PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
A educação artística como elo entre a educação e a arte
tem como objetivo, assim como a educação em geral, o desenvolvimento total do individuo intelectual, social,
perceptivo, físico, estético e criador.
E todos esses elementos estão presentes no ato criação.
O resultado final não é o que importa, massim o próprio processo de trabalho.
Objetivo Especifico: educação artística é o efeito do processo de criação sobre a criança, tornando-o criativo em qualquer campo e com iniciativa própria.
1. Percorre um caminho no silêncio que vai da motivação ao indivíduo confrontando-o com as suas experiências.
2. Alguns vivenciaram as emoções de forma diferente, outros a colocaram de costas e outros nos miraram, outros mostraram seus bloqueios.
3. Intelectualmente tiveram que pensar estilo, tamanho, altura em relação ao corpo, ao ambiente, com detalhes etc.
4. Perceptivo, avaliação em relação a experiências visuais, como a luz, a cor e espaço como a distância e a perspectiva) interferem no desenho, incluindo as texturas como experiências táteis.
5. Físico, eles projetam a posição e o movimento do próprio corpo. Ao tomar a posição para desenhar percebe a si mesmo em seu corpo.
6. Social, o trabalho gera a identificação com as necessidade alheias mostrando a adaptação social.
7. Estético, desperta- se para a sensibilidade e a harmonia, uso das cores, textura e linhas.8. Criativo, há independência da cópia, originalidade e inventiva no conteúdo.
Exemplo de um atelier onde jovens fazem a experiência de desenhar uma janela
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
Silêncio
Emoções Percepti
voFísico
Social
Estético
Criativo
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
EXPERIÊNCIA DE AULA
A criatividade não é apenas para artistas, ela está presente em todos.
Desde o gênio até a criança, passando pela cozinheira que decora uma salada.
A criança expressa-se através da expressão verbal e corporal, no seu desenho, na sua
música, no seu modo de brincar.
E ser criativo é ter uma percepção mais aberta
ao mundo e às suas experiências e ter a capacidade de brincar com coisas
ou conceitos explorando ideias pelo simples prazer de ver aonde elas vão.
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
Porém, os adultos esperam da educação artística desenhos bonitos
mais do que criativos.
A expectativa pode gerar bloqueios emocionais e intelectuais que fecharão
o adolescente em si mesmo.
A criatividade gera auto realização.
O medo da folha em branco ou o rabisco no telefone?
A expressão criadora é incentivada num ambiente livre de modelos o que
permite o desenvolvimento de uma personalidade sadia e com grandes
condições de ser feliz .
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
A imitação é contrária a criatividade .Leva ao pensamento dependente, preferindo soluções preestabelecidas, que afirmam a rigidez e a inibição e a frustração.
Ensinar pela cópia as crianças e ainda desrespeitar as faixas etárias de crescimento é uma posição cômoda, desrespeitando a identidade da criança que satisfaz a todos menos a si mesma.
O sucesso deste ponto de vista tem a ver com uma mentalidade subdesenvolvida que ainda considera a arte como beleza ideal onde parecer real é muito mais importante que a expressão.
Desenho copiado por Taísa
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
Quando a criança começa a desenhar rabiscos que mostram suas experiências com a
coordenação motora sem nenhum compromisso com a realidade é que os
adultos começam a aproveitar para ensinar a desenhar a maçã com cabinho e tudo.
Esta interferência faz com que a criança se acostume a ter modelos sendo esta imitação
profundamente prejudicial.
Então, a sentença está pronta, quem copia bem e é de fácil modelo está feliz, quem não
sabe copiar é uma negação! Formara-se assim o bloqueio.
IMITAÇÃO
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
E a imitação traz BLOQUEIOS, de quem não consegue copiar! sendo fácil ouvir a expressão não sei desenhar!
Outros problemas são os livros para colorir, geradores de preguiça e solução fácil...E na vida não há tal resposta!Porém, o mundo da criança é o desenho, então cabem 2 alternativas, fugir ou desenhar pobremente.
ver desenho ao lado Exemplo: criança de 8 anos que ao ser estimulada seu imaginário a contar uma historinha sobre um desenho, ela responde com expressão de desanimo porque tem que se escrever historia! E só pensar que tipo de adulto será essa criança crítica, rotuladora, com padrões marcados para tudo...
