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A VOZ EATINAPROVINCIA PAULO VI - BRASILQUAERITE PRIMUM REGNUN DEI

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Ano XX - nº85 Jan/Jun - 2011Informativo Semestral da Provincia Teatina do Brasil

Ao vivenciarmos este ano de 2011 demos inicio ao Santo Ano Jubilar da Provín-

cia Paulo VI do Brasil, da Ordem dos Cléri-gos Regulares – Teatinos, que a sessenta anos atrás chegavam às terras Brasileiras convidados pelo então bispo de Botucatu, Dom Frei Henrique Golland Trindade, OFM.Os primeiros padres teatinos chegados nesta terra de Santa Cruz foram: Pe. Francisco de Lucia, CR, Pe. Lineu Bincelli, CR e Ir. Gabri-el Mesquita, logo depois em meados de 1952 chegava ao Brasil o Pe. Salvador Badame, CR para trabalhar na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, na Cidade de Fartura, na região Sudoeste do estado de São Paulo; padre este que se estivesse vivo completaria neste ano de 2011, seus 100 anos de vida, por este motivo recebemos no Brasil alguns de seus famili-ares para uma visita aos lugares em que seu predecessor passou, construindo e recriando a história, fazendo a diferença acontecer.E exatamente em 1960, tivemos a graça de receber para exercer seu trabalho com as vo-cações, os reverendíssimos padres Giovanni Ferreti e Gabriel Dárida que no próximo ano

completa seus 80 anos de vida; por este mo-tivo também ele e sua sobrinha visitaram al-gumas paróquias teatinas de nossa Província e para dar início a este ano jubilar de 2011 a 2012, o qual se encerrará com a peregrinação de todas as paróquias teatinas, seminários, famílias seculares e todos os devotos de São Caetano e amigoss dos Teatinos, ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na ci-dade do Vale do Paraíba, em Aparecida - SP. Teremos neste ano jubilar em nossa Província Paulo VI, diversas atividades rememorando nossa história: o atual provincial do Brasil Pe. Tacilio Ferreira Gomes, CR, visitará todas as

paróquias, casas de formação e casas religio-sas celebrando missas e promovendo encon-tros com os formandos teatinos, religiosos e a Família Secular Teatina, para que juntos pos-samos rezar e bendizer a Deus pela Ordem dos Clérigos Regulares - Padres Teatinos. Sem dúvidas este jubileu será de grande importância para relembrarmos as dificul-dades dos primeiros trabalhos em terras brasileiras e nos trará à tona a grande aju-da que nosso pai fundador São Caetano Thiene já sentia em vida, a Providência Divina que nos auxilia sempre em nos-sas dificuldades, não deixando faltar o pão e o trabalho aos que n’ele confiam e espe-ram. “São Caetano, Rogai a Deus por nós!”.

2011/2012 - ANO JUBILAR TEATINO, 60 ANOS DE PRESENÇA TEATINA NO BRASIL E 50 ANOS DE SEMINÁRIO SÃO PIO X EM FARTURA

“CONSTRUINDO A HISTÓRIA, FAZENDO A DIFERENÇA”. Ir. Paulo Henrique Silva, CR.

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“A árvore boa produz bons frutos” (Mateus 7,17).Tivemos a graça de alcançar muitas gra-ças de Deus, caros leitores e leitoras! Através destas modestas páginas temos levado até vocês algumas informações in-teressantes do muito que nos tem aconte-cido. Quisemos partilhar um pouco com vocês, na medida do possível, sobre nossa história, nossa espiritualidade, nossa vida de Teatinos. Agora que chegamos ao 85º, do ano XX deste jornal, temos a alegria e a graça, o privilégio de partilhar com vocês um pouco de nossa caminhada provincial

(Província teatina Paulo VI- do Brasil). Sem dúvidas, no momento, é a celebração do ano jubilar que nos empolga e nos enche de júbilo e ação de graças por tantas graças obtidas; afinal de contas 60 anos são mesmo SESSENTA ANOS! Os artigos destas páginas evidenciam coisas maravilhosas, nomes dos “operários da primeira hora”, etc. Em nota a nomeação e renuncia para o episcopado de nosso irmão o carís-simo Pe. Hergesse, CR, a associação SOS Familia São Geraldo, o Fi-losofado São Caetano, nossas constituições, a Paróquia em destaque, a bodas de prata de nosso caríssimo irmão Pe. Eugenio por fim nossa espiritualidade. Temos muito que agradecer ao bom Deus Providente porque sua graça está atuando em nós, com eficácia abundante. E as-

sim “damos graças também por poder dar graças”. Graças a Deus! Pe. Celso Nilo Luchi, CR.

Reitor do Teologado Santo André Avelino.

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Padre José Aparecido Hergesse, CR apresentou à Santa Sé, no início de junho, seu pedido de

renúncia ao ofício de bispo-auxiliar da Arquidiocese de Vitória, no Estado do Espírito Santo, para o qual o papa Bento XVI o havia designado em abril e o Es-tado do Vaticano oficializara com a publicação do de-creto pontifício na edição de 4 de maio de seu jornal, “L´Osservatore Romano”. Uma nota conjunta assi-nada pelos arcebispos de Vitória, dom Luiz Mancilha Vilela, e de Sorocaba, dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, foi divulgada na noite da quinta-feira, 9 de junho, comunicando a todos a decisão de monsenhor

