MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA BACIA DO RIO CAPIVARÍ (TIJUCAS DO SUL E SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR)
Alexei Nowatzki (UFPR) - [email protected]
Chisato Oka-Fiori (UFPR) - [email protected]
RESUMO A natureza, na sua dinâmica equilibrada e harmoniosa envolve todos os seus elementos que estão mutuamente interligados. O homem se apossa destes elementos denominados por ele de recursos, a fim de suprir as suas necessidades básicas e supérfluas modificando as paisagens naturais. Muitas vezes ao se apossar dos elementos naturais, o homem os utiliza de uma forma desordenada na qual não respeita as suas limitações. Esta pesquisa tem por objetivo entender essas dinâmicas e limitações naturais existentes dentro da bacia hidrográfica do rio Capivarí e analisar as modificações humanas ocorridas no local seguindo as metodologias propostas por Tricart (1977) e Ross (1994). Através do cruzamento de cartas temáticas referentes ao meio físico-natural da bacia e o seu uso e cobertura do solo, foram geradas Cartas de Fragilidade Potencial e Emergente na qual apontam áreas com classes maiores e menores de fragilidades a fim de subsidiar planejamentos de ordenamento territorial e melhor gestão dos recursos naturais do local. Palavras-chave: Bacia Hidrográfica, Fragilidade Ambiental, Geoprocessamento. ABSTRACT The Nature and its balanced and harmonious dynamic involve all of its elements which are mutually interdependent. Men possess these elements called by them resources to supply their basic needs and superfluous modifying the natural landscape. Often when they possess the natural elements, men use them in a disorderly manner which does not respect its limitations. This survey aims to understand these natural dynamics and limitations within the water basin of the river Capivarí and analyze the human changes occurred in the place following the methodology proposed by Tricart (1977) and Ross (1994). Through the intersection of thematic maps concerning the topics of the physical-natural environment of the basin and its use and soil cover, were generated maps of Potential and Emerging Fragility which indicate areas with higher and lower classes of fragility in order to subsidize planning of territorial order and improved management of natural resources of the place. Key-words: Hydrographic Basin, Environmental Fragility, Geoprocessing. 1. INTRODUÇÃO
A natureza como um todo, trabalha em uma perfeita harmonia sempre buscando um equilíbrio.
Este equilíbrio é dinâmico, muitas vezes imperceptível em uma escala de vida humana. Todos os
elementos presentes na natureza estão mutuamente interligados, portanto qualquer alteração em algum
deles acarretará em mudanças aos demais a fim de que o ambiente retorne a um estado de estabilidade.
O homem é um “ser social” que passou a interferir nesta dinâmica, pois está inserido dentro
desta, alterando assim os fluxos de energia dentro dos espaços físicos, reordenando-os através de
tecnologias que o permite aproveitar este espaço para as suas necessidades básicas. Sendo um animal,
o homem precisa de vários recursos que são necessários ao metabolismo de seu organismo. A natureza
dispõe ao homem todos os seus elementos, na qual ele retira-os de seu estado natural e harmônico, e se
apossa deles, denominando-os então de “recursos”.
Dês dos primórdios das civilizações, o homem retira da natureza o que é necessário a sua vida,
antes vivendo como nômades que colhiam os alimentos que estavam disponíveis. Com o passar do
tempo, ele passou a cultivar alimentos, na qual gerou um excedente alimentar, e permitiu que ele
pudesse se dedicar a outras atividades e passou então a se fixar nos espaços, construir sua própria casa,
tornando-se assim “sedentário”. Posteriormente, com adventos como a Revolução Industrial do século
XVIII, as populações cresceram demasiadamente, obrigando-os a utilizar os recursos naturais em
maiores escalas. Assim, da mesma forma, com as novas tecnologias pôde-se realizar grandes obras
nunca antes imaginadas, como edificações, barragens, estradas entre outras, nas quais modificam
profundamente as paisagens.
Dês de então, o homem vem utilizando e extraindo da natureza os seus recursos, sem na
maioria das vezes respeitar as suas limitações, causando impactos as vezes irreversíveis do ponto de
vista ambiental. Nota-se que através do tempo estes impactos estão sendo cada vez mais freqüentes e
de maiores intensidades. Tendo esta consciência, pode-se realizar estudos que nos permitam avaliar as
condições e limitações naturais de uma certa porção da superfície terrestre, através das cartas de
fragilidades potenciais, e analisar onde estão localizadas espacialmente as atividades de cunho
antrópico na área através das cartas de fragilidade emergente.
