Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
Perfil
Epidemiológico da
População do Recife
- 2001 a 2011 -
Recife
-2012-
Prefeito do Recife João da Costa
Vice- Prefeito do Recife
Milton Coelho
Secretário de Saúde: Humberto Antunes
Assessoria Executiva
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Distrito Sanitários VI Daniele Rodrigues
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Gerência de Epidemiologia
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Supervisão Operacional de Doenças de Notificação Compulsória Natália Gonçalves
Supervisão Operacional de Natalidade
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Revisores
Antonio FlaudianoBemLeite
Terezinha de Almeida Aquino
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Série A. Normas e Manuais Técnicos
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Impresso no Brasil/Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Recife. Secretaria Municipal de Saúde. Diretoria Geral de Vigilância em
Saúde.
Perfil Epidemiológico da população do Recife/ Secretaria Municipal de
Saúde, Diretoria Geral de Vigilância em Saúde. Recife: Secretaria de Saúde,
2012.
108p. : il. – (Serie A. Normas e Manuais Técnicos)
ISBN (não registrado)
1.Perfil Epidemiológico. 2.Tendência. 3. Recife. I. Titulo. II. Serie.
NLM WR (não registrado)
Catalogação na fonte – Biblioteca
Biblioteca Municipal de Recife
APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta o Perfil Epidemiológico da População do
Recife: 2001-2011,publicação que marca o compromisso da gerência de epidemiologia
em produzir e disseminar,anualmente, análises da situação de saúde.
A análise apresentada neste documento é realizada a partir das
informações produzidas pelos níveis locais e distritais que alimentam os Sistemas de
Informações oficiais do país.
A referida análise descreve a situação de saúde da população recifense,
sobre o nascer, sobre a magnitude e tendências dos riscos de adoecer e morrer e sobre as
desigualdades em saúde, contribuindo para subsidiar os gestores nas tomadas de
decisões, propiciando, desse modo, ações para a melhoria dos indicadores de saúde do
Recife.
LISTA DE QUADRO E TABELA
Quadro 1: Indicadores de Natalidade. Recife, 2001 – 2011 ........................................ 28
Tabela 1: Proporção de nascidos vivos de mães residentes segundo variáveis
demográficas e sociais. Recife, 2001– 2011 18
Tabela 2: Proporção de nascidos vivos de mães residentes segundo algumas
características da gestação e do parto. Recife, 2001– 2011 .......................................... 23
Tabela 3: Proporção de nascidos vivos de mães residentes segundo algumas
características do recém-nascido. Recife, 2001– 2011 ................................................. 27
Tabela 4: Casos de tétano segundo faixa etária. Recife, 2001-2011 ............................ 31
Tabela 5:Casos confirmados de rubéola segundo ano de início dos sintomas e faixa
etária. Recife, 2001-2011* .......................................................................................... 33
Tabela 6: Distribuição do número de casos de doença meningocócica, coeficiente de
detecção (por 100.000 hab), óbito e letalidade (%). Recife, 2001 a 2011 ..................... 34
Tabela 7: Número de casos notificados e confirmados de dengue segundo forma
clínica, coeficiente de detecção (por 100.000 hab) e óbitos. Recife, 2001 a 2011 ......... 37
Tabela 8: Número de casos e óbitos, coeficiente de detecção (CD) por 100.000 hab. e
letalidade (%) de leptospirose segundo ano de ocorrência. Recife, 2001 – 2011 .......... 38
Tabela 9: Número de casos de Aids segundo ano de diagnóstico, sexo, razão por sexo e
coeficiente de detecção (CD) por 100.000 hab. segundo sexo e total. Recife, 2001 –
2011 ............................................................................................................................ 40
Tabela 10: Número de casos de Aids segundo ano de diagnóstico e faixa etária. ........ 41
Tabela 11: Número de casos de Aids segundo DS, microrregião, bairro de residência e
ano de diagnóstico. DS I e II – 2001 – 2011 ................................................................ 44
Tabela 12: Número de óbitos por Aids, razão por sexo e CM (100.000 hab.) segundo
ano do óbito e sexo. Recife, 2001 – 2011 .................................................................... 47
Tabela 13: Número de casos de sífilis congênita ocorridos nos DS I e II segundo
microrregião, bairro e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ................................... 50
Tabela 14: Número de casos de sífilis congênita e percentual segundo faixa etária
materna e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ..................................................... 54
Tabela 15: Número de casos de sífilis congênita e percentual segundo ano de
diagnóstico e realização do pré-natal pela gestante. Recife, 2001 – 2011 ..................... 55
Tabela 16: Número e percentual de casos de sífilis congênita nascidos de mães que
realizaram pré-natal, segundo período do diagnóstico da sífilis materna e ano de
diagnóstico. Recife, 2007 – 2011 ................................................................................ 55
Tabela 17: Número e percentual de casos de sífilis congênita nascidas de mães que
foram diagnosticadas durante o pré-natal segundo o tratamento dos parceiros e ano de
diagnóstico. Recife, 2007 – 2011 ................................................................................ 56
Tabela 18: Número de casos de gestante HIV+ segundo ano de notificação, distrito
sanitário, microrregião e bairro. DS I e II – 2000 – 2011 ............................................. 57
Tabela 19: Número de casos de gestante com sífilis segundo ano de notificação, distrito
sanitário, microrregião e bairro. DS I e II –2005 – 2011 .............................................. 63
Tabela 20: Número e percentual de casos de gestantes com sífilis segundo ano de
diagnóstico e faixa etária. Recife, 2005 – 2011 ............................................................ 67
Tabela 21: Proporção de contatos examinados dos casos novos de tuberculose, segundo
o ano de diagnóstico. Recife, 2007– 2011 ................................................................... 70
Tabela 22: Proporção de contatos examinados dos casos novos de hanseníase segundo
o ano de diagnóstico. Recife, 2007– 2011 ................................................................... 74
Tabela 23: Número e percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo faixa
etária. Recife, 2007 e 2011 .......................................................................................... 85
Tabela 24: Número e percentual das intoxicações exógenas segundo circunstância da
exposição e faixa etária. Recife, 2007 e 2011 ............................................................. 89
Tabela 25: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo sexo.
Recife, 2001 e 2011 .................................................................................................. 104
Tabela 26: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo
raça/cor. Recife, 2001 e 2011 .................................................................................... 106
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1: Número de nascidos vivos ocorridos e residentes no Recife, no períodode
2001 a 2011 ................................................................................................................ 15
Gráfico 2: Média anual e número de nascidos vivos de mães residentes. .................... 16
Gráfico 3: Nascidos vivos segundo faixa etária de 10 a 19 anos (adolescentes). ......... 17
Gráfico 4: Nascidos vivos segundo prematuridade. Recife, 2001 – 2011 .................... 20
Gráfico 5: Distribuição dos nascidos vivos segundo tipo de parto. .............................. 21
Gráfico 6: Distribuição dos nascidos vivos segundo tipo de parto e estabelecimento. . 22
Gráfico 7: Distribuição dos nascidos vivos segundo parto vaginal e estabelecimento.
Recife, 2010 e 2011 .................................................................................................... 22
Gráfico 8: Distribuição dos nascidos vivos segundo parto cesariano e estabelecimento.
Recife, 2010 e 2011 .................................................................................................... 22
Gráfico 9: Distribuição dos nascidos vivos segundo Baixo Peso ao Nascer . .............. 26
Gráfico 10: Casos de coqueluche por faixa etária. Recife, 2001 a 2011 ...................... 29
Gráfico 11: Casos de coqueluche segundo distrito sanitário. Recife, 2001-2011 ......... 30
Gráfico 12: Casos de varicela segundo faixa etária e ano. Recife, 2004 a 2011 ........... 32
Gráfico 13: Coeficiente de detecção da doença meningocócica segundo distrito
sanitário. Recife, 2001 a 2011 ..................................................................................... 34
Gráfico 14: Percentual de doença meningocócica segundo sorogrupo. ....................... 35
Gráfico 15: Coeficiente de detecção de meningite por Haemophilus e Pneumococos por
100.000 habitantes. Recife 2001 a 2011 ...................................................................... 36
Gráfico 16: Coeficiente de detecção (por 100.000 hab) de dengue segundo faixa etária.
Recife, 2001 a 2011 .................................................................................................... 37
Gráfico 17: Número de casos confirmados e óbitos de leptospirose segundo distrito
sanitário de residência. Recife, 2001 – 2011 ................................................................ 39
Gráfico 18: Coeficiente de detecção de casos de Aids em pacientes com menos de
5anos de idade e tendência linear segundo ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 .... 41
Gráfico 19: Percentual de casos de Aids em pacientes com 13 anos ou mais de idade de
ambos os sexos segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição sexual ao HIV.
Recife, 2001 – 2011 .................................................................................................... 42
Gráfico 20: Percentual de casos de Aids em pacientes com 13 anos ou mais de idade do
sexo masculino segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição sexual ao HIV.
Recife, 2001 – 2011 .................................................................................................... 43
Gráfico 21: Razão de casos de Aids entre negros e não negros. Recife, 2001 – 2011 .. 43
Gráfico 22: Coeficiente de Detecção médio de casos de Aids segundo DS de residência.
Recife, 2001 – 2011 .................................................................................................... 47
Gráfico 23: Coeficiente de Mortalidade (100.000 hab.) por Aids e tendência linear
segundo ano do óbito e sexo. Recife, 2001 – 2011....................................................... 48
Gráfico 24: Número de casos de sífilis congênita e tendência linear segundo ano de
diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ................................................................................ 49
Gráfico 25: Coeficiente de detecção (CD) por 1.000 nascidos vivos segundo ano de
diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ................................................................................ 49
Gráfico 26: Coeficiente de Detecção de casos de sífilis congênita (por 1.000 NV)
segundo DS de residência e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 .......................... 53
Gráfico 27: Coeficiente de Detecção médio de casos de sífilis congênita (por 1.000
NV) segundo DS de residência e total do Município. Recife, 2001 – 2011 .................. 53
Gráfico 28: Coeficiente de Detecção (por 1.000 NV) de casos de gestante HIV+
segundo ano de notificação e distrito sanitário de residência. Recife, 2000 – 2011 ...... 60
Gráfico 29: Coeficiente de Detecção médio (por 1.000 NV) de casos de gestante HIV+
segundo distrito sanitário de residência. Recife, 2000 – 2011 ...................................... 60
Gráfico 30: Razão de casos de gestantes HIV+ entre negras e não negras. .................. 61
Gráfico 31: Coeficiente de Detecção (por 1.000 NV) de casos de gestante com sífilis
segundo ano de diagnóstico e distrito sanitário de residência. Recife, 2005 – 2011 ...... 66
Gráfico 32: Coeficiente de Detecção médio (por 1.000 NV) de casos de gestante com
sífilis distrito sanitário de residência. Recife, 2005 – 2011 .......................................... 66
Gráfico 33: Razão entre casos de gestantes com sífilis negras e não negras. ............... 67
Gráfico 34: Taxa de incidência de tuberculose (por 100.000 hab.) todas as formas e
pulmonar positiva (P+) segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ................ 69
Gráfico 35: Número de óbito e coeficiente de mortalidade por tuberculose (100.000
hab.) segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001-2010............................................... 70
Gráfico 36: Percentual de cura e abandono de tuberculose todas as formas segundo o
ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 ..................................................................... 71
Gráfico 37: Proporção de casos de tuberculose que realizaram teste para HIV segundo
o ano de diagnóstico. Recife, 2001-2011 ..................................................................... 72
Gráfico 38: Taxa de detecção de hanseníase (por 100.000 hab.) na população geral e
em menores de 15 anos de idade segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 .. 73
Gráfico 39: Proporção de cura e abandono dos casos novos de hanseníase segundo
coortes de tratamento. Recife, 2003- 2011 ................................................................... 74
Gráfico 40: Proporção de casos novos de hanseníase avaliados quanto à incapacidade
física no diagnóstico e na cura segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001– 201 ........ 75
Gráfico 41: Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física
no diagnóstico segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001– 2011* ............................ 75
Gráfico 42: Número de pessoas tratadas com DEC* e taxa de positividade** por ano
de atuação. Recife, 2003-2011 .................................................................................... 77
Gráfico 43: Proporção de internações hospitalares por Capítulos da CID-10. ............. 79
Gráfico 44: Proporção de internações hospitalares pelas principais doenças do aparelho
circulatório. Recife, 2001 a 2011 ................................................................................. 80
Gráfico 45: Proporção de internações hospitalares pelas as doenças do aparelho
circulatório, segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011 ................................................ 80
Gráfico 46: Proporção de internações hospitalares por principais tipos de neoplasias. 81
Gráfico 47: Proporção de internações hospitalares por neoplasias, segundo faixa etária.
................................................................................................................................... 81
Gráfico 48: Proporção de internações hospitalares por causas externas, segundo faixa
etária. Recife, 2001 a 2011 .......................................................................................... 82
Gráfico 49: Proporção de internações hospitalares por doenças endócrinas, nutricionais
e metabólicas. Recife, 2001 e 2011 ............................................................................. 83
Gráfico 50: Proporção de internações hospitalares por doenças endócrinas, nutricionais
e metabólicas, segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011............................................. 83
Gráfico 51: Proporção de internações hospitalares por doenças do aparelho respiratório.
Recife, 2001 e 2011 .................................................................................................... 84
Gráfico 52: Proporção de internações hospitalares por doenças aparelho respiratório,
segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011 ................................................................... 84
Gráfico 53: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo sexo. ................. 86
Gráfico 54: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo raça/cor. ............ 86
Gráfico 55: Percentual dos casos das intoxicações exógenas segundo via da exposição.
................................................................................................................................... 87
Gráfico 56: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo local da exposição.
................................................................................................................................... 87
Gráfico 57: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo agente tóxico. ... 88
Gráfico 58: Percentual dos casos das intoxicações exógenas segundo a circunstância da
exposição.Recife, 2007a 2011 ..................................................................................... 89
Gráfico 59: Percentual das intoxicações exógenas segundo evolução dos casos. ......... 90
Gráfico 60: Percentual das intoxicações exógenas segundo Distrito Sanitário de
residência. Recife, 2007 e 2011 ................................................................................... 90
Gráfico 61: Número de notificações de acidentes por escorpião por faixa etária. Recife,
2001 a 2011 ................................................................................................................ 91
Gráfico 62: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo sexo. ........... 93
Gráfico 63: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo faixa etária.
Recife, 2009 a 2011 .................................................................................................... 93
Gráfico 64: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo raça/cor.
Recife, Recife, 2009 a 2011 ........................................................................................ 94
Gráfico 65: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo tipo de
violência. Recife, 2009 a 2011 .................................................................................... 95
Gráfico 66: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo relação
vítima/agressor. Recife, 2009 a 2011 ........................................................................... 95
Gráfico 67: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo ocorrência da
violência. Recife, 2009 a 2011 .................................................................................... 96
Gráfico 68: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo evolução do
caso. Recife, 2009 a 2011 ............................................................................................ 97
Gráfico 69: Coeficiente de Mortalidade segundo capítulos da CID. Recife, 2001 a 2011
................................................................................................................................... 98
Gráfico 70: Coeficiente de Mortalidade segundo as principais doenças do aparelho
circulatório. Recife, 2001-2011 ................................................................................... 99
Gráfico 71: Coeficiente de Mortalidade (100.000 habitantes) por doenças do aparelho
circulatório segundo sexo. Recife, 2001-2011 ........................................................... 100
Gráfico 72: Coeficiente de Mortalidade (10.000 habitantes) por doenças do aparelho
circulatório, segundo faixa etária. Recife, 2001-2011 ................................................ 100
Gráfico 73: Coeficiente de Mortalidade (100.000 habitantes) segundo as principais
neoplasias malignas. Recife, 2001-2011 .................................................................... 101
Gráfico 74: Coeficiente de Mortalidade (1000.000 habitantes) por neoplasia maligna
segundo sexo. Recife, 2001-2011 .............................................................................. 102
Gráfico 75: Coeficiente de Mortalidade (10.000 habitantes) por neoplasias segundo
faixa etária. Recife, 2001-2011 .................................................................................. 102
Gráfico 76: Coeficiente de mortalidade (100.000 habitantes) por causas externas
segundo os principais tipos. Recife, 2001 a 2011 ....................................................... 103
Gráfico 77: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo faixa
etária. Recife, 2001 ................................................................................................... 105
Gráfico 78: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo faixa
etária. Recife, 2011 ................................................................................................... 105
Gráfico 79: Coeficiente de mortalidade infantil por faixa etária e ano de ocorrência.
Recife, 1980 a 2011 .................................................................................................. 107
LISTA DE ILUSTAÇÕES
Figura 1: Média de casos novos de tuberculose segundo bairro de residência. Recife,
2007 a 2011 ................................................................................................................ 68
Figura 2: Média de casos novos de hanseníase segundo bairro de residência. Recife,
2007 a 2011 ................................................................................................................ 73
Figura 3: Evolução da interrupção da transmissão de filariose linfática. Recife, 2003 e
2011 ............................................................................................................................ 76
SUMÁRIO
1 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NATALIDADE 2001 –2011 ........................ 15
1.1. Perfil dos nascidos vivos ............................................................................. 15
1.2. Características demográficas e sociais ....................................................... 16
1.3. Características da gestação e do parto ....................................................... 20
1.4. Características do recém-nascido ............................................................... 25
2. PERFIL DE MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS DE
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, 2001 – 2011 ................................................ 29
2.1. Doenças Imunopreveníveis ......................................................................... 29
2.1.1. Coqueluche, Difteria, Tétano, Varicela, Rubéola .................................... 29
2.1.2. Meningite .............................................................................................. 33
2.2. Doenças Transmissíveis por Vetores .......................................................... 36
2.2.1. Dengue .................................................................................................. 36
2.2.2. Leptospirose .......................................................................................... 38
2.3. Principais Doenças Sexualmente Transmissíveis ....................................... 39
2.3.1. Aids ....................................................................................................... 39
2.3.2. Sífilis Congênita .................................................................................... 48
2.3.3. Gestante HIV + ...................................................................................... 56
2.3.4. Gestantes com Sífilis ............................................................................. 61
2.4. Doenças Crônicas Transmissíveis............................................................... 68
2.4.1. Tuberculose ........................................................................................... 68
2.4.2. Hanseníase ............................................................................................. 72
2.4.3. Desafio da Eliminação da Filariose ........................................................ 76
3. PERFIL DE MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS NÃO
TRANSMISSÍVEIS 2001 – 2011 .......................................................................... 78
3.1. Morbidade hospitalar ................................................................................. 78
3.1.1. Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) .............................................. 79
3.1.2. Neoplasias Malignas .............................................................................. 80
3.1.3. Causas Externas ..................................................................................... 82
3.1.4. Doenças Endócrinas, Metabólicas e Nutricionais ................................... 82
3.1.5. Doenças do Aparelho Respiratório (DAR) ............................................. 83
3.2. Intoxicação Exógena ................................................................................... 85
3.3. Acidentes por escorpião .............................................................................. 91
3.4. Violência Interpessoal ................................................................................. 92
4. PERFIL DE MORTALIDADE ............................................................................ 98
4.1. Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório ................................. 99
4.2. Mortalidade por Neoplasias Malignas ..................................................... 101
4.3. Mortalidade por causas externas.............................................................. 103
4.4. Mortalidade Infantil ................................................................................. 106
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Gerência de Epidemiologia
15
1 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NATALIDADE 2001 –2011
1.1. Perfil dos nascidos vivos
No período de 2001 a 2011 ocorreram 467.721 nascimentos no município
do Recife, com média de 42.520 nascidos vivos por ano. Do total, 54,1% foram de
residentes no Recife e 45,9% de outros municípios (Gráfico 1).
