Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÁ DIRETORIA DE POLÍTICAS PROGRAMAS
EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL – PDE
UNIDADE DIDÁTICA
SANDRA IRES TROVO DO AMARAL
AGROQUÍMICOS:
Uma alternativa para o ensino de Ciências e sustent abilidade
Curitiba - PR
2013
SANDRA IRES TROVO DO AMARAL
AGROQUÍMICOS:
Uma alternativa para o ensino de Ciências e sustent abilidade
Projeto de Intervenção Pedagógica apresentado como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE e Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR.
Orientador: Prof. Carlos Eduardo Fortes Gonzalez.
Curitiba
2013
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título AGROQUÍMICOS: Uma alternativa para o ensino de Ciências e sustentabilidade
Autor Sandra Ires Trovo do Amaral
Disciplina Ciências
Escola de Implementação Colégio Estadual Anita Canet
Município
Núcleo Regional de
Educação
AM SUL
Orientador Carlos Eduardo Fortes Gonzalez
IES
Relação interdisciplinar Ciências, geografia, Língua Portuguesa.
Público-Alvo Alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental - matutino
Resumo A presente Unidade Didática intitulada “Agroquímicos: Uma alternativa para o ensino de Ciências e sustentabilidade” é componente do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Governo do Estado do Paraná, com o objetivo principal de desenvolver subsídios teórico-práticos norteadores para o trabalho com os agroquímicos como alternativa sustentável para o ensino de Ciências. O objetivo é despertar a percepção dos alunos quanto aos males produzidos por herbicidas e agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente, visando contribuir para a construção de novos conhecimentos sobre os processos que envolvem a química de produtos naturais junto aos alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental, nas várias possibilidades de exploração do conteúdo proposto, por meio de explicação teórica, leitura de textos, debates, apresentação e discussões de vídeos, imagens, atividades orais e escritas, palestras, trabalhos em grupo e pesquisas na internet. A avaliação será diagnóstica, contínua, acontecendo em todos os momentos do processo de ensino e aprendizagem, buscando verificar o que os alunos aprenderam, se os objetivos propostos foram atingidos e se a intervenção foi conduzida de forma adequada.
Palavras-chave Agroquímicos, sustentabilidade, ensino, Ciências.
Material Didático Unidade Didática
APRESENTAÇÃO
A presente Unidade Didática intitulada “Agroquímicos: Uma alternativa para o
ensino de Ciências e sustentabilidade” é um componente do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela Secretaria de Estado da
Educação do Governo do Estado do Paraná, com o objetivo principal de desenvolver
subsídios teórico-práticos norteadores para o trabalho com os agroquímicos como
alternativa sustentável para o ensino de Ciências.
Os defensivos agrícolas são também conhecidos como agrotóxicos,
causadores de grandes polêmicas, constituindo-se em uma grande preocupação
ambiental e sanitária do Brasil e do mundo. Diversos fatores têm contribuído para
uma crescente tomada de consciência a respeito dos problemas criados pelo uso
excessivo e indiscriminado destes produtos.
De acordo com Firpo e Soares (2012), a sociedade deveria ter uma maior
conscientização sobre os malefícios dos agrotóxicos, visando um modelo de
produção agrícola mais consciente e menos agressivo à saúde. Para o autor, o uso
exacerbado de agrotóxicos pelos produtores rurais, tende a ser um grande problema
de saúde pública e ambiental, além de práticas criminosas, uma vez que a
intoxicação ocorre em cadeia, desde o produtor ao consumidor final.
Tendemos a supor que todas as coisas produzidas na natureza surgiram para
serem exploradas e tornar a vida urbana mais fácil. Dessa forma, cabe ao professor
a função de transmitir valores sobre o uso adequado da natureza, despertando o
interesse dos alunos acerca do uso de produtos naturais, sua formação, utilização e
significados como alternativa no ensino de Ciências, dentro de um mundo escasso
de informações alternativas a respeito das soluções químicas biológicas na
produção de alimentos.
Assim sendo, o estudo aborda aspectos relevantes do ensino de Ciências
como um todo, com ênfase na Química, visando maior compreensão e integração
dessa área do conhecimento com a realidade vivencial do aluno, tendo como objeto
de estudo os “defensivos agrícolas”, seus interesses e necessidades, propondo
resgatar e rever a função primordial do educador-educando no processo de ensino e
aprendizagem.
O objetivo é despertar a percepção dos alunos quanto aos males produzidos
por agrotóxicos, propondo nesse processo uma alternativa com o uso de inseticidas
naturais manipulados por meio de aulas de laboratório. Desta forma, esperamos
contribuir para a construção de novos conhecimentos sobre os processos que
envolvem a química de produtos naturais junto aos alunos do 6º Ano do Ensino
Fundamental.
As atividades serão desenvolvidas em seis oficinas, perfazendo um total de
32 horas, a partir dos seguintes temas:
Oficina I- Levantamentos dos conhecimentos prévios;
Oficina II- O que são Agrotóxicos
Oficina III- Implicações dos Agrotóxicos para a Saúde Humana
Oficina IV- Alimentos Convencionais e Geneticamente Modificados
Oficina V- Produção de Inseticidas e Repelentes
Oficina VI- Impactos dos agroquímicos no meio ambiente.
ATIVIDADES
OFICINA I
TESTANDO OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Questionário
1. O que você sabe sobre os agrotóxicos?
2. Você conhece alguns defensivos agrícolas?
3. Qual o perigo que os agrotóxicos representam tanto para o meio ambiente
como para a nossa saúde?
4. Quais são os agrotóxicos mais comuns utilizados pelos agricultores?
5. Existe agrotóxico benéfico à saúde humana e ao meio ambiente?
6. Você acha que a população conhece as técnicas do manuseio e a aplicação
adequada dos agrotóxicos? Existe necessidade do uso de agrotóxicos?
