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Gestão e Organização de Empresas 1
ORGANIZAÇÃO
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Organização• Forma como o gestor inter-relaciona as pessoas e
os outros recursos da empresa com vista à obtenção dos resultados desejados
• Princípios da organização– Unidade de comando
• Cada subordinado reporta apenas a um superior– Paridade entre autoridade e responsabilidade
• A responsabilidade exigida não pode ser superior à que está implícita no grau de autoridade delegada
– Princípio escalar e cadeia de comando• A autoridade deve passar do gestor de topo até ao último
elemento da hierarquia através de uma linha clara e ininterrupta – a cadeia de comando.
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O processo de organização
• As cinco principais etapas do processo de organização são:
1. Reflectir sobre planos e objectivos;2. Estabelecer as tarefas principais;3. Dividir as tarefas em subtarefas;4. Destinar recursos e instruções para as
subtarefas;5. Avaliar os resultados da estratégia
organizadora implementada.
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A estrutura das organizações• Amplitude de controlo (ou de gestão)
– Mede o nº máximo de subordinados que deve reportar a um gestor.
– Factores que afectam a amplitude• Complexidade do trabalho• Similaridade de funções• Contiguidade geográfica• Interdependência ou interligação de tarefas• Estabilidade ou instabilidade do ambiente• Nº de padrões estabelecidos• Competência, experiência e motivação dos
empregados• Empenhamento na organização
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Estrutura organizacional
• Conceito– É o conjunto de relações formais entre os
grupos e os indivíduos que constituem a organização. Define as funções de cada unidade da empresa e os modos de colaboração entre as diversas unidades e é normalmente representada por um diagrama – organograma.
• Podem ser avaliadas quanto à– Complexidade– Formalização– Centralização
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Elementos da estrutura organizacional– Complexidade: características da dispersão
espacial (número de localizações e mercados em que a empresa actua), da diferenciação vertical (nº de níveis hierárquicos) e da diferenciação horizontal (nível de especialização das tarefas da empresa).
– Formalização: importância relativa das regras e procedimentos explícitos numa empresa.
→A formalização minimiza a incerteza mas restringe a iniciativa pessoal.
– Centralização: Nível a que são tomadas as decisões numa empresa.
→ A centralização facilita o controlo e coordenação das actividades, mas aumenta o tempo de resposta e desmotiva os membros da empresa.
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Divisão vs Coordenação
• Um dos dilemas da função organização é a divisão, especialização ou a coordenação, integração.
• Divisão do trabalho– Diz respeito ao grau de especialização
dos cargos. A tarefa total da organização é dividida em cargos específicos, cada um com actividades determinadas
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Estrutura formais e informais• Formal
– É representada no organograma e as pessoas da empresa sabem quais são as suas tarefas, as suas responsabilidades e a sua autoridade em função da sua posição na estrutura organizacional.
• Informal– É o conjunto de relações e padrões de
comportamento dos membros da empresa que não estão formalmente descritos
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Estruturas formais e informais• Vantagens
– Auxilia o cumprimento, execução e desenvolvimento dos trabalhos
– Ajuda a ultrapassar as fraquezas da estrutura formal– Possibilita o alargamento da amplitude de controlo– É um canal de comunicação adicional– É um apoio emocional aos novos empregados– Estimula o aperfeiçoamento da gestão
• Desvantagens– Pode contrariar os objectivos da organização formal– Reduz o grau de fiscalização e controlo– Dilata o tempo necessário para executar as tarefas– Reduz o nº de alternativas práticas
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Organização vertical
• Centralização ou descentralização– Centralização
• É a situação em que existe uma maior retenção de autoridade pelo gestor de topo
– Descentralização• Verifica-se um elevado grau de delegação
da autoridade pelos gestores de topo aos gestores de nível inferior
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Departamentalização por funções
D irecçã o F in an ce ira D irecçã o P rod u çã o D irecçã o M arke tin g D irecçã o R ecu rsos H u m an os
A d m in is traçã o
•Corresponde a uma agregação das tarefas de acordo com a função ou actividade em que se integram•Trata-se de um modelo simples, intuitivo, fácil de operacionalizar e que se ajusta bem à generalidade das organizações•Permite ainda o aproveitamento de sinergias resultantes do agrupamento de tarefas, competências e objectivos comuns•Aconselhada em ambientes estáveis e em empresas onde a eficiência técnica e a qualidade são importantes.•A principal desvantagem é que os objectivos organizacionais normalmente são sacrificados em favor dos objectivos departamentais
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Departamentalização por produtos
Direcção
Departamento operativo
Anti-histamínicos Antibióticos Analgésicos
• Utiliza-se sempre que a organização apresenta uma gama de produtos constituída por linhas com características diferenciadoras, que justificam uma gestão independente.