Com este intento foi desenvolvido o projeto de Fragilidade Ambiental do Rio Capivarí, pelo
Laboratório de Hidro-Geomorfologia (LHG) do departamento de Geografia da Universidade Federal
do Paraná, a fim de que se possa utilizar corretamente e conscientemente os recursos naturais da área
de pesquisa com o menor índice de impactos possíveis, através das atividades humanas no local.
O rio Capivarí está localizado dentro da APA de Guaratuba, na divisa dos municípios de São
José dos Pinhais e de Tijucas do Sul, estando a bacia em maior parte dentro do município de São José
dos Pinhais. A bacia está localizada entre as coordenadas 690100 e 697900 X; 7151000 e 7144000 Y,
sistema de projeção UTM, zona 22. A bacia do rio possui no total uma área de 37,95 km2 sendo o rio
Capivarí um afluente do rio São João, e este um afluente do Rio Cubatão, que tem por destino final a
baía de Guaratuba. A porção noroeste do divisor de águas da bacia coincide com o divisor das bacias
do Atlântico e da bacia do rio Iguaçu. A figura 01 mostra a localização da bacia hidrográfica do rio
Capivari.
Figura 01: Localização da bacia do Rio Capivarí
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com as colocações de Grigoriev (1968) apud Spörl (2001) “’o Estrato Geográfico da
Terra’ é composto pela crosta terrestre, hidrosfera, troposfera, cobertura vegetal e reino animal, que em
conjunto definem os ambientes onde vivem os homens. Este conjunto de fatores compõe o estrato
geográfico e estão intensamente interligados. Sendo assim, nossa tarefa é estudar os componentes do
estrato geográfico como partes de um todo, não isoladamente”.
De acordo com Tricart (1977) o termo Ecossistema, antes utilizado apenas pela Ecologia, vinha
sendo usado em trabalhos de Geografia Física e de cunho ambiental como um todo. “A adoção do
conceito ecológico, usando-se o instrumental lógico dos sistemas, permite estudar as relações entre os
diversos componentes do meio ambiente. Podemos reequilibrar, dialeticamente, nosso pensamento
cientifico, alterado e viciado pelo excesso unilateral da análise” (TRICART, 1977). Recentemente um
termo usado em Geografia é o de Geossistema, que para Sotchava (1976) apud Silveira (2005) aborda
“os fatores naturais considerando-os em interface com fatores econômicos e sociais, com caráter
dinâmico e interativo”. Contudo, devemos antes compreender o conceito de sistema através da Teoria
Geral dos Sistemas que de acordo com Mendonça (1993), foi preconizado por Ludwig von Bertalanffy
na metade do século XX.
O uso do termo sistema pode ser (e vem sendo) usado como suporte para o entendimento dos
aspectos físicos/naturais de um dado local. Para Christofoletti (1979 e 1999) apud Mendonça (1993)
este conceito aplica-se “aos estudos relativos à Geografia Física, considerando a unidade micro-bacia
hidrográfica como sendo um sistema aberto e que pode ser tratado de maneira eficaz no tocante à
análise quantitativa e qualitativa do fluxo de matéria e energia que nele se processa”. De acordo com
Christofoletti (1980), “um sistema pode ser definido como o conjunto dos elementos e das relações
entre si e entre os seus atributos”, e de acordo com ele alguns “aspectos” devem ser abordados nesta
temática como matéria, energia e estrutura. Para Christofoletti (1980), uma ação humana pode
influenciar diversas mudanças na distribuição destes “aspectos” dentro dos sistemas, modificando
assim o equilíbrio dos mesmos. Da mesma forma, Tricart (1977) coloca que um sistema “é um
conjunto de fenômenos que se processam mediantes a fluxos de matéria e energia. Esses fluxos
originam relações de dependência mútua entre os fenômenos. Como conseqüência, o sistema apresenta
propriedades que lhe são inerentes e diferem da soma das propriedades dos seus componentes. Uma
delas é ter dinâmica própria”. O mesmo autor adverte que “o conceito de sistema é, o melhor
instrumento lógico para estudar os problemas do meio ambiente. Ele permite adotar uma atitude
dialética entre a necessidade da análise e a necessidade, contrária, de uma visão de conjunto, capaz de
ensejar uma atuação eficaz sobre esse meio ambiente. O conceito de sistema é, por natureza, de caráter
dinâmico e por isso adequado a fornecer os conhecimentos básicos para uma atuação”.