Hergesse, alegando “razões familiares e pessoais”. A ordenação episcopal de padre Hergesse estava marcada para o dia 25 de junho, o sábado depois da Festa de Corpus Christi, na Paróquia-Santuário Arquidiocesano de São Judas Tadeu, no bairro do Central Parque, e a posse em Vitória seria no dia 2 de julho de 2011. O padre Hergesse alegou problemas de ordem familiar, onde a enfermidade de sua mãe, vítima de um AVC, foi à causa principal apontada no pedido de renúncia que encaminhou à Santa Sé. Na nota distribuída pelos arcebispos de Sorocaba e de Vitória, estes ainda conclamavam todos a respeita-rem a decisão e a rezarem pelo padre Hergesse e por sua mãe. “Compreen-dendo que a opção do padre José Aparecido Hergesse, CR é fruto de profunda e difícil reflexão, sofrida, mas para ele necessária, comunicamos, assim, que a ordenação episcopal, prevista para o dia 25 de junho, no Santuário São Judas Tadeu, em Sorocaba, foi cancelada”, escreveu dom Eduardo Benes no comu-nicado também distribuído às paróquias locais. E acrescentava o Arcebispo: “Respeitando a decisão do padre Hergesse, confirmamos-lhe nossa estima e proximidade na oração, certos de que, com a graça do Senhor, poderá con-tinuar a servir a Igreja, permanecendo próximo aos que lhe são caro e que, como ele próprio afirma, `Deus, na sua Providência, saberá tirar proveito de tudo isso, para ele e para nossas Igrejas locais”. Na íntegra, o texto redigido por padre José Aparecido Hergesse, CR, e dirigido à comunidade católica das arquidioceses de Sorocaba e de Vitória, comunicando sua decisão de apresen-tar à Santa Sé sua renúncia ao Episcopado, é a seguinte: “Diante do atual

SOS FAMÍLIA SÃO GERALDO 18 ANOS AMANDO E CONFIANDO NA PROVIDÊNCIA Angélica Carvalho dos Santos Gueiros

José Adelmo Souto GueirosA exemplo de nosso Pai São Caetano a Associação SOS Família São Geraldo,vem á 18 anos com a mão na Palavra e a outra no necessitado dando respostas de Vida a toda situação de morte em nossa comunidade, nosso bairro nossa cidade. Nasceu em 13 de Outubro de 1993, não tínhamos nenhuma experiência, mas muito amor e uma vontade enorme de acertar, começamos , com o Projeto Vida em 1994, um trabalho sócio educativo para tirar crianças da rua e prevenir a drogatização. Em 1995 com a Comunidade Salva Vidas, com grupos de auto ajuda para dependentes químicos e seus familiares, em 1995 com o Bom Samaritano buscando resgatar a dignidade para a população em situação de rua, ensaiamos nossos primeiros pas-sos com a construção do Centro de Integração Social Nossa Senhora da Pureza, na rua Isabel Spina Perella, 460, nossa primeira sede com ela veio para acrescen-

quadro de saúde em que a minha mãe se encontra, com um primeiro AVC ocor-rido no dia 16 de maio, poucos dias após a minha nomeação, e aguardando hoje a possível confirmação de um segundo, e considerando a necessidade pessoal que sinto, como filho, de estar mais por perto, e outras dificuldades familiares decorrentes, inclusive financeiras, como também a constatação de que não poderia desse modo exercer meu ministério episcopal com a dis-ponibilidade exigida, com a compreensão, ajuda e sofrimento de dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo metropolitano de Vitoria (ES), que se mostrou em todos esses momentos um verdadeiro pai, tomei uma decisão muito difícil e sofrida, que dependia única e exclusivamente de mim, mas que acredito fosse necessária. “Eu não estava conseguindo administrar essa realidade. Essas questões, na verdade, quem sabe simples para alguns, para mim estavam me tirando a serenidade interior, prejudicando minha vida espiritual e pastoral e apresentando riscos à minha saúde. Por isso, avaliando a situação da minha família, as perspectivas para o tratamento de minha mãe que se apresentam e o modo como me sinto envolvido em tudo isso e também tendo consultado o núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, achei por bem apre-sentar de forma definitiva ao Santo Padre, o papa Bento XVI, a minha renún-cia ao Episcopado, para poder ficar mais perto e ajudando minha mãe viúva, com 76 anos de idade, nesta etapa de sua vida, com uma doença, como todos sabem, que exige sempre cuidados especiais. “Assim sendo, a ordenação, em Sorocaba, foi cancelada. Deus, na sua Providência, saberá tirar proveito de tudo isso! Agradeço a todos pela atenção, pelo carinho e pelas orações! Peço apenas que, se não conseguirem compreender e aceitar essa minha atitude, pelo menos respeitem a minha decisão e a minha dor e rezem por mim!”. Padre Hergesse, encontrava-se em Roma, residindo junto à Comunidade Teatina da Basílica de Sant ´Andrea della Valle, atuando como consultor geral da Or-dem dos Clérigos Regulares e seu procurador-geral junto à Cúria Romana, redigiu seu pedido de renún-cia na Santa Casa de Misericórdia de Avaré, onde se encontrava acompanhando dona Adelina Valim Hergesse, sua mãe.

PADRE JOSÉ APARECIDO HERGESSE, CR APRESENTA RENÚNCIA AO EPISCOPADO

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tar o nosso trabalho a Casa Apoio atendendo crianças de 0 á 06 anos em sistema de creche, e a Casa Abrigo São Caetano, abrigando crianças em situação de vulnerabilidade social enviadas pelo juiz da Vara da Infância e Juventude de Guarulhos, em 2003 já caminhávamos com mais firmeza, em uma área cedida pela prefeitura, na rua Pedro Angelo Janitelli, 72 uma Pça abandonada, construímos o Centro de Convivência para Idosos Santo An-dré Avelino, para prevenir o sedentarismo, o isolamento e principalmente o asilamento de nossos Idosos, devolvendo a eles a alegria de viver, Camin-hando em passos mais largos, em 2005, criamos o Centro de Referência para o Morador em Situação de Rua que hoje está situado na rua Angeline, 69, em 2006; inauguramos as novas instalações da Casa Apoio atual Creche Menino Deus. Estamos em processo de transformação, crescendo, amadu-recendo, vencendo desafios, atendendo aproximadamente 300 pessoas diariamente, 300 vidas, que merecem ser cultivadas, lapidadas, resgatadas, valorizadas. Dezoito anos se passaram e aprendemos que o mais impor-tante não é quantidade de ações que praticamos, mas sim a quantidade de amor que dispensamos a cada uma delas. Não fizemos nada sozinhos, 1º. Confiando na Providência Divina, contamos com a ajuda de todos aqueles que acreditaram ser possível, realizar sonhos, trocar lágrimas por sorrisos. Fazendo dos excluídos nossos preferidos, vamos buscando o Rosto de Cristo em cada irmão atendido nos renovando a cada dia para melhor Salvar Vidas.

