Download - Índice de Desenvolvimento Municipal
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
RODRIGO HERMONT OZON
INDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL:
SIMULANDO A DINAMICA DOS NEGOCIOS COM ANALISE
FATORIAL
CURITIBA
2011
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RODRIGO HERMONT OZON
INDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL:
SIMULANDO A DINAMICA DOS NEGOCIOS COM ANALISE
FATORIAL
Dissertacao apresentada ao Setor deCiencias Sociais Aplicadas da Universi-dade Federal do Parana como requisitoparcial a` obtencao de grau de Mestreem Desenvolvimento Economico peloPrograma de Mestrado Profissional emDesenvolvimento Economico.
Orientador: Prof. Dr. Mariano deMattos Macedo
CURITIBA
2011
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iTERMO DE APROVACAO
RODRIGO HERMONT OZON
INDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL: SIMULANDO A DINAMICA DOS
NEGOCIOS COM ANALISE FATORIAL
Dissertacao apresentada como requisito parcial a` obtencao do grau de
Mestre pelo Curso de Pos-Graduacao em Desenvolvimento Economico, Ciencias
Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Parana, pela seguinte banca exami-
nadora:
Prof. Dr. Mariano de Mattos MacedoDepartamento de Economia, UFPR
(Orientador)
Prof. Dr. Flavio de Oliveira GoncalvesDepartamento de Economia, UFPR
Prof. Dr. Hermes HigachiDepartamento de Economia, UEPG
Curitiba, 29 de marco de 2011
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A Deus, a minha famlia e a todos aqueles que acreditam no meu potencial.
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AGRADECIMENTOS
Muitas pessoas contribuiram para a realizacao deste trabalho. Agradeco inicialmente
a` Federacao das Industrias do Estado do Parana e ao Instituto Brasileiro da Qualidade e
Produtividade por me concederem a oportunidade de cursar o mestrado como bolsista e por
apostar na minha carreira de economista.
A dedicacao de professores foi uma influencia muito forte para que eu escolhesse um
tema ligado a analise econometrica e a carreira academica e aponto neste sentido Flavio de
Oliveira Goncalves pelo estmulo, amizade, pelas viagens para apresentar o IDMPE pelos
Sebraes afora e pela sua paciencia com a minha ansiedade e correria na maioria das ocasioes.
Flavio, e um orgulho ter voce como Professor e amigo!
Tambem nao poderia deixar de agradecer aos admiraveis, inspiradores e inceti-
vadores prof. Hermes Higachi e prof. Mariano Macedo aos quais sou fa declarado de carteir-
inha e ao Mariano desde a minha graduacao na UFPR.
Nao poderia deixar de esclarecer meus agradecimentos aos meus amigos do mestrado,
todos eles, sem nenhuma omissao. Nao pretendo citar os nomes pois receio cometer alguma
ingratidao.
Tambem sou grato aos meus incentivadores de todas as horas, os professores e alunos
por onde convivi e pretendo seguir, na Universidade Positivo, na INESUL/FANEESP e na
pos-graduacao da FESP.
Finalmente, esta monografia nao teria sido possvel sem a orientacao, de Mariano
Macedo a quem devo meu agradecimento especial. Sem as excelentes contribuicoes deste
Professor este trabalho nao seria viavel!
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Quando a complexidade aumenta, as afirmacoes precisas perdem significado e as
significativas perdem precisao.
Lotfi Zadeh
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Resumo
Polticas publicas orientadas por resultados necessitam de parametros que norteiem suaatuacao com maior efetividade. As limitacoes para construir uma medida sintetica quemensure o ritmo de desenvolvimento do ambiente de negocios carece de boas premissas econdicoes iniciais que se mostrem capazes de captar a cadeia de complexidade do sistema emque esta inserida e que tenha flexibilidade suficiente para que se possam simular as diferentesconfiguracoes a cada mudanca do meio. Uma das dificuldades nesta mensuracao consiste nadefinicao de conceitos amplos, como o de desenvolvimento municipal, empresarial, institu-cional e mercadologico e no entendimento adaptativo dos agentes envolvidos neste habitat.O objetivo desta dissertacao e analisar o ambiente de negocios, atraves da construcao de al-gumas medidas quantitativas resumidas em indicadores construdos a partir da metodologiada analise fatorial e de elementos presentes na econometria espacial e na ciencia regional esuas devidas relacoes com o cenario economico onde as firmas se inserem. Em particular,o trabalho procura mostrar como a concentracao populacional, o Crescimento Schumpete-riano e a sensibilidade as hipoteses ou condicoes iniciais dos modelos geram configuracoesdiferentes nos resultados, reforcando a ideia de que a questao das expectativas, inovacao tec-nologica, competitividade e a cadeia de complexidade no que diz respeito a adaptabilidade emutacao sao fatores endogenos preponderantes no desenho de polticas e planos de acao parauma atuacao mais efetiva dos stackeholders envolvidos. A busca por avancos nesta correntede pensamento passa por conceitos neo-schumpeterianos e avanca para os desafios presentesna modelagem computacional que nasce com os Agent Based Computational Economics quesimulam os comportamentos de sociedades artificiais e seus processos interativos, sugerindofortes incentivos para o nascimento de pesquisas futuras neste sentido.
Palavras-Chave: Evolucionismo, Analise Fatorial, Construcao de Cenarios via Sim-ulacao de Monte Carlo, Economia paranaense.
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Abstract
Outcome-oriented public policies require parameters to guide their actions with greater ef-fectiveness. The limitations to construct a synthetic measure that catch the pace of devel-opment of the business environment requires good initial conditions and assumptions thatmay be able to capture the complexity of the chain system in which it operates and whichhas sufficient flexibility so that they can simulate the different settings with each change ofmedium. One difficulty in this measurement is to establish broad concepts, such as municipaldevelopment, business, institutional and marketing and the understanding of adaptive agentsinvolved in this abitats. The objective of this thesis is to analyze the business environmentthrough the construction of some quantitative measures summarized indicators constructedfrom the factor analysis methodology and elements in the spatial econometrics and regionalscience and its proper relations with the economic scenario where the firms are located. Inparticular, I show how the concentration of population, the market size and sensitivity toinitial conditions or assumptions of the models produce results in different settings, reinforc-ing the idea that the question of expectations, technological innovation, competitiveness andchain complexity with regard to adaptability and change are endogenous factors prevalent inthe design of policies and plans of action for a more effective performance of stackeholdersinvolved. The search for progress in this line of thought goes through neo-Schumpeterianconcepts and progresses to the current challenges in computational modeling that comes withthe Agent Based Computational Economics that simulate the behaviors of artificial societiesand their interactive processes, suggesting strong incentives for the birth of future researchin this direction.
Keywords: Evolutionary Economics, Factor Anaysis, Scenario Building via Monte CarloSimulation, Paranas Economics.
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Lista de Figuras
Figura 1 Requisitos de um bom indicador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Figura 2 Estrutura do ID-MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Figura 3 Inspecao grafica das variaveis do ID-MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Figura 4 Resultados do IDE para os municpios paranaenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 5 Comparativo das cargas fatoriais nao rotacionadas e rotacionadas para o IDI . . . 39
Figura 6 Mapeamento do IDMPE e subndices nos municpios do estado do Parana. . . . . . 42
Figura 7 Resultados do I de Moran Univariado para o IDMPE PR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Figura 8 Diagrama de Dispersao de Moran . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Figura 9 Comparativo das cargas nao rotacionadas e rotacionadas para o indicador proposto 58
Figura 10 Histograma e aproximacoes das distribuicoes para o IDMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Figura 11 Estagios no diagrama de decisao da analise fatorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Figura 12 Verificacao positiva de clusters para a distribuicao espacial do IDMPE e valores p > 0, 05 74
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Lista de Tabelas
Tabela 1 Criterios de Avaliacao e Interpretacao do teste KMO (Hair et. alli (2008)) . . . . . 23
Tabela 2 Estatsticas descritivas das variaveis do IDE PR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Tabela 3 Limiares Maximos e Mnimos para as variaveis do IDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Tabela 4 Extracao das Componentes Principais para o IDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Tabela 5 Resultados do teste KMO para as variaveis do IDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Tabela 6 Matriz de cargas fatoriais nao-rotacionadas e analise de fatores principais para IDE 31
Tabela 7 Resultados da matriz de cargas fatoriais rotacionadas para o IDE . . . . . . . . . . . . . . 32
Tabela 8 Ranking dos 10 maiores IDEs no estado do Parana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Tabela 9 Limiares maximos e mnimos para as variaveis do IDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Tabela 10 Resultados do teste KMO para as variaveis do IDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Tabela 11 Matriz de cargas fatoriais nao-rotacionadas e analise de fatores comuns para as variaveis do IDM
Tabela 12 Resultados da matriz de cargas rotacionadas para o IDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Tabela 13 Tabulacao do IDM para os municpios paranaenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Tabela 14 Ranking dos 10 maiores IDMs dos municpios paranaenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
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Tabela 15 Limiares maximos e mnimos para as variaveis do IDI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Tabela 16 Resultados do teste KMO para as variaveis do IDI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Tabela 17 Matriz de cargas fatoriais nao-rotacionadas e analise de fatores comuns para as variaveis do IDI
Tabela 18 Resultados da matriz de cargas fatoriais rotacionadas para o IDI . . . . . . . . . . . . . . . 38
Tabela 19 Ranking dos 10 maiores IDIs dos municpios paranaenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Tabela 20 Ranking dos 10 maiores IDMPEs no estado do Parana em 2009. . . . . . . . . . . . . . . 40
Tabela 21 Resultados do teste de adequacao amostral de KMO para o modelo proposto . . . 55
Tabela 22 Resultados do teste KMO com exclusao de variaveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Tabela 23 Resultados finais do teste KMO e variaveis selecionadas para AF . . . . . . . . . . . . . . 56
Tabela 24 Matriz nao rotacionada e analise de fatores comuns para o modelo a simular . . . 56
Tabela 25 Resultados da matriz fatorial rotacionada para as variaveis do modelo a simular 57
Tabela 26 Organizacao das variaveis nas componentes no modelo proposto . . . . . . . . . . . . . . . 58
Tabela 27 Ranking dos maiores municpios em cada componente do modelo proposto . . . . . 59
Tabela 28 Cenario construdo a partir dos resultados gerados pelo indicador proposto . . . . . 60
Tabela 29 Calculos do teorema de Bayes, para a revisao das probabilidades do cenario proposto 63
Tabela 30 Cenario para IDMS com probabilidades revistas via Teorema de Bayes . . . . . . . . . 64
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xTabela 31 Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 75
Tabela 32 Continua: Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 76
Tabela 33 Continua: Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 77
Tabela 34 Continua: Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 78
Tabela 35 Continua: Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 79