A energia solar tem um papel intrínseco para todos os processos naturais. Tricart (1977) relata
que “a energia da radiação solar não é a única que alimenta os fenômenos ambientais. Ao seu lado atua
também a energia da gravidade”. Assim para entendermos as dinâmicas naturais, devemos
primeiramente estuda-las como se o homem não estivesse influenciando nestes fluxos, pois de acordo
com o mesmo autor na atualidade “já não existe nenhum ecossistema que não seja modificado pelo
homem, só que as modificações são de natureza diferente e de importância diversa. Uma atitude
intelectual, mas objetiva, para a conservação ou planejamento consiste em distinguir uma situação
inicial, como se fora livre de toda a intervenção”. Ross (2003) mostra que “as relações de troca
energética entre as partes criam uma situação de absoluta interdependência, não permitindo, por
exemplo, o entendimento da dinâmica e da gênese do relevo sem que se conheça o clima, os solos, a
litologia e seus respectivos arranjos estruturais, ou ainda, a análise da fauna sem associá-la à flora que
lhe dá suporte, que por sua vez, não pode ser entendida sem o conhecimento do clima, da dinâmica das
águas, e dos tipos de solos e assim sucessivamente.” Ele ainda conclui argumentando que “as
sociedades humanas não devem ser tratadas como elementos estranhos à natureza e portanto, aos
Sistemas Ambientais onde vivem”.
De acordo com Cunha e Guerra (2003), os desequilíbrios ambientais originam-se, muitas vezes,
da visão setorizada dentro de um conjunto de elementos que compõe a paisagem. A bacia hidrográfica,
como unidade integradora desses setores (naturais e sociais) deve ser administrada com esta função, a
fim de que os impactos ambientais sejam minimizados. Para os mesmos autores as bacias hidrográficas
contíguas, de qualquer hierarquia, estão interligadas pelos divisores topográficos, formando uma rede
onde cada uma delas drena água, material sólido e dissolvido para uma saída comum ou ponto
terminal, que pode ser outro rio de hierarquia igual ou superior, lago, reservatório, ou oceano.
Christofoletti (1980) adverte que os rios são os agentes mais importantes no transporte de materiais
intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas.
O sistema de drenagem é considerado para Chorley (1962) e Coelho Netto (1995) apud Cunha
e Guerra (2003), um sistema aberto onde ocorre a entrada e saída de energia. As bacias de drenagem
para os mesmos autores, recebem energia fornecida pela atuação do clima e da tectônica locais,
eliminando fluxos energéticos pela saída da água, sedimentos e solúveis. Internamente, verificam-se
constantes ajustes nos elementos das formas e nos processos associados, em função das mudanças de
entrada e saída de energia.
Para Mendonça (1993) “a hipsometria de uma bacia hidrográfica permite que se analise a
variação altimétrica do seu relevo”. Porém “quanto maior for a inclinação das vertentes de uma
determinada área, mais facilmente os processos erosivos vão ali se desenvolver, além de ser tão mais
intensos quanto maior for a falta de cobertura vegetal das mesmas; também mais acentuadas serão as
perdas agrícolas e a ocorrência de deslizamentos de terrenos – solifluxão” (MENDONÇA, 1993). Da
mesma forma, Cunha e Guerra (2003) advertem que a topografia da bacia é um importante
contribuinte através da rugosidade topográfica e da presença de declives acentuados, instáveis. Tem
um papel relevante no equilíbrio das encostas sendo um dos fatores da erosão potencial e dos
movimentos de massa. Assim Bigarella (1978) apud Cunha e Guerra (2003) ressaltou que
desmoronamentos rápidos são passíveis de ocorrer em vertentes muito íngremes e com solos pouco
espessos e saturados, mesmo sob floresta, quando é registrada grande intensidade de precipitação.
Com relação aos tipos de solos, Ross (1994) nos mostra que “os critérios utilizados para a
variável solos passam pelas características de textura, estrutura, plasticidade, grau de coesão das
partículas, e profundidade/espessura dos horizontes superficiais e subsuperficiais. Tais características
estão diretamente relacionados com relevo, litologia e clima, elementos motores da pedogênese e
fatores determinantes das características físicas e químicas dos solos” Ele ainda relata que “as praticas
conservacionistas como a questão do manejo dos solos para a agricultura é fator fundamental para
conter os efeitos erosivos e poupar os recursos naturais no processo de degradação da qualidade
agrícola dos solos”.
Quanto à área de estudo, esta se situa em uma zona de transição entre duas unidades
fisiográficas de Maack (1981): o Primeiro Planalto e Serra do Mar. A Serra do Mar se encontra na
porção leste do Paraná e representa um “degrau” entre o litoral e o primeiro planalto paranaense.
Também se constitui de uma serra marginal típica sendo denominada pelo autor por uma “grande
escarpa de falha do complexo cristalino”, sendo esta escarpa repartida por falhas transversais em
blocos elevados e rebaixados; em certos pontos se formaram serras isoladas que se elevam
consideravelmente sobre o nível geral do interior como serras marginais do complexo cristalino. Ele
destaca que a serra é dividida em diversos maciços por blocos altos e baixos, e que os mais altos se
direcionam de NE e vão diminuindo para SW (MAACK 1981). Da mesma forma, para Oka Fiori et al.