FILOSOFADO “SÃO CAETANO”

João Victor dos Santos SilvaLucas Antônio Gobbo Custódio

No Ano Santo de 1967, devido a necessidade de se encontrar um lugar onde pudesse ser edificado uma casa especifica para os junio-res filósofos Teatinos, foi escolhida a cidade de Guarulhos devido a proximidade da cidade de São Paulo, onde existem faculdades que contam com os cursos de Filosofia e Teologia.A nova casa estava dentro do território da paróquia São Geraldo que, desde 1958, está sob a responsabilidade dos Padres Teatinos. Sendo um seminário, se fazia necessário um formador. Para tal cargo foi escol-hido o Pe. Gabriel Dárida, CR que es-teve à frente da formação por dois anos.

Os primeiros estudantes Teatinos a residi-rem na casa de Guarulhos, que depois no ano de 1974, foram ordenados presbíteros, são eles: Pe. Amador Ferreira Martins, CR e

Pe. Gorgônio Alves da Encarnação Neto, CR (atual bispo da Diocese de Itapetininga-SP).Com o passar dos anos, com a ajuda da Providência e o aumento das vocações liga-das ao carisma Teatino, fez-se necessário uma casa maior para atender aos jovens es-tudantes de Filosofia e Teologia. Por este motivo foram adquiridas duas outras casas próximas à primeira nas quais estava residin-do por algum critério da época os juniores. A história do Seminário confunde-se em seus anais com a da Paróquia São Geraldo, sendo que, até o ano de 1989, o pároco da Paróquia São Geraldo, assumia a forma-

ção do Seminário. No ano de 1968, assume como pároco da Paróquia São Geraldo e for-mador do Seminário Pe. João Gianquinto, CR o qual foi precedido pelo Pe. Giovanni Mattoni, CR em 1969, e que no mesmo ano, foi substituído pelo Pe. Caetano Chibbaro, CR. Em 1972, assume como pároco e for-mador o Pe. Grazianno Capanolo, CR que em 1975 foi substituído pelo Pe. Amador Ferreira Martins, CR que permanece a fr-ente da Paróquia e do Seminário até 1979, quando assume então como pároco e forma-dor Pe. Luigi de Micco, CR, o qual esteve nesses cargos por um período de dez anos.Em 1989 assume como formador do semi-nário, o neo-sacerdote Pe. José Fran-cisco Antunes, CR. No início de seu trabalho como formador, Pe. Jose Fran-cisco, CR inicia a inserção dos juniores nos trabalhos pastorais da Paróquia são

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Geraldo e a união da Família Secular Teatina com os mesmos. Dois anos antes, em 1987, na sua primeira visita ao Brasil, o Pe. Eugênio Júlio Gomes, CR que se deparando com a necessi-dade de apenas uma casa na qual habitariam os juniores, lança em 1991, no Capítulo Geral da Ordem dos Clérigos Regulares - Tea-tinos, realizada em Roma, uma Moção que solicitava a colaboração econômica de todas as províncias teatinas espalhadas pelo mun-do para a construção do futuro prédio que sediaria o Seminário de Guarulhos-SP; esta moção foi aprovada nesse mesmo Capítulo. No mesmo ano de 1991 pelas mãos do Pe. José Francisco Antunes, CR e por intermédio da Cúria Geral dos Teatinos na pessoa do Pe. Ga-briel Dárida, CR ( que no mesmo ano de 1991 foi nomeado Prepósito Geral da Ordem) iniciou-se a construção do atual prédio do Seminário.Em 30 de julho de 1992, com a presença do Pe. Eugênio Júlio Gomes, CR, delegado do Pe. Gabriel Dárida, CR (Prepósito Ger-al), Pe. Gorgônio Alves da Encarnação Neto, CR (Prepósito Pro-vincial) e Pe. José Francisco Antunes, CR (Pároco da Paróquia São Geraldo, Formador do Seminário e Prepósito Local da Casa Religiosa de Guarulhos-SP), foi abençoado e inaugurado oficial-mente o novo prédio do Seminário, o qual foi dado o nome de São Caetano, fundador da Ordem dos Clérigos Regulares - Teatinos.No ano de 1998 é inau-gurada a Casa Religiosa de Contagem-MG, na qual a partir deste ano, os estudantes de Teo-logia passam a residir. Sendo assim, o Semi-nário São Caetano de Guarulhos fica desti-nado a acolher apenas os juniores de Filosofia.Desde o ano de 2010 o Seminário São Caetano acolhe os estudantes que ainda não profes-saram os votos religiosos, ou seja, aquelesque após cursarem o ensino médio na cidade de Fartura - SP, no Seminário São Pio X, e concluírem o Propedêutico no mesmo seminário, passam a residir em Guarulhos-