7. Quais os efeitos dos agrotóxicos na qualidade ambiental? Há benefício? Vale
a pena correr o risco?
8. Existem métodos ou substâncias alternativas adequadas para satisfazer as
necessidades do trabalho agrícola?
9. Seu professor costuma relacionar os conteúdos de sala de aula com os fatos
ou coisas do seu cotidiano?
10. A temática dos “agrotóxicos” já foi abordada alguma vez em sala de aula?
Reflexões sobre o seguinte documentário
“O Veneno está na Mesa” Documentário de Sílvio Tendler -
<http://www.youtube.com/watch?v=mIwsVL75m8c&hd=1>
OFICINA II
O QUE SÃO AGROTÓXICOS
Você sabia?
Os agrotóxicos são produtos utilizados na agricultura para controlar insetos, doenças, ou plantas daninhas que causam danos às plantações. Os agrotóxicos também podem ser chamados de defensivos agrícolas ou agroquímicos, sem alterar o seu significado. A maior problemática do uso de agrotóxicos se iniciou devido às incertezas quanto a sua segurança para a saúde humana e animal, bem como para o meio ambiente. A Lei 7.802/1989, que regulamenta o uso de agrotóxicos, os define como: Os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos; assim como substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. De modo simplificado, separamos os agrotóxicos em 3 grupos: Inseticidas: Destinados ao controle de insetos, ácaros, nematóides e moluscos. Fungicidas: Usados no controle de doenças causadas por fungos, bactérias e vírus. Herbicidas: Destinados ao controle de plantas daninhas. Em algumas situações podemos dividir os produtos em mais grupos, mas para este artigo, preferimos separar somente nestes 3 grupos. No Brasil, os agrotóxicos são fortemente regulamentados por leis específicas, tanto no seu desenvolvimento, quanto na produção, venda e uso. Para termos uma ideia, a venda só pode ser realizada sob prescrição e supervisão de um engenheiro agrônomo, que é o profissional especializado na produção agrícola. Existem riscos à saúde? Todos os agrotóxicos atualmente usados nas lavouras são degradados com o tempo. Sendo assim, a diferença entre o dia da aplicação e da colheita deve ser maior do que o tempo de degradação do produto aplicado. Quando a aplicação dos agrotóxicos é feita de forma correta, ele não representa qualquer risco à saúde humana ou animal. O mau uso de agrotóxicos O grande problema surge quando fazendeiros com pouca instrução não obedecem as regras de uso dos produtos ou por negligência ou por falta de conhecimento. Quando vemos notícias denunciando níveis inaceitáveis de agrotóxicos nos alimentos, sabemos que as causas são: aplicação muito tardia, ou aplicação em quantidade acima do permitido, ou aplicação de produtos proibidos para o cultivo. A pressão da população por alimentos mais seguros e com menos resíduos tem forçado as grades redes de supermercados a fiscalizar todos os processos produtivos das frutas e vegetais, que
são por eles comprados. Essa nova política de compras tem gerado produtos mais confiáveis e saudáveis a nós, consumidores finais.
Disponível em:
<http://www.cultivando.com.br/alimentacao_e_saude_agrotoxicos_o_que_sao_agrotoxicos.html>
Discuta com os seus colegas
a) O que são agrotóxicos ou defensivos agrícolas?
b) Qual a lei que regulamenta o uso de agrotóxicos?
c) A que se destinam os inseticidas, fungicidas e herbicidas?
d) Você já conhecia algum desses produtos?
e) Quais os riscos para a saúde?
f) Qual o grande problema do mau uso dos agrotóxicos?
Para saber mais vamos assistir aos vídeos
Debate
a) O que achou do vídeo?
b) Você observou que devido ao tamanho do espaço geográfico a utilização de
agrotóxicos vem ocorrendo em larga escala sem que haja um rigoroso controle?
c) Você acha que o desconhecimento por parte da população sobre a maneira
apropriada de manusear as substâncias e do outro a ganância da indústria química
que fabrica e vende os produtos são agravantes? Justifique.
Comente sobre a questão: Quantas pessoas que estão anônimas, que não
conhecemos, precisarão morrer para que sejam tomadas as devidas providências?
<http://www.youtube.com/watch?v=lomqbrgsmMQ>
<http://www.youtube.com/watch?v=37MatLLUVbA>
Leia com atenção o texto abaixo Morte de agricultor reforça questionamentos contra os agrotóxicos Nordeste
(1'45'' / 412 Kb) - A morte do agricultor José Valderi no último fim de semana, no município de Limoeiro do Norte (CE), se tornou mais um triste capítulo da luta contra a utilização indiscriminada de agrotóxico. Há mais de três anos o agricultor tinha perdido uma das pernas e intensificava o estado de deterioração de seu corpo, com fortes suspeitas de contaminação pelos venenos de agrotóxicos da empresa onde trabalhava.
Em 2005, o agricultor começou a trabalhar vestido de camisa, bermuda e chinelo, no setor de aplicação de agrotóxicos de uma fazenda produtora de banana para exportação. Na terceira semana de trabalho, um ferimento apareceu no seu pé.
O Ministério Público do Trabalho no Ceará acompanhou o caso, mas os laudos médicos, nunca conclusivos, impediram que os direitos trabalhistas de Valderi fossem atendidos antes de sua morte. Para a agente da Cáritas, Pastora Almeida, é mais um das muitas vítimas do agronegócio.
“O seu Valderi é uma vítima que vem a público. Quantas estão anônimas ainda que a gente não conhece, que a gente não sabe? Então, o nosso compromisso é para averiguar de fato esses casos e tomar providências, tanto a nível de sociedade civil, como de instâncias governamentais, para que sejam sanados esses casos de doenças, de comprometimento do meio ambiente, por conta da utilização dos agrotóxicos e da atividade do agronegócio, porque aqui na nossa região nós temos percebido impactos muito negativos”.
