CLIPPING 30 de outubro de 2019
HORTO FLORESTAL DE SUSSUÍ
Termo de guarda de 30 de outubro de 1981. O Horto Florestal de Sussuí protege 9,68 ha de Mata
Atlântica, dentro de um município com baixíssima cobertura natural remanescente. Pela sua localização
junto às margens do rio Pari Veado, destaca-se os serviços ecossistêmicos de proteção aos recursos
hídricos.
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 4
Vale do Futuro: Secretários de Estado visitam comunidades remanescentes de quilombos ..................... 4
Zoo de São Paulo apresenta ao público duas raposinhas-do-campo ..................................................... 6
Parte de morro fica três dias sem água em Santos ............................................................................ 8
SBC sobe no ranking de saneamento ............................................................................................... 9
Região implanta monitoramento da costa ....................................................................................... 10
Câmara vota permissão para receber lixo de fora ............................................................................ 11
Um terço do litoral já sofre com óleo e, para ministro, fim da crise é incerto ....................................... 12
Setor de Seguros e a força do interior paulista ................................................................................ 16
Tamoios promove 3° Simulado de Acidente com Produtos Perigosos na rodovia .................................. 19
A cada dois dias, três árvores têm o mesmo destinona cidade .......................................................... 20
Salto Grande: MP quer tratamento terciário de esgoto em seis cidades para redução de plantas aquáticas ................................................................................................................................................. 22
Moradores do bairro Maria Gorete em Ribeirão não apoiam constução de ecoponto ............................. 25
Secretários de Meio Ambiente se reúnem para discutir possibilidade do aparecimento de manchas de óleo
em praias da Baixada Santista ...................................................................................................... 26
Rio Tietê volta a acumular espuma em Salto ................................................................................... 27
Decreto sai hoje prevendo multa contra desperdício ........................................................................ 28
Sabesp implanta redes de água e esgoto em ruas de Iaras ............................................................... 29
Saneamento para todos traria R$ 317 bilhões para capitais em 20 anos ............................................. 30
Sabesp concluiu uma intervenção de grande porte no bairro Perequê Açú em Ubatuba ........................ 31
SP trata 70% do esgoto: falta de coleta de esgoto causa doenças na ZS e na ZN ................................ 32
Participação dos telespectadores ................................................................................................... 33
Dois milhões de pessoas não têm coleta de esgoto na Região Metropolitana de SP, diz estudo .............. 34
Capitais deixam de ganhar por não investir em saneamento ............................................................. 36
Moradores do Morro do Tetéu ficam mais de três dias sem abastecimento de água .............................. 37
Com cimento afundando, carros são impedidos de passar em viela no Centro de Águas de São Pedro .... 38
Trecho de avenida da praia ficará interditado até dezembro em Praia Grande, SP ................................ 39
Levantamento do Instituto Trata Brasil apontou que 2 milhões de habitantes da Grande SP não possuem coleta de esgoto .......................................................................................................................... 40
Deputado apresenta trabalho de comissão voltado à indústria paulista ............................................... 41
Capital sobe no ranking de saneamento ......................................................................................... 42
Legislativo de Mauá quer entender aocrdo entre Sabesp e Semasa .................................................... 43
Água escura ............................................................................................................................... 44
Governo do estado e Sabesp assinam hoje renovação de contrato com a prefeitura de Caraguatatuba ... 45
Bloqueio na Avenida da Praia ........................................................................................................ 46
Colégio Petilândia Tremembé celebra a chegada da Primavera com passeio ao Horto Florestal .............. 47
Raposas-do-campo são resgatadas e vão para zoo .......................................................................... 48
Poluição em São Paulo tem mesmo efeito que fumar 5 cigarros por dia .............................................. 49
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 50
3
Grupo de Comunicação
Por que sacolas de papel ou algodão podem ser tão ruins para o ambiente quanto as de plástico .......... 50
Condemat inicia processo de mudança da presidência ...................................................................... 53
Bolsonaro quer revogar decreto ambiental e usar dinheiro saudita para criar 'Cancún brasileira' em Angra ................................................................................................................................................. 55
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 57
Painel: Deputado incluiu mercadores chineses na comitiva de Bolsonaro como ‘intérpretes’; filho de Law Kin Chong estava no grupo ........................................................................................................... 57
Painel S.A.: Vídeo de hienas preocupa empresários ......................................................................... 59
Serviço faz mapeamento de 84 sítios arqueológicos na capital paulista .............................................. 60
Mônica Bergamo: STF deve discutir prisão após júri popular em sessão que decidirá sobre 2ª instância . 62
ESTADÃO ................................................................................................................................... 64
Ultra e Raízen devem entrar na briga por compra de refinarias da Petrobrás ....................................... 64
Construiremos normas do saneamento na base do consenso, diz diretor de agência sobre novo marco .. 65
Petrobrás avalia IPO de ativos de energia ....................................................................................... 67
É preciso evitar frutos do mar por causa do óleo? Entenda ............................................................... 68
Ato de Salles sobre plano de contingência de petróleo foi apenas 'formalidade', diz Marinha ................. 70
Sonia Racy: Direto na Fonte ......................................................................................................... 71
Governo destaca saneamento como prioridade para investimento de fundo árabe ............................... 72
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 73
‘Crise ambiental não será resolvida só com ciência e tecnologia’ ........................................................ 73
Conta de luz pode ficar 2,4% mais cara em 2020 ............................................................................ 77
Setor elétrico terá reforma por medidas infralegais .......................................................................... 78
Ambiente de negócios do país piora, aponta Banco Mundial .............................................................. 79
Venda de refinaria fica para 2020 .................................................................................................. 81
Petrobras tem R$ 3,8 bi em provisões para Sete Brasil .................................................................... 82
Abertura de capital da Saudi Aramco começa no domingo ................................................................ 84
Importado pode chegar a 60% do mercado .................................................................................... 86
Millenium promete investir pesado em etanol de milho ..................................................................... 87
Avançam os projetos de produção da Yara no país ........................................................................... 88
Incertezas do acidente com óleo no Nordeste ................................................................................. 90
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE Veículo: Governo SP
Data: 29/10/2019
Vale do Futuro: Secretários de Estado
visitam comunidades remanescentes de
quilombos
Programa lançado pelo Governo de SP busca
impulsionar ações de desenvolvimento social
na região do Vale do Ribeira
Os secretários de Estado de Desenvolvimento
Social, Célia Parnes, e da Justiça e Cidadania,
Paulo Dimas Mascaretti, visitarão nesta
quarta-feira (30) as comunidades
remanescentes de quilombos Ivaporunduva,
na cidade de Eldorado, e Morro Seco, em
Iguape.
As visitas serão acompanhadas pelo diretor-
executivo da Fundação Instituto de Terras do
Estado de São Paulo (Itesp), Claudemir Peres.
As visitas integram a agenda de atividades do
programa Vale do Futuro, lançado em outubro
pelo Governo do Estado. O programa busca
impulsionar ações de curto, médio e longo
prazo de desenvolvimento social no Vale do
Ribeira.
A iniciativa prevê R$ 1 bilhão em
investimentos públicos e atração de mais R$ 1
bilhão em recursos privados, além da geração
de 30 mil oportunidades de emprego, renda e
empreendedorismo até o fim de 2022.
Eldorado
A agenda terá início às 10h50, na comunidade
Ivaporunduva, em Eldorado. Ivaporunduva é
dos quilombos mais antigos do Vale do Ribeira
e significa rio de muita fruta (vaporu). Foi
povoado no século XVII, com registro de
população expressiva por volta de 1.720.
Em 1.791, foi inaugurada a capela de Nossa
Senhora do Rosário dos Homens Pretos. As
famílias cultivam banana convencional,
desenvolvem atividades voltadas ao turismo e
trabalham com o artesanato.
Iguape
A partir das 14h30, os secretários conhecerão
as tradições e os costumes da comunidade
remanescente de quilombo Morro Seco, em
Iguape. Haverá uma apresentação de
fandango, dança típica local, e a visita às
lavoras cultivadas pelas famílias.
Célia Parnes salienta que é importante
conhecer as comunidades remanescentes de
quilombos, os costumes, a cultura e a
produção de alimentos. “Com isso, ajudamos a
alavancar o desenvolvimento das comunidades
remanescentes de quilombos com
oportunidades para geração de renda”,
ressalta.
Ainda sobre o programa Vale do Futuro, a
secretária destacou que sua pasta coordena o
“Programa Prospera”, que promove a
mobilidade social aliada à garantia de
permanência de jovens na escola, projeto de
vida e tutoria e fortalece a proteção social por
meio da ampliação do repasse do Fundo a
Fundo aos 22 municípios que compõem o Vale
do Ribeira.
“A Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio
da Fundação Itesp, participará do Vale do
Futuro com o Programa Cultivando Negócios
via Programa Paulista da Agricultura de
Interesse Social, e também com atividades de
regularização fundiária e com o Circuito
Quilombola Paulista, que visa a estimular o
turismo na região”, explica o secretário da
Justiça e Cidadania.
“Ivaporunduva é uma das 16 comunidades
remanescentes de quilombos que integram o
Circuito. Esse trabalho é fundamental para a
preservação do legado dos quilombolas, que
contribuíram para a formação e a construção
da identidade do povo brasileiro”, completa
Paulo Dimas Mascaretti.
Fundação Itesp
5
Grupo de Comunicação
A Fundação Itesp presta assistência técnica
para 1.445 famílias quilombolas, distribuídas
em 14 municípios. São 36 comunidades
reconhecidas como remanescentes de
quilombos pelo Governo do Estado de São
Paulo, seis delas já tituladas em terras
públicas estaduais.
O Itesp promove a capacitação dos
beneficiários das comunidades de quilombos
com políticas públicas de desenvolvimento em
atividades agrícolas, manejo florestal,
produção artesanal, comercialização,
infraestrutura, ações nas áreas da saúde,
educação, gestão social, meio ambiente e
turismo, com fomento à geração de renda dos
quilombolas e respeitando as suas tradições.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/vale-do-futuro-secretarios-de-estado-
visitam-comunidades-remanescentes-de-
quilombos/
Voltar ao Sumário
6
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 29/10/2019
Zoo de São Paulo apresenta ao público
duas raposinhas-do-campo
Pouco conhecida pela comunidade científica,
espécie é encontrada apenas no Brasil, em
áreas de Cerrado, e está ameaçada de
extinção
Raposinha-do-campo só é encontrada no
Brasil, em áreas de Cerrado
O Zoológico de São Paulo começou a
apresentar aos visitantes na segunda-feira
(28) duas raposinhas-do-campo, espécie
ameaçada de extinção e somente encontrada
no Brasil, em áreas de Cerrado. Dentre o
grupo dos canídeos do mundo (família dos
lobos, chacais, coiotes, cães e raposas), a
raposinha-do-campo figura entre as espécies
menos estudadas, o que faz dela ainda pouco
conhecida não só do público em geral, mas
também da comunidade científica.
As duas fêmeas que chegaram ao Zoo não são
parentes. As duas foram resgatadas em
situação de risco, consequência de
desequilíbrios ambientais decorrentes de
ações humanas (como queimadas e
desmatamento). Uma delas foi entregue ao
Centro de Medicina e Pesquisa em Animais
Selvagens, da Unesp de Botucatu, em
novembro de 2018. Uma família de
Americana, no interior de São Paulo, levou o
animal depois de acreditar que estava criando
um cão doméstico.
A outra fêmea foi encontrada ainda filhote e
sozinha em uma empresa em Avaré, também
no interior. Ela também foi encaminhada à
Unesp de Botucatu, em outubro de 2018, pelo
Corpo de Bombeiros.
Recentemente, técnicos do Setor de
Mamíferos deram a elas os nomes de Simone
e Simaria, uma homenagem à dupla sertaneja
feminina que também tem uma forte ligação
com a região Central do país, Goiás, em
virtude do estilo musical, sendo o local
também uma das moradas das raposinhas.
Elas foram levadas ao Zoo em julho e
permaneceram por meses em observação para
avaliação clínica e comportamental. Depois as
raposinhas foram transferidas para um recinto
amplo, com vegetação rasteira, troncos,
pontos de fuga e outros recursos ambientais
que remetem ao Cerrado para estimular
comportamentos naturais da espécie, como
demarcar território e se abrigar em tocas, por
exemplo.
Visitantes do Zoo de SP poderão ver
raposinha-dos-campo, espécie ameaçada de
extinção
A adaptação ao novo lar é fase importante no
manejo da espécie e requer monitoramento
constante dos biólogos por mais algumas
semanas. No Zoo, foi elaborada uma dieta
para atender as necessidades nutricionais da
espécie, sendo oferecido diariamente frutos,
carnes, ovos e ração balanceada para
canídeos.
O trabalho do Zoo
O fato de a espécie ser pouco estudada e estar
ameaçada de extinção motivou a Fundação
Parque Zoológico de São Paulo a receber as
duas fêmeas para compor o atual plantel da
instituição. Dessa forma, a fundação vai
começar a estudar um protocolo de manejo
em cativeiro, já que a escassez de
informações sobre a espécie é um grande
entrave para o avanço de projetos de
7
Grupo de Comunicação
conservação ex situ (ou seja, fora do lugar de
origem).
Desde 2012, o Zoológico de São Paulo é
parceiro do Programa de Conservação
Mamíferos do Cerrado (PCMC), por meio de
seu Núcleo de Atividades In Situ (NAIS) ligado
ao Departamento de Pesquisas Aplicadas. Há
anos a fundação estuda diferentes aspectos da
população de raposinhas na natureza, em
Cumari, Goiás, monitorando os indivíduos que
receberam colar radiotransmissor para a
compreensão da área de vida e ecologia, além
do desenvolvimento de ações educativas junto
à população local.
Estas informações aliadas às obtidas com os
animais cativos permitirão atuar de forma
integrada, traçando parâmetros em diversas
linhas de pesquisa, visando um aporte maior
de informações científicas que irão contribuir
para um melhor entendimento da biologia e
comportamento da espécie.
serviço
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Local: Avenida Miguel Stéfano, 4241 – Água
Funda – São Paulo/SP
Funcionamento do Zoo: das 9h às 17h
(bilheteria fecha às 16h30)
Ingressos: R$ 40 (adultos ou crianças acima
de 12 anos); R$ 20 (crianças de 6 a 12 anos,
idosos e estudantes); gratuito para crianças
até 5 anos
Informações: (11) 5073-0811 e
www.zoologico.com.br
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/zoo
-de-sao-paulo-apresenta-ao-publico-duas-
raposinhas-do-campo/
Voltar ao Sumário
8
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 30/10/2019
Parte de morro fica três dias sem
água em Santos
https://s3-sa-east-
1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias
/2019/10/30/32994951/32994951_site.jpg
Voltar ao Sumário
9
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak ABC
Data: 30/10/2019
SBC sobe no ranking de saneamento
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32990421&e=577
Voltar ao Sumário
10
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 30/10/2019
Região implanta monitoramento da costa
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32994940&e=577
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal
Data: 30/10/2019
Câmara vota permissão para receber lixo de fora
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32998246&e=577
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha SP
Veículo2: Yahoo
Veículo3: O Liberal Belém
Veículo4: DL News
Veículo5: ES Hoje
Data: 30/10/2019
Um terço do litoral já sofre com óleo e, para ministro, fim da crise é incerto
Dois meses depois de primeiras manchas, 94
cidades foram atingidas pelo vazamento de
petróleo
30.out.2019 às 2h00 - Matheus Moreira
SÃO PAULO, BRASÍLIA e RIO DE JANEIRO
Com um terço do litoral brasileiro —2.500
km— atingido por manchas de óleo, o governo
federal ainda não sabe dizer se o problema
está perto de ter um fim.
Nesta terça (29), o ministro da Defesa,
Fernando Azevedo, disse em apresentação do
balanço das ações tomadas até então que não
há como mensurar a quantidade de petróleo
ou antever que rumo as manchas tomarão no
futuro. “Estamos aperfeiçoando os processos”,
disse.
As primeiras manchas de óleo a surgirem no
litoral do Nordeste foram vistas na Paraíba em
30 de agosto. Até o momento, 268 locais
foram afetados em 94 cidades dos nove
estados do Nordeste. A Bahia é o estado o
mais afetado, com 68 locais oleados.
Testes feitos pela Petrobras e pela Marinha
mostraram que o material não era brasileiro.
As análises indicavam assinatura venezuelana,
uma mistura de três campos de exploração no
país. Em resposta, o governo de Nicolás
Maduro negou que seja responsável pelo
desastre ambiental.
No último dia 23, em pronunciamento oficial
em rádios e televisão, Salles afirmou que o
governo brasileiro acionou a OEA (Organização
dos Estados Americanos) para que o país
vizinho forneça informações sobre o material.
Em outras oportunidades, Salles e o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) sugeriram,
além da Venezuela, outros possíveis outros
culpados, sem apresentar provas.
Em postagem numa rede social, Salles
publicou foto antiga de uma embarcação do
Greenpeace, dizendo que ela estava próxima
do litoral brasileiro à época do vazamento,
sugerindo ligação com o desastre. A ONG
disse que acionará a Justiça contra o ministro.
Bolsonaro, por sua vez, sem mostrar
evidências, questionou se o desastre
ambiental não teria sido premeditado para
prejudicar a realização do megaleilão de
petróleo da cessão onerosa que será realizado
em novembro. O presidente não respondeu ao
pedido de esclarecimento feito pela
reportagem.
Entre as possíveis explicações para o
vazamento estão uma falha na transferência
de óleo entre navios (ship-to-ship) ou mesmo
vazamento de óleo transportado em barris
reaproveitados da Shell —algumas unidades
foram encontradas em praias brasileiras.
Autoridades de 11 países foram notificadas
para informar sobre eventual acidente com
cerca de 30 cargueiros. Mas não se sabe
exatamente quantas embarcações
clandestinas, os chamados dark ships,
passaram pelo local.
A limpeza das praias tem sido feita por
funcionários dos governos estaduais e
municipais dos locais afetados, além de
militares das Força Armadas, voluntários civis
e presos.
Em comunicado, a Marinha diz que já recolheu
mais de mil toneladas de óleo e que parte do
13
Grupo de Comunicação
material está sendo armazenado pela
Petrobras.
A estatal afirmou à reportagem que, a pedido
do Ibama, está armazenando provisoriamente
cerca de 1.100 toneladas no Polo de
Gerenciamento de Resíduos do Alto de Jericó,
em Carmópolis (SE). Já o Ibama, por meio do
site “Mancha no Litoral”, diz que 1.027
toneladas foram retiradas de praias do
Nordeste.
A Folha questionou os órgãos que integram o
grupo de ação do plano de contenção de
vazamentos —Ministério do Meio Ambiente,
Ibama, Ministério de Minas e Energia,
Ministério da Defesa, Marinha e Agência
Nacional do Petróleo— sobre o real volume de
material recolhido e destino, mas não obteve
resposta.
A Marinha, que coordena as operações do PNC
(Plano Nacional de Contingência de Incidentes
com Óleo), disse que o material é armazenado
em recipientes apropriados e enviado à
Petrobras e à empresas de tratamento de
resíduos.
“No momento, está sendo feito um trabalho de
interlocução direta com os estados [...] para
[...], realizar a destinação final
ambientalmente adequada”, diz nota.
Em abril, o governo Bolsonaro extinguiu
dezenas de conselhos da administração
federal. Entre eles, estavam dois comitês que
integravam o plano de contenção. Segundo a
Folha apurou junto a servidores no Ministério
do Meio Ambiente, no Ibama e em ONGs, essa
medida pode ser parte da explicação para a
demora do governo na contenção das
manchas.
A primeira vez que um órgão federal emitiu
nota sobre as manchas foi em 27 de
setembro, quando 114 locais já haviam sido
afetados. Por meio de ofício interno, a Marinha
foi designada como coordenadora operacional
das ações e o PNC foi ativado.
O governo só cumpriu a diretriz do manual
que indica que deve haver um centro que
facilite o acesso às informações 56 dias após o
início das manchas, quando um site oficial foi
lançado.
14
Grupo de Comunicação
Por causa da demora a agir, a União foi alvo
de uma ação do MPF (Ministério Público
Federal) por omissão. O órgão solicitou que o
PNC fosse ativado em no máximo 24 horas. A
Justiça de Sergipe decidiu que o governo já
havia ativado o plano após receber a resposta
da União.
Na última sexta (25),o Ministério Público junto
com o TCU (Tribunal de Contas da União)
pediu abertura de uma fiscalização para
apurar a conduta do governo federal na
resposta ao vazamento de óleo no litoral do
Nordeste. A ação questiona a resposta dos
órgãos federais para minimizar danos
ambientais.
Hoje na corte há duas representações que
questionam as ações do governo no combate
às manchas de óleo no NE. Uma é de autoria
do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a
outra do deputado federal Paulo Teixeira (PT-
SP).
O óleo já atingiu o ecossistema de 14
unidades de conservação, incluindo parques
nacionais, áreas de proteção ambiental,
reservas extrativistas, reservas biológicas e
áreas de interesse ecológico.
Sensíveis devido a ampla diversidade
biológica, essas áreas são protegidas por
regras que limitam sua ocupação e uso dos
recursos naturais. Uma das regiões mais
atingidas foi a Costa dos Corais, segunda
maior área marinha protegida do Brasil.
De acordo com a Marinha, o ponto mais ao
norte atingido foi a ilha Caçacueira, no
Maranhão. Já o local mais ao sul foi Ilhéus, na
Bahia.
Há a preocupação de que as manchas
cheguem ao arquipélago de Abrolhos e sigam
para o Sudeste, especialmente o litoral do
Espírito Santo. O almirante de esquadra
Leonardo Puntel, comandante de Operações
Navais da Marinha, afirmou que o óleo se
desloca de forma submersa, com dinâmica
imprevisível. Prova disso, segundo ele, é que a
poluição foi detectada na Bahia, apareceu
depois ao norte, em estados como
Pernambuco, e em seguida voltou a ser
notada na Bahia.
“Isso significa e mostra a dificuldade de prever
para onde essas manchas vão”, declarou.
“Esse movimento não tem uma lógica
matemática.”
Foram empenhados nesta terça (29) três
navios perto de Abrolhos, na tentativa de
monitorar o comportamento das manchas. A
previsão é que mais dois sejam empregados
nesta quarta (30).
Segundo Guilherme Lessa, da UFBA, a partir
de setembro, tende a existir um deslocamento
de massas de água costeiras para o sul, o que
pode levar o óleo para regiões mais distantes.
Contudo, não é possível prever se e quando o
Sudeste e o Sul serão afetados, dado que não
se sabe exatamente a origem nem a
quantidade de óleo vazada.
À Folha a Secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente e da Defesa Civil de São
Paulo disse acompanhar o caso e as ações de
combate ao óleo no Nordeste. “As equipes de
emergência química da Cetesb, da Polícia
Ambiental, os especialistas das universidades
e do IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas]
estão alertas e prontos para atuar de acordo
15
Grupo de Comunicação
com as diretrizes da União e em parceria com
os municípios.”
Já a Seas (Secretaria de Estado do Ambiente e
Sustentabilidade do Rio de Janeiro) disse ter
criado na última quinta (24) um grupo de
trabalho para acompanhar as manchas. O
grupo inclui representantes da secretaria e do
Inea (Instituto Estadual do Ambiente). “O
órgão ambiental estadual possui um Plano de
Contingência institucional, [...] e encontra-se
no estágio de vigilância”, diz nota da Seas.