SP, o que não acon-tecia antes de 2010, afinal os concluintes do Ensino Médio passavam a residir na cidade de Taguaí - SP no Noviciado Div-ina Providência e após este ano iam para o Seminário São Caeta-no, em Guarulhos-SP.Atualmente a rotina dos estudantes de Fi-losofia é fundamentada em quatro pilares essenciais para a vida de um Teatino; são eles: Estudo, Espiritualidade, Vida Comunitária e Trab-alhos Pastorais. Os estudantes de Filosofia regularmente visitam suas famílias e outras comunidades teatinas nas quais realizam alguns trab-alhos pastorais. Os mesmos cursam filosofia no Seminário Paolopoli-tano, o Centro Universitário Assunção - UNIFAI, em São Paulo-SP.O Seminário São Caetano conta atualmente com a presença do Pe. José Francisco Antunes, CR (Formador do mesmo e Pároco da Paróquia São Geraldo), Pe. Jesus Angel Bermeo Gonzalez, CR (Vice-Formador e Vigário da Paróquia São Geraldo), Pe. Jair Benedito dos Santos, CR, Ir. Carlos Eduardo Marques, CR, três seminaristas do segun-do ano de filosofia e sete seminaristas do primeiro ano de filosofia.Em 2011 completam-se vinte e dois anos que Pe. José Fran-cisco Antunes, CR está a frente ao Seminário São Caeta-no e durante esse tempo muitos do que hoje são padres da Província Teatina Paulo VI do Brasil foram seus formandos.Que São Caetano, seja exemplo de reforma e ajude-nos sempre a voltar às fontes e a reaviver o carisma primeiro, o desejo de nossos fundadores, nunca nos esquecendo de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, confiando sempre na providência divina. São Caetano, rogai por nós!(Fonte: Livro Tombo nº. I da Paróquia São Geraldo de Guarulhos - SP. “Historia do Seminário São Caetano” da Revista impressa “Providência”. Revista “Voz teatina” ano XV nº 76).

Aconteceu na Província Paulo IV do Brasil “O que a memória ama, fica eterno”.

Adélia PradoComo rege nossa constituição no capítulo 53: “E, para au-mentar o fervor de espírito e uma cuidadosa observância de nossas constituições, o que deveria ser feito em todos os lugares, nossos religiosos se retirarão, cada ano por

alguns dias, de todas as suas normais atividades e se dedicarão exclusiva-mente ao cultivo da vida espiritual”. Realizou-se dos dias 3 à 6 de janeiro de 2011, no centro Teresiano de Espiritualidade, na cidade de São Roque\SP o Retiro espiritual da Província Paulo VI aonde esteve presente os Padres e juniores Teatinos. Que teve seu té-rmino no dia 09. No dia 02 de fevereiro, festa da Apre-sentação do Senhor, deu-se inicio ao Noviciado Teatino, aonde foi admitido o Noviço Flávio David Motta da Silva,

no Teologado Santo André Avelino em Contagem\MG, sobre a regência do seu Mestre Pe. Celso Nilo Luchi, CR. No dia 27 de março, foi a abertura oficial do Ano Jubilar, com missa solene presidida pelo bispo Teatino da Diocese de Itapetininga, Dom Gorgônio Alves da

Encarnação Neto, CR. Também nesta ocasião foi celebrado o jubileu do cinqüentenário do Seminário São Pio X, de Fartura. No dia 04 de maio pela manhã, nosso coração de Teatinos se alegrou com a nomeação, feita pelo Papa Bento XVI, do Pe. José Aparecido Hergesse, CR, como novo bispo auxiliar da Diocese de Vitória - ES. No dia 13 de junho nos-so Prepósito Provincial juntamente com Pe. Eurico e mais dois conselheiros, estiveram na cidade de Cárceres/MT para acertarem detalhes de mais uma paróquia para ser atendida pelos teatinos, e no dia 23 esteve presente em nossa provin-cia a visita extraordinária de nosso geral Pe. Valentin Arteaga.

Ir. Rafael Tadeu Dias Machado, CR

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PARÓQUIA EM FOCO

PARÓQUIA SANTO ANTONIODE PÁDUA – ITAÍ/SP

HISTÓRIA DA PARÓQUIA...

Pe. Aristeu Antônio Anastácio, CR

“Assim como o ouro está acima dos

outros metais, a caridade está acima das out-ras virtudes”.

(Santo Antonio de Pádua).

Er e ç ã o Canônica

desta Paróquia por Decreto de 16 de Setembro de 1876, o Exmo. Reverendíssimo Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, então Bispo da Cidade de São Pau-lo, erigiu canonicamente esta Paróquia. Incorpo-ração à Diocese de Botucatu/SP, a santa Sé apos-tólica, por Decreto Consistorial de 07 de junho de 1908, havia criado no Estado de São Paulo as seguintes Dioceses: Botucatu, São Carlos, Campinas, Ribeirão Preto e Taubaté, passando a Paróquia de santo Antonio da Boa Vista, a faz-er parte da Diocese de Botucatu, cujo primeiro Bispo foi Dom Lucio Antunes de Souza. Com a criação da Diocese de Itapeva, pelo Papa Pau-lo VI pela Bula “QUANTUM SPEI” de 03 de Março de 1968, a Paróquia de Santo Antonio foi incorporada à nova Diocese. O primeiro pároco da Paróquia foi o Revmo. Pe. Francisco José Serôdio, que tomou posse no dia 22 de Outubro de 1876 até 16 de Agosto de 1877. Pe. Ernesto Odino que constituiu a Nova Igreja Matriz ficou de 20 de Janeiro de 1962 à 19 de Março de 1974, quando do seu falecimento. A partir do Pe. Er-nesto, a Ordem dos Clérigos Regulares (Teati-nos), passou a ser responsável pela Paróquia de Santo Antônio, sendo o primeiro Pároco Pe. Luiz de Micco, CR, que ficou de24 de Setembro de 1974 à 09 de Agosto de1977. O atual Pároco é o Pe. Aristeu Antônio, CR, desde 14 de Setem-bro de1998, e vigário Paroquial o Pe. João Mar-cos Boranelli, CR desde 2010. Contando até o momento a Paróquia de santo Antonio já teve

45 Sacerdotes em sua administração. A Paróquia possui 20 comunidades sendo elas 5 comu-nidades urbanas e 15 comunidades rurais. Seu campo pastoral, Pastoral da Catequese, Pastoral do Batismo, Pastoral Familiar, Pastoral da Saúde, Pastoral da Educação, Pastoral Carcerária, Pas-toral da Sobriedade, Pastoral do Dízimo, Pasto-ral dos Coroinhas, Pastoral da Juventude Tea-tina, Pastoral da Criança. RCC, Campanha da Fraternidade, Apostolado da Oração, Ministros da Palavra, da Eucaristia e das Exéquias, Cap-elinhas e Oratório de Nossa Senhora de Fátima.Os primeiros registros das festividades em honra ao Padroeiro Santo Antônio, em Itaí/SP, datam do ano de 1941, quando da Terceira Visita Pas-toral do Exmo. E Revmo. Dom José Carlos, DD Bispo Diocesano de Sorocaba/SP a esta Paróquia. A Solene Cerimônia Religiosa, como concebe-mos, preparada pela tradicional Trezena de Santo Antonio, data do ano de 1974, tendo como Páro-co, o Pe. Theodoro Gerhardsn e, como Ecônomo, o Cisterciense Dom Domingos, do Município de Itaporanga/SP. O ano de 1951 ganha destaque

