medieval, o 5.º centenário da beatificação da Rainha SantaIsabel (em mostra enriquecida com sumptuosos empréstimos da Gemaldegallerie, deBerlim e do Museu do Prado), ou se projetou, em idêntico quadro, renovada luz sobrea obra de Domingos Sequeira, “Pintor de História”. Enfim, a grande exposição “Obrasem Reserva. O Museu que não se vê”, traria à luz mais de três centenas de obras detodas as disciplinas, pela maior parte desconhecidas dos públicos — que responderamcom entusiasmo, fazendo da mostra a mais vista de sempre até então.Ano fausto, 2016 ficaria, aliás, assinalado por dois eventos de especial monta (de restoentrecruzados): a aquisição da notável Adoração dos Magos, obra maior de DomingosSequeira, e a reabertura do Piso 3, com a renovada exposição das colecções de pinturae escultura portuguesas — onde aquela, justamente, figuraria em lugar de honra. Sea campanha Vamos Pôr o Sequeira no Lugar Certo se configurou como a mais bemsucedida operação de mecenato público jamais realizada em Portugal (de que a APAse não eximiria), foi, sobretudo, testemunho exemplar do espaço referencial ocupadopelo “primeiro museu” no conceito comum (o lugar certo) ao mesmo tempo que, porseu intermédio, a obra do grande artista se guindava, de igual modo, ela mesma aolugar cimeiro, que inquestionavelmente lhe competia, no apreço global. Por sua vez,a reposição da fruição pública das suas ricas coleções de pintura e esculturaportuguesas (ambição tenazmente perseguida pelo Museu), revelaria, na modelarmodernidade da museografia, possibilitando uma leitura renovada deste prestigiosoacervo, o elevado rigor do trabalho (grandemente invisível) de estudo, conservação,restauro e comunicação, que garantem ao MNAA a posição de prestígio de queconsabidamente goza, no plano nacional como no internacional.Tal posição advém ainda, naturalmente, da relevância do seu próprio acervo. E, anofausto, 2016 seria igualmente o Ano Bosch, na ampla comemoração internacional do5.º centenário do genial pintor – que o museu português integraria pelo exepcionalempréstimo das “Tentações de Santo Antão”, figurando em honroso lugar na magna
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exposição organizada pelo seu parceiro ibérico: por esse modo promovendo maisainda essa joia ímpar das suas coleções. Por seu turno, 2017 manteria, portas a dentro,a elevada expectativa sempre criada em torno do Museu. À grande exposição A CidadeGlobal. Lisboa no Renascimento, brindada pelo reconhecimento público desde o primeiroinstante, seguir-se-á em breve Madonna. Tesouros dos Museus do Vaticano, percursodeslumbrante pela iconografia mariana presente nas colecções papais.Não é, contudo, em gratuito exercício que se rememora a intensa atividade do Museudurante o ano que passou e o que vai ou se adivinha do que corre. Trata-se, de facto,de pôr em evidência o elo, às vezes quase invisível, que une a actividade de um museu— deste Museu —, à de quantos persistem na actividade privada do antiquariato.Entre ambos se trabalha para o mesmo fim: a promoção do gosto e do conhecimentodo antigo; o amor da colecção e a paixão pela arte. É isso que assinala a associaçãosolene do Museu à grande montra promovida pela APA: como vias paralelas para omesmo fim.
António Filipe Pimentel
Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga
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Comissão de Honra
Sua Excelência O Ministro da EconomiaDr. Manuel Caldeira Cabral
Sua Excelência O Ministro da CulturaEmbaixador Luís Filipe Castro Mendes
Sua Excelência O Secretário de Estado da CulturaDr. Miguel Honrado
Sua Excelência O Presidente da Câmara Municipal de LisboaDr. Fernando Medina
Sua Excelência O Chefe de Estado Maior da ArmadaAlmirante Macieira Fragoso
Sua Excelência Reverendíssima O Núncio ApostólicoMonsenhor Rino Passigato
Digmo. Director da Comissão Cultural da MarinhaExmo. Senhor Almirante Mourão Ezequiel
Digmo. Director do Museu de MarinhaExmo. Senhor Capitão-de-mar-e-guerra César Martinho Gusmão Reis Madeira
Digma. Presidente da Direcção Fundação ChampaulimaudExma. Senhora Dra. Maria Leonor Couceiro Pizarro Beleza Mendonça Tavares
Digma. Presidente do Conselho Directivo da Fundação Ricardo Espirito Santo SilvaExma. Senhora Dra. Conceição Amaral
Digmo. Director do Museu Nacional de Arte AntigaExmo. Senhor Dr. António Filipe Pimentel
Digmo. Presidente do Conselho de Administração da Fundação OrienteExmo. Senhor Dr. Carlos Monjardino
Digma. Directora do Museu Vieira da SilvaExma. Senhora Dra. Marina Bairrão Ruivo