De acordo com Pastora, algumas entidades estão tentando realizar uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir o modelo de desenvolvimento do agronegócio, baseados em estudos sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde do trabalhador e dos consumidores de frutas. De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18249>
Para saber mais sobre agrotóxicos acesse o site e compartilhe os
conhecimentos com os seus colegas:
Articulando conhecimentos sobre os agrotóxicos
a) Debate (em duplas)
b) Registre no seu caderno as suas ideias sobre os pontos favoráveis e
desfavoráveis da utilização dos agrotóxicos
<http://www.mst.org.br/Regioes-agricolas-com-forte-uso-de-agrotoxicos-tem-
mais-suicidios-e-mortes-por-cancer>. <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mX
II.intro.htm>.
Pontos favoráveis Pontos desfavoráveis.
OFICINA III
IMPLICAÇÕES DOS AGROTÓXICOS PARA A SAÚDE HUMANA
Observe as charges e discuta com os colegas
Disponível em:<
https://www.google.com.br/search?q=charges+agrot%C3%B3xicos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=gGc7UsH0N4ym9gSc7IHoBA&ved=0CCwQsAQ&biw=1024&bih=677&dpr=1>
Disponível em:<
https://www.google.com.br/search?q=charges+agrot%C3%B3xicos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=gGc7UsH0N4ym9gSc7IHoBA&ved=0CCwQsAQ&biw=1024&bih=677&dpr=1>
Disponível em:<
https://www.google.com.br/search?q=charges+agrot%C3%B3xicos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=gGc7UsH0N4ym9gSc7IHoBA&ved=0CCwQsAQ&biw=1024&bih=677&dpr=1>
Disponível em:<
https://www.google.com.br/search?q=charges+agrot%C3%B3xicos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=gGc7UsH0N4ym9gSc7IHoBA&ved=0CCwQsAQ&biw=1024&bih=677&dpr=1>
Disponível em:<
https://www.google.com.br/search?q=charges+agrot%C3%B3xicos&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=gGc7UsH0N4ym9gSc7IHoBA&ved=0CCwQsAQ&biw=1024&bih=677&dpr=1>
Vamos escrever
• Depois de ouvir as conclusões dos colegas sobre as charges, com a ajuda
do seu professor, escreva um texto sobre as implicações dos agrotóxicos
para a saúde.
Para saber mais leia com atenção o seguinte texto
Conheça os dez alimentos mais contaminados por agro tóxicos Você sabe exatamente tudo o que come? Às vezes pensamos que por fazer refeições ricas
em vitaminas, minerais e fibras estamos garantindo que teremos uma vida mais saudável. Infelizmente, isso pode não ser verdade.
Os vegetais que chagam à nossa mesa podem estar contaminados por agrotóxicos de diferentes tipos, e geralmente estão. Preocupada com a situação do país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). O objetivo do projeto é assegurar que a quantidade de agrotóxicos utilizada nos alimentos estará de acordo com o Limite Máximo de Resíduo (LMR).
O uso de agrotóxicos muitas vezes se faz necessário. Quando é usada a quantidade mínima suficiente, o agrotóxico não causa problemas à saúde em quem come os frutos da plantação. O problema é que muitas vezes as doses são excessivas, alguns agricultores chegam a usar tipos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
É possível remover todo o agrotóxico lavando os vegetais? Infelizmente, não. Lavar frutas e verduras em água corrente é fundamental, porém só retira
parte do agrotóxico usado nas plantações. Estas substâncias acabam sendo absorvidas pelos alimentos e circulam, através da seiva, por todos os tecidos vegetais. Lavar os produtos só retirará a camada superficial de agrotóxicos.
Deixar de molho em soluções à base de cloro ou cloreto de sódio e permanganato de potássio elimina possíveis parasitas que estejam entre as folhas das verduras. Estes produtos estão à venda em supermercados e são distribuídos gratuitamente em postos de saúde mantidos pelo SUS.
Veja a porcentagem de amostras contaminadas: - Pimentão (80,0%); Uva (56,40%); Pepino (54,80%); Morango (50,80%); Couve (44,20%);
Abacaxi (44,10%); Mamão (38,80%); Alface (38,40%); Tomate (32,60%); Beterraba (32,00%) Como evitar ingestão de agrotóxicos? Já que as verduras, legumes e frutas são indispensáveis para uma boa nutrição, devemos
tomar todo cuidado ao comê-los. Embora, como já dissemos antes, lavar os vegetais não retire todo o resíduo de agrotóxico, a ação é importante para remover parte dele.
Outra dica é, se houver oportunidade, dê preferência aos alimentos orgânicos. Este tipo de alimento é cultivado sem o uso de substâncias químicas, por isso são mais saudáveis. Em cidades grandes já é possível encontrar feiras livres especializadas em orgânicos. Os supermercados também oferecem os produtos.
Disponível em:< http://saude.consultaclick.com.br/6584/alimentacao/conheca-os-dez-alimentos-mais-contaminados-por-agrotoxicos>
Para saber ainda mais vamos assistir aos vídeos:
Agora compartilhe seus conhecimentos com os colegas
a) Debater sobre o assunto
b) Responder as questões abaixo
a) O que significa o termo ANVISA? b) Dentre os alimentos mais citados como contaminados por agrotóxicos, qual o
mais consumido em sua casa? c) Qual a finalidade do uso de agrotóxicos? E as consequências? d) Em que partes dos alimentos os agrotóxicos ficam acumulados? e) Quais doenças para o homem o acúmulo de agrotóxicos pode provocar? f) Como evitar a ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos? g) Alimentos orgânicos: o que é isso? Quais são as vantagens e desvantagens do consumo desse tipo de alimento? h)Compare no vídeo 1 e 2 as formas como as pessoas aplicam os agrotóxicos? i) Enumere os alimentos que têm apresentado maior índice de contaminação por agrotóxicos. O que fazer antes de consumi-los?