Pe. Aristeu Antônio, CR Celebrando com seus fiéis.

nos relatos históricos, o Pároco da época o Pe. Pedro José Maria Vieira relata grandiosa partici-pação popular. Nesta época, diferentemente do que atualmente se dá, não havia grande número de festeiros. Um casal da comunidade ficava responsável por toda a organização das festivi-dades. No referido ano, nomeia–se o Sr. José Lourero e Exma. Srª, para exercer tal função no ano de 1952, ocasião em que, devido a co-piosas e intensas chuvas, não houve procissão.Nos relatos da trezena de 1953, o Pe. José Maria classifica tais comemorações como a maior festa da paróquia. No ano de 1955, tamanha a propor-ção da festividade, foi classificada pelo mesmo Pe. José Maria como “verdadeiramente apoteótica”. Em 1956, devido ao crescimento popula

Paróquia Santo Antônio de Itaí/SPcional, aumentam-se os números de festeiros, destacando-se a grande cooperação dos fiéis. O ano de 1957 contou com a participação esplen-dorosa de 15 Romarias e, nas palavras do próprio Pároco: “Com monumental procissão”. Mere-ceu destaque a visitação da imagem, peregrina em todas as repartições públicas do Município. Seguindo estas mesmas diretrizes, realizam-se, em honra ao Padroeiro, as festividades dos dias atuais, que com o desenvolver da história do município, alem de Comemorações Reli-giosas, tornou-se verdadeiro Acontecimen-to Cultural, com a tradicional quermesse na Praça Pe. Ernesto Odino e com as barracas na Avenida que leva o nome do Padroeiro. Que Santo Antônio, exemplo de virtude, doutor da Igreja, Insigne Pregador do Evangelho de Cristo, que durante toda a historia do Povoado de Santo Antônio da Ponta da Serra (1869), da freguesia de Santo Antonio da Boa Vista (1874), que mais tarde foi elevada a categoria de Vila (1891) e que 29 anos depois recebeu a atual denominação de origem Tupi-Guarani, Itaí (Pedra do Rio), contin-ue derramando copiosas bênçãos sobre esta terra de fé e virtude, de povo honesto e trabalhador, sobre o acolhedor e maternal Município de Itaí.

Pe. João Marcos Boranelli, CR e Pe. Aristeu Antônio, CR

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BREVE ACENO SOBRE A ORIGEM DAS

NOSSAS CONSTITUIÇÕES Pe. José Geraldo da Fonseca CR

As Constituições têm por finalidade guardar fiel-mente a própria vocação e a própria identidade de cada instituto de vida consagrada. Neste Có-digo fundamental estão harmonizados elementos espirituais e jurídicos (cn. 587, 1 e 3) e tratam como devemos viver e servir melhor a Igreja no tempo e no lugar em que nos toca. Durante o período que compreendido entre 1524 e 1583 os Clérigos Regulares não sentiam a neces-sidade de uma constituição. Neste último ano, o Capítulo Geral viu a necessidade de recompi-lar todos os decretos e normas capitulares com a finalidade de produzir uma Constituição que não seria definitivamente aprovada até 1604. Partindo deste fato, podemos nos perguntar: quais eram as normas que regiam os Teati-nos neste período? A forma de vida e de gov-erno dos Teatinos durante este tempo é refletida nos documentos pontifícios, ou seja, os Breves Exponi Nobis de 24 de Junho de 1524 e Du-dum pro parte vestra de 07 de Março de 1533. Neles, Clemente VII expõe e aprova o que seria a base jurídica da Ordem ness e período. Já em 1527, O Padre Bonifácio de Colle, em nome de toda a comunidade, escreveu ao Bispo de Vero-na, G.M. Gilberti, expondo-lhe a forma de vida e de governo da Ordem, carta esta que estaria nas mãos de todos os Teatinos da época, e recorria aos decretos capitulares emanados pelo Capítulo até então (nesta carta encontramos quais eram as obrigações que deveriam da profissão, a eleição e confirmação dos prepósitos, a participação nos capítulos, a admissão e formação de candidatos, a celebração e administração dos sacramentos; as relações com os leigos etc.). Assim, estes três documentos são conhecidos tecnicamente como Institutum. Em seguida, após a fundação da casa de Nápoles, se estabeleceu a existência do Capí-tulo Geral, órgão de governo da Ordem e do qual seriam emanadas todas as normas e decretos que dizem respeito ao modo de vida e de governo da Ordem. Entre 1555 e 1559, período do pontifi-cado de Carafa, a Ordem não celebrou o Capí-tulo Geral, dado que todo o governo da Ordem estava nas mãos do próprio Paulo IV. Com a sua

morte abriu um novo período na ordem carac-terizado pelo aumento de vocações e fundação de novas casas e a necessidade de recompilar todas as normas e decretos capitulares para re-alizar um código de leis ou Constituições. Final-mente, será em 1604 quando com o Breve Etsi ex Debito de Clemente VIII serão editadas as primeiras Constituições da Ordem dos Clérigos Regulares. Desde 1604 as Constituições se man-tiveram inalteráveis, salvo as pequenas revisões fruto da sua adaptação às circunstâncias próprias de cada tempo e lugar. No final do século XVIII, a Ordem entrou em um processo de decadên-cia até que o Papa Pio X encarregou o Cardeal Vives e Tutó de restauração da Ordem mediante a fusão com outras ordens de direito diocesano que tinham solicitado a aprovação para direito pontifício. Em 1909 se realizou a fusão com a Congregação dos Filhos da Sagrada Família que, em 1916 retomariam a sua autonomia. Em