Gráfico 1: Número de nascidos vivos ocorridos e residentes no Recife, no períodode
2001 a 2011
Entre os residentes do Recife, a média anual do número de nascidos
vivos foi de 23.018 nascimentos (Gráfico 2).
43.6
39
42
.50
5
41.0
88
41.3
48
42.6
70
42.7
13
41.5
47
41.1
78
41
.48
3
41.7
53 47.7
97
25.1
56
24.1
97
24.5
59
22.8
51
23.1
09
22.8
46
22.0
38
22.0
24
22.4
97
21.7
02
22.2
190
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Ocorrência Residência
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16
Gráfico 2:Média anual e número de nascidos vivos de mães residentes.
Recife, 2001 a 2011
1.2. Características demográficas e sociais
Na Tabela 1, observam-se os nascidos vivos segundo as características
demográficas e sociais. No período de 2001 a 2011, cerca de 54,0% das mães tinham
entre 20 a 29 anos e 20,1% eram adolescentes, sendo 0,9% na faixa de 10 a 14 anos e
19,2% na de 15 a 19 anos. Entre 2001 e 2011 houve redução de 26,3% na proporção de
mães adolescentes (10 a 19 anos) (Gráfico 3).
25.1
56
24.1
97
24.5
59
22
.85
1
23.1
09
22.8
46
22.0
38
22.0
24
22.4
97
21.7
02
22.2
19
23.018
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
nº
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Nº. de NV
Média (DP: 1.112)
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
17
Gráfico 3:Nascidos vivos segundo faixa etária de 10 a 19 anos (adolescentes).
Recife, 2001 – 2011
Nasceram mais crianças nos Distritos Sanitários (DS) VI (área Sul) e III
(área Noroeste), representando 25,6% e 19,8%, respectivamente, do total de Nascidos
Vivos (NV) no Recife. O DS I, que corresponde à região Centro do município,
apresentou o menor número de NV (5,8%).
Em relação ao grau de instrução materna, o percentual de mães com
nenhum grau de instrução ou com apenas 1 a 3 anos de estudo, apresentou média, no
período, de 6,2%. Em 2011, houve uma diminuição de 73,6% na proporção de mães
sem nenhum grau de instrução, em relação a 2001. Ressalta-se, também, que em 2001, o
percentual de mães com 12 e mais anos de estudo era de 15,6%, e, em 2011, passou
para 21,8%, representando um incremento de 39,8%.
A raça tem sido muito utilizada nos estudos de desigualdade e nos
cuidados com a saúde. Vasta literatura relaciona a raça com as disparidades de
resultados em saúde, indicando-a como importante preditor na condição de vida.
Entre 2001 e 2010, observou-se que em todos os anos, a cor declarada
dos nascidos vivos que apresentou maiores proporções foi cor branca e a parda. Em
todo o período a cor parda representou 62,3% e a branca 35,7%. Em 2011 a raça/cor
declarada passou a ser a da mãe e não mais a do recém-nascido.
23,2
22,421,4 21,9
20,420,0 19,9
19,0
18,0
17,3 17,1
16
19
22
25
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/RecifeNota: foi considerado adolescente a faixa etária de 10 a 19 anos de idade
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
18
Tabela 1: Proporçãode nascidos vivos de mães residentes segundo variáveis demográficas e sociais. Recife, 2001– 2011 Variáveis
Demográficas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Faixa etária n % n % n % n % n % n % n % n % N % n % n %
10-14 251 1,0 230 1,0 262 1,1 220 1,0 215 0,9 204 0,9 210 1,0 202 0,9 162 0,7 163 0,8 222 1,0
15-19 5.584 22,2 5.192 21,5 5.002 20,4 4.795 21,0 4.501 19,5 4.370 19,1 4.183 19,0 3.982 18,1 3.895 17,3 3.583 16,5 3.569 16,1
20-29 14.107 56,1 13.486 55,7 13.590 55,3 12.305 53,9 12.703 55,0 12.238 53,6 11.645 52,8 11.507 52,3 11.805 52,5 11.243 51,8 11.224 50,5
30-39 4.872 19,4 4.952 20,5 5.327 21,7 5.201 22,8 5.278 22,8 5.603 24,5 5.588 25,4 5.892 26,8 6.186 27,5 6.221 28,7 6.719 30,2
40e+ 340 1,4 335 1,4 374 1,5 328 1,4 409 1,8 429 1,9 412 1,9 441 2,0 449 2,0 492 2,3 484 2,2
Ignorado 2 - 2 - 4 - 2 - 3 - 2 - - - - - - - - - 1 -
Distrito
Sanitário n % n % n % n % n % n % n % n % N % n % n %
DS I 1.595 6,3 1.536 6,4 1.504 6,1 1.363 6,0 1.368 5,9 1.321 5,8 1.171 5,3 1.182 5,4 1.217 5,4 1.155 5,3 1.163 5,2
DS II 3.804 15,1 3.546 14,7 3.746 15,3 3.351 14,7 3.350 14,5 3.382 14,8 3.381 15,3 3.215 14,6 3.311 14,7 3.201 14,8 3.166 14,3
DS III 4.887 19,4 4.768 19,7 4.877 19,9 4.475 19,6 4.733 20,5 4.544 19,9 4.403 20,0 4.325 19,6 4.597 20,4 4.332 20,0 4.377 19,7
DS IV 4.277 17,0 4.030 16,7 4.083 16,6 3.812 16,7 3.897 16,9 3.857 16,9 3.739 17,0 3.945 17,9 3.909 17,4 3.826 17,6 3.998 18,0
DS V 4.144 16,5 4.031 16,7 4.126 16,8 3.904 17,1 3.695 16,0 3.769 16,5 3.726 16,9 3.820 17,3 3.774 16,8 3.680 17,0 3.879 17,5
DS VI 6.440 25,6 6.282 26,0 6.210 25,3 5.921 25,9 6.051 26,2 5.960 26,1 5.614 25,5 5.523 25,1 5.679 25,2 5.492 25,3 5.607 25,2
Ignorado 9 - 4 - 13 0,1 25 0,1 15 0,1 13 0,1 4 0,0 14 0,1 10 0,0 16 0,1 29 0,1
Grau de
Instrução n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Nenhuma 506 2,0 517 2,1 390 1,6 302 1,3 251 1,1 211 0,9 209 1,0 151 0,7 132 0,6 130 0,6 117 0,5
1-3 anos 1.937 7,7 1.640 6,8 1.634 6,7 1.368 6,0 1.277 5,5 1.117 4,9 958 4,4 844 3,8 729 3,2 651 3,0 718 3,2
4-7 anos 9.819 39,0 9.007 37,2 8.646 35,2 7.957 34,8 7.863 34,0 7.153 31,3 6.619 30,0 6.056 27,5 5.704 25,4 5.246 24,2 4.563 20,5
8-11 anos 8.469 33,7 8.315 34,4 8.724 35,5 8.623 37,7 9.317 40,3 9.534 41,7 9.553 43,4 9.641 43,8 10.636 47,3 10.379 47,8 11.883 53,5
12e+ 3.927 15,6 4.092 16,9 4.417 18,0 4.018 17,6 4.010 17,4 4.528 19,8 4.608 20,9 5.197 23,6 5.091 22,6 5.223 24,1 4.848 21,8
Ignorado 498 2,0 626 2,6 748 3,1 583 2,6 391 1,7 303 1,3 91 0,4 135 0,6 205 0,9 73 0,3 90 0,4
Raça/Cor n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Branca 8.776 34,9 9.261 38,3 9.658 39,3 8.553 37,4 7.825 33,9 8.133 35,6 7.413 33,6 8.011 36,4 7.501 33,3 7.139 32,9 106 0,5
Preta 370 1,5 410 1,7 252 1,0 216 1,0 200 0,9 209 0,9 142 0,6 101 0,5 118 0,5 135 0,6 6 0,0
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19
Variáveis
Demográficas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Amarela 56 0,2 35 0,1 62 0,3 27 0,1 20 0,1 19 0,1 11 0,1 7 0,0 17 0,1 11 0,1 2 0,0
Parda 15.623 62,1 14.209 58,7 14.170 57,7 13.612 59,6 14.695 63,6 14.391 63,0 14.450 65,6 13.879 63,0 14.805 65,8 13.781 63,5 266 1,2
Indígena 91 0,4 49 0,2 42 0,2 56 0,3 8 0,0 5 0,0 2 0,0 1 0,0 0 0,0 2 0,0 1 0,0
Ignorado 240 1,0 233 1,0 375 1,5 387 1,7 361 1,6 89 0,4 20 0,1 25 0,1 56 0,3 634 2,9 21.838 98,3
Total 25.156 100,0 24.197 100,0 24.559 100,0 22.851 100,0 23.109 100,0 22.846 100,0 22.038 100,0 22.024 100,0 22.497 100,0 21.702 100,0 22.219 100,0
Fonte:Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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Gerência de Epidemiologia
20
1.3. Características da gestação e do parto
Na tabela 2, encontram-se características dos nascidos vivos referentes à
gestação e ao parto. No Recife, entre 2001 e 2011, a proporção de gestantes
consideradas assistida no pré-natal com 4 ou mais consultas, ficou em torno de 87,3%.
O percentual de gestantes que não compareceu ao pré-natal caiu de 3,9%, em 2001 para
1,0%, em 2011, correspondendo a uma diminuição de 74,9%.
A prematuridade ainda representa um problema médico e social
relevante, responsável por taxas elevadas de mortalidade no primeiro ano de vida. No
período entre 2001 e 2010, a proporção de prematuros oscilou de 7,2% em 2001 para
8,0%, em 2010. O ano de 2011 apresentou elevação acentuada, o que pode ser explicado
pela mudança no campo de preenchimento da idade gestacional na Declaração de
Nascido Vivo, que a partir de 2011 passou a ser preenchido pela data da última
menstruação (Gráfico 4).
Gráfico 4:Nascidos vivos segundo prematuridade. Recife, 2001 – 2011
No Recife, em todos os anos, mais de 99,0% dos partos ocorreram nas
maternidades, sendo os partos domiciliares responsáveis por apenas 0,2%.
Com relação ao tipo de parto, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
preconiza como proporção aceitável de partos cesarianos aquela em torno de 10 a 15%.
De 2001 a 2006, predominou o parto vaginal e a partir de 2007 houve ascensão dos
7,2
8,17,5 7,7
8,0 7,9 8,08,4
8,1 8,2
12,5
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%
Fonte:Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
21
partos cesarianos, com média no período de 49,1% para os normais e de 50,1% para os
operatórios. Em 2010, a cesárea respondeu por 58,4% dos partos, correspondendo a uma
elevação de 35,7% das ocorridas em 2001. Em 2012, observou-se uma queda para os
partos cesáreas e elevação dos vaginais (Gráfico 5).
Gráfico 5:Distribuição dos nascidos vivos segundo tipo de parto.
Recife, 2001 –2011
Em relação ao tipo de parto por estabelecimento, no ano de 2011
observou-se que o parto cesariano predominou nos hospitais privados, militares e
universitários, destacando-se os maiores percentuais para os privados. A menor
proporção foi encontrada nos hospitais da rede municipal (Gráfico 6). No entanto,
quando se comparou o ano de 2010 com 2011, observou-se uma redução dos partos
cesarianos, com exceção apenas dos hospitais universitários, e consequentemente
aumento dos partos vaginais. (Gráfico 6, 7 e 8).
56,9 56,4
54,5 54,1
52,4
49,1 49,1 45,7
44,1
41,5
42,843,1 43,5
45,4 45,8
47,6
50,9 50,9
54,355,9
58,557,2
40
43
46
49
52
55
58
61
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%
Vaginal
Cesário
Fonte:Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
22
Gráfico 6:Distribuição dos nascidos vivos segundo tipo de parto e estabelecimento.
Recife, 2011
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
72,4
53,4
48,9
25,4
18,5
27,6
46,6
51,1
74,6
81,5
0 20 40 60 80 100
Público municipal
Público estadual
Universitário
Militares
Privados
%Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Cesário
Vaginal
68,8
46,6
58,4
19,9
7,9
72,4
53,4
48,9
25,4
18,5
0 20 40 60 80
Público municipal
Público estadual
Universitário
Militares
Privados
Vaginal 2011 Vaginal 2010
31,2
53,4
41,6
80,1
92,2
27,6
46,6
51,1
74,6
81,5
0 20 40 60 80 100
Público municipal
Público estadual
Universitário
Militares
Privados
Cesário 2011 Cesário 2010
Gráfico 7:Distribuição dos nascidos vivos
segundoparto vaginal e estabelecimento. Recife, 2010
e 2011
Gráfico 8:Distribuição dos nascidos vivos
segundoparto cesariano e estabelecimento. Recife,
2010 e 2011
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Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
23
Tabela 2:Proporção de nascidos vivos de mães residentes segundo algumas características da gestação e do parto. Recife, 2001– 2011
Var. referentes a
Gestação e Parto
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Consulta Pré-Natal
Nenhuma 985 3,9 850 3,5 781 3,2 584 2,6 540 2,3 527 2,3 467 2,1 426 1,9 441 2,0 373 1,7 218 1,0
1-3 consultas 2.446 9,7 2.101 8,7 2.039 8,3 2.164 9,5 2.233 9,7 2.135 9,3 2.021 9,2 1.949 8,8 1.898 8,4 1.708 7,9 2.081 9,4
4-6 consultas 8.728 34,7 8.662 35,8 8.723 35,5 8.308 36,4 8.397 36,3 8.066 35,3 7.607 34,5 7.575 34,4 7.241 32,2 6.811 31,4 6.965 31,3
7e+ consultas 12.752 50,7 12.339 51,0 12.671 51,6 11.505 50,3 11.656 50,4 11.913 52,1 11.785 53,5 11.855 53,8 12.742 56,6 12.647 58,3 12.198 54,9
Ignorado 245 1,0 245 1,0 345 1,4 290 1,3 283 1,2 205 0,9 158 0,7 219 1,0 175 0,8 163 0,8 757 3,4
Duração Gestação n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Menos de 22 16 0,1 15 0,1 26 0,1 16 0,1 20 0,1 17 0,1 19 0,1 27 0,1 27 0,1 19 0,1 21 0,1
22-27 semanas 81 0,3 97 0,4 86 0,4 97 0,4 121 0,5 101 0,4 88 0,4 98 0,4 115 0,5 125 0,6 131 0,6
28-31 semanas 191 0,8 199 0,8 176 0,7 153 0,7 186 0,8 186 0,8 149 0,7 162 0,7 180 0,8 168 0,8 251 1,1
32-36 semanas 1.521 6,0 1.660 6,9 1.564 6,4 1.497 6,6 1.515 6,6 1.510 6,6 1.507 6,8 1.564 7,1 1.495 6,6 1.474 6,8 2.376 10,7
37-41 semanas 23.227 92,3 22.118 91,4 22.594 92,0 20.986 91,8 21.143 91,5 20.877 91,4 20.117 91,3 20.048 91,0 20.589 91,5 19.836 91,4 18.145 81,7
42e+ 105 0,4 94 0,4 95 0,4 91 0,4 112 0,5 131 0,6 144 0,7 96 0,4 52 0,2 66 0,3 772 3,5
Ignorado 15 0,1 14 0,1 18 0,1 11 0,1 12 0,1 24 0,1 14 0,1 29 0,1 39 0,2 14 0,1 523 2,1
Tipo de Gravidez n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Única 24.702 98,2 23.700 97,9 24.101 98,1 22.440 98,2 22.624 97,9 22.327 97,7 21.661 98,3 21.516 97,7 22.026 97,9 21.278 98,0 21.702 97,7
Dupla 437 1,7 458 1,9 427 1,7 397 1,7 464 2,0 502 2,2 360 1,6 482 2,2 434 1,9 403 1,9 486 2,2
Tripla e+ 11 - 28 0,1 23 0,1 7 - 18 0,1 13 0,1 13 0,1 24 0,1 30 0,1 20 0,1 18 0,1
Não informado 1 - 3 - - - 3 - 1 - 4 - 4 - 2 - 7 - 1 - 13 0,1
Ignorado 5 - 8 - 8 - 4 - 2 - - - - - - - - - - - - -
Tipo de Parto
Vaginal 14.318 56,9 13.654 56,4 13.393 54,5 12.370 54,1 12.110 52,4 11.220 49,1 10.822 49,1 10.060 45,7 9.930 44,1 9.001 41,5 9.513 42,8
Cesário 10.830 43,1 10.531 43,5 11.152 45,4 10.468 45,8 10.998 47,6 11.623 50,9 11.214 50,9 11.961 54,3 12.565 55,9 12.700 58,5 12.702 57,2
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24
Var. referentes a
Gestação e Parto
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Ignorado 8 - 12 0,1 14 0,1 13 0,1 1 - 3 - 2 - 3 - 2 - 1 - 4 -
Local Ocorrência n % n % N % n % n % n % n % n % n % n % n %
Hospital 25.052 99,6 24.144 99,8 24.494 99,7 22.809 99,8 23.062 99,8 22.791 99,8 21.985 99,8 21.981 99,8 22.453 99,8 21.679 99,9 22.186 99,9
Outro Estab de
Saúde 4 - 3 - 1 - 1 - 2 - 4 - 3 - 13 0,1 7 - 4 - 15 0,1
Domicílio 84 0,3 42 0,2 53 0,2 37 0,2 41 0,2 42 0,2 44 0,2 27 0,1 32 0,1 18 0,1 13 0,1
Outros 16 0,1 8 - 9 - 4 - 4 - 9 0,0 6 - 3 - 5 - 1 - 4 -
Ignorado - - - - 2 - - - - - - - - - - - - - - - 1 -
Total 25.156 100,0 24.197 100,0 24.559 100,0 22.851 100,0 23.109 100,0 22.846 100,0 22.038 100,0 22.024 100,0 22.497 100,0 21.702 100,0 22.219 100,0
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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25
1.4. Características do recém-nascido
Na tabela 3, encontram-se as características referentes aos recém-
nascidos. Em todo o período, nasceram mais crianças do sexo masculino, perfazendo
um total de 51,2%.