Tabela 36 Continua: Ranking ordenado por maiores IDMPEs no estado do Parana com dados de 2009 80
Tabela 37 Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana . . . . . . . 81
Tabela 38 Continua: Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana 82
Tabela 39 Continua: Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana 83
Tabela 40 Continua: Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana 84
Tabela 41 Continua: Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana 85
Tabela 42 Continua: Ranking dos maiores indicadores propostos (IDMS) no estado do Parana 86
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Lista de Siglas
IDH-M Indice de Desenvolvimento Humano Municipal
SNI Sistema Nacional de Inovacao
OCDE Organizacao para Cooperacao e Desenvolvimento Economico
MPOG Ministerio do Planejamento, Orcamento e Gestao
Sebrae Servico Brasileiro de Apoio a`s Micro e Pequenas Empresas
IBQP Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade
ID-MPE Indice de Desenvolvimento Municipal das Micro e Pequenas Empresas
IDE Indice de Desenvolvimento Empresarial
IDM Indice de Desenvolvimento Mercadologico
IDI Indice de Desenvolvimento Institucional
CBOs Classificacao Brasileira de Ocupacoes
PDM Plano Diretor Municipal
PCA Principal Components Analisys
AF Analise Fatorial
AEDE Analise Exploratoria de Dados Espaciais
SQR Soma dos Quadrados dos Resduos
PIB Produto Interno Bruto
LISA Local Indicators of Spatial Association
POE Perda de Oportunidade Esperada
VE Valor Esperado
ACE Agent Based Computational Economics
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Sumario
1 INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO 3
2.1 O processo competitivo e de mudanca organizacional no modelo evolucionista . . . . 4
2.2 Conceitos, principais componentes e articulacao do SNI na perspectiva evolucionista 5
2.3 Espacialidade do desenvolvimento economico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 O Indice Sebrae de Desenvolvimento Municipal das MPEs (ID-MPE) . . 11
3.1 Os subndices do ID-MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Variaveis do IDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Variaveis do IDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Variaveis do IDI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2 A Construcao do ID-MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3 Mapeamento e Analise Espacial do ID-MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.4 Resultados do ID-MPE PR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.4.1 Resultados para o IDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.4.2 Resultados para o IDM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.4.3 Resultados para o IDI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.4.4 Resultados para o ID-MPE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.4.5 Resultados da Analise Espacial para o IDMPE PR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4 Modelo de Simulacao com AF para o Indice de Desenvolvimento Empresarial 46
4.1 AF, Construcao de Cenarios e Simulacao de Monte Carlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.2 Analise e discussao dos resultados simulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2.1 Resultados para a construcao dos Cenarios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59xii
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4.2.2 Resultados da Simulacao dos Cenarios via Monte Carlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5 CONSIDERACOES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Referencias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
APENDICE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Analise de Componentes Principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Analise Fatorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Analise de Fatores Principais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Rotacao Fatorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Formas de Rotacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Escores fatoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Estimativas dos escores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
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11 INTRODUCAO
As dificuldades em buscar uma medida sintetica que reflita o ritmo do desenvolvi-
mento empresarial carece de estudos aprofundados que orientem os planos, acoes e metas dos
policy makers. Polticas voltadas ao desenvolvimento focadas em resultados necessitam de
parametros para nortear sua efetividade. A construcao de indicadores sao uteis para gestao
publica, instituicoes governamentais e nao-governamentais e micro e pequenos empresarios.
Programas de desenvolvimento e promocaoo social, por exemplo, utilizam como
referencia para destinacao de seus recursos (escala de prioridade) e monitoramento de seus
resultados, o IDH Indice de Desenvolvimento Humano da Organizacao das Nacoes Unidas
(ONU), Indice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal, nos Indices de Competitividade
elaborados pelo World Economic Forum, o BCI (Business Competitiveness Index ) elaborado
por Michael Porter desde 2001 e o GCI (Global Competitiveness Index) elaborado por Sala i
Martin, desde 2004; e no ICE F Indice de Competitividade Estadual Fatores, elaborado pela
FEE/RS (Fundacao Estadual de Estatystica) e Movimento Brasil Competitivo, em 2006.
A criacao de um ndice de desenvolvimento empresarial tem como proposito ori-
entar as estrategias e polticas locais de promocao economica, diagnosticando as condicoes
favoraveis a implantacao e crescimento dos pequenos negocios locais.
Baseado na construcao do IDH-M ndice de desenvolvimento que procura expressar
o objetivo do desenvolvimento, de alargar as possibilidades de escolha das pessoas, atraves
da ampliacao de suas capacidades, a construcao de uma medida que busque refletir o desen-
volvimento empresarial deve se mostrar capaz que reconhecer a complexidade inerente a este
processo, como a dinamica competitiva, surgimento de inovacoes e mudancas no ambiente
institucional, governamental e social.
Vale ressaltar que a quantificacao ou avaliacao do ambiente de negocios atraves de
uma medida sintetica deve ser capaz de reconhecer a cadeia de complexidade inerente ao
ambiente em que se inserem e que se mostre capaz de fornecer acessibilidade e flexibilidade
aos gestores que as desenham de modo que seja possvel e viavel de se simular a cada mudanca
e adaptabilidade dos agentes no meio ou habitat.
Neste sentido, fazendo-se largo uso de base de dados secundarios de domnio publico
constroem-se variaveis que busquem refletir o desenvolvimento atraves do ambiente de negocios
com o auxlio da metodologia de analise fatorial combinada com analise espacial e gerencia-
mento de cenarios para direcionar o processo de tomada de decisao.
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2A exploracao das conexoes conceituais e teoricas a cerca das discussoes que bus-
cam conectar o desenvolvimento empresarial, com o desenvolvimento local e competitivi-
dade concedem a essencia de medidas que busquem diagnosticar o ambiente de negocios
em nvel municipal e nunca deixando de fora a visao macro com o intuito de verificar as
(des)concentracoes/bolsoes de desenvolvimento empresarial e a identificacao do mimetismo
presente em tais fenomenos. Assim, no primeiro captulo sao revistos alguns pensamen-
tos presentes na linha teorica do desenvolvimento economico como os conceitos iniciais de
desenvolvimento e suas diferentes perspectivas, seguido de uma discussao a respeito do pro-
cesso competitivo e de mudanca organizacional no modelo evolucionista, passando por uma
secao seguintes enfatizando o aspecto institucional e em seguida a questao da espacialidade
do desenvolvimento economico mencionando alguns extratos presentes na teoria do desen-
volvimento endogeno. Assim, faz-se mister na expectativa de que regioes/municpios, como
capitais, polos produtivos e regioes metropolitanas atinjam valores elevados da escala de
gradacao dos indicadores considerando que a maior parcela dos empreendimentos brasileiros
se caracterizam como micro e pequenos, totalizando 5.786.696 unidades sendo que destes
cerca de 1.372.627 estao situados na regiao sul do pas e outros 463.994 dentro do estado
do Parana. (MPEdata apud RAIS, 2009 (67)) e reforcando o chamado processo que gera a
ordem de tamanho das cidades discutida por Fujita, Krugman e Venables (2002) (32).
No captulo posterior discutimos quais as principais tentativas de obtencao destas
medidas, dando especial destaque ao estudo de caso presente no IDMPE elaborado inicial-
mente pelo IBQP e Sebrae Parana. Em seguida, no penultimo captulo desta dissertacao
propomos um modelo de simulacao atraves da geracao de cenarios combinando-os varias
vezes atraves do metodo de Monte Carlo e finalmente sao descritas as principais conclusoes
do trabalho, apontando algumas das limitacoes dos modelos empregados e dos novos rumos
e possibilidades de aprofundamentos cientficos.
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32 DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL E
DESENVOLVIMENTO ECONOMICONao e a adaptacao bem sucedida a um dado ambiente que constitui o mais notavelformador da vida, mas a teia de processos ecologicos em um sistema ambiental queforma os padroes psicologicos e comportamentais, os quais podem apoiar-se nagenetica. A evolucao acontece nao como resposta a`s exigencias da sobrevivencia,mas como um jogo criativo e necessidade cooperativa de um universo todo eleevolutivo. (Lemkow, 1990 p. 183) (47)
Se olharmos genericamente ao termo desenvolvimento, percebemos que sao essen-
cialmente duas perspectivas desse tema que tem se destacado: o crescimento economico e a
melhoria social. A primeira perspectiva se traduz em cifras: producao, lucro, arrecadacao;
enquanto a segunda enfoca a inclusao das pessoas: sua qualidade de vida, saude, educacao,
etc.
E certo, que a segunda perspectiva tem tomado proporcoes maiores mais recen-
temente, visto que, o crescimento economico foi por muito tempo a grande prioridade da
maioria dos projetos de desenvolvimento. Entretanto, a prioridade era esta, por que todos
acreditavam que em consequencia ao crescimento economico viria o bem estar social (Sen,
2000) (70).
A linha adotada pelo Sebrae (2008) (59) no estado do Parana para construir a
medida do desenvolvimento empresarial resume um lado da moeda onde o ambiente
de negocios seria o unico indutor da evolucao empresarial e o conceito de competitividade
empresarial estaria embutido dentro do conceito de desenvolvimento na linha defendida por
Francisco Albuquerque onde a competitividade dependeria de tres tipos de acoes: aquelas
desenvolvidas no interior das empresas, a`quelas realizadas junto a sua rede de empresas
(clientes e fornecedores) e a`quelas orientadas para a formacao de um entorno propcio para
o acesso aos servicos e insumos de apoio a` competitividade, que esta se realize nos mercados
locais ou internacionais. Albuquerque (2001, p. 49) (1)
Diante da globalizacao dos mercados e das estruturas produtivas, a com-petitividade e um fator fundamental para a sobrevivencia empresarial. Acompetitividade esta ligada a fatores como a produtividade, a inovacao deprodutos e processos produtivos no ambito da firma. Mas a competitividadenao deve ser percebida como uma questao estritamente microeconomica,condicoes internas da firma. Cada vez mais percebe-se a competitividadenao como um desafio isolado, mas como um fator sistemico, ou seja, comoresultado de condicoes internas combinadas com condicoes externas, quefavorecam o crescimento da produtividade e da inovacao empresarial. Se-brae (2009, p. 10) (59)
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4Todavia, o que veremos adiante confronta com os requisitos de um bom indicador e
com a disponiblidade de informacoes ou dados precisos que possibilitem uma quantificacao
destes quesitos descritos na citacao acima. Nas bases de dados publicas secundarias, as in-
formacoes disponveis dizem respeito ao mercado formal de trabalho (com pouca segregacao
das micro e pequenas empresas) e ademais, na esfera municipal a desagregacao para in-
formacoes a respeito de variaveis que reflitam infra estrutura de comunicacao ou surgimento
de inovacao nas empresas parece distante no sistema de estatsticas brasileiro.