1910 se realizou a fusão com a Congregação de Santo Afonso Maria de Ligório (os Ligorinos). Fruto desta fusão é a Regula et statuta genera-lia in vitae rationes et regimine Congregationis Clericorum Regularium servandae iussu SSDN Pii X (A Regra e os estatutos gerais no modo de vida e governo para preservar a Ordem dos cléri-gos Regulares por mandato de Sua Santidade Pio X). A “Regra” está baseada nas Regras dos Clérigos Regulares do Padre Ventura de Ráu-lica. Trata-se de uma tradução fragmentária das constituições de 1604, na qual se elimina toda a terceira parte correspondente à administração da Ordem. As verdadeiras constituições são as “Statuta generalia”, que se baseavam nas Nor-mas de Pio X que regulavam a criação de novos institutos de votos simples, e que destacavam a criação da província e de estruturas de governo na Ordem em três níveis: Geral, Provincial e Lo-cal. Em 1917 veio a ser publicado o Código de Direito Canônico, o que deu lugar ao início de

outra reforma das Constituições para adaptá-las ao mesmo e recobrar a sua identidade fundacio-nal. Estas novas Constituições forma promulga-das finalmente em 1948, tendo como destaque a reimplantação da figura do “vocal”. Com a pro-mulgação em 28 de Outubro de 1965 do Decreto Conciliar Perfecta Caritatis foi aberto um novo período da história dos Institutos de vida con-sagrada, dado que, a conveniente renovação da vida religiosa compreende não só um contínuo regresso às fontes de toda a vida cristã e à genuí-na inspiração dos Institutos mas também a sua adaptação às novas condições dos tempos (PC 2). Este Decreto estabeleceu os princípios gerais da renovação e foi posteriormente desenvolvido com o Modo Próprio Ecclesiae Santae de 06 de agosto de 1966 e as Normae ad exequendum S.S. Concilii Vaticani II Perfectae Caritatis (Normas para a concretização do Santíssimo Concilio Vat-icano II, em especial Perfectae caritatis) de Paulo VI. Diante de tudo isto, foi convocado um Capí-tulo Geral extraordinário nos anos de 1968/1969 para a revisão das Constituições, e que acabou elaborando um texto ad experimentum. Em 1977 o Capítulo geral nomeou uma Comissão para revisão das Constituições, que elaborou um texto que seria aprovado ad experimentum em 1980. O Capítulo Geral de 1983 fez uma série de reformas em tal projeto e, finalmente entrou em vigor em 1984 com novas modificações em consequência da promulgação do Novo Código de Direito Canônico, em 1983. Contudo, o capí-tulo geral revisou, corrigiu e aprovou uma últi-ma revisão mais adaptada ao Código de Direito Canônico de 1983, que foi confirmada pela Con-gregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica com Decreto de 08 de Julho de 1994, entrando em vigor em 10 de novembro do mesmo ano por ocasião da festa de Santo André Avelino. “Escrevemos e promulgamos essas normas com a única inten-ção de que, observando por uma parte perfeita-mente o quanto prescrevem a lei natural, a lei evangélica e os sagrados cânones e protegidos por outro lado, com o vínculo dos três votos e destas constituições religiosas, avancemos com a ajuda de Deus, até alcançarmos a perfeita caridade” (cf. n.3 das Constituições da Ordem dos clérigos regulares – Teatinos e cn. 598§2)Fontes: Os Teatinos: Norme di appli-cazione dei Documenti del Vaticano II, (1967) Edizione Paoline – Ancona.

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BODAS DE PRATA DO PADRE EUGÊNIO FERREIRA LIMA.“UMA IGREJA REPLETA DE GENTE E DE FORTES EMOÇÕES”

Fontes: Entrevista com Padre Eugênio – Almanaque Nova Era 295 anos e pesqui-sas e informações de Maria Efigênia Dias Domingues e Mércia Pereira Martins.