Os órgãos ambientais do Espírito Santo
também foram procurados, mas não se
manifestaram.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/201
9/10/um-terco-do-litoral-ja-sofre-com-oleo-e-
para-ministro-fim-da-crise-e-incerto.shtml
https://br.noticias.yahoo.com/um-
ter%C3%A7o-litoral-j%C3%A1-sofre-
001800395.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/
2019/10/um-terco-do-litoral-ja-sofre-com-
oleo-e-para-ministro-fim-da-crise-e-incerto-
ck2cj89ta02ea01ph8vjivq30.html
https://riopreto.dlnews.com.br/noticias?id=85
66/um-terco-do-litoral-ja-sofre-com-oleo-e-
para-ministro-fim-da-crise-e-incerto
http://eshoje.com.br/um-terco-do-litoral-ja-
sofre-com-oleo-e-para-ministro-fim-da-crise-
e-incerto/
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Piracicaba
Data: 29/10/2019
Setor de Seguros e a força do interior
paulista
Setor de Seguros e a força do interior paulista
Setor de seguros encontra no interior de SP o
espaço ideal para crescer de forma
sustentável. Afinal, o interior paulista que há
décadas tem sido o segundo mercado
consumidor do país, acaba de ultrapassar a
própria capital do Estado e sua região
metropolitana. Pelas projeções da empresa de
consultoria IPC, o interior paulista
movimentará R$681,4 bilhões em
alimentação, habitação, transporte, saúde,
vestuário, educação e outros itens em 2019.
Para Marcos Pazzini, da IPC Maps, 'a posição
de liderança do Interior Paulista é irreversível'.
Pazzini lembra que 'nos últimos cinco anos a
participação do Interior do Estado de São
Paulo passou de 49,78% do consumo total do
Estado em 2014 para 53,24% em 2019 e com
essa participação consolida-se como o maior
mercado consumidor do país'. Essa liderança
econômica do Interior Paulista,
evidentemente, alavanca o setor de seguros.
Qualidade de vida é outro fator que favorece
investimentos em seguros
Hoje, as cidades médias e grandes do interior
de SP têm qualidade de vida comparável às
cidades europeias e norte-americanas.
Trânsito leve, boas escolas, ótimos shoppings,
modernos teatros, são alguns dos atrativos
para quem deseja uma vida moderna e
segura. Com mais tempo para conviver com
familiares e amigos, o habitante do interior
tem menos estresse e, segundo psicólogos,
vive com os olhos voltados para o futuro, já
que está menos oprimido enfrentando as
'durezas' do presente. Tudo isso faz do
habitante do interior o cliente ideal para se
falar em seguros.
Crise? Que crise? No setor de seguros essa
palavra não existe
Hoje, mesmo com a atual conjuntura
econômica repleta de desafios, o setor de
seguros responde por mais de 3% do PIB total
do país e analistas já preveem que em poucos
anos essa participação poderá chegar a 4 e
até 5%. A boa notícia é que no Brasil o setor
de seguros está apenas 'começando'.
Ao contrário de países desenvolvidos como os
Estados Unidos, os países europeus e os
asiáticos Japão e Coreia do Sul, no Brasil
ainda não existe a chamada 'cultura do
seguro' que os países citados já cultivam há
décadas, motivados por suas realidades
históricas com guerras e catástrofes naturais.
Mas o país está se educando rapidamente, um
bom exemplo é o recente debate que tomou
conta do país em torno do tema Previdência,
um tema particularmente sensível às novas
gerações.
O fato é que no setor de seguros no Brasil
existe aquilo que os economistas chamam de
'demanda reprimida'. Um dado ilustra bem
essa demanda: menos de 30% dos veículos
que rodam em nossas cidades e estradas têm
seguro de automóvel, um dos mais populares
ramos de seguros. Menos de 30%. Isso
significa que mais de 70% dos veículos rodam
sem essa proteção básica tanto para o
motorista em si, como para terceiros. A
mesma demanda reprimida se verifica em
outros ramos de seguros.
Crescimento em conjuntura difícil
Como lembra Alexandre Camillo, presidente do
Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado
de S. Paulo, 'reforçando a tendência de
melhora dos indicadores econômicos do país já
verificada nos últimos meses de 2018, temos
um crescimento de 9% no primeiro trimestre
de 2019, quando comparado ao mesmo
período do ano anterior'.
Alexandre Camillo faz estas considerações
com a autoridade de quem preside o principal
sindicato da categoria de corretores no país, o
Sincor-SP. Um Estado que conta com
aproximadamente 40 mil corretores, sendo
mais da metade no interior. Um Estado que
responde por praticamente 50% da produção
total de seguros no país, o que representa um
impacto econômico considerável em nossas
cidades. Só para se ter uma ideia do que é
esse impacto do setor de seguros: a
estimativa de faturamento total para 2019
passa dos 450 bi.
Seguro Rural: um produto plenamente
adequado ao interior paulista
17
Grupo de Comunicação
Todos sabemos da importância do agronegócio
no PIB do país. A boa notícia é que esse setor
vai continuar crescendo porque os
investimentos não cessam em máquinas,
equipamentos, fertilizantes e uma infinidade
de itens como ficou demonstrado na última
Agrishow 2019. Maior feira do gênero na
América Latina, o evento acontece em
Ribeirão Preto fechou o ano um total de R$2,9
bilhões em negócios e superou em 6,4% o
volume registrado em 2018, segundo balanço
divulgado pelos organizadores do evento que
teve um número recorde de visitantes: 159
mil pessoas.
Com relação a seguros é só analisar o que
significa um investimento que pode chegar a
dezenas de milhões de reais em máquinas
cada vez mais sofisticadas. É evidente que o
empresário que faz um investimento de tal
ousadia vai querer proteger seu equipamento.
Colocando a questão de outra maneira:
quanto mais sofisticação tecnológica houver
no campo, mais seguro especializado será
indispensável.
E com a modernização do agronegócio
brasileiro, cresce o Seguro Rural que envolve
todas as etapas do processo produtivo, desde
o plantio, passando pelo armazenamento de
insumos até o beneficiamento e
processamento de produtos. Este é o universo
que compreende o Seguro Rural: seguro
agrícola, seguro pecuário, seguro de florestas,
seguro de benfeitorias e produtos
agropecuários, seguro de penhor rural e
seguro de vida específico para o produtor
rural.
Seguro Ambiental: um produto que tem tudo a
ver com o interior
A Amazônia colocou o Brasil nas manchetes
mundiais. Independentemente do esforço do
governo em controlar o desmatamento, o fato
é que meio ambiente é pauta prioritária da
mídia e será cada vez mais um fator
determinante no comércio internacional. É um
caminho sem volta. Nossos parceiros
comerciais nos países desenvolvidos estão
cada vez mais exigentes e estarão sempre
vigilantes com o tratamento que damos às
nossas matas, rios e fauna.
No Estado de S. Paulo, a preservação
ambiental vai bem, obrigado. Os dados
publicados mensalmente pela Cetesb
mostram empresas constantemente autuadas
por transgressões ambientais. Mas é preciso
conscientizar ainda mais o setor privado.
Afinal, empresas denunciadas por baixa
consciência ambiental podem colocar seu
faturamento em risco. A legislação ambiental
brasileira, sintonizada com o mundo
desenvolvido usa parâmetros como: quem
causa o dano, quem deveria preveni-lo e não
o faz, quem promove condições para que os
danos aconteçam e quem tira proveito dos
danos causados por outras pessoas.
Nesse tipo de seguro, uma boa assessoria é
fundamental, analisando em profundidade o
perfil da empresa, seus produtos, seus
mercados interno e externo e os riscos
ambientais nas diferentes fases de produção.
Seguros: um mercado de trabalho cada vez
mais atraente no interior
Em permanente expansão, o setor de seguros
dribla a crise e atrai profissionais com 'visão
de futuro', afinal novos tempos significa novas
oportunidades e novos desafios..
Na área de seguros, não basta vender, é
preciso orientar o cliente em cada etapa da
decisão de um assunto tão complexo e
importante como é assinar uma determinada
apólice. Principalmente quando falamos de
clientes residentes no interior que, pela
própria natureza do dia a dia de nossas
cidades, é mais exigente e meticuloso do que
os clientes de grandes centros. Até porque
têm mais tempo para analisar item por item
de um contrato.
Sim, o cliente está propenso a adquirir sua
apólice. Sabe que precisa fazer. Mas o
caminho das pedras deve ser dado por um
profissional altamente capacitado que pode
ajudar o cliente a entender as 'letrinhas
miúdas' de um contrato. Cada vez mais
qualificado, o corretor de seguros no Brasil
que atua de forma verdadeiramente
profissional, mais que um 'tirador de pedidos',
é um Consultor do cliente. E mesmo com as
novas tecnologias 'nada substitui o
atendimento olho no olho que só um corretor
pode proporcionar', como afirma Alexandre
Camillo, que preside o Sincor-SP, um sindicato
que tem presença forte no interior do Estado,
com dezenas de regionais.
18
Grupo de Comunicação
E a boa notícia para quem busca uma
alternativa de grande potencial de
remuneração no mercado de trabalho no
interior é que cidades pequenas e médias
possuem características perfeitas para a
profissão. Pela própria natureza da vida
cotidiana nas cidades do interior, é mais fácil o
relacionamento direto corretor/cliente.
Como um médico que visita o paciente em sua
própria casa, o corretor de seguros do interior
é o profissional que pode se reunir com a
família em qualquer horário do dia ou da
noite, inclusive nos finais de semana. Um fator
importante porque seguro é assunto que
envolve sempre outros elementos da família e
onde pesa muito a opinião de esposa e filhos.
Um mercado de trabalho em expansão
Trabalhar com seguros pode ser a
oportunidade de quem quer ter seu próprio
negócio sem precisar fazer grandes
investimentos em estrutura empresarial. Hoje,
para ser um empreendedor de sucesso, um
corretor pode operar a partir de sua própria
casa, construindo paulatinamente uma
carteira consistente de clientes. E o que é
melhor: clientes que tendem à fidelização,
renovando suas apólices ano após ano.
Atuando como 'médico de família' o corretor
de seguros consegue criar um forte vínculo
com o cliente e passa a contar com o fator
decisivo em toda atividade comercial, a
credibilidade. Esse padrão de assessoria vale
não só para pessoa física como para clientes
empresariais, já que os próprios executivos de
médias e grandes corporações carecem de
orientação técnica precisa. E como numa bola
de neve, um cliente leva a outro num processo
onde todos ganham, corretores e
consumidores.
O caminho para essa profissionalização não é
difícil. Entidades do setor como a Escola
Nacional de Seguros e as delegacias regionais
do Sincor-SP podem orientar os interessados
sobre cursos e capacitação.
Os números do setor impressionam. A nível
mundial, o faturamento do setor de seguros
conta-se na casa dos trilhões de dólares,
grande parte dessa produção acontece via
corretores. O corretor de seguros no Brasil
leva vantagem sobre outros países onde é
forte a chamada 'venda direta', operação
comercial realizada diretamente por
seguradoras e bancos. Em nosso país, o fator
humano compete de igual para igual com a
mais avançada tecnologia de internet, porque
o brasileiro gosta de conversar, perguntar,
quer saber os detalhes. Esse tipo de
atendimento só é possível com um bom
relacionamento pessoal, que vai muito além
de um simples toque de computador.
Aproveite o bom momento da economia no
Interior Paulista e venha para o mercado de
seguros, um setor que no Brasil está apenas
começando.
Edson Motta, Especial para o JP
http://www.jornaldepiracicaba.com.br/setor-
de-seguros-e-a-forca-do-interior-paulista/
Voltar ao Sumário
19
Grupo de Comunicação
Veículo: Ubatuba Acontece
Data: 29/10/2019
Tamoios promove 3° Simulado de Acidente com Produtos Perigosos na
rodovia
Evento acontecerá na manhã de quarta (30),
no km 18,5 da Tamoios, no acesso à Igreja
Rosa Mística
A Concessionária Tamoios realiza na próxima
quarta-feira (30), o 3° Simulado de Acidentes
envolvendo o Transporte de Produtos
Perigosos com Múltiplas Vítimas e Vítimas
Presas em Ferragens. A ação acontecerá na
via de acesso à Igreja Rosa Mística, no km
18,5, das 9h às 12h. O local foi escolhido por
conter características semelhantes ao trecho
de Serra da Tamoios. Por ser tratar de um
acesso, não haverá impacto no tráfego da
Rodovia.
O objetivo do evento é promover o
treinamento e a sinergia das equipes de
resgate, aumentando a segurança dos
usuários. A ação acontecerá em parceria com
as equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia
Militar Rodoviária Estadual, GRAU – Grupo de
Resgate e Atenção às Urgências e
Emergências, SAMU – Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência, CETESB – Companhia
Estadual de Tecnologia de Saneamento
Básico, ARTESP – Agência de Transportes do
Estado de São Paulo, Defesa Civil e Parque
Estadual da Serra do Mar.
O Gerente de Operações da Concessionária,
Wigando Schneider, afirma que o treinamento
auxilia no atendimento de uma ocorrência real
resultando em ações mais rápidas e eficazes.
“Pelo terceiro ano estamos realizando o
Simulado de Acidentes com produtos
perigosos e múltiplas vítimas na Rodovia dos
Tamoios e como nos anteriores buscamos
simular situações reais para obter a sinergia
entre as equipes envolvidas. O local escolhido
para a simulação apresenta as mesmas
características do trecho de Serra, onde
registramos as ocorrências com maior
complexidade.”
Para informações atualizadas sobre a Rodovia
dos Tamoios, o usuário pode acessar o site da
Concessionária Tamoios,
www.concessionariatamoios.com.br, com
câmeras ao vivo, rádio web, serviços e
condições de tráfego. Antes de viajar, os
usuários devem baixar o App Rodovia Tamoios
para ter acesso ao Botão de SOS (para
emergências), Rádio Tamoios, câmeras ao
vivo e outras funcionalidades. Tudo isso
gratuitamente utilizando o Wi-Fi da rodovia. O
Twitter @Tamoios099 oferece informações
atualizadas sobre o tráfego da rodovia, clima e
campanhas. A Rádio Web Tamoios – Estrada
do Sol leva informações e música aos usuários
e pode ser ouvida pelo site da Tamoios ou pelo
Aplicativo Rodovia Tamoios.
Com informações do Corpo de Bombeiros
http://ubatubaacontece.com.br/tamoios-
promove-3-simulado-de-acidente-com-
produtos-perigosos-na-rodovia/
Voltar ao Sumário
20
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário da Região
Data: 30/10/2019
A cada dois dias, três árvores têm o mesmo destinona cidade
A cada dois dias, três árvores são cortadas em
Rio Preto. Foram 584 cortes no ano passado.
Os motivos são, principalmente, falta de
planejamento no plantio e manutenção não
adequada
Francela Pinheiro COMPARTILHE
A cada dois dias, três árvores adultas
desaparecem do mapa verde de Rio Preto. De
janeiro a dezembro do ano passado, 584
arbustos foram cortados mediante autorização
da Prefeitura. A falta de planejamento na hora
de plantar a muda e a falta de cuidado com a
saúde da árvore adulta são as principais
causas apontadas nas justificativas. Os dados
estão em pesquisa realizada por alunos do
curso de biologia do Centro Universitário de
Rio Preto (Unirp).
Segundo o estudo, entre as quase 600 árvores
cortadas na área urbana estão arbustos de 79
espécies variadas. Presente em 67% da
arborização da cidade, o oiti, de origem nas
restingas costeiras do Nordeste do Brasil, foi a
espécie mais suprimida no ano passado - 273
do total. "Até porque é a espécie mais
presente nas ruas e avenidas da cidade, não
seria diferente", comenta um dos cinco
autores da pesquisa, Fernando Ferreira
Cavalheiro.
O restante das árvores suprimidas era
composto de espécies como aroeira-
pimenteira, de origem na América do Sul,
sete-copas, flor de abril, de origem indiana, e
mangueira. Entre as justificativas juntadas nos
pedidos de autorização para cortes, feitos aos
técnicos do Viveiro Municipal, estão situações
evitáveis, segundo o estudo.
Do total dos cortes, 243 aconteceram porque
o proprietário do imóvel onde a árvore estava
afirmou que houve rompimento da calçada, ou
seja, a raiz da árvore estourou o passeio. Em
outros 208 casos, o arbusto adulto apodreceu
- por pragas, fungos e outras doenças em
decorrência de podas, inclusive. Em 116
pedidos, a justificativa foi conflito entre a
árvore e a rede elétrica. "O restante das
justificativas não foi colocado na pesquisa por
terem sido menos recorrentes, como
construção de imóveis", disse a coordenadora
do estudo, Valéria Stranguetti.
O estudo também mostra que a região central
- com mais circulação de pessoas e de
veículos - foi a que teve mais cortes - 29% do
total de árvores suprimidas. "Nessa região as
árvores entram em conflito com as calçadas
muito estreitas, com a tubulação, com as
marquises, aí tem que pedir para retirar. Um
problema sério", afirma Valéria.
Segundo a coordenadora, no caso do Centro, o
ideal era o município plantar as árvores em
um sistema de plantio conhecido como leito
carroçável - as árvores são plantadas de
espaços em espaços. "Não tira o
estacionamento. Outra opção seria arborizar
mais as praças", sugere a bióloga.
A segunda região com mais árvores
suprimidas foi a região do HB - 92 cortes. A
região da Cidade da Criança vem em terceiro
no ranking com 87 supressões. "São regiões
com situações parecidas com as da região
central", afirma a coordenadora.
Na conclusão da pesquisa, que será
apresentada como conclusão de curso do
grupo de alunos do 8º período do curso de
biologia, os estudantes apontam para uma
preocupação com o planejamento da
arborização da cidade, que hoje é 18%. "É
muito preocupante. Isso está refletindo a
condição da nossa arborização, principalmente
em áreas com muito movimento de pessoas,
como a região de Centro e HB", afirma Valéria.
21
Grupo de Comunicação
A coordenadora aponta a pesquisa como uma
reflexão, uma vez que uma muda leva, em
média, seis anos para substituir uma árvore
adulta. "Vai continuar desse jeito? Existe uma
legislação que precisa ser respeitada", afirma.
"Precisamos conscientizar. Plantar árvores
certas e em lugares certo", finaliza Cavalheiro.
Meio Ambiente
Segundo o engenheiro agrônomo e chefe do
Viveiro Municipal, Otto Arruda, em 2018,
foram doadas para plantio 19 mil mudas de
árvores. Sobre os cortes, Arruda citou os
plantios de oitis feitos sem autorização e fora
das normas. "Sem distinção de local, quando
cresce em locais inadequados acaba sendo
submetida a podas severas que, ao passar dos
anos, levam à morte da árvore."
Sobre a fiscalização, o engenheiro citou o
"Plano Diretor de Arborização Urbana" (PDAU),
em vigor a partir deste ano, com legislação
sobre podas e cortes. Segundo Arruda, o
Viveiro orienta sobre as regras. "Em breve
vamos lançar um novo material sobre
arborização urbana [para orientações]", disse.
Já a secretária do Meio Ambiente, Kátia
Penteado, afirma que o objetivo é atingir 20%
de cobertura arbórea até 2020 - nível
recomendado pelo Programa Município
Verde Azul (PMVA). "Pelo menos mais 20
mil árvores precisam ser estabelecidas [não
somente plantadas] e reduzir as ocorrências
de podas drásticas", reconhece.
https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo
/2019/10/cidades/meio_ambiente/1171243-a-
cada-dois-dias-tres-arvores-tem-o-mesmo-
destinona-cidade.html
Voltar ao Sumário
22
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Veículo2: Todo Dia Americana
Data: 30/10/2019
Salto Grande: MP quer tratamento terciário de esgoto em seis cidades
para redução de plantas aquáticas
Tratamento remove os nutrientes absorvidos
pelas plantas, segundo o Gaema. Excesso de
aguapés torna a água tóxica e prejudica a
qualidade.
Por G1 Campinas e Região
O Ministério Público (MP) informou que
pretende convocar uma reunião com os
municípios que mais despejam fósforo e
nitrogênio nos mananciais que formam a
Represa de Salto Grande, em Americana (SP),
para pedir a implantação do sistema terciário
de tratamento de esgoto, que reduz a
reprodução de plantas aquáticas e pode
melhorar a qualidade da água.
O promotor do Grupo de Atuação Especial do
Meio Ambiente (Gaema), Ivan Castanheiro,
afirmou que a decisão de convocar a reunião
se deve ao fato de que somente o tratamento
terciário, que não é obrigatório por lei,
consegue reduzir fósforo e nitrogênio da água,
nutrientes que servem de alimentos para as
algas. A poluição na represa é apurada pelo
Gaema por meio de inquérito.
"Esses dois nutrientes, em ambiente de água
parada ou água lenta, fazem com que as
algas, as plantas aquáticas, se reproduzam
rapidamente e tomem a lâmina d'água. Essa
planta aquática, quando se deteriora, consome
oxigênio, torna a água tóxica e dificulta o
abastecimento [dos moradores]".
Salto Grande é formada pelo represamento do
Rio Atibaia em Americana (SP). O manancial
nasce da união dos rios Cachoeira e Atibainha,
em Bom Jesus dos Perdões (SP), e percorre
uma extensão de 170 quilômetros até se
juntar ao Rio Jaguari para formar o Piracicaba.
Um estudo feito pela Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb) e enviado
ao Gaema aponta a Rio Atibaia recebe cerca
carga de 800 quilos de fósforo por dia.
Desses, 400 quilos são abatidos por
sedimentação.
"A carga de fósforo aportada para o
Reservatório de Salto Grande pelo Rio Atibaia
ainda é suficiente para manter o quadro de
eutrofização de suas águas", conclui o estudo
da Cetesb. O levantamento também apontou
que cerca de 80% dessa carga é despejada
pelos municípios de Campinas, Valinhos,
Paulínia, Atibaia, Vinhedo e Itatiba.
A poluição da represa é discutida por Gaema e
Cetesb com municípios que estão acima de
Salto Grande. O tratamento terciário, no
entanto, é essencial para os seis que mais
despejam, defende Castanheiro.
"Nosso entendimento é que os 11 municípios
que estão a montante da Represa de Salto
Grande têm a obrigação de tratar melhor o
seu esgoto, alguns deles com sistema terciário
de tratamento, que remove o fósforo e o
nitrogênio", explicou o promotor.
23
Grupo de Comunicação
A reunião mais recente sobre o tema ocorreu
na Agência Metropolitana de Campinas
(Agencamp) em 23 de outubro. Participaram
representantes da Prefeitura de Americana, da
Câmara Municipal de Americana, do
Departamento de Água e Esgoto (DAE), da
Sabesp, da Companhia Ambiental do Estado
(Cetesb), do Consórcio PCJ e da Sanasa de
Campinas, além do promotor do Gaema de
Campinas, Rodrigo Sanches Garcia.
"A ideia é que nós façamos uma reunião com
esses municípios que não foram no âmbito do
conselho do desenvolvimento, conversemos
com os prefeitos para mostrar a importância
de que esse tratamento seja terciário, tenha
um grau de remoção de fósforo e nitrogênio",
disse o promotor.
Castanheiro explicou que o Gaema pode pedir
a aplicação do tratamento para terciário, mas
a exigência só pode ser feita pela Cetesb. "A
lei não exige [tratamento terciário], mas
permite que a Cetesb seja mais rigorosa que o
normal".
"A Cetesb, diante de uma justificativa técnica,
pode fazer a exigência. A lei em princípio não
obriga que os municípios o façam, a não ser
diante dessa justificativa técnica como
exigência complementar do licenciamento das
estações de tratamento de esgoto",
completou.
Segundo o promotor, a evolução do
tratamento para o sistema terciário é a
principal medida para reduzir os aguapés na
represa. "Também dependeria de outras
medidas, mas essa seria a principal. Seis
desses municípios são suficientes para
responder por 80% dessa carga orgânica".