(2006) a Serra do Mar configura-se como uma cadeia de montanhas marginal do Primeiro Planalto
Paranaense, separando-o da Planície Litorânea, com cimos elevados até 1.800 metros de altitude,
sustentada por litologias diversas, quase sempre metamórficas de alto grau como migmatitos, gnaisses
e xistos e mais raramente quartzitos, frequentemente associados com rochas intrusivas relacionadas a
ciclos metamórficos mais jovens.
Para Maack (1981), o Primeiro Planalto paranaense (ou planalto de Curitiba), limita-se para
oeste com o Segundo Planalto por uma escarpa de estratos de sedimentos paleozóicos e para leste
limita-se com a Serra do Mar, sendo considerado por ele um “degrau estrutural”. A altitude do planalto
é uniforme, variando de 850 a 950 m, e forma uma paisagem suavemente ondulada, com planícies de
várzeas intercaladas por sedimentos fluviais e paludais do quaternário recente jazendo sobre rochas
cristalinas antigas.
De acordo com Oka-Fiori et al. (2006), a área de estudo se localiza na Unidade Morfoestrutural
“Cinturão Orogênico do Atlântico” e a Unidade Morfoescultural é o Primeiro Planalto Paranaense. O
norte-noroeste da bacia pertence à sub-unidade morfoescultural “Blocos Soerguidos do Primeiro
Planalto”, caracterizados por apresentar dissecação muito alta com as formas predominantes de topos
alongados e em cristas, vertentes retilíneas e vales em “V” fechado. A direção geral da morfologia
varia entre NNE-SSW, N-S e NW-SE, modelada em litologia da Suíte Álcali-Granitos. Já a porção sul-
sudeste da bacia pertence à sub-unidade morfoescultural “Planalto de Curitiba”, na qual se caracteriza
por apresenta dissecação média, formas predominantes de topos alongados e aplainados, vertentes
convexas e vales em “V”. A direção geral da morfologia varia entre N-S e NW-SE, modelada em
rochas do Complexo Gnáissico Migmatítico.
Relacionado ao clima, Silveira (2005) destaca que “a posição geográfica de proximidade com o
Oceano Atlântico e o relevo da Serra do Mar, confere um papel muito importante no condicionamento
climático da APA de Guaratuba”. De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região é o de
Cfa, definido como “subtropical úmido mesotérmico com verão quente”. Silveira (2005) relata que
este clima apresenta no mês mais frio temperatura inferior a 18ºC e superior a -3ºC e no mês mais
quente sua temperatura média é superior a 22ºC. Possuindo portanto verões quentes, geadas pouco
freqüentes e tendência de concentração de chuvas nos meses de verão, contudo sem estação seca
definida.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia aplicada para o presente trabalho foi inicialmente proposta por Tricart (1977),
com os seus estudos de Ecodinâmica entendido como “um modelo de avaliação das unidades
territoriais, com base do balanço pedogênese/morfogênese, propiciando uma classificação quanto aos
graus de instabilidade ambiental”; sendo compreendidas na noção de que na natureza há um equilíbrio
dinâmico relacionado com os processos de trocas energia-matéria. A pesquisa, contudo se baseou em
algumas adaptações e propostas sugeridas por Ross (1990 e 1994) até chegar a produtos cartográficos
finais. Estas cartas são relacionadas às análises empíricas das fragilidades tanto naturais quanto as
antropomorfizadas na paisagem, utilizando assim as delimitações da bacia hidrográfica com o objetivo
de uma visão integrada do meio físico/natural.
Utilizando cartas topográficas na escala de 1:25.000 em ambiente SIG (Sistema de Informações
Geográficas) pode-se fazer o cruzamento de informações presentes em mapas. Para a confecção dos
mapas, foi utilizado o software ArcView 3.2 com o uso das extensões 3D Analyst e Spatial Analyst. Os
dados vetoriais armazenados pelo programa, são em formato Shape, na qual estes tiveram de ser
convertidos para um formato de Grid de informações, para poder realizar os devidos cruzamentos
entre as cartas temáticas.
Assim a primeira carta produzida feita foi a Carta Base, onde se reúnem informações como os
limites da área de estudo (divisores de água da bacia), curvas de nível, hidrografia, pontos cotados.
Estas informações são de suma importância e servem de base para a confecção das demais cartas
temáticas. As cartas topográficas utilizadas (todas elas na escala 1:25.000) foram produzidas em 1992
pelo Departamento de Serviço Geográfico – DSG (Folhas MI 2857-2 SE e MI2857-4 NE ambas
concedidas pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA).