Continuando o Assunto
Vamos pesquisar no Laboratório de Informática da Escola a) Organizar os alunos em grupos de cinco componentes b) Cada grupo ficará responsável para pesquisar um site; c) O docente fornecerá aos alunos, por escrito, as fontes para as pesquisas, a
fim de que possam trabalhar com organização e autonomia; d) Cada grupo deverá acessar o endereço no computador da escola, fazendo
a leitura de todo o texto e na sequencia os registros daquilo que considerar relevante;
e) Discutir os apontamentos de cada grupo e formular um texto que sintetize dos destaques apontados;
f) Os registros poderão ser feitos no caderno ou no editor de texto do computador utilizando o Word;
g) Montagem de apresentações do conteúdo pesquisado; h) Terminada a produção de textos, o professor manterá mesmos grupos,
sorteando entre eles alguns subtemas para aprofundamento teórico e socialização.
<http://www.youtube.com/watch?v=hLZ9Dloc9U8&feature=related> <http://www.youtube.com/watch?v=hg
>.
Sugestões de subtemas - Uso de agrotóxicos: aspectos históricos e socioeconômicos. - Alimentos contaminados por agrotóxicos. - Agrotóxicos e a saúde humana. - Impactos ambientais decorrentes do uso de agrotóxicos. - Riscos no manuseio de agrotóxicos. - Destinação das embalagens de agrotóxicos após o uso.
Sites de Pesquisa
Lembre-se que:
A aplicação incorreta de agrotóxicos pode causar efeitos agudos e crônicos
nos organismos vivos. A magnitude dos efeitos depende da toxicidade da
substância, da dose, do tipo de contato e do organismo. Os efeitos agudos são
aqueles que aparecem durante ou após o contato da pessoa com os agrotóxicos, já
os efeitos de exposição crônica podem aparecer semanas, meses e até anos após o
período de contato com tais produtos e são mais difíceis de serem identificados
(PERES; MOREIRA, 2003).
http://www.rgnutri.com.br/sqv/curiosidad
es/uaap.php.
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/aciden
tes/agrotx.htm.
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/aciden
tes/dest.htm.
http://www.dicasbcb.com.br/Saude/exps_
agrotxc.htm.
http://www.agencia.cnptia.embrap
a.br/Agencia23/AG01/arvore/AG01_6_299
Fonte: Peres e Moreira (2003).
Saiba sobre a classe toxicológica dos agrotóxicos
Fonte: Peres e Moreira (2003).
Atividade Experimental
De posse de rótulos e/ou embalagens vazias de agrotóxicos, classifique-os
analisando o conteúdo escrito, preenchendo a seguinte tabela
MARCA
COMERCIAL
INFORMAÇÕES CONTIDAS NOS RÓTULOS
Classe Composição
Química
Classe
Toxicológica
Uso Precauções
Observações
Agora responda (em grupos)
a) A partir da Classe Toxicológica, quais os EPI recomendados quando o produto está sendo manuseado e/ou aplicado na plantação? (discutir os riscos do não uso).
b) As formulações dos agrotóxicos são classificadas em sólidas, líquidas e pastosas. Classifique os agrotóxicos de acordo com a formulação e comente sobre a mesma.
c) Identifique o princípio ativo, o grupo químico, o nome químico, a fórmula empírica e a estrutural dos agrotóxicos analisados.
d) Identifique os elementos químicos que compõem a estrutura da fórmula empírica dos agrotóxicos, destacando o Número Atômico e a Massa Atômica.
e) A partir do Grupo Químico, quais os principais efeitos que causam ao homem, decorrentes da má utilização e aplicação do produto.
Elabore um cartaz com as informações e cole em um mural na sala de
aula
OFICINA IV
ALIMENTOS CONVENCIONAIS, ORGÂNICOS E GENETICAMENTE MODIFICADOS
Agora vamos aprender a diferenciar alimentos convencionais, orgânicos e geneticamente modificados Leia com atenção o texto a seguir
Alimentos Orgânicos
A agricultura orgânica busca o equilíbrio e o desenvolvimento sustentável do meio ambiente, fauna, fora e ser humano, onde todos possam interagir com respeito. Alimentos orgânicos são aqueles cultivados sem insumos químicos, respeitando o meio ambiente e as relações sociais. É possível encontrar verduras, legumes, frutas, óleos, carnes, ovos e até cervejas e vinhos orgânicos.
Segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), uma das instituições que certifica esses alimentos no Brasil, o mercado brasileiro desse tipo de alimento teve taxas de crescimento de 30% a 50% ao ano e já temos a segunda maior área de agricultura orgânica do mundo.
Como a produção orgânica objetiva as realizações de processos produtivos em equilíbrio com o ambiente no cultivo estão proibidos agrotóxicos sintéticos, adubos químicos e sementes transgênicas. Os animais são criados sem uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou antibióticos, e de rações comerciais.
Disponível em: <http://www.fef.unicamp.br/departamentos/deafa/qvaf/livros/alimen_saudavel_ql_af/diagnostico_funca
mp/funcamp_cap12.pdf>
Para saber mais assistam ao vídeo:
Faça em seu caderno um quadro e destaque as principais diferenças entre os
alimentos orgânicos e os alimentos geneticamente modificados.
.Alimentos Orgânicos Alimentos Geneticamente Modificados
Saiba mais sobre os transgênicos
Os prós dos transgênicos - O alimento geneticamente modificado pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos
de doenças, através das plantas modificadas geneticamente vacinas podem ser produzidas e microrganismos modificados podem produzir iogurtes fermentados que estimulam o sistema imunológico;
- O uso de transgênicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos (herbicidas, inseticidas e fungicidas) mais danosos, que podem causar sérios problemas aos seres vivos e a produção prejudicará menos o meio ambiente;
- As plantas geneticamente modificadas podem adquirir resistência ao ataque de insetos, de pragas e à seca;
- Através da resistência obtida, a planta sofre menos interferências de pragas e doenças, aumentando, assim, a produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas;
- Outro ponto é o aumento de produção de alimentos, que alguns especialistas afirmam poder reduzir o problema da fome. Esse aumento ainda poderia reduzir os custos de produção, facilitando assim a vida do agricultor.