O G1 questionou a Cetesb sobre a
possibilidade de exigir que os municípios
implantem o sistema terciário, mas não houve
resposta até esta publicação.
Tratamento terciário
Em nota, a Sanasa informou que Campinas já
utiliza o sistema terciário na Estação Produtora
de Água de Reúso (Epar) Capivari II. O Rio
Capivari, no entanto, não contribui com água
para a Represa de Salto Grande.
"A tecnologia empregada na purificação da
água por meio de membranas ultrafiltrantes é
uma das mais modernas do mundo e
possibilita a remoção de vírus, bactérias,
sólidos e nutrientes, deixando a água com
99% de pureza", informou a empresa mista.
Além disso, a Sanasa informou que vai
produzir água de reúso na Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) Anhumas e
também na ETE Capuava. "As prefeituras de
Campinas e de Valinhos já assinaram a
autorização para a busca de recursos. A EPAR
Boa Vista, em construção, também utilizará o
sistema terciário de tratamento. Com a
inauguração desta unidade, em abril de 2020,
Campinas será a primeira cidade do Brasil com
mais de 500 mil habitantes a atingir a
universalização do saneamento".
A Prefeitura de Vinhedo afirmou que a
implantação do sistema terciário no município
está prevista no Plano Municipal de
Saneamento Básico, como meta de longo
prazo a ser executada, tendo em vista o alto
custo do investimento.
Já a Prefeitura de Atibaia informou que o
percentual de esgoto tratado é de 75,94% e
que a previsão para a universalização é 2021.
24
Grupo de Comunicação
Sobre o tratamento terciário, a administração
disse que a "remoção de nutrientes é uma
premissa para todos os projetos de Estações
de Tratamento previstas no Plano Municipal de
Saneamento", disse.
Também por nota, a Prefeitura de Paulínia
comunicou que 100% do esgoto coletado é
tratado pela empresa concessionária
responsável, que desenvolve um projeto para
implantação do sistema terciário em toda
rede.
"A nova Administração irá buscar participar
das próximas discussões referentes a poluição
na represa de Salto Grande em Americana e
também de outras que envolvam o Poder
Público na solução de problemas existentes
nesta área", completou.
Plantas aquáticas
A represa é de responsabilidade da Companhia
Paulista de Força e Luz (CPFL), que capta água
para geração de energia. Segundo o promotor
do Gaema, no ano passado a companhia
chegou a abrir comportas para reduzir a
quantidade de plantas aquáticas.
A empresa informou que retira as algas da
represa de Salto Grande por meio de um
barco-trator, seis caminhões, dois barcos,
quatro escavadeiras e duas retroescavadeiras
em operação de segunda a sexta.
"A ação já resultou na redução de 155
hectares de área ocupada por estas plantas
aquáticas no espelho d’água. Ao todo já foram
retirados mais de 312 hectares de plantas
aquáticas do reservatório para garantir essa
redução, o que equivalente a área de 354
campos de futebol oficiais", disse em nota.
Sobre a abertura das comportas para que as
plantas caiam no curso do rio, a CPFL
informou que, "apesar de autorizado pela
Cetesb" não realizará o procedimento durante
o ano de 2019.
"A CPFL Renováveis ressalta que a solução
definitiva da situação do reservatório somente
será possível através da implementação de
políticas públicas que promovam a correção
das deficiências do saneamento na bacia do
rio Atibaia, tendo em vista que a ocorrência de
macrófitas é apenas um dos sintomas da baixa
qualidade das águas do reservatório que
possui como principal agente causador a alta
concentração de poluição que afeta as águas
do rio Atibaia".
https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2019/10/29/salto-grande-mp-
quer-tratamento-terciario-de-esgoto-em-seis-
cidades-para-reducao-de-plantas-
aquaticas.ghtml
http://cloud.boxnet.com.br/y4bcgra5
https://tododia.com.br/cidades/poluicao-na-
represa-do-salto-grande-mp-propoe-
aprimorar-tratamento-de-esgoto/
Voltar ao Sumário
25
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 29/10/2019
Moradores do bairro Maria Gorete em Ribeirão não apoiam constução de
ecoponto
http://cloud.boxnet.com.br/y2nrvlrz
Voltar ao Sumário
26
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Tribuna
Veículo2: TV Record Litoral
Data: 29/10/2019
Secretários de Meio Ambiente se reúnem para discutir possibilidade do
aparecimento de manchas de óleo em praias da Baixada Santista
http://cloud.boxnet.com.br/y2mnzywj
http://cloud.boxnet.com.br/y45222dp
Voltar ao Sumário
27
Grupo de Comunicação
Veículo: TV TEM Sorocaba
Veíuculo2: SBT Sorocaba
Data: 29/10/2019
Rio Tietê volta a acumular espuma em Salto
http://cloud.boxnet.com.br/yxqx3zy5
http://cloud.boxnet.com.br/y4dnearq
Voltar ao Sumário
28
Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta de Limeira
Data: 30/10/2019
Decreto sai hoje prevendo multa contra desperdício
http://cloud.boxnet.com.br/y6lot6uy
Voltar ao Sumário
29
Grupo de Comunicação
Veículo: A Comarca Regional
Data: 30/10/2019
Sabesp implanta redes de água e esgoto em ruas de Iaras
http://cloud.boxnet.com.br/yytq6r7l
Voltar ao Sumário
30
Grupo de Comunicação
Veículo: Globonews
Data: 29/10/2019
Saneamento para todos traria R$ 317 bilhões para capitais em 20 anos
http://cloud.boxnet.com.br/y293ng5r
Voltar ao Sumário
31
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Caraguá
Data: 29/10/2019
Sabesp concluiu uma intervenção de grande porte no bairro Perequê Açú
em Ubatuba
http://cloud.boxnet.com.br/yynvm95q
Voltar ao Sumário
32
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 29/10/2019
SP trata 70% do esgoto: falta de coleta de esgoto causa doenças na ZS
e na ZN
http://cloud.boxnet.com.br/yy8tpg24
Voltar ao Sumário
33
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 29/10/2019
Participação dos telespectadores
http://cloud.boxnet.com.br/yyrkrxwa
Voltar ao Sumário
34
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 30/10/2019
Dois milhões de pessoas não têm coleta de esgoto na Região
Metropolitana de SP, diz estudo
Ferramenta do Instituto Trata Brasil lançada
nesta terça-feira (29) mapeia falta de
saneamento básico nas regiões do país.
Por Leonardo Leomil e Ananda Apple, SP1 —
São Paulo
São Paulo trata 70% do esgoto, segundo
dados do Instituto Trata Brasil
Um levantamento divulgado pelo Instituto
Trata Brasil mostra que 2 milhões de
habitantes da Região Metropolitana de São
Paulo não possuem coleta de esgoto em casa.
Na plataforma “Painel Saneamento Brasil”,
lançada nesta terça-feira (29), é possível
consultar os números sobre fornecimento de
água, coleta e tratamento de esgoto por
cidade e região do país. Os dados são
referentes ao ano de 2017.
Segundo o instituto, das 21 milhões de
pessoas que vivem na Região Metropolitana de
São Paulo, 283 mil não possuem acesso à
água encanada. Em 2017, foram realizadas 6
mil internações por causa de doenças
relacionadas a problemas sanitários, com
registro de 139 mortes.
O principal objetivo do painel é facilitar o
acesso a informações e conscientizar o poder
público sobre a importância do saneamento
básico. Segundo o Trata Brasil, investir em
coleta e tratamento significa economizar em
Saúde. O instituto estima que o estado de São
Paulo economizaria R$ 84 bilhões em 20 anos
se o acesso fosse universal.
Na comunidade Vietnã, na Vila Santa Catarina,
Zona Sul de São Paulo, vivem cerca de 1300
famílias. O lugar é um labirinto de vielas onde
cada casa joga seu esgoto no cimento ou em
sua maior parte direto no córrego água
espraiada.
“As pessoas estão morando aqui porque não
têm para onde ir. Acabam voltando para o
mesmo local. As pessoas não estão morando
aqui porque querem, e sim por necessidade”,
diz a líder comunitária Célia Batista.
O esgoto e o lixo prejudicam a saúde. Gregori
Souza tem um bebê de um ano que já ficou
doente. “Deixei ele brincando aqui e deu
doença de pele nele”, diz o lavrador.
Segundo a Sabesp, o estado não tem
orçamento para as desapropriações nem para
construir novas unidades habitacionais. O jeito
é pensar numa solução alternativa.
“Nós temos um desafio enorme, despoluir o
Rio Pinheiros até 2022. Nós vamos implantar
redes coletoras, vamos trazer o benefício.
Onde não for possível fazer o coletor tronco
por causa da ocupação irregular das
habitações, nós vamos construir pequenas
usinas de tratamento de esgoto e fazer
pequenos tratamentos”, diz o diretor
metropolitano da Sabesp Paulo Yoshimoto.
Para o Instituto Trata Brasil, é fundamental
investir em saneamento para tirar a Região
Metropolitana do atraso.
35
Grupo de Comunicação
“Aquilo que a gente sente falta de saneamento
é urbano. Não é uma poluição que vem da
indústria, é uma poluição que vem da falta de
cobertura de coleta de esgoto e da falta de
tratamento de nas residências. A única
maneira de a gente corrigir essas deficiências
e melhorar a qualidade de vida é coletando e
tratando o esgoto”, diz Fernando de Freitas,
pesquisador do Instituto Trata Brasil.
Em nota, a Sabesp disse que vai investir
quase R$ 19 bilhões até o fim de 2022 para
que todo o esgoto das cidades onde a
empresa atua seja coletado e tratado. A
companhia também disse que nessas cidades
todo mundo já tem acesso à água.
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/10/29/dois-milhoes-de-
pessoas-nao-tem-coleta-de-esgoto-na-regiao-
metropolitana-de-sp-diz-estudo.ghtml
Voltar ao Sumário
36
Grupo de Comunicação
Veículo: Globonews
Data: 29/10/2019
Capitais deixam de ganhar por não investir em saneamento
http://cloud.boxnet.com.br/y2zho8d3
Voltar ao Sumário
37
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 30/10/2019
Moradores do Morro do Tetéu ficam mais de três dias sem abastecimento
de água
Sabesp informou que o fornecimento de água
já foi normalizado na comunidade em Santos
Moradores da Rua das Pedras, na comunidade
do Morro Caneleira, em Santos, enfrentaram
problemas no abastecimento de água nos
últimos três dias. O local, também conhecido
como Morro do Tetéu, teve fornecimento
interrompido no último sábado (26), e só foi
normalizado nesta terça-feira (29) de acordo
com os moradores.
A Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) informou
que a falta d’água foi proveniente de um
vazamento, que mais tarde foi reparado. As
causas ainda são apuradas. A companhia, no
entanto, não explicou a interrupção do serviço
dos dias seguintes.
O taxista José Luís Pereira Santos, morador da
Vila Progresso, disse que precisou prestar
auxílio a sua comadre e os quatro filhos dela,
que residem na Rua das Pedras e não
puderam tomar banho e nem cozinhar
refeições nos últimos dias. Ele ainda ressalta
que nesta segunda-feira (28), a torneira
apenas pingava, e só nesta terça (29) voltou a
‘jorrar’.
Durante o fim de semana, moradores tiraram
água de uma fonte natural no próprio morro.
No entanto, não se sabe se a água é própria
para o consumo, o que pode trazer riscos à
saúde desta população.
Em nota, a Sabesp explica que já concluiu a
manutenção que regularizou o fornecimento
de água aos imóveis da Rua das Pedras, no
bairro Caneleira, em Santos. A companhia
registrou neste fim de semana solicitação de
vistoria ao local, onde os técnicos precisaram
realizar testes específicos para identificar o
trecho da rede danificado, uma vez que o
vazamento não estava aparente. A empresa
ainda esclarece que equipes ainda retornarão
para concluir a reposição do pavimento no
endereço mencionado.
https://www.atribuna.com.br/cidades/santos/
moradores-do-morro-do-tet%C3%A9u-ficam-
mais-de-tr%C3%AAs-dias-sem-
abastecimento-de-%C3%A1gua-1.73590
Voltar ao Sumário
38
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 29/10/2019
Com cimento afundando, carros são impedidos de passar em viela no
Centro de Águas de São Pedro
Via é o único caminho para saída e entrada de
carros das pessoas que moram perto.
Prefeitura diz que problema deve ser resolvido
em 15 dias.
Motoristas enfrentam dificuldades em passar
por uma viela no Centro de Águas de São
Pedro (SP), já que parte do cimento está
afundando. A reclamação é principalmente de
quem mora ali perto, porque o caminho é a
única alternativa para a entrada e saída de
carros.
A produção da EPTV, afiliada da TV Globo,
constatou no local que o problema gera riscos.
Um buraco perto da calçada já denuncia a
situação, e na viela, onde o cimento está
afundando, está formando um buraco, que
pode machucar quem passa pela via.
Os motoristas também somam prejuízos com
o buraco. A analista de planejamento Daniela
Martins Amorim teve a roda do carro
amassada.
"E não é de hoje 'né'. O pessoal da Sabesp já
tinha feito uma obra, taparam, com a chuva
piorou, abriu, e aí o pessoal jogou essa terra.
Falaram que iam voltar pra terminar e não
terminaram."
Segundo ela, a viela está nessas condições há
pelo menos 20 dias, e apesar da reclamação
dos moradores, nada foi feito no local.
A Prefeitura de Águas de São Pedro informou
que recebeu reclamação da situação em 23 de
outubro e que uma equipe despejou pedriscos
para diminuir os riscos provisoriamente.
Afirmou também que está em processo de
compra de concreto para solucionar de vez o
problema, o que deve ocorrer em 15 dias.
https://g1.globo.com/sp/piracicaba-
regiao/noticia/2019/10/29/com-cimento-
afundando-carros-sao-impedidos-de-passar-
em-viela-no-centro-de-aguas-de-sao-
pedro.ghtml
Voltar ao Sumário
39
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 29/10/2019
Trecho de avenida da praia ficará interditado até dezembro em Praia
Grande, SP
Tráfego de veículos na Avenida Presidente
Castelo Branco ficará interditado entre as ruas
Tamoios e Potiguares, no bairro da Vila Tupi.
Por G1 Santos
O tráfego de veículos na Avenida Presidente
Castelo Branco ficará interditado até o dia 19
de dezembro entre as ruas Tamoios e
Potiguares, no bairro da Vila Tupi, em Praia
Grande, no litoral de São Paulo, segundo a
Prefeitura. O trânsito será bloqueado para a
realização de obras da Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp).
Em nota enviada nesta terça-feira (29) ao G1,
a administração municipal informa que a
sinalização específica para orientar os
motoristas já está instalada nos arredores,
com informações sobre as rotas alternativas.
Durante as obras, ainda de acordo com a
Prefeitura, a Linha 11PR será desviada, mas
não afetará os pontos de embarque e
desembarque de passageiros.
O motorista que segue no sentido
Ocian/Aviação precisará acessar as ruas
Potiguares, Caiapós e Guaicuris, acessando a
avenida da praia em seguida. No sentido
oposto, para quem vai no sentido
Aviação/Ocian, a rota alternativa implantada
pela Prefeitura segue pelas ruas José da Silva
Machado, Caiapós e Tupi.
A administração ainda esclarece que os
moradores e motoristas que tiverem dúvidas
podem entrar em contato com a Secretaria
Municipal de Trânsito de Praia Grande, pelo
número 0800 772 0194.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/10/29/trecho-de-avenida-
da-praia-ficara-interditado-ate-dezembro-em-
praia-grande-sp.ghtml
Voltar ao Sumário
40
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Gazeta
Data: 29/10/2019
Levantamento do Instituto Trata Brasil apontou que 2 milhões de
habitantes da Grande SP não possuem coleta de esgoto
http://cloud.boxnet.com.br/yyf6enec
Voltar ao Sumário
41
Grupo de Comunicação
Veículo: Primeira Página São Carlos
Data: 30/10/2019
Deputado apresenta trabalho de comissão voltado à indústria paulista
http://cloud.boxnet.com.br/yya5cmjg
Voltar ao Sumário
42
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak
Data: 30/10/2019
Capital sobe no ranking de saneamento
Município saiu da 233 posição no ano passado
para assumir o 16Q posto neste ano em
pesquisa do Instituto Trata Brasil
A cidade de São Paulo subiu no Ranking do
Saneamento Básico - 100 Maiores Cidades do
Brasil, divulgado pelo Instituto Trata Brasil. De
acordo com o levantamento, o município
saltou da 23a posição, no ano passado, para
ocupar o 168 posto, em 2019.
A organização leva em consideração os locais
que concentram 40% da população, e tem por
base os dados do Ministério do
Desenvolvimento Regional, pelo Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento -
base 2017.
De acordo com os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável, da ONU
(Organização das Nações Unidas), uma das
metas é assegurar a disponibilidade e gestão
sustentável da água e saneamento para todas
e todos até 2030.
O levantamento aponta, no indicador de
atendimento total de esgoto, que 96,3% da
cidade é atendida. “O saneamento é um
desafio para qualquer município,
principalmente por conta das ocupações
irregulares. Mas precisa ser feito e exige
planejamento”, avaliou Marta Marcondes,
especialista em recursos hídricos e professora
da USCS (Universidade de São Caetano do
Sul).
Em nota, a Sabesp informou
que dos 20 melhores municípios apontados no
ranking, 10 estão no Estado de São Paulo e
que a capital é a segunda entre as capitais (só
perde para Curitiba).
SP São Paulo recebeu a pontuação 8,42 na
classificação geral do levantanento
http://cloud.boxnet.com.br/y2vrzokr
Voltar ao Sumário
43
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 30/10/2019
Legislativo de Mauá quer entender
aocrdo entre Sabesp e Semasa
http://cloud.boxnet.com.br/y2pcjewd
Voltar ao Sumário
44
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade Bauru
Data: 30/10/2019
Água escura
http://cloud.boxnet.com.br/y5lpvktz
Voltar ao Sumário
45
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Garagua
Data: 30/10/2019
Governo do estado e Sabesp assinam hoje renovação de contrato com a
prefeitura de Caraguatatuba
http://cloud.boxnet.com.br/y4quruez
Voltar ao Sumário
46
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 30/10/2019
Bloqueio na Avenida da Praia
http://cloud.boxnet.com.br/y4dlqsqv
Voltar ao Sumário
47
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal SP Norte
Data: 30/10/2019
Colégio Petilândia Tremembé celebra a chegada da Primavera com passeio
ao Horto Florestal
A manhã de sábado (26/10) no Horto
Florestal foi bem especial para estudantes,
familiares e professores do Colégio Petilândia
Tremembé, isso porque aconteceu a 18ª
edição do tradicional Passeio da Primavera do
Colégio do Tremembé. Além da caminhada os
presentes puderam levar para casa mudas
nativas.
A ação comemorou a chegada da primavera
(iniciada em 23/09) no qual os participantes
tiveram a oportunidade de ter um contato
direto com a natureza. O passeio levou o
público numa caminha agradável, com destino
ao Parque Estadual Alberto Löfgren, mais
conhecido como Horto Florestal, importante
unidade de conservação de São Paulo e ponto
tradicional de passeio dos moradores da zona
norte.
A partida saiu do Colégio Petilândia
Tremembé. Após a caminha com destino ao
Horto Florestal, os presentes participaram de
uma atividade física com um personal trainee
e, ao final da ação, puderam levar para casa
mudas de planta nativa.
Fundada em 1957, a Escola Petilântia valoriza
o aluno de forma individual e trabalha desde
cedo com a criança os valores éticos
fundamentais em seu processo de formação. O
colégio estima a parceria entre escola e família
e constantemente esse vínculo fica fortalecido
por ações oferecidas pela escola, como
confraternizações, palestras, oficinas
pedagógicas.
Ainda é possível fazer matriculas. Entre em
contato com o colégio ou vá até a unidade.
https://www.jornalspnorte.com.br/colegio-
petilandia-tremembe-celebra-a-chegada-da-
primavera-com-passeio-ao-horto-florestal/
Voltar ao Sumário
48
Grupo de Comunicação
Veículo: Metro Jornal
Data: 30/10/2019
Raposas-do-campo são resgatadas e vão para zoo
Por Metro Jornal
Raposas-do-campo são resgatadas e vão para
zoo
Duas raposinhas foram resgatadas e agora são
as novas moradoras do Zoológico de São
Paulo. As raposas-do-campo só existem em
áreas de cerrado e estão ameaçadas de
extinção. Além de serem poucas conhecidas
pelos pessoas, é uma das espécies menos
estudadas pelos pesquisadores.
Isto motivou o zoológico a recebê-las após o
resgate –feito no ano passado– a fim de
estudar mais para evitar a extinção da
espécie.
Elas foram apresentadas ao público
anteontem e batizadas de Simone e Simaria,
em homenagem à dupla sertaneja. As
raposinhas têm um ano e meio e chegaram ao
zoo em julho. Elas pesam cerca de 4 kg e
estão em um recinto que se assemelha ao
cerrado.
Para dar as boas-vindas, hoje terá uma
programação especial. Das 13h30 às 15h30,
os equipamentos utilizados em trabalhos de
campo e curiosidades serão apresentados e
serão exibidos vídeos sobre a conservação do
cerrado às 13h30, 14h30 e 15h30.
https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/1
0/30/raposas-campo-sao-resgatadas-e-vao-
para-zoo.html
Voltar ao Sumário
49
Grupo de Comunicação
Veículo: A Folha Hoje
Veículo2: Notisul
Data: 29/10/2019
Poluição em São Paulo tem mesmo efeito que fumar 5 cigarros por dia
Que o ar de São Paulo é poluído, a população
da cidade já sabe, mas uma pesquisa feita
pelo IEA-USP (Instituto de Estudos Avançados
da Universidade de São Paulo) mostrou que a
exposição à poluição do ar no pulmão tem o
mesmo efeito que fumar cinco cigarros por
dia.
No total, 413 pessoas passaram pela pesquisa,
que analisou a rotina delas pela cidade para
então dosar os males que a poluição traz a
saúde dos paulistas.
A pesquisa mostrou que essas pessoas não
moravam nos lugares mais poluídos da cidade,
o que permite inferir que eles ficaram mais
expostos à poluição durante o deslocamento
para o local de trabalho.
Para os pesquisadores, esse alto índice de
poluição em São Paulo está relacionada a
exposição ao trânsito, e por isso é urgente que
medidas públicas possam ser criadas para a
redução da inalação de poluentes, visto que
cerca de metade dos poluentes encontrados
na atmosfera da cidade é emitida por veículos
movidos a diesel, como é o caso dos ônibus e
caminhões.
O que dizem as autoridades sobre os altos
índices de poluição em São Paulo
A Cetesb, que é responsável por medir a
qualidade do ar em São Paulo, responderam a
pesquisa dizendo que a concentração de
poluição na capital caiu nos últimos anos.
Já sobre a emissão de poluentes pelos ônibus,
a SPTrans diz que 70% da frota tem motor
EURO V, com sistema de filtragem que reduz
emissão de gazes que poluem o ar.
https://www.afolhahoje.com/poluicao-em-sao-
paulo-tem-mesmo-efeito-que-fumar-5-
cigarros-por-dia/
https://notisul.com.br/geral/153032/poluicao-
de-sao-paulo-equivale-a-cinco-cigarros-por-
dia
Voltar ao Sumário
50
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Natureza
Data: 30/10/2019
Por que sacolas de papel ou algodão
podem ser tão ruins para o ambiente
quanto as de plástico
Muitas pessoas usam sacolas de algodão ou de
papel em vez de sácolas de plástico, símbolo
da poluição, mas elas podem ser pior que
sacolas de plástico reutilizáveis.
Por BBC
Sacola de papel leva menos tempo para se decompor, mas dura menos do que a de plástico reutilizável — Foto: Unsplash
Pense na última vez que você recebeu uma
sacola com suas compras — era de plástico,
papel ou algodão?