Nasceu em Governador Valadares/MG aos 26 de Outubro de 1956, no seio de uma família pobre como a maioria das famílias brasileiras e de uma forte tradição católica, um catolicismo marcado por devoções populares típicas do interior de Minas Gerais. Seus pais, Juscelino Ferreira de Lima e Benedita Izidoro de Lima de onde recebeu sua formação humana e cristã. Ainda criança, influenciado pelas missões franciscanas teve vontade de ser padre, embora não tivesse clareza so-bre o que era ser padre realmente. Mais tarde teve mais clareza sobre a voca-ção sacerdotal e optou pela vida religiosa, ingressando na Ordem dos Clérigos Regulares - Padres Teatinos em 1977. Fez o seu noviciado e depois cursou as faculdades de filosofia e teologia. Em 29 de Junho de 1986, em Guarulhos/SP, foi ordenado sacerdote pelas mãos do saudoso Bispo Dom João Bergese, então Bispo da mesma localidade. Celebrou sua primeira Missa em Santo Antônio do Pontal, distrito de Governador Valadares. Depois de ordenado foi trabalhar na cidade de Taquarituba, interior de São Paulo onde permaneceu por 12 anos como pároco e também como Professor de História e Filosofia, além de dar aulas também no seminário teatino São Pio X em Fartura/SP. Em Julho de 1998, foi eleito provincial da Ordem dos Clérigos Regula-res Teatinos, tendo que assumir a paróquia em Nova Era/MG. Padre Eugênio aqui chegou aos 17 de Fevereiro de 1999, onde não houve uma cerimônia de posse. A pro-visão chegou posteriormente, sendo ele nomeado em 15 de Setembro de 2001 como pároco por Dom Lelis Lara. Em 26 de Outubro de 2004 foi reafirmado nesse cargo por Dom Odilon Guimarães Moreira. Suas idéias foram à de-voção e modernismo se mesclam em sua pessoa, ele es-pera mudanças na esfera mundial do catolicismo e muitos temas que eram considerados como tabu, devem ser revis-tos, tais como: o celibato, ordenação de mulheres, controle da natalidade e outros terão que ser vistos sob outra ótica. Também a questão do poder dentro da Igreja e a participação dos leigos. Ele se considera um sonhador, e gosta de escrever assim: “Então vamos viver e sonhar com um novo tempo, com uma nova humanidade, sem exclusão e sem discriminação”. Uma sociedade mais justa e mais fraterna, onde as pessoas sejam respeitadas em suas opções políti-cas, religiosas e sexuais. Onde os diferentes sejam respeitados. Uma Igreja mais comprometida com o Evangelho e menos temerosa de perder prestígio e poder às vezes fazendo concessões para não se perder os dedos. Uma Igreja mais miseri-cordiosa e mais profética. Uma Igreja povo de Deus, onde as leigas e os leigos assumem com entusiasmo os seus compromissos de cristão. Lutou para conqui-star seu espaço na Igreja com a sua imagem moderna de sacerdote, procurando manter suas raízes de afrodescendentes, da qual muito se orgulha. Defende uma nova evangelização e explica: “Nova evangelização não é mudar o Evangelho. Não é anunciar um novo Evangelho. Cristo é o mesmo, o Evangelho é o mesmo. Mudaram as mediações históricas e sociais. O homem mudou e muito. Devemos anunciar o Evangelho com novos métodos e com novo ardor, com entusiasmo. Usar os recursos da tecnologia sem se esquecer de confiar, acima de tudo, na ação do Espírito Santo. Não podemos colocar a esperança no êxito apenas nos meios”. Pe. Eugênio gosta de música e de bons livros, e segue as Atividades de Pe. Eugênio na Paróquia São José da Lagoa em Nova Era/MG. São 23 Comunidades situadas na Zona Rural, Periferia e na Zona Urbana. Pastorais, Setores: Serviço, Diálogo, Anúncio e Testemunho. Pastoral da Moradia inspiração e criação do Pe. Eugênio. Construção de um mausoléu no cemitério local para atendimento aos carentes com

14 repartições. Construção do Centro de Pastoral São Caetano e o Seminário. Reforma e ampliação das Igrejas e Capelas, como também a construção de mais cinco capelas nas periferias. Festa dos Padroeiros das comu¬nidades; Semana Santa, Reinado de Nossa Senhora do Rosário e Padroeiro São José da Lagoa. Incentivo às Instituições sociais: APAE, APAC, COTEVATO. Atendimento às pessoas para aconselhamento e orientação espiritual. Envolvimento na Diocese faz parte do Conselho Presbiteral. A criação do Seminário da Província Paulo VI no Brasil - O Seminário Beato João Marinoni, CR é a realização de um sonho acalentado a um bom tempo, ou seja, possuirmos uma casa de acolhimento voca-cional na Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano. Com a ajuda de nossos irmãos Teatinos de outras Províncias, foi possível comprar uma casa ampla e bem local-izada em Nova Era/MG, e com os recursos disponíveis adaptamos a casa em um lindo Seminário, com capela, biblioteca, dormitórios. Agradecemos ao povo de Nova Era/MG pela acolhida desse novo projeto vocacional em nossa Província. Vemos aqui um trecho do documento de aprovação da Casa Religiosa Teatina de Nova Era/MG. “Depois de haver seguido o itinerário canônico para a ereção de uma Casa Religiosa, ou seja, de acordo com as leis da Igreja e da nossa própria Constituição, e com a permissão escrita do Bispo diocesano D. Mário Teixeira Gurgel, firmado pelo seu Auxiliar D. Lélis Lara, pela presente erigi-mos e declaramos canonicamente erigida a todos os efeitos uma Casa Religiosa Teatina na cidade de Nova Era, do Estado de Minas Gerais, no Brasil, dentro

da demarcação territorial da diocese de Itabira- Coronel Fabriciano. Dado em nossa Cúria Geral, na solenidade do nosso Pai São Caetano, em 7 de agosto de 1991”. Festividades pelo Jubileu Sacerdotal de Pe. Eugênio Fer-reira de Lima CR, em preparação a este acontecimento foi realizado um tríduo de orações, a partir das 18h, com a Hora Santa Eucarística e a Celebração da Santa Missa. Os temas versaram sobre Eucaristia e Vocação Sacerdo-tal. No dia 20/06 – Igreja da Sagrada Família, 21/06 – Igreja Nossa Senhora das Graças, 22/06 – Igreja Matriz São José, 22/06 – Vigília Eucarística. O dia 29 de Jun-ho, data do aniversário da Ordenação, foi comemorado com uma calorosa homenagem ao Pe. Eugênio. A Cor-

poração Musical “Euterpe Lagoana” o acolheu com sons alegres. A celebração Eucarística realizou-se na Igreja São Caetano, presidida pelo aniversariante e concelebrado pelo Padre Valdenir Maia, CR e Pe. Eurico Teodoro, CR ambos da Família Teatina. Representantes das Pastorais, Movimentos e Serviços e das Comunidades lotaram a Igreja, como também os parentes de Pe. Eugênio, de Taquarituba, sua antiga Paróquia, vieram três paroquianos. A Liturgia da Palavra constou dos seguintes textos bíblicos, especialmente escolhidos pelo jubilado: 1ª Carta de São Pedro 5, 1-4, Salmo 124 e Evangelho segundo João 1, 35-51. A Bíblia foi introduzida pela Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário, com seu Reinado e os membros do Grupo Adaiê. O Evangelho foi proclamado pelo Pe. Eurico e, na Homilia Pe. Eugênio destacou fatos de sua vida. No Ofertório, rememorando os momentos da ordenação em 1986, seu irmão entregou-lhe a Estola; as Crianças das comunidades, Anjos e Meninos do desagravo do Co-ração de Jesus, as alfaias, isto é: Corporal, Sanguíneo, Manustérgio toalha de mão, confeccionados especialmente para esta celebração. O Cálice, a Patena, o Pão e Vinho foram levados pela família. Um lindo buquê de flores brancas tam-bém foi ofertado. A Missa foi animada pelo coral masculino “União de Vozes” e após a Missa aconteceu uma recepção no Centro de Pastoral São Caetano, com apresentação dos corais da Maior Idade e “Musica Arte”. Cantaram-se os “Parabéns” com o tradicional apagar das velas dos 25 anos e cortado o bolo. Que este dia tão abençoado seja lembrado por todos nós, pelos seus paroquia-nos, amigos e familiares, com carinho e as preces a Deus pela perseverança de Pe. Eugênio em sua vocação e que Deus o abençoe e o guarde sempre.