Digma. Directora da Casa-Museu Fundação Medeiros e AlmeidaExma. Senhora Dra. Teresa Vilaça
Digmo. Director Geral do Turismo de LisboaExmo. Senhor Dr. Victor Costa
Digmo. Presidente do Conselho de Administração Fundação Calouste GulbenkianExmo. Senhor Dr. Artur Santos Silva
Digmo. Diretor Adjunto da Fundação Calouste GulbenkianExmo. Senhor Dr. Nuno Vassalo e Silva
Digmo. Director do Museu BerardoExmo. Senhor Dr. Pedro Lapa
Digmo. Presidente da Fundação das Casas de Fronteira, Alorna e TávoraExmo. Senhor Dom José Maria Mascarenhas
Digmo. Presidente do Conselho Administrativo da Fundação Fundação EDPExmo. Senhor Dr. António Mexia
Sua Excelência A Secretária de Estado Adjunta e da Modernização AdministrativaDoutora Graça Fonseca
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Presidente da Direcção da APA
Presidente da Comissão Organizadora da Feira
Manuel Pires de Lima de Castilho
Vice-Presidente da Direcção da APA
Vice-Presidente da Comissão Organizadora da Feira
José Sanina
Secretário da Direcção da APAIsabel Lopes da Silva
Tesoureiro da APA
Pedro Vitorino Froes Cardoso Pinto
Vogal da Direcção da APAPedro Baptista
Representante do Associado“Galeria São Mamede”Francisco Pereira Coutinho
Secretariado Executivo
Vera Morbey Affonso
Comissão Organizadora
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1/ Porcelana da China
2/ Joyas Antiguas Sardinero
3/ Galeria São Mamede
4/ Miguel Arruda Antiguidades
5/ J. Baptista
6/ Isabel Lopes da Silva
7/ AR-PAB/Álvaro Roquette - Pedro Aguiar-Branco
8/ Guilhem Montagut Gallery
9/ Beatriz Bálgoma
10/ Ricardo Hogan Antiguidades
11/ José Sanina Antiquário
12/ Espadim 1985
13/ Caretto & Cartategui Fine Art
14/ São Roque, Antiguidades e Galeria de Arte
15/ Zarco Antiquários, Art and Antique Gallery
16/ Galeria Philippe Mendes
17/ D’Orey Azulejos e Antiguidades
18/ Manuel Castilho
19/ Rota do Tempo – João Ramada
20/ Manuela Lírio
21/ Microarte Galeria
22/ Helder Alfaiate Galeria de Arte
23/ Antigo q.b. Galeria de Arte Moderna e Contemporânea
Expositores
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1 PORCELANA DA CHINAContactoMaria Eduarda Motta
Rua Melo e Sousa, 9 A/B2765-253 EstorilTel.: +351 214 671 760/1Tm.: +351 917 207 [email protected]
Frasco de chá
China
Porcelana
c. 1715-1720
Dinastia Qing, período Kangxi
Alt. 20 cm aprox.
Bibliografia: CASTRO, NUNO – "A Porcelana Chinesa e os Brazões do Império". Porto:
Civilização, 1987. Revista Oceanos n.º 14, p. 63.
Armas: Lancastre – 1.º serviço com marca - Lingzhi (Fungo)
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2 JOYAS ANTIGUAS SARDINEROContactoPilar Lobato Ruiloba / Javier Apolinar
Gran Vía, 43 bajo 4I48011 BilbaoTel.: +34 944 071 250Tm.: +34 652 950 [email protected]
Broche
Autoria desconhecida
Prata, ouro amrarelo de 18K
e diamantes
Finais do século XIX
8 x 8 cm
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3 GALERIA SÃO MAMEDEContactoFrancisco Pereira Coutinho
Rua da Escola Politécnica, 1671250-101 LisboaTel.: +351 213 973 255Tm.: +351 932 139 [email protected]
Francis Smith
Procession, 1931
Guache sobre papel
53 x 38 cm
Matthias Contzen
Planet Ice, 2017
Escultura em mármore,
Diâmetro: 35 cm
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4 MIGUEL ARRUDA ANTIGUIDADESContactoMiguel Arruda
Rua de São Bento 3561200-822 LisboaTel.: +351 213 961 165 Tm.: +351 917 200 210 [email protected]
Caixa-escritório Mogol
Índia
Século XVII
18 x 30 x 23 cm
Caixa-escritório com típica decoração floral mogol com estrutura em madeira exótica,
provavelmente choupo dos Himalaias, facheada a sissó com embutidos em marfim.
Índia, final século XVII.
As faces exteriores são decoradas, no campo central, com três flores (duas nas laterais).
O interior apresenta sete gavetas com pequenos puxadores em marfim torneados e tingidos,
dispostas em três fiadas e uma grande gaveta retangular ao centro.
Uma caixa escritório (27,5 x 43 x 32 cm) muito semelhante pertence à coleção do Victoria and
Albert Museum, inv. No 1599-1903.
Um contador de mesa (28 x 54,9 x 41,3 cm) com decoração semelhante, com duas fiadas de
gavetas pertence à coleção do Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, acc no1976.176.1.
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5 J. BAPTISTAContactoJosé Baptista
Rua Áurea, 166-1701100-064 LisboaTel.: +351 213 859 [email protected]
Pendente em girândola de cinco
pingentes, com topázios
imperiais cravejados em prata
dourada.
Notável pela sua dimensão e
execução, esta peça constitui
um extraordinário exemplo do
apogeu da joalharia portuguesa
setecentista, na qual a pedraria
ocupa o lugar de destaque.