Não importa.
Todas são ruins para o meio ambiente, e
especialistas dizem que, para começo de
conversa, você não deve nem comprar uma
sacola nova (mais sobre isso adiante).
É isso mesmo — até sacolas de papel e de
algodão. Na realidade, elas podem ser até
piores para o meio ambiente do que sacolas
de plástico que são recicladas.
O problema é que, quando pensamos sobre
sacolas sustentáveis, só focamos no que vai
acontecer com ela depois de sua vida útil, mas
esquecemos dos custos de fabricar uma
sacola, em primeiro lugar.
Para calcular o custo ambiental verdadeiro,
precisamos levar em consideração:
Quanta energia é usada para fazer a sacola
durante sua produção;
Quantas vezes ela pode ser reutilizada;
O quão fácil é reciclá-la;
Qual é a rapidez de sua decomposição se é
jogada fora.
Quatro vezes mais energia
Fazer sacolas de papel e algodão tem um
custo ambiental.
De acordo com um estudo de 2011 pela
Assembleia da Irlanda do Norte, gasta-se
"quatro vezes mais energia para manufaturar
uma sacola de papel em relação do que se
gasta na fabricação de uma sacola de
plástico".
Diferentemente de sacolas de plástico (que
são produzidas por produtos restantes de
refinamento de óleo, de acordo com o estudo),
sacolas de papel requerem que florestas sejam
desmatadas para sua produção.
O processo de manufatura, de acordo com a
pesquisa, também usa muita água e produz
uma alta concentração de químicos tóxicos,
em comparação com o que acontece na
manufatura de sacolas plásticas de uso único.
"Então, dependendo do que são feitas, têm
um impacto ambiental extra em seu
transporte até às lojas."
51
Grupo de Comunicação
Sacolas de plástico são produzidas por produtos restantes de refinamento de óleo — Foto: Reprodução/EPTV
Alguns dos danos ambientais são mitigados
pelas novas florestas que repõem as árvores
perdidas e que ajudam a compensar o impacto
nas mudanças climáticas, porque as árvores
sequestram carbono da atmosfera.
Carbono na fabricação
Temos também sacolas de algodão,
consideradas a pior entre as três. Elas usam
mais carbono em sua fabricação e demandam
muita água.
Além disso, diz Bates, "algodão tem um cultivo
intenso, então temos as mesmas
preocupações que temos com 'fast fashion'".
Em 2006, a Agência Ambiental do Reino Unido
examinou uma gama de sacolas feitas de
diferentes materiais para encontrar quantas
vezes elas precisam ser reusadas para
diminuir seu potencial de impacto no
aquecimento global em relação a sacolas de
uso único.
O estudo concluiu que sacolas de papel
precisam ser reusadas ao menos três vezes,
uma vez menos que as sacolas de plástico
(quatro vezes).
Do outro lado do espectro, a Agência
Ambiental concluiu que sacolas de algodão
precisam ser reusadas mais vezes —131
vezes. Isso porque muita energia é usada para
produzir e fertilizar o algodão.
Mas mesmo que sacolas de papel precisem de
menos reusos, há uma consideração prática a
se fazer: vai durar tempo o suficiente para
sobreviver ao menos três idas ao
supermercado?
Em sua conclusão, a Agência Ambiental diz
que "é improvável que a sacola de papel seja
usada a quantidade de vezes que precisa por
causa de sua durabilidade baixa".
Sacolas de algodão, por outro lado, são as
mais duráveis e têm, portanto, uma vida útil
mais longa.
Apesar de sua baixa durabilidade, uma
vantagem do papel é que decompõe muito
mais rápido que plástico, então tem menos
probabilidade de representar um risco para a
natureza.
Sacolas de plástico podem levar entre 400 a
mil anos para decompor, e viraram um
símbolo de problemas causados pela poluição
por plástico.
Mas de acordo com a família do homem que
criou o saco plástico, Sten Gustaf Thulin, seu
design foi justamente para ajudar o planeta e
ele ficaria chocado e triste se soubesse o que
ele se tornou.
"Para o meu pai, a ideia de que as pessoas
simplesmente jogariam essas sacolas fora
seria bizarro", diz seu filho, Raoul Thulin.
Sten inventou o saco plástico na Suécia em
1959. Naquela época, as pessoas estavam
usando sacolas de papel e muitas árvores
estavam sendo desmatadas no processo.
Então ele criou uma sacola forte que era leve
e duraria por anos.
Para ele, isso significava que as pessoas
usariam a sacola de novo e de novo, e menos
árvores seriam desmatadas.
Mas as pessoas começaram a jogar fora até
sacolas plásticas reutilizáveis depois de usá-
las uma vez, e agora o mundo tem que lidar
52
Grupo de Comunicação
com um gigante problema de poluição de
plástico.
Então, o que é melhor?
É simples.
Se você tem que substituir sua sacola com
mais frequência, ela vai ter um efeito
ambiental maior.
"Então a chave para reduzir o impacto de
todas as sacolas — não importa do que forem
feitas — é reusá-las quanto mais pudermos",
diz Margaret Bates.
Isso tem um impacto ambiental muito maior
do que fazer uma escolha entre usar apenas
sacolas de papel, plástico ou algodão.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1
0/30/por-que-sacolas-de-papel-ou-algodao-
podem-ser-tao-ruins-para-o-ambiente-quanto-
as-de-plastico.ghtml
Voltar ao Sumário
53
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Alto Tietê
Data: 30/10/2019
Condemat inicia processo de mudança da presidência
Consórcio terá corpo administrativo alterado
para o próximo ano; eleição será realizada no
início de dezembro
Marcus Melo substituirá Rodrigo Ashiuchi no
comando do Condemat em 2020
O Consórcio de Desenvolvimento dos
Municípios do Alto Tietê (Condemat) terá seu
corpo administrativo modificado por meio de
eleições no começo de dezembro, quando o
então prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi
(PL) deverá passar o bastão para Marcus Melo
(PSDB), chefe do Executivo mogiano, e que
tem o nome indicado para a continuidade dos
trabalhos frente à região.
O atual presidente do consórcio afirmou que o
Condemat avançou muito nas últimas gestões,
fruto da união do grupo que trabalha de forma
integrada.
Os avanços começaram na estrutura da
entidade, que passou a ser executiva e, com
isso, reunir condições de executar projetos,
inclusive com captação de financiamentos e
com a criação de novas Câmaras Técnicas, das
quais podem se destacar Esportes e Turismo.
"Esse formato propiciou grandes avanços que
estão fortalecendo o nome do Condemat e
colocando a região em papel de destaque no
Estado", destacou Ashiuchi.
De acordo com o atual presidente, uma das
grandes conquistas recentes é o estudo que
visa o pagamento por serviços ambientais
(compensação financeira) aos municípios
produtores de água ou com restrições por
conta dos mananciais. "O estudo está sendo
executado pela Fundação Instituto de Pesquisa
Econômicas (Fipe), contratada no último mês
de setembro pelo consórcio, com recursos
obtidos junto ao Fundo Estadual de Recursos
Hídricos e beneficiará diretamente 25
municípios da região metropolitana", pontuou.
Polêmica principalmente em Mogi, a questão
do transporte por aplicativo, foi discutida pelo
Condemat em 2017 e 2018, mas concluiu-se
não ser viável uma legislação regional, visto
as particularidades de cada município.
Saúde e Esporte
"Os avanços são significativos com a
contratação da Associação de Assistência à
Criança Deficiente (AACD) que hoje atende
pacientes de 10 municípios do Alto Tietê e a
implantação de Residências Terapêuticas para
pacientes psiquiátricos", disse Ashiuchi. A
atuação do Condemat também resultou na
ampliação das vagas de hemodiálise na região
e as reformas no Hospital Regional de Ferraz.
O presidente do consórcio destacou os
campeonatos esportivos realizados pelo grupo
para integrar as cidades e fomentar a prática
do esporte na população. "Temos o futsal,
futebol, atletismo e acabamos de realizar, com
sucesso, a primeira competição do voleibol
com disputas no feminino e masculino".
Relações
O consórcio neste ano iniciou uma importante
aproximação com a China, inclusive com
acordos de cidades-irmãs, e com o continente
africano, o que de acordo com seu
representante "dá visibilidade para o Alto Tietê
e amplia as possibilidades de intercâmbio
comercial e cultural". Vale destacar que as
cidades que integram o consórcio são
responsáveis por 1,5% do Produto Interno
Bruto (PIB) nacional e se torna atrativa aos
investidores.
Uma história que começou há 9 anos
Fundado em abril de 2010 com a proposta de
fortalecer a representatividade e a conquista
de investimentos para o Alto Tietê, o
Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios
do Alto Tietê (Condemat) está prestes a
conhecer seu novo representante, o prefeito
de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB)
54
Grupo de Comunicação
Fundado em abril de 2010 com a proposta de
fortalecer a representatividade e a conquista
de investimentos para o Alto Tietê, o
Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios
do Alto Tietê (Condemat) está prestes a
conhecer seu novo representante, o prefeito
de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB).
Atualmente presidido pelo chefe do Executivo
da vizinha Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), o
consórcio possui pautas importantes a serem
trabalhas e desenvolvidas em 2020, sendo a
mais recente e impopular, a instalação de uma
praça de pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP-
88), proposta pela Agência de Transporte do
Estado de São Paulo (Artesp), por meio do
programa de concessão de rodovias e que
afetará diretamente municípios da região.
De acordo com a assessoria do prefeito Melo,
a intenção do chefe do Executivo é dar
continuidade aos trabalhos realizados pelo
então representante do Condemat, com foco
primordial em inibir a implantação do pedágio,
na qual a rejeição foi unânime na cidade e na
região.
Vale ressaltar que as eleições para a
presidência do consórcio acontecem em
dezembro de cada ano, e o escolhido pelos
próprios prefeitos que integram o grupo,
assume no dia primeiro do ano subsequente
ao pleito. Melo deverá ser o sétimo
representante do Condemat e terá mandato
de um ano, com direito apenas a uma
releição. (F.A)
http://www.portalnews.com.br/_conteudo/201
9/10/cidades/111749-condemat-passagem-
de-bastao.html
Voltar ao Sumário
55
Grupo de Comunicação
Veículo: R7
Data: 30/10/2019
Bolsonaro quer revogar decreto ambiental e usar dinheiro saudita para criar 'Cancún brasileira' em
Angra
Na região, onde estão pelo menos 10 espécies
marinhas em extinção, não são permitidas
atividades como mergulho, navegação,
construções e pesca
Bolsonaro disse ter recebido apoio para
transformar baía no Rio em 'uma Cancún'
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que
pretende usar recursos do fundo soberano da
Arábia Saudita para criar um balneário repleto
de resorts inspirado em Cancún, no México, na
baía de Angra dos Reis.
O brasileiro jantou nesta terça-feira com o rei
Abdullah II, da Jordânia, o primeiro-ministro
da Índia, Narendra Modi, o assessor especial e
genro de Donald Trump, Jared Kushner, e o
príncipe herdeiro da Arábia Saudita,
Mohammed bin Salman, na última noite de
seu giro pela Ásia e pelo Oriente médio, em
Riade, capital saudita.
"Eu propus ao príncipe herdeiro investimento
na baía de Angra para nós a transformarmos
numa Cancún. Depois de uma explanação, ele
falou que está pronto para investir na baía de
Angra. Mas isso passa por um projeto para
revogar um decreto ambiental", disse o
presidente, que referia-se ao decreto que criou
a Estação Ecológica de Tamoios, em 1990,
assinado pelo então presidente José Sarney. A
área corresponde a uma unidade de
conservação federal de proteção integral e
ocupa 5,7% da Baía da Ilha Grande.
Na região, onde estão segundo o governo pelo
menos 10 espécies marinhas em extinção, não
são permitidas atividades como mergulho,
navegação, construções e pesca. A revogação
depende do Congresso Nacional.
Brasil e Arábia Saudita divulgaram documento
conjunto sobre investimentos
Brasil e Arábia Saudita divulgaram documento
conjunto sobre investimentos
José Dias/PR
Os ministros das Relações Exteriores, Ernesto
Araújo, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
disseram mais cedo nesta terça-feira que o
fundo soberano saudita, o PIF (Fundo de
Investimento Público), decidiu "investir por
conta de US$ 10 bilhões no Brasil". Nenhum
investimento específico foi anunciado, nem
foram definidas datas ou prazos para o início
dos aportes.
Depois, o presidente brasileiro disse que "foi
confirmado o investimento de US$10 bilhões
no Brasil".
Veja mais: Governo mapeia ações para fazer
de Angra uma 'Cancún brasileira'
Pela segunda vez no dia, em meio a polêmica
sobre um vídeo divulgado por ele, o
presidente se absteve de falar com os
jornalistas nesta terça-feira após ser
questionado sobre as criticas feitas pelo
ministro Celso de Mello.
A declaração do decano do STF se referia a um
vídeo publicado no perfil pessoal do presidente
no Twitter que mostrava um leão associado ao
nome do presidente e um grupo de hienas
associadas ao STF, a jornais e televisões,
órgãos como a ONU, a OAB e a CUT, e
partidos como o PT, PSDB e o PSL, que vive
um racha com o presidente, eleito pela sigla.
O vídeo foi apagado em seguida.
Leia mais: Bolsonaro pede desculpas ao STF
por vídeo de leão com hienas
"Torna-se evidente que o atrevimento
presidencial parece não encontrar limites na
compostura que um chefe de Estado deve
demonstrar no exercício de suas altas funções,
pois o vídeo que equipara, ofensivamente, o
Supremo Tribunal Federal a uma 'hiena'
culmina, de modo absurdo e grosseiro, por
falsamente identificar a Suprema Corte como
56
Grupo de Comunicação
um de seus opositores", disse Celso de Mello,
em nota.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,
o presidente pediu desculpas pelo vídeo.
Empolgação e amizade
Bolsonaro disse ainda que os sauditas "estão
muito empolgados com o nosso país".
Na manhã desta terça, o presidente disse ter
afinidade com o principe herdeiro saudita —
acusado pela CIA de participar do assassinato
do jornalista do Washington Post Jamal
Khashoggi na embaixada saudita na Turquia.
O príncipe nega participação no crime.
Nesta terça-feira, Bolsonaro voltou a reforçar
a intimidade com o nobre saudita: "Inclusive,
criou-se uma amizade entre nós que não é de
agora e nos faz ficar mais abertos a conversar
[sobre] esse tipo de negócio", disse.
'Países dinâmicos'
Segundo Ernesto Araújo, o CEO do banco
Goldman Sachs, em audiência com Bolsonaro
nesta terça-feira, disse que "Brasil e Arábia
Saudita são os certamente os dois países mais
dinâmicos para receber investimentos".
Brasil e Arábia Saudita também vão anunciar,
segundo os ministros, um acordo recíproco
para simplificar o acesso a vistos de turismo e
negócios.
Atualmente válidos por até um ano, eles terão
validade máxima de cinco anos, se o acordo
for de fato concretizado. Também serão
possíveis múltiplas entradas, algo hoje vedado
dos dois lados. O custo, hoje superior a mil
dólares, deve cair para 80 dólares, segundo o
Itamaraty.
Em sua visita, Bolsonaro esteve pelo menos
duas vezes com o príncipe Mohammed bin
Salman, herdeiro do trono do Reino da Arábia
Saudita.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados - É
proibido todo tipo de reprodução sem
autorização por escrito da BBC
https://noticias.r7.com/brasil/bolsonaro-quer-
revogar-decreto-ambiental-e-usar-dinheiro-
saudita-para-criar-cancun-brasileira-em-
angra-29102019
Voltar ao Sumário Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
57
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Deputado incluiu mercadores
chineses na comitiva de Bolsonaro como
‘intérpretes’; filho de Law Kin Chong estava
no grupo
Mercadoria extraviada
O deputado Fausto Pinato (PP-SP) incluiu como
intérpretes na comitiva presidencial da viagem à
China empresários que encabeçam o mercado de
produtos chineses em SP e outras capitais. Ao
Planalto, ele identificou Mario Ye Sui Yong e
Thomas Law como tradutores. O primeiro é
apontado como líder de grupo que comercializa
produtos na chamada Feira do Paraguai, em
Brasília, e no centro de SP. O segundo é filho de
Law Kin Chong, que já foi preso por suborno e
acusado de contrabando.
Quarto ao lado
No ofício enviado à Secretaria de Governo, Pinato
solicitou que Mario e Thomas Law fossem ainda
cadastrados no hotel presidencial. O deputado
comanda as Frentes Parlamentares no Congresso
Brics e Brasil-China. Durante a viagem, Law
chegou a publicar uma foto ao lado do
presidente.
Registro
“Ontem, em Beijing, (…) tive uma conversa
muito agradável com o nosso presidente Jair
Bolsonaro. Ele recebeu o anuário do Ibrachina e
gostou dos trabalhos culturais desenvolvidos”,
disse Thomas Law na legenda.
Útil…
Procurado, o deputado Fausto Pinado disse que
Mario e Thomas “são dois empresários que
possuem bastante atuação dentro da colônia
chinesa no Brasil”. “Law é presidente do Instituto
Ibrachina, que divulga a cultura chinesa, e Mario
Ye, integrante da Associação Chinesa no Brasil.”
…ao agradável
Pinato disse ainda que “ambos dominam a língua
chinesa e a portuguesa e são fichas limpas, tanto
no Brasil como na China, não havendo, portanto,
nenhuma restrição judicial quanto às suas
atividades”.
Do bolso O deputado afirma que ambos foram
convidados por, entre outros motivos, poderem
arcar com os custos de passagem e estadia.
Interesse comum
A insatisfação com o governo Bolsonaro está
produzindo o resultado inusitado de unir PSL e os
rivais PSOL e PT na Câmara. Os deputados
Antonio Carlos Nicoletti (PSL-RR) e Marcelo
Freixo (PSOL-RJ) coletam assinaturas de colegas
para esticar o debate sobre mudanças nas
aposentadorias dos militares.
Interesse comum 2
Segundo Delegado Waldir (PSL-GO), um dos
signatários, há acordo para um dos partidos de
esquerda solicitar que o tema seja levado ao
plenário da Câmara. O combinado com o governo
era pular essa etapa e o projeto ir direto para o
Senado.
Versão
Aliados de Bolsonaro dizem ter recebido há dias
explicações sobre o depoimento, revelado pelo
Jornal Nacional, que vinculou o nome do
presidente a suspeito do assassinato de Marielle
Franco. O grupo passou a noite desta terça
salientando o relato de que ele não estava no
Rio.
Bem sei
Segundo a Globo, o suspeito de dirigir o carro
usado no assassinato da vereadora entrou no
condomínio em que o presidente morava dizendo
que iria à casa dele. Aliados afirmam que a
vigilância no local é pesada —mesmo
frequentadores assíduos aguardam autorização.
Sem goleiro
No Senado, a ausência de governistas na
Comissão de Assuntos Econômicos abriu espaço
a ataques ao Banco Central e aos juros cobrados
por instituições financeiras. Esperidião Amin (PP-
SC) prometeu não aprovar mais nomeações do
órgão.
Sem goleiro 2
O mau humor também ameaça o projeto de
autonomia do BC. “Não há resultado que
justifique dar-lhes mais autoridade”, diz Amin.
Quem não faz…
A dois dias do anúncio do pacote pós-Previdência
de Paulo Guedes (Economia), a Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara deu o pontapé
na tramitação de projeto de autoria do deputado
Pedro Paulo (DEM-RJ) que muda a regra de ouro.
…leva
O movimento ocorre ao mesmo tempo em que a
Economia trabalha em uma proposta paralela,
Data: 30/10/2019
58
Grupo de Comunicação
que teria tramitação simultânea no Senado. A
ideia não agradou.
O que é de César
Querem plagiar minha PEC para entregá-la ao
Senado”, afirma Pedro Paulo. A mensagem é a de
que, passada a Previdência, a pauta econômica
será ditada pelo Parlamento, a exemplo da
reforma tributária.
Visita à Folha
José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos
Palmares, visitou a Folha nesta terça (29).
TIROTEIO
Bolsonaro se acha leão ao atacar nossas
instituições, mas na verdade se ajoelha diante de
Trump e entrega nossa soberania
Do deputado José Guimarães (PT-CE), sobre
vídeo publicado na conta do presidente que
identificava STF, mídia e partidos como hienas
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/30/
deputado-incluiu-mercadores-chineses-na-
comitiva-de-bolsonaro-como-interpretes-filho-de-
law-kin-chong-estava-no-grupo/
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
59
Grupo de Comunicação
Painel S.A.: Vídeo de hienas preocupa
empresários
Postagem gerou receio de crise institucional com
o STF e risco de perda de investimento para o
Brasil
Cadeia alimentar
Quando o vídeo do leão com as hienas, postado
por Jair Bolsonaro na segunda (28), provocou
curto-circuito com o Supremo Tribunal Federal,
grandes empresários do país viram risco de o
episódio impactar a imagem do Brasil para atrair
investimentos no momento em que se comemora
a reforma da Previdência. Houve receio de crise
institucional, mas os mais pragmáticos
consideraram que, após o pedido de desculpas do
presidente, na terça (29), o ruído foi controlado.
Rugidos
A avaliação entre empresários é a de que o país
está pronto para resgatar o otimismo econômico
e que o governo, nas vozes dos ministros Paulo
Guedes e Tarcísio de Freitas, tem um discurso
que os investidores gostam de ouvir, mas o
presidente cria desgastes desnecessários.
Uivos
José Galló, presidente do conselho de
administração da Renner, pondera. Para ele, o
comportamento de Bolsonaro está ficando menos
excessivo nos últimos meses.
Caçador
O empresário afirma que o mandato começou
com fortes críticas à China e indisposição com
países árabes pelo projeto de embaixada do
Brasil em Jerusalém, mas melhorou nas últimas
viagens, como as visitas recentes à Ásia e ao
Oriente Médio.
Na selva
“Eu diria que há um radicalismo do presidente,
mas não é só negativo. Temos que olhar os
benefícios que ele trouxe para o Brasil ao deixar
o toma lá dá cá e permitir que o Legislativo
trabalhasse”, afirma Galló.
PROSA
"Esses excessos [de Bolsonaro] é que
preocupam. Mas acho que a intensidade está
diminuindo e, talvez, uma parcela não seja do
próprio presidente, e sim de parte de seu grupo
que não avalia consequências
Prato
A brMalls planeja inaugurar 150 lojas em 26 de
seus shoppings até dezembro. Segundo a
companhia, os espaços gastronômicos ganharam
30% em participação nos empreendimentos
neste ano.
Diversidade
Depois que uma leva de universidades federais
instalaram banheiros unissex em seus campi
desde 2015, chegou a vez de tradicionais escolas
de negócios aderirem. O Insper pretende colocar
toaletes que podem ser usados tanto por homens
quanto por mulheres em seus dois prédios em
2020. A FGV Eaesp inaugurou o seu
recentemente.
Maré
A Smiles começará a vender cruzeiros online em
parceria com a Agaxtur. A compra poderá ser
feita em dinheiro e acumular milhas.
Tudo junto
Segundo André Fehlauer, presidente da Smiles, a
empresa quer diversificar sua oferta além dos
voos. “Quase metade dos clientes que compram
passagens vão buscar mais coisas para sua
viagem. Nada mais natural do que entrar nesses
mercados”, afirma o executivo.
Taça
François-Louis, tataraneto do criador da Louis
Vuitton, vem ao Brasil lançar três rótulos de sua
coleção de vinhos. O preço sugerido para cada
garrafa, à venda a partir de novembro, será R$
2.500.