Na perspectiva de autores de inspiracao neo-schumpeteriana a enfase do desenvolvi-
mento economico (e empresarial) parece estar mais ligada ao avanco tecnologico, paradigmas
e trajetorias tecnologicas baseada em mudancas tecnico-economicas que implicam em uma
combinacao entre de inovacao tecnologica, produto, processo e gestao.
O processo de difusao de tecnologia seja ela adaptativa e/ou incremental procurando
tambem explicar como se desenvolve o processo competitivo e de mudanca da organizacao in-
dustrial no modelo evolucionista, abordando as mudancas no ambiente economico que levam
a inovacao, os aspectos da teoria da hereditariedade neo-shumpeteriana evolucionista, onde
tambem e abordado o comportamento de grandes organizacoes e atores de uma economia
global.
A partir de uma economia competitiva integrada, os autores discutem o conceito de
SNI (Sistema Nacional de Inovacao), bem como a importancia de seus componentes e formas
de articulacao. A inovacao tecnologica que fomenta a transformacao do conhecimento em
produtos, processos e servicos torna-se cada vez mais importante para o desenvolvimento
socio-economico dos pases. De acordo com Freeman (1995)1 (30): Quando a inovacao
torna-se radical, torna-se importante a variedade institucional e o aprendizado local. Nessa
abordagem, as polticas nacionais passam a enfatizar as interacoes entre as instituicoes que
participam do amplo processo de criacao do conhecimento e da sua difusao e aplicacao.
2.1 O processo competitivo e de mudanca organizacional no modelo
evolucionista
A analise do desenvolvimento do processo competitivo concomitantemente a` tra-
jetoria de mudancas na organizacao industrial no modelo evolucionista, segundo Dosi (1998) (21)
abrange as mudancas no ambiente economico, sendo estas caractersticas do sistema que
constantemente sao estimuladas pelo simples processo tecnico ao longo de uma trajetoria
tecnologica. Pode-se entender que essas mudancas sao atividades tecnologicas normais no
1O autor define SNI como um sistema que envolve as entidades governamentais, universidades, institutosde pesquisa e empresas, com o objetivo de obter inovacoes em produto ou mesmo em processo. (30)
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5processo. Ja os esforcos tecnologicos extraordinarios estao relacionados com a busca de novas
direcoes tecnologicas, tais esforcos aparecem a partir de novas oportunidades abertas por de-
senvolvimentos cientficos e/ou por dificuldades enfrentadas diante uma direcao tecnologica
por razoes tecnologicas ou economicas, ou ambas.
Para uma melhor compreensao de como se desenvolve o modelo evolucionista deve-
mos considerar a` luz de Nelson & Winter (1982) (50) aspectos da teoria neo-shumpeteriana
da hereditariedade na economia. Este modelo compara elementos economicos aos genes da
biologia. Sendo que o papel do gene biologico e comparado a`s rotinas seguidas pelos agentes
economicos e da colecao de ativos de que a firma dispoe.
Nelson & Winter (1982) (50) resumem outros aspectos fundamentais a` evolucao da
firma, sendo que a rotina e o repertorio sao tarefas cotidianas de uma organizacao neo-
shumpeteriana.
Partindo desse ponto de vista, observa-se que o modelo evolucionista esta fadado ao
surgimento e ao desenvolvimento de organizacoes multinacionais que atuam sistemicamente
em um cenario globalizado e integrado. Neste sentido, Freeman (1995) (30) exemplifica que
o desenvolvimento de grandes corporacoes com economias de escala e com possibilidades
de distribuicao e comercializacao de seus produtos e servicos no ambito mundial, se utiliza
de diferentes localizacoes para a realizacao do processo de producao e venda padronizando
seus produtos. O autor elucida que a padronizacao da producao pode ser considerada irreal
considerando as dificuldades encontradas para padronizar normas tecnicas em diversas areas
do sistema produtivo.
2.2 Conceitos, principais componentes e articulacao do SNI na per-
spectiva evolucionista
A inovacao tecnologica que fomenta a transformacao do conhecimento em produ-
tos, processos e servicos torna-se cada vez mais importante para o desenvolvimento socio-
economico dos pases. De acordo com Freeman (1995)2 (30): Quando a inovacao torna-se
radical, torna-se importante a variedade institucional e o aprendizado local. Nessa abor-
dagem, as polticas nacionais passam a enfatizar as interacoes entre as instituicoes que par-
ticipam do amplo processo de criacao do conhecimento e da sua difusao e aplicacao.
A teoria evolucionista destaca a nao-linearidade e a instabilidade das mudancas
tecnologicas como fontes da variedade e complexidade da dinamica economica, em vez de
entende-las como fenomenos transitorios e perturbadores, como o faz a teoria neoclassica.
2O autor define SNI como um sistema que envolve as entidades governamentais, universidades, institutosde pesquisa e empresas, com o objetivo de obter inovacoes em produto ou mesmo em processo. (30)
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6O enfoque evolucionario trata a mudanca economica como um processo irreversvel,
em que o tempo e a dinamica complexa desempenham um papel essencial na compreensao
da mesma.
Dentro da abordagem da teoria evolucionaria do desenvolvimento tecnologico, ex-
istem evidencias empricas que sugerem que a dinamica da inovacao, base do processo de
transformacao economica, depende nao so dos recursos destinados para esse fim, mas, so-
bretudo, do processo de aprendizagem e da difusao da tecnologia. Nas palavras de Campos
(2003) (12):
O desenvolvimento do conceito de Sistema Nacional de Inovacao pres-supoe, ainda, uma abordagem teorica distinta da ortodoxia economica. Aunidade de analise e a firma inovadora, definida como uma organizacaoativa, bastante distinta da firma representativa dos modelos de equilbriogeral. A firma inovadora, buscando a realizacao de lucros, atua com racional-idade restrita (ou limitada), utilizando-se de rotinas e mecanismos de busca,adotando estrategias e tecnologias que serao (ou nao) sancionadas pormecanismos de selecao tanto mercantis quanto socio-institucionais. (apudPerez, 1986).
A base da aprendizagem esta no conhecimento que, por esse enfoque, pode ser classi-
ficado como: universal ou especfico, articulado ou tacito e publico ou privado. (Dosi,1988) (21)
Nos Sistemas Nacionais de Inovacao os processos passados (no sentido dos caminhos
escolhidos para a dinamica da inovacao) tendem a influenciar o presente. Essa caracterstica
e conhecida como dependencia de caminhos e e percebida pela dinamica das trajetorias
tecnologicas. Alem disso, mesmo apresentando um alto grau de especificidades nacionais os
sistemas podem ter uma multiplicidade de configuracoes institucionais estaveis.
Contextualiza Freeman (1998) (30) que em inovacoes radicais corporacoes multina-
cionais apresentam papel fundamental, no sentido de difusao de equipamentos especializados
e habilidades para novas localizacoes estimulando e organizando o processo de aprendizagem.
Essas empresas tem condicoes de efetivar contratos de transferencia de tecnologias com seus
concorrentes e de formar joint-ventures em qualquer lugar que julgar conveniente. Assim
sendo a guerra de incentivos entre governos e desencadeada no sentido de atrair o fluxo de
investimento e transferencia de tecnologia que tais empresas sao capazes.
O numero de estados possveis de equilbrio apos uma transicao e maior ouigual ao que existia antes da transicao. Por isso, ainda que o estado padraoinicial de equilbrio seja unico, levando a uma configuracao institucionalparticular, o numero de estados estaveis podera ser maior que um aposa transicao. Essa propriedade e chamada de estabilidade multipla e podeser percebida pelos diagramas de bifurcacao apresentadas pela dinamica domodelo quando a taxa de inovacao bruta for considerada no intervalo entrei = 2 e i = 2,5. (Campos e Costa, 1998) (13)
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7Ha, finalmente, irreversibilidades na dinamica apresentada pelas mudancas tec-
nologicas nos Sistemas Nacionais de Inovacao presente na impossibilidade de volta a um
paradigma tecnico anterior. Essa irreversibilidade e resultante das modificacoes causadas
no ambito economico, social e institucional pela adocao de uma dada trajetoria tecnologica.
Assim, os agentes economicos individuais ao explorarem o ambiente tecnologico (e con-
sequentemente o economico) existente, sob incerteza, acabam por transforma-lo contnua e
irreversivelmente.
O governo brasileiro estabelece atraves da Lei 10.933 (Anexo I, Orientacao Es-
trategica de Governo, 2008) (45) tres prioridades para enfrentar a necessidade de consol-
idacao e articulacao do SNI:
a utilizacao/difusao da ciencia e da tecnologia para a melhoria da qualidade de vidada populacao nesta e nas proximas geracoes;
o desenvolvimento das potencialidades regionais;
a intensificacao da pesquisa e da inovacao no setor privado.
Dentro deste escopo, Campos (2003) (12) elucida muito bem a articulacao do SNI,
pelas inter-relacoes entre agentes e instituicoes capazes de determinar o poder e a eficiencia
da producao, bem como o uso e difusao de novos conhecimentos, marcando o estado de
desenvolvimento tecnologico da nacao.
As ligacoes entre essas unidades sao feitas atraves de:a) Fluxos financeiros provenientes de fundos publicos e privados;b) Ligacoes legais e polticas como as regras de propriedade intelectual, de-terminacao de padroes tecnicos e polticas nacionais de promocao, geral-mente coordenadas pelas unidades estatais;c) Fluxos tecnologicos, cientficos e de informacao que direcionam o mer-cado domestico;d) E finalmente, fluxos sociais como o deslocamento de pessoal, que ocorrenao so das universidades para as industrias como tambem de firmas parafirmas.