O índice de Apgar é um instrumento clínico utilizado para avaliar a
vitalidade dos recém-nascidos logo após o nascimento, no 1º e 5º minutos de vida. Entre
2001 e 2011, o percentual de Apgar igual ou superior a 7 no 5º minuto de vida ficou
acima de 97,0% refletindo, provavelmente, uma assistência adequada na sala de parto.
Em relação a hipóxia (Apgar menor que 7), houve pequenas variações em toda série
estudada, apresentando média de 1,2%. Entre 2001 e 2011, ocorreu diminuição de
10,7% na proporção de hipóxia leve e moderada (Tabela 3).
O baixo peso pode ser subdividido em peso muito baixo ao nascer,
aquele com menos de 1500 gramas e peso extremamente baixo ao nascer, aquele com
menos de 1000 gramas (OMS, 1994). No Recife, 91,1% dos nascidos vivos
apresentaram peso igual ou superior a 2500 gramas, no período de 2001 a 2011. O baixo
peso variou de 8,5%, em 2001, a 9,1%, em 2011, com média no período de 9,0%. Entre
2001 e 2011 houve elevação de 7,2% na proporção de baixo peso na cidade (Gráfico 9).
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Gráfico 9: Distribuição dos nascidos vivos segundo Baixo Peso ao Nascer .
Recife, 2001 –2011
8,5
9,2
8,99,1
9,29,0
8,7
9,1
8,8
9,09,1
9,0
8
9
10
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%
Fonte: Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/RecifeNota: foi cosiderado com baixo peso as crianças que nasceram com menos de 2.500g
Baixo peso
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Tabela 3: Proporção de nascidos vivos de mães residentes segundo algumas características do recém-nascido. Recife, 2001– 2011
Variáveis
referentes ao
RN
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Sexo n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
Masculino 12.922 51,4 12.566 51,9 12.490 50,9 11.685 51,1 11.795 51,0 11.605 50,8 11.404 51,7 11.191 50,8 11.413 50,7 11.161 51,4 11.456 51,6
Feminino 12.231 48,6 11.616 48,0 12.061 49,1 11.161 48,8 11.312 49,0 11.235 49,2 10.631 48,2 10.830 49,2 11.078 49,2 10.536 48,5 10.757 48,4
Ignorado 3 - 15 0,1 8 - 5 - 2 - 6 - 3 - 3 - 6 - 5 - 6 -
Apgar 5º
Minuto n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
0 a 3 99 0,4 83 0,3 90 0,4 93 0,4 96 0,4 96 0,4 73 0,3 88 0,4 101 0,5 77 0,4 98 0,4
4 a 6 264 1,1 235 1,0 246 1,0 215 0,9 246 1,1 165 0,7 136 0,6 163 0,7 155 0,7 174 0,8 179 0,8
7 a 10 24.653 98,0 23.772 98,2 24.054 97,9 22.409 98,1 22.645 98,0 22.471 98,4 21.737 98,7 21.667 98,4 22.134 98,4 21.382 98,5 21.843 98,3
Ignorado 140 0,6 107 0,4 169 0,7 134 0,6 122 0,5 114 0,5 89 0,4 106 0,5 107 0,5 69 0,3 99 0,5
Peso ao
Nascer (g) n % n % n % n % n % n % n % n % n % n % n %
< 2.500 2.143 8,5 2.238 9,2 2.198 8,9 2.073 9,1 2.117 9,2 2.052 9,0 1.912 8,7 1.995 9,1 1.979 8,8 1.947 9,0 2.030 9,1
2.500 a 2.999 5.591 22,2 5.441 22,5 5.562 22,6 5.471 23,9 5.348 23,1 5.317 23,3 5.122 23,2 5.064 23,0 5.122 22,8 5.031 23,2 5.044 22,7
3.000 a 3.999 16.065 63,9 15.226 62,9 15.535 63,3 14.223 62,2 14.545 62,9 14.374 62,9 13.892 63,0 13.825 62,8 14.305 63,6 13.680 63,0 14.050 63,2
4.000e + 1.340 5,3 1.283 5,3 1.249 5,1 1.078 4,7 1.090 4,7 1.090 4,8 1.105 5,0 1.137 5,2 1.090 4,8 1.042 4,8 1.095 4,9
Ignorado 17 0,1 9 0,0 15 0,1 6 0,0 9 0,0 13 0,1 7 0,0 3 0,0 1 0,0 2 0,0 0 0,0
Total 25.156 100,0 24.197 100,0 24.559 100,0 22.851 100,0 23.109 100,0 22.846 100,0 22.038 100,0 22.024 100,0 22.497 100,0 21.702 100,0 22.219 100,0
Fonte:Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
No Quadro 1, encontram-se alguns indicadores de natalidade
comparando-se os anos de 2001 e 2011. Observou-se que houve aumento, em 2011, nos
percentuais de baixo peso ao nascer e prematuridade, com elevação de 7,1% e 71,2%,
respectivamente. Chama atenção a redução de 26,3% das mães adolescentes e 74,4%
das mães sem nenhuma consulta de pré-natal.
Quadro 1: Indicadores de Natalidade. Recife, 2001 – 2011
Indicador 2001 2011 Diferença
%
Nº de Nascidos Vivos (NV) 25.156 22.219 -11,7
Proporção de NV com Baixo Peso ao Nascer (< 2500g) 8,5 9,1 7,1
% de NV Prematuros (idade gestacional < 37 semanas) 7,3 12,5 71,2
% de Mães Adolescentes (10 a 19 anos) 23,2 17,1 -26,3
% de Mães sem Pré-Natal 3,9 1,0 -74,4
% de Mães com Baixa Escolaridade (nenhuma ou < 4
anos de estudo) 9,7 3,8 -60,8
% de NV de Parto Cesariano 43,1 57,2 32,7
% de NV com Hipóxia no 5º minuto de vida (Apgar< 7) 1,4 1,3 -7,1
Fonte:Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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2. PERFIL DE MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS DE
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, 2001 – 2011
2.1. Doenças Imunopreveníveis
2.1.1. Coqueluche, Difteria, Tétano, Varicela, Rubéola
A coqueluche apresentou um comportamento oscilante no período do estudo,
com um marcado aumento no ano de 2003 e posterior declínio.Entre os anos de 2003 e
2009 observou-se uma redução de 82,8% no número de casos, entretanto nos anos entre
2005 e 2008, houve elevação de 3 vezes mais no registro da ocorrência desta doença.
A faixa etária mais acometida foi a de menores de um ano, com percentual
acumulado de 80,4% nos anos analisados e predomínio do sexo feminino com 56,5% do
total de casos (Gráfico 10).
Gráfico 10:Casos de coqueluche por faixa etária. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Quando observado o percentual acumulado no período, por distrito sanitário
(DS), vê-se que os distritos IV, VI, III e II predominaram com 27,1%, 18,8%, 17,6% e
16,9%, respectivamente (Gráfico 11).
0
10
20
30
40
50
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
< 1 ano 1-4 anos 5-9 anos 10+ anos
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Gráfico 11:Casos de coqueluche segundo distrito sanitário. Recife, 2001-2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Quanto ao encerramento dos casos, observou-se que o critério clínico (clínica +
laboratório inespecífico) predominou com 69,8%, seguido do laboratorial específico
(cultura) com 22,4%.
No período de 2001 a 2008 ocorreram 5 óbitos por coqueluche (3 em 2003, 1 em
2006 e 1 em 2011) distribuídos entre os DS I, II, III, IV e VI todos na faixa etária de
menores de um ano.
Em relação à difteria, não havia registro de casos da doença desde 1998, porém
no período estudado ocorreram 3 casos (2002, 2003* e 2007), um incidindo na faixa
etária de menor de 1 ano, um na faixa de 1-4 anos e o terceiro, com evolução para o
óbito*, na faixa de 5-9 anos. Ocorrências nos distritos II, III e IV*, respectivamente.
Foram registrados, no período, 60 casos de tétano, sendo 1 neonatal. Este caso
de tétano neonatal (TNN) ocorreu no ano de 2004, em residente do DS VI em área não
coberta pelos Programas Saúde da Família e/ou Programa de Agentes Comunitários de
Saúde. A genitora relatou história vacinal há 15 anos sem comprovação e nenhuma
consulta pré-natal. O parto foi realizado na Maternidade Municipal Bandeira Filho (DS
V).
O tétano acidental teve seu comportamento oscilante no período estudado,
entretanto entre os anos de 2006 e 2008 observou-se uma redução de 66,7%. A faixa
etária de 20-49 anos apresentou um percentual acumulado de 50,0% e quanto ao sexo o
predomínio foi do masculino com 88,3% (Tabela 2).
0
5
10
15
20
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
I II III IV V VI
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Tabela 4:Casos de tétano segundo faixa etária. Recife, 2001-2011
2001 2002 2003 2004* 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total %
< 1 - - - 1 - - - - - - - 1 1,7
1-4 - - - - - - - - - - - - -
5-9 - 1 - 1 - - - - - - - 2 3,3
10-14 - 1 - 1 - - 1 - - - - 3 5,0
15-19 - - - - 1 -
- - - - 1 1,7
20-49 2 4 5 4 4 4 2 2 2 1 - 30 50,0
50-59 1 2 - - - 2 2 - - 1 - 8 13,3
60 e + 1 4 1 - - 3 2 1 2 1 - 15 25,0
Total 4 12 6 7 5 9 7 3 4 3 - 60 100,0 Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
*Caso de TNN do DS VI
Os distritos sanitários III, IV, VI e II apresentaram percentual acumulado de
25,0%, 21,7%, 18,3% e 16,7% respectivamente.
Alguns casos de tétano acidental evoluíram para o óbito. Dois no ano de 2003 na
faixa de 20- 49 anos e outro no grupo de 50 e + anos pertencentes aos DS I e IV. Nos
anos de 2007 e 2008 ocorreram também dois óbitos na faixa de 35-49 anos sendo um no
DS I e o outro no DS IV. Em 2010 foi registrado um óbito na faixa de 50-59 anos na
área do DS II.
A varicela desde 2004 passou a ser notificada como doença de interesse
municipal com o objetivo de conhecer seu comportamento e analisar a proposição de
medidas de controle, como a adoção da vacina no calendário básico de
vacinação.Observou-se que entre 2004 e 2005 houve um incremento de 622,3% nos
casos notificados e entre 2009 e 2010 uma queda de 34,5%.
As faixas etárias de maior risco de adoecer por varicela foram: 1- 4 anos e 5-9
anos com 31,9% e 28,1%, respectivamente no período estudado (Gráfico 12).
Quanto aos distritos sanitários (DS), o DS IV e DS V foram os que apresentaram
as maiores frequências acumuladas 20,3% e 24,1% no período.
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Gráfico 12: Casos de varicela segundo faixa etária e ano. Recife, 2004 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
No período de 2001 a 2011, não houve casos detectados de sarampo e
poliomielite na cidade do Recife.
Em 2001 foram confirmados 108 casos de rubéola em crianças e adolescentes,
sendo a faixa etária de 1 a 9 anos a mais atingida (67,6%) (Tabela 5).
A implantação da vacina contra a rubéola no calendário vacinal foi realizada de
maneira gradativa entre os anos de 1992 e 2000. No período analisado, a rubéola
apresentou decréscimo até o ano de 2004 (2 casos). Entretanto, em 2007 houve a
ocorrência de um surto no Recife. Neste ano, a Secretaria de Saúde municipal
identificou um aumento nas notificações de crianças atendidas com exantema nos
hospitais pediátricos do município. A partir dessa situação observada, procedeu-se a
realização de busca ativa em escolas, laboratórios e hospitais particulares, sendo então
confirmados 36 casos (CD 2,35/100.000 hab.). Nos outros anos não houve casos da
doença.
A intensificação da vacinação contra rubéola, além de imunizar a população
especificamente contra esta doença, ainda tem consequências diretas na prevenção e
eliminação da ocorrência de casos de síndrome da rubéola congênita. O último caso
com óbito confirmado ocorreu no ano de 2003.
Ações de prevenção de grande importância como a campanha de vacinação em
mulheres em idade fértil e a inclusão no calendário vacinal de adolescentes,
0
100
200
300
400
500
<1 Ano 1 - 4 a 5 - 9 a 10 - 14 a 15 - 19 a 20 - 29 a 30 - 39 a 40 - 49 a 50 - 59 a 60 e +
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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contribuíram de maneira concreta para a redução da incidência destas doenças nos anos
seguintes como outras campanhas de segmento (vacinação de todos envolvidos com
turismo em PE).
Tabela 5:Casos confirmados de rubéola segundo ano de início dos sintomas e faixa
etária. Recife, 2001-2011
Faixa Etária
(em anos) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
<1 Ano 23 6 - - - - - - - - -
1 a 4 50 12 2 1 - - - - - - -
5 a 9 23 1 - - - - - - - - -
10 a 14 6 - - - - - 1 - - - -
15 a 19 6 1 - 1 - - 16 - - - -
20 a 29 7 2 - - - - 10 1 - - -
30 a 39 10 1 - - - - 2 - - - -
40 a 49 1 - - - - - 4 - - - -
50 a 59 1 - - - - - 3 - - - -
60 a 69 - - - - - - - - - - -
70 a 79 - - - - - - - - - - -
80 ano e + - - - - - - - - - - -
Total 127 23 2 2 - - 36 1 - - -
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2.1.2. Meningite
A doença meningocócica (DM) é uma doença de notificação que apresenta
elevada transcendência na população e pode causar epidemias. Em todo o período
estudado foram confirmados 376 casos, com 62 óbitos, representando uma letalidade de
16,49% e uma redução de 48,64% do coeficiente de detecção entre os anos de 2001 e
2011. Destaque para o ano de 2011, que apresentou uma letalidade de 41,94%, o que
mostra ser uma doença de elevada letalidade e que a atuação da Vigilância
Epidemiológica em conjunto com a rede assistencial e o laboratório é imprescindível
para se evitar óbitos (Tabela 6).
Analisando a situação epidemiológica da doença meningocócica por distrito
sanitário (DS), observou-se diminuição do risco de adoecer em todos eles. Apesar de
queda do coeficiente de detecção entre 2001 e 2011, ocorreram flutuações com
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aumentos e diminuições entre os anos, evidenciando o DSI que apresentou em 2002 o
maior coeficiente de detecção em todo o período analisado (Gráfico 13).
Tabela 6: Distribuição do número de casos de doença meningocócica, coeficiente de
detecção (por 100.000 hab), óbito e letalidade (%). Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 13:Coeficiente de detecção da doença meningocócica segundo distrito
sanitário. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
No período de 2001 a 2007 observou-se um predomínio do sorogrupo B em
relação ao sorogrupo C, apresentando em 2004 a razão de 8. Mais recentemente tem se
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DS I 0,00 11,53 5,13 5,13 5,13 1,28 1,28 2,56 2,56 1,28 1,28
DS II 6,75 6,23 3,33 2,83 3,28 2,79 2,77 1,38 4,10 2,71 1,35
DS III 4,00 7,16 2,37 2,36 0,39 1,55 1,16 0,77 3,43 1,52 3,39
DS IV 3,52 3,10 3,84 2,28 4,14 2,24 2,58 2,93 1,09 0,72 1,06
DS V 3,15 2,08 2,40 2,38 2,02 1,33 2,31 1,63 0,97 1,60 2,21
DS VI 3,65 3,62 1,38 2,74 1,09 1,08 1,87 1,59 2,37 1,57 2,07
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
Ano Caso Coef. de detecção Óbito Letalidade (%)
2001 55 3,87 8 14,55
2002 67 4,66 13 19,40
2003 39 2,69 5 12,82
2004 39 2,67 3 7,69
2005 34 2,31 9 26,47
2006 25 1,67 2 8,00
2008 26 1,72 3 11,54
2009 36 2,35 3 8,33
2010 24 1,55 3 12,50
2011 31 1,99 13 41,94
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observado um aumento da doença causada pelo sorogrupo C, com predomínio do
mesmo desde 2008.
Entre os anos de 2001 e 2011, verificou-se uma redução do sorogrupo B de
96,3% e um aumento de 66,6% do sorogrupo C. Este sorogrupo provoca epidemias
explosivas e com casos mais graves. Diante disto, em outubro de 2010 foi introduzida
no calendário básico de vacinação a vacina conjugada anti-meningocócica C, para
menores de dois anos. A partir de outubro de 2011 o grupo etário a ser vacinado passou
a ser os menores de um ano. É importante que a Vigilância Epidemiológica fique alerta
na detecção precoce por surtos ocasionados por esse sorotipo.
O elevado percentual de sorogrupo não identificado prejudica o
acompanhamento da doença e consequentemente a adoção das medidas de controle
adequadas (Gráfico 14).
Gráfico 14:Percentual de doença meningocócica segundo sorogrupo.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Os coeficientes de detecção da meningite por Haemophilus apresentaram
redução no período analisado, isso se deve a introdução no ano de 1999 da vacina Hib.
A meningite por Pneumococos apresentou-se no mesmo período um coeficiente de
detecção maior que a meningite por Haemophilus. A partir de março de 2010 foi
introduzida no calendário básico de vacinação das crianças menores de dois anos a
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
B 49,0 32,8 25,6 41,0 29,4 36,0 20,4 10,8 3,70 3,03 2,38
C 10,9 8,96 10,2 5,13 17,6 32,0 9,09 18,9 29,6 24,2 23,8
Ignorado 40,0 58,2 64,1 53,8 52,9 32,0 70,4 70,2 66,6 72,7 73,8
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
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36
vacina por pneumocócica 10-valente (conjugada). O grupo etário alvo para vacinação a
partir de abril de 2011 passou a ser os menores de um ano (Gráfico 15).
Gráfico 15: Coeficiente de detecção de meningite por Haemophilus e Pneumococos por
100.000 habitantes. Recife 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2.2. Doenças Transmissíveis por Vetores
2.2.1. Dengue
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a
população de todos os estados, independente de classe social. No Recife os primeiros
casos foram notificados no ano de 1995 e no período entre 1995 e 2011 os casos
ocorridos foram atribuídos aos três sorotipos (DEN 1, DEN 2 e DEN 3).
Em 2002 foram confirmados 34.135 casos de dengue clássica (DC) (CD de
2.341,26/100.000 hab.), 207 de dengue grave e 15 óbitos, caracterizando a reemergência
da doença com a introdução do sorotipo do vírus, DEN 3, sendo este considerando ano
epidêmico no município. Nos anos de 2008, 2010 e 2011, novamente foram
caracterizadas epidemias no Recife, sendo verificada grande redução em 2009 (Tabela
7).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
MH 0,49 0,14 0,21 0,14 0,00 0,20 0,13 0,26 0,06 0,00 0,06
MP 0,90 0,97 1,16 1,29 0,93 0,40 0,72 0,45 0,19 0,20 0,19
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
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37
Tabela 7: Número de casos notificados e confirmados de dengue segundo forma
clínica, coeficiente de detecção (por 100.000 hab.) e óbitos. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O Gráfico 16, mostra a evolução dos coeficientes de detecção de dengue por
faixa etária. Observa-se que o grupo de 0 a 9 anos teve o maior crescimento no risco de
infecção por dengue. Essa situação revela a ausência de contato com os vírus circulantes
em anos anteriores.