Cálculos
Imposto e burocracia são reclamações frequentes
no cotidiano de industriais, mas a gestão
tributária apareceu só no terceiro lugar em uma
pesquisa sobre desafios administrativos feita pela
Fiesp. Foi citada por 26,6% dos empresários,
atrás de vendas e gestão de pessoas.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
Painel S.A.
Jornalista, Joana Cunha é formada em
administração de empresas pela FGV-SP. Foi
repórter de Mercado e correspondente da Folha
em Nova York.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/10/video-de-hienas-preocupa-
empresarios.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
60
Grupo de Comunicação
Serviço faz mapeamento de 84 sítios
arqueológicos na capital paulista
Resultado de estudos mostra de cemitério
clandestino a ruínas de mineração de ouro na
cidade
Alfredo Henrique
SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo mapeou 84 sítios
arqueológicos na capital. A localização e os dados
podem ser conferidos pelo GeoSampa, sistema
de dados disponível na internet.
O resultado do mapeamento mostra achados
desde cemitérios clandestinos e artefatos tupis-
guaranis até ruínas de mineração de ouro, como
as encontradas no Jaraguá (zona norte).
Segundo Luciana Pascarelli, coordenadora de
produção e análise de informação da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Urbano,
informações sobre sítios, vestígios e artefatos
arqueológicos estão disponíveis para qualquer
pessoa desde o início deste mês. A partir do
mapa é possível, inclusive, visitar os locais
selecionados.
Os vestígios arqueológicos mais antigos de pedra
lascada, segundo a gestão Bruno Covas (PSDB),
com idades entre 5.000 e 6.000 anos, foram
encontrados em um sítio arqueológico no
Morumbi (zona oeste).
Dentro do sistema, que é atualizado
periodicamente, segundo Luciana, quando o
usuário encontra um sítio que lhe interessa, pode
baixar os dados georreferenciados,
disponibilizados a partir de um trabalho prévio de
catalogação da Secretaria Municipal de Cultura.
Isso, de acordo com a coordenadora, é inédito no
Brasil.
“É possível fazer consultas sobre a data em que
artefatos foram encontrados e quais desses locais
são tombados como patrimônio do município”,
diz.
Além dos sítios arqueológicos mapeados, o
serviço também oferece informações sobre
ocorrências, bens e áreas de interesse
arqueológico, que ultrapassam 170 registros,
alguns do período pré-colonial (1500-1530).
“Esses dados são consultados por pesquisadores,
estudantes universitários, jornalistas e qualquer
pessoa que, a partir deles, consegue produzir e
disseminar conhecimento sobre a cidade”, afirma
Luciana.
Estudos
Os sítios arqueológicos são locais onde há
objetos e marcas, como pinturas, construções
antigas, túmulos e artefatos, que denotam
momentos históricos.
“O local pode virar espaço de estudos. Caso se
constate mais ocorrências que contenham a
história de um período, o local é considerado um
sítio”, diz Paula Nishida, supervisora do Centro de
Arqueologia de São Paulo.
Mapa
A arqueóloga Paula Nishida afirma que há lugares
que, só de bater os olhos no mapa antigo de São
Paulo, é possível destacar um potencial sítio
arqueológico. Um exemplo disso, segundo ela, é
o antigo cemitério dos Aflitos (1775 a 1858) na
Liberdade (centro).
Atualmente no local funciona a capela dos Aflitos.
Ao lado dela, um terreno foi escavado nos
últimos meses do ano passado. Lá foram achadas
as ossadas de sete pessoas que teriam vivido em
situação de escravidão na região. “Vimos que o
terreno tinha potencial, escavamos e
confirmamos nossa hipótese”, diz.
Ela afirma que outra forma de iniciar as
sondagens em um provável novo sítio
arqueológico é checar o entorno de imóveis
antigos. Ou ainda quando alguém encontra um
item e o mostra a um arqueólogo.
Passagem
O Agora visitou dois sítios arqueológicos
mapeados na capital, localizados na Sé (região
central de São Paulo). Um deles é o beco do
Pinto, uma antiga passagem ao lado do Solar da
Marquesa de Santos.
O beco do Pinto foi usado como um atalho, na
época da São Paulo colonial, quando era possível
fazer o trajeto entre a Sé e a várzea do rio
Tamanduateí.
“O caminho foi muito usado por escravos, que
levavam até o rio os dejetos [fezes e urina] de
seus senhores”, diz a educadora patrimonial Aline
de Fátima Dias, 31 anos.
Data: 30/10/2019
61
Grupo de Comunicação
No beco é possível se deparar com resquícios
arquitetônicos dessa época, como vestígios de
calçadas do século 18 e paralelepípedos.
No local, os pesquisadores encontraram
fragmentos de louça, cerâmica, ossos e materiais
usados para autópsia, pertencentes a uma
delegacia de polícia do início do século 20.
Ao lado do beco fica o Solar da Marquesa de
Santos, raro exemplar de residência urbana do
século 18.
O local no centro da capital mantém resquícios
de sua arquitetura, como paredes de taipa de
pilão e também de pau-a-pique.
Sítios arqueológicos - o que visitar
Beco do Pinto
Passagem utilizada na São Paulo colonial para o
trânsito de pessoas e animais
Endereço: Largo Páteo do Colégio, 136b, Sé
(centro)
Funciona de terça a domingo, das 9h à 17h
Solar da marquesa de Santos
Raro exemplar de residência urbana do século 18
Rua: Na rua Roberto Simonsen, número 136
Funciona de terça a domingo das 9h à 17h
Casa do Grito
O imóvel é relacionado à Proclamação da
Independência de 1822 e foi local de pesquisas
arqueológicas
Praça do Monumento, s/nº – Ipiranga (zona sul)
Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h
Mosteiro da Luz
Fundado em 1774, por Frei Galvão, é mantido e
administrado por monjas da Ordem da Imaculada
Conceição
Avenida Tiradentes, 676, Luz (centro)
Conferir horários de visitação no site
www.mosteirodaluz.org.br
Capela dos Aflitos
No local, entre 1775 a 1858, funcionou o
primeiro cemitério de São Paulo
Rua dos Aflitos, 70, travessa da rua dos
Estudantes, Liberdade (centro)
Serviço
Para consultar os sítios arqueológicos
■ Acesso o portal GeoSampa
■ Ative a camada “Patrimônio cultural”
■ Selecione “Bens arqueológicos”
■ Escolha as opções “Sítio arqueológico”,
“Ocorrência arqueológica”, “Bem de interesse
arqueológico”
e “Área de interesse Arqueológico
Fonte: Prefeitura de São Paulo
https://agora.folha.uol.com.br/sao-
paulo/2019/10/servico-faz-mapeamento-de-84-
sitios-arqueologicos-na-capital-paulista.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
62
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: STF deve discutir prisão
após júri popular em sessão que decidirá
sobre 2ª instância
O tema dever ser levantado pelo presidente da
corte, Dias Toffoli
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve discutir a
prisão imediata de condenado em júri popular,
por homicídio, na mesma sessão em que
finalizará, no dia 7, o julgamento da prisão
depois de condenação em segunda instância.
JOGO RÁPIDO
Criminosos que atentam contra a vida, portanto,
não seriam beneficiados por mudança que defina
que uma pessoa só pode ser presa depois do
esgotamento de todos os seus recursos em
tribunais. Eles já seriam detidos em primeira
instância.
CALENDAS
Um dos principais argumentos contra a queda da
segunda instância era justamente o de que
assassinos poderiam sair livres, leves e soltos de
tribunais confiando que recursos infinitos
poderiam livrá-los de cumprir a pena.
VAMOS CONVERSAR
O tema dever ser levantado pelo presidente da
corte, Dias Toffoli, quando apresentar seu voto
sobre segunda instância.
DE VEZ
Os ministros poderão optar por decidir o assunto
na mesma hora. Ou então discutir, em sessão
seguinte, um caso que o ministro Luís Roberto
Barroso pediu que fosse levado ao plenário
justamente para debater a prisão imediata de
criminosos que atentem contra a vida.
XAROPE
O vídeo de Jair Bolsonaro comparando o STF a
uma hiena que o atacava rachou o tribunal: uma
parte dos magistrados pressionou o ministro Dias
Toffoli por uma resposta contundente, como
mostrou o Painel na terça (29). Outra achava que
o desprezo era o melhor remédio.
XAROPE 2
A ala que pregava o silêncio analisa que, apesar
da gravidade, os ataques do presidente já
viraram motivo de chacota e não merecem
reação.
MEGAFONE
A Comissão de Cultura da Câmara vai solicitar
uma reunião com o presidente da casa, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), para debater o que chama de
tentativas de censura do governo à cultura e à
ciência.
MEGAFONE 2
A ideia é discutir a suspensão de espetáculos em
órgãos ligados ao governo e as denúncias de
censura no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais).
À MESA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi
homenageado no jantar de gala da Câmara
Espanhola, em SP, na segunda (28). O evento
contou com o presidente do Santander, Sergio
Rial, o embaixador da Espanha no Brasil,
Fernando Casas, e o presidente da Vivo, Christian
Gebara. A Conselheira Econômica da Embaixada
da Espanha, Isabel Rata, o cônsul-geral da
Espanha em SP, Ángel de Tuesta, e o presidente
da Câmara Espanhola, Marcos Madureira,
compareceram.
NADAR DE BRAÇADA
O ex-nadador Edmilson Dezordo é o novo chefe
de gabinete da Secretaria da Diversidade Cultural
do governo Bolsonaro. O Ministério da Cidadania,
via assessoria de imprensa, não comenta a
nomeação nem diz quais são as atribuições do
cargo.
BRAÇADA 2
Dezordo já ocupou outros postos: em maio de
2018, assumiu a chefia de gabinete da Secretaria
Nacional de Esporte de Alto Rendimento (Snear),
vinculada à Secretaria Especial do Esporte—ele
foi exonerado em julho.
JOGO DE CENA
O diretor Josias Teófilo, que está em Brasília
gravando depoimentos para o documentário
“Nem Tudo se Desfaz”, assistiu a um ensaio da
peça “Os Demônios”, na segunda-feira (28).
A montagem será dirigida pelo Teatro Brasileiro
de Arte, companhia criada por Roberto Alvim,
que comanda o Centro de Artes Cênicas da
Funarte.
DECORAÇÃO
Depois do ensaio, Teófilo visitou o escritório de
Alvim. “É o único lugar na Secretaria de Cultura
que tem uma bíblia”, afirma o diretor. Um quadro
com a foto de Bolsonaro em que está estampada
Data: 30/10/2019
63
Grupo de Comunicação
a frase “Brasil acima de tudo, Deus acima de
todos” também compõe a decoração.
VER E OUVIR
O ator Paulo Betti fará a audiodescrição para
cegos do seu filme “A Fera Na Selva” na sessão
que exibirá o longa-metragem na sexta-fera (1º),
no cinema Petra Belas Artes, em São Paulo.
BONITO
Questões comportamentais como inteligência,
alegria e autoconfiança superam atributos físicos
como peso e aparência facial na hora de atribuir
beleza a homens e mulheres. É o que aponta
uma pesquisa da empresa Ipsos.
ELEGANTE
Segundo o levantamento, o quesito gentileza, um
dos 19 listados, foi citado em 71% das
entrevistas como o atributo que mais influi na
beleza de homens e de mulheres. O estudo
online teve 19 mil entrevistados de 27 países,
incluindo o Brasil.
NANA, NENÉM
A Sextante contratou o livro “Nothing Much
Happens” [Não Acontece Nada] , da americana
Kathryn Nicolai, inspirado em um podcast
estadunidense que traz histórias de ninar para
adultos. Segundo a editora, os 40 contos da
publicação “desaceleram e relaxam”.
MÚSICA ESCRITA
O músico Edgard Scandurra compareceu ao
lançamento do livro sobre a banda Gang 90 & as
Absurdettes, na livraria Tapera Taperá, em SP,
na segunda (28). As ex-integrantes do grupo
May East, Alice Pink Pank e Taciana Barros, a
editora Isabel Diegues e o autor, Jorn Konjin,
passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
Antonio Prata participa de bate-papo na Casa de
Cultura do Parque. Nesta quarta (30), às 19h.
Ocorre nesta quarta (30), na Amcham, a 5ª
edição da Conferência Diversidade Empodera SP.
O Club Jerome comemora três anos em festa
nesta quarta (30).
Vinicius Maganha lança hoje o livro “Alcateia de
Delírios”. Às 19h, na livraria Patuscada.
Gabriel Pessagno abre nesta quarta (30), às 19h,
a mostra “Brasil ainda Colônia”. No J. B.
Goldenberg Escritório de Arte.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
Mônica Bergamo
Jornalista e colunista.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/stf-deve-discutir-prisao-apos-
juri-popular-em-sessao-que-decidira-sobre-2a-
instancia.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
64
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Ultra e Raízen devem entrar na briga por
compra de refinarias da Petrobrás
Estatal prevê se desfazer de quatro ativos de
refino de petróleo até o março de 2020, entre
eles a Repar, no Paraná, e a Abreu e Lima, em
Pernambuco
Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
A Petrobrás prevê concluir em março de 2020 a
venda de quatro refinarias incluídas em seu
pacote de desinvestimentos. Pesos-pesados na
distribuição de combustíveis no País, como Ultra
(dono da Ipiranga) e Raízen (joint venture entre
Cosan e Shell), e estrangeiros, como a suíça Vitol
e anglo-suíça Glencore, estão avaliando as
unidades e aguardam detalhes sobre o formato
de venda do negócio para fazer proposta para a
compra desses ativos.
O presidente da estatal, Roberto Castello Branco,
disse ontem, em evento na Fundação Getúlio
Vargas (FGV), no Rio, que o prazo para entrega
de propostas pelas unidades em Pernambuco
(Abreu e Lima), Bahia (Landulpho Alves), Paraná
(Repar) e Rio Grande do Sul (Refap), foi
prorrogado devido ao elevado interesse pelos
ativos.
Segundo o executivo, mais de 20 empresas estão
disputando essas quatro unidades. Nesse pacote
de ativos também há gasodutos, oleodutos e
terminais. O processo de venda está na fase
inicial, de ofertas não vinculantes (quando não há
proposta firme de compra).
O Estado apurou que dois grupos chineses (Petro
China e Sinopec) e dois americanos (Valero e
CVR Energy) também pretendem participar deste
processo, assim como o fundo Mubadala, de Abu
Dabi, e a trading Trafigura, da Holanda.
Complexo
Essas companhias, no entanto, aguardam mais
informações sobre o processo de venda. A venda
das refinarias é considerada complexa, segundo
fontes a par do assunto. Para evitar que se
formem monopólios privados, a Petrobrás não
deverá repassar unidades localizadas nas
mesmas regiões para um mesmo grupo, por
exemplo.
E essa é justamente uma questão que está sendo
avaliada pelos potenciais compradores. A unidade
do Paraná, a Repar, é considerada a mais
estratégica, pela localização perto do porto de
Paranaguá. O segundo ativo mais relevante é a
refinaria Alberto Pasqualini, do Rio Grande do
Sul.
Para Adriano Pires, sócio-fundador do Centro
Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), a unidade da
Bahia é a mais antiga e a refinaria de
Pernambuco carrega o peso da Lava Jato – o que
pode tornar sua aquisição ainda mais complicada.
Especializadas em distribuição de combustíveis,
Ultra e Raízen começam a avaliar como fazer a
proposta. O Ultra, que não atua em refino no
País, poderá se associar a um grupo estrangeiro
para o negócio. A Raízen, que adquiriu unidades
de refino na Argentina, fruto da compra de ativos
da Shell no ano passado, poderá replicar a
estratégia no Brasil. Ambas as companhias,
contudo, avaliam como elaborar suas propostas.
Desinvestimentos
A Petrobrás definiu em abril pela venda de oito
de suas 13 refinarias. Com isso, abriria mão de
metade de sua capacidade de produção de 2,2
milhões de barris diários. À época, a venda desse
pacote de refinarias foi avaliado em mais de US$
10 bilhões. Esse processo deverá ser concluído
até 2021. Se concluir o plano, a Petrobrás vai
deixar de ter o monopólio de refino no Brasil para
se concentrar mais na produção de petróleo.
Procuradas pela reportagem, Vitol, Mubadala,
Ultra e Raízen não comentaram o assunto. Os
grupos chineses Petro China, Sinopec, Valero e
CVR Energy não retornaram os pedidos de
entrevista. Nenhum porta-voz do Trafigura foi
encontrado para comentar o tema. / COLABOR
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
ultra-e-raizen-devem-entrar-na-briga-por-
compra-de-refinarias-da-petrobras,70003068991
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
65
Grupo de Comunicação
Construiremos normas do saneamento na
base do consenso, diz diretor de agência
sobre novo marco
Um ano após o novo código entrar em vigor, a
agência reguladora já deverá ter um cronograma
com a identificação de todas as necessidades
mais imediatas
Entrevista com
Ricardo Andrade, diretor da Agência Nacional de
Águas
Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Águas (ANA)
buscará editar as normas de referência para o
saneamento a partir do "consenso", após a
aprovação do novo marco para o setor, que deve
ser votado hoje na comissão especial da Câmara.
A informação é do diretor da agência Ricardo
Andrade. Um ano após o novo código entrar em
vigor, a agência reguladora já deverá ter um
cronograma com a identificação de todas as
necessidades mais imediatas, possivelmente
atendendo a algumas das demandas mais
urgentes.
Municípios muito atrasados poderão ter regras
mais flexíveis, sem tirar a rigidez e a segurança
jurídica estabelecida pelo marco, conforme conta
Andrade em entrevista exclusiva ao
Estadão/Broadcast. Sobre as tarifas, ele imagina
regras únicas, porém ajustadas a cada realidade.
Andrade ainda fala sobre a ideia de criar
instrumentos de incentivo, com retorno
financeiro, para atacar o problema da perda de
água, a exemplo do que já é feito pela ANA na
gestão de recursos hídricos.
Confira abaixo os principais trechos da
entrevista:
Serão muitas atribuições que a ANA terá com o
novo marco legal do saneamento. O que será
prioridade?
Não podemos esquecer que o saneamento é
também drenagem e resíduos sólidos. Mas água
e esgoto talvez sejam a demanda mais imediata
da sociedade. Temos um organograma preliminar
em função do que tem sido debatido, definindo
perfis técnicos que serão ocupados.
São mais de cinco mil municípios com realidades
diferentes. Como criar regras que sirvam a
todos?
Sempre gosto de mostrar como a ANA atua na
gestão de recursos hídricos. Se formos comparar
isso com o saneamento, vai perceber que são
complexidades diferentes, mas há semelhanças.
A gestão de recursos hídricos em São Paulo não é
igual a do Amapá, nem do Rio Grande do Norte.
Entretanto, temos que nos adaptar para atender
da melhor maneira possível aos anseios de cada
lugar. Queremos estabelecer regras que tenham
padrões, mas que não sejam necessariamente
iguais.
Ou seja, as regras de referência poderão ser
diferentes dependendo da região?
Certamente será, porque as necessidades são
diferentes.
Teremos então um quadro de regras
regionalizadas?
Talvez o recorte seja o porte do município, talvez
seja a necessidade. Por exemplo, para os Estados
que já estão mais avançados em termos de
prestação de serviço, certamente as regras serão
muito mais fáceis de serem absorvidas, porque
os alcances das metas serão mais factíveis. Mas
aqueles que estão muito atrasados, talvez tenha
que ter regras mais flexíveis, sem tirar a rigidez
e a segurança jurídica. Teremos que ter a
sabedoria de perceber essas diferenças e atuar
de forma diferente quando for necessário.
Sempre prezando pela segurança jurídica e pelo
bom atendimento da população.
Qual será o grande desafio para definir as regras
tarifárias?
Talvez o grande desafio seja estabelecer o que
compõe essa tarifa. Infelizmente não teria
condições de informar isso agora (quais seriam
os componentes). Se conseguirmos com as
experiências positivas replicar boas práticas que
existem no País em regiões que nem sequer têm
qualquer experiência, já será bastante
importante.
A regra de preferência tarifária precisará ser
diferente dependendo do perfil do município?
É difícil dizer isso agora. Minha sensibilidade é de
que não será diferente. O que será diferente é o
que vai compor a tarifa no final. Eventualmente,
um determinado componente não se aplica a um
determinado município. Por exemplo, o nível de
tratamento do esgoto vai influenciar na tarifa.
Data: 30/10/2019
66
Grupo de Comunicação
Tem município em que a rede já existe, e cidade
onde precisa construir, então a tarifa será
diferente. Mas certamente as regras tarifárias
levarão em consideração os custos de operação
da rede e de ampliação, por exemplo. Então,
imagino que as regras serão únicas, e
obviamente ajustadas a cada realidade.
A diferença então será o peso de cada
competente na tarifa?
O peso de cada componente, o estágio em que
cada serviço esteja. O que se busca é dar
segurança jurídica para que o empreendedor,
seja ele público ou privado, saiba que os
componentes tarifários estão previstos.
A ANA tem alguma experiência com a definição
de regras tarifárias?
Nós estabelecemos regras - e fomos até um
pouco além - para a tarifa de transposição do Rio
São Francisco (no caso de São Francisco a ANA
estabeleceu a tarifa, não apenas as referências).
Fizemos estudo bastante consistente, consulta
pública e levamos em consideração as
contribuições. O procedimento não será novo.
Certamente haverá especificidades que serão
novas para a ANA, mas o procedimento para a
abordagem do tema não será novidade.
Após a aprovação da lei, qual será o primeiro
passo?
Estruturar a agência. A expectativa é de que em
seis, oito meses já tenhamos identificado normas
que possam ser utilizadas. Não vamos criar nada,
vamos buscar normas que sejam adequadas e
ajustá-las à realidade nacional. Esse processo
será muito mais rápido do que inventar norma.
Com um ano do novo marco legal, em que
estágio a ANA estará?
Esperamos ter pelo menos um bom cronograma,
identificando todas as necessidades mais
imediatas e possivelmente já atendendo a
algumas das demandas mais urgentes.
Como a ANA irá melhorar o quadro de perda de
água?
Temos que criar instrumentos de incentivo.
Quando a ANA foi criada, uma das grandes
preocupações era poluição nos rios gerada por
estações de tratamento que não funcionavam ou
não existiam. Então a ANA criou o Prodes
(Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas),
que remunera a operação eficiente de estações
de tratamento de esgoto e pode retornar para o
empreendedor de 30% a 100% do valor do
investimento. Já pedi ao superintendente que
comece a pensar em adaptações para contemplar
o saneamento.
A ANA conseguirá fazer com que haja
atratividade no setor?
Andrade: Esse é o nosso objetivo, e será talvez o
primeiro desafio. Há necessidade urgente de
investimentos. Imaginamos que essa será a
primeira grande demanda. Mas não vejo muita
dificuldade porque existem boas práticas no País
que podem ser replicadas.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,c
onstruiremos-normas-no-saneamento-na-base-
do-consenso-diz-diretor-de-agencia-sobre-novo-
marco,70003069050
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
67
Grupo de Comunicação
Petrobrás avalia IPO de ativos de energia
A estatal possui uma capacidade instalada de
termoelétricas da ordem de 6 mil megawatts
Denise Luna, O Estado de S.Paulo
Fora da lista de desinvestimentos da Petrobrás, o
parque termoelétrico da estatal poderá ser
reunido em uma empresa separada, visando à
abertura de capital em Bolsa de valores,
conforme informou ontem o presidente da
estatal, Roberto Castello Branco, durante o OTC,
evento ligado à área de petróleo, no Rio de
Janeiro.
A empresa possui uma capacidade instalada de
termoelétricas da ordem de 6 mil megawatts
(MW), sendo um dos maiores geradores de
energia elétrica do País.