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
A SAÍDA Estendendo O Campo de Referencias
Lowenfel Apostem na variedade, na diversidade: buscando ampliar seu
pensamento, sentimento e percepção.
Professor e aluno pensam juntos.
Estimular para continuar desenhando, sem comparações, elogios ou
preferências.
Sem criticar ou corrigir proporção.
Pais, olhem de forma diferente os desenhos de seus filhos!!
PALESTRA: A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA PARA AS CRIANÇAS
ATRAVÉS DA EXPRESSÃO CONQUISTAR A AUTOEXPRESSÃO.
A livre expressão não é deixar cada um fazer para ver o que acontece.
Ao leigo parece uma maneira bastante cômoda para resolver uma aula de artes plásticas.
Livre expressão, a missão é: busca da expressão sem modelos ou regras, porém conduzida.
O professor está presente para conduzir motivar e estabelecer comunicação para ampliar o campo de referências
criativas.
O aluno ganha em liberdade, flexibilidade,fazendo da arte sua descarga emocional.
O caminho para ser um adulto de pensamento independente é vivenciar cada nova relação na vida real,
sem medo e com espírito aberto.
Nesta fase o mundo passa a ser expresso através de linhas e formas,
lhe importando o que lhe é familiar.
O tipo de desenhos são os: Esquemas (diferente das garatujas) surge a
identificação por parte dos adultos.
FocoA criança se envolverá com o Eu
(seu corpo e funções)
Sem críticas ao o desenho se ele não está completo. Não fazer comparações.
Exageros também procedem assim com omissões.
4 – 7 anos / Etapa do Eu- egocentrismo
4 – 7 anos / Etapa do Eu- egocentrismo
Os temas ativam o Eu e o meu, buscando integrar: Pensamento,
emoção e percepção.
A ação deve respeitar onde, como e quando.
O professor deve falar isto com a criança. Depois que a criança se
expressar oralmente e até corporalmente é que o professor
deve pedir o desenho.
Devemos estender o campo de referências salientando sempre o
processo criativo.
4 – 7 anos / Etapa do Eu- egocentrismo - Leitura desta fase
A criança ainda não integra os elementos (desenhos são dispersos)
Ainda não coopera socialmente. Obriga-o a usar outro
comportamento podendo causar danos em sua autoconfiança e
bloqueá-lo para uma melhor aprendizagem.
Não se interessa pela COR certa. Estender o campo passivo do
conhecimento é papel importante do professor (motivação) a partir do próprio tema ou desenho da criança é isso o que nós na Oficina fazemos para enriquecer o mundo imaginário
da criança.
O esquema pessoal é repetido até que novas influências o modifiquem.
Há uma tomada de posição ante o mundo evidência, através de uma ordem no espaço – as figuras estão conectadas no espaço.
Se relaciona socialmente e tem uma visão menos egocêntrica.
É a etapa do esquema puro, nada muito intencional. Mais ou menos, detalhes dependem da personalidade e do estímulo.
Desenho de uma criança de 9 anos
Esquematismo: 7 a 9 anos
Foco: NOS E ONDE
Se é importante a simetria do corpo o esquema será de frente. Se for o nariz será de perfil.
olhos + nariz = será frontal + perfil ou seja misto.
Exagero das partes é normal e não deverá ser corrigido.No Espaço é importante linha de base, o todo é maior.
A repetição de partes do desenho pode ser normal nesta fase. E há uma tendência á representação geométrica pela escassa percepção das formas.
A linha de base se relaciona com o desenvolvimento social e a adaptação ao meio.
Esquematismo: 7 a 9 anos
A criança está no chão, o céu está lá em cima. É parte de um todo maior.
É a mesma habilidade semelhante para aprender.
Vincular coisas com letras ou palavras indica facilidade ou não no aprendizado da leitura. E isso serve
de orientação com os pais ou professor.