Os Contras dos Transgênicos - O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode
causar resultados inesperados uma vez que outros os genes podem ser afetados; - Há um considerável aumento do número de casos de pessoas alérgicas a determinados
alimentos em virtude das novas proteínas que são produzidas pela alteração genética dos alimentos; - Além dos riscos à saúde, também há os riscos ambientais como o aumento considerável de
resíduos de pesticidas, pois alguns dos produtos transgênicos adquirem resistência aos efeitos dos agrotóxicos, necessitando de um uso mais intenso do agrotóxico, e os resíduos poderão escoar para os rios e solos, contaminando o lençol freático e diminuindo a potabilidade da água;
- A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pragas, doenças e ervas daninhas sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo;
http://www.youtube.com/watch?v=jd7O9Zgi3BU.
- Quanto maior for a variedade genética no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pragas, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades;
- Pragas e doenças poderão tornar-se resistentes se houver a transferência do gene resistente para eles;
- Alguns organismos que eram antes cultivados para serem usados na alimentação estão a ser modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
Fonte: Disponível em:<http://geneticaciencia.blogspot.com/2009/05/transgenicos-definicao-sao-organismos.html
Vamos debater sobre o tema a partir do seguinte roteiro
a) Leitura e discussão do texto acima; b) Organizar a turma em dois grupos: o grupo dos prós e o grupo dos
contras . A divisão será aleatória, para estimular os alunos a argumentarem de forma com que possam defender o que lhes foi atribuído, mesmo que não seja o que realmente tenham como opinião pessoal;
c) Sortear qual grupo iniciará a atividade, estipulando um tempo fixo para as discussões. O grupo sorteado fará as argumentações em conformidade com a temática proposta, enquanto os alunos do outro grupo assistirão a discussão, com registros dos pontos que acharem interessantes, podendo argumentar contra ou a favor do que foi exposto. Após o término do tempo, o segundo grupo iniciará a sua discussão, enquanto o outro fará os registros de suas observações;
d) Encerrado o prazo, as anotações dos alunos serão recolhidas, com a posterior abertura de discussões para toda a turma. De acordo com a discussão e a partir das informações obtidas, serão apontadas as possíveis lacunas e erros conceituais existentes aos alunos.
c) Ao final da aula os conteúdos serão expostos em um mural para compartilhar a temática com a comunidade escolar
Faça em seu caderno um quadro como o seguinte e destaque os prós e contras dos
transgênicos
Argumentos a favor Argumentos contra
Depois de preencher o quadro exponha-o no mural da escola.
Palestra sobre Ecologia
Após a palestra reúna-se em duplas e discutam o conteúdo abordado,
registrando-o no seu caderno para possíveis discussões com outras duplas em sala de
aula.
OFICINA V
PRODUÇÃO DE INSETICIDAS E REPELENTES
Atividades Experimentais
Produzir no laboratório de Ciências/Biologia inseticidas e repelentes naturais
a partir de plantas aromáticas e condimentos.
Demonstrar o emprego da raiz de tayuya - Cayaponia tayuya no combate ao
inseto vaquinha - Diabrotica speciosa nas culturas de feijão;
ALHO BRANCO
Alho branco Allium sativum é uma planta perene cujo bulbo (a "cabeça de
alho") é composto por folhas escamiformes (os "dentes de alho"), comestível e
usado tanto como tempero, fins medicinais e defensivo agrícola. O extrato do alho
branco quando adequadamente preparado tem ação fungicida, bactericida e controla
insetos nocivos como a lagarta da maçã, pulgão, etc.
O alho branco é apresentado como defensivo mais barato que os agrotóxicos,
não prejudica os trabalhadores, e é seguro para o meio ambiente. O alho fresco
possui alina, um aminoácido sulfurado que se transforma em alicina, princípio ativo
antisséptico, também é rico em iodo, flúor, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas A, B e C,
aminoácidos, dentre outros.
Receita 1 - Conservação de grãos no período de 1 a 2 anos
Ingredientes:
1 garrafa do tipo PET (Politereftalato de etileno) higienizada
Dentes de alho com casca
Grãos a serem conservados (feijão, arroz, milho)
Fita crepe
Modo de preparo
Coloca-se um dente de alho com casca no fundo da garrafa e outro a cada 4 dedos
de grãos secos, a cada camada deve-se assentar bem os grãos, batendo tanto com
o fundo da garrafa sobre um pano de prato e como com as mãos na lateral do
recipiente. Não pode haver espaço livre dentro da garrafa. Ou seja, quando apertada
com o dedo a garrafa não deve ceder. Fechar bem com fita crepe ao redor do
gargalo. Colocar uma etiqueta com o nome e validade do produto.
Receita 2 - Alho contra brocas, cochonilhas e pulgõ es e ácaros
Ingredientes:
1 dente de alho
2litros de água
Modo de preparo
Bata o alho no liquidificador com água (2 litros para cada dente). Em seguida
pulverize as plantas atacadas. Mas, atenção, não use sobre feijões, pois o alho inibe
seu crescimento.
Receita 3 - Alho no controle biológico de pragas
Ingredientes:
1 kg de alho
5 litros de água
100g de sabão
20 colheres (de café) de óleo mineral.
Modo de preparo Os dentes de alho devem ser f moídos e deixados repousar por 24 horas, em 20
colheres de óleo mineral. Em outro vasilhame, dissolver 100 gramas de sabão
picado em 5 litros de água, de preferência quente. Após a dissolução do sabão,
mistura-se a solução de alho. Antes de usar, é aconselhável filtrar e diluir a mistura
com 20 partes de água. Quando pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas
não deixa cheiro nos produtos agrícolas.