Com as informações planimétricas das curvas de nível e pontos cotados - valores de x
(longitudes), y (latitudes) - juntamente com indicativos de altitude – valores de z (altitudes) presente
nas mesmas, pôde-se gerar o Modelo Digital Tridimensional (MDT) pelo software Arcview 3.2, na
qual este programa armazena os dados do MDT em formato TIN (Tringulated Irregular Network).
Portanto, gerou-se um modelo tridimensional do terreno que através desta técnica foi possível gerar a
carta de hipsometria da bacia (dividida em sete classes) através da opção “elevation range”. A partir
das informações presentes neste MDT, gera-se a carta de declividades, através da opção “slope”, na
qual foi definido, segundo os critérios de Ross (1994), os (cinco) intervalos das classes de declividade
utilizando os intervalos de classes já consagrados nos estudos de capacidade de uso/aptidão agrícola,
associados com aqueles conhecidos como valores limites críticos da geotecnia, indicativos
respectivamente do vigor dos processos erosivos, dos riscos escorregamentos/deslizamentos e
inundações freqüentes.
Os intervalos das classes estão expressos na tabela 01:
Classes de Fragilidade % 1 - Muito Baixa Até 6 2 - Baixa De 6 a 12 3 - Média De 12 a 20 4 - Alta De 20 a 30 5 - Muito Alta Acima de 30
Tabela 01. Intervalos das classes de Fragilidade de Declividades
A carta de Compartimentos de Vertentes foi confeccionada através da interpretação das
distâncias das curvas de nível. Também foram utilizadas as cartas de Hipsometria e Declividades para
a interpretação. Assim, foi possível agrupar as formas predominantes em polígonos. A metodologia
aplicada para gerar esta carta foi proposta por Boiko (2004), na qual leva em conta aspectos físicos do
relevo utilizando como limites para os polígonos, os rios principais, afluentes, a delimitação da
planície e os divisores d’água. De acordo com Boiko (2004), as vertentes são côncavas quando as
curvas de nível estavam próximas ao topo e mais distanciadas na base, e são consideradas os tipos de
vertentes onde mais ocorrem os processos erosivos, pelas suas características de concentração e
convergência de fluxos hídricos em direção ao fundo do vale. As vertentes Retilíneas aparecem nas
encostas onde as curvas de nível estão separadas por eqüidistância, e também possuem um potencial
elevado de erosão, devido a alta taxa de escoamento laminar superficial. Em contrapartida, as vertentes
Convexas aparecem quando as curvas estavam separadas no topo e próximas na base, e são vertentes
que dispersam os fluxos pluviais. Em função das características naturais da área de estudo do presente
trabalho, não foi criado uma compartimentação para as áreas de planície devido à ausência de áreas
plainas com tamanhos consideráveis. Os compartimentos das vertentes receberam o seguinte intervalo
de classes:
Classes de Fragilidade Tipos de Vertentes 1 - Muito Baixa Planícies (sem ocorrência) 2 - Baixa Convexa 3 - Média Retilínea 4 - Alta Côncava
Tabela 02: Intervalos das classes de Fragilidade dos Compartimentos de Vertentes
A confecção da carta Geológica foi baseada nos dados em Cartas Geológicas na escala
1:50.000, em ambiente digital. Estas são compilações de informações geológicas organizadas pela
MINEROPAR (Minerais do Paraná S.A.) em convênio com a SEMA atendendo ao Programa Pró-
Atlântica (Folhas MI 2857-2 e MI 2857-4) .
A carta de Solos (SCHMIDLIN 1998 apud SILVEIRA,2005) foi produzida a partir do Mapa
Compilado de Solos da APA de Guaratuba em meio digital, escala 1:50.000, ano de 1998, base de
dados concedidos pela SEMA em 2001. Em seguida, embasado na proposta de ROSS (1994), foram
atribuídos valores (pesos) para cada um dos solos encontrados na bacia do rio Capivarí, e classificados
de acordo com as suas características:
Classes de Fragilidade Tipos de Solos 1 - Muito Baixa Latossolo 2 - Baixa (sem ocorrência) 3 - Média Argissolo 4 - Alta Cambissolo 5 - Muito Alta Gleissolo, Neossolo
Tabela 03: Intervalos de classes de Fragilidade dos Solos
Para a carta de Uso e Ocupação do Solo, foram utilizadas Cartas de Vegetação, na escala
1:50.000, em ambiente digital, do ano de 2002: MI 2857-2, MI 2857-4, do Mapeamento da Floresta
Atlântica no Estado do Paraná, SEMA, cedidas por Silveira (2005).