Os desenhos devem estar perpendiculares a ela.
Esquematismo: 7 a 9 anos
Outra característica é a dobradura
A criança desenha de um lado a do outro do papel, as figuras parecem de cabeça
para baixo, as rodas (desenhos deitados)
Mistura de plano e elevação (planta e elevação)
Representação tipo raios-X: o interior tem mais significado emocional que o externo.
Representação (espaço e tempo): tipo história em quadrinhos
Esquematismo: 7 a 9 anos
COR: ordem lógica de cada coisa. Esta etapa é muito importante para auto confiança, flexibilidade
(não dar ênfases ao resultado final senão ao processo)
Na repetição de desenhos estender o campo de referências fazendo perguntas sobre o lugar, quem,
tempo, é dia ou noite? Etc.
As perguntas são respondidas enriquecendo o desenho. Consciência de som, texturas, cheiros
alimentam a percepção.
Prestar atenção ao tamanho dos desenhos = Se pequenos demais em relação à folha, deve estimular
com desenhos tipo passeio numa cidade será o ponto de referência para que se expanda.
Esquematismo: 7 a 9 anos
Período de descobertassociedades secretascom códigos para comunicação
Vida social intensa e os amigos são os modelos
Sua produção artística sofre sensíveis mudanças.
Não é uma representação baseada na observação visual, mas, na realidade sentida e caracterizada pela própria criança, esquemas não lhe agradam mais agora descobre seu mundo.
Desenho de uma criança de 12 anos
Foco: cooperação social
Realismo - 9 a 12 anos
A linha de base é substituída pelo plano de base e o céu desce até ele, embora a criança não saiba ainda
o significado da linha de horizonte.
Somente nesta fase a criança adquire consciência da superposição.
Até então suas árvores por exemplo, eram desenhadas uma ao lado ou sobre a outra e agora elas se superpõem ao próprio céu.
Realismo - 9 a 12 anos
A figura humana é mais rígida, nãohavendo grande atenção nas roupasdiferenciando enfaticamente os sexos.
Forte julgamento autocrítico
Não usa mais o desenho "raio x“, transparências, nem a dobragem, nem muita variação de cores, por isso é oportuno ensinar degradês.
Não é o momento apropriado parateorizar sobre cores.
É o momento de desenvolver uma percepção mais refinada através da experiência pessoal.
Realismo - 9 a 12 anos
Desejo de experimentação, exploração e invenção desta fase incentivando-os a pesquisar materiais de expressão
Determinando suas próprias ideias sem preocupações com um resultado artístico ou não.
Não usa tanto a expressão linear.
O guache ou a têmpera são excelentes materiais inclusive para
descobrir tons pois usa poucas cores.
Recomenda-se colagens ou construção de novas formas.
Os papeis coloridos "papier-mãché", pedaços de madeira, caixas, e
sucatas são recomendados como incentivo.
MATERIAIS
Realismo - 9 a 12 anos
Os temas desta etapa: Cooperação social
ou objetivo
Cenas em que a cooperação tem importância,
exemplo: construir uma casa
Execução de um trabalho em que a colaboração com outros e importante
Realismo - 9 a 12 anos
Resumo
método subjetivo
Pseudonaturalismo- 12 a 14 anos
Consciência critica
na produção artística
Tempo de mudanças, Afirmações no sexo
Preocupações com o futuro
Mudanças escola, ela e
ponto de encontroA arte não tem interesse
Fim da arte com atividade espontânea; período da razão (crítica)
Atenção para o produto final! Cor: subjetivo.
Fase das caricaturas: professores, pais e colegas. Dificuldade de contato com as transformações
corporais e psicológicas, dificuldades de desenhar a si mesmos.
É normal o exagero nas características sexuais.
O tridimensional aparece e objetos mais distantes apresentam tamanho reduzido.
Primeiras ideias sobre profundidade e perspectiva.
Simpatia por desenhos de natureza.