• A principal vantagem é descentralização e foco. A maior desvantagem é a complexidade de gestão.
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Departamentalização por clientes
E m p resas O rg an ism os p ú b licos P ú b lico
A d m in is traçã o
• Esta agrega tarefas que permitem responder às necessidades específicas de cada tipo de cliente
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Departamentalização por área geográfica
Z on a N orte Z on a C en tro Z on a S u l
A d m in is traçã o
• Corresponde a uma agregação de tarefas que permitem a concretização das actividades da empresa em cada uma das zonas de actuação.
• É utilizada sempre que os comportamentos e necessidades dos consumidores são diferenciados
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Departamentação matricial
Presidente
Compras Produção Vendas
• Resulta da justaposição da departamentação funcional e da departamentação por produtos / projectos / programas. Tem duas cadeias de comando:– Permanente e funcional– Temporária e por produto /
projecto / programa• Vantagens
– Especialização– Coordenação
interdepartamental– Maior eficiência de custo
• Desvantagens– Anarquia– Conflitos de poder entre o
chefe funcional e o de projecto
– Excesso de reuniões para coordenação das equipas
Motos
Carros
Camiões
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Departamentação múltipla
p rod ven d a
C arros
p rod ven d a
M otas
Z on a N orte
p rod ven d a
C arros
p rod ven d a
M otas
Z on a S u l
P res id en te
• Combina vários tipos de departamentação tentando ajustar as diferentes partes da organização a condições diferentes
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Empresa em Rede
Designers
Produtores
Promoção
Distribuidores
Fornecedores
Embalagem
Sede
• vantagens: grande flexibilidade organizacional; concentração onde detêm competências.• desvantagens: complexidade da gestão em rede; especialização excessiva de cada unidade.
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Coordenação horizontal
• Ligação das actividades dos diferentes departamentos por forma a garantir a realização dos objectivos organizacionais
• Facilita o fluxo de informação (a comunicação) além das fronteiras departamentais
• Mecanismos– Sistemas de informação
• A existência dum sistema global de informação permite aos gestores– Recolher– Armazenar– Comunicar
• Informação sobre as actividades de todos os departamentos
• Para garantir o funcionamento adequado e coordenado de todas as partes da organização
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Coordenação horizontal:mecanismos• Produção de excedentes
– Consiste na acumulação de inputs e outputs além das quantidades estritamente necessárias
– Ajuda a lidar com as situações imprevistas• Atrasos nas entregas dos fornecedores• Aumentos na procura dos clientes• Falta de algum empregado
• Relações laterais– Relações pessoais entre diferentes
departamentos para permitir a comunicação e a tomada de decisões entre indivíduos e grupos
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Coordenação horizontal
• Tipos de relações laterais– Contacto directo
• Comunicação directa e espontânea entre dois departamentos interdependentes para solucionar um problema
– Ponto de ligação• Posição formalmente definida para veicular
informação entre departamentos que devem manter uma comunicação frequente para coordenar as suas actividades
• Evitam a comunicação ao longo da cadeia de comando que é sempre mais demorada
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Coordenação horizontal:grupos interdepartamentais• Grupos formados por pessoas de diferentes
departamentos para a discussão de preocupações e solução de problemas comuns
• Os membros dos grupos continuam a desenvolver as suas tarefas habituais nos seus respectivos departamentos– Permanentes
• Reuniões regulares• Solução de problemas frequentes
– Ad-hoc• Solução de problemas pontuais• Desaparecem quando o problema fica resolvido
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Coordenação horizontal: grupos interdepartamentais• Ponto de integração
– Posições formais ocupadas por pessoas a trabalhar a tempo completo para a coordenação das actividades de diferentes departamentos