2.3 Espacialidade do desenvolvimento economico
Existem pelo menos tres dimensoes historicas tpicas do conceito de desenvolvi-
mento: 1. aquele desenvolvimento entendido como evolucao de um sistema capaz de produzir
bens e servicos com elevada produtividade; 2. o desenvolvimento entendido como grau de
satisfacao de necessidades humanas elementares (habitacao, transporte, saude, alimentacao);
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83. o desenvolvimento como consecucao de objetivos dos grupos dominantes, ditando o tipo
de desenvolvimento a que se quer chegar.
A teoria do desenvolvimento endogeno emergiu nas decadas de 1970 e 1980, quando
economistas comecaram a dar enfase ao crescimento economico de determinadas regioes.
Diante dos desnveis regionais, os estudiosos foram atras dos porques. Em sua concepcao a
teoria do desenvolvimento endogeno possui varias definicoes e propostas, porem a ideia mais
moderna se baseia na elaboracao e execucao de polticas de fortalecimento e melhorias na
estrutura interna da regiao, gerando condicoes sociais e economicas capazes de proporcionar
um maior desenvolvimento, estimulando os fatores internos (como novas atividades produti-
vas, por exemplo, ou entao fortalecendo a`quelas que, tradicionalmente, sao fortes no interior
de cada regiao). As modificacoes ocorridas nos processos produtivos do seculo XX, desde os
anos 1980 e, com mais forca, nos anos 1990, aliadas ao persistente declnio de regioes forte-
mente industrializadas, e a rapida ascensao economica de novas regioes, forcaram profundas
transformacoes nas teorias e polticas de desenvolvimento regional. Os desequilbrios region-
ais preexistentes e outros, advindos da reorganizacao produtiva internacional, passaram a
ser estudados sob duas categorias analticas distintas: a sustentabilidade e a endogenia.
Empiricamente, vem se registrando reconfiguracoes importantes na geografia economica
dos pases industrializados, com regioes tradicionalmente manufatureiras apresentando sinais
graves de declnio, enquanto outras demonstram continuada vitalidade para manter, ou
mesmo ampliar, suas capacidades. E mais: apresentam-se novas regioes industriais com
vitalidade difcil de presumir ha apenas algumas decadas. (Fugita, Krugman e Venables,
2002) (32)
Por outra parte, tem-se evidenciado que tal redesenho do espaco por dinamicas
economicas assenta-se sobre bases estruturais diversas - e, em muitos casos, inesperadas
por uma perspectiva tradicional - que resultaram, por vezes, de estrategias empresarias
orientadas fundamentalmente em economias de escala que requerem (e produzem) cenarios
dominados por grandes empresas ou conglomerados com unidade de direcao; por vezes,
de estrategias onde a eficiencia das unidades produtivas depende menos (ou mesmo nao
depende) do tamanho de cada uma e mais da sua rede de relacoes, tanto cooperativas
quanto competitivas, situacoes em que as economias de escala emergem da atuacao de um
sem numero de pequenas unidades independentes, nao obstante disporem, em algum nvel,
de mecanismos institucionais de orientacao e acao (Amaral, 2001) (5).
Com a aglomeracao empresarial temos a concentracao populacional, ponto ainda
controverso na ciencia regional conforme enfatizam Fujita, Krugman e Venables (2002, p.
247) (32)
-
9Neste ponto nao temos resolucao para a explicacao da admiravel regular-idade na distribuicao dos tamanhos das cidades. Devemos reconhecer queisto nos propoe um verdadeiro desafio intelectual para nossa compreensaodas cidades, em pelo menos duas maneiras. A primeirae que ate este pontoninguem criou uma historia plausvel sobre o processo que gera a regra deordem de tamanho, apesar da analise inicial de Simon e de suas variacoesposteriores fornecerem algumas ideias sobre o tipo de processo que podeestar envolvido. Mas tambem existe um assunto mais profundo: os mod-elos estocasticos que foram propostos, todos dependem fundamentalmenteda suposicao de retornos constantes em relacao ao tamanho da cidade, talque a taxa de crescimento esperada em uma cidade seja independente deseu tamanho. Contudo, todos os modelos economicos existentes de cidadesenvolvem retornos que sao tudo, menos constantes. Em vez disso, eles en-volvem um cabo de guerra entre retornos crescentes e retornos decrescentes,que, para qualquer tipo determinado de cidade (...) determina um tamanhcaracterstico. Talvez haja alguma maneira que nao compreendemos atual-mente de reconciliar a tensao entre as forcas centrpetas e centrfugas queacreditamos determinarem os tamanhos das cidades, em nvel micro, e adinamica de como se houvesse retornos constantes, que parece se aplicarem nvel macro. Esperamos que pesquisas futuras resolvam este quebra-cabecas.
A literatura da ciencia regional menciona as desigualdades regionais como ponto de
incio no papel da geografia economica, atrelados a`s possibilidades do desenvolvimento.
Tais realidades tem revalorizado a abordagem espacialmente referida. E, mais im-
portante, tem permitido aflorar proposicoes instrumentadas nas possibilidades heursticas da
nocao de auto-organizacao, fundamento dos paradigmas de nao-linearidade na evolucao dos
sistemas complexos. Com utilizacao crescente pelos cientistas naturais nas ultimas decadas,
as abordagens complexas e nao lineares tem sido comumente evitada pelos economistas. Re-
centemente, contudo, e notavel a atencao que tem despertado conceitos como os de desen-
volvimento endogeno e desenvolvimento dependente de trajetoria, snteses de um esforco
que incorpora tanto o aparato formal que vem sendo trabalhado pelos cientistas de outras
areas, quanto os enunciados complexos sobre desenvolvimento feitos por notaveis economis-
tas do passado, ate entao nao formalizados.
Um grande avanco da moderna teoria regional endogena e considerar a importancia
da sociedade e das relacoes sociais no processo de desenvolvimento da regiao. Mais do que
isso, na visao de Boisier (1997) (9), a sociedade civil, e nela compreendida as formas locais
de solidariedade, integracao social e cooperacao, pode ser considerada o principal agente da
modernizacao e da transformacao socio-economica em uma regiao.
A importancia da sociedade civil e das relacoes sociais e, com a mesma enfase,
defendida por outros pesquisadores do desenvolvimento endogeno. Uma das chaves do
desenvolvimento local reside na capacidade de cooperacao entre seus atores. Tambem e con-
veniente particularizar a analise das formas de cooperacao institucional ou voluntaria que se
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10
produzem entre eles contanto que o objetivo seja o desenvolvimento local. (Godard et alli,
1987, p. 139) (35).
Barquero (1988) (6), argumenta que o desenvolvimento regional endogeno, ao con-
siderar e dar relevancia a` sociedade civil local e aos seus processos de organizacao e relacao
social permite que a regiao atinja um crescimento equilibrado e sustentado no longo prazo,
sem entrar em conflito direto com a base social e cultural da regiao. Normalmente a forte
identidade da cultura local tende a assimilar as novas realidades produtivas e os novos es-
quemas de relacoes sociais, e os novos valores encontram um eco favoravel nas zonas de
desenvolvimento local. Desta feita, tendem a integrar-se com um mnimo de custos sociais e
culturais, ja que sao respostas viaveis aos problemas locais.
As atividades industriais se integram na vida social e cultural local, incorporando
novos valores que desenvolvem e potenciam os antigos, sem criar um certo conflito e con-
tradicoes no processo de adaptacao (Barquero, 1988 p. 90) (6). O destaque dado aqui para
a importancia da sociedade civil nao esta inserido no debate da relacao entre a sociedade
e o Estado, sua maior ou menor participacao, ou entre a sociedade e o mercado. Baseado
em um enfoque distinto, trata-se da compreensao de que o desenvolvimento regional esta
diretamente ligado a`s caractersticas da organizacao social e das relacoes cvicas encontradas
na regiao.
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11
3 O Indice Sebrae de Desenvolvimento Municipal
das MPEs (ID-MPE)
Queremos nos desculpar coletivamente por haver confundido o publico instrudoem geral, fazendo-os acreditar em ideias sobre o determinismo de sistemas quesatisfazem as leis de movimento de Newton, as quais, a partir de 1960, foi provadoserem incorretas. Coveney, P. & Highfeld, R., A Flecha do Tempo, p. 242
Dentro do conceito de competividade abordado no referencial teorico [secao 2] a
linha adotada pelo Sebrae Parana seguindo o pensamento de Albuquerque (2001) (1) pauta-
se em tres tipos de acoes: aquelas desenvolvidas no interior das empresas, a`quelas realizadas
junto a sua rede de empresas (clientes e fornecedores) e a`quelas orientadas para a formacao
de um entorno propcio para o acesso aos servicos e insumos de apoio a` competitividade,
que esta se realize nos mercados locais ou internacionais.
A partir da construcao do IDH, buscar-se-a` construir um indicador que capte, em
certa medida, o ambiente dos negocios em ambito municipal para direcionar de forma mais
eficaz a gestao publica no processo de tomada de decisao e plano de acao.
Conforme a OCDE (2002, apud MPOG, 2010) (65) um bom indicador possui alguns
requisitos, como a relevancia para a formulacao de polticas, a adequacao a` analise e a
mensurabilidade, ilustrados no diagrama abaixo:
Figura 1: Requisitos de um bom indicador
Fonte: OCDE (2002, apud MPOG, 2010) (65), com adaptacoes do autor.
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12
No estado do Parana, o Sebrae em parceria com o IBQP elaboraram o ID-MPE
(Indice de Desenvolvimento Municipal das Micro e Pequenas Empresas) orientada pelo tripe
do que se enquadraria numa melhor aproximacao baseada em fontes de dados secundarias
refletindo,em certa medida, os seguintes macroambientes mensurados pelos tres subndices:
IDE Indice de Desenvolvimento Empresarial;
IDM Indice de Desenvolvimento Mercadologico;
IDI Indice de Desenvolvimento Institucional;
As variaveis que construiram cada um destes subndices pode ser melhor visualizada
na figura abaixo que elucida como cada uma destas variaveis foram construdas
Figura 2: Estrutura do ID-MPE
A media aritmetica simples dos tres subndices1 resulta no ID-MPE municipal,
atingindo o objetivo de prover o diagnostico e monitoramento do Ambiente Institucional
e Empresarial dos Estados e Municpios, que favoreca o desenvolvimento local com base nas
Micro e Pequenas Empresas, por meio de um ndice sintetico para medir e captar a melhoria
do ambiente de negocios, com vistas a subsidiar o Programa de Desenvolvimento Local com
base na Lei Geral da MPE.