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ESPIRITUALIDADE TEATINA

Mons. Pe. José Aparecido Hergesse, [email protected]

Costuma-se, confundir Espiritualidade com o exercício ou a prática de algum tipo de De-voção, como exemplo a recitação do Terço, a visita ao Santíssimo Sacramento, à partici-pação diária na Santa Missa, a Via Sacra, a Leitura da Bíblia ou livro de edificação, as Jaculatórias, as Novenas, a Meditação... De uma pessoa que cultiva esses exercícios de piedade ou praticas devocionais, se afirma que se trata de uma pessoa de grande Es-piritualidade. Ao contrário, a pessoa que não cultiva um ou outro desses exercícios de piedade ou práticas devocionais, comu-mente se lhe atribui falta de Espiritualidade... “Essa pessoa não tem Espiritualidade!” Aqui é preciso tomar um certo cuidado, até mesmo para não ser injusto com as pessoas!Espiritualidade, pressupõe, que o ser humano é uma unidade psicossomática, um composto de corpo e alma, com um elemento espiritual – o Eu ou consciência - que, capaz e aberto ao Transcendente, deve ser cultivado e de-senvolvido, a partir de determinados valores referenciais; é o trabalho que se faz com as emoções, com os sentimentos, no sentido de integrá-los na totalidade da pessoa; é o trabalho, o processo de formação do Eu, da consciência, que vai sendo processado a par-tir de novas sínteses e que perdura ao longo da existência.... E alcançar a maturidade, tornar-se espiritualmente fecundo... Esse é o objetivo, a meta de toda pessoa humana. Espiritualidade, portanto, num primeiro mo-mento, significa independentemente da cren-ça religiosa, ou mesmo na ausência de uma

crença religiosa, - se isso é possível para o ser humano!- o cuidado com a dimensão interior, espiritual, presente em cada pessoa. Neste sentido, cada um deve cultivar a sua Espiritu-alidade, exercitar-se na prática daquelas vir-tudes e valores humanos referenciais que são fundamentais na convivência, na vivência da

justiça e da paz; desenvolver o seu ser pes-soa que, na medida em que cresce e amadu-rece, se abre necessariamente à disponibi-lidade, à doação, ao serviço aos irmãos...Ao contrário, quem não cultiva, não de-senvolve essa sua dimensão espiritual, tem também a sua Espiritualidade, mas uma espiritualidade que permanece num estado de infantilismo, não cresce, não amadurece, não alcança o objetivo da ex-istência, que é o de ser para os outros.Pode-se afirmar como conclusão, que Espiri-

tualidade é o modo como uma pessoa vê, jul-ga e age, em relação a si mesma, em relação a Deus, em relação aos outros e em relação ao mundo. Assim, cada pessoa tem a sua Es-piritualidade. Ou seja, a sua visão de mundo, o seu modo de ver, julgar e agir. Ainda que limitadas, pela ausência do elemento tran-scendente, depara-se, vez por outra, e se jus-tificam enquanto realidades humanas, com afirmações do tipo: espiritualidade ateia, es-piritualidade budista, espiritualidade da New Age, espiritualidade hedonista, consumista, secularista e assim por diante. Ou seja, ou modo de ver, de julgar e de agir das pessoas que cultivam essas ideias ou princípios... E cada Espiritualidade apresenta os seus “ri-tos”, as suas “práticas devocionais”, o seu “comportamento”. Quem desenvolve uma Espiritualidade consumista, por exemplo, o seu “rito”, a sua “prática devocional”, o seu “comportamento” é o de consumir sempre mais... Fazendo isso, ela cresce, amadu-rece na sua Espiritualidade consumista.Pelos seus ritos, práticas devocionais e com-portamento, cada pessoa revela a sua Espiri-tualidade, o seu modo de ver, de julgar e agir. Os ritos, práticas devocionais e comporta-mento, se de um lado expressam, de outro, sustentam e aprofundam a Espiritualidade de cada um. Para um cristão, seguidor de Jesus Cristo, a sua espiritualidade é a Es-piritualidade Cristã. Há, portanto, um modo cristão de se relacionar consigo mesmo, com Deus, com os outros e com o mundo. Um modo, um jeito cristão de ver, de julgar e de agir. Como conseqüência, a Espirituali-dade Cristã apresenta também seus “ritos”, “práticas devocionais” e “comportamento”. E dentro da totalidade da Espiritualidade Cristã, encontra-se a Espiritualidade Teatina.

Província Teatina Paulo VI do Brasil(Informativo Semestral)

Ano XX - nº 85 - Jan/Jun - 2011Prepósito Provincial: Pe. Tacílio Ferreira Gomes, CRDiretor Responsável: Pe. Celso Nilo Luchi, CRCoordenador de Edição: Ir. Paulo Henrique Silva, CRColaboração/Impressão: Paróquia São Lucas - Padres Teatinos - Sorocaba/SPJornalista Responsável: José Benedito de Almeida Gomes-MTB 18.119 Jornalista Responsável: Cleri Maciel Gonçalves - MG 03080 JPDiagramação e Arte Final: Ir. Paulo Henrique Silva, CRImpressão: Gráfica Diário de Sorocaba - Tiragem: 5.000 exemplaresEndereço: Rua Rio Sacramento, 821 - Novo Riacho - 32.280-470 - Contagem/MG

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