Dimensões: 7 x 8 cm
Peso: 62,4 g
Rara e importante escultura ornamental de vulto em prata, de fabrico português do século
XVII, representando um “Pelicano em sua piedade”.
O Pelicano foi amplamente utilizado na iconografia cristã como um símbolo de auto-imolação,
por se acreditar que, em caso de necessidade, o pelicano alimenta as suas crias com o próprio
sangue, picando-se no peito com o seu bico, relacionando-se assim, de forma análoga, à Paixão
de Cristo.
Vejam-se dois exemplares muito semelhantes na colecção do Museu Nacional Machado de
Castro, em Coimbra, provenientes do extinto Mosteiro de Santa Clara de Coimbra (6141; O85
e 6142; O86).
Altura: 20 cm
Peso: 520 g
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6 ISABEL LOPES DA SILVA
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ContactoIsabel Lopes da Silva
Rua da Escola Politécnica, 671250-099 LisboaTel.: +351 213 425 032Tm.: +351 919 318 145Fax: [email protected]
Jarra
Prata
Italiana, c. 1940
41 x 24 cm
Seaman Schepps/David Webb
Ouro e pedras preciosas
1950/1980
Alfinete ouro e esmalte preto – David Webb, c. 1960.
Conjunto de alfinete e brincos, ouro, aventurina verde e safiras – Seaman Schepps, c. 1980.
Alfinete búzio, ouro, safira e esmeralda – Seaman Schepps, c. 1950.
Alfinete ouro, esmeraldas, safiras e diamantes – Seaman Schepps, c. 1950.
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7 AR-PAB/Álvaro Roquette - Pedro Aguiar-BrancoContactoÁlvaro Roquette / Pedro Aguiar-Branco
Rua D Pedro V, 69 1250-093 Lisboa Portugal19 Rue de Beaune 75007 Paris FrançaTm: AR +33 673 319 165 / PAB +351 932 416 590AR - [email protected] / PAB - [email protected]
Cofre
Guzarate, Índia; montagens: provavelmente Goa, Índia
Tartaruga; montagens em prata cinzelada
Século XVI (segunda metade)
12 x 18 x 9 cm
Bibliografia: Hugo Miguel Crespo, Choices, Lisboa, AR-PAB, 2016, pp. 130-135, cat. 14.
Cofre de corpo paralelepipédico e tampa trifacetada, uma das tipologias europeias de cofres
que os artífices guzarates mais copiaram neste material, a tartaruga (Eretmochelys imbricata).
As montagens revestem as arestas verticais do corpo e os cantos, às quais se somam cinco
bandas transversais que, dispostas ao longo da tampa, são reminiscentes das cintas ou ferros
que caracterizam os cofres europeus em madeira revestida a couro lavrado que lhe serviram
de modelo. A decoração cinzelada das cantoneiras e da fechadura remete para gravuras
decorativas europeias do Renascimento, embora a representação de lebres e dragões (makara)
que decoram a fechadura, seja afim à arte do Decão. Para além da qualidade e exotismo dos
materiais e da síntese artística perfeita entre diferentes formas de expressão artística, europeia
e indiana, que exibe, refira-se a sua rica história custodial, já que pertenceu às colecções de
Alfredo Guimarães e de Arthur de Sandão.
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8 GUILHEM MONTAGUT GALLERY ContactoGuilhem Montagut
Paseo de Gracia 55-57. Blvd de los Anticuarios n.º 11 08007 BarcelonaTm.:+ 34 678 027 [email protected]
Bastão de poder Tchokwe
Povo Tchokwe, Angola
Suporte, madeira apresentando profunda "patine" castanha
Século XIX
66 cm
Colecção particular parisiense
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9 Beatriz BálgomaContactoBeatriz Bálgoma
C/ Velázquez 75 28006 Madrid EspanhaTel.: 00 34 915 784 099Tm.: 00 34 629 346 [email protected]
Julián Grau Santos
Óleo sobre tela
Cómoda francesa
Século XIX
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10 RICARDO HOGAN ANTIGUIDADESContactoCristina e Ricardo Hogan
Rua Augusto Rosa, 111100-058 Lisboa
Rua São Bento, 2811250-219 LisboaTel.: +351 218 875 691Tm.: +351 966 007 [email protected]
Nossa Senhora da Conceição
Madeira, ouro, prata, coral, tecido
Inícios do século XVIII
60 cm
Imagem devocional de roca, em madeira, com vestidos de época, coroa em ouro, colar e terço
em coral, crescente lunar em prata.