A Lei Geral tem como proposito o incentivo a` criacao, manutencao, regulamentacao
e expansao das MPEs. Para isso preve instrumentos de inclusao e formalizacao de pequenos
1Este criterio fora adotado com a finalidade de simplificacao no que diz respeito a replicacoes futuras ecomparativos espaco-temporais.
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13
negocios, de simplificacao e desoneracao tributaria, de estmulo ao credito e a` capitalizacao,
de associativismo e representatividade, de ampliacao de mercado pelas compras governamen-
tais, de acesso a` inovacao, ou seja, tornar o ambiente mais favoravel aos pequenos negocios.
Cada uma das dimensoes contempladas pelos subndices tem como objetivos princi-
pais:
Ambiente Empresarial: Busca englobar o clima de negocios que favoreca a criacaode novos empreendimentos formais e a sobrevivencia e expansao das empresas insta-
ladas. A captacao do ambiente empresarial ocorre por medidores de resultado, ou
seja, indicadores que avaliam sobretudo a dinamica empresarial do municpio, como
a criacao e sobrevivencia de empresas, a dimensao e evolucao dos negocios e o em-
preendedorismo.
Ambiente do Mercado Consumidor: em geral e na media, a micro e pequenaempresa tem como mercado principal o municpio ou o bairro onde opera. Sao produtos
e servicos que atendem ao mercado local. Assim, a importancia do mercado consumidor
local e destacada por variaveis que procuram captar sua dimensao e sua dinamica, com
destaque a dimensao da renda pessoal, da massa de salarios, da populacao e a evolucao
do emprego, dos salarios e renda.
Ambiente Institucional: nessa dimensao procura-se captar algumas condicoes previase relevantes do entorno municipal que criam as condicoes favoraveis ao desenvolvimento
e competitividade das MPE, como a oferta de infraestrutura, a qualidade da educacao,
a participacao da ciencia e tecnologia, a capacidade de investimento publico, o asso-
ciativismo e os mecanismos legais de apoio a atividade economica.
3.1 Os subndices do ID-MPE
A seguir, cada subndice sera esmiucado com maior detalhe nas suas variaveis consti-
tuintes:
Variaveis do IDE
Nesta secao sao descritas as variaveis que compoem cada subndice conforme metodolo-
gia adotada pelo Sebrae e IBQP (2009) (59).
Criacao de empresas (Taxa de criacao de estabelecimentos)
De acordo com Sebrae (2009, p. 72 (59)) esta variavel mede quantos estabelecimentos
formais foram criados no municpio de um ano em relacao ao ano anterior.
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Os procedimentos para sua construcao sao os seguintes:
Variavel bruta: no total de estabelecimentos com no de vnculos maior que zero (Fonte:
RAIS) para o municpio i.
Procedimento:
Taxa de criacao de estabelecimentosi =(variavel bruta em t variavel bruta em t 1)(variavel bruta em t+ variavel bruta em t 1)/2
(3.1)
Sendo que t denota o ultimo dado disponvel na fonte procurada e que atenda ao
requisito de mesma periodicidade das demais variaveis componentes do ID-MPE e o
sobrescrito i o iesimo municpio para o qual a variavel e construda.Sobrevivencia de empresas (Taxa de inatividade)
E uma proporcao que mede a quantidade de estabelecimentos semvnculos empregatcios (inativos) sobre a quantidade total de estab-elecimentos. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
O procedimento e o que segue:
Variavel bruta: no de estabelecimentos com no de vnculos igual a zero (Fonte: RAIS).
Procedimento:
Taxa de inatividadei =Variavel bruta em t
numero total de estabelecimentos em t(3.2)
Volume dos negocios
Representa a soma dos bens e servicos finais produzidos no mu-nicpio, deflacionados para o ano base. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: PIB Municipal - R$ de 2000(mil) - Deflacionado pelo Deflator Implcito
do PIB nacional (Fonte: IPEADATA).
Procedimento:
Volume de Negocios = log da variavel bruta em t (3.3)
Expansao dos negocios (Taxa de crescimento do PIB municipal
E a variacao do PIB real de um ano em relacao ao ano anterior.(Sebrae, 2009 p. 72 (59))
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15
Variavel bruta: PIB Municipal - R$ de 2000(mil) - Deflacionado pelo Deflator Implcito
do PIB nacional (Fonte: IPEADATA (40)).
Procedimento:
Expansao dos Negocios = taxa de crescimento da variavel bruta =
ln(variavel bruta em t)-ln(variavel bruta em t 1) (3.4)
Variaveis do IDM
Taxa de Criacao de empregos
Mede quantos empregos formais foram criados no municpio de um ano em relacao
ao ano anterior. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: No total de vnculos empregatcios (Fonte: RAIS).
Procedimento:
Taxa de Criacao de Empregos =(variavel bruta em t variavel bruta em t 1)(variavel bruta em t+ variavel bruta em t 1)/2 (3.5)
Dimensao da massa salarial
E a soma das remuneracoes pagas pelos estabelecimentos formais do municpio. (Se-
brae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: Remuneracao total dos empregados em dezembro, em salarios mnimos
(Fonte: RAIS).
Procedimento:
Dimensao da massa salarial (ponderada por 10000 habitantes) =Variavel bruta em t
tamanho da populacao em t(3.6)
Evolucao da massa salarial
Mede o crescimento do total das remuneracoes dos trabalhadores do setor formal de
um ano em relacao ao ano anterior. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
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Variavel bruta: Remuneracao total dos empregados em dezembro, em salarios mnimos
(Fonte: RAIS).
Procedimento:
Evolucao da massa salarial = taxa de cresc. da massa salarial =
((variavel bruta em t variavel bruta em t 1)(variavel bruta em t+ variavel bruta em t 1)/2)(3.7)
Dimensao do mercado local
Diferenca entre Valor das Sadas e Valor das Entradas das Atividades Comerciais do
Municpio, base para calculo do ICMS. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: Valor adicionado fiscal no comercio (Fonte: IBGE).
Procedimento:
Dimensao do mercado local = variavel bruta em t (3.8)
Crescimento da renda per capita
Variavel bruta: Valor total dos rendimentos recebidos em 2000 (Fonte: CENSO/IBGE).
Procedimento:
Cresc. renda per capita = Variavel bruta taxa de cresc. do PIB per capita entre t+ 1 e t 1
variavel bruta [(ln(PIB per capita em t+ 1) ln(PIB per capita em t+ 1))] (3.9)
Populacao
Variavel bruta: Estimativa populacional para t obtida atraves de interpolacao cen-
sitaria, utilizando o CENSO 2010 e a contagem 2010 (Fonte: IBGE).
Procedimento:
Populacao = variavel bruta (3.10)
Variaveis do IDI
Conforme Sebrae (2008, p. 11 (59))
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Ambiente institucional e o conjunto de fatores externos a` firma ea` estrutura produtiva (economias externas dinamicas) que favorecema criacao e desenvolvimento das empresas, expressas nas normas,polticas, redes de acao estrategica e nos elementos socio-culturaisexistentes em cada cidade e regiao. Parte-se do suposto que tais fa-tores atuam como condicionantes externos importantes na promocaoda atividade empreendedora, com a germinacao e florescimento dasnovas empresas.
Qualidade da educacao
Refere-se a uma media das notas do municpio no Indice de Desenvolvimento da
Educacao Basica (IDEB). (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: Indice de Desenvolvimento da Educacao Basica - IDEB. (Fonte: INEP).
Procedimento: Como o IDEB e dividido entre ate 4a serie e de 5a a 8a, calculou-se uma
media simples entre estes dois resultados para o ano t.
Empregos em Ciencia, Tecnologia e Inovacao
E o numero total de trabalhadores envolvidos em atividades de ciencia, tecnologia e
inovacao. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: No de vnculos empregatcios nos ramos de formacao tecnologica, cujas
CBOs (16) sao (Diniz (2000)) (23):
22 - Profissionais das ciencias biologicas, da saude e afins
32 - Tecnicos de nvel medio das ciencias biologicas, bioqumicas, da saude e afins
211 - Matematicos, estatsticos e afins
212 - Profissionais da informatica
213 - Fsicos, qumicos e afins
214 - Engenheiros, arquitetos e afins
300 - Tecnicos mecatronicos e eletromecanicos
311 - Tecnico em ciencias fsicas e qumicas
312 - Tecnicos em construcao civil, de edificacoes e obras de infraestrutura
313 - Tecnicos em eletroeletronica e fotonica
314 - Tecnicos em metalmecanica
316 - Tecnicos em mineralogia e geologia
317 - Tecnicos em informatica
318 - Desenhistas tecnicos e modelistas
2011 - Profissionais da biotecnologia
2012 - Profissionais da metrologia
2030 - Pesquisadores das ciencias biologicas
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2031 - Pesquisadores das ciencias naturais e exatas
2032 - Pesquisadores de engenharia e tecnologia
2033 - Pesquisadores das ciencias da saude
2034 - Pesquisadores das ciencias da agricultura
3011 - Tecnicos de laboratorio industrial
3012 - Tecnicos de apoio a` bioengenharia
Procedimento:
Empregos em CTI (ponderado por 10000 habitantes) =variavel bruta em t
tamanho da populacao em t10000(3.11)
Capacidade de investimento publico municipal (Grau de geracao de recursos
proprios)
Participacao da receita tributaria propria na Receita Corrente Lquida. (Sebrae,
2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: Receitas correntes, receitas tributarias, receitas de capital e operacoes
de credito. (Fonte: FINBRA).
Procedimento:
Capacidade de investimento publico municipal = Grau de geracao de recursos proprios =
Receita tributaria
(Receita corrente + receita de capital operacoes de credito) (3.12)
Sistema financeiro
E o numero de postos e agencias bancarias no municpio. (Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: no de agencias e postos bancarios em t (Fonte: BACEN).
Procedimento:
Sistema financeiro (ponderado por 10000 habitantes) =variavel bruta em t
tamanho da populacao em t 10000(3.13)
Infra-estrutura de comunicacao
Variavel Bruta: no de postos de correios em t (Fonte: ECT).
Procedimento:
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Infra-estrutura de comunicacao (pond por 10000 habitantes) =variavel bruta em t
tamanho da populacao em t 10000
(3.14)
Mecanismos de apoio a MPE: LGMPE e PDM
Mede o nvel de implementacao da Lei Geral das MPE e do Plano Diretor Municipal.