– O integrador• Não forma parte de nenhum dos departamentos
que coordena• Não tem autoridade sobre os departamentos que
coordena
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Variáveis para o desenho organizacional
Organização vertical
Organização horizontal
Factores de contingência
•Cadeia de comando•Delegação•Centralização / descentralização•Amplitude de controlo•Posição linha / staff
•Departamentação•Coordenação horizontal
•Estratégia•Ambiente•Tecnologia•Tamanho•Ciclo de vida
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Estratégia• Esta é o principal determinante da estrutura organizacional
(Chandler)• Novas estratégias exigem o ajustamento da estrutura para
levar a cabo os novos planos– Mudam os objectivos estratégicos– Geram-se novos outputs– Abrem-se novas sucursais ou fábricas– Adoptam-se novas tecnologias e novas qualificações– Procuram-se novos fornecedores
• Mudanças na estrutura para contemplar as novas actividades
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Ambiente (Burns e Stalker)• Os gestores utilizam a estrutura para lidar com as
mudanças e complexidade do ambiente
Ambiente estático
Estrutura mecanicista
Ambiente dinâmico
Estrutura orgânica•Rígida divisão do trabalho em tarefas•Descrição precisa das tarefas
•Descrição geral das tarefas
•Controlo, autoridade e hierarquia •Controlo, autoridade e comunicação em rede
•Tomada de decisões hierárquica •Tomada de decisões por indivíduos qualificados para isso
•Comunicação vertical •Comunicação vertical, horizontal e diagonal
•Conteúdo da comunicação: instruções
•Conteúdo da comunicação: informação e consultas
•Ênfase na obediência e lealdade •Ênfase na dedicação e habilitações
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Tecnologia (J. Woodward)Produção unitária Produção em massa Prod. por processamento
Definição O operário produz o produto completo utilizando diferentes ferramentas
Os operários podem desempenhar uma ou mais operações no produto
Um operário monitoriza um processo automático
Sequência das funções
Marketing /Desenvolvimento
e Produção
Desenvolvimento / Produção e Marketing
Desenvolvimento / Marketing e Produção
Natureza trab Variável Estável Estável
Integração das funções
Desenvolvimento e produção estão ligadas
O desenvolvimento está completamente separado. Produção e marketing interagem de modo a prever o futuro
O desenvolvimento está completamente separado. Produção e marketing interagem de modo a prever o futuro
Estrutura org. Poucos níveis hierárquicos Nº médio de níveis hierárquicos Muitos níveis hierárquicos
Organ. trab Equipas de trabalho Individual Individual
Comunicação O desenvolvimento requer uma comunicação frequente com a produção enquanto esta continua
Mecanismos para que a produção não se interrompa. Planeamento e controlo cuidadoso para evitar mudanças caras
Mecanismos para que a produção não se interrompa. Planeamento e controlo cuidadoso para evitar mudanças caras
Tomada decisão
Nos níveis organizacionais mais baixos
Nos níveis organizacionais mais altos
Nos níveis organizacionais mais altos
Práticas de gestão
Poucas regras, definição geral das tarefas e responsabilidades
Planificação e controlo detalha-dos, muitas regras, definição precisa das tarefas e responsabi-lidades
A tecnologia fornece o controlo suficiente
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Tamanho
CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS
PEQUENAS EMPRESAS
GRANDES EMPRESAS
ESPECIALIZAÇÃO Tarefas definidas genericamente
Tarefas definidas com precisão
DIFERENCIAÇÃO Pouca Muita
INTEGRAÇÃO Pouca Muita
POSIÇÕES DE APOIO
Uso mínimo Muitas
FORMALIZAÇÃO Pouca Muita
TOMADA DECISÃO Centralizada Descentralizada
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Ciclo de vida das organizações
Etapa Origem Características
Criação A organização é criada por um empresário que trabalha só ou com um pequeno grupo de colaboradores
•Poucas regras•Pouca especialização•Tomada decisões centralizada
Inicio crescimento
Aumenta o nº de empregados e de recursos
•Especialização•Estabelecimento de regras•Integração das actividades•Tomada decisões centralizada
Crescimento A organização entra numa idade média com um crescimento muito maior
•Divisão das tarefas•Definição formal das regras•Posições de apoio