Desta forma, com todas as cartas temáticas referentes ao meio físico da área de estudo, formam
atribuídos valores de Fragilidade para cada classe das cartas. Posteriormente, foi realizado o
cruzamento destas informações em ambiente SIG resultando na carta temática de Fragilidade
Potencial (fig. 07), por onde demonstra espacialmente as suas características de fragilidade através de
4 classes, indo da mais baixa para a alta.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos correspondem às observações e análises sobre as cartas temáticas de
hipsometria, declividade, compartimentarão das vertentes, solos e geologia, na qual foram atribuídas as
classes de fragilidade, na qual foi confeccionada a Carta de Fragilidade Potencial. O cruzamento da
Carta de Uso e Ocupação do Solo, correlacionada com a Carta de Fragilidade Potencial, permitiu a
confecção da Carta de Fragilidade Emergente.
De acordo com a carta Hipsométrica (fig. 02) as maiores altitudes (1300m) estão localizadas na
porção norte e noroeste da bacia, relacionadas às características dos “blocos soerguidos” do Primeiro
Planalto Paranaense. A jusante do Rio Capivarí, notamos um decréscimo nas altitudes, na qual dos
divisores mais altos até a foz do rio (770m), há uma amplitude de 530m.
Analisando a carta de Declividades (fig. 02), notamos que pela utilização de curvas de nível de
10 metros, há um nível de detalhe bastante alto e que há uma distribuição homogênea das diferentes
classes ao longo da bacia. De acordo com a Geomorfologia do terreno há um nível de dissecação
médio-alto, o que influi nas inclinações dos terrenos na qual predominam as da classe de declividade
muito alta (acima de 30%), que ocupam 39,2% da área de estudo, coincidindo na maioria das vezes
com vertentes do tipo côncava e retilínea e nas porções altimétricas mais elevadas. Na bacia não
existem extensas áreas planas, contudo, as vertentes convexas que por natureza possuem topos mais
alongados, portanto aplainados se enquadram na classe muito baixa (até 6%), ocupando 24,9% da área.
Através da carta de Compartimentos das Vertentes (fig. 03) podemos estimar áreas onde há
possibilidades de haver uma maior atuação morfodinâmica na superfície dos terrenos, ou seja, estima-
se áreas com maiores possibilidades de haver erosão ou deposição de sedimentos de acordo com
tendências de concentração/disperção de fluxos superficiais de água. A área de estudo tem uma
predominância de vertentes convexas abrangendo 62,0%, bem distribuídas ao longo da bacia
influenciando positivamente do ponto de vista da fragilidade potencial pela sua classe baixa de
fragilidade. As vertentes côncavas (24,8%) e retilíneas (13,2%) se encontram em menor área da bacia e
estão distribuídas na porção central e norte-noroeste. Elas estão relacionadas com áreas de
predominância de declividades acentuadas tornando estas áreas bastante suscetíveis a processos de
erosão linear (côncavas) e laminar (retilínea), ou até mesmo movimentos de massa.
Pela carta de solos (fig. 03) podemos entendê-la melhor fazendo relações com a declividade e
tipos de vertente. Em áreas onde predominam as altas declividades, vertentes côncavas e retilíneas,
temos a presença dos Neossolos Litólicos (24,2%), entrando dentro da classe de fragilidade muito alta.
Os Cambissolos são os de maior predominância na bacia ocupando 46,3%, se adequando à classe alta,
encontrados em áreas com declividades não tão acentuadas. Os Argissolos (2,1% da área) e se
enquadram na classe média. Já os Latossolos estão relacionados com áreas mais planas do terreno, e se
encontram nos três tipos de vertentes, ocupam 21,1% da área, e a sua classe de fragilidade é muito
baixa. Os Gleissolos se enquadram na classe muito alta, pois estão relacionados com as áreas de fundo
de vale e de constante inundação, ou seja, as planícies aluviais dos principais rios da rede hidrográfica
e seus afluentes, ocupando 6,3% da área.
A carta geológica (fig. 04) demonstra que a área de estudo se encontra em sua totalidade dentro
da unidade geológica “Formação Guaratubinha”. As associações litológicas encontradas dentro da
bacia são: diques de riolito pórfiro, felsito e microgranito (Egg); seqüência vulcânica ácida riolitos,
tufos e brechas (Ega); seqüência sedimentar: arcósios, siltitos, argilitos e conglomerados (Egs);
seqüência vulcânica intermediária: andesitos e dacitos (Egi). De acordo com Silveira (2005) apud Fuck
et al. (1969) as rochas vulcânicas da Formação Guaratubinha são constituídas por uma associação de
vulcanismo de composição ácida e intermediária e de uma seqüência sedimentar repousando em
discordância sobre migmatitos e rochas graníticas associadas. As direções estruturais do conjunto
Guaratubinha são geralmente NE-SW correspondendo, genericamente, às direções estruturais dos
migmatitos que constituem o seu embasamento.