(Sebrae, 2009 p. 72 (59))
Variavel bruta: Fase de implementacao da lei geral e implementacao ou nao de plano
diretor municipal (Fonte: Sebrae-PR).
Procedimento: Foram estabelecidas escalas para o municpio de acordo com a fase de
implementacao da LG. Existem 2 possibilidades:
1. Nada = 0;
2. Lei Sancionada= 7
Alem disso, se o municpio ja tem implementado um Plano Diretor Municipal (PDM),
ganha mais 3 pontos, com a seguinte gradacao:
Nao tem Plano Diretor = 0
Elaborando Plano Diretor = 1
Revendo Plano Diretor = 2
Tem Plano Diretor = 3
Mecanismos de Apoio a`s MPEs = Estagio da implementacao da lei +
Estagio de implementacao do Plano Diretor Municipal (3.15)
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A tabela a seguir resume as construcoes conforme metodologia adotada inicialmente pelo IBQP e Sebrae (2008):
VARIAVEL DEFINICAO CALCULO
PIB real Representa a soma dos bens e servicos finais produzidos PIB Real do municpio a precos de mercado em R$ milno municpio, deflacionados para o ano base. (deflacionado a R$ do ano 2000 pelo deflator
implcito do PIB nacional);
PERIODO: 2008 FONTE: IBGE e IPEADATA
Taxa de crescimento do PIB real E a variacao do PIB real de um ano em relacao ao ano anterior Taxa = ln PIB2008 - ln PIB2007; PERIODO: 2008-2007FONTE: IBGE (Dados Brutos)
Taxa de inatividade E uma proporcao que mede a quantidade de estabelecimentos Numero de Estabelecimentos semsem vnculos empregatcios (inativos) vnculo de trabalho / Numero total de estabelecimentos;
sobre a quantidade total de estabelecimentos. PERIODO: 2009 FONTE: RAIS (Dados Brutos)Taxa de criacao de estabelecimento Mede quantos estabelecimentos formais foram Taxa = ln Estabelecimentos2009 - ln Estabelecimentos 2008;
criados no municpio de um ano em relacao ao ano anterior. PERIODO: 2009-2008 FONTE: RAIS (Dados Brutos)
Empreendedorismo E o numero total de vnculos empregatcios por habitante. Numero de Estabelecimentos/ Populacao
PERIODO: 2009 FONTE: RAIS (Dados Brutos) e IBGE.Taxa de criacao de empregos Mede quantos empregos formais foram criados no Taxa = Emprego2009 - Emprego2008 / Media Emprego
municpio de um ano em relacao ao ano anterior. PERIODO: 2009-2008 FONTE: RAIS (Dados Brutos)Valor adicionado fiscal do comercio Diferenca entre Valor das Sadas e Valor das Entradas das Atividades Valor Adicionado Fiscal
Comerciais do Municpio, base para calculo do ICMS dos estabelecimentos comerciais domunicpio - Acumulado anual em R$ mil correntes;
PERIODO: 2009 FONTE: SEFATaxa de crescimento da massa salarial Mede o crescimento do total das remuneracoes dos trabalhadores Taxa = ln Massa Salarial2009 - ln Massa Salarial2008;
do setor formal de um ano em relacao ao ano anterior. PERIODO: 2009-2008 FONTE: RAIS (Dados Brutos)
Massa salarial E a soma das remuneracoes pagas pelos estabelecimentos Soma das Remuneracoes pagas pelosformais do municpio. estabelecimentos formais do municpio,
com referencia a dezembro de 2009, convertida em Reaispelo salario mnimo da epoca.
PERIODO:2009 FONTE: RAIS (Dados Brutos)
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VARIAVEL DEFINICAO CALCULO
Populacao Populacao residente no municpio. Populacao residente estimada no municpiona contagem populacional
IBGE; PERIODO: 2009 FONTE: IBGERenda per capita em R$ correntes Estimativa de valor da renda por residente do Renda Bruta Real 2009 / Populacao Estimada 2009
municpio, recebida durante o ano. em R$ de 2000;
PERIODO: 2009 FONTE: IBGE (Dados Brutos)Grau de geracao de recusos proprios Parcipacao da receita tributaria propria Participacao da Receita Tributaria Municipal
da Receita Corrente Lquida Propria na Receita Corrente Lquida;
PERIODO: 2009 FONTE: STN/FINBRA (Dados Brutos)
Pessoal ocupado em CTI E o numero total de trabalhadores envolvidos em Vnculos de emprego formal em estabelecimentos com atividadeatividades de ciencia, tecnologia e inovacao. caracterizada como Ciencia, Tecnologia e Inovacao
ponderado por 10 mil;
PERIODO: 2009 FONTE: RAIS (Dados Brutos)Escolaridade (IDEB) Refere-se a uma media das notas do Qualidade na Educacao: Nota Media do IDEB -
da Educacao Basica (IDEB). Indice de Desenvolvimento da Educacao
municpio no Indice de Desenvolvimento Basica das escolas publicas (4a serie e 8a serie);
PERIODO: 2009 FONTE: INEP/MEC
Correios E o numero total de postos e agencias dos correios no municpio. Postos e agencias de correio;
PERIODO: 2010 FONTE: ECT (Dados Brutos)
Associativismo E o numero de entidades associativas no municpio: Numero de entidades representativas e associacoes empresariais;
sindicatos filiados a`s Federacoes Empresariais, PERIODO: 2009 FONTE: Federacoes Empresariais.associacoes comerciais e arranjos produtivos locais.
Sistema financeiro E o numero de postos e agencias bancarias no municpio. Numero de agencias e postos bancarios;
PERIODO: Dezembro/2010 FONTE: BACENMecanismo de apoio a` MPE Mede o nvel de implementacao da Implementacao da Lei Geral e Plano Diretor Municipal -
Lei Geral das MPE e do Plano Diretor Municipal. gradacao de 0 a 10 (7 do indicador e a adesao aimplementacao da Lei Geral e 3 ao estagio do Plano Diretor Municipal);
PERIODO: 2009 FONTE: SEBRAE e MDIC
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Para a construcao do ID-MPE, visando atender os objetivos delineados, foram ob-
servados os seguintes requisitos (Sebrae, 2009 p. 17-18 (59)):
a) Municipal. O ndice deve ser municipal, ser construdo a partir de dadose indicadores que expressem a realidade particular e diferencial de cadamunicpio;b) Sintetico. O ndice deve ser sintetico, deve expressar por um conjuntosimples de indicadores e dimensoes, o ambiente institucional favoravel a`sMPE em cada municpio, de forma a ser facil e rapidamente adotado pelospoderes publicos e empresariais de cada municpio como uma referencia;c) Anual. O ndice deve ser anual, deve captar dados e indicadores quesao produzidos no perodo de observacao de um ano, de forma a captaras mudancas no ambiente de negocios promovidas por polticas e acoes deuma gestao municipal, bem como captar os reflexos de programas de apoioa` MPE. O ID-MPE deve ser um ndice de monitoramento das acoes enao apenas de diagnostico, portanto, ter uma periodicidade adequada paratanto;d) Base Publica. Os dados e indicadores utilizados para a construcao doID-MPE devem ser de fonte secundaria e base publica, produzidos comconsistencia temporal e regional. Nao devem ser contemplados dados e in-dicadores produzidos pelo municpio sem referencia metodologica que capteo universo, para evitar-se distorcoes e problemas de comparacao;e) Acesso Facil. Os resultados do ID-MPE, bem como o conjunto deindicadores e dados secundarios devem ser de facil disponibilidade e acessoaos gestores e empresarios do municpio;f) Replicavel. A metodologia adotada para o Parana pode ser aplicada emqualquer outra unidade da federacao, de forma a estabelecer uma metodolo-gia de referencia para avaliacao e monitoramento de programas de desen-volvimento local baseadas na Lei Geral.
3.2 A Construcao do ID-MPE
A propriedade de ortogonalidade dos escores fatoriais estimados foi utilizada para a
elaboracao do ID-MPE. Entretanto, deve-se observar que a ortogonalidade, associada a` ma-
triz de fatores, nao implica necessariamente na ortogonalidade dos escores fatoriais, devendo-
se testar se sao ortogonais por meio da matriz de variancia e covariancia entre eles (Lemos,
2000) (46).
Apos a avaliacao de dados perdidos, da deteccao e tratamento (se cabvel) de out-
liers2 e da checagem dos pressupostos estatsticos (homocedasticidade, normalidade e lin-
earidade)3, cria-se dois municpios fictcios para cada variavel contendo os seus respectivos
2Segundo Hair et. alli (2008, p. 79) (38) para amostras maiores de 80 observacoes o valor de referenciados escores padrao (dados normalizados para = 0 e = 1) devera ser de 4.
3Vide secao [4.1] para maiores detalhes.
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valores de maximo e mnimo4 procedemos atraves da analise de componentes principais
(PCA) (Para maiores detalhes vide apendice (5)) com o objetivo de condensar a informacao
contida nas variaveis originais em um conjunto de variaveis estatsticas (fatores) com uma
perda mnima e informacao, observando sempre a matriz de correlacoes parciais5 presentes
na construcao de cada subndice.
Apos rodarmos a analise fatorial procedemos um teste de adequacao amostral de
Kaiser-Meyer-Oklin (KMO) para verificar o grau de intercorrelacoes entre as variaveis pre-
sentes em cada subndice e se a analise fatorial e aplicavel.
Alguns autores sugerem que, para que um modelo de analise fatorial possa ser ad-
equadamente ajustado aos dados, e necessario que a matriz de correlacao inversa R1pp seja
proxima da matriz diagonal (Rencher, 2002 citado por Mingoti (2005)). A medida de ade-
quacidade da amostra KMO e representada por um ndice (MAS) que avalia a adequacidade
da analise fatorial, sendo calculada por
MSA =
j 6=k
j 6=k
r2jkj 6=k
j 6=k
r2jk +j 6=k
j 6=k
q2jk(3.16)
onde:
r2jk e o quadrado dos elementos da matriz de correlacao original (fora da diagonal);
q2jk e o quadrado dos elementos fora da diagonal da matriz anti-imagem (onde qjk e
o coeficiente de correlacao parcial entre as variaveis Xj e Xk).