Maturidade •Crescimento é cada vez menor•Necessidade de flexibilidade
•Divisão em unidades•Relações laterais•Delegação•Tomada decisões descentralizada
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Outros factores
• Estilos de gestão
• Experiência dos gestores
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Direcção
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A função direcção
• Planeamento de recursos humanos– Processo de análise das necessidades de
diferentes empregados segundo os objectivos organizacionais e as tarefas definidas para os atingir
– Como ferramentas temos• Previsão das necessidades
– Nº de empregados necessários– Habilitações e atitudes dos eventuais empregados– Momento da contratação
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Continuação
– Determinantes• Mudanças dos empregados• Mudanças organizacionais
– Análise dos postos de trabalho• Especificação do posto
– Conhecimentos e capacidades necessárias• Descrição do posto
– Responsabilidades, condições de trabalho, relações hierárquicas, equipamento
• Dimensões de um posto de trabalho motivador– Variedade de conhecimentos e capacidades exigidas– Identidade das tarefas– Relevância– Autonomia– Feedback
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Contratação de pessoal• Recrutamento interno
– Vantagem• Expectativa de promoção• Conhecimento da organização
– Desvantagem• Gera a necessidade duma nova procura de candidatos
• Recrutamento externo– Vantagem
• Não gera vagas– Desvantagem
• Processo de adaptação á organização
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Selecção do pessoal
Método Vantagem Desvantagem
Candidatura (CV)
Habilitações
Experiência
Atitudes
Personalidade
Entrevista Atitudes
Personalidade
Subjectividade
Carta de referência
Avaliação realista doutro empregador
Difamação
Teste Validade Estou a ser avaliado?
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Treino
• Introdução de novos empregados– Orientação– Socialização
• Formação– Inicial – aprendizagem– Acompanhamento contínuo
• Desenvolvimento profissional
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Compensação – sistema de recompensas• Componentes
– Ordenados– Benefícios– Incentivos
• Valor comparativo interno
• Compensação do desempenho
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Avaliação do desempenho
• Processo de avaliação do desempenho dos empregados e comunicação dos resultados ao empregado
• Quem avalia?– Avaliadores internos– Avaliadores externos
• Entrevista anual gestor - empregado
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Movimento dos empregados• Movimentos internos
– Verticais• Promoções• Despromoções
– Horizontais• Transferências
• Movimentos externos– Abandono voluntário– Despedimento
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Motivação e liderança• Introdução
– Factores que influenciam o desempenho• Capacidades e atitudes do empregado• Condições de trabalho• Motivação do empregado
– Capacidade do gestor para actuar sobre estes factores• Capacidades
– o gestor pode melhorar as capacidades dos trabalhadores através do treino destes
• Condições de trabalho– O gestor pode melhorar as condições de trabalho através do
investimento• Motivação
– Requer outro tipo de acções mais contínuas e difíceis» Diferentes pessoas e diferentes funções requerem técnicas
de motivação diferentes» Os mesmos factores podem originar diferentes estados de
motivação segundo a pessoa» Um mesmo estado de motivação pode responder a
diferentes factores
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Motivação• Conceito
– Motivar é fazer com que as pessoas se preocupem com o trabalho que executam
– Sem motivação é mais difícil que as coisas se façam e, portanto, é impossível obter os melhores resultados de um grupo de pessoas. Se o gestor não consegue motivar as pessoas também não as consegue gerir
• Importância da motivação dos trabalhadores– No passado, a única preocupação dos líderes residia em
compreender e satisfazer os objectivos organizacionais – Hoje, as suas preocupações residem em compreender e
satisfazer as necessidades dos clientes. Os membros da equipa não podem ser vistos como subordinados que são usados como meios para atingir os fins.