Segundo o executivo, a Petrobrás não está
“sendo desmantelada, como muita gente diz por
aí”, apesar do programa de desinvestimento,
“mas sim virando uma outra empresa, mais
lucrativa”.
“Estamos focando na exploração e produção (de
petróleo) em águas profundas e vendendo águas
rasas e terrestres, porque essas têm baixíssima
produtividade e custo elevado de extração.
Vamos vender para outros que fazem melhor do
que nós, e beneficiar os Estados onde esses
campos estão localizados”, explicou Castello
Branco.
Segundo ele, enquanto o petróleo do pré-sal tem
custo em torno de US$ 6 o barril, em águas rasas
esses custo é de US$ 32 o barril e US$ 20 em
terra.
Gás
Em uma decisão separada, a Petrobrás vai liberar
para outras empresas metade da capacidade que
contratou das três maiores redes de transporte
de gás do País. Na prática, são 60 milhões de m³
por dia que estarão à disposição do mercado – o
equivalente a duas vezes o volume importado da
Bolívia.
A capacidade ociosa foi informada à Agência
Nacional do Petróleo (ANP). As redes envolvidas
são Gasbol, Bolívia–Brasil, TAG (que interliga as
regiões Norte e Nordeste) e o NTS, no Sudeste.
Com a entrada de outras empresas, a estatal
poderá reduzir o custo do transporte em até
50%, dependendo do interesse dos novos
agentes.
“Aquilo que hoje a gente compra dos parceiros
porque eles não conseguem comercializar o gás
no Brasil, eles vão poder comercializar. A ideia é
que eles mesmos tomem o risco do mercado”,
disse a diretora de refino e gás natural da
petroleira estatal, Anelise Lara.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
petrobras-avalia-ipo-de-ativos-de-
energia,70003068997
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
68
Grupo de Comunicação
É preciso evitar frutos do mar por causa do
óleo? Entenda
Manchas encontradas em praias e reservas
ambientais do Nordeste já atingem 268 locais de
94 cidades, segundo relatório mais recente do
Ibama, divulgado na terça-feira, 29
Priscila Mengue, Paula Felix, O Estado de S.
Paulo, André Marinho e Luiz Carlos Pavão,
especiais para o Estado
SÃO PAULO - As manchas de óleo, encontradas
em praias e reservas ambientais do Nordeste, já
atingem 268 locais de 94 cidades, segundo
relatório mais recente do Ibama, divulgado na
terça-feira, 29. O espalhamento do poluente
motivou o governo federal a ampliar o período de
proibição da pesca de lagosta e camarão no
litoral. Em paralelo, pesquisadores também
investigam o risco de contaminação para o
mercado pesqueiro. Isso significa que é preciso
parar de consumir frutos do mar? O Estado
explica:
1. Para quais espécies a pesca foi proibida?
A partir de 1.º de novembro, fica proibida a
pesca de lagosta verde, lagosta vermelha e dos
camarões branco, rosa e de sete-barbas. Trata-
se de uma extensão do período de defeso (que
assegura a reprodução). As proibições valem
para as áreas na divisa dos Estados de
Pernambuco e Alagoas; de Piauí e Ceará; da
Bahia e do Espírito Santo; e no limite de Mata de
São João e Camaçari, na Bahia.
2. Por que a pesca dessas espécies foi proibida?
Segundo a instrução normativa que amplia o
período de defeso, a medida foi tomada em
decorrência da “grave situação ambiental
resultante de provável contaminação química por
derramamento de óleo”.
3. E a pesca de peixes?
A medida vale para lagostas e camarões.
Segundo o pesquisador da Universidade Federal
da Bahia (UFBA) Francisco Kelmo, essas espécies
são mais suscetíveis à contaminação por óleo. A
lagosta, por exemplo, tem movimentação restrita
na água. Já o camarão consome microalgas, que
podem conter a substância tóxica.
4. O que já se sabe sobre a contaminação dos
animais?
Estudo feito pela UFBA identificou óleo no
aparelho respiratório e digestivo de animais
mortos em praias atingidas da Bahia. Foram
analisados 38 animais, entre mariscos, peixes e
crustáceos, retirados de Praia do Forte,
Itagimirim e Guarajuba. Pesquisas ainda
investigam os riscos do consumo à saúde
humana.
5. Como a contaminação afeta pescadores?
Associações na Bahia e em Pernambuco relatam
dificuldade de vender o pescado, por causa do
medo da população. Pescadores têm estocado o
material ou mesmo descartado.
6. E o seguro-defeso?
A União estima pagar o seguro-defeso, de um
salário mínimo mensal, para 60 mil pescadores.
O litoral nordestino tem 470,5 mil pescadores
artesanais cadastrados, segundo dados do site de
transparência da Controladoria-Geral da União, o
que inclui aqueles que trabalham em áreas de
água doce.
7. Frutos do mar no Sudeste podem estar
contaminados?
Segundo empresas e associações ouvidas pelo
Estado, o pescado consumido na Região Sudeste
vem de outros países ou regiões brasileiras.
Sidnei Gaspar, que representa o setor de
pescados da Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), disse
que nenhum pescado vendido no local é afetado
pela contaminação. Entre os camarões vendidos
na Ceagesp, apenas um tipo vem do Rio Grande
do Norte, mas é criado em cativeiro, segundo
Sidnei Gaspar, gerente do Frigorífico São Paulo
(Frisp), que representa o setor de pescados da
Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de
São Paulo (Ceagesp). Já as lagostas, conforme
Gaspar, vêm do litoral paulista.
8. O que diz a Anvisa?
A Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa)
afirma que quando os resultados laboratoriais
das análises encomendadas pela pasta da
Agricultura estiverem prontas é que o órgão
poderá "avaliar o risco e segurança para o
consumo deste produtos".
9. Como verificar a procedência do pescado
processado pela indústria?
O rótulo do produto, em geral, mostra a
procedência do pescado. Essa informação pode
ser consultada antes da compra. A olho nu não é
Data: 30/10/2019
69
Grupo de Comunicação
possível verificar se a carne está contaminada
pelo óleo.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,e-preciso-evitar-frutos-do-mar-por-causa-
do-oleo-entenda,70003069019
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
70
Grupo de Comunicação
Ato de Salles sobre plano de contingência de
petróleo foi apenas 'formalidade', diz
Marinha
Conforme mostrou o 'Estado', ministro Ricardo
Salles publicou um ofício circular em 11 de
outubro, 41 após o início da tragédia
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A decisão do ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, de publicar, somente
41 dias depois do início da catástrofe ambiental
no litoral do Nordeste, o primeiro ato oficial sobre
o Plano Nacional de Contingência de
derramamento de óleo, não passou de uma mera
formalidade burocrática.
A avaliação é da própria Marinha. Ao ser
questionado sobre os efeitos práticos do gesto de
Salles, que emitiu um ofício para designar a
Marinha do Brasil como “coordenadora
operacional” das ações contra o desastre, o
almirante da Marinha, João Alberto Lampert,
limitou-se a dizer: “É formalidade”.
Ricardo Salles tem sido criticado por suposta
negligência e demora na tomada de medidas
para conter o avanço das manchas no litoral, as
quais começaram a surgir de 30 de agosto. Dois
dias depois das primeiras ocorrências, a Marinha,
em parceria com Ibama e Petrobrás, tomou as
primeiras ações efetivas. Era função do MMA, no
entanto, ter liderado todo o processo, conforme
consta do Plano Nacional de Contingência, o que
não ocorreu.
Criado em 2013, o plano contém cada passo do
que o governo deve fazer em caso de
derramamento de óleo, mesmo sendo um caso
inédito, como o que acontece no Brasil. Conforme
mostrou o Estado, Salles publicou um ofício
circular em 11 de outubro, 41 após o início da
tragédia, e enviou o documento à Casa Civil da
Presidência da República, apenas para designar a
Marinha do Brasil como "coordenadora
operacional" das ações, para prosseguimento no
combate às manchas de óleo.
Conforme afirmou o almirante da Marinha, João
Alberto Lampert, os militares já têm atuado
desta forma desde o início das ocorrências. “É o
que já estamos fazendo desde o início, pelo GAA
(Grupo de Acompanhamento e Avaliação)”,
declarou.
O ministro refuta as acusações, diz que tudo o
que pode ser feito sobre o tem sido executado
imediatamente e que o Ibama, que é uma
autarquia ligada ao MMA, agiu desde o início.
A Associação Nacional dos Servidores da Carreira
de Especialista em Meio Ambiente (Ascema
Nacional) lembra que, em decreto de 11 de abril
de 2019, o presidente Jair Bolsonaro extinguiu
diversos colegiados, dentre os quais aqueles que
seriam responsáveis por operacionalizar e
acionar o Plano de Contingência.
Nesta terça-feira, 29, os parlamentares da Rede
Sustentabilidade, senadores Randolfe Rodrigues
(AP), Fabiano Contarato (ES) e a deputada
federal Joênia Wapichana (RR) protocolaram uma
representação ao Procurador Geral da República,
Antônio Augusto Aras, para que Ricardo Salles
seja responsabilizado pela “omissão no dever de
ação contra o vazamento de óleo no Nordeste”.
Paralelamente, os parlamentares afirmam que
também que vão recorrer ao plenário do
Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um pedido
de impeachment do ministro do Meio Ambiente.
“Entendemos que a ação no STF não pode ir ao
arquivo em vista do desmonte promovido na
gestão do Ministério do Meio Ambiente e em
instituições ligadas à Pasta”, afirmam.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,ato-de-salles-sobre-plano-de-contingencia-
de-petroleo-foi-apenas-formalidade-admite-
marinha,70003068796
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
71
Grupo de Comunicação
Sonia Racy: Direto na Fonte
Tucanos blindam Covas para manter projeto de
reeleição
O entorno de Bruno Covas atua na Câmara
Municipal para monitorar qualquer especulação
que possa fragilizar sua candidatura à reeleição e
apontar algum nome do centrão na disputa. A
ideia é blindar seu projeto para 2020.
Ao que apurou a coluna, o ex-secretário da Casa
Civil, vereador João Jorge, foi acionado para a
missão. Depois que deixar o hospital, Covas vai
manter agendas externas e quer inaugurar pelo
menos uma Unidade Básica de Saúde e uma obra
de asfalto por mês. O “grosso” das inaugurações,
porém, fica para 2020.
Visitas incluem Doria e
Alexandre Moraes
Disposto e despachando pessoalmente do Sírio
Libanês, Covas recebeu ontem a visita de Doria e
do ministro Alexandre Moraes. Hoje, recebe
Eduardo Tuma, presidente da Câmara. Alckmin
falou com Renata Covas, mãe do prefeito, e
pretende visitá-lo logo. Bruno Araújo, presidente
do PSDB, disse à coluna que está no exterior e
que mandou mensagem.
Movimentos recorrem contra
reação de Bolsonaro
Teve resposta rápida a fala de Bolsonaro,
anteontem, de que pediu ajuda ao Ministério da
Defesa pra monitorar protestos pelo País.
Artigo 19, Conectas, IDDD, Transparência Brasil
e outras 28 entidades levaram documento à
procuradora Débora Duprat, dos Direitos do
Cidadão, pedindo “a defesa da Constituição”.
Manuela d’Ávila discute
alianças com PT
“Entrevistada” por Eduardo Suplicy, ao lançar
livro na Livraria Travessa de Pinheiros, Manuela
D’Ávila afirmou que se preciso fosse “distribuiria
até santinhos” de um aliado na disputa de 2020
em Porto Alegre. Ou seja, abriria mão da
candidatura a prefeito, caso outro nome “unisse
mais” que o dela, que é a atual favorita do seu
campo.
O que Suplicy queria saber era se, tendo o PT
aberto mão de uma candidatura no Sul, o PC do
B faria o mesmo para um candidato petista, por
exemplo, em São Paulo.
Manuela discute 2
A resposta de Manuela: “Não tem receita”, mas…
que a esquerda “tenha juízo para ganhar”.
Orlando Silva chegou no final e não ouviu.
Finados nas ruas
A tradicional Parada de Los Muertos, mexicana,
terá um repeteco no centro histórico de SP. É a
Los Muertos Walking Parade, que a Prefeitura
organiza com grupos como Clube Jerome, D.
Edge, Beco 203 e Estúdio Bixiga. Será no sábado
de Finados, na Rua 15 de Novembro.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-
fonte/tucanos-blindam-covas-para-manter-
projeto-der-reeleicao/
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
72
Grupo de Comunicação
Governo destaca saneamento como
prioridade para investimento de fundo
árabe
Planalto depende da aprovação do novo marco
legal do saneamento no Congresso para viabilizar
projetos
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
30 de outubro de 2019 | 09h34
RIAD- O presidente Jair Bolsonaro reforçou que
o saneamento básico foi apresentado como uma
das principais áreas de investimento para o fundo
soberano da Arábia Saudita, que anunciou a
possibilidade de aportar 10 bilhões de dólares no
Brasil. O governo depende da aprovação do novo
marco legal do saneamento no Congresso para
viabilizar projetos.
“O príncipe (herdeiro da Arábia Saudita) pediu
que nós fizéssemos sugestões e uma delas é a
questão do saneamento, que é bastante
deficitário no Brasil”, disse Bolsonaro a
jornalistas na saída do hotel onde está
hospedado, em Riad.
Ao Estadão/Broadcast, a secretária do Programa
de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha
Seillier, afirmou que Bolsonaro deixou claro para
os sauditas que a infraestrutura e o saneamento
básico são áreas prioritárias. Na sequência,
elencou os setores de óleo e gás, inteligência
artificial e defesa.
“O fato de ele ter aberto a resposta com
saneamento básico mostra que para o governo
federal essa pauta é prioritária”, disse Seillier.
“Essa é a nossa última fronteira de abertura para
investimentos privados no Brasil, todos os outros
setores a nossa legislação já permite
investimentos privados e com isso a gente colhe
serviços melhores e de mais qualidade. E o que a
gente tem visto no setor do saneamento básico é
exatamente o contrário, uma legislação muito
fechada e proibitiva para investimento privado.”
Ela disse que o Governo federal está “apoiando
fortemente” a aprovação do novo marco legal na
Câmara - e que o presidente da Casa, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), já deu diversas sinalizações
favoráveis. “Temos confiança de que será
aprovado este ano”, declarou a secretária.
Na Comissão Especial, no entanto, o texto ainda
pode passar por modificações.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
governo-destaca-saneamento-como-prioridade-
para-investimento-de-fundo-arabe,70003069293
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
73
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO ‘Crise ambiental não será resolvida só com
ciência e tecnologia’
O geógrafo americano Jared Diamond, tido como
um dos maiores nomes do pensamento
contemporâneo, é conhecido pelas análises
afiadas dos grandes desafios da humanidade. Ele
diz que o crescimento econômico não pode seguir
para sempre à custa dos recursos naturais.
Afirma que ciência e tecnologia não resolverão
sozinhas a crise ambiental. E conclui que só
haverá equilíbrio quando os países ricos
reduzirem o padrão de consumo para que os
habitantes do mundo em desenvolvimento
possam aumentar o seu.
“Tanto consumo, especialmente nos Estados
Unidos, é um desperdício e não corresponde
necessariamente a um alto padrão de vida”, diz
Diamond, 82 anos, professor de geografia da
Universidade da Califórnia. “Os americanos que
dirigem grandes, ineficientes e pesados carros
usufruem de um padrão de vida mais alto do que
os americanos que dirigem carros menores e
eficientes? Claro que não.”
A mudança climática é um dos grandes
problemas mundiais que “modelarão nossas
vidas nas próximas décadas”, cita. “Quase todos
nós ouvimos falar delas”, diz em seu último livro,
“Reviravolta: Como Indivíduos e Nações Bem-
sucedidas se Recuperam das Crises”, lançado
pela editora Record. “Mas são tão complicadas,
confusas e cheias de paradoxos que poucas
pessoas, com exceção dos especialistas,
realmente as entendem.” O que não é, contudo,
motivo para que políticos deixem de tomar
decisões que estimulem a redução da queima de
combustíveis fósseis e aumentem o leque da
energia de fontes renováveis.
Diamond iniciou sua carreira científica em
fisiologia, ampliando seu campo de pesquisa para
a biologia evolutiva. Virá pela primeira vez ao
Brasil em novembro, para o evento “Cidadão
Global” promovido por Valor e Santander, dando
sequência ao ciclo de debates iniciado em 2017
com o ex-presidente americano Barack Obama
discutindo o que significa ser um cidadão no
século XXI.
Em seu novo livro, Diamond estuda os desafios
de sete países onde viveu, com os quais têm
afinidade e que viveram choques e os
superaram: Finlândia, Japão, Chile, Indonésia,
Alemanha, Austrália e Estados Unidos.
A política americana, no seu entendimento,
passou a se deteriorar em meados da década de
1990. Lembra que o Congresso americano, entre
2014 a 2016, aprovou o menor número de leis na
história recente. A principal ameaça à democracia
americana, diz, é a acelerada deterioração do
compromisso político. “O consenso político está
rompido hoje nos EUA”, afirma. “Aqui, se a
Data: 30/10/2019
74
Grupo de Comunicação
democracia terminar, não será via um golpe
militar, porque o Exército americano nunca foi
envolvido na política”, pondera.
Em conversa com o fundador da Microsoft Bill
Gates, em maio, o geógrafo disse que um dos
motivos fundamentais da polarização atual é a
falta de conversas reais, físicas, frente a frente.
“Mas não vamos desistir de computadores e
celulares”, argumenta no vídeo em que veste
uma de suas gravatas com estampa de
dinossauros. Em seguida, exemplifica: “Na
Papua-Nova Guiné estão acostumados a ouvir as
falas, a entender as expressões faciais, a
linguagem corporal. O resultado é que crianças
de cinco anos são peritas negociadoras. Crianças
americanas, porém, não aprendem nada disso”.
Em “Reviravolta”, Diamond cita a musculatura
chinesa em várias frentes: a população é quatro
vezes maior que a americana, a taxa de
crescimento supera a dos EUA e a de outros
países ricos, o país tem o maior número de
soldados, possui armas nucleares há 50 anos e
supera os EUA em tecnologias de energias
alternativas. “Cada vez mais escuta-se que o
século XXI será um asiático, mais
especificamente, chinês”, escreve.
Em entrevista por e-mail concedida ao Valor,
contudo, Diamond pondera lembrando que a
China “sofre de graves problemas políticos e
ambientais” e diz não acreditar que o país se
torne “o mais poderoso do mundo em um futuro
próximo”.
Este ano, “Cidadão Global” traz ao Brasil Yuval
Harari e Jared Diamond, dois autores que
inspiram pensar, por óticas diferentes, o
passado, o presente e o futuro da humanidade.
Harari, historiador israelense e professor, é autor
de best-sellers como “Sapiens: Uma Breve
História da Humanidade” e “21 Lições para o
Século 21”. A seguir, a entrevista de Diamond:
Valor: Com base em seu extenso trabalho, o
senhor acredita que o crescimento econômico
possa durar para sempre?
Jared Diamond: Claro que não. A razão óbvia
está resumida em uma frase que um economista
pouco usual escreveu na página de rosto de um
livro-texto de economia: “Em um mundo de
recursos finitos, as únicas pessoas que acreditam
que o crescimento econômico possa durar para
sempre são idiotas e a maioria dos economistas”.
Valor: Se não acredita nisso, o que poderia vir no
lugar do crescimento econômico permanente?
Diamond: A resposta é novamente óbvia: uma
economia sustentável, com melhores padrões de
vida, mas sem aumentos adicionais no consumo
de recursos.
Valor: A inovação científica e tecnológica pode
fornecer respostas suficientes para a crise
ecológica que estamos enfrentando?
Diamond: Inovação científica e tecnológica por si
só não pode fornecer respostas suficientes para a
crise ecológica, porque nossa maior necessidade
agora é a vontade política de se adotar uma
economia sustentável. Ciência e tecnologia,
contudo, podem dar algumas contribuições neste
rumo. Podem fornecer métodos aprimorados de
produção de energia renovável ou diretrizes para
a melhor forma de preservarmos as comunidades
biológicas contra as ameaças. Mas é preciso ter
cuidado. Muitos acreditam que a inovação
científica e tecnológica pode resolver a crise
sozinha, o que não é possível.
Valor: O planeta não comportará o padrão de
consumo americano para os novos consumidores
chineses. Não há recursos naturais para tanto e o
senhor descreve esse ponto em seu último livro.
Como se poderia alcançar um ponto de equilíbrio
com justiça climática?
Diamond: Sim, nosso planeta não suportará toda
a população mundial vivendo segundo os atuais
Data: 30/10/2019
75
Grupo de Comunicação
padrões de consumo praticados pelo 1 bilhão de
pessoas mais ricas do mundo: americanos,
canadenses, europeus ocidentais, australianos,
neozelandeses e japoneses. Mas chineses,
indianos, indonésios, brasileiros e outros povos
que vivem com taxas de consumo inferiores às
dos países mais ricos querem, naturalmente,
igualar suas taxas de consumo às deles. A única
solução possível no nosso mundo globalizado é
os países mais ricos operarem com taxas de
consumo mais baixas, enquanto os em
desenvolvimento atingirem taxas de consumo
mais altas. Isto até que a maioria dos países do
mundo opere com taxas de consumo
aproximadamente semelhantes.
Valor: Esta ideia cria grande insatisfação entre os
ricos.
Diamond: Muitas pessoas nos países ricos gritam
que nunca sacrificarão seu padrão de vida pelo
bem das pessoas nos países mais pobres. Porém,
taxas de consumo mais baixas do que as
praticadas atualmente nos EUA e na Europa
Ocidental não significam um padrão de vida
inferior. Tanto consumo, especialmente nos
Estados Unidos, é um desperdício e não
corresponde necessariamente a um alto padrão
de vida. Os americanos que dirigem grandes,
ineficientes e pesados carros usufruem de um
padrão de vida mais alto do que os americanos
que dirigem carros menores e eficientes? Claro
que não.
Valor: O senhor lista problemas com potencial
para causar dano mundial e cita a explosão de
armas nucleares no topo. Também diz que quem
tem idade para lembrar da “aterrorizante semana
de outubro de 1962”, a da crise dos mísseis,
repete que é uma memória que não se esquece.
O senhor recoloca os riscos de uma guerra
nuclear hoje, seja pela deterioração das relações
EUA e Rússia, seja pelo cenário que envolve
terrorismo. Esta é realmente uma realidade em
2019?
Diamond: Sim, o risco de uma guerra nuclear
continua sendo uma ameaça real para o mundo
em 2019. O maior risco de guerra nuclear é entre
a Coreia do Norte e os Estados Unidos, e entre a
Índia e o Paquistão. Talvez ainda maior seja o
risco de terroristas obterem armas nucleares e
empregá-las, por exemplo, contra os EUA ou a
Europa Ocidental, sem constituir uma guerra
entre nações, mas “apenas” o uso de armas
nucleares por uns poucos terroristas loucos.
Riscos menores, mas ainda reais, de guerra
nuclear no futuro são entre Israel e Irã. E, agora,
entre os Estados Unidos e a China ou a Rússia,
disparada pela leitura incorreta de sinais ou de
intenções.
Valor: Quanto à mudança do clima, o senhor
acredita que exista vontade política para reduzir
a queima de combustíveis fósseis e o
desmatamento, assim como recursos financeiros
suficientes para o mundo se descarbonizar?
Diamond: Algumas pessoas têm vontade política
de reduzir a queima de combustíveis fósseis e o
desmatamento. Outras, não. E há os que têm um
desejo positivo de aumentar tanto a queima de
combustíveis fósseis como o desmatamento.
Felizmente, a avaliação da realidade da mudança
climática e de sua causalidade pela queima de
combustíveis fósseis e pelo desmatamento está
aumentando rapidamente. Permanece incerto,
contudo, se esta percepção está aumentando
rápido o suficiente para nos salvar.