Esse ndice varia entre 0 e 1, alcancando 1 quando variavel e perfeitamente prevista
sem erro pelas outras variaveis. Os criterios de avaliacao deste teste sao os seguintes:
KMO Interpretacao
0,8 Admiravel0,7 Mediano0,6 Medocre0,5 Ruim
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Adicionalmente procedemos o teste de esfericidade de Bartlett que indica se existe
relacao suficiente entre as variaveis para aplicacao da AF. Para que seja possvel a aplicacao
da AF, recomenda-se que o valor de significancia nao ultrapasse 0,05. Se o valor atingir 0,10
a AF e desaconselhavel.
Em seguida procedemos para a etapa da rotacao fatorial com o objetivo de fornecer
uma interpretacao mais adequada para as variaveis em exame6.
Finalmente e obtido uma medida mista que nos fornece o valor de cada subndice
atraves do computo dos escores fatoriais. Segundo Hair et. alli (2008) (38) um escore
fatorial e uma medida composta criada para cada observacao de cada fator extrado da
analise fatorial. Os pesos fatoriais sao usados em conjuncao com os valores da variavel
original para calcular o escore de cada observacao. O escore fatorial pode entao ser para
representar o(s) fator(es) em analises subsequentes. Os escores fatoriais sao padronizados
para que tenham uma media 0 e um desvio-padrao 1, ou seja, com os resultados obtidos com
os fatores transformamos num valor unico simplesmente multiplicando os valores obtidos
com a matriz de coeficientes dos escores de cada componente em cada um dos casos.
Espera-se que os escores associados aos municpios tenham distribuicao simetrica em
torno da media zero. Assim, metade deles apresentara sinais negativos e a outra metade sinais
positivos, de modo que os municpios com menores ndices de desenvolvimento empresarial
parcial apresentarao escores fatoriais negativos. A fim de evitar que altos escores fatoriais
negativos elevem a magnitude dos ndices associados a estes municpios, e conveniente inseri-
los no primeiro quadrante (Lemos, 2000) (46), conforme transformacao:
Fij =(F Fmin)
(Fmax Fmin) (3.17)
em que Fmin e Fmax sao os valores maximo e mnimo observados para os escores
fatoriais associados aos municpios paranaenses.
Por meio deste procedimento, consegue-se alocar todos os escores fatoriais no inter-
valo fechado entre zero e um.
Assim, a construcao de cada ndice baseado no numero de fatores conforme a seguinte
formulacao geral:
SubIndicei =[(Fn,i minFn)/(maxFn minFn)]1/(numero de fatores extrados)
(3.18)
Em que o SubIndicei refere-se aos indicadores parciais IDE, IDM e IDI para cada
6Para maiores detalhes dos metodos rotacionais vide Corrar, Paulo e Filho (2009) (17) Hair et. alli(2008) (38) ou consulte o apendice.
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iesimo municpio; Fn,i indica o escore fatorial do nesimo fator obtido para iesimo mu-nicpio e o numero de fatores extrados diz respeito ao criterio da quantia de fatores a serem
obtidos de acordo com criterio de raiz latente (autovalores) que apresentarem valores superior
a unidade e validados a partir do criterio de Kayser-Guttman7.
Para resumirmos o procedimento de uma analise fatorial, reproduzimos o fluxograma
para o processo de obtencao dos indicadores no anexo [11] deste trabalho .
A ultima etapa metodologica da construcao do ID-MPE consiste na formacao de uma
analise de clusters com o objetivo de verificar se tais aglomerados apresentam correlacao com
o ranking dos municpios obtidos a partir do subndice obtido classificando-os desta maneira
como altos, baixos ou medios.
Por finalidades analticas, essa classificacao nao sera procedida neste trabalho, uma
vez que o objetivo parece somente condensar as variaveis8.
Se estamos preocupados apenas com a reducao do numero de variaveis,entao as dimensoes podem orientar a criacao de novas medidas compostas.Por outro lado, se temos uma base conceitual para compreender as relacoesentre as variaveis, entao as dimensoes podem realmente ter significado paraaquilo que elas coletivamente representam. No ultimo caso, essas di-mensoes podem corresponder a conceitos que nao podem ser ade-quadamente descritos por uma unica medida (p. ex., a atmosferade uma loja e definida por muitos componentes sensoriais que de-vem ser medidos separadamente mas sao todos relacionados entresi.) [Grifo meu] Hair et. alli 2008, p. 102 (38).
3.3 Mapeamento e Analise Espacial do ID-MPE
Apos o computo do ID-MPE e feito um mapeamento do mesmo dentro do estado
utilizando-se das tecnicas da Analise Exploratoria de Dados Espaciais (AEDE) disponveis
nos trabalhos de Anselin (1999 (4)).
Os resultados obtidos sao apresentados em forma de ndices que medem a associacao
espacial (ndice de Moran), global e local, graficos de espalhamento e mapas. Estes disposi-
7A regra Kayser-Guttman, comumente entendida como autovalores superiores a 1 e de longe o metodomais empregado. Nesta abordagem, calcula-se os autovalores da matriz de dispersao nao reduzida e mantemcomo muitos fatores como o numero de autovalores que excedam a media (de uma matriz de correlacao,a media e de um valor proprio, da a designacao comumente empregada). O criterio tem sido fortementecriticado por muitos em uma serie de motivos (por exemplo, Preacher e MacCallum, 2003 (54)), mas continuaa ser popular.
8Esta evidencia fora encontrada nos primeiros trabalhos desempenhados pelo IBPQ em conjunto como Sebrae atraves dos diversos testes KMO e das transformacoes de variaveis, ou seja, parece claro que astransformacoes nao tinham a finalidade de adequar as distribuicoes para mais proximas a uma normal e simpara que obtivessem adequacao amostral unicamente.
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tivos auxiliaram na identificacao de agrupamentos de objetos, de altos e baixos valores, areas
de transicao e casos atpicos.
... Those methods and techniques that, based on a formal representationof the structure of spatial dependence and spatial heterogeneity, provide themeans to carry out the proper specification, estimation, hypothesis testing,and prediction for models in regional science (Anselin, 1999 (4))
Em todas as tecnicas de AEDE empregadas neste trabalho, estao presentes tres
elementos basicos: a matriz de proximidade espacial (W ), o vetor de desvios (Z) e o vetor
de medias ponderadas (Wz).
A matriz de proximidade espacial e uma ferramenta geral e bastante util para descr-
ever o arranjo espacial dos objetos (Bailey & Gatrell, 1995 (7)). W , e uma matriz quadrada,
com n2 elementos, onde cada elemento, wij, representa uma medida de proximidade espacial
entre o polgono i e o polgono j, sendo n, o numero total de objetos.
Segundo Almeida e Haddad (2004), pode ocorrer de a definicao com maior facilidade
de interpretacao para matriz de pesos espaciais ser matriz binaria de vizinhanca, na qual
duas regioes sao vizinhas (contiguidade/proximidade), fazem fronteira uma com a outra,
atribui-se o valor unitario; caso contrario, atribui-se o valor nulo9. Exemplificando:
wij =
1 se i e j sao contguos0 se i e j nao sao contguosO terceiro elemento basico, o vetor de medias ponderadas (Wz), e obtido pela
multiplicacao do vetor transposto dos desvios, pela matriz de proximidade espacial com
linhas normalizadas, onde cada elemento de uma linha i qualquer, originariamente com
valor 1, e dividido pelo numero de elementos nao nulos da mesma linha. Desta forma, como
resultado, cada elemento wzi, contem um valor correspondente a` media dos desvios dos
vizinhos ao objeto i.
O Indice de Moran fornece uma medida geral da associacao espacial existente no
conjunto dos dados. Seu valor varia de 1 a 1. Valores proximos de zero, indicam a inexistencia
de autocorrelacao espacial significativa entre os valores dos objetos e seus vizinhos. Conforme
Perobelli e Haddad (2006 (53)), os valores maiores ou menores que o valor de I de Moran
esperado indicam a presenca de uma autocorrelacao positiva ou negativa. Valores positivos
para o ndice, indicam autocorrelacao espacial positiva, ou seja, o valor do atributo de um
objeto tende a ser semelhante aos valores dos seus vizinhos. Valores negativos para o ndice,
por sua vez, indicam autocorrelacao negativa.
9Por convencao wii = 0, ou seja, nenhuma regiao i pode ser vizinha dela mesma.
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O ndice de Moran pode ser descrito em funcao dos elementos basicos vistos anteri-
ormente, e dado por:
I =nwij
wij(yi y)(yj y)
(yi y)2(3.19)
Onde n representa o numero de localidades; wij e o peso espacial para ij e yi,
o valor do atributo em analise, no caso algum subndice ou o proprio ID-MPE. O valor
esperado de I e [1/(n 1)]. Assim, no caso do ID-MPE Parana, o valor esperado sera1/(399 1) = 0, 0025.
Se o valor calculado de I for superior ao valor esperado, temos autocorrelacao es-
pacial positiva, isto e, existe uma tendencia de regioes com altos (baixos) valores de uma
variavel estarem rodeados de municpios com altos (baixos) valores desta variavel. Inversa-
mente, se I calculado for menor do que o valor esperado de I temos autocorrelacao espacial
negativa, indicando que altos valores tendem a estar circundados por baixos valores de al-
guma variavel.
Para identificar estes clusters e fazer uma analise mais detalhada, convem calcular o
coeficiente de I de Moran local (Ii). Ao inves de calcular o valor da estatstica levando-se em
consideracao toda a amostra de dados, o Ii e calculado apenas com os vizinhos do municpio
i. Conseguem captar padroes locais de interacao espacial, que sejam estatisticamente signi-
ficativos. De acordo com Almeida (2009), o coeficiente Ii para uma variavel y padronizada
observada na regiao i pode ser expresso como:
Ii = wi
jj=1
wijzj (3.20)
Uma das vantagens do I de Moran local e que com seu calculo e possvel estabelecer
no mapa os padroes locais de autocorrelacao espacial. Estes resultados serao demonstrados
a seguir quando verificaremos os mapas de clusters (aglomerados) do ID-MPE.
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3.4 Resultados do ID-MPE PR
For the rational study of the law the black letter man may be the man of thepresent, but the man of the future is the man [woman] of statistics and the masterof economics. Oliver Wendell Holmes, The Path of the Law, 1897
Uma simples inspecao visual parece-nos indicar que as variaveis constituintes do
ID-MPE nao apresentam comportamento de normalidade em suas distribuicoes de proba
bilidades10.