FUMO (Nicotiana tabacum L. )
Atende pelo nome cientifico de Nicotiana tabacum, e tabaco é o nome
comum. Originário da América do Sul, das folhas é extraída a substância chamada
nicotina, que a princípio era usado para fins terapêuticos, mas pesquisas tem
demonstrado que o significado médico-terapêutico do tabaco caiu por terra há
décadas, cedendo lugar ao combate à dependência química que as substâncias
constantes do cigarro causam. Mas, há muitos anos é utilizado na agricultura como
fungicida e as receitas são passadas de geração para geração. Princípio ativo:
Nicotina
Receita 1- Extrato de fumo com pimenta contra lagar tas
Ingredientes:
50g de fumo picado
Pimenta malagueta
11 litros de água
1 recipiente (1litro)
Modo de preparo
Numa garrafa misturar o fumo de corda picado e um punhado de pimenta
malagueta. Completar com 1 litro de água e deixe repousar por uma semana. Dilua
em 10 litros de água e pulverize o extrato de fumo com pimenta sobre as lagartas
Fonte: Stoll (1989).
Receita 2 - Fumo no controle de pulgões
Ingredientes:
20 cm fumo de corda
Álcool líquido ou gel
100g sabão neutro
10 litros de água
Modo de Preparo
Colocar um pouco do fumo de corda picado numa tigela e cubra com álcool (líquido
ou gel). Espere o fumo absorver todo o álcool, acrescente novamente um pouco de
álcool diluído em água. Deixar por 48 horas em local fresco. Torça o preparado em
um pano ralo e guardar numa garrafa em local escuro. Acrescentar 10 litros de água,
coar e pulverizar este extrato sobre as folhas.
Fonte: Stoll (1989).
EUCALIPTO
O Eucalipto Eucaliptus citriodora, pertence ao gênero Corymbia e
Angophora, que inclui mais de 700 espécies, quase todas originárias da Austrália,
existindo apenas um pequeno número de espécies próprias dos territórios vizinhos
da Nova Guiné e Indonésia, e mais uma espécie (a mais setentrional) no sul das
Filipinas. Adaptados a praticamente a todas as condições climáticas, os eucaliptos
caracterizam a paisagem da Oceania de uma forma que não é comparável a
qualquer outra espécie. O eucalipto é uma planta utilizada quase em sua totalidade
para diversos fins, Ex: indústria farmacêutica, movelaria, celulose, produtos de
limpeza, cosméticos e na agricultura. Terpenos, canfeno, limoneno, mirtenol,
borneol, pinocarveol, flavonoides, cetonas, aldeídos e taninos.
Fonte: Stoll (1989).
Receita 1- Folhas de eucalipto utilizadas na conser vação de grãos e sementes
Ingredientes:
5g de folhas de eucalipto secas e moídas
1Kg de grãos
Embalagem polietileno (embalagem plástica) ou garrafa PET
Modo de Preparo
Secar as folhas à sombra, quando estiverem bem secas, moa. Usar o pó para
conservar grãos armazenados. Os grãos armazenados para alimentação devem ser
lavados antes de seu consumo.
Receita 2 - Uso de folhas de eucalipto na conservaç ão de grãos (feijão, milho,
arroz)
Ingredientes:
Folhas de eucalipto natural
Grãos
Modo de Preparo
Após o armazenamento do milho no paiol, colha folhas de eucaliptos, de cheiro forte,
e colocar em camadas. Para cada 20 cm de milho, uma camada de 3cm de folha de
eucalipto. O tempo de ação das folhas é de aproximadamente 90 dias. As
pesquisas florestais comprovam que as árvores de eucalipto consomem a mesma
quantidade de água que outras espécies vegetais, inclusive as matas nativas. O
eucalipto usa a água disponível de forma mais eficiente, produzindo mais madeira
com a mesma quantidade de água, negando a fama de que o eucalipto "seca o
solo".
CAMOMILA ( Matricaria camomila L.)
Ingredientes:
- 50 g de flores de camomila
- 1 litro de água
Modo de Preparo
Misturar 50 gramas de flores de camomila em 1 litro de água. Deixar de molho
durante 3 dias, agitando a mesma 4 vezes ao dia. Após coar, aplicar a mistura 3
vezes a cada 5 dias.
Indicações
Doenças fúngicas.
Fonte: Paiva (1995).
CAVALINHA - 1 ( Equisetum arvense L.)
Ingredientes:
200 g de ramos de cavalinha
10 litros de água
Modo de Preparo
Utilizar 200 gramas de ramos bem secos de cavalinha (Equisetum arvense) picada
ou moída, mergulhadas em 10 litros de água durante 20 minutos. Coar bem aplicar o
líquido no solo e em torno do pé da planta com o auxílio de pulverizador ou regador.
Para obter melhor resultado, no dia anterior encharque bem a área em torno da
planta. Não aplicar sobre as folhas das plantas nesta concentração.
Indicações
Doenças fúngicas, fungos do solo.
Fonte: Paiva (1995).
CAVALINHA
Ingredientes:
300 g de cavalinha
10 litros de água
Modo de Preparo
Ferver 300 gramas de cavalinha ( Equisetum arvense ) seca em 10 litros de água
durante 20 minutos. Fazer cinco diluições sucessivas de 1 litro da solução para 9
litros de água. Aplicar sobre a horta, a partir de outubro, de preferência pela manhã,
em tempo seco.
Indicações
Míldio e outras doenças fúngicas.
Fonte: Andrade (1992 apud BOFF, 2008).
CEBOLA OU CEBOLINHA VERDE ( Alium cepa L. e Alium fistulosum)
Ingredientes:
1 kg de cebola ou cebolinha verde
10 litros de água
Modo de Preparo
Cortar a cebola ou a cebolinha verde e misturar em 10 litros de água, deixando o
preparado curtir durante 10 dias. No caso da cebolinha verde, deixe curtir por 7 dias.