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11 JOSÉ SANINA ANTIQUÁRIOContactoJosé Sanina
Rua de São Bento 279 / 279A1250-219 LisboaTel.: +351 213 962 483Tm.: +351 966 344 [email protected]
Caixa em forma de buda
Porcelana da China
Período Qianlong (1736-1795), c. 1780
Alt. 13 cm
Caixa de grandes dimensões
Madeira de huanghuali, madrepérola,
marfim e latão
China, século XVIII
16 x 36,5 x 50,5 cm
Raríssima caixa chinesa em madeira de
huanghuali, apresentando todas as faces
com embutidos de madrepérola escavada
e esgrafitada, as quais são delimitadas por
filetes de marfim. A decoração consiste
num elaboradíssimo enleado de gavinhas e folhagens, bem como de flores de peónia circundadas
por lancetas e cabeças de ruyi estilizadas. Num primeiro momento esta caixa aparenta, pela
sua forma, exemplares feitos no Ceilão a partir o século XVII para o mercado europeu; no
entanto, quer pela madeira, quer pela técnica de marcenaria utilizada, não contando com a
óbvia decoração, estamos perante um exemplar, todo ele, indubitavelmente chinês. Tendo em
atenção o facto histórico, segundo Colin Mackenzie, de que “este tipo de madeira é utilizado
na China desde há muitos séculos, tornando-se, muitíssimo apreciada a partir do século XVI
da dinastia Ming, desaparecendo a sua utilização no início do século XVIII por falta de
disponibilidade da mesma e só voltando a surgir mobiliário com esta variedade de madeira já
no século XX com o aparecimento de novos fornecimentos provenientes do Sudeste Asiático”,
em nossa opinião, a decoração que apresenta, bem com a sua organização estilística, remete-
-nos para peças de porcelana manufacturadas durante as primeiras décadas do século XVIII,
com especial foco no reinado Kangxi, para além da sua técnica construtiva que, em nosso
entender, situa esta peça nesse mesmo período.
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12 ESPADIM 1985ContactoAntónio Manuel dos Santos Amante
Av. Eng.º Duarte Pacheco – C.C. Amoreiras, loja 20111070-103 LisboaTel.: +351 213 833 857Tm.: +351 938 728 [email protected]
Salva gomada
Portugal
Prata
Século XVII/XVIII
Diâmetro: 33 cm
Peso: 565 g
Salva circular decorada com vinte e oito gomos e de
orla lisa.
Salva portuguesa com contraste do Porto em uso no
final do século XVII/XVIII, marca de Ourives A/PR
não identificado da mesma época.
Laça e par de brincos
Portugal
Prata
Século XVIII
Pendente: 7,5 x 6,9 cm; Brincos: 4,5 x 5,2 cm
Peso: 44 g
Meio adereço português século XVIII com topázios forrados.
Composto por pendente em laça e par de brincos em girândola cravejado com topázios forrados
e montagem em prata.
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13 CARETTO & CARTATEGUI FINE ARTContactoLuigi Caretto & Soraya Cartategui
Via Maria Vittoria, 1010123 Torino - ItáliaMadrid, Espanha- By Appointment28002 Madrid, EspanhaTel.: +39 011 537274 Tel.: +34 [email protected] | [email protected]://www.galleriacaretto.com | http://www.sorayacartategui.com
Virgem com Menino Jesus e Santa Ana
Joos van Cleve (Kleef 1485 – Amberes 1540)
/ Mestre das Meias Figuras (1500-1530)
Óleo sobre madeira
Ca. 1520
57,5 x 46,4 cm
“Virgem com o menino e Santa Ana”, 1515 a 1524, pe-
ríodo em que o pintor começava a amadurecer a sua
actividade em Amberes e quando abriu oficialmente
a sua oficina de produção para satisfazer a grande
procura dos seus quadros de temática religiosa. Santa Ana é a mãe de Nossa Senhora e avó de Jesus,
esta composição triangular não era muito habitual mas muito apreciada pelos coleccionadores.
Neste quadro Santa Ana apresenta-se vestindo um manto de cor vermelho vivo debruado a pele,
a Virgem apresenta roupagem em tons azuis brilhantes e encontra-se sentada num pátio com uma
extraordinária vista de uma paisagem, a interacção entre as três personagens é fantástica, a ex-
pressão dos rostos e a paisagem de fundo parecendo o paraíso. Santa Ana tem um livro aberto
numa das mãos, enquanto na outra segura um cacho de uvas, que oferece à Virgem e ao Menino.
Todos os detalhes da pintura são maravilhosos, os tecidos como o veludo e a pelica, os contrastes
das cores vermelho, azul, verde e brancos vivos fazem com que a obra apresente uma beleza única.
Proveniência:
Josef Cremer, Dortmund
Venta, Berlin, Wertheim, 29 Maio 1929, lot 10 (como: Joos van Cleve).
Con Kunsthandel Xaver Scheidwimmer, Munich (como: Joos van Cleve reproducción de taller).
Exposições:
“Alte Meister aus der Sammlung Cremer”, 6 Agosto – 3 Setembro 1950, n.º 7.
“Brueghel. Masterpieces of Flemish Art”, Bolonha, Itália, 2 Outubro 2015 – 26 Fevereiro 2016.
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14 SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES E GALERIA DE ARTEContactoMário Roque
Rua de São Bento 199-B 1250-219 LisboaTel./Fax: +351 213 960 734Tm.: +351 962 363 [email protected]
Menino Jesus Bom Pastor
Marfim
Goa, século XVII
92,5 cm
Bibliografia: RAPOSO, Francisco Hipólito
(ed.), A Expansão Portuguesa e a Arte do
Marfim (cat.), Lisboa, Comissão Nacional
para as Comemorações dos Descobrimen-
tos Portugueses – Fundação Calouste Gul-
benkian, 1991; SILVA, Nuno Vassallo e (ed.), Marfins no Império Português. Ivories in the Portuguese
Empire, Lisboa, Scribe, 2013; TÁVORA, Bernardo Ferrão de Tavares e, Imaginária Luso-Oriental,
Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1983.