Gráfico 16: Coeficiente de detecção (por 100.000 hab) de dengue segundo faixa etária.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
<1 Ano 100,7 603,5 16,51 12,28 32,15 55,73 113,7 262,0 24,08 700,0 420,7
1 a 9 anos 116,9 1382, 4,06 8,50 31,62 80,49 116,3 283,7 15,64 1182, 335,2
10 a 19 anos 169,3 2005, 8,05 7,63 41,21 75,25 62,60 251,4 19,99 1011, 349,2
20 a 39 anos 245,7 3082, 12,90 11,02 32,27 70,25 34,85 227,1 24,41 560,0 291,5
40 a 59 anos 255,4 2637, 15,59 9,62 40,48 81,89 33,53 180,9 16,27 490,6 276,0
60 e + 162,3 1669, 5,83 5,79 27,69 47,83 23,98 103,3 14,00 295,5 152,1
0,00500,00
1000,001500,002000,002500,003000,003500,00
Ano Nº de Notificações Dengue
Clássico
Dengue
Grave Total
Coef. de
Detecção Òbitos
2001 3366 2907 27 2934 204,15 7
2002 38636 33928 207 34135 2355,54 15
2003 1212 148 6 154 10,54 -
2004 856 128 8 136 9,23 -
2005 1807 506 21 527 35,11 1
2006 3220 1071 31 1102 72,74 2
2007 4.086 716 55 771 50,43 4
2008 8.648 3245 122 3367 217,23 5
2009 1.565 298 7 305 19,53 1
2010 10.176 9587 589 10176 661,77 10
2011 4.463 4316 148 4464 287,48 15
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2.2.2. Leptospirose
No período entre 2001 e 2011 foram confirmados 1.114 casos de leptospirose,
destacando-se o ano de 2011 com maior número de casos confirmados (151). O
coeficiente de detecção (CD) médio no período foi de 6,5/100.000 habitantes, variando
ao longo dos anos entre 4,0 (2003) e 9,8 (2011) (Tabela 8).
Tabela 8: Número de casos e óbitos, coeficiente de detecção (CD) por 100.000 hab. e
letalidade (%) de leptospirose segundo ano de ocorrência. Recife, 2001 – 2011
Ano Nº Casos CD Nº Óbitos Letalidade
2001 94 6,5 16 17,0
2002 122 8,3 16 13,1
2003 59 4,0 9 15,3
2004 131 8,7 20 15,3
2005 112 7,3 13 11,6
2006 88 5,7 13 14,8
2007 66 4,3 12 18,2
2008 86 5,5 6 7,0
2009 76 4,9 8 10,5
2010 129 8,4 10 7,8
2011 151 9,8 16 10,6
Total 1114 - 139 -
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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Analisando a ocorrência geográfica da doença, o DS VI apresentou o maior
número de casos e o maior número de óbitos (Gráfico 17).
Gráfico 17: Número de casos confirmados e óbitos de leptospirose segundo distrito
sanitário de residência. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2.3. Principais Doenças Sexualmente Transmissíveis
2.3.1. Aids
Entre os anos de 2001 a 2011, foram diagnosticados e notificados 4.576 casos de
Aids em residentes no município do Recife em todas as faixas etárias. Desses, 2.926 são
do sexo masculino (63,94%) e 1.650 do sexo feminino (36,06%). A razão entre os sexos
(M/F), no total do período ficou em 1,8 casos entre homens para cada caso em mulheres
(1,8/1) (Tabela 9).
72
238 235
164
194205
19 23 3116
36
11
0
50
100
150
200
250
I II III IV V VI
casos óbito
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Tabela 9: Número de casos de Aids segundo ano de diagnóstico, sexo, razão por sexo e
coeficiente de detecção (CD) por 100.000 hab. segundo sexo e total. Recife, 2001 –
2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
OBS:População 2001 – 2009 – GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimadas através do método
geométrico, a partir da contagem populacional de 1996 e Censo 2000 IBGE. População 2010 e 2011 - GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimada através do método geométrico, a partir dos Censos 2000 e 2010 IBGE.
Segundo parâmetros traçados pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
do Ministério da Saúde, os coeficientes de detecção (CD) calculados são considerados
muito altos, com resultados acima de 19/100.000 hab. para o sexo masculino e total de
casos. Para o sexo feminino os coeficientes variam de médios (9,5 a 18,9/100.000 hab.)
a altos.
A faixa etária que concentra o maior número de casos é a de 30 a 39 anos, com
1.661 notificações (36,30%). Os adolescentes respondem por 58 casos (1,28%) e idosos
com mais de 60 anos 141 notificações (3,52%) (tabela 10).
Masculino Feminino Masculino Feminino Recife
2001 219 109 328 2,0 32,64 14,12 22,73
2002 273 148 421 1,8 40,12 18,91 28,78
2003 250 130 380 1,9 36,24 16,38 25,62
2004 274 152 426 1,8 39,17 18,89 28,32
2005 287 160 447 1,8 40,46 19,61 29,31
2006 256 163 419 1,6 35,59 19,70 27,09
2007 243 160 403 1,5 33,32 19,07 25,70
2008 272 145 417 1,9 36,79 17,05 26,23
2009 281 159 440 1,8 37,48 18,43 27,29
2010 306 198 504 1,5 43,11 23,92 32,78
2011 265 126 391 2,1 37,00 15,06 25,18
Total 2.926 1.650 4.576 1,8 - - -
Sexo Coeficiente de DetcçãoAno
DiagnósticoRecife
Razão
M/F
Secretaria de Saúde
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Gerência de Epidemiologia
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Tabela 10: Número de casos de Aids segundo ano de diagnóstico e faixa etária.
Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O CD entre aqueles com menos de 5 anos de idade é utilizado como indicador da
transmissão vertical do HIV. Na série analisada verifica-se uma queda a partir do ano
2004, podendo significar uma maior eficácia das terapias antirretrovirais durante a
gestação e pós-parto (gráfico 18).
Gráfico 18:Coeficiente de detecção de casos de Aids em pacientes com menos de 5anos
de idade e tendência linear segundo ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
<5 anos 5-9 10-12 13-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60 e +
2001 9 1 - - 3 86 140 52 26 11 328
2002 14 3 - - 8 113 147 100 22 14 421
2003 16 5 - - 5 111 121 83 30 9 380
2004 8 - - - 4 116 157 101 27 13 426
2005 8 2 - - 10 92 184 108 30 13 447
2006 9 1 - - 6 100 130 112 44 17 419
2007 5 1 1 1 2 100 134 108 36 15 403
2008 8 2 - - 3 94 150 106 43 11 417
2009 6 1 1 - 2 95 177 100 48 10 440
2010 3 3 1 - 7 92 172 139 71 16 504
2011 2 1 1 - 3 84 149 88 51 12 391
Total 88 20 4 1 53 1.083 1.661 1.097 428 141 4.576
Ano DiagnósticoFaixa Etária
Total
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
CD 7,78 12,34 14,38 7,34 7,48 8,59 4,87 7,94 6,07 3,10 2,11
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
42
Quanto à categoria de exposição ao HIV entre os pacientes com mais de 13 anos
de idade, ainda há um alto percentual de informações ignoradas (27,18% do total).
Mesmo assim, verificamos que para 71,01% dos casos (3.169) a infecção se deu por
práticas sexuais desprotegidas. A partir do ano 2008 passamos a registrar casos por
transmissão vertical entre pacientes deste grupo etário – crianças expostas ao HIV que
desenvolveram Aids na adolescência (7/4.446).
Entre os pacientes de ambos os sexos que se infectaram com o HIV por via
sexual, 68,51% se declararam heterossexuais. Esse grupo predomina em todos os anos
da série analisada (gráfico 19). Porém, quando observamos apenas os pacientes do sexo
masculino, esse predomínio deixa de ser tão evidente. Se for levado em conta a soma
percentual dos homens que fazem sexo com outros homens (homo e bissexuais),
veremos que suplanta o percentual daqueles que se declaram heterossexuais (Gráfico
20). Sendo assim, a heterossexualização da aids no Recife se deve principalmente ao
diagnóstico de casos em mulheres.
Gráfico 19: Percentual de casos de Aids em pacientes com 13 anos ou mais de idade de
ambos os sexos segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição sexual ao HIV.
Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Homossexual 23,72 17,80 18,35 21,48 20,14 17,88 19,52 19,50 20,07 22,75 24,14
Bissexual 11,07 18,12 13,11 13,76 13,31 12,77 7,88 10,28 8,36 4,78 8,81
Heterossexual 65,22 64,08 68,54 64,77 66,55 69,34 72,60 70,21 71,57 72,47 67,05
-
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
43
Gráfico 20: Percentual de casos de Aids em pacientes com 13 anos ou mais de idade do
sexo masculino segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição sexual ao HIV.
Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Entre os pacientes com menos de 13 anos de idade, 100% dos 112 casos
registrados ocorreram por transmissão vertical.
No quesito raça/cor, 2.721 casos se declararam negros (pretos + pardos)
representando 59,46% do total de registros. A razão entre negros e não negros foi
calculada em 2,71/1 (gráfico 21).
Gráfico 21: Razão de casos de Aids entre negros e não negros. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Homossexual 37,27 28,65 30,43 35,96 33,94 33,33 35,40 34,59 36,36 44,26 43,15
Bissexual 17,39 29,17 21,74 23,03 22,42 23,81 14,29 18,24 15,15 9,29 15,75
Heterossexual 45,34 42,19 47,83 41,01 43,64 42,86 50,31 47,17 48,48 46,45 41,10
-
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
-1,50 -1,00 -0,50 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00
Negro
Não Negro
Negro Não Negro
Razão 2,71 -1
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
44
Quanto a distribuição espacial, verificamos a notificação de casos em 91 dos 94
bairros da cidade (96,81%). Aqueles que concentraram o maior número de casos são
COHAB (280), Boa Viagem (212) e Água Fria (199). Os Distritos Sanitários (DS) com
maior número de notificações são DS VI (1.140), III (817) e II (796) (tabelas 11 A, B e
C).
Tabela 11A: Número de casos de Aids segundo DS, microrregião, bairro de residência
e ano de diagnóstico. DS I e II – 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO I 36 43 45 52 43 37 33 32 40 54 43 458
Microrregião 1.1 13 14 15 19 13 13 8 10 13 18 14 150
Recife - 1 - 1 1 1 - 3 1 2 1 11
Santo Amaro 13 13 15 18 12 12 8 7 12 16 13 139
Microrregião 1.2 18 18 23 22 19 14 13 18 17 18 17 197
Boa Vista 11 8 11 13 11 9 6 10 10 10 11 110
Cabanga - - 1 2 2 - - - 1 1 - 7
Ilha do Leite 1 - - 1 - - - - - - - 2
Paissandu - - - - - - - - - - - -
Santo Antônio - 1 2 - 3 - 2 1 - 1 1 11
São José 5 9 9 6 3 5 5 7 6 3 4 62
Soledade 1 - - - - - - - - 3 1 5
Microrregião 1.3 5 11 7 11 11 10 12 4 10 18 12 111
Coelhos 3 6 4 5 4 4 4 - 5 4 3 42
Ilha Joana Bezerra 2 5 3 6 7 6 8 4 5 14 9 69
DISTRITO SANITARIO II 55 71 70 69 81 58 68 73 92 92 67 796
Microrregião 2.1 20 21 25 21 26 21 25 19 31 22 21 252
Arruda 5 4 2 3 4 4 3 6 4 2 9 46
Campina do Barreto 1 3 2 3 4 2 6 4 8 2 1 36
Campo Grande 10 8 13 9 11 10 9 8 13 10 7 108
Encruzilhada 3 2 4 3 3 1 3 1 1 4 4 29
Hipódromo - 2 2 1 1 - 1 - 1 - - 8
Peixinhos 1 1 1 1 - 2 - - 1 1 - 8
Ponto de Parada - - - - - - - - - - - -
Rosarinho - 1 - 1 3 1 3 - 2 1 - 12
Torreão - - 1 - - 1 - - 1 2 - 5
Microrregião 2.2 18 26 26 33 32 30 31 34 37 39 29 335
Água Fria 8 12 15 18 21 17 18 21 22 25 22 199
Alto Santa Teresinha - 1 4 2 - 4 2 6 5 3 - 27
Bomba do Hemetério 1 6 4 7 7 2 4 2 6 5 4 48
Cajueiro 4 1 1 2 3 2 4 2 1 1 - 21
Fundão 2 4 1 4 1 3 2 1 1 2 2 23
Porto da Madeira 3 2 1 - - 2 1 2 2 3 1 17
Microrregião 2.3 17 24 19 15 23 7 12 20 24 31 17 209
Beberibe 5 8 10 4 1 1 2 9 5 10 4 59
Dois Unidos 7 11 5 5 12 4 5 6 12 14 10 91
Linha do Tiro 5 5 4 6 10 2 5 5 7 7 3 59
TotalBairro-DS-Micro
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
45
Tabela 11B: Número de casos de Aids segundo DS, microrregião, bairro de residência
e ano de diagnóstico. DS III e IV – 2001 – 2011 Continuação
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO III 68 84 55 72 80 74 66 74 67 97 80 817
Microrregião 3.1 29 30 21 24 24 25 29 21 15 33 31 282
Aflitos - 2 - - 1 1 2 - - 1 1 8
Alto do Mandu 3 4 2 - 2 1 4 1 - 3 3 23
Apipucos - - - 1 2 - - - 2 1 1 7
Casa Amarela 5 6 9 12 8 8 6 7 2 14 10 87
Casa Forte 1 1 2 2 1 - 4 3 - 1 - 15
Derby 1 - 1 1 - 1 - 1 1 - 2 8
Dois Irmãos 7 5 1 1 1 1 3 1 - - - 20
Espinheiro 2 1 1 2 2 1 1 - 2 2 2 16
Graças 1 - 1 2 - 1 1 1 1 6 1 15
Jaqueira - 2 - - 1 1 - - 1 - - 5
Monteiro - - 1 - - 2 1 - - 1 2 7
Parnamirim - 1 - - - 1 - - - - 2 4
Poço 3 1 - - 1 - 1 1 1 - 2 10
Santana 1 2 1 - - - 1 - - - - 5
Sítio dos Pintos 3 1 - 1 2 2 - 1 1 1 1 13
Tamarineira 2 4 2 2 3 5 5 5 4 3 4 39
Microrregião 3.2 24 23 12 15 27 21 14 21 24 25 24 230
Alto José Bonifácio 4 4 2 7 1 2 1 4 3 6 3 37
Alto José do Pinho 2 4 2 1 6 2 3 - 7 5 5 37
Mangabeira 2 1 - 3 3 2 1 1 2 3 3 21
Morro da Conceição 4 4 4 - 5 7 4 5 4 5 1 43
Vasco da Gama 12 10 4 4 12 8 5 11 8 6 12 92
Microrregião 3.3 15 31 22 33 29 28 23 32 28 39 25 305
Brejo da Guabiraba 2 4 5 1 1 3 4 4 4 4 2 34
Brejo de Beberibe 2 2 1 5 2 2 2 - 1 2 1 20
Córrego do Jenipapo 1 2 1 - - 1 - 3 3 - 2 13
Guabiraba 1 2 - 3 1 - 1 2 2 2 1 15
Macaxeira 1 6 3 2 4 6 6 3 4 5 3 43
Nova Descoberta 7 15 11 18 18 14 5 14 13 21 10 146
Passarinho 1 - 1 4 3 2 5 6 1 5 6 34
Pau-Ferro - - - - - - - - - - - -
DISTRITO SANITARIO IV 43 58 45 58 60 73 55 71 59 63 52 637
Microrregião 4.1 21 31 26 35 34 40 35 35 26 34 29 346
Cordeiro 5 8 7 8 8 11 12 10 10 6 4 89
Ilha do Retiro - - 1 - - 1 2 1 2 1 - 8
Iputinga 7 5 8 20 13 17 9 16 5 15 10 125
Madalena 6 10 7 4 1 7 4 7 4 2 3 55
Prado 1 1 2 1 5 1 2 - 1 4 2 20
Torre 2 6 1 1 4 3 5 1 2 4 9 38
Zumbi - 1 - 1 3 - 1 - 2 2 1 11
Microrregião 4.2 5 7 8 9 2 8 13 14 16 10 6 98
Engenho do Meio 5 2 1 6 - 6 4 7 6 4 1 42
Torrões - 5 7 3 2 2 9 7 10 6 5 56
Microrregião 4.3 17 20 11 14 24 25 7 22 17 19 17 193
Caxangá 2 3 3 - 2 3 - 2 1 1 4 21
Cidade Universitária - - - - - - - 2 - - - 2
Várzea 15 17 8 14 22 22 7 18 16 18 13 170
Bairro-DS-Micro Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
46
Tabela 11C: Número de casos de Aids segundo DS, microrregião, bairro de residência
e ano de diagnóstico. DS V, VI e Recife – 2001 – 2011
Continuação
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Considerando todo o período analisado, o DS que apresentou o maior CD foi o
DS I, com 53,33/100.000 hab. (gráfico 22).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO V 43 57 66 56 65 67 69 72 70 82 61 708
Microrregião 5.1 15 21 34 30 26 28 31 35 33 37 27 317
Afogados 6 9 18 15 8 14 16 16 17 20 15 154
Bongi 2 2 1 1 5 6 6 3 4 - - 30
Mangueira - 1 6 2 1 1 - 4 6 6 3 30
Mustardinha 5 2 4 8 8 - 6 7 3 4 2 49
San Martin 2 7 5 4 4 7 3 5 3 7 7 54
Microrregião 5.2 7 8 15 8 18 20 13 14 11 15 13 142
Areias 5 4 5 4 8 8 3 4 3 9 9 62
Caçote 1 1 1 - 2 - 2 4 2 2 2 17
Estância 1 1 7 3 7 7 5 4 3 4 2 44
Jiquiá - 2 2 1 1 5 3 2 3 - - 19
Microrregião 5.3 21 28 17 18 21 19 25 23 26 30 21 249
Barro 3 8 5 5 7 5 7 6 3 6 4 59
Coqueiral 2 2 1 3 4 5 7 1 2 6 1 34
Curado 4 3 - 1 4 - 1 3 4 3 1 24
Jardim São Paulo 4 5 3 5 5 5 6 4 11 9 8 65
Sancho - 4 - 1 - - 1 1 1 1 1 10
Tejipió 6 6 6 2 1 4 3 5 4 5 5 47
Totó 2 - 2 1 - - - 3 1 - 1 10
DISTRITO SANITARIO VI 82 108 99 115 114 110 109 93 111 114 85 1.140
Microrregião 6.1 46 59 61 63 54 52 71 47 63 64 34 614
Boa Viagem 24 16 19 20 20 15 32 11 18 21 16 212
Brasília Teimosa 1 6 9 7 7 7 5 9 12 10 1 74
Imbiribeira 11 14 10 11 13 10 18 13 19 11 11 141
Ipsep 9 10 11 12 7 7 9 9 5 11 - 90
Pina 1 13 12 13 7 13 7 5 9 11 6 97
Microrregião 6.2 24 20 21 21 25 31 16 25 18 24 21 246
Ibura 15 16 17 17 22 26 12 20 14 14 17 190
Jordão 9 4 4 4 3 5 4 5 4 10 4 56
Microrregião 6.3 12 29 17 31 35 27 22 21 30 26 30 280
Cohab 12 29 17 31 35 27 22 21 30 26 30 280
Bairro Ign 1 - - 4 4 - 3 2 1 2 3 20
Total 328 421 380 426 447 419 403 417 440 504 391 4.576
Bairro-DS-Micro Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
47
Gráfico 22: Coeficiente de Detecção médio de casos de Aids segundo DS de residência.
Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), registrou 1.601 óbitos por
Aids nesse período. Destes, 1.087 são do sexo masculino e 513 do sexo feminino. Os
Coeficientes de Mortalidade (CM) para 100.000 hab. mostram um alto risco para essa
doença, porém, para o sexo masculino apontam para uma estabilidade nesse indicador e
par ao sexo feminino uma leve tendência a alta, elevando também a tendência do
coeficiente para o Município (tabela 12 e gráfico 23).
Tabela 12: Número de óbitos por Aids, razão por sexo e CM (100.000 hab.) segundo
ano do óbito e sexo. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
OBS:População 2001 – 2009 – GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimadas através do método geométrico, a partir da contagem populacional de 1996 e Censo 2000 IBGE.
População 2001 - GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimada através do método geométrico, a partir dos Censos 2000 e 2010 IBGE.
DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI
CD Médio 53,33 33,42 24,71 21,58 25,00 27,96
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total
2001 89 36 125 2,47 13,26 4,66 8,66
2002 102 33 135 3,09 14,99 4,22 9,23
2003 93 34 127 2,74 13,48 4,28 8,56
2004 99 47 146 2,11 14,15 5,84 9,71
2005 90 64 154 1,41 12,69 7,84 10,10
2006 90 44 134 2,05 12,51 5,32 8,66
2007 96 47 143 2,04 13,16 5,60 9,12
2008 99 53 152 1,87 13,39 6,23 9,56
2009 113 46 160 2,46 15,07 5,33 9,92
2010 121 66 187 1,83 17,05 7,97 12,16
2011 95 43 138 2,21 13,26 5,14 8,89
Ano do ÓbitoÓbitos
M/FCoeficiente de Mortalidade
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
48
Gráfico 23: Coeficiente de Mortalidade (100.000 hab.) por Aids e tendência linear
segundo ano do óbito e sexo. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
OBS:População 2001 – 2009 – GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimadas através do método geométrico, a partir da contagem populacional de 1996 e Censo 2000 IBGE. População 2001 - GEPI – DGVS – Secretaria de Saúde do Recife – Estimada através do método geométrico, a partir
dos Censos 2000 e 2010 IBGE.
2.3.2. Sífilis Congênita
No período entre os anos de 2001 e 2011, foram notificados 2.520 casos de sífilis
congênita em crianças cujas mães residem no município do Recife. O número de casos
variou de 182 no ano de 2002 a 293 no ano de 2011, com tendência crescente (gráfico
24).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Masculino 13,26 14,99 13,48 14,15 12,69 12,51 13,16 13,39 15,07 17,05 13,26
Feminino 4,66 4,22 4,28 5,84 7,84 5,32 5,60 6,23 5,33 7,97 5,14
Total 8,66 9,23 8,56 9,71 10,10 8,66 9,12 9,56 9,92 12,16 8,89
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
49
Gráfico 24: Número de casos de sífilis congênita e tendência linear segundo ano de
diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Os coeficientes de detecção (CD) calculados por 1.000 nascidos vivos (NV)
apresentam níveis elevados em todo o período, denotando um alto risco para este agravo
no Município, com CD ≥ 5,0/1.000 NV (gráfico 25), longe, portanto da meta de
eliminação deste agravo como problema de saúde pública (<1 caso/1.000 NV).
Gráfico 25: Coeficiente de detecção (CD) por 1.000 nascidos vivos segundo ano de
diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Casos 211 182 190 216 252 266 257 204 213 236 293
-
50
100
150
200
250
300
350
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
CD 8,39 7,52 7,74 9,45 10,90 11,64 11,24 9,26 9,46 10,87 13,19
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
50
A distribuição espacial do número absoluto de casos no Município não foi
uniforme, verificando-se uma maior concentração dos mesmos nos Distritos Sanitários
(DS) II, III e VI, notadamente nos bairros de Água Fria (156), Nova Descoberta (127) e
Ibura (122) (tabelas 13 A, B e C).
Tabela 13A: Número de casos de sífilis congênita ocorridos nos DS I e II segundo
microrregião, bairro e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO I 32 13 26 21 26 27 26 22 24 30 29 276
Microrregião 1.1 16 7 11 8 15 11 12 8 8 13 9 118
Recife - - 2 - 1 1 - 1 1 2 - 8
Santo Amaro 16 7 9 8 14 10 12 7 7 11 9 110
Microrregião 1.2 10 5 9 8 4 7 8 6 8 8 5 78
Boa Vista 3 1 2 1 1 1 3 - 1 2 1 16
Cabanga - - 1 1 - - - - - - - 2
Ilha do Leite - 1 - - - - - - - - - 1
Paissandu - - - - - - - - - - - -
Santo Antônio - - - - 1 - - - 1 - - 2
São José 7 3 5 6 2 6 5 6 6 6 4 56
Soledade - - 1 - - - - - - - - 1
Microrregião 1.3 6 1 6 5 7 9 6 8 8 9 15 80
Coelhos 1 - 1 3 2 2 3 3 2 1 5 23
Ilha Joana Bezerra 5 1 5 2 5 7 3 5 6 8 10 57
DISTRITO SANITARIO II 63 53 44 44 49 49 58 55 47 52 71 585
Microrregião 2.1 35 18 15 13 17 12 20 19 20 19 29 217
Arruda 8 6 5 1 5 5 1 1 6 3 2 43
Campina do Barreto 6 7 3 2 2 2 3 8 4 3 6 46
Campo Grande 16 5 5 10 6 5 15 9 8 12 17 108
Encruzilhada 4 - - - 1 - - - - - - 5
Hipódromo - - 1 - 2 - 1 - - 1 - 5
Peixinhos - - - - 1 - - - - - 3 4
Ponto de Parada - - - - - - - - - - 1 1
Rosarinho - - 1 - - - - - 2 - - 3
Torreão 1 - - - - - - 1 - - - 2
Microrregião 2.2 19 23 22 21 20 18 22 20 16 21 27 229
Água Fria 14 16 15 18 13 11 14 14 12 10 19 156
Alto Santa Teresinha 1 - - - 1 1 - 3 1 4 2 13
Bomba do Hemetério 1 4 3 1 5 3 3 1 2 3 6 32
Cajueiro - - 2 - 1 - - 1 1 1 - 6
Fundão - 2 1 1 - 2 1 1 - - - 8
Porto da Madeira 3 1 1 1 - 1 4 - - 3 - 14
Microrregião 2.3 9 12 7 10 12 19 16 16 11 12 15 139
Beberibe 8 7 1 3 5 6 3 2 1 3 3 42
Dois Unidos - 4 4 5 6 11 8 11 6 6 7 68
Linha do Tiro 1 1 2 2 1 2 5 3 4 3 5 29
Ano de DiagnósticoTotalBairro-DS-Micro
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
51
Tabela 13B: Número de casos de sífilis congênita ocorridos nos DS III e IV segundo
microrregião, bairro e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011 Continuação
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO III 37 31 31 56 54 64 47 41 44 61 58 524
Microrregião 3.1 11 3 9 9 10 17 10 7 11 12 9 108
Aflitos - - - - - 1 - - - - - 1
Alto do Mandu 1 1 - 2 1 - - 1 - - - 6
Apipucos - - - 1 - - - - - 1 - 2
Casa Amarela 6 - 4 4 4 12 9 2 8 9 5 63
Casa Forte 2 - - - 1 - - 1 2 - - 6
Derby - - - - - - - - - - - -
Dois Irmãos - - 1 - - 1 - - - 2 2 6
Espinheiro 1 - 3 - 1 1 - 2 - - - 8
Graças - - - 1 1 1 - - - - 1 4
Jaqueira - - - - - - - - - - - -
Monteiro - - - - - - 1 - - - 1 2
Parnamirim - - - - - - - - 1 - - 1
Poço - - - - - - - - - - - -
Santana - - - - 1 - - - - - - 1
Sítio dos Pintos - 1 1 - - - - 1 - - - 3
Tamarineira 1 1 - 1 1 1 - - - - - 5
Microrregião 3.2 12 13 9 21 16 8 9 9 15 16 25 153
Alto José Bonifácio 1 2 1 3 2 - 3 - 2 3 6 23
Alto José do Pinho 5 5 2 1 5 4 1 3 2 4 7 39
Mangabeira - 1 1 2 1 - 1 3 2 1 2 14
Morro da Conceição - 1 - 3 1 1 - - 2 1 3 12
Vasco da Gama 6 4 5 12 7 3 4 3 7 7 7 65
Microrregião 3.3 14 15 13 26 28 39 28 25 18 33 24 263
Brejo da Guabiraba 2 4 - 3 5 2 2 4 - 1 4 27
Brejo de Beberibe - 1 - - - - - 2 - 2 2 7
Córrego do Jenipapo - - 2 - - - - 1 2 - - 5
Guabiraba - 2 3 4 3 1 4 3 4 3 4 31
Macaxeira 3 2 2 4 3 8 2 5 2 6 2 39
Nova Descoberta 7 5 3 11 12 24 18 10 9 19 9 127
Passarinho 2 1 3 4 5 4 2 - 1 2 3 27
Pau-Ferro - - - - - - - - - - - -
DISTRITO SANITARIO IV 24 21 25 16 27 27 39 15 31 24 26 275
Microrregião 4.1 15 13 14 10 14 18 24 8 21 13 14 164
Cordeiro 1 1 4 3 2 4 5 1 5 3 3 32
Ilha do Retiro 1 2 - - - 1 - - 1 - - 5
Iputinga 8 4 4 3 6 8 9 1 10 2 2 57
Madalena 2 3 1 1 2 2 3 - 2 1 2 19
Prado 1 2 - 3 - 1 3 2 - 2 2 16
Torre 1 - 5 - 3 1 4 4 3 4 5 30
Zumbi 1 1 - - 1 1 - - - 1 - 5
Microrregião 4.2 4 2 7 3 3 4 5 4 2 4 6 44
Engenho do Meio 1 - 1 - 1 1 - 1 2 3 1 11
Torrões 3 2 6 3 2 3 5 3 - 1 5 33
Microrregião 4.3 5 6 4 3 10 5 10 3 8 7 6 67
Caxangá - 1 - 1 1 1 1 - 1 - 1 7
Cidade Universitária 2 2 - - - - - - - - - 4
Várzea 3 3 4 2 9 4 9 3 7 7 5 56
Bairro-DS-MicroAno de Diagnóstico
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
52
Tabela 13C: Número de casos de sífilis congênita ocorridos nos DS V, VIe total do
Município segundo microrregião, bairro e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Continuação
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Apesar disto, quando calculado o risco deste agravo por Distrito Sanitário,
verificamos que o DS I em todos os anos da série – exceto 2002, teve o maior risco
calculado, seguido dos DS II e DS III (gráfico 26).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO V 22 19 29 33 25 35 27 23 32 25 39 309
Microrregião 5.1 8 11 15 16 14 19 13 16 18 12 26 168
Afogados 5 8 5 7 7 8 6 7 3 1 14 71
Bongi - - - 2 1 - 2 - 1 1 1 8
Mangueira 1 - 2 1 4 3 2 3 4 2 4 26
Mustardinha 1 1 3 1 - 2 3 3 3 3 2 22
San Martin 1 2 5 5 2 6 - 3 7 5 5 41
Microrregião 5.2 6 3 10 9 3 8 9 3 6 3 5 65
Areias 4 2 7 6 2 3 5 1 4 2 3 39
Caçote - - - - 1 - - - 1 - - 2
Estância 2 1 3 2 - 4 4 2 1 1 2 22
Jiquiá - - - 1 - 1 - - - - - 2
Microrregião 5.3 8 5 4 8 8 8 5 4 8 10 8 76
Barro - 1 - 3 1 1 - - 2 1 3 12
Coqueiral 1 - 3 - 1 1 1 2 1 1 1 12
Curado 1 - - 1 - 1 - - 1 2 - 6
Jardim São Paulo 3 3 1 3 - 4 3 - 2 2 2 23
Sancho - - - - 1 - - - - 1 1 3
Tejipió 1 1 - 1 2 1 - 1 1 1 - 9
Totó 2 - - - 3 - 1 1 1 2 1 11
DISTRITO SANITARIO VI 33 43 35 46 71 64 42 44 32 43 63 516
Microrregião 6.1 20 26 22 25 29 24 19 25 16 19 23 248
Boa Viagem 8 7 6 5 3 5 5 3 - 3 3 48
Brasília Teimosa 4 5 6 7 5 3 4 1 1 2 5 43
Imbiribeira 3 6 4 4 9 6 6 9 6 3 6 62
Ipsep - 2 2 1 1 1 - - - 1 - 8
Pina 5 6 4 8 11 9 4 12 9 10 9 87
Microrregião 6.2 7 10 6 10 26 25 16 13 12 17 24 166
Ibura 5 8 4 8 20 17 11 10 7 14 18 122
Jordão 2 2 2 2 6 8 5 3 5 3 6 44
Microrregião 6.3 6 7 7 11 16 15 7 6 4 7 16 102
Cohab 6 7 7 11 16 15 7 6 4 7 16 102
Bairro Ign - 2 - - - - 18 4 3 1 7 35
Total 211 182 190 216 252 266 257 204 213 236 293 2.520
Bairro-DS-MicroAno de Diagnóstico
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
53
Gráfico 26: Coeficiente de Detecção de casos de sífilis congênita (por 1.000 NV)
segundo DS de residência e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Analisando-se os coeficientes médios de detecção por DS, observa-se que os DS I,
II e III apresentaram os maiores coeficientes, inclusive acima do apresentado pelo
Município que foi de 9,95/1.000 NV (gráfico 27).
Gráfico 27: Coeficiente de Detecção médio de casos de sífilis congênita (por 1.000
NV) segundo DS de residência e total do Município. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DS I 20,06 8,46 17,29 15,41 19,01 20,44 19,68 18,61 19,82 25,97 24,94
DS II 16,56 14,95 11,75 13,13 14,63 14,48 17,13 17,11 14,26 16,24 22,43
DS III 7,57 6,50 6,36 12,51 11,41 14,09 10,35 9,48 9,59 14,08 13,25
DS IV 5,61 5,21 6,12 4,20 6,93 7,00 10,12 3,80 7,95 6,27 6,50
DS V 5,31 4,71 7,03 8,45 6,77 9,27 7,15 6,02 8,52 6,79 10,05
DS VI 5,12 6,84 5,64 7,77 11,73 10,74 7,05 7,97 5,66 7,83 11,24
-
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI Recife
CD Médio 18,94 15,63 10,42 6,34 7,26 7,97 9,95
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
54
Observando os casos notificados segundo a faixa etária materna, observa-se que
em aproximadamente 70% deles as mães tinham entre 20 e 34 anos. Chama a atenção os
elevados percentuais de mães adolescentes, variando entre 12 e 23% (tabela 14),
apontando a necessidade de melhor qualificação das equipes de saúde na captação
precoce, acolhimento e acompanhamento destas gestantes, garantindo o diagnóstico
precoce e tratamento adequado e efetivo.
Tabela 14: Número de casos de sífilis congênita e percentual segundo faixa etária
materna e ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Devido à elevada cobertura no acompanhamento da gestação, em 72,9% dos casos
de sífilis congênita as mães tiveram acesso ao pré-natal (tabela 15).
10-14 % 15-19 % 20-34 % 35-49 % Ign %
2001 - - 37 17,54 149 70,62 12 5,69 13 6,16 211 100
2002 2 1,10 29 15,93 113 62,09 12 6,59 26 14,29 182 100
2003 - - 22 11,58 147 77,37 13 6,84 8 4,21 190 100
2004 2 0,93 31 14,35 155 71,76 22 10,19 6 2,78 216 100
2005 1 0,40 41 16,27 178 70,63 26 10,32 6 2,38 252 100
2006 - - 43 16,17 189 71,05 28 10,53 6 2,26 266 100
2007 1 0,39 36 14,01 191 74,32 25 9,73 4 1,56 257 100
2008 1 0,49 45 22,06 135 66,18 22 10,78 1 0,49 204 100
2009 - - 45 21,13 148 69,48 16 7,51 4 1,88 213 100
2010 4 1,69 51 21,61 143 60,59 34 14,41 4 1,69 236 100
2011 - - 55 18,77 205 69,97 31 10,58 2 0,68 293 100
Total 11 0,44 435 17,26 1.753 69,56 241 9,56 80 3,17 2.520 100
Faixa etária MaternaTotal %
Ano
Diagnóstico
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
55
Tabela 15: Número de casos de sífilis congênita e percentual segundo ano de
diagnóstico e realização do pré-natal pela gestante. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Devido a problemas no sistema de informação, os dados sobre o período do
diagnóstico da sífilis materna estão disponíveis apenas a partir do ano de 2007,
demonstrando que apenas metade delas teve a sífilis diagnosticada durante o pré-natal
(tabela 4), e 16,3% tiveram seu(s) parceiro(s) tratado de forma concomitante (tabela 16
e 17). É válido destacar que o conceito de efetividade do tratamento da gestante inclui o
tratamento penicilínico em um prazo máximo de 30 dias antes do parto e concomitante
ao do parceiro.