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
É importante a confiança
entre professor e aluno
Não é a produção de trabalhos
bonitos o objetivo, mas o desenvolvimento
de uma maior consciência sobre si próprios e das coisas que
o cercam
É preciso sensibilizá-los para que usem os temas
ou mesmo as técnicas como
formas pessoais de expressão.
Partindo de pesquisas com indivíduos
parcialmente cegos, Lowenfeld descobriu
que alguns se contentavam com
o tato enquanto que outros
utilizavam-se do resto de visão que possuíam.
Perce beu que todos os indivíduos
podem ser enquadrados
Em dois tipos de percepção:
visual e háptico.
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
O TIPO VISUAL se comunica através dos olhos. É observador e espectador. Interessa-se pela luz e sombra, a cor, a atmosfera e a distância. É a aparência que importa. Na historia da pintura se relaciona com o impressionismo.
O TIPO HÁPTICO é mais subjetivo, usa tato, seu corpo, e sensações sinestésicas. Valoriza a emoção.
A arte infantil é inicialmente háptica por natureza depois passa para visual. Por volta dos doze anos o
indivíduo define o tipo. Na pintura responde ao Expressionismo.
Nossa educação estimula os tipos visuais criando sérios bloqueios
para os hápticos.
A produção artística desta fase está ligada com esses dois tipos.
Os temas devem ser comuns aos
dois tipos.
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
Desenha as partes
Exagerando= emoção
Realista, sombra- luz
Distancia, cor
Desenho mais Determinado
Fixando o sexo
Tipo hapticoVisual
Obs: Não é interessante ainda o ensino da técnica da perspectiva, apesar de seus intentos pessoais.
A expressão não é mais espontânea
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
De acordo ao tipo, como estimular o ensino da cor ?De acordo ao tipo, como estimular o ensino da cor ?
O VISUAL se preocupará com a cor como se apresenta na natureza.
Enquanto o HÁPTICO expressará sua reação emocional.
Metodologia: O professor deverá estimular o contato com a cor da maneira mais aberta possível, possibilitando tanto valores emocionais como visuais, e não através das teorias das cores.
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
A emoção do háptico
A observação da natureza do visual
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
Tipo visual
Tipo háptico
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
Materiais como a anilina, a aquarela, o nanquim, o "papier-mâché", o gesso, poderão estimular por si
mesmos, os adolescentes.
Os temas, devem ser uma ponte de ligação entre a imaginação infantil e
adulta.
É primordial integrá-los à vida do jovem numa atmosfera que possibilite
a expressão tanto daqueles indivíduos de mentalidade visual
como háptica.
MATERIAIS
Desenho da Isabel
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
Devemos também estimulá-los na observação da natureza e pelo desenho de objetos cotidiano.
Para tomar consciência do mundo à sua volta.
Qualquer material pode ser usado sem problemas, desde que não se cometa o erro de usá-lo apenas mecanicamente.
Podemos nos concentrar num determinado material,
usando-o para diversos temas ou a partir de um tema central (do interesse do aluno).
Utilizar numerosos materiais para seu desenvolvimento.
MATERIAIS
Pseudonaturalismo de 12 a 14 anos
Período muito difícil.
Início da vida secundária
Escolha de profissões
E o medo do vestibular?
As críticas, a preocupação com a aparência.
A necessidade da afirmação pessoal.
Reação de defesa perante os adultos.
Fase 14 a 17 anos
Fase 14 a 17 anos
O interesse pela arte é difícil.
Porém, para quem escolher a arte, pode ser para eles uma atividade mais amena que o resto das matérias do currículo escolar.
Então podem usar o caminho da arte como meio de mostrar seus problemas e tensões além do desenho ser ou não bonito.
Uso de materiais e experiências como a fotografia, arte gráfica, ou som, estes podem permitir desfrutar de bons momentos sem pressões intelectuais.
Enquanto ao desenho e pintura vamos encontrar as mesmas questões da etapa anterior.
A autocrítica ainda será um grande empecilho para ser superado.
A descoberta da arte moderna também poderá servir de estímulo para uma menor ansiedade frente ao trabalho artístico.
Fase 14 a 17 anos
MATERIAIS