Proveniência: Ex-colecção do Conde da Esperança de Condeixa e d’ Ottolini
Extraordinária escultura do Menino Jesus Bom Pastor quer pelas suas “generosas” dimensões e qua-
lidade escultórica quer pela sobrevivência das ramagens, que normalmente não resistem à voragem
dos tempos, nem à incúria dos devotos. O Menino apresenta-se sentado no alto de um monte – alu-
dindo ao Calvário e ao Presépio, mas também à montanha sagrada do hinduísmo, o Monte Meru.
À excepcionalidade desta obra junta-se um curioso aspecto iconográfico – pleno de sentido, no con-
texto indo-português – do Menino sentado, na gruta, segurando a cruz como se de um instrumento
musical se tratasse – o sitar, numa alusão ao símbolo da música na Índia – e que parece dedilhar.
Para além do Presépio, flanqueado por São Jerónimo e São Pedro, surgem os quatro Evangelistas,
e completando a singular imagética, São Francisco de Assis e Santo António de Lisboa. Esta icono-
grafia franciscana sugere tratar-se de uma imagem de altar de um dos Conventos franciscanos mais
importantes do Estado da Índia.
A escultura destaca-se de tantas quantas se conhecem quer pelas dimensões quer pela iconogra-
fia só comparável ao Bom Pastor de Vila Viçosa (72 cm) em que Jesus também segura o sitar mas
que carece das ramagens laterais.
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15 ZARCO ANTIQUÁRIOS, ART AND ANTIQUE GALLERYContactoMindy van Aldere Carvalho de Mendonça
Rua Marcos Portugal 341200-258 LisboaTel.: +351 213 954 656 Tm.: +351 914 012 [email protected]
Baú Namban
Lacado de negro, ouro e prata
(maqui-é) com incrustações em
madrepérola (raden) assento
em base, ferragens em metal
Século XVII
92 x 96 x 45 cm
Bibliografia: Mendes Pinto, Maria Helena, Lacas Namban em Portugal – Presença Portuguesa no
Japão, edições INAPA, Lisboa, 1990.
No Japão as lacas sempre foram destacadas entre as artes ornamentais, testemunhas de grande
perfeição e requinte, com o comércio externo fomentado pelos portugueses, a quantidade das
lacas encomendadas cresceu consideravelmente. Entre o mobiliário destacam-se os baús e os
contadores não só pela decoração variada que apresentam como também pelas suas diversas
dimensões. Os baús, móveis de guardar, cujos tamanhos variavam consoante o uso específico
para que eram manufacturados, eram oferecidos ao comércio ocidental, saindo do Japão para
Macau e Goa e daí para Lisboa.
A parte frontal do Baú Namban apresenta uma decoração com motivos ornamentais vegetalistas
destacando-se as glicínias marcadas a maqui-é de ouro e as peónias embutidas a madrepérola.
Na base um esquilo lacado também a ouro envolve-se delicadamente entre as parras e uvas.
Os mesmos motivos ornamentais desenrolam-se na parte trás do baú, na qual a figura do
esquilo se repete envolto de parras e uvas, lacadas a ouro e embutidos com madrepérola.
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16 GALERIA PHILIPPE MENDESContactoPhilippe Mendes
36, Rue de Penthièvre75008 ParisTel.: 00 331 42 89 16 71Tm.: 00 336 13 73 20 [email protected]
Retrato de Camilla de Soali como Diana
Lorenzo De FERRARI
Óleo sobre tela
C. 1730
167 x 112 cm
Bibliografia: C.G. Ratti, Delle vite de’ pittori,
scultori, ed architetti genovesi. Tom secondo
scritto da Carlo Giuseppe Ratti Pittore, e Socio
delle Accademie Ligustiche e Parmense in
continua zione dell’opera di Raffaelo Soprani,
Genova, (1769), 1997, cit., p. 198; Daniele
Sanguineti, Gio Enrico Vaymer, Genova:
Sagep, 1999, cit., pp. 24, 72, nota 60, fig. 24;
Daniele Sanguineti, “Quantunque nimicissimo
fosse di far rittrati, pure alcuni dovette per
impegno farne”: Lorenzo De Ferrari rittratista con due aggiunte al catalogo dei dipinti sacri, in Bollettino
dei Musei Civici Genovesi, Anno XXII, n. 66 – Settembre/Dicembre 2000, cit., p. 24, fig. 3.
Lorenzo De Ferrari (Génova, 1680-Génova, 1744) é um artista genovês brilhante que recebeu
as primeiras lições de seu pai, Gregorio De Ferrari (1647-1726) e foi igualmente aluno de
Domenico Piola (1624-1703).
Este retrato é da mesma veia que os seus melhores e mais audaciosos quadros. O pintor e o
modelo, esposa dum descendente de uma família genovesa nobre, preferiram optar por um
retrato mitológico. Esta nobre senhora pousa como Diana caçadora frente à fonte onde vão
beber os seus galgos. O extremo requinte do vestuário e o sabor das pinceladas são notáveis.
Drapeada numa pele de leopardo forrada de setim azul, a caçadora tem um vestido de brocado
com fios de prata. A cinta e o corpete estão bastante a descoberto e são mantidos por uma
armadura cinselada por um ourives. A delicadeza dos detalhes – o broche com uma cabeça de
Gorgona ao nível do corpete – os tons metálicos assim como a desenvoltura decorativa do
conjunto são características da maneira elegante do pintor nos anos 1720.