Tabela 16: Número e percentual de casos de sífilis congênita nascidos de mães que
realizaram pré-natal, segundo período do diagnóstico da sífilis materna e ano de
diagnóstico. Recife, 2007 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
OBS: Excluídos os casos que não realizaram pré-natal
Sim % Não % Ign %
2001 158 74,88 25 11,85 28 13,27 211 100
2002 105 57,69 16 8,79 61 33,52 182 100
2003 149 78,42 22 11,58 19 10,00 190 100
2004 177 81,94 15 6,94 24 11,11 216 100
2005 188 74,60 48 19,05 16 6,35 252 100
2006 208 78,20 38 14,29 20 7,52 266 100
2007 184 71,60 49 19,07 24 9,34 257 100
2008 148 72,55 38 18,63 18 8,82 204 100
2009 157 73,71 39 18,31 17 7,98 213 100
2010 169 71,61 52 22,03 15 6,36 236 100
2011 194 66,21 50 17,06 49 16,72 293 100
Total 1837 72,90 392 15,56 291 11,55 2520 100
Realização de Pré-natalTotal %
Ano
Diagnóstico
2007 % 2008 % 2009 % 2010 % 2011 %
Durante o pré-natal 94 51,09 67 45,27 77 49,04 86 50,89 99 51,03 423 49,65
No momento do parto/curetagem 79 42,93 72 48,65 69 43,95 71 42,01 69 35,57 360 42,25
Após o parto 6 3,26 7 4,73 6 3,82 8 4,73 12 6,19 39 4,58
Não realizado 1 0,54 - - - - - - - - 1 0,12
Ign 4 2,17 2 1,35 5 3,18 4 2,37 14 7,22 29 3,40
Total 184 100 148 100 157 100 169 100 194 100 852 100
Ano de DiagnósticoTotal %Sífilis materna
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
56
Tabela 17: Número e percentual de casos de sífilis congênita nascidas de mães que
foram diagnosticadas durante o pré-natal segundo o tratamento dos parceiros e ano de
diagnóstico. Recife, 2007 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
OBS:Excluídos os casos que não realizaram pré-natal
A ocorrência de sífilis congênita é reconhecida como um indicador sensível de
avaliação da qualidade da assistência pré-natal, posto que evidencia deficiências de
ordem tanto estrutural como técnica dos serviços de saúde. Embora o pré-natal tenha
sido tradicionalmente avaliado pelo número de consultas e pela precocidade do início do
acompanhamento, torna-se fundamental garantir uma boa qualidade do conteúdo do
atendimento, aspecto que tem sido negligenciado na rede do Sistema único de Saúde –
SUS¹.
Os dados apresentados evidenciam a magnitude do problema no município do
Recife e a extensão do desafio que o poder público tem nas mãos para eleger estratégias
capazes de impactar nos determinantes deste agravo.
2.3.3. Gestante HIV +
Entre os anos de 2000 e 2011 foram notificadas 932 gestantes HIV+ residentes no
Recife.
Geograficamente estes casos se distribuem por 75 dos 94 bairros da cidade (80%).
Os bairros com maior concentração de casos são Água Fria (68), COHAB (50) e Nova
Descoberta (32). Os Distritos Sanitários com maior número de notificações são o DS II
(área norte), VI (área sul) e III (área noroeste) (tabelas 18 A, B e C).
2007 % 2008 % 2009 % 2010 % 2011 %
Sim 20 21,28 9 13,43 9 11,69 17 19,77 14 14,14 69 16,31
Não 48 51,06 39 58,21 46 59,74 61 70,93 49 49,49 243 57,45
Ign 26 27,66 19 28,36 22 28,57 8 9,30 36 36,36 111 26,24
Total 94 100 67 100 77 100 86 100 99 100 423 100
Ano de diagnósticoTratamento
parceiroTotal %
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
57
Tabela 18A:Número de casos de gestante HIV+ segundo ano de notificação, distrito
sanitário, microrregião e bairro. DS I e II – 2000 – 2011 Continuação
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO I 3 4 15 13 8 15 6 11 10 7 11 8 111
Microrregião 1.1 2 2 7 6 3 7 2 4 3 2 3 4 45
Recife 1 - 1 - 1 - - - - - 1 - 4
Santo Amaro 1 2 6 6 2 7 2 4 3 2 2 4 41
Microrregião 1.2 1 1 3 3 4 3 - 5 3 3 3 2 31
Boa Vista - - - 2 1 1 - 1 - 2 1 2 10
Cabanga - - - - 1 - - - - - - - 1
Ilha do Leite - - - - - - - - - - - - -
Paissandu - - - - - - - - - - - - -
Santo Antônio - - - - - - - - - - - - -
São José 1 1 3 1 2 2 - 4 3 1 2 - 20
Soledade - - - - - - - - - - - - -
Microrregião 1.3 - 1 5 4 1 5 4 2 4 2 5 2 35
Coelhos - - - - 1 2 - - 1 - - - 4
Ilha Joana Bezerra - 1 5 4 - 3 4 2 3 2 5 2 31
DISTRITO SANITARIO II 5 5 17 17 13 15 29 31 22 12 17 21 204
Microrregião 2.1 3 4 7 3 2 5 7 8 4 4 3 7 57
Arruda 1 1 2 1 2 1 3 2 - 3 1 1 18
Campina do Barreto - - 1 - - 2 3 1 - - - 1 8
Campo Grande 2 2 3 - - 1 1 4 4 1 2 4 24
Encruzilhada - 1 - 1 - - - - - - - 1 3
Hipódromo - - - - - - - - - - - - -
Peixinhos - - 1 1 - 1 - 1 - - - - 4
Ponto de Parada - - - - - - - - - - - - -
Rosarinho - - - - - - - - - - - - -
Torreão - - - - - - - - - - - - -
Microrregião 2.2 2 - 5 8 7 7 18 16 12 5 7 11 98
Água Fria 1 - 2 5 5 4 15 8 9 4 5 10 68
Alto Santa Teresinha 1 - 1 - - - 1 1 1 - - - 5
Bomba do Hemetério - - 2 2 2 3 2 3 1 1 1 1 18
Cajueiro - - - - - - - 1 - - 1 - 2
Fundão - - - 1 - - - 3 1 - - - 5
Porto da Madeira - - - - - - - - - - - - -
Microrregião 2.3 - 1 5 6 4 3 4 7 6 3 7 3 49
Beberibe - - 1 5 2 - 2 1 1 1 4 2 19
Dois Unidos - 1 3 - 2 1 1 3 3 1 2 1 18
Linha do Tiro - - 1 1 - 2 1 3 2 1 1 - 12
Ano de NotificaçãoBairro-DS-Micro Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
58
Tabela 18B: Número de casos de gestante HIV+ segundo ano de notificação, distrito
sanitário, microrregião e bairro. DS III e IV – 2000 – 2011 Continuação
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO III 4 3 10 15 13 29 20 13 20 15 20 4 166
Microrregião 3.1 2 1 4 5 1 6 1 1 1 5 4 3 34
Aflitos - - - - - - - - - - - - -
Alto do Mandu - - - - - - - - - - - - -
Apipucos - - - - - - - 1 - - - - 1
Casa Amarela - - 2 1 1 5 1 - 1 3 2 1 17
Casa Forte - - - - - - - - - - - - -
Derby - - - - - - - - - - - - -
Dois Irmãos 1 - 1 4 - 1 - - - - - 2 9
Espinheiro - - 1 - - - - - - - - - 1
Graças 1 - - - - - - - - - - - 1
Jaqueira - - - - - - - - - - - - -
Monteiro - 1 - - - - - - - 1 - - 2
Parnamirim - - - - - - - - - - 1 - 1
Poço - - - - - - - - - 1 - - 1
Santana - - - - - - - - - - - - -
Sítio dos Pintos - - - - - - - - - - 1 - 1
Tamarineira - - - - - - - - - - - - -
Microrregião 3.2 1 - 3 4 4 7 3 9 4 7 7 - 49
Alto José Bonifácio 1 - - 1 1 3 2 1 - 1 1 - 11
Alto José do Pinho - - - - - 1 1 - 1 2 3 - 8
Mangabeira - - - - 2 - - 2 - - - - 4
Morro da Conceição - - 2 - - - - - - 1 - - 3
Vasco da Gama - - 1 3 1 3 - 6 3 3 3 - 23
Microrregião 3.3 1 2 3 6 8 16 16 3 15 3 9 1 83
Brejo da Guabiraba - 1 1 - - 2 1 1 3 - 1 - 10
Brejo de Beberibe - - - 1 - 1 1 - 1 - 1 - 5
Córrego do Jenipapo - - - - - 2 - - 1 - 1 - 4
Guabiraba - - 1 - 2 2 3 - 4 - 2 - 14
Macaxeira - - - 1 2 2 3 - 2 - 1 - 11
Nova Descoberta 1 1 1 3 4 6 7 2 2 2 2 1 32
Passarinho - - - 1 - 1 1 - 2 1 1 - 7
Pau-Ferro - - - - - - - - - - - - -
DISTRITO SANITARIO IV 2 1 8 15 10 8 15 11 14 15 17 9 125
Microrregião 4.1 - 1 5 7 2 5 8 8 8 7 10 3 64
Cordeiro - - - - - 4 3 2 1 2 3 1 16
Ilha do Retiro - 1 2 - - - - 1 1 - - - 5
Iputinga - - 1 2 2 - 5 4 3 4 4 2 27
Madalena - - - 2 - - - - 1 1 1 - 5
Prado - - - 2 - - - - - - - - 2
Torre - - 2 1 - 1 - 1 1 - 2 - 8
Zumbi - - - - - - - - 1 - - - 1
Microrregião 4.2 - - 1 4 1 2 5 2 4 4 2 3 28
Engenho do Meio - - - - 1 - 3 - - 1 2 - 7
Torrões - - 1 4 - 2 2 2 4 3 - 3 21
Microrregião 4.3 2 - 2 4 7 1 2 1 2 4 5 3 33
Caxangá - - - - - 1 - - 1 1 - - 3
Cidade Universitária - - - - - - - - - - - - -
Várzea 2 - 2 4 7 - 2 1 1 3 5 3 30
Bairro-DS-MicroAno de Notificação
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
59
Tabela 18C: Número de casos de gestante HIV+ segundo ano de notificação, distrito
sanitário, microrregião e bairro. DS III e IV – 2000 – 2011 Continuação
Fonte:Sinan/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO V 3 6 7 13 11 17 8 18 17 11 10 15 136
Microrregião 5.1 2 5 3 4 2 10 2 7 8 2 7 4 56
Afogados - 4 2 3 2 2 - 3 7 - 4 1 28
Bongi - - - - - - - 1 1 - 2 1 5
Mangueira - - 1 - - 2 - 1 - - - - 4
Mustardinha 2 1 - 1 - 5 1 - - 2 - 1 13
San Martin - - - - - 1 1 2 - - 1 1 6
Microrregião 5.2 - - 2 7 6 2 2 6 3 2 2 6 38
Areias - - 1 2 1 2 2 1 3 1 2 2 17
Caçote - - 1 1 - - - 1 - - - - 3
Estância - - - 4 3 - - 3 - 1 - 3 14
Jiquiá - - - - 2 - - 1 - - - 1 4
Microrregião 5.3 1 1 2 2 3 5 4 5 6 7 1 5 42
Barro - - 1 - 1 4 2 1 2 - - 2 13
Coqueiral - 1 - - - - - 2 1 1 - 1 6
Curado - - 1 - - 1 - - 1 3 - - 6
Jardim São Paulo - - - 2 2 - 2 2 2 2 1 2 15
Sancho - - - - - - - - - 1 - - 1
Tejipió 1 - - - - - - - - - - - 1
Totó - - - - - - - - - - - - -
DISTRITO SANITARIO VI 1 4 12 25 20 15 29 10 20 14 16 21 187
Microrregião 6.1 1 2 5 15 9 6 17 8 10 10 5 10 98
Boa Viagem - 1 2 4 2 2 5 3 3 2 2 1 27
Brasília Teimosa 1 1 - 1 3 1 3 - 3 2 - 4 19
Imbiribeira - - - 6 2 1 7 2 2 2 2 5 29
Ipsep - - 1 1 1 - 1 2 1 - - - 7
Pina - - 2 3 1 2 1 1 1 4 1 - 16
Microrregião 6.2 - 1 1 2 5 3 4 1 6 2 6 8 39
Ibura - 1 - 2 5 3 3 1 3 2 4 6 30
Jordão - - 1 - - - 1 - 3 - 2 2 9
Microrregião 6.3 - 1 6 8 6 6 8 1 4 2 5 3 50
Cohab - 1 6 8 6 6 8 1 4 2 5 3 50
Bairro Ign - - - - - 1 - 1 - - 1 - 3
Recife 18 23 69 98 75 100 107 95 103 74 92 78 932
Bairro-DS-MicroAno de Notificação
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
60
O coeficiente de detecção calculado por 1.000 nascidos vivos (NV) foi maior para
os DS I (área central) e II (área norte) (Gráfico 28).
Gráfico 28: Coeficiente de Detecção (por 1.000 NV) de casos de gestante HIV+
segundo ano de notificação e distrito sanitário de residência. Recife, 2000 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
*Dados provisórios, sujeitos à revisão
O coeficiente de detecção médio para o período foi maior nos DS I (área central),
II (área norte) e III (área noroeste) (Gráfico 29).
Gráfico 29: Coeficiente de Detecção médio (por 1.000 NV) de casos de gestante HIV+
segundo distrito sanitário de residência. Recife, 2000 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DS I 1,87 2,51 9,77 8,64 5,87 10,96 4,54 9,39 8,46 5,78 9,52 6,88
DS II 1,29 1,31 4,79 4,54 3,88 4,48 8,57 9,17 6,84 3,64 5,31 6,63
DS III 0,81 0,61 2,10 3,08 2,91 6,13 4,40 2,95 4,62 3,27 4,62 0,91
DS IV 0,46 0,23 1,99 3,67 2,62 2,05 3,89 2,94 3,55 3,85 4,44 2,25
DS V 0,71 1,45 1,74 3,15 2,82 4,60 2,12 4,83 4,45 2,93 2,72 3,87
DS VI 0,16 0,62 1,91 4,03 3,38 2,48 4,86 1,78 3,62 2,48 2,91 3,75
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI
CD Médio 7,62 5,45 3,30 2,88 3,20 2,89
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
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Gerência de Epidemiologia
61
No quesito raça/cor, a exemplo das notificações de casos de aids, também foi
observada uma redução na informação ignorada. Mesmo assim, em 14,81% dos casos
essa informação permaneceu ignorada no período. Para os casos com essa informação,
72,53% se declararam negras (pardas + pretas). A razão de casos entre negras e não
negras ficou em 5,7/1 (Gráfico 30).
Gráfico 30: Razão de casos de gestantes HIV+ entre negras e não negras.
Recife, 2000 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2.3.4. Gestantes com Sífilis
Controlar a transmissão do Treponema pallidum e realizar o acompanhamento
dessa infecção entre gestantes é uma maneira eficaz de controlar a transmissão da sífilis
congênita. Desde o segundo semestre do ano 2005, a notificação de casos de gestantes
com sífilis passa a ser compulsória no Brasil, subsidiando dessa forma, o planejamento
e a avaliação de medidas de prevenção e controle desse agravo.
A partir do ano 2006, ocorreu a modificação na definição de caso e a notificação
envolve toda: “Gestante que durante pré-natal apresente evidência clínica de sífilis e/ou
sorologia não treponêmica reagente, com teste treponêmico positivo ou não realizado.
-2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
Negro
Não Negro
Negro Não Negro
Razão 5,7 -1
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Gerência de Epidemiologia
62
Foi assim excluindo o momento do parto para a notificação da gestante com sífilis,
considerando que essa análise seria realizada pela notificação da sífilis congênita.
Assim, no período de 2005 a 2011 foram notificadas 740 gestantes com sífilis
residentes no Recife, com maior concentração de casos nos DS VI (242), II (149) e III
(112). Os bairros com maior número de notificações foram Ibura (67), COHAB (60) e
Pina (39), todos no DS VI (tabelas 19 A, B e C).
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Gerência de Epidemiologia
63
Tabela 19A: Número de casos de gestante com sífilis segundo ano de notificação,
distrito sanitário, microrregião e bairro. DS I e II –2005 – 2011
Fonte: SINAN/Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO I 4 6 15 9 9 11 5 59
Microrregião 1.1 1 - 8 3 4 7 1 24
Recife - - - - - - - -
Santo Amaro 1 - 8 3 4 7 1 24
Microrregião 1.2 1 5 3 4 2 1 3 19
Boa Vista 1 - 1 - 1 - - 3
Cabanga - - - - - - - -
Ilha do Leite - - - - - - - -
Paissandu - - - - - - - -
Santo Antônio - - - 1 - - - 1
São José - 5 2 3 1 1 3 15
Soledade - - - - - - - -
Microrregião 1.3 2 1 4 2 3 3 1 16
Coelhos 1 - 2 1 2 2 1 9
Ilha Joana Bezerra 1 1 2 1 1 1 - 7
DISTRITO SANITARIO II 4 18 7 36 28 26 30 149
Microrregião 2.1 1 6 3 15 10 7 16 58
Arruda 1 1 - 1 2 - - 5
Campina do Barreto - - - 7 2 2 7 18
Campo Grande - 5 3 7 6 5 6 32
Encruzilhada - - - - - - 1 1
Hipódromo - - - - - - - -
Peixinhos - - - - - - 1 1
Ponto de Parada - - - - - - 1 1
Rosarinho - - - - - - - -
Torreão - - - - - - - -
Microrregião 2.2 1 6 - 6 9 13 8 43
Água Fria 1 4 - 4 2 10 5 26
Alto Santa Teresinha - 1 - - - - - 1
Bomba do Hemetério - 1 - - 5 - 1 7
Cajueiro - - - - - 1 - 1
Fundão - - - 1 2 - - 3
Porto da Madeira - - - 1 - 2 2 5
Microrregião 2.3 2 6 4 15 9 6 6 48
Beberibe 1 - 1 - 2 - - 4
Dois Unidos - 4 3 12 5 5 4 33
Linha do Tiro 1 2 - 3 2 1 2 11
Ano de DiagnósticoTotalBairro-DS-Micro
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
64
Tabela 19B: Número de casos de gestante com sífilis segundo ano de notificação,
distrito sanitário, microrregião e bairro. DS III e IV – 2005 – 2011 Continuação
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO III 3 48 8 14 15 12 12 112
Microrregião 3.1 - 14 4 4 2 3 1 28
Aflitos - - - - - - - -
Alto do Mandu - - - - - - - -
Apipucos - - - - - - - -
Casa Amarela - 10 - 2 1 2 - 15
Casa Forte - - 1 - - 1 - 2
Derby - - - - - - - -
Dois Irmãos - 1 - - - - 1 2
Espinheiro - 1 1 - - - - 2
Graças - 1 - - - - - 1
Jaqueira - - - - - - - -
Monteiro - - - - - - - -
Parnamirim - - - 1 1 - - 2
Poço - - 1 - - - - 1
Santana - - - - - - - -
Sítio dos Pintos - - - - - - - -
Tamarineira - 1 1 1 - - - 3
Microrregião 3.2 1 5 2 4 4 3 7 26
Alto José Bonifácio - 1 - 1 - - 2 4
Alto José do Pinho - 1 - - 1 1 1 4
Mangabeira 1 1 1 2 - 2 2 9
Morro da Conceição - - 1 1 - - - 2
Vasco da Gama - 2 - - 3 - 2 7
Microrregião 3.3 2 29 2 6 9 6 4 58
Brejo da Guabiraba - 1 - - 1 - - 2
Brejo de Beberibe - - - - 2 - - 2
Córrego do Jenipapo - - - - - - - -
Guabiraba 1 2 - - 3 1 2 9
Macaxeira - 5 - 1 1 2 - 9
Nova Descoberta 1 17 2 5 1 3 2 31
Passarinho - 4 - - 1 - - 5
Pau-Ferro - - - - - - - -
DISTRITO SANITARIO IV 9 7 17 8 10 8 16 75
Microrregião 4.1 6 4 9 4 7 5 8 43
Cordeiro - 1 2 2 - 1 4 10
Ilha do Retiro - - - - - - 1 1
Iputinga 2 - 3 2 2 - - 9
Madalena 2 - 1 - - 2 1 6
Prado - 2 1 - 2 1 - 6
Torre 1 1 2 - 3 1 2 10
Zumbi 1 - - - - - - 1
Microrregião 4.2 2 3 1 1 - 1 3 11
Engenho do Meio 1 2 1 - - - - 4
Torrões 1 1 - 1 - 1 3 7
Microrregião 4.3 1 - 7 3 3 2 5 21
Caxangá - - 2 - - - - 2
Cidade Universitária - - - - - - - -
Várzea 1 - 5 3 3 2 5 19
Bairro-DS-Micro
Ano de Diagnóstico
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
65
Tabela 19C: Número de casos de gestante com sífilis segundo ano de notificação,
distrito sanitário, microrregião e bairro. DS III e IV – 2005 – 2011 Continuação
Fonte: SINAN/Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Analisando-se o risco da aids, verifica-se que o coeficiente de detecção (CD)
calculado por 1.000 NV mostra que nos anos de 2005 e 2006 o maior risco foi
encontrado no DS VI. Nos demais anos os maiores riscos foram nos DS I e II (gráfico
31).