As variações dos valores das classes de Fragilidade Potencial encontrados na bacia do rio
Capivarí variam de 1 (muito baixa) a 4 (alta). As áreas onde a fragilidade é muito baixa (3,9%) e baixa
(29,2%) estão presentes os Latossolos relacionados com as vertentes convexas e declividades baixas.
A maior parte da bacia recebeu a classe media de fragilidade ocupando 40,8% da área de estudo. Esta
relaciona-se com os Cambissolos, vertentes convexas e declividades médias. A classe de fragilidade
alta (26,1%) faz parte da relação entre as maiores declividades da bacia, com vertentes do tipo côncava
e retilínea, coincidindo na maior parte dos casos com os Neossolos Litólicos ao norte-noroeste da
bacia.
Figura 02: Carta de Hipsometria e Declividades
Figura 03: Carta de Solos e de Compartimentos de Vertentes
Figura 05: Carta de Fragilidade Potencial
A Carta de Uso e Cobertura do Solo (fig.06) definem as áreas demonstradas na tabela 04:
Classes de Fragilidade Tipos de usos e cobertura do solo % da
área
1 - Muito Baixa Floresta Ombrófila Densa Montana 08,7 Floresta Ombrófila Mista Montana 32,8
2 - Baixa Formações Pioneiras com Influência Fluvial - herbácea / arbustiva 02,9
3 - Média Fase Inicial da Sucessão 19,7 Fase Intermediária da Sucessão 27,4
4 - Alta Reflorestamento 07,5 Agricultura, Pecuária e Outros 01,0
Tabela 04: Classes de Fragilidade dos tipos de uso e cobertura do solo
Analisando a carta de Uso e Cobertura do Solo, a Floresta Ombrófila Densa Montana e a
Floresta Ombrófila Mista Montana apresentam fragilidade muito baixa devido ao seu avançado estágio
de sucessão podendo se encontrar pouco alterada ou até mesmo em caráter primário. A primeira se
distribui na porção centro-norte da bacia, enquanto que a segunda ocupa a porção centro-sul da bacia e
leste. As Formações Pioneiras representam a menor área de cobertura “natural” da bacia, estando em
apenas dois pontos isolados ambos na região central da bacia. Esta cobertura recebeu a fragilidade
baixa, devido este tipo de vegetação ser formado por espécies colonizadoras de ambientes novos, neste
caso em função de uma influência fluvial. As coberturas relacionadas com as fases “Inicial” e
“Intermediária” receberam uma fragilidade média e ambas têm uma distribuição homogênea em toda a
área. A fragilidade alta foi atribuída às coberturas na qual há influência antrópica direta como no caso
dos reflorestamentos e de agricultura pecuária e outros tipos de ocupação humana, pois estes podem
acarretar em um desequilíbrio de fatores físico-naturais devido à alteração de uma “natureza primeira”.
Os reflorestamentos estão na parte nordeste da bacia enquanto que há distribuições de ocupações
humanas na parte oeste e nordeste da bacia, e uma estrada secundária ao norte.
A Carta de Fragilidade Emergente (fig. 07), é um produto do cruzamento das informações de
Fragilidade Potencial com o Uso e Cobertura da Terra, apresenta quatro classes (muito fraca a forte).
A classe muito fraca (porção centro-sul) representa áreas na qual há uma interferência humana mínima
ou inexistente, portanto áreas naturalmente estáveis e equilibradas. Coincide com áreas não muito
declivosas e predominância dos Latossolos com uma cobertura de ambas as Florestas Ombófilas. A
classe fraca tem uma distribuição relativamente homogênea na área, contudo se distribui com mais
freqüência também na porção centro-sul. Esta presente em zonas com Cambissolos, declividades
medianas e coberturas vegetais como as Florestas Ombrófilas e ambas as Fases de Sucessão. A classe
média de fragilidade foi atribuída com maior freqüência em áreas de Fases de Sucessão Inicial e
Intermediária da cobertura vegetal relacionadas com predominância de Neossolos Litólicos e
Cambissolos. Toda a área de reflorestamento se enquadrou dentro desta classe. Para a classe forte, foi
enquadrado todas as atividades de cunho antrópico na qual estão inseridas em zonas naturais com uma
Fragilidade Potencial mais elevada, ou seja, declividades altas e solos rasos como os Neossolos
Litólicos.