Figura 3: Inspecao grafica das variaveis do ID-MPE11
Como os indicadores sao pre-definidos como IDE, IDM e IDI, iniciaremos a analise
pelo IDE, com as seguintes estatsticas descritivas:
Vemos facilmente que pelos resultados da assimetria e curtose e em especial pelos
resultados da estatstica Jarque-Bera os dados nao se distribuem normalmente.
Muitas vezes o fenomeno aleatorio contnuo que podemos estar interessa-dos em estudar nao ira seguir distribuicao normal nem sera aproximada demaneira adequada por ela (...) Levine et. alli (2000, p. 239) (49)
Diante desta situacao, a literatura especializada recomendaria que se estudasse as
distribuicoes de probabilidades de cada dado ou entao que se utilize a seguinte transformacao:
10Todos os resultados foram obtidos com os softwares Eviews 6 e Microsoft Excel 2007. Na inspecaografica suprimimos os nomes dos municpios paranaenses por uma questao de estetica somente. Deste modoo municpio de numero 1 refere-se ao primeiro municpio do estado listado em ordem alfabetica.
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Tabela 2: Estatsticas descritivas das variaveis do IDE PRIDE1 PIBreal IDE2 TxcrescPIB IDE3 Txinat IDE4 Txcriaestb IDE5 Txempreend
Media 232572.1 0.060632 0.131010 0.058099 0.020910Mediana 51934.76 0.065500 0.128400 0.057500 0.020300Maximo 22423495 0.348400 0.248400 0.370400 0.042800Mnimo 7426.457 -0.414100 0.029400 -0.163600 0.007000Desvio Padrao 1247742. 0.119857 0.033665 0.064888 0.006889Assimetria 14.76613 -0.498759 0.296720 0.646106 0.489025Curtose 254.2596 4.121706 3.644754 6.732090 3.246450Jarque-Bera 1064059. 37.46055 12.76599 259.3219 16.91296Probabilidade 0.000000 0.000000 0.001690 0.000000 0.000213Soma 92796260 24.19200 52.27300 23.18170 8.343200SQR 6.20E+14 5.717541 0.451078 1.675764 0.018887Observacoes 399 399 399 399 399
Utilizando a formula da transformacao, qualquer variavel aleatoria normal x e
convertida em uma variavel normal padronizada Z. Levine et. alli (2000, p. 239) (49)
z =xi
Onde xi e a variavel do ID-MPE; a media populacional e o desvio-padrao
populacional.
Todavia, para fins praticos de analise, este procedimento nao sera executado nesta
secao.
3.4.1 Resultados para o IDE
Em seguida, a proxima etapa metodologica consiste em se criar os dois municpios
fictcios contendo os limiares maximos e mnimos para cada variavel do IDE:
Tabela 3: Limiares Maximos e Mnimos para as variaveis do IDEmunicipio ide1 pibreal ide2 txcrescpib ide3 txinat ide4 txcriaestb ide5 txempreend
Limiar Minimo 1.0000 -1.0000 0.0000 -1.0000 0.0000Limiar Maximo 82400000.0000 1.0000 1.0000 1.0000 0.0500
Fonte: IBQP e Sebrae PR (2009) (59)
A finalidade do uso destes limiares consiste numa tentativa de ajuste de escala
para o IDE sendo que assim, nunca um municpio (que nao os fictcios) atinja valor 1 ou
valor 0. Uma limitacao deste procedimento consiste num achatamento do IDE para uma
concentracao mais proxima a sua media amostral.
Com a insercao destes limiares na amostra e com o aumento do numero das ob-
servacoes de 399 para 401, procedemos na analise de componentes principais com a finali-
dade de analisarmos pela variancia total e de sabermos qual o numero de fatores a serem
extrados:
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Tabela 4: Extracao das Componentes Principais para o IDECumulativo Cumulativo
Numero AutoValor Diferenca Proporcao Valor Proporcao1 2.472614 1.514960 0.4945 2.472614 0.49452 0.957654 0.172748 0.1915 3.430267 0.68613 0.784906 0.255276 0.1570 4.215173 0.84304 0.529630 0.274432 0.1059 4.744803 0.94905 0.255197 0.0510 5.000000 1.0000
Fonte: Resultados desta pesquisa a partir da sada de Eviews 6
O emprego do metodo de componentes principais criou somente um fator com raz
caracterstica12 maior que 1. O teste de adequacao amostral de Kayser-Meyer-Ohlin (KMO)
indicou que todas as variaveis apresentam adequacao amostral para aplicacao de uma AF
bem sucedida:
Tabela 5: Resultados do teste KMO para as variaveis do IDE
MSA
log(IDE1 PIBreal) 0.632500IDE2 TxcrescPIB 0.721882IDE3 txinat 0.701568IDE4 txcriaestb 0.626179IDE5 txempreend 0.572388Kaisers MSA 0.650659
Fonte: Resultados desta pesquisa a partir da sada de Eviews 6
Vale ressaltar que a transformacao na variavel PIB real para o seu logaritmo natural
tem a unica finalidade de ajuste de escala numerica com as demais variaveis do IDE.
A respeito disso Hair et. alli (2008, p. 87) (38) ressaltam que:
Para distribuicoes nao-normais, os padroes mais comuns sao distribuicoesachatadas e assimetricas. Para a distribuicao achatada, a transformacaomais usual e a inversa (por exemplo, 1/y ou 1/x). As distribuicoes as-simetricas podem ser transformadas calculando-se a raiz quadrada, logar-itmos, quadrados ou cubos (x2 ou x3), ou mesmo o inverso da variavel.Geralmente, as distribuicoes negativamente assimetricas sao melhor trans-formadas empregando-se uma transformacao de quadrado ou cubo, enquantoo logaritmo ou a raiz quadrada normalmente funcionam melhor em as-simetrias positivas. Em muitos casos, o pesquisador pode aplicar todasas transformacoes possveis entao selecionar a variavel transformada maisapropriada.
Dada a adequacao amostral das variaveis, podemos obter as cargas fatoriais de cada
variavel:
12Ou autovalores que representam a soma em coluna de cargas fatoriais ao quadrado para um fator;tambem conhecido como raiz latente. Representa a quantia de variancia explicada por um fator. (Hair et.alli (1995, p. 101) (38)
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31
Tabela 6: Matriz de cargas fatoriais nao-rotacionadas e analise de fatores principais paraIDE
F1 F2 Comunalidade
log(IDE1 PIBreal) 0.502317 0.301838 0.343428IDE2 TxcrescPIB 0.463290 -0.219079 0.262634IDE3 Txinat 0.601224 -0.096414 0.370766IDE4 Txcriaestb 0.666022 -0.190029 0.479696IDE5 Txempreend 0.365123 0.368121 0.268828
Fator Variancia Cumulativo Diferenca Proporcao Cumulativo
F1 1.405330 1.405330 1.085308 0.814518 0.814518F2 0.320022 1.725351 0.185482 1.000000Total 1.725351 3.130681 1.000000
Fonte: Resultados desta pesquisa a partir da sada de Eviews 6
Para fins de interpretacao, as cargas fatoriais acima de 0,7, (valor utilizado por
Souza e Lima, 2003 (62); Santos e Bacha, 2002 (58)), buscam evidenciar as variaveis mais
fortemente associadas a determinado fator.
A coluna das comunalidades nos demonstra a quantia total de variancia que uma
variavel original compartilha com todas as outras variaveis includas na analise.
Vemos que o numero de fatores a serem extrados denotados pela analise de compo-
nentes principais e pela analise de fatores comuns apresentou resultados distintos:
A analise fatorial de componentes e a mais adequada quando:
reducao de dados e uma preocupacao prioritaria, focando o numeromnimo de fatores necessarios para explicar a porcao maxima da varianciatotal representada no conjunto original de variaveis, e
conhecimento anterior sugere que a variancia especfica e de erro rep-resentam uma proporcao relativamente pequena da variancia total.
Analise de fatores comuns e mais apropriada quando:
o objetivo prioritario e identificar as dimensoes ou construtos latentesrepresentados nas variaveis originais, e
o pesquisador tem pouco conhecimento sobre a quantia de varianciaespecfica e de erro, e, portanto, deseja eliminar essa variancia.
Hair et. alli (2008, p. 112) (38)
Todavia tanto a analise de fatores comuns quanto a analise de componentes princi-
pais a literatura enfatiza que os resultados por ambas pode ser similar:
Apesar de haver muito debate sobre qual modelo fatorial e o mais apro-priado (...) a pesquisa emprica tem demonstrado resultados analogos emmuitos casos. Na maioria das aplicacoes, tanto a analise de componentesquanto a analise de fatores comuns chegam a resultados essencialmenteidenticos se o numero de variaveis exceder 30, ou se as comunalidades
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excederem 0,6 para a maioria das variaveis. Se o pesquisador estiver pre-ocupado com as suposicoes da analise de componentes, entao a analise defatores comuns tambem deve ser aplicada para avaliar sua representacao deestrutura. Hair et. alli (2008, p. 113) (38)
Com a finalidade de melhorar a significancia e praticidade de interpretacao, rota-
cionamos a matriz de fatores pelo metodo VARIMAX para obtermos (Hair et. alli (2008) (38)):
Tabela 7: Resultados da matriz de cargas fatoriais rotacionadas para o IDE
F1 F2log(IDE1 PIBreal) 0.275116 0.517435IDE2 TxcrescPIB 0.509952 0.050820IDE3 Txinat 0.565008 0.227005IDE4 Txcriaestb 0.668766 0.180134IDE5 Txempreend 0.123379 0.503592
Fonte: Resultados desta pesquisa a partir da sada de Eviews 6
Em negrito temos a localizacao das variaveis em cada fator e seus respectivos pesos
na composicao da componente. Vemos que a variavel taxa de criacao de estabelecimentos
foi a que exerceu maior peso na composicao do IDE seguida da taxa de inatividade.
Apos a obtencao dos fatores e coeficientes (cargas fatoriais) necessarios na estimacao
dos escores fatoriais, calculou-se o subndice IDE, como explicitado na equacao (4.10), para
cada municpio. Uma vez estimado o IDE e apos encontrar os pesos associados a cada um
dos indicadores obtidos por meio de uma analise de regressao linear, pode-se entao obter o
valor de Fn,i conforme descrito na equacao (4.10). Diante do grande numero de municpios,
os resultados da analise sao apresentados de forma preliminar. (Para verificar o ranking
completo consulte os anexos.)
Alguns pontos importantes devem ser ressaltados no que diz respeito a` replica