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17 D’OREY AZULEJOS E ANTIGUIDADESContactoManuel Capucho, Manuel Mantero Capucho, Pedro Freitas
Rua do Alecrim, 68 1200-018 LisboaTel.: +351 213 430 232Tm.: + 351 965859259 / + 351 912556408 / + 351 [email protected]
José do Egipto
Azulejos, Pedra
Século XVIII / XVIII/XIX
141 x 222 cm
Painel de azulejos do 2.º quartel do século XVIII em faiança azul-cobalto sobre branco, de
possível fabrico de Lisboa. A cena, dividida em duas, representa José sendo elevado a Vizir
(maior oficial no Egipto antigo) pelo faraó e o reencontro de José com os irmãos (Genesis
41:46). Em segundo plano dois cavalos puxando a carruagem triunfal oferecida pelo Faraó.
Como na produção da 1.ª metade do século a cercadura de colunas e concheados encena a
imagem, interpretação de gravuras que circulavam pela Europa.
Par de Pinhas
75 x 31 cm
Par de pinhas em pedra calcária oolítica, com malha gravada, portuguesas, do século XVIII/XIX.
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18 MANUEL CASTILHOContactoManuel Castilho
Rua D. Pedro V, 851250-093 LisboaTel. + 351 213 224 292Tm. +351 934 703 779 / +351 917 219 [email protected]
Invulgar figura em marfim representando senhora de corte sentada em cadeira de modelo
europeu com menino ao colo, seguindo a tipologia cristã de Nossa Senhora com o Menino
Índia, século XVII/XVIII
Alt. 9 cm; larg. 5 cm; prof. 3,2 cm
Buda sentado, com veste monástica com padrão de flores estilizadas em relevo
Bronze dourado
Tailândia, século XVIII/XIX
Alt. 61 cm; larg. 45 cm; prof. 45 cm
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19 ROTA DO TEMPO – JOÃO RAMADAContactoJoão Ramada
Rua José d’Esaguy, n.º 8 A 1700-027 LisboaTel.: +351 218 462 620Tm.: +351 938 809 [email protected]
Retábulo aragonês
Madeira policromada
Século XVI
62 x 61 cm
Proveniência: Coleção particular
Raro e excecional retábulo em madeira policromada com uma indumentaria ricamente estofada,
representando a Coroação da Virgem Maria “Rainha do Céu e da Terra”, tema da Arte Cristã, em
que Deus segura com uma mão a coroa e entrega o outro lado a Jesus. Ambos colocam a coroa na
cabeça de Maria. Em cima representação do Espírito Santo sob a forma de uma pomba.
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20 MANUELA LÍRIOContactoSérgio Alexandre Pereira Braga Gonçalves / Otília Manuela Barreiros Verde Lírio
Av. Dr. Ramos Pereira, 120, 3.º Dto4910-547 Vila Praia de ÂncoraTel.: +351 258 911 989Tm.: +351 967 125 [email protected]
Amadeo de Souza-Cardoso
Óleo sobre cartão
Assinado
C. 1914
22,3 x 41 cm
A obra “Ponte” que sucedeu a
esta, integra o acervo do Museu
Colecção Berardo desde 2004.
Exposições: Maio de 1959: Lisboa, Portugal, Amadeo de Souza-Cardoso.
Secretariado Nacional de Informação – Palácio Foz (pode corresponder ao n.º 50).
Junho de 1959: Porto, Portugal, Amadeo de Souza-Cardoso. Museu Nacional Soares dos Reis
(pode corresponder ao n.º 50).
20 de Julho de 1987 a 31 de Outubro de 1987: Lisboa, Portugal, 1887-1987 centenário do nas -
cimento de Amadeo de Souza-Cardoso, Fundação Calouste Gulbenkian.
5 a 15 de Novembro de 1998: Lisboa, Portugal, 4 Modernistas: Amadeo de Souza Cardoso, Eduardo
Vianna, Almada Negreiros, Mario Eloy: na Antiks Design. Antiks Design Galeria de Arte (n.º 7).
28 de Junho a 30 de Setembro de 2001: Porto, Portugal, Mondrian, Amadeo: da paisagem à
abstracção. Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
Bibliografia: Catálogo da Exposição Amadeo de Souza-Cardoso, Lisboa, SNI, 1959, n.º 50.
Catálogo da Exposição do CAM – Gulbenkian de 1987, p. 220-221.
Catálogo Raisonné, edição Fundação Calouste Gulbenkian, 2008, p. 237 (ilust. p. 84).