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Técnicas de motivação• A motivação pode não ser difícil de conseguir se os gestores aplicam uma
série de técnicas que todos podem aprender.• A motivação tem muito a ver com a informação dada aos empregados. Estudos
realizados mostram que os factores mais comuns de reclamação e queixa por parte dos empregados e colaboradores residem na comunicação e seus canais internos, e resumem-se basicamente a dois grandes tipos:
– “nunca ninguém nos diz nada” e– “nunca ninguém nos pergunta nada”
• Portanto, dizer e perguntar são as duas áreas essenciais da motivação
Método Técnicas Exemplo
Dizer (dar informação)
•Informar
•Dar feedback
•reconhecer
•Nunca ninguém nos diz nada
Perguntar (pedir informação)
•Escutar
•Envolver
•Empower (delegar poder e responsabilidade)
•Nunca ninguém nos pergunta nada
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Informar
• Empregados e colaboradores necessitam de informação que os ajude a desempenhar bem o seu trabalho.
– Explicar o porquê das tarefas repetitivas. Se o trabalhador não percebe o porquê do seu trabalho não se empenha nele
– Quanto mais informação relevante para o objectivo que se pretende atingir as pessoas dispuserem, tanto mais motivadas para realizarem o seu trabalho estarão
– Dizer às pessoas de que forma se integra no todo o trabalho que fazem e porque razão esse trabalho é importante
– Fornecer à equipa os factos, a documentação e outras informações necessárias à resolução dos problemas
– Encorajar os membros da equipa a encontrarem soluções e alternativas por si próprios. Conceder à equipa liberdade para procurar / pesquisar mais informações sobre os assuntos. Permitir a auto-descoberta.
Técnica Exemplo A Exemplo B
Informar Gosto de explicar por que razão as pessoas fazem exercício. O trabalho é repetitivo, mas quando as pessoas sabem para que é…
Quantas vezes já lhe disse que tem que verificar o limite dos cartões de crédito?
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Dar feedback
• A equipa com feedback, e portanto motivada, tomará a iniciativa de introduzir melhorias, de forma a alcançar um padrão de desempenho mais elevado.
– Fazer um acordo quanto aos objectivos que têm de ser alcançados e dar às pessoas feedback relativamente ao que estão a conseguir atingir
– Facultar à equipa um modo para conhecer os resultados do seu próprio desempenho. Não se pode esperar que as pessoas melhorem a sua performance individual se não lhes for possível medi-la, avaliá-la, e para o poderem fazer é necessário que se lhes mostre como o podem fazer.
– Partilhar a informação. Deixar que a equipa conheça também os resultados obtidos pelas outras equipas da empresa, permitindo que se comparem as performances entre grupos de trabalho
Técnica Exemplo A Exemplo B
Dar feedback Não poderá realmente melhorar se não lhe for possível medir o seu desempenho. Tome um cartão. Vá registando o que for conseguindo. Isso ajuda-o.
O melhor é arrumar as ideias ou vai ter problemas. Tem de ser mais produtivo. Certo?
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Reconhecer
• Reconhecer publicamente os desempenhos excepcionais• Saber como a equipa conseguiu obter bons resultados ou como é que
os membros conseguiram obter bons resultados• Deixar que todos saibam que está a apoiar, sempre que estiverem a
trabalhar para um objectivo previamente acordado• Dizer obrigado de um modo personalizado• Identificar quais os membros que mais “puxam” pela equipa e depois
descobrir o que pode fazer para os fazer “vibrar de entusiasmo”
Técnica Exemplo A Exemplo B
Reconhecer Quando as pessoas fazem algo bem, gostam de falar nisso, é humano. E quando se atinge um objectivo, é sempre agradável obter-se o reconhecimento desse facto, não acha?