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DISTRITO SANITARIO V 1 12 12 10 16 18 30 99
Microrregião 5.1 1 4 6 5 6 9 18 49
Afogados - 2 4 3 2 3 9 23
Bongi - - - - - - 2 2
Mangueira - - - - 2 1 5 8
Mustardinha - - 1 1 - 2 1 5
San Martin 1 2 1 1 2 3 1 11
Microrregião 5.2 - 3 2 2 5 6 4 22
Areias - 1 1 - 3 1 1 7
Caçote - - - - 1 3 1 5
Estância - 2 1 2 1 2 2 10
Jiquiá - - - - - - - -
Microrregião 5.3 - 5 4 3 5 3 8 28
Barro - 1 - 1 1 2 1 6
Coqueiral - 1 1 1 2 - 1 6
Curado - 1 - - - - 1 2
Jardim São Paulo - 1 2 1 1 - 4 9
Sancho - - - - - - - -
Tejipió - - - - - - 1 1
Totó - 1 1 - 1 1 - 4
DISTRITO SANITARIO VI 65 80 18 14 19 25 21 242
Microrregião 6.1 28 28 9 6 8 7 12 98
Boa Viagem 5 5 3 - - - - 13
Brasília Teimosa 5 4 1 - 3 2 2 17
Imbiribeira 8 5 2 1 2 4 5 27
Ipsep - 1 - - - - 1 2
Pina 10 13 3 5 3 1 4 39
Microrregião 6.2 20 34 5 7 3 9 6 84
Ibura 16 23 4 7 3 8 6 67
Jordão 4 11 1 - - 1 - 17
Microrregião 6.3 17 18 4 1 8 9 3 60
Cohab 17 18 4 1 8 9 3 60
Bairro Ign - - 3 - 1 - - 4
Total 86 171 80 91 98 100 114 740
Bairro-DS-Micro
Ano de Diagnóstico
Total
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
66
Gráfico 31: Coeficiente de Detecção (por 1.000 NV) de casos de gestante com sífilis
segundo ano de diagnóstico e distrito sanitário de residência. Recife, 2005 – 2011
Fonte: SINAN/Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
No período analisado, os maiores riscos médios foram encontrados nos DS I, II e
VI (gráfico 32).
Gráfico 32: Coeficiente de Detecção médio (por 1.000 NV) de casos de gestante com
sífilis distrito sanitário de residência. Recife, 2005 – 2011
Fonte: SINAN/Sinasc/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Segundo a faixa etária dessas gestantes, 70,27% tem entre 20 a 34 anos de idade,
destacando-se o percentual de aproximadamente 19% de gestantes adolescentes,
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
DS I 2,92 4,54 12,81 7,61 7,43 9,52 4,30
DS II 1,19 5,32 2,07 11,20 8,50 8,12 9,48
DS III 0,63 10,57 1,82 3,24 3,27 2,77 2,74
DS IV 2,31 1,82 4,55 2,03 2,56 2,09 4,00
DS V 0,27 3,18 3,22 2,62 4,26 4,89 7,73
DS VI 10,74 13,42 3,21 2,54 3,36 4,55 3,75
-
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI Recife
CD Médio 6,88 6,48 3,58 2,76 3,76 6,07 4,73
-
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
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Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
67
demonstrando a necessidade de uma maior atenção a este grupo etário nas ações de
prevenção por parte das unidades básicas de saúde (tabela 20).
Tabela 20: Número e percentual de casos de gestantes com sífilis segundo ano de
diagnóstico e faixa etária. Recife, 2005 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O quesito raça/cor apresenta também problemas na completitude, com altos
percentuais de informação ignorada. Mesmo assim, verificamos uma razão entre
gestantes negras de não negras da ordem de 4,55/1 (gráfico 33).
Gráfico 33: Razão entre casos de gestantes com sífilis negras e não negras.
Recife, 2005 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2005 % 2006 % 2007 % 2008 % 2009 % 2010 % 2011 %
10-14 1 1,16 1 0,58 2 2,50 - - 2 2,04 - - 1 0,88 7 0,95
15-19 14 16,28 31 18,13 16 20,00 15 16,48 22 22,45 18 18,00 20 17,54 136 18,38
20-34 63 73,26 121 70,76 52 65,00 69 75,82 68 69,39 71 71,00 76 66,67 520 70,27
35-49 8 9,30 18 10,53 10 12,50 7 7,69 6 6,12 11 11,00 17 14,91 77 10,41
Total 86 100 171 100 80 100 91 100 98 100 100 100 114 100 740 100
Faixa
Etaria
Ano de DiagnósticoTotal %
-2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
Negro
Não Negro
Negro Não Negro
Razão 4,55 -1
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
68
2.4. Doenças Crônicas Transmissíveis
2.4.1. Tuberculose
No município do Recife, a tuberculose apresenta-se como um agravo à saúde de
elevada magnitude, atingindo grupos de pessoas com condições econômicas e sociais
desfavoráveis, predominantemente do sexo masculino e faixa etária jovem, estando
presente em todos os bairros da cidade, com a incidência da doença apresentando uma
grande variação entre as diversas microrregiões de cada Distrito Sanitário.
O Recife consegue detectar mais de 80% dos casos de tuberculose ao ano,
ficando acima da meta nacional que preconiza manter a detecção anual de pelo menos
70% dos casos estimados.
Entre 2007 e 2011 foram detectados 7.272 casos de tuberculose. No período, foram
identificados 24 bairros com a média de casos maior que 21 (Figura 1). Esses bairros
concentraram 64% do total de casos notificados e 61% da população do município,
constituindo-se bairros prioritários para intensificação das ações de intervenção e controle.
Figura 1: Média de casos novos de tuberculose segundo bairro de residência. Recife,
2007 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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Gerência de Epidemiologia
69
Ao contrário do Brasil, ainda não se observou queda na incidência da
tuberculose no Recife. No período entre 2001 e 2011 verificou-se aumento de 11,8% na
incidência. Esse resultado também está associado ao acesso e maior detecção de casos
pelos serviços de saúde do município. (Gráfico 34)
Gráfico 34: Taxa de incidência de tuberculose (por 100.000 hab.)todas as formas e
pulmonar positiva (P+) segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
É importante destacar que anualmente ainda morrem no Recife em média 120
pessoas por tuberculose. No período analisado, a taxa de mortalidade por TB tem
apresentado tendência de redução, a taxa média anual de mortalidade na primeira
metade da presente década esteve em 9,7/100.000 e na segunda metade da década em
torno de 7,0/100.000 habitantes (Gráfico 35).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
CI todas as formas 83,8 91,4 103,3 113,1 113,7 96,2 99,3 101,4 95,2 96,4 93,7
CI P+ 36,9 40,9 50,6 54,0 57,3 52,1 53,0 49,4 43,6 50,3 48,9
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Taxa
de
Inci
dên
cia
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
70
Gráfico 35: Número de óbito e coeficiente de mortalidade por tuberculose (100.000
hab.) segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001-2010
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
A atividade de controle de contatos é uma ferramenta importante para prevenir o
adoecimento e diagnosticar precocemente casos de doença ativa nesta população,
portanto, todos os contatos devem ser avaliados.
Embora os dados relativos ao exame de contatos sejam reconhecidamente
passíveis de sub-registro, observou-se que o desempenho dessa atividade necessita de
grande esforço para maior efetividade (Tabela 21).
Tabela 21: Proporção de contatos examinados dos casos novos de tuberculose, segundo
o ano de diagnóstico. Recife, 2007– 2011
Ano diagnóstico Contato registrado Contato examinado %Contato examinado
2007 3585 1657 46,2
2008 3924 1820 46,4
2009 4491 1613 35,9
2010 4631 2084 45,0
2011 4825 1771 36,7 Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
A maior dificuldade do município ainda tem sido a ampliação da taxa de cura e a
diminuição da taxa de abandono. No período analisado, o percentual médio de cura foi
de 60,0%. A meta do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) é atingir
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Óbitos 169 131 151 143 127 136 106 118 125 99
C. M. 11,7 9,0 10,2 9,5 8,3 8,8 6,8 7,4 7,8 6,1
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180N
º ó
bito
0,0200,0T
Taxa
de
mor
talid
ade
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
71
85%. A taxa média de abandono no período foi de 13,0%, o parâmetro é reduzir para
menos de 5% (Gráfico 36).
Gráfico 36: Percentual de cura e abandono de tuberculose todas as formas segundo o
ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Como a tuberculose é a principal causa de morte de pessoas com HIV, quanto
mais precoce o diagnóstico, melhores as chances de sobrevida do paciente. Entre 2001 e
2011, houve aumento do percentual de pacientes com tuberculose que fizeram a
testagem de anticorpos para HIV (Gráfico 37). Em 2011, o percentual de coinfecção
TB/ HIV foi de 12,9%.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%Cura 61,2 59,9 59,3 64,3 64,1 66,2 66,6 64,0 60,5 59,5 43,5
%Abandono 15,6 14,5 13,6 12,4 12,8 10,4 12,4 14,6 13,8 15,0 11,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
72
Gráfico 37: Proporção de casos de tuberculose que realizaram teste para HIV segundo
o ano de diagnóstico. Recife, 2001-2011
Fonte:Sinan/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2.4.2. Hanseníase
Segundo os parâmetros do Ministério da Saúde, a situação de hanseníase do
município do Recife é de hiperendemicidade na população geral (≥ 40/100.000 hab.) e
na população de 0 a 14 anos (≥ 10/100.000 hab.). Esse resultado reflete não apenas as
condições sócio-econômicas, mas, também, a qualidade das ações de controle prestadas.
Considerando-se que a detecção em menores de 15 anos indica transmissão
recente por fontes ativas, esse indicador foi priorizado no monitoramento da doença
para que se obtenham resultados efetivos na eliminação de fontes de contágio ainda não
detectados (Gráfico 38).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%HIV realizado 13,0 14,9 16,8 22,8 27,7 35,6 32,9 33,4 36,1 44,7 43,8
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
%
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
73
Gráfico 38: Taxa de detecção de hanseníase (por 100.000 hab.) na população geral e
em menores de 15 anos de idade segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001 – 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
No período entre 2007 e 2011 foram detectados 3.999 casos de hanseníase e
identificados 26 bairros prioritários (Figura 2). Esses bairros concentraram 73% do total
de casos notificados e 58% do total da população do município.
Figura 2: Média de casos novos de hanseníase segundo bairro de residência. Recife,
2007 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
CD todas as formas 61,1 57,8 64,3 72,6 64,4 60,1 58,9 53,9 51,6 55,5 48,5
CD <15a_01-11 30,3 22,4 32,7 29,3 33,6 32,5 35,7 32,1 27,8 28,8 38,4
0,010,020,030,040,050,060,070,080,0
Taxa
de
det
ecçã
o
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Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
74
Para identificar precocemente os casos de hanseníase é necessário intensificar as
ações de vigilância, especialmente em relação ao exame de contatos intradomiciliares,
Observou-se no período analisado, um desempenho insatisfatório dessa atividade na
rede municipal (Tabela 22).
Tabela 22:Proporção de contatos examinados dos casos novos de hanseníase segundo o
ano de diagnóstico. Recife, 2007– 2011
Ano diagnóstico Contato registrado Contato examinado %Contato examinado
2007 3470 1699 49,0
2008 3033 1350 44,5
2009 2781 1433 51,5
2010 2767 1462 52,8
2011 2712 1389 51,2
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O indicador proporção de cura mede a efetividade dos serviços em assegurar a
adesão ao tratamento até a alta. Espera-se atingir 90% de cura dos casos em tratamento
(Gráfico 39).
Gráfico 39: Proporção de cura e abandono dos casos novos de hanseníase segundo
coortes de tratamento. Recife, 2003- 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%Cura 81,1 80,1 81,1 80,9 84,1 85,1 85,7 84,7 81,0
%Abandono 7,1 9,8 7,8 5,7 6,3 8,0 8,6 7,4 6,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
%
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75
No período analisado, observou-se um bom desempenho na avaliação do grau de
incapacidade física dos casos novos, que está acima de 85%. Contudo o mesmo não se
aplica ao exame no momento da alta por cura, ainda abaixo de 50%, invalidando
qualquer referência sobre os resultados observados (Gráfico 40). O gráfico 41
demonstra a redução do percentual de incapacidade física severa (grau 2) no
diagnóstico.
Gráfico 40: Proporção de casos novos de hanseníase avaliados quanto à incapacidade
física no diagnóstico e na cura segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001– 201
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 41: Proporção de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física
no diagnóstico segundo o ano de diagnóstico. Recife, 2001– 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
% Avaliação Notif 96,6 96,2 85,1 88,7 90,0 93,6 93,2 89,8 91,8 86,5 86,3
% Avaliação Cura 45,8 26,4 18,5 26,7 36,7 43,0 45,3 45,1 40,4 38,3 36,1
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
%
2,4
4,3
2,9
4,9 5,2
4,0
5,5
5,5
5,4
4,2
2,8
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
%Grau 2
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76
2.4.3. Desafio da Eliminação da Filariose
A partir de 2003, foram intensificadas as ações de controle da filariose no
Recife, por meio de tratamento coletivo em algumas micro-áreas prioritárias da cidade,
simultaneamente com ações integradas para o controle vetorial e ações educativas.
Altas coberturas foram alcançadas com a realização do tratamento coletivo, com
redução de 99% no número de casos da doença no período entre 2003 e 2011,
demonstrando que esta é uma estratégia efetiva, plenamente factível e de grande
impacto (Figura 3 e Gráficos 42).
Nas demais áreas da cidade, as ações de controle permaneceram com a expansão
da busca ativa em bairros que não foram incluídos para o tratamento coletivo.
A estimativa da Organização Pan-Americana de Saúde é de eliminar a filariose
até 2020. No entanto, a expectativa é que a eliminação da doença no Recife seja em
2015.
Figura 3: Evolução da interrupção da transmissão de filariose linfática. Recife, 2003 e
2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
n caso : 04
n caso : 907
2003 2011
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77
Gráfico 42: Número de pessoas tratadas com DEC* e taxa de positividade** porano de
atuação. Recife, 2003-2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Nota:* Dietilcarbamazina
** Percentual de infectados com microfilária de W. bancroftipelo exame de gota espessa
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Nº Pop. Tratada 18.087 39.154 41.163 49.156 65.094 152.026 141.528 97.778 80.359
Taxa de positividade 1,10 0,60 0,50 0,30 0,20 0,08 0,04 0,03 0,01
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
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3. PERFIL DE MORBIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS NÃO
TRANSMISSÍVEIS 2001 – 2011
3.1. Morbidade hospitalar
As informações referentes à morbidade hospitalar são provenientes do Sistema
de Internações Hospitalares (SIH), no período de 2001 a 2011.
No período estudado ocorreram 1085.399 internações entre os residentes de
Recife. As principais causas de hospitalização foram às ligadas à gravidez, parto e
puerpério, doenças do aparelho respiratório e doenças do aparelho digestivo. Dentre as
Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), as doenças do aparelho respiratório
representaram à principal causa de internamento até o ano de 2009 quando são
ultrapassadas pelas doenças do aparelho circulatório. As causas externas apresentaram
tendência crescente até 2005, após sofreu redução até 2008 quando volta novamente a
elevar-se. As neoplasias aparecem em quarto lugar, ultrapassando as causas externas em
2008 e destacaram-se por apresentar um grande incremento, sendo em 2001
responsáveis por 2,7% do total das internações e em 2011 por 7,9%, representando um
incremento de 192,6%. As doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais ficaram em
quinto lugar e permaneceram praticamente com os mesmos índices de internações,
sendo responsáveis por proporções em torno de 2,8%, tanto no inicio como no final do
período (Gráfico 43).
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Gráfico 43: Proporção de internações hospitalares por Capítulos da CID-10.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
3.1.1. Doenças do Aparelho Circulatório (DAC)
Entre as DAC, as doenças cerebrovasculares se apresentaram como principal
causa de internação até o ano de 2005 apresentando redução importante nos anos
subsequentes. As doenças isquêmicas do coração assumem a segunda causa no período
de 2001 a 2007, passando para a primeira entre 2008 e 2010 e as doenças cardíacas
hipertensivas apareceram em terceiro lugar (Gráfico 44).