Para pulverizar as plantas, utilizar 1 litro da mistura para 3 litros de água.
Indicações
Pulgões, lagartas e vaquinhas (repelente).
Fonte: Zamberlan e Froncheti (1994).
PIMENTA-DO-REINO (Piper nigrum L.)
Ingredientes:
100 g de pimenta-do-reino
60 g de sabão de coco
1 litro de água
Modo de Preparo
Colocar 100 gramas de pimenta-do-reino em 1 litro de álcool durante 7 dias.
Dissolver 60 gramas de sabão de coco em 1 litro de água fervente. Retirar do fogo e
juntar as duas partes. Utilizar um copo cheio (250 ml) para 10 litros de água, fazendo
3 pulverizações a cada 3 dias.
Indicações
Pulgões, ácaros e cochonilhas.
Fonte: Paiva (1995).
ATRATIVOS OU PLANTAS-ARMADILHA
Muitas plantas produzem substâncias atrativas específicas para alguns
insetos que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A
simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e
predadores, assim como as mais sujeitas a doenças, permitindo também os
seguintes métodos de manejo de pragas:
Combate simples das pragas concentradas nas plantas-armadilha com uma
das fórmulas já recomendadas.
Biológico – Fazer uma solução das pragas infectadas com doenças (e.g.
Baculovírus da lagarta da soja – Auticorsia gemmatolis e do Mandorová da
mandioca, fungo Beauveria sp das Vaquinhas – Diabrotica speciosa ). No caso
das lagartas, quatro indivíduos triturados em 200 litros de água são suficientes para
um hectare. Esse número aumenta para dez indivíduos no caso de insetos
pequenos como os besouros e percevejos.
Biodinâmico – Coletar as pragas na sua fase de reprodução mais ativa
(época em que se forma a população-praga) e queimá-las em duas partes de
cepilho, espalhando ligeiramente as cinzas no campo, em seguida, por 2 ou três
anos consecutivos.
Obs. Esse método também serve para sementes, bulbos e rizomas de ervas
daninhas. Seguem alguns exemplos de plantas atrativas de comprovada utilidade na
horticultura:
a) Purungo ou Cabaça Lagenaria vulgaris
Plantado em bordadura (cercas) ou com seus frutos cortados e espalhados
na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela
Diabrotica speciosa.
b) Tajujá Cayaponia tayuya
É outra cucurbitácea atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste em
serem as raízes a parte mais útil e seu cultivo ser mais difícil que o do Purungo.
Para saber mais sobre a produção de inseticidas acesse o site
OFICINA VI
IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO USO DE AGROQUÍMICOS.
Leia o seguinte texto com atenção
IMPACTOS DOS AGROQUÍMICOS SOBRE O MEIO AMBIENTE A crescente utilização de agrotóxicos na produção de alimentos tem ocasionado uma série
de transtornos e modificações no ambiente, como a contaminação de seres vivos e a acumulação nos segmentos bióticos e abióticos dos ecossistemas (biota, água, ar, solo, sedimentos, dentre outros).
O trabalho agrícola pode ser considerado uma prática perigosa na atualidade. Dentre os vários riscos ocupacionais, destacam-se os agroquímicos que são relacionados a intoxicações dos seres vivos e diversos outros danos ambientais. O uso indiscriminado e, muitas vezes incorreto de agroquímicos no Brasil, assim como em outros países resulta em níveis severos de poluição do meio ambiente e intoxicação a vida humana. Partes dos agricultores desconhecem os riscos impostos por
http://www.cnpq.br/documents/10157/922e31c5
-6089-490e-b080-95843d86b2b9
esses produtos, consequentemente, negligenciam algumas normas básicas indispensáveis para a segurança no trabalho.
O consumo de agrotóxicos gera um círculo vicioso: quanto mais se usa, maiores são os desequilíbrios provocados, maior a necessidade de uso, em doses mais intensas, de formulações cada vez mais tóxicas.
A fauna e a flora também são amplamente afetadas com o uso de insumos químicos indiscriminados. De acordo com Ferrari (1985, p.112), as terras carregadas pelas águas das chuvas levam para os rios, lagoas e barragens, os resíduos de agrotóxicos, comprometendo a fauna e a flora aquática, além de comprometer as águas captadas com a finalidade de abastecimento.
Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas.
Agricultura Industrial, rotulada de moderna e avançada, fundamentada na economia e nos imediatos resultados à proteção das plantas cultivadas contra a ação das pragas, patógenos e ervas daninhas invasoras, tem falhado constantemente.
Para a Agricultura Industrial, o objetivo é meramente a produtividade, deixando de lado o equilíbrio ecológico, tais como: a estabilidade dos sistemas agrícolas: a conservação dos recursos naturais (água, solo e ar) e a qualidade dos alimentos.
Contaminação dos Recursos Hídricos pelo excesso de água aplicada O excesso de água aplicada na irrigação retorna aos rios, por meio do escoamento
superficial e subterrâneo ou vai para os depósitos subterrâneos, por percolação profunda, arrastando consigo resíduos de fertilizantes, de defensivos, de herbicidas e de outros elementos tóxicos, denominados de sais solúveis. Os recursos hídricos assim contaminados requerem tratamento apropriado quando destinados ao suprimento de água potável.
A contaminação das águas superficiais, notadamente de rios e córregos é rápida e acontece imediatamente após a irrigação. Tem-se verificado sérios problemas decorrentes da aplicação de herbicidas na irrigação por inundação; na irrigação por sulco, a água aplicada carreia, além de herbicidas, fertilizantes, defensivos e sedimentos. Também pode ocorrer de forma mais lenta, por meio do lençol freático subterrâneo, que recebe fertilizantes, defensivos e herbicidas dissolvidos na água aplicada. Essa contaminação pode ser agravada se houver sais solúveis no solo, pois, ao se infiltrar, a água já contendo os sais aplicados na lavoura, ainda dissolverá os sais do solo, tornando-se mais prejudicial.