Os resultados da semana passada foram realmente bons. Uma subida de 20% é realmente bom. E foi uma semana difícil, com muitas encomendas a entrarem
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Escutar
• Pedir comentários, opiniões, sugestões e ideias– Se estiver prevista uma nova tarefa, procedimento, projecto
operacional, as melhores pessoas para falarem sobre esse novo facto são aquelas que vão estar envolvidas na sua execução. O que elas pensam sobre o assunto é o melhor caminho para a sua implementação e progressão
– Consultar a equipa sobre como contribuir para os resultados em vista, para assim não perder oportunidades de melhoria
• Examinar as respostas– Levar em conta o que a equipa diz– Nunca considerar as sugestões da equipa como ameaças
Técnica Exemplo A Exemplo B
Escutar As pessoas que estão na ponta final detectam coisas que quem as dirige não vê
Bill, estive a pensar sobre o que me disse. Se não integramos o stock já, que acha que faremos na época alta?
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Envolver (nas decisões)
• As pessoas que têm de viver com as decisões são geralmente muito competentes a tomá-las. E esforçam-se muito para as fazer funcionar– Pedir ajuda. As ideias que emergem das pessoas que executam
directamente os trabalhos, regra geral, constituem excelentes sugestões para a simplificação de processos e para ganhos de tempo e de produtividade
• Aplicar o conhecimento e a experiência da equipa para ajudar na resolução de problemas
• Pedir a opinião das pessoas que, no presente, fazem esse trabalho– Considerar as opiniões. Ser leal com a equipa e tomar notas do
que as pessoas dizem– Depois de ter ouvido atentamente todas as ideias, manter a
equipa envolvida colocando a melhor dessas ideias em prática• Envolver os membros da equipa em processos e métodos de trabalho,
sempre que possível
Técnica Exemplo A Exemplo B
Envolver Os projectos funcionam melhor se as pessoas forem envolvidas nas decisões
Ok, certo, bom… será que podem ajudar-me?
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Empower (delegar poder e responsabilidade)
• Dar autoridade, responsabilidade e meios a cada nível e para a realização de cada função, conforme apropriado
– Dar empowerment liberta a criatividade e incentiva o envolvimento e o compromisso– O empowerment contribui para a revelação de competências desconhecidas e de
talentos ocultos– Dar às pessoas metas para atingir, não apenas tarefas para executar– Oferecer ajuda às pessoas quando elas precisarem, mas sem lhes retirar a
responsabilidade. Não assumir o controlo sobrepondo-se às pessoas e fazendo o trabalho por elas
• Estar disponível, mas sem assumir o controlo. Enquanto o trabalho estiver a ser realizado intervir apenas quando a equipa lhe pedir ajuda ou quando “vislumbrar” uma hipótese de “desastre iminente”
• Sempre que intervir sem ter sido expressamente solicitado, diminui a auto estima e a vontade dos colaboradores para, no futuro, usarem a sua iniciativa pessoal
– Os empregados menos habituados a tomar decisões necessitam de treino e formação em matérias como a resolução de problemas ou a tomada de decisão
Técnica Exemplo A Exemplo B
Empower As pessoas que têm de viver com as decisões são as melhores a tomá-las e esforçam-se mais por fazê-las funcionar
Porque é que não entrevista os candidatos e escolhe os melhores? Pode fazer isso?