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21 MICROARTE GALERIAContactoAna Dâmaso
Centro Comercial Roma, loja 1, Av. de Roma n.º 48 B1700-115 LisboaTel.: +351 912 445 783Tm.: + 351 912 445 [email protected]/microarte
Connections
Isabel Nunes
2017
Acrilico, técnica mista sobre tela
100 x 70 cm
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22 HELDER ALFAIATE GALERIA DE ARTEContactoHelder Alfaiate
Rua Fonte do Cabo 40 AEriceira2655-285 EriceiraTm.: +351 916 537 [email protected]
Margarida Sardinha
“Knotwork – Purple ring”
2017
Impressão digital em papel
fotográfico, acrílico
100 x 100 x 15 cm
Pedro Ramos
“Templos”
2000-2002
Escultura em madeira de cerejeira e folha de prata
154 x 18 x 18 cm
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23 ANTIGO Q.B. GALERIA DE ARTEMODERNA E CONTEMPORÂNEAContactoElisabeth Teixeira e Valdemar Teixeira
Rua Tomás Ribeiro n.º 181050-229 LisboaTel.: +351 213 140 993Tm. +351 933 405 302Fax +351 213 140 [email protected]
Sem título
Menez
1965
Óleo sobre tela
151 x 130,7 cm
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GARRAFA DE PEREGRINOFaiança portuguesaLisboa, 1630-40Altura: 46,0 cmProveniência: Ex colecção doDr. Ferreira de Lima
Importante garrafa de peregrino com cinco pares de asas, da primeira metade do século XVII, decoradacom uma cena de caça: dois cães, um que corre ladrando e o outro rosnando atrás de um arbusto,perseguem lebrões, numa vegetação exótica – dois tentam esconder-se, outro foge e o quarto estácomo que petrificado. Numa gruta, alheios ao perigo que correm, um casal de lebres brancas copulam,numa alusão ao amor e numa interpretação ingénua e irónica do símbolo chinês da fecundidade. Asasas estão decoradas com o tema chinês da pérola, que aqui mais parecem olhos, como que se o cenárioestivesse a ser observado por curiosos.O ombro é decorado com quatro flores equidistantes, ao sabor dos temas florais das porcelanas Ming– Chongzhen (1611-1644) e numa alusão inocente da roda da lei. O pescoço está dividido por um anelsaliente segundo o modelo típico das garrafas da época deste Imperador. Embora as cenas eróticas sejam frequentes na porcelana de China de fabrico posterior, é raro encontrarpeças com cenas de sexo explícito na Dinastia Ming. Foi encontrada uma taça nas escavações do antigoConvento de Santana em Lisboa, zona onde existiam várias olarias. Sendo que este motivo satíriconunca fora usado na gramatica decorativa em Portugal, fica a questão se o oleiro que executou agarrafa teria tido conhecimento da existência desta peça. A única peça que se conhece com dois coelhosem cópula pertence à coleção do Museu do Azulejo de Lisboa: um azulejo de figura avulsa, de meadosdo século XVII.Conhecem-se poucas peças com este formato, mais pequenas e com três pares de asas, estando umano Museu dos Biscainhos, em Braga. A finalidade das asas seria para a prender a uma corda e evitarque fosse levada pela corrente quando colocada num rio para refrescar.
SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES E GALERIA DE ARTESTAND 14
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Rua de São Bento 199-B 1250-219 LisboaTel./Fax: +351 213 960 734 Tm.: +351 962 363 260
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MARIA MADALENAMarfimSino-portuguesa, século XVI/XVII29,0 cm
Bibliografia: Helena BARBAS, “Madalena – História e Mito”, Lisboa, Ésquilo edições, 2008. Expansão Portuguesa e Arte do Marfim, Lisboa, C. N. para as Comemorações dos DescobrimentosPortugueses, 1991.
Rarissima escultura de Maria Madalena de Mágdala, recostada e contemplativa, numa alusão a Budareclinado, que simboliza a passagem final para nirvana.Lasciva e sedutora, em tronco nu, apoia a cabeça com a mão direita. Os cabelos esparsos onduladose terminados em espiral apresentam duas madeixas destacadas acompanhando o rosto oval, de olhosgrandes, oblongos e amendoados. Descalça, está coberta por abundante drapeado, que o escultoradaptou ao corpo, num talhe de linhas paralelas, de fortes sulcos, que se alargam a partir da pregahorizontal e vertical, conferindo-lhe o caracter de figura esguia e maneirista, enfatizando as duasfacetas pelas quais é conhecida, a profana e a sagrada.Esta imagem poderá ter agradado tanto a um público chinês como europeu, assim como a crentesbudistas e cristãos, interpretando-a de formas distintas. A expressão etérea do rosto contradiz-se coma nudez sinuosa e sensual do corpo, próprio de uma Apsara (donzela celestial, espirito feminino damitologia hindu e budista). Para os cristãos e à luz dos Evangelhos a mesma expressão revela a mulherpecadora, da transgressão e da tentação, evoluindo para um modelo de arrependimento, devoção eamor a Jesus Cristo.A presente escultura caracteriza-se por uma notável qualidade, ao nível do tratamento plástico e,fundamentalmente, pela excepcional singularidade, cujo modelo de iconografia ebúrnea, quase semprecomum à composição de Calvários e Bons Pastores, raramente se expõe como imagem independente.
SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES E GALERIA DE ARTESTAND 14
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COFRE MOGOLTeca, madrepérola e prataGuzarate, século XVII15,0 x 25,0 x 14,0 cm
Bibliografia: SOUSA, Maria Conceição Borges de, “Cofres de madrepérola e massa negra”, in a CidadeGlobal – Lisboa do Renascimento, p. 162.CRESPO, Hugo Miguel, Jóias da Carreira da Índia (catálogo), Lisboa, Fundação Oriente, 2014/2015. SILVA, Nuno Vassalo e, A Herança de Rauluchantim (catálogo), Lisboa, Museu de São Roque, 1996.