Valor: Como o senhor vê a ascensão da China na
economia global e na geopolítica?
Diamond: Vejo a ascensão da China da mesma
maneira que vejo as da Índia, do Brasil, do
México, da Indonésia e de outros países em
desenvolvimento. São grandes países em
desenvolvimento que estão se tornando
economicamente mais poderosos. China e Índia
são os maiores. A China tem uma taxa de
crescimento econômico especialmente alta, mas
também sofre de graves problemas políticos e
ambientais. Não vejo chance de a China se tornar
Data: 30/10/2019
76
Grupo de Comunicação
o país mais poderoso do mundo em um futuro
próximo.
Valor: O senhor dedica um capítulo especial ao
Chile e seus anos militares “que superaram todos
os recordes mundiais da ditadura sádica”. Esse
tipo de cenário pode se repetir na América do
Sul?
Diamond: O tipo de cenário chileno pode ser
repetido em outros países da América do Sul e há
grande risco de que isso também se repita nos
Estados Unidos em um futuro próximo.
Valor: O senhor cita o Brasil apenas quatro vezes
em seu livro - uma vez na participação brasileira
com a ditadura chilena, outra como exportador
de alimentos, como país emergente que quer
consumir mais e, por fim, em sua participação na
Guerra do Paraguai. Qual impressão o senhor
tem deste país?
Diamond: Não tenho impressão do Brasil porque
nunca estive aí. Minha visita no início de
novembro será a primeira.
Valor: A democracia ainda é um sistema político
que dá respostas ao mundo de hoje?
Diamond: A democracia ainda é o único sistema
político que dá respostas ao mundo hoje. Como
brincou Winston Churchill: “Democracia é de fato
a pior forma de governo - à exceção de todas as
outras que já foram experimentadas uma ou
outra vez”. Democracias têm a enorme vantagem
de permitir que ideias possam ser debatidas
publicamente, até mesmo as que não são
apreciadas pelo governo. Isso torna possível
reverter políticas governamentais ruins.
Valor: Poderia dar um exemplo?
Diamond: O debate democrático acabou com a
participação americana na Guerra do Vietnã e
vem melhorando a igualdade e as oportunidades
para diferentes grupos étnicos e entre homens e
mulheres - embora essas políticas tenham sofrido
(e no caso da igualdade ainda sofram) larga
oposição dentro do governo. Obviamente as
ditaduras podem realizar mudanças mais
rapidamente do que as democracias, porque não
se perde tempo com debates. Mas ninguém, nos
5.500 anos de história do governo centralizado,
descobriu uma maneira de garantir que as
ditaduras adotem apenas boas decisões, e não
uma mistura de boas e más.
Cidadão Global
Data: 6 de novembro, às 8h30
Teatro Santander - av. Pres. Juscelino
Kubitschek, 2.041 - São Paulo - SP
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/3
0/crise-ambiental-nao-sera-resolvida-so-com-
ciencia-e-tecnologia.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
77
Grupo de Comunicação
Conta de luz pode ficar 2,4% mais cara em
2020
Repasse de despesas do setor elétrico para
consumidores pode chegar no ano que vem a R$
20,6 bi
O repasse de despesas do setor elétrico para as
contas de luz dos consumidores pode chegar no
ano que vem a R$ 20,645 bilhões. A estimativa
foi divulgada pela diretoria da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) na apresentação da
proposta de orçamento da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) de 2020.
A CDE é o fundo que reúne o conjunto das
principais receitas e despesas do setor elétrico. O
déficit tem crescido anualmente. No ano passado,
o saldo negativo foi de R$ 16,230 bilhões. Houve
uma variação de 27% sobre a previsão do
orçamento deste ano. Os valores com cobertura
insuficiente são repassados para as contas de luz
dos consumidores de todo o país.
Se confirmada a projeção de déficit de 2020, as
contas de luz terão o aumento médio de 2,42%.
O percentual varia entre as diferentes regiões
abastecidas pelo Sistema Interligado Nacional
(SIN). Nos subsistemas Sul, Sudeste e Centro-
Oeste, a alta nas tarifas atingiria de 2,81%. Já a
fatura dos consumidores do Norte e do Nordeste
pode ficar mais cara em 1,53%.
O volume de despesas do setor elétrico -
formado por descontos a consumidores de baixa
renda, subvenção na tarifa de consumidores do
meio rural, programas de atendimento a
localidades isoladas (CCC), entre outros custos -
totalizou R$ 22,45 bilhões. Como o valor das
receitas da CDE, que inclui recolhimento de
multas, o pagamento de outorgas e amortização
de financiamentos, não é suficiente, o déficit fica
com os consumidores.
O diretor-geral da Aneel, André Pepitone,
reconheceu que, se o déficit for confirmado após
a audiência pública, haverá um “aumento
significativo” das despesas repassadas para os
consumidores no ano que vem.
Os números apresentados ontem pela Aneel
ainda serão discutidos em audiência pública pelo
prazo de 30 dias.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/3
0/conta-de-luz-pode-ficar-24-mais-cara-em-
2020.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
78
Grupo de Comunicação
Setor elétrico terá reforma por medidas
infralegais
Ideia é promover mudanças a partir de projetos
já em tramitação no Congresso
O governo pretende implementar a reforma do
setor elétrico por meio de projetos de lei já em
trâmite no Congresso. A estratégia foi detalhada
ontem durante a apresentação do relatório final
do grupo de trabalho criado para estudar a
reforma do setor elétrico, no Rio. Baseada na
proposta elaborada durante a gestão de Michel
Temer, o novo plano contém medidas infralegais
e pautas que precisam de aprovação em âmbito
legislativo.
“Se existe uma atualização, modernização ou
aperfeiçoamento do marco legal, nós
dependemos do Congresso Nacional”, afirmou o
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
“Logo chegamos à conclusão também no
decorrer desse grupo que aquilo que existia no
Congresso Nacional já atendia o que nós
vislumbrávamos que teria que ser aperfeiçoado
no marco legal.”
Segundo a secretária-executiva da pasta,
Marisete Pereira, basicamente, os temas que
precisam de mudança legislativa são a separação
da contratação de lastro (capacidade) e energia;
a abertura do mercado para consumidores
residenciais; sistema de formação de preço; e
retirada de subsídio. Elaborado em 180 dias, o
documento propõe um plano de ação desdobrado
em 15 frentes de atuação com 88 ações.
Com o fim do grupo de trabalho, o ministro
assinou ontem portaria criando o “Comitê de
Implementação da Modernização do Setor
Elétrico”, que ficará responsável pelo
acompanhamento da adoção das medidas da
reforma do setor. O comitê terá vigência de dois
anos, prorrogável por mais um.
“A partir de amanhã [hoje] se inicia outro
desafio, de implementar todas as soluções
previstas no plano”, disse o ministro,
acrescentando ter o compromisso de
implementar as medidas ainda neste governo.
O ministério também anunciou medidas
transitórias. Uma delas é a possível realização de
um leilão para contratar capacidade de usinas
para suprir o déficit de potência estimado para
2024 e 2025. Segundo a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), em um cenário de crescimento
do PIB de 3% ao ano, o déficit estimado para
2024 é de 3.873 megawatts (MW). Se a
economia crescer 2,1% ao ano, o déficit previsto
para aquele ano é de 787 MW. Para 2025, esse
número pode variar de 2.447 MW a 6.165 MW,
dependendo do crescimento do PIB.
O objetivo MME é lançar este ano uma consulta
pública para discutir a realização do leilão e ter
uma solução definida até o fim do ano.
Com isso, o governo vai esperar o leilão de
térmicas a gás e carvão, marcado para março de
2020, para avaliar se haverá déficit para 2024 e
2025. Caso se confirme o déficit, será feito o
leilão de capacidade.
Em relação ao leilões de áreas petrolíferas na
semanas que vem, o governo federal não
trabalha com a hipótese de o vazamento de óleo
no Nordeste prejudicar o desempenho dos
certames. Fundamentais para as contas do
governo, o megaleilão do excedente da cessão
onerosa e a 6ª Rodada do Pré-Sal poderão
resultar em quase R$ 115 bilhões de arrecadação
em bônus de assinatura.
“Não é por conta de exploração de campos de
petróleo das nossas riquezas que foi motivado
esse acidente. Como sabemos, esse óleo que foi
encontrado nas praias do Nordeste não é de
origem brasileira. Não tem nada a ver com a
atividade de óleo e gás da indústria brasileira.
Não tem nada a ver com os leilões de petróleo e
gás. Eles [leilões] vão continuar sendo realizados
normalmente dentro do planejamento que nós
temos”, disse ontem o ministro de Minas e
Energia.
Ele também disse não ver prejuízo político para o
governo decorrente do vazamento de óleo.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/3
0/setor-eletrico-tera-reforma-por-medidas-
infralegais.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
79
Grupo de Comunicação
Ambiente de negócios do país piora, aponta
Banco Mundial
Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro
disse em Tóquio que o Brasil precisava
desburocratizar, desregulamentar, abrir o
mercado e privatizar muito para que a economia
decolasse, o Banco Mundial divulgou informações
sobre o país que vão na direção contrária. Em
seu ranking “Doing Business”, que retrata o
ambiente de negócios, o Banco Mundial mostrou
que o Brasil perdeu postos.
O Brasil ficou no 124º lugar no “Doing Business”
deste ano, oito posições abaixo do 116º posto do
levantamento anterior, em um universo de 190
países analisados. O Banco Mundial também fez
uma ampla revisão das notas de 2018. A nota do
Brasil até melhorou, de 58,6 para 59,1. Mas
outros países avançaram mais e passaram à
frente porque estão fazendo reformas mais
rapidamente. Uganda e Egito são alguns deles.
A China foi um dos países que mais avançou no
ranking deste ano (da 44ª posição para a 31ª),
depois de ter feito reformas modernizantes em
oito das dez áreas analisadas pelo Banco
Mundial. A Índia também foi destacada, com
melhorias em quatro indicadores, que levaram o
país a avançar do 75º para o 63º lugar. Os cinco
primeiros do ranking são Nova Zelândia,
Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e
Dinamarca. EUA vêm em sexto lugar.
O novo relatório revela que 115 países
realizaram 294 reformas regulatórias no período
analisado, de junho de 2018 a maio de 2019. Já
o Brasil mostrou melhoria em três dos dez
critérios - registro de propriedades, abertura de
empresas e solução de insolvências. O país ficou
estável em relação à proteção de acionistas
minoritários, comércio internacional, acesso ao
crédito, respeito aos contratos, obtenção de
instalação elétrica e pagamento de impostos.
Houve piora no processo de obtenção de alvará
de construção.
O governo atribui esse desempenho sofrível às
gestões anteriores, que promoveram a
“devastação no ambiente de negócios nos
últimos anos”. Mas mantém a promessa feita por
Bolsonaro no início do ano, no Fórum Econômico
Mundial, de levar o país para o grupo dos 50
primeiros colocados no ranking, até o fim de seu
governo, em 2022. Cumprir o prometido não será
fácil.
O critério em que o Brasil está pior colocado é no
pagamento de impostos, 184º lugar. O
empresário brasileiro gasta 1.501 horas por ano
para pagar impostos, o que equivale a 62,5 dias,
ou pouco mais de dois meses. O cálculo leva em
conta o tempo empregado na preparação da
declaração e pagamento do Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ), dos impostos sobre
vendas e circulação de bens e serviços, de
tributos sobre salários e contribuições sociais. A
situação já foi ainda pior. No relatório de 2014, o
primeiro em que esse indicador foi calculado, o
tempo gasto nessas atividades no Brasil chegava
a 2.600 horas. No grupo América Latina e Caribe,
o tempo médio destinado para o pagamento dos
tributos é de 317 horas por ano; e nos países da
OCDE fica em 158,8 horas.
No tempo gasto para a abertura de uma empresa
as comparações também são dramáticas.
Enquanto se leva um dia na Nova Zelândia e 9,2
dias em média nos países da OCDE, são 13,5
dias em São Paulo e 21,5 dias no Rio, o que
coloca o país no 120º lugar nesse critério. É mais
fácil abrir um negócio em países como Síria,
Bangladesh, Quênia, Peru, Nigéria e Camarões,
constata o estudo.
O governo tem razão ao alegar que o Banco
Mundial ainda não capturou melhorias como a
diminuição da taxa básica de juros, a Lei da
Liberdade Econômica, a aprovação do cadastro
positivo e a reforma da Previdência. Outros
aperfeiçoamentos estão em gestação, como a
revisão da lei de recuperação judicial e falências.
O prazo médio de recuperação ou falência está
em quatro anos em comparação com menos de
três anos na América Latina. Haverá também
marco legal específico para a recuperação de
micro e pequenas empresas, chamado de
“reempreendedorismo”.
Data: 30/10/2019
80
Grupo de Comunicação
Impacto mais significativo, no entanto, deve ter a
reforma tributária, que deve atacar exatamente o
ponto mais frágil do Brasil entre os dez critérios
analisados pelo Banco Mundial. A expectativa é
que ela estimule o crescimento, reduza os custos
das empresas, racionalize a produção e promova
a competitividade, acabando com a insegurança
jurídica. Não se sabe, porém, qual é o projeto do
governo. Depois do embate com o presidente por
conta da proposta do imposto único, a equipe
econômica passou a evitar se expor a respeito do
assunto. As mudanças possivelmente virão em
etapas e a primeira pode ser a simplificação do
PIS/Cofins, o que deve diluir o efeito positivo.
https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2019/10/
30/ambiente-de-negocios-do-pais-piora-aponta-
banco-mundial.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
81
Grupo de Comunicação
Venda de refinaria fica para 2020
O presidente da Petrobras, Roberto Castello
Branco, acredita que não haverá tempo suficiente
para assinar contratos para venda de refinarias
ainda neste ano, mas destacou que está otimista
de que os primeiros negócios possam ser
fechados no primeiro trimestre de 2020. O
programa de desinvestimentos da estatal inclui
oito de suas 13 unidades, o equivalente à metade
da capacidade de refino do país. Inicialmente, a
expectativa da empresa era vender ao menos um
dos ativos em 2019.
Castello Branco, no entanto, assegurou que o
interesse pelos ativos da companhia é grande. O
executivo explicou que as primeiras vendas de
refinarias devem ocorrer somente em 2020
porque a estatal teve de adiar o prazo para
recebimento das propostas, dado a demanda de
potenciais investidores por mais tempo para
avaliação dos ativos. De acordo com ele, mais de
20 empresas manifestaram interesse pelo
primeiro pacote de refinarias colocado à venda.
“Esperamos ter boas notícias por volta de março
de 2020”, disse o executivo, durante participação
no Seminário sobre Matriz e Segurança
Energética da FGV Energia, no Rio.
A Petrobras dividiu o processo de
desinvestimentos no refino em dois pacotes de
ativos: o primeiro, mais adiantado, inclui a Rnest
(PE), Rlam (BA), Repar (PR) e Refap (RS). A
expectativa da estatal é receber em novembro as
propostas pelas unidades. Em paralelo, a
companhia iniciou recentemente a fase de
recebimento de ofertas não vinculantes para a
venda da Regap (MG), Reman (AM), Lubnor (CE)
e SIX (PR).
O presidente do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto,
prevê que, ao final do programa de
desinvestimentos da Petrobras, metade do
parque de refino nacional permaneça com a
companhia, enquanto a outra metade migre para
o controle de “quatro ou cinco grupos privados”.
Barreto reconhece que, ao se acomodar nessa
proporção, o mercado de refino ainda será
concentrado, mas dentro de suas “características
naturais”.
“Será um mercado oligopolizado, mas é uma
estrutura natural desse mercado e o Cade estará
atento para intervir e evitar políticas anti-
concorrenciais”, disse.
Ele lembrou ainda que “a empresa não poderá
vender refinarias que fazem fronteira entre si
para um mesmo grupo privado”. A ideia é que
cada grupo exerça pressão concorrencial sobre o
outro.
O presidente da Petrobras comentou ainda sobre
a expectativa para o leilão dos excedentes da
cessão onerosa, em 6 de novembro. Ele lembrou
que a estatal manifestou interesse pelas áreas de
Búzios e Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, e
que a empresa vai para o leilão “com todo o
entusiasmo” e vai “entrar para ganhar”.
Castello Branco classificou o campo de Búzios,
um dos ativos de interesse da petroleira, como a
“maior jazida já descoberta” no pré-sal brasileiro,
e chamou de “monstrengo” e “mais uma
jabuticaba” o regime da cessão onerosa, criado
em 2010. Na ocasião, ainda no governo PT, a
União cedeu à Petrobras o direito de produzir até
5 bilhões de barris, como parte da capitalização
que desencadeou o aumento da fatia da União no
capital da estatal.
Ao comentar sobre a política de conteúdo local, o
executivo afirmou ainda que a eleição de Alberto
Fernández para a presidência da Argentina foi
“claramente um erro”. “Condeno severamente
esse instrumento [política de conteúdo local] que
já deu errado. Não podemos repetir a Argentina,
onde se tira o presidente [Maurício Macri] que
não consegue se eleger porque não conseguiu
solucionar os problemas [econômicos do país]. Aí
traz de volta alguém que cometeu os problemas
[chapa da ex-presidente Cristina Kirchner]. Isso
é claramente um erro”, afirmou Castello Branco.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/30/venda-de-refinaria-fica-para-2020.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
82
Grupo de Comunicação
Petrobras tem R$ 3,8 bi em provisões para
Sete Brasil
Está cada vez mais claro que a conta do fiasco
que foi o projeto da companhia de sondas Sete
Brasil será da Petrobras. A estatal é alvo de
cobranças da maioria dos acionistas da holding
criada para operar as plataformas e navios do
pré-sal - bancos, fundos de pensão e fundos
internacionais - em disputas arbitrais no Brasil e
nos Estados Unidos. A Petrobras não tinha
provisões para esses processos até o começo do
ano. Mas, a partir de abril, começou a constituir
reservas para dar conta desses processos. O
valor lançado já como perdas chega a R$ 3,8
bilhões.
O que determina uma provisão é o tamanho do
risco que a empresa calcula de prejuízo com o
assunto. Antes, a Petrobras considerava a chance
de perder as disputas apenas “possível” e passou
agora a avaliar como “provável”.
Estimativa total da companhia para perda com
processos chega a R$ 8 bilhões, conforme
balanço anual de 2018
Do total provisionado, R$ 2,5 bilhões foram
adicionados no fim de setembro, no balanço do
terceiro trimestre. Entre março e junho, a estatal
havia feito a primeira baixa, de R$ 1,3 bilhão.
O prejuízo potencial, contudo, é maior. Em
dezembro de 2018, a Petrobras listava as
contingências relacionadas a Sete Brasil como
valores não provisionados e a estimativa de
perda era de R$ 8 bilhões. Aos poucos, a
companhia está lançando perdas já no resultado.
É uma forma de se antecipar ao prejuízo para
quando ele ocorrer.
A Petrobras não justifica por qual razão fez e
nem porque aumentou a provisão - nenhuma
informação além de que a perda se tornou
“provável”, nas notas explicativas do balanço.
Consultada, a empresa disse, por meio de sua
assessoria de imprensa, que nada pode
acrescentar sobre o tema, pois as arbitragens
correm em sigilo.
São acionistas da Sete Brasil, além da própria
Petrobras com 5% do capital, os bancos BTG
Pactual, Santander, Bradesco (Fundo Strong), as
fundações Valia, Funcef, Previ e os fundos de
participações EIG, Luce e Lakeshore. Todos
cobram a Petrobras via arbitragem, exceto
Bradesco e Santander.
A Sete foi criada para ser a holding que
compraria as sondas de exploração do pré-sal. O
planejamento para os estaleiros nacionais data
de 2008, ainda na euforia da descoberta. A super
demanda para plataformas e navios de
exploração foram a base do Plano Nacional de
Sondas, criado pelo governo do PT e incluído no
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Inicialmente, o governo via espaço para a estatal
encomendar 44 sondas para o pré-sal. Mas, após
o debate com as construtoras sócias dos
estaleiros, ficou decidido que seria feita uma
encomenda de 28 sondas (21 pedidos firmes e
sete opções). A empreitada custaria US$ 25
bilhões à Petrobras.
Para não onerar o balanço da petroleira, em um
momento que já carregava US$ 100 bilhões em
compromissos, decidiu-se pela criação de uma
holding que ficaria responsável por comprar e
alugar para a estatal as tais sondas.
Esse formato, fora da Petrobras, foi oferecido aos
bancos e fundos de pensão e começou a sair do
papel em 2012. Todo o custo das sondas já
estava então negociado entre a Petrobras e os
estaleiros. Um dos últimos a entrar foi o BTG
Pactual, que optou por apostar tudo em capital.
Já o Itaú, fez o oposto: concentrou a exposição
na concessão de crédito, nada em capital.
A construção das sondas seria financiada pelo
BNDES. Entre capital inicial e dívidas, bancos
acionistas, fundos de pensão, fundos de
investimentos chegaram a colocar nada menos
do que R$ 27 bilhões no projeto. Fontes que
Data: 30/10/2019
83
Grupo de Comunicação
estiveram presente nas negociações da época
afirmam que, para os bancos e acionistas, era
quase uma operação de renda fixa. “Na época,
não tinha razão para não fazer. Hoje, em
retrospecto, não há nenhuma para termos
investido”, costumava comentar o dirigente de
um dos fundos de pensão quando a maré virou e
a oportunidade se transformou em crise.
Em 2015, quando a Operação Lava-Jato revelou
o esquema de corrupção entre a Petrobras e as
empreiteiras - sócias dos estaleiros que fariam as
sondas - o projeto Sete Brasil entrou em colapso.
O BNDES desistiu de financiar a companhia, que
já tinha tomado bilhões em empréstimos-ponte
com bancos comerciais públicos e privados. E a
Petrobras, então, unilateralmente, retirou as
encomendas, sob pretexto da corrupção.
O ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro
Barusco afirmou, em colaboração premiada ao
Ministério Público Federal (MPF), que havia um
esquema de propina na construção de sondas.
Além do executivo, também estava envolvido o
gerente internacional Eduardo Vaz Musa, que
veio a ser presidente da Sete Brasil. Não se
encontrou indícios, contudo, de que os sócios da
Sete soubessem ou tivessem participado dessas
negociações. Musa, inclusive, foi alvo de
processo de responsabilidade civil como
executivo da companhia.
Por mais de um ano, os sócios da Sete Brasil,
tentaram sem sucesso negociar com a Petrobras
um acordo que permitisse a sobrevivência da
empresa, mesmo que com uma carteira de
pedidos menor. A estatal, na época, vivia sua
própria crise financeira.
Agora as dívidas bilionárias estão sendo
discutidas na recuperação judicial da Sete Brasil,
iniciada em maio de 2016, e o capital aportado
está sendo cobrado da Petrobras pelos sócios nas
arbitragens dentro e fora do país.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/30/petrobras-tem-r-38-bi-em-provisoes-para-
sete-brasil.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
84
Grupo de Comunicação
Abertura de capital da Saudi Aramco
começa no domingo
A Saudi Aramco deve lançar sua oferta pública
inicial no domingo, dia 3 de novembro. Segundo
fontes familiarizadas com o assunto, o príncipe
herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin
Salman, vai levar adiante a muito esperada
entrada na Bolsa de Valores da empresa mais
lucrativa do mundo. O preço das ações será
definindo no início de dezembro e elas começam
a ser negociadas na Bolsa de Valores doméstica
da Arábia Saudita, a Tadawul, em 11 de
dezembro, de acordo com essas fontes.