Classes de Fragilidade
Fragilidade Potencial
(% da área)
Fragilidade Emergente (% da área)
1 - Muito Fraca 3,9 14,2 2 - Fraca 29,2 43,3 3 - Média 40,8 40,9 4 - Forte 9,9 1,6
Tabela 05: Fragilidade Potencial e Emergente (% da área)
Figura 07 Carta de Fragilidade Emergente
No presente estudo de Fragilidade Ambiental, fez-se uma análise fragmentada dos elementos
do meio físico presentes na bacia em função de se saber as fragilidades de cada um, como entender
porque um Neossolo é considerado um solo instável em relação a um Latossolo, ou porque vertentes
convexas são mais estáveis que vertentes côncavas e quais as conseqüências de uma vertente ter uma
declividade mais acentuada que outra.
Em contrapartida para um melhor entendimento das dinâmicas naturais, fez-se uma análise
integrada dos elementos, na qual permite-se entender a inter-relação presente dentro do espaço
analisado. De fato, isto enriquece a pesquisa no sentido de que vivemos em um planeta que já não
pode ser entendido apenas da maneira clássica como as ciências vêm fazendo, ou seja, apenas
fracionando os elementos a serem estudados. Devemos estar atentos às influencias que existem do
meio circundante e quais as suas trocas com ele, portanto não ficando restringido apenas ao objeto de
estudo. Desta maneira, é possível ter uma visão holística da situação na qual pode se tornar uma
excelente ferramenta para o Geógrafo tomar decisões de como fazer um ordenamento territorial,
sugerir ações e medidas preventivas para não haver perdas ambientais.
Vertentes com grandes declividades apontam áreas onde a água da chuva não consegue infiltrar
com grande facilidade e acaba em sua grande maioria escoando superficialmente com mais facilidade,
o que acaba influenciando na pedogênese que não gera condições propícias para um desenvolvimento
de solo profundo como um Latossolo. Assim a morfogênese tem uma maior probabilidade de atuação,
e são em áreas como estas em que deve-se ter um cuidado maior de proteção ambiental para evitar as
erosões desenfreadas. A natureza se ocupa em proteger estas áreas com a sua cobertura vegetal na qual
deixa o terreno em condições equilibradas e estáveis, mas se esta for removida sem nenhuma espécie
de ação conservacionista, poderá acarretar uma perda ambiental. Outro fator que merece destaque é a
analise dos tipos de vertentes. Estas variam com o tipo de relevo, com o estrato geológico, entre
outros, e apontam áreas onde a água da chuva pode tanto divergir quanto convergir. Neste ultimo caso,
pode se gerar erosões devido o fluxo concentrado de água, aliado a uma não proteção na cobertura do
solo.
No caso da bacia do rio Capivarí, esta se encontra em uma área de fragilidade potencial
intermediária, pois se localiza entre o Primeiro Planalto e a Serra do Mar, sendo que nesta última
unidade, as fragilidades costumam ser bem mais fortes. Isto torna a área um local que merece ser
preservado, pois com os avanços da urbanização da Região Metropolitana de Curitiba, esta acaba que
se direcionando para a Serra, na qual além de ser um dos últimos remanescentes da Floresta Atlântica,
é uma região das nascentes de rios que são utilizados para abastecimento de toda a Região
Metropolitana.
5. CONCLUSÃO
Os resultados alcançados foram satisfatórios com os propostos de acordo com a metodologia
empregada. Através desta, pode-se entender o espaço analisado de uma maneira integrada e sistêmica
na qual permite ao pesquisador fazer um trabalho de análise ambiental coerente de acordo com as
dinâmicas naturais que ocorrem dentro da bacia hidrográfica analisada, junto com um entendimento de
cada um dos elementos físico-naturais presentes, como no caso deste trabalho, os solos, os tipos de
vertentes e as declividades. Tendo este conhecimento, pode-se analisar quais foram as modificações
causadas pelo homem dentro deste espaço, e através da Carta de Fragilidade Emergente localizar estas
atividades e sugerir medidas preventivas visando um uso consciente dos recursos naturais que são
extremamente necessárias ao desenvolvimento social do homem.
O que também torna a pesquisa completa é aliar todo o trabalho de gabinete, (na qual hoje em
dia com os avanços do meio técnico-científico-informacional, os softwares de Geoprocessamento se
tornaram uma ferramenta indispensável para os trabalhos ambientais) com o trabalho de campo, na
qual o pesquisador entra em contato direto com a sua área de estudo, sendo que esta parte da pesquisa
acabou ficando prejudicada.
Assim trabalhos como este podem servir para contribuir a uma regulação na expansão urbana e
agrícola visando sugerir onde é possível a ocupação de áreas naturalmente com menor possibilidade de
ocorrerem degradação ambiental e apontando áreas onde a preservação deve ocorrer.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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