A contaminação da água subterrânea é bem mais lenta. O tempo necessário à percolação até o lençol subterrâneo aumenta com o decréscimo da permeabilidade do solo e com a profundidade do lençol. Para atingir um lençol freático situado a cerca de 30 m de profundidade, dependendo da permeabilidade do solo, podem ser necessários de 3 a 50 anos. Aí reside um sério problema, pois só muito tempo após é que se saberá que a água subterrânea vem sendo poluída; esse problema se agrava os poluentes são sais dissolvidos, nitratos, pesticidas e metais pesados.
Um estudo geológico prévio pode revelar concentração de sais solúveis no perfil do solo e indicar as áreas mais favoráveis, ou seja, com menor potencial de contaminação dos recursos hídricos. Quanto maiores às perdas por percolação e por escoamento superficial na irrigação, maiores serão as chances de contaminação dos mananciais e da água subterrânea. Torna-se necessário, cada vez mais, dimensionar e manejar os sistemas de irrigação com maior eficiência, bem como dosar corretamente os fertilizantes, herbicidas e defensivos.
De acordo com IBGE (1993), 96% da água distribuída no Brasil é analisada e recebe algum tipo de tratamento, como filtração e adição de cloro e flúor. Dos 25% da população do país domiciliados em áreas rurais, apenas 9,3% têm rede de abastecimento de água, 57,9% utilizam água de poço ou nascente e 32,8% têm outra forma de abastecimento. Quanto às instalações sanitárias apenas 1,8% são favorecidos pela rede geral, 7,0% utilizam fossa séptica, 34,7%, fossa rudimentar, 7,4% usa outro escoadouro e 49,0% não dispõem de instalação sanitária. Também de acordo com o IBGE (1993), 11,2% dos moradores de áreas rurais dispõem de serviço de coleta do lixo domiciliar, 33,4% queimam ou enterram o lixo e 55,4% o dispõem em terrenos baldios e outros. Outro agravante que age como poluente difuso é o uso de fertilizantes e agrotóxicos no país.
De acordo com dados do GARDA et al. (1996, p.137), das 3.186.276 T de agrotóxicos usadas, 300.000 T cumprem a sua função. O restante contamina o solo e a água. Para os fertilizantes, das 1.832.658 T distribuídas, 750.000 T são aproveitadas, sendo o restante carreado por águas de chuva, chegando a atingir o lençol freático.
Texto na íntegra: Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/biologia/os-impactos-agroquimicos-sobre-meio-ambiente.htm
Para saber mais assista aos vídeos
Com base na leitura e no conteúdo dos documentários reúna-se em duplas e responda
Quais os principais impactos dos agrotóxicos no ambiente? Quais as principais áreas afetadas? De acordo com o vídeo, quais as causas que afetam o meio ambiente?
Você concorda com a opinião veiculada nos vídeos e no texto? Justifique.
Vcê consegue perceber os efeitos nocivos dos agrotóxicos na sua vida diária?
O vídeo mostra algumas tecnologias aplicadas ao meio ambiente. Você já as
conhecia?
Quais os impactos no ambiente em longo prazo?
Que palavras você costuma se lembrar ao relacionar os agrotóxicos e o meio
ambiente?
Agora, encontre no caça-palavras abaixo alguns nomes nocivos ao meio ambiente.
� radiação � erosão � poluição � desperdício � destruição � agrotóxicos � desmatamento � queimadas � contaminação � gases
http://www.youtube.com/watch?v=CuDuhDIBoE8 http://www.youtube.com/watch?v=V8ssDVhTLh8 http://www.youtube.com/watch?v=r3CLnJ0EAYM
Avaliação
A avaliação será realizada, através da troca de ideias entre os grupos. O
professor atuará como mediador, avaliando por meio de observações e registros o
desempenho dos alunos nos seminários, nos debates, na pesquisa no laboratório de
informática, nas atividades de leitura e discussões de textos e vídeos, intervindo
continuamente no processo de ensino e aprendizagem, sanando dúvidas e
esclarecendo detalhes.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares Nacionais. Meio ambiente e saúde. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. Ministério da Saúde. Lei 9974 de 06 de julho de 2000. Agrotóxicos. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Agrotoxicos+e+Toxicologia/Assuntos+de+Interesse/Legislacao/Legislacao+de+Agrotoxicos+Componentes+e+Afins/Leis>. Acesso em: 10 out. de 2013.
BOFF, P. (Coord.). Agropecuária saudável: da prevenção de doenças, pragas e parasitas à terapêutica não residual. Lages: Epagri; Udesc, 2008. 80p.
FIRPO, M.; SOARES, W. L. Modelo de desenvolvimento, agrotóxicos e saúde: um panorama da realidade agrícola brasileira e propostas para uma agenda de pesquisa inovadora. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional , São Paulo, v. 37, n. 125, p. 17-50, 2012.
PAIVA, A. F. de. É bom conhecer o cultivo de plantas medicinais. Fortaleza, EMATER - CE, 1995. 28p. (EMATER - CE. Informações técnicas, 56).
PASCHOAL, A. D. P. Praguicidas e a crise ambiental: problemas e soluções. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1979.
SARNO, P.; ANDRADE, J. B. Química ambiental em ação : uma nova abordagem para tópicos de química relacionados com o ambiente. Química Nova. 13 (3), fev. 1990.
WEISSMANN, H. Didática das ciências naturais. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZAMBERLAN, A. F.; FRONCHETI, A. Agricultura Alternativa: Um enfrentamento à agricultura química. Passo Fundo: Ed. P. Berthien. 1994. 167p.
ZAMBRONE, F. A. D. Perigosa família. Ciência Hoje , Rio de Janeiro, v. 4 n. 22, p.42-66, jan/fev/1986.