Proveniência: Colecção particular
Cofre Mogol de formato rectangular com tampa troncopiramidal.A estrutura em teca é revestida na totalidade por placas de madrepérola fixadas com pequenos balmáziosde prata. Estas placas de nácar do gastrópode (búzio), isto é, da concha, de Turbo marmoratus, constituemum importante elemento decorativo formando um padrão ritmado e geométrico, reforçado pelo efeitodos pinos que as fixam. Os “mosaicos” de tamanhos díspares, trapezoidais, alinhados em favos estãolimitados por moldura de peças rectangulares, recortadas de modo a que o seu encaixe se faça demaneira precisa.O cofre é reforçado nas arestas por montagens de bandas em prata sobriamente gravadas, com singeladecoração de enrolamentos vegetalistas cinzelados. A tampa com pega em prata é articulada por dobradiças do mesmo material e uma fechadura deespelho lavrado com elementos florais em prata cinzelada. Desde inícios do século XVI que o Estado de Guzarate se destacou como principal centro de manufacturadestes objectos, sendo que a referência mais recuada na região, data de 1502. Com a forma inspiradanos exemplares europeus e na decoração de cariz indiano e islâmico, este cofre, de Guzarate, pertencea um raro grupo de objectos preciosos, dignos de conter relíquias ou mesmo de integrar as Kunstkammernreais.
SÃO ROQUE, ANTIGUIDADES E GALERIA DE ARTESTAND 14
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CRISTOMarfimNipo-português, século XVII (1.ª metade)80,0 x 55,0 cm
Bibliografia: Asian Civilization Museum, Devotion & Desire Cross-cultural art in Asia, 2013, p. 78.Bailey, Gauvin Alexander. Art on the Jesuit Missions in Asia and LatinAmerica: 1542-1773. Toronto: University of Toronto Press, 1999;Manuela d’Oliveira Martins e Alexandra Curvelo (coord.), EncomendasNamban – Os portugueses no Japão da Idade Moderna (catálogo),Lisboa, Fundação Oriente, 2010.
Cristo crucificado em marfim, com grande detalhe anatómico ecaracterísticas especificas reveladoras de um trabalho nipo-por -tuguês. A cabeça está rapada na região frontal da calote craniana, o cabelosolto em ondulado largo na parte posterior da cabeça, que em vidacostumava estar atado, em chonmage, forma tradicional de penteado japonês, usado pelos Xoguns eSamurais, da época Edo. De cada lado da face, pende uma madeixa de cabelo entrançado, simulandouma shimenawa, (literalmente “corda enrolada”) o que, na religião Xintoísta, simboliza a fronteira entreo terreno e o sagrado, procurando assinalar, deste modo, a divindade de Cristo. O rosto apresenta uma fisionomia de aparência nipónica, com formato ovalado e ligeiramente triangular,realçado pelo cabelo e barba grande, que termina por bifurcação de duas volutas em caracóis afrontados.A testa é alta, os olhos são grandes e amendoados com pálpebras bem demarcadas, de fendas ocularesfinas e alongadas. O corpo despido tem um cendal em torno da cintura, com dobras ou laçadas laterais,distintas das chinesas ou cingalesas, mas idênticas ao exemplar japonês do Museu de Singapura.A Cruz, em pau-santo, tem símbolos alusivos à Paixão de Cristo. Curiosamente a tenaz da Deposição,está representada como um número oito perfeito, o que nas religiões orientais, incluindo o Xintoísmoé um número sagrado – “hachi”. Este número tem um valor de mediação entre o círculo e o quadrado,entre a terra e o Céu, símbolo de equilíbrio, o que no Cristianismo pode corresponder ao NovoTestamento, anunciando a prosperidade e a bem – aventurança de um Mundo Novo. Rematam a cruz placas com flores de lótus, cujo significado preponderante de pureza e perfeição ascoloca como sendo as flores mais sagradas do Japão, e que o escultor mais uma vez as desenhou como número “sagrado” de oito pétalas.
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CATERING SERVICE
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Ficha técnica
CORDOARIA NACIONAL
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CATÁLOGO
FOTOGRAFIAAntónio SacchettiJoão Silveira RamosJoão KrullLaura Castro CaldasMiguel Gaspar Rui SaltaTiago Pinto
DESIGNBeatriz Horta Correia/Linha de Letras
IMPRESSÃOAGIR
Depósito legal n.º
Rua do Alecrim, 47-4.º C1200-014 LisboaTel. +351 213 474 [email protected]
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PatrocíniosTodas as peças presentes nesta Feira foram sujeitas a peritagem préviapor entidades idóneas e independentes, de reconhecida competência.
Todos os objectos são vendidos sob a responsabilidade exclusiva dosexpositores que deverão dar certificados de autenticidade, caso osclientes o solicitem.
A descrição das peças reproduzidas neste catálogo é da exclusivaresponsabilidade dos expositores.
Tentações de Santo Antão (pormenor)Jheronymus Boschc. 1500Museu Nacional de Arte Antiga.
FEIRA DE ARTE E ANTIGUIDADES
DE LISBOA
2017
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