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Liderança • Segundo as técnicas da motivação antes
indicadas, o gestor deve adquirir uma série de competências para conduzir os trabalhadores. Entre essas competências destacam-se procedimentos e atitudes básicas à liderança de pessoas, tais como:– Pedir sugestões– Pedir ajuda– Saber aproveitar as competências individuais
dos trabalhadores
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Informação • Conceito
– Sinal ou conjunto de sinais que permite orientar a acção, ao reduzir a incerteza que rodeia as decisões
• Significado atribuído aos dados• Processo de redução da incerteza
Dado Informação Comunicação Registo referente a um determinado evento
Matéria prima da informação
Dados com um significado atribuído•Um recurso intangível•Relativamente infinita•De relativa fluidez
Informação transmitida e compartilhada
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O valor da informação
• Depende– Relevância
• Em relação aos propósitos ou necessidades– Oportunidade
• A informação deve estar disponível quando é necessária. Isto é, a informação deve ser fornecida em devido tempo
– Qualidade• A informação é apreciada pela sua exactidão. A
informação tem alta qualidade quando representa de modo estrito a realidade
– Quantidade• Volume de informação disponível
– Pouca quantidade = falta de informação relevante– Muita quantidade = prejudica pela falta de tempo e
recursos para racionalizar toda a informação
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•Fins da informaçãoFins básicos Fins nas organizações
nInformarnAvaliarnPersuadirnOrganizar outra informação
nIdentificar problemasnResolver problemasnTomar decisõesnPlanearnControlar
• Importância da informação para a gestão– A capacidade de transformar a informação em
produtos tangíveis (novos produtos, novos métodos de produção, etc.) é muita valiosa e determina a competitividade das empresas.
– Os gestores utilizam a informação como apoio da tomada de decisão
– A eficácia do gestor depende da quantidade e qualidade da informação
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Obtenção de informação
• Inicialmente a informação racional para o planeamento e controlo era obtida a partir da contabilidade. Esta estuda, em termos quantitativos, as operações internas de uma organização e as trocas desta com o seu ambiente
• Actualmente, com o rápido avanço das tecnologias da informação, os procedimentos de obtenção de informação são cada vez mais potentes
• Os gestores precisam saber– Qual a informação de que necessitam– Qual é a informação que podem absorver e utilizar e como podem
obter esta informação no tempo devido• Características da informação utilizável pelo gestor
– Apropriada– Concisa– Atempada
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Continuação • As organizações recolhem e armazenam os
dados, os quais são convertidos em informação na altura adequada
• A base de dados pressupõe a recuperação com facilidade dos dados armazenados– Vantagens
• Rapidez de obtenção e processamento dos dados• Evita duplicações e redundâncias
Base de dados: conjunto de dados integrados e logicamente organizados,por forma a estar controlada de modo centralizado
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Comunicação
• Conceito geral– A comunicação representa o meio pelo qual as
pessoas se relacionam entre si e se envolvem em interacções sociais
• Conceito em gestão– A comunicação é:
• O meio pelo qual os membros da organização recolhem e disseminam a informação de que necessitam
• O procedimento que permite conseguir a coordenação e a cooperação
– 80% do tempo dos gestores é dedicado à comunicação
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Processo de comunicação• Emissor
– Criador da mensagem. Controla• O tipo de mensagem enviada• A construção usada• O canal utilizado
• Codificação da mensagem– Escolha de uma forma verbal ou não verbal (palavras
escritas, faladas, gestos ou acções) capaz de transferir significado
Mensagem oral Mensagem escrita
•Presta-se à retro informação mais imediata: perguntas, esclarecimentos•Permite comunicação não verbal: tom de voz, inflexão, linguagem do corpo•É transmitida com rapidez
•Proporciona um registo•Permite maior atenção
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Continuação • Receptor
– Pessoas que recebem as mensagens através dos sentidos• Descodificação