A privatização parcial da Saudi Aramco é o ponto
central nas ambições do príncipe Mohammed de
reformular a economia do reino. No entanto,
desde que Riad divulgou pela primeira vez sua
intenção de abrir seu capital, em 2016, esse
plano foi assolado por atrasos e temores de que
a empresa não alcançasse a avaliação de US$ 2
trilhões almejada pelo príncipe.
Novo cronograma surge no momento em que
a Arábia Saudita abriu conferência chamada
“Davos no Deserto”
O novo cronograma, noticiado pela primeira vez
pela emissora estatal Al Arabiya, surge depois
que os planos para iniciar o processo neste mês
foram adiados. Os executivos da Saudi Aramco
foram pegos de surpresa ontem pela notícia, em
mais uma indicação de que o governo está
assumindo controle maior sobre uma oferta
pública inicial na qual trabalha a maioria dos
principais bancos do mundo.
Com receita líquida de US$ 111 bilhões em 2018,
a expectativa é que seja vendida cerca de 3% de
uma empresa que concorre com rivais como a BP
e a ExxonMobil.
Riad abordou os principais investidores
institucionais mundiais, entre eles fundos
soberanos, e pressiona famílias sauditas ricas a
comprar ações como investidores âncora. Várias
dessas famílias tiveram parentes presos no Ritz-
Carlton em 2017, durante operação contra
corrupção promovida pelo príncipe Mohammed.
No entanto, investidores globais se mostraram
céticos quanto à meta do príncipe Mohamed de
conseguir uma avaliação de US$ 2 trilhões, e
banqueiros ocidentais acreditam que algo entre
US$ 1,2 trilhão e US$ 1,5 trilhão é um valor mais
realista. Uma fonte familiarizada com o assunto
disse que a Saudi Aramco deve realizar novas
reuniões com investidores, na tentativa de
reduzir essa diferença de avaliação antes de
finalizar a definição do preço para a IPO.
Dentro do novo cronograma, segundo fontes, a
faixa de preço será anunciada em 17 de
novembro e a venda de ações começa em 4 de
dezembro. Duas fontes próximas à empresa
disseram que a não ser que o quebra-cabeças da
avaliação seja resolvido, o cronograma pode ser
adiado novamente.
A Tadawul e a Autoridade do Mercado de Capitais
da Arábia Saudita se recusaram a comentar o
assunto. Em um comunicado, a Saudi Aramco
informou que está “pronta e o ritmo do processo
dependerá das condições do mercado e ocorrerá
no tempo escolhido pelos acionistas”.
Notícias sobre o novo cronograma para a entrada
na bolsa surgem no momento em que a Arábia
Saudita abriu sua principal conferência para
investidores, batizada de “Davos no Deserto”, da
qual participa uma multidão de grandes
banqueiros, políticos e executivos.
O reino está desesperado para tornar um sucesso
a Iniciativa de Investimento Financeiro (FII), que
acontece um ano após o assassinato brutal de
Jamal Khashoggi ter desencadeado a pior crise
diplomática do país desde os ataques de 11 de
setembro nos Estados Unidos. A morte do
jornalista no consulado da Arábia Saudita, em
Istambul, levou alguns executivos ocidentais a
boicotarem o evento do ano passado, mas muitos
estão participando dele nesta semana.
Data: 30/10/2019
85
Grupo de Comunicação
A oferta inicial pública foi adiada no ano passado
em meio aos temores de que o reino não fosse
capaz de conseguir a avaliação de US$ 2 trilhões
e depois de a corte real ordenar à empresa que
comprasse do fundo soberano do país, o PIF,
uma participação de 70% na Sabic, a maior
empresa petroquímica da Arábia Saudita.
O processo foi retomado neste ano, depois do
lançamento bem-sucedido de um bônus de
estreia da Saudi Aramco. E em setembro, depois
que ataques com mísseis e drones atribuídos ao
Irã cortaram pela metade a produção de petróleo
da Saudi Aramco temporariamente, as
autoridades insistiram em que seguiriam adiante
com a listagem.
Embora o príncipe Mohammed seja responsável
por promover reformas sociais, especialmente
medidas para reduzir as restrições à liberdade
das mulheres, a economia do país passa por
dificuldades. Segundo analistas, o governo está
ansioso em mostrar que seu programa está
progredindo, mesmo quando a economia está
estagnada e Riad luta para atrair investimentos
estrangeiros diretos para além de setores
tradicionais, como o de petróleo e o
petroquímico.
“O IPO é muito importante simbolicamente. Vai
mostrar que estamos implementando o que
prometemos, e é um ponto central da agenda
econômica”, disse um executivo saudita. “Se
conseguirmos fazê-lo, poderemos dizer que isso
não é só conversa, que isso está aqui agora.”
Kirill Dmitriev, chefe do Fundo de Investimento
Direto da Rússia, disse na conferência ontem que
“vários fundos de pensão russos e bancos de
investimento da Rússia demonstraram interesse
no IPO da Aramco”.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/30/abertura-de-capital-da-saudi-aramco-
comeca-no-domingo.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
86
Grupo de Comunicação
Importado pode chegar a 60% do mercado
Em uma conta preliminar, a Associação Brasileira
da Indústria Química (Abiquim) estima que a
participação dos produtos químicos de uso
industrial importados na demanda brasileira
chegará a 60%, caso a abertura comercial
proposta pelo governo brasileiro seja
implementada sem que as condições de
competitividade das fabricantes locais sejam
asseguradas. Hoje, essa fatia já está em 41%, a
mais alta na história.
De acordo com a diretora de economia e
estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello
Ferreira, os primeiros cálculos indicam que, se a
abertura comercial for unilateral, os importados
ganharão espaço no mercado doméstico e a
capacidade ociosa nas fábricas brasileiras vai
aumentar até o ponto em que não seja mais
viável mantê-las em operação.
Neste momento, a ociosidade está em 30%, no
limite para um setor que opera em regime de
processo contínuo. Uma nova queda pode iniciar
o desligamento de fábricas, conforme a Abiquim.
Sede do mais antigo polo petroquímico brasileiro,
São Paulo tende a ser o mais afetado pela
abertura comercial unilateral, já que as
operações no Estado são as mais dependente do
óleo e do gás nacionais.
Os cálculos da Abiquim consideram também as
cadeias de valor que são clientes da indústria
química, como têxteis, farmacêutica e
automotiva, e até agora indicam que o Produto
Interno Bruto (PIB) do setor está em risco. Com
importações mais competitivas que os bens
nacionais, a tendência é de ampliação também
das compras externas de produto final. “É o pior
dos mundos”, diz Denise. A indústria química,
que já foi a segunda maior no PIB industrial
brasileiro, ocupa hoje a quarta posição e perderia
mais alguns degraus se as previsões se
confirmarem.
A Abiquim compõe o grupo de entidades setoriais
que, junto com a Confederação Nacional da
Indústria (CNI), está avaliando a lista oficiosa de
produtos e respectivas novas alíquota que teria
sido apresentada pelo governo brasileiro ao
Mercosul. Abimaq, Abit e Instituto Aço Brasil
também participam das discussões.
Uma nova rodada de conversas está prevista
para os próximos dias, quando o grupo definirá
medidas que deverão ser adotadas. “A abertura
deve ser feita com previsibilidade e estar em
sincronia com as reformas estruturais”, observa a
diretora de assuntos de comércio exterior da
Abiquim, Denise Mazzaro Naranjo.
De acordo com a executiva, somente com a
hibernação das duas fábricas de fertilizantes da
Petrobras no Nordeste e a suspensão de parte
das operações da Braskem em Alagoas, por
causa dos problemas associados à mineração de
sal-gema, a taxa de ociosidade da indústria
saltou dez pontos percentuais. “Nesse patamar,
não vemos apenas risco de não haver
investimentos, mas de desinvestimentos mesmo,
com a perda de empregos qualificados”, afirma.
Para a indústria de transformação de plásticos,
porém, a notícia de que a alíquota de importação
de determinados produtos petroquímicos, em
especial as resinas termoplásticas, deve cair foi
bem recebida. Há anos os transformadores se
queixam da imposição de taxas elevadas a
matérias-primas e insumos importados, sobre os
quais podem incidir ainda tarifas antidumping.
“Há distorções que precisam ser corrigidas”, diz o
presidente da Associação Brasileira da Indústria
do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho.
Polipropileno (PP), PVC e PET são os casos mais
graves, conforme Roriz, já que a produção local
dessas resinas está nas mãos de apenas um ou
dois fabricantes e ainda assim há antidumping -
no caso do PP, a Braskem é a única produtora
brasileira e no do PVC, a proteção tarifária existe
há mais de duas décadas. “Somos favoráveis à
escalada tarifária. À medida que agrega valor, a
proteção é maior”, afirma o executivo.
De janeiro a setembro, o Brasil importou US$ 4,1
bilhões em produtos químicos, com alta de 3%,
enquanto as exportações caíram 16,6%, a US$
954,6 milhões. Os produtos mais importados
foram os intermediários para fertilizantes, com
US$ 862 milhões, e as resinas termoplásticas, as
mais exportadas, com US$ 134,6 milhões.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/30/importado-pode-chegar-a-60-do-
mercado.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
87
Grupo de Comunicação
Millenium promete investir pesado em
etanol de milho
Empresa pretende erguer até oito usinas no país
A Millenium Bioenergia, companhia constituída
em 2014 por usineiros de São Paulo e produtores
de grãos do Centro-Oeste, espera iniciar ainda
neste ano a construção de duas usinas de etanol
de milho no país, uma em Roraima e outra em
Mato Grosso. Deverão ser as primeiras de uma
série de até oito unidades de etanol que a
companhia pretende erguer nos próximos anos,
boa parte delas na Zona Franca de Manaus.
A expectativa é que a licença para a usina de
Roraima seja concedida nesta semana e que a
construção comece em novembro, disse Eduardo
Lima, CEO da companhia, a jornalistas durante
um evento promovido pela consultoria Datagro
em São Paulo. A unidade ficará no município de
Bonfim, localizado a pouco menos de uma hora
da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Lima espera que a licença para a instalação da
segunda unidade, localizada em Jaciara (MT) e
que ficará a cargo da Fluor Corporation, saia em
dezembro. A usina mato-grossense deverá servir
de “modelo” para as demais plantas que os
sócios da Millenium querem construir na região
da Zona Franca, como Itacoatiara, Rio Preto da
Eva e Manaus - para as quais a companhia já
possui licenças prévias -, e em Tabaporã (MT),
onde o grupo já começou o plantio de cana.
Apesar do zoneamento agroecológico da cana
impedir seu cultivo no bioma amazônico, o
executivo disse que a companhia tem uma
licença especial para a unidade de Tabaporã, na
parte amazônica de Mato Grosso, concedida
ainda no governo Lula. A companhia também
pretende erguer usinas na Flórida, nos EUA, e em
Queensland, na Austrália.
Os investimentos em cada usina são da ordem de
US$ 170 milhões - o total previsto, portanto,
supera US$ 1 bilhão. Segundo Lima, a Millenium
já conta com recursos de sócios e financiamentos
para a construção das duas primeiras plantas.
Dos US$ 340 milhões que deverão ser aplicados,
Lima disse que os sócios arcarão com 80% e os
20% restantes virão de financiamentos
contratados com bancos estrangeiros, entre eles
um chinês e um europeu.
O executivo afirmou que os recursos serão
liberados pelos financiadores assim que as
licenças forem concedidas. Por sua vez, os
aportes na fase anterior à construção das
indústrias já estão sendo realizadas com capital
próprio da companhia. O prazo de construção de
cada unidade será de dois anos.
Segundo Lima, as usinas que a Millenium
Bioenergia pretende erguer no Norte do país
deverão abastecer o Nordeste com etanol e o
Oriente Médio e a Ásia com farelos (DDGs) de
alta proteína. Para garantir mercado, a
companhia firmou contratos de dez anos com
uma cooperativa americana para garantir o
fornecimento de milho para suas plantas e para a
exportação dos DDGs aos mercados externos. A
usina que a companhia pretende construir no ano
que vem na Austrália deve atender basicamente
a demanda chinesa por etanol e DDGs.
https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20
19/10/30/millenium-promete-investir-pesado-
em-etanol-de-milho.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
88
Grupo de Comunicação
Avançam os projetos de produção da Yara
no país
Quando decidiu deixar para trás três décadas de
atuação discreta no Brasil e apertar o passo no
país, no ano 2000, a norueguesa Yara, que ainda
não havia se desgarrado do grupo Norsk Hydro
(hoje apenas Hydro, forte nos setores de
alumínio e energia), sabia que tinha pela frente
um cenário promissor para mistura e distribuição
de fertilizantes acabados, mas que enfrentaria
muitos desafios para avançar na produção das
principais matérias-primas que compõem os
adubos químicos mais usados nas lavouras.
Quase 20 anos e quase US$ 3,5 bilhões em
investimentos depois, a Yara se consolidou como
líder em vendas do insumo no mercado
brasileiro, com uma participação de cerca de
25% conquistada, em parte, graças às aquisições
da Adubos Trevo, em 2000, da Fertibrás, em
2006, e de ativos da Bunge, em 2013. E agora se
prepara para concluir, em 2020, seus dois
principais projetos na área de produção, em
Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, nos quais
ainda deverá aplicar cerca de R$ 1 bilhão.
“Alcançamos uma participação de mercado
importante, que tornou o Brasil a principal
fronteira da Yara no mundo e que também nos
garante massa crítica para influenciar a agenda
do segmento no país, muito pautada por
questões relacionadas à segurança e à
sustentabilidade. E, com a conclusão dos projetos
de produção, ficaremos mais equilibrados”,
afirma Lair Hanzen, presidente da multinacional
no país. Egresso da Trevo, o executivo lidera o
movimento de expansão da Yara desde o início.
Com o peso que ganhou, o faturamento da
subsidiária brasileira já representa um quarto das
vendas globais da múlti norueguesa. No segundo
trimestre deste ano, foram US$ 805 milhões de
um total de US$ 3,4 bilhões. Com a conclusão
dos projetos de produção e a continuidade do
aumento da demanda por fertilizantes no Brasil -
há 15 anos o ritmo de crescimento é duas vezes
maior que a média global -, a tendência é que
essa participação aumente. No Brasil também
estão um terço dos cerca de 16 mil funcionários
do grupo, que atua em mais de 60 países.
Por mais que Hanzen deixe claro que “market
share” não é prioridade e que os atuais 25%
podem variar um pouco para cima ou para baixo
nos próximos anos, a Yara não está disposta a
perder o que abocanhou na área de distribuição.
Mas, para isso, certamente terá que ampliar sua
rede de misturadoras, atualmente formada por
24 unidades espalhadas pelos principais polos
agrícolas brasileiros (a mais recente foi comprada
em Goiás) uma vez que a demanda doméstica
por fertilizantes tem crescido entre 2% e 3% ao
ano, de 700 mil a 1 milhão de toneladas - mesmo
volume produzido por uma planta de mistura de
pequeno porte.
No momento, contudo, incertezas tributárias
inibem um planejamento mais detalhado,
sobretudo com a provável extinção do Convênio
100, em abril de 2020. Firmado pelos Estados do
país em 1997, o acordo permitiu a redução da
base de cálculo do ICMS na movimentação
interestadual de insumos agropecuários como
fertilizantes, defensivos e sementes, e autorizou
que os Estados concedessem incentivos nas
operações dentro de suas fronteiras - por meio
de isenção, redução ou diferimento da cobrança
do imposto.
Sem o pacto, as alíquotas incidentes sobre o
movimento dos insumos entre as unidades da
federação subirão de entre 4,9% e 8,4% para
entre 7% e 12%, e dentro de um mesmo Estado,
onde não há cobrança atualmente, as taxas
serão de entre 17% e 18%. Assim, clusters locais
de distribuição dos insumos perderão
competitividade.
Essa expectativa reforça a importância do projeto
da Yara em Rio Grande (RS). A partir de
investimentos totais da ordem de R$ 1,8 bilhão,
o projeto prevê a duplicação da unidade, cuja
produção chegará a 1,2 milhão de toneladas e a
capacidade de mistura alcançará 2,6 milhões de
toneladas. Não há extração de matérias-primas
no local, mas o complexo está estrategicamente
localizado.
Data: 30/10/2019
89
Grupo de Comunicação
No porto próprio da empresa em Rio Grande
chegam matérias-primas importadas - mais de
80% da demanda brasileira por adubos,
compostos basicamente por fosfato, potássio e
nitrogênio, é atendida por importações - e no
complexo há etapas do processo produtivo como
beneficiamento realizadas antes dos trabalhos de
mistura, feitos em duas unidades.
Paralelamente, a Yara continua a trabalhar no
projeto de mineração de rocha fosfática e
produção de fosfatados de Serra do Salitre (MG),
100% incorporado com a aquisição de ativos da
Galvani, que terá capacidade para 1 milhão de
toneladas por ano. Já foram investidos no projeto
R$ 2,5 bilhões e a primeira fase, de produção de
rocha e beneficiamento, foi concluída. Com mais
R$ 600 milhões a R$ 700 milhões, está em curso
a segunda fase, que permitirá que a rocha seja
transformada em fertilizante. Enquanto isso,
segundo Hanzen, Salitre já abastece a planta da
empresa em Paulínia (SP).
“Salitre é o principal projeto da empresa no Brasil
e no mundo”, reitera o executivo. Ainda em
produção, vale lembrar que a Yara adquiriu em
2017 os ativos remanescentes de fertilizantes da
Vale em Cubatão (SP), com foco em fosfatados e
nitrogenados - estes últimos são o carro-chefe da
Yara no mercado global. E que, em 2018, a
companhia inaugurou em Sumaré (SP) sua
primeira unidade de fertilizantes foliares e
micronutrientes fora da Europa, que demandou
aporte de R$ 100 milhões.
https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20
19/10/30/avancam-os-projetos-de-producao-da-
yara-no-pais.ghtml
Voltar ao Sumário
Data: 30/10/2019
90
Grupo de Comunicação
Incertezas do acidente com óleo no
Nordeste
Em setembro, o Nordeste brasileiro começou a
ser atingido por diversas manchas de óleo, sem
que se soubesse o culpado, local do vazamento
ou os possíveis responsáveis. O acidente
marítimo com óleo se trata de um crime
ambiental ocorrido possivelmente em alto mar,
fora das águas brasileiras, mas com
consequências ambientais diretas ao estado
costeiro.
Extremamente importante a identificação da
causa do acidente, bem como as nacionalidades
das embarcações e os países envolvidos com
essas e com a carga. Inclusive, o Brasil é
signatário da Convenção Internacional sobre
Responsabilidade Civil em Danos Causados por
Poluição por Óleo, de 1969, Decreto n° 83.540,
de 1979, que estabelece a responsabilidade civil
do proprietário do navio poluidor, bem como
seguros obrigatórios para este fim.
Os danos sofridos pelas empresas e
comunidades podem e devem ser ressarcidos
pela União
Entretanto, nesse momento, todas as
preocupações do Estado devem ser direcionadas
à contenção do dano e reparação do meio
ambiente, sob pena de sua inércia, transformar o
Estado em um agente poluidor, suscetível de ser
responsabilizado civil e penalmente pelos danos e
crimes ambientais, conforme estabelece a
Constituição Federal e legislação federal
brasileira.
Quando se fala em contenção, importante
lembrar que o Brasil é signatário da Convenção
Internacional sobre Preparo, Resposta e
Cooperação em Caso de Poluição por Óleo, de
1990, ratificada pelo Decreto nº 2.870, de 1998,
que estabelece o dever de as partes
desenvolverem os sistemas nacionais e regionais
de preparo e resposta a emergência.
Nesta seara, para o combate à poluição por óleo
e substâncias nocivas ou perigosas, a Lei nº
9.966, de 2000, estabelece a criação de planos
de emergência individuais e planos de área, que
são consolidados pelo órgão federal de meio
ambiente no Plano Nacional de Contingência
(PNC), em articulação com os órgãos de defesa
civil.
Assim, considerando que o PNC é o único
instrumento aplicável a este tipo de acidente,
que certamente é de significância nacional, resta
a indagação: será que o PNC foi acionado e
executado de forma rápida e eficiente?
Afinal, o acidente ambiental em comento
impacta, até o momento, nove Estados da Região
Nordeste, nada menos que um terço do Brasil.
Inclusive, o Decreto nº 8.127, de 2013, instituiu
que uma das hipóteses de um incidente ser
considerado como de significância nacional é
quando poluidor não é identificado e em áreas
não cobertas por planos de área, ou seja,
exatamente como no caso sofrido pelo Nordeste
brasileiro.
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA)
do incidente de poluição de óleo no litoral do
Nordeste, composto pelo Ibama, ANP e Marinha
do Brasil, foi apenas citado pelas autoridades
ambientais, no dia 14 deste mês, sem
informações sobre etapas, procedimentos,
coordenador operacional e até de onde viriam os
custos para a contenção e reparação do meio
ambiente.
Conforme o Decreto nº 8.127, de 2013, cabe ao
GAA analisar a significância do incidente, em
função de seu porte e potencial impacto,
classificando-o como de significância nacional ou
não, bem como designar o coordenador
operacional, considerando para isso, as hipóteses
estabelecidas na própria norma. Caso seja
constatada a significância nacional do incidente,
o coordenador operacional deverá propor o
acionamento do PNC.
Caso reste comprovada a inércia do Brasil na
contenção dos danos e no acionamento do PNC,
Data: 30/10/2019
91
Grupo de Comunicação
poderá restar caracterizada a responsabilidade
civil da União, considerando que o acidente
ambiental é sem dúvida de significância nacional.
A pergunta que ainda está sendo suscitada é
quem deve arcar com os custos das atividades de
resposta e mitigação? Esta indagação é, mais
uma vez, respondida pelo Decreto nº 8.127, de
2013, que, em seu artigo 27, parágrafo 2º,
estabelece que “enquanto não identificado o
poluidor, os custos relativos às atividades de
resposta e mitigação serão cobertos pelo Poder
Executivo Federal”. Da mesma forma, é a União
que deve ser responsabilizada por todos os
possíveis danos ambientais, sociais e
econômicos, que atingem e atingirão o Nordeste
do Brasil, caso comprovada a sua inércia /
omissão injustificada.
Não custa lembrar que a Convenção das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar, Decreto nº 1.530,
de 1995, estabelece o dever dos Estados de
proteger e preservar o meio marinho, por meio
de medidas para prevenir, reduzir e controlar a
poluição do meio marinho, qualquer que seja a
sua fonte, utilizando para este fim os meios mais
viáveis de que disponham e de conformidade
com as suas possibilidades.
Importante esclarecer que, diante de um dano
ambiental desta magnitude, é preciso considerar
o impacto econômico às atividades ligadas ao
turismo, como hotelaria, pousadas, transporte e
alimentação, bem como os pescadores e
comunidades que desempenham atividades
ligadas ao mar.
Desta forma, considerando o impacto negativo à
economia local, todo o setor de serviços sofrerá,
em face do acidente, danos que podem ser
materiais e morais, incluindo lucros cessantes,
individuais e coletivos, a depender do caso,
considerando ainda o tempo necessário para a
recuperação completa do meio ambiente afetado.
Os referidos danos sofridos pelas empresas e
comunidades em face do acidente com óleo no
Nordeste podem e devem ser ressarcidos pela
União, considerando que sua inércia injustificada
findou por transformar o Estado em agente
poluidor, suscetível de ser responsabilizado civil
(seguindo a responsabilidade objetiva por risco
integral) e penalmente pelos danos e crimes
ambientais.
Ingrid Zanella é sócia titular do escritório Queiroz
Cavalcanti Advocacia, doutora em Direito
Marítimo e Ambiental e representante da OAB-PE
no comitê gestor de crise do Estado de
Pernambuco
https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2019/
10/30/incertezas-do-acidente-com-oleo-no-
nordeste.ghtml
Voltar ao Sumário