– Opera sobre os sinais recebidos e tenta extrair a mensagem numa forma utilizável pelo destinatário
– Por vezes o significado atribuído é diferente do pretendido pelo emissor
• Retro informação ( feedback)– Mensagem do receptor ao emissor
• Confirmando que recebeu a mensagem deste• Comunicando qual o significado que lhe atribuiu• Pedindo esclarecimentos
– O receptor torna-se emissor e envia a mensagem fazendo o emissor tornar-se receptor (este confirma que a mensagem está correcta)
– O feedback melhora a qualidade da informação, no entanto nem sempre está presente
• Comunicação em dois sentidos: com feedback• Comunicação em um sentido: sem feedback
• Canal– Meio através do qual a mensagem é transmitida
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Continuação
• Ruído– Qualquer factor externo que distorce,
confunde ou interfere com o processo de comunicação
Oral Escrita • Pessoal• Telefone• Gravador• Vídeo
•Memos•Cartas•Relatórios•Avisos•Manuais
Fluxos de comunicação organizacional
ad
c
b
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Continuação • Comunicação vertical
– Comunicação ao longo da cadeia de comando para a coordenação de actividades entre pessoas de níveis hierárquicos diferentes
• Comunicação descendente (a)• Comunicação ascendente (b)
• Comunicação lateral (c)– Comunicação entre pessoas do mesmo nível hierárquico,
para a coordenação de actividades entre departamentos diferentes
• Comunicação diagonal (d)– Comunicação para a coordenação de actividades entre
pessoas de departamentos e níveis hierárquicos diferentes
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Conteúdo da comunicaçãoFluxo Conteúdo
Vertical descendente
•Informação geral sobre a organização•Orientações•Objectivos•Procedimentos•Atribuição de trabalho•Feedback sobre o desempenho•Resposta a pedidos específicos de informação vindos de níveis mais baixos
Vertical ascendente
•Problemas •Relatórios•Pedidos de esclarecimentos•Atitudes•Ideias•Realizações
Lateral •Realização de esforços coordenados•Solução de problemas
Diagonal •Assessoria•Problemas de linha
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Obstáculos à comunicação• Quando a mensagem é enviada e não é recebida, pode dever-
se a falha com– O emissor– A transmissão– O receptor
Obstáculos no emissor•Falta de clareza da mensagem•Mensagens contraditórias (verbal e escrita)•Mensagens não desejadas
Obstáculos na transmissão•Distorção introduzida por intermediários•Canais sobrecarregados
Obstáculos no receptor•Desatenção•Avaliação prematura da informação•Preparar a própria resposta em vez de ouvir•Atenção a factores imateriais•Má interpretação da informação recebida
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Continuação Filtros na comunicação vertical
Descendente Ascendente •Os superiores não percebem as necessidades de informação dos seus subordinados•Os superiores querem manter os subordinados dependentes•Os superiores não confiam nos subordinados
•Os subordinados desejam promoções ou aumentos salariais•Diferenças de status e de poder entre superiores e subordinados•Os subordinados não confiam nos superiores•Pensamento grupal•Os superiores mostram o desejo de não serem informados•Os superiores punem os portadores de más notícias
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Mecanismos para melhorar a comunicação• Factores que favorecem a comunicação
Emissor Receptor
•Motivação (querer)•Não falar de mais•Resumir
•Prestar atenção•Não interromper•Fazer perguntas•Integrar o que foi dito
Ser neutral
Evitar
Fazer transições suaves
e autêntico
estereotipos
entre falar e escutar
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O que o emissor pode fazer• Passar da comunicação ameaçadora para a
comunicação não ameaçadora
Comunicação ameaçadora
Comunicação não ameaçadora
Avaliação
Controlo
Estratégia
Neutralidade
Superioridade
Certeza
Descrição
Orientação do problema
Espontaneidade
Empatia
Igualdade
Carácter provisório
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O que o receptor pode fazer• Escutar com empatia
– Capacidade para obter o ponto de vista de outras pessoas e ver as coisas pelo ângulo delas tão bem quanto pelo seu próprio
• Evitar a tendência para avaliar o emissor (aprovação ou censura)
• Reconhecimento da própria tendência para reagir em defesa– Reconhecer que os próprios erros não significam que
se seja incompetente– Ter amor próprio suficiente para tolerar os próprios
erros
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Controlo