As mulheres foram mais acometidas, no período de 2001 a 2011 e em relação a
faixa etária observou-se um crescimento das internações com o aumento da idade,
apresentando maiores percentuais entre 50 e 69 anos e 70 e mais (Gráfico 45).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
D. aparelho circulatório 8,0 7,7 7,8 7,9 8,9 9,6 9,2 9,2 9,1 9,4 10,5
D. aparelho respiratório 12,0 12,2 11,1 10,7 9,7 9,7 10,7 9,7 9,7 8,1 7,9
Neoplasias 2,7 4,7 5,6 5,5 4,8 5,1 6,1 6,4 6,7 7,0 7,9
D. end nutric metab 2,9 3,5 3,4 3,1 2,9 3,0 2,5 2,8 2,8 2,6 2,6
Causas externas 5,8 6,7 7,2 7 9,1 9,1 8 6,3 6,4 6,7 7,3
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Secretaria de Saúde
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Gerência de Epidemiologia
80
Gráfico 44: Proporção de internações hospitalares pelas principais doenças do
aparelho circulatório. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
Gráfico 45: Proporção de internações hospitalares pelas as doenças do aparelho
circulatório, segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
3.1.2. Neoplasias Malignas
As internações por neoplasias apresentaram grandes flutuações no período
estudado. As leucemias em 2001 representaram a primeira causa de internação,
passando para a quinta posição em 2011. As internações por câncer do lábio, cavidade
oral e faringe passaram da quarta posição em 2001 para a primeira em 2011. O câncer
de mama flutuou entre a segunda e terceira posição em todo o período de 2001 e 2011.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
D. cardiaca hipertensiva 8,8 8,1 7,4 7,1 6,3 5,7 6,9 7,3 7,5 6,8 4,3
D. isquemica do coraçao 17,7 18,8 19,4 22,5 17,3 17,3 17,8 20,3 16,7 18,3 17,9
D. cerebrovasculares 23,1 21,4 20,4 23,5 34,6 29,4 20,4 14,0 15,1 16,8 21,9
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
0,2 0,4 0,7 0,8 1,2 2,03,3
9,7
15,2
20,2 19,9
26,2
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e +
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81
O câncer de pele provocou maiores internações no período de 2005 a 2007 e as do colo
do útero passou de 0,5% em 2001 para 5,8 em % (Gráfico 46).
As internações, no período de 2001 a 2011, foram mais frequentes no sexo
feminino e entre as faixas etárias, houve incremento a partir dos 35 anos. A população
de 40 a 59 anos foi a que apresentou maiores proporções pelas diversas formas de
neoplasias analisadas, seguida da população de idosos (Gráfico 47).
Gráfico 46: Proporção de internações hospitalares por principais tipos de neoplasias.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
Gráfico 47: Proporção de internações hospitalares por neoplasias, segundo faixa etária.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
1,1 2,85,9 5,1
1,7 2,0 3,4
12,8 15,1 14,611,8
1,7
6,3
6,94,0
7,9 7,6 7,2
3,03,3 4,8
5,6
5,0
4,5
5,06,3 4,9 4,8 5,1
8,69,0 8,2
8,5
0,5
1,8
4,65,3
1,2 4,03,8
7,16,0 5,6
5,8
10,3
8,0
7,4 10,0
8,87,3 6,2
6,5 5,3 4,13,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Neoplasia maligna do lábio cavid oral e faringe Neoplasia maligna da pele
Neoplasia maligna da mama Neoplasia maligna do colo do útero
Leucemia
0,5
3,0 3,72,3
3,62,9
4,1
12,2
18,3
17,1
15,616,7
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e +
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3.1.3. Causas Externas
As causas externas representam importante causa de morbidade hospitalar, entretanto
o registro das informações deste agravo, ainda possui deficiência quanto à especificação da
causa. Por razão dessa dificuldade não será apresentado os principais tipos de internações
pelas causas externas.
As internações por causas externas apresentaram maiores proporções (em torno de
70%) no sexo masculino. A população mais acometida foi a faixa de 20 a 29 anos, com 19,4%
das internações e a 30 a 39 anos com 17,5%. A partir dos 40 anos ocorreu redução, voltando a
subir nogrupo a partir de 60 anos, onde são mais freqüentes as quedas (Gráfico 48).
Gráfico 48: Proporção de internações hospitalares por causas externas, segundo faixa
etária. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
3.1.4. Doenças Endócrinas, Metabólicas e Nutricionais
Entre o grupo das doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais o diabetes
mellitus representou a principal causa de internação. Em 2001 foi responsável por
43,7% das internações, apresentando redução gradativa até 2010, voltando a subir em
2011 com 46,5% das internações (Gráfico 49).
Houve predomínio das doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais nos grupos
populacionais de idosos e crianças entre 1 e 4 anos (Gráfico 50). O sexo feminino foi o
que apresentou maiores proporções.
1,0
4,25,6 6,2 6,9
19,417,5
14,6
9,7
6,78,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e +
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83
Gráfico 49: Proporção de internações hospitalares por doenças endócrinas,
nutricionais e metabólicas. Recife, 2001 e 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
Gráfico 50: Proporção de internações hospitalares por doenças endócrinas, nutricionais e
metabólicas, segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
3.1.5. Doenças do Aparelho Respiratório (DAR)
Entre as doenças do aparelho respiratório, aparece em primeiro lugar as pneumonias
com cerca de 46,0% dos internamentos e em segundo a asma com 24,7% (Gráfico 51). As
crianças foram as mais atingidas sendo responsáveis por 57% das internações por DAR
(Gráfico 52).
0,3 1,83,8 5,2 4,5 5,7 4,8 4,8 4,8 6,5
12,1 12,116,5 17,7
15,4 13,710,9 8,9 10,3 8,7
43,7
35,6 33,737,6
34,2 35,7 35,638,2 38,8
46,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
2001 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Obesidade Desnutrição Diabetes mellitus
5,3
17,0
8,4
4,1
1,1 1,8 2,4
6,4
9,4
12,3 12,0
20,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e +
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84
Gráfico 51: Proporção de internações hospitalares por doenças do aparelho
respiratório. Recife, 2001 e 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
Gráfico 52: Proporção de internações hospitalares por doenças aparelho respiratório,
segundo faixa etária. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIH/DATASUS/MS
5,7 5,3 4,8 4,6 4,9 4,64,5
8,8 9,6 10,4
8,9
8,2 8,8 8,89,6
13,6 13,511,9
8,5 8,0 8,6
10,8
31,4 32,930,4
25,8 24,3 24,9 24,621,2
17,0 16,9
14,7
45,9 41,2
45,4 50,5 47,4 45,8 45,847,1 49,7 47,0
46,9
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Bronquite enfisema e outr doenç pulm obstr crôn Outras doenças do aparelho respiratório
Asma Pneumonia
22,0
26,8
8,4
3,31,4 1,7 1,7
3,3 4,05,3
6,7
15,3
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
< 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e +
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
85
3.2. Intoxicação Exógena
O termo Intoxicação Exógena significa o uso de quaisquer drogas em
quantidade ou combinações intoleráveis para o organismo. No período de 2007 a 2011,
foram notificados 5.314 cacos de residentes no Recife. Segundo Unidade de Saúde
Notificadora, o Hospital da Restauração (HR) foi responsável 40,4% dos registros,
sendo unidade referência para esses casos e sede do Centro de Assistência Toxicológica
de Pernambuco – CEATOX até 2010. No ano de 2011 o tratamento para as intoxicação
exógena foi descentralizado e a sede do CEATOX saiu do HR sendo instalado em outro
local.
A faixa etária com maior número de casos, em todos os anos, foi a de 20 a29
anos,correspondendo a 23,8% das notificações, seguidos da faixa de 30 a 39 anos com
17,7% dos casos. As crianças e adolescentes representaram 39,2% das notificações,
destacando-se as crianças entre 1 a 4 anos (13,3%) e adolescentes entre 15 a 19 anos
(12,5%) (Tabela 23).
Tabela 23: Número e percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo faixa
etária. Recife, 2007 e 2011
FxEtaria 2007 2008 2009 2010 2011 Total
(em anos) Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
< 1 20 2,7 25 2,3 41 3,2 24 2,1 21 2,0 131 2,5
1 a 4 99 13,4 116 10,5 177 13,8 157 13,5 160 15,6 709 13,3
5 a 9 31 4,2 32 2,9 65 5,1 67 5,8 57 5,6 252 4,7
10 a 14 55 7,4 57 5,2 70 5,5 70 6,0 73 7,1 325 6,1
15 a 19 83 11,2 157 14,3 159 12,4 133 11,4 133 13,0 665 12,5
20 a 29 166 22,4 254 23,1 342 26,7 285 24,5 216 21,1 1263 23,8
30 a 39 141 19,1 207 18,8 214 16,7 212 18,2 165 16,1 939 17,7
40 a 49 79 10,7 152 13,8 117 9,1 115 9,9 115 11,2 578 10,9
50 a 59 38 5,1 56 5,1 52 4,1 62 5,3 56 5,5 264 5,0
60 e + 28 3,8 45 4,1 46 3,6 37 3,2 30 2,9 186 3,5
Ignorado 0 0,0 0 0,0 1 0,1 0 0,0 0 0,0 2 0,0
Total 740 100,0 1101 100,0 1283 100,0 1162 100,0 1026 100,0 5314 100,0
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
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O sexo feminino foi o que apresentou maior percentual com 58,2% dos casos
(Gráfico 53).
Gráfico 53: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo sexo.
Recife, 2007 e 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Dos que tiveram sua raça declarada, observou-se que 39,6% das intoxicações
exógenas ocorreram nos pardos, destacando-se um percentual elevado de ignorados,
chegando a mais de 50% dos casos (Gráfico 54).
Gráfico 54: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo raça/cor.
Recife, 2007 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
41,8
58,2
Masculino Feminino
2,1 0,6 0,2
39,6
0,1
57,4
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Branca Preta Amarela Parda Indigena Ignorado
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A via digestiva foi a principal via de exposição das intoxicações exógenas com
83,4% dos casos (Gráfico 55). A residência foi o local da exposição onde a maioria das
intoxicações exógenas ocorreram com 42,8% dos casos (Gráfico 56).
Gráfico 55: Percentual dos casos das intoxicações exógenas segundo via da exposição.
Recife, 2007 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 56: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo local da exposição.
Recife, 2007a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Segundo tipo do agente tóxico, os medicamentos foram responsáveis por 40,6% dos
casos de intoxicação exógena entre 2007 e 2011, seguidos dos raticidas (10,4%)
(Gráfico 57). O agrotóxico de uso agrícola referido nas intoxicações foi o Carbamato –
83,4
1,8 5,3
0,78,8
Digestiva
Cutânea
Respiratória
Outra
Ignorado
42,8
1,4 1,3 0,9
53,7
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Residência Ambiente de trabalho
Ambiente externo
Outro Ignorado
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Temik, utilizado indevidamente como raticida. Sendo assim, somando-se as
notificações do Carbamato – Temik com os raticidas, cerca de 15,6% das intoxicações
foram devido ao Carbamato - Temik conhecido popularmente como Chumbinho.
Gráfico 57: Percentual dos casos de intoxicações exógenas segundo agente tóxico.
Recife, 2007 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Segundo a circunstância da exposição, o maior número das notificações por
intoxicação exógena foi devido à tentativa de suicídio com 30,0% dos casos sendo 1,5
vezes maior em relação as que ocorreram de forma acidental (Gráfico 58). Quanto a
faixa etária, nas crianças com até 9 anos de idade, mais de 50% da exposição ocorreu de
forma acidental e a partir da faixa de adolescentes predominou a tentativa de suicídio,
com 33,1% entre 10 e 19 anos, 39,4% na de 20 a 39 anos e 41,3% entre 49 e 59 anos.
Na faixa de 60 anos e mais houve redução para 19,9% (Tabela 24).
40,6
10,4
9,8
8,5
6,9
6,4
5,5
5,3
4,0
2,1
0,9
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0
Medicamento
Raticida
Alimento e bebida
Ignorado
Drogas de abuso
Prod. uso domiciliar
Outro
Agrotóxico agrícola
Prod. químico
Agrotóxico doméstico
Prod. veterinário
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Gráfico 58: Percentual dos casos das intoxicações exógenas segundo a circunstância da
exposição. Recife, 2007a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Tabela 24: Número e percentual das intoxicações exógenas segundo circunstância da
exposição e faixa etária. Recife, 2007 e 2011
Circunstância de
Contaminação <1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 19 20-39 40-59 60 e +
Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %
Uso Habitual 11 8,4 8 1,1 9 3,6 56 5,7 108 4,9 36 4,3 13 7,0
Acidental 63 48,1 547 77,2 132 52,4 78 7,9 129 5,9 59 7,0 22 11,8
Ambiental - - 2 0,3 2 0,8 4 0,4 5 0,2 3 0,4 3 1,6
Uso terapêutico 3 2,3 7 1,0 11 4,4 17 1,7 28 1,3 13 1,5 7 3,8
Prescrição médica - - - - 1 0,4 2 0,2 3 0,1 2 0,2 1 0,5
Erro de administração 4 3,1 3 0,4 5 2,0 14 1,4 13 0,6 6 0,7 - -
Automedicação 3 2,3 5 0,7 6 2,4 14 1,4 41 1,9 16 1,9 5 2,7
Abuso 7 5,3 3 0,4 1 0,4 72 7,3 164 7,4 41 4,9 9 4,8
Ingestão de alimento 6 4,6 16 2,3 23 9,1 61 6,2 119 5,4 54 6,4 14 7,5
Tentativa de suicídio 1 0,8 1 0,1 4 1,6 328 33,1 868 39,4 348 41,3 37 19,9
Tentativa de aborto - - - - - - - - 9 0,4 - - - -
Violência/homicídio 1 0,8 19 2,7 7 2,8 4 0,4 5 0,2 8 1,0 2 1,1
Outra 2 1,5 18 2,5 6 2,4 32 3,2 53 2,4 7 0,8 1 0,5
Ign/Branco 30 22,9 80 11,3 45 17,9 308 31,1 657 29,8 249 29,6 72 38,7
Total 131 100,0 709 100,0 252 100,0 990 100,0 2202 100,0 842 100,0 186 100,0
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
30,0
27,3
19,5
5,6
5,6
4,6
2,9
1,7
1,6
0,9
0,9
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
Tentativa de suicídio
Ignorado
Acidental
Abuso
Ingestão de alimento
Uso Habitual
Outra
Automedicação
Uso terapêutico
Violência/homicídio
Erro de administração
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Do total dos casos notificados 46,5% dos casos evoluíram para cura sem
seqüelas e 1,5% (9 casos) foram a óbitos (Gráfico 59).
Gráfico 59: Percentual das intoxicações exógenas segundo evolução dos casos.
Recife, 2007 e 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Os residentes nos Distritos Sanitários III, II e VI foram os mais atingidos,
respectivamente, com 28,4%, 19,6% e 19,5% dos casos. O DS I foi o que teve menor
número de casos (5,4%) (Gráfico 60).
Gráfico 60: Percentual das intoxicações exógenas segundo Distrito Sanitário de
residência. Recife, 2007 e 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
46,5
0,71,50,2
2,9
48,3
Cura sem sequela
Cura com sequela
Óbito por int. Exógena
Óbito por outra causa
Perda de seguimento
Ignorado
5,4
19,6
28,4
10,6
14,4
19,5
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
DS I DS II DS III DS IV DS V DS VI
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3.3. Acidentes por escorpião
Os acidentes por escorpião constituem um importante desafio para a saúde
pública. Além das características ambientais favoráveis, o crescimento destas
ocorrências é intensificado pelo acelerado e desordenado processo de urbanização. As
principais espécies de importância médica são: Tityusserrulatus, responsável por
acidentes de maior gravidade, Tityusbahiensis e Tityusstgmurus. No Recife ocorre
maior freqüência de acidentes por Tityusstgmurus.
Observamos um crescente aumento no número de notificações de acidentes por
escorpião em toda cidade do Recife, totalizando 16.701 acidentes no período de 2001 a
2011. A faixa etária entre 1 a 9 anos, com 2.585 casos e a de 20 ou mais anos com
11.161, apresentam maior numero de casos notificados. A faixa etária de 10 a 19 anos
participou com 2.955 casos notificados. Observa-se, porém, que nos últimos três anos
ocorreu uma estabilização dos casos em todas as faixas etárias (Gráfico 61).
Gráfico 61: Número de notificações de acidentes por escorpião por faixa etária.
Recife, 2001 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
< 1 ano 0 1 10 11 13 20 32 21 10 14 19
1 - 4 anos 3 3 59 83 94 163 145 99 97 113 94
05 - 9 anos 4 6 70 139 177 268 212 178 166 123 138
10 - 14 anos 8 15 64 138 156 292 230 165 128 169 169
15 - 19 anos 11 24 39 90 164 242 246 148 139 191 127
20-29 anos 19 45 87 213 301 535 511 320 289 353 226
30+ anos 53 106 235 572 891 1.512 1.465 954 826 935 713
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
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A ocorrência de óbitos poderá ocorrer em qualquer idade pela sensibilidade do
individuo e quantidade de veneno injetado, o que não foi observado neste estudo, uma
vez que os óbitos ocorreram na faixa etária de 1 a 9 anos.
3.4. Violência Interpessoal
Denomina-se violência interpessoal o uso intencional de força física ou do
poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outras pessoas, ou contra uma
comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (OMS, 2002). Estas são
caracterizadas por variadas formas: agressão física, abuso sexual, abuso psicológico,
negligência, abandono e tortura e pode ser praticada por um ou mais autores com laços
familiares, conjugais, de parentesco ou com vínculo afetivo em condições de relação de
poder, seja real ou de ameaça. Este tipo de violência atinge pessoas de ambos os sexos e
de todas as idades, especialmente, as crianças, os adolescentes, as mulheres e as pessoas
idosas, sendo na maioria das vezes “camuflada” no âmbito privado.
O Ministério da Saúde em 2006 implantou a notificação compulsória da
violência interpessoal, sendo Recife um dos municípios brasileiros a implantar essa
vigilância. Até o ano de 2008, o processamento dos dados da vigilância de violência
interpessoal (VIVA-contínua) era realizado no software Epi Info, em máscara
específica. Por determinação do MS, em 2009 passou-se a ser processada no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Net).
A análise a seguir mostra os resultados sobre as notificações de violência
ocorridas nos residentes de Recife, atendidos nas Unidades de Saúde durante o período
de 2009 a 2011.
No período de 2009 a 2011 foram notificados 3.750 casos de violência
interpessoal entre os residentes do Recife. Em 2009 registrou-se 677 casos e 1.896 em
2011, apresentando um incremento de 180%. É valido ressaltar que este aumento
representa principalmente a implementação da notificação deste agravo, refletindo um
aumento na cobertura das fontes notificadoras.
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Analisando a distribuição da violência entre os sexos, observou-se que as
mulheres são as principais vítimas, responsáveis por mais de 67% das notificações
(Gráfico 62).
Gráfico 62: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo sexo.
Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
A análise por faixa etária mostrou, que houve uma predominância de
notificações no grupo dos adultos jovens (20 a 39 anos) seguidos das crianças e
adolescentes que juntas representam 51,2% (Gráfico 63).
Gráfico 63: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo faixa etária.
Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
32,7
67,3
Mas
Fem
28,5
22,7
35,8
10,4
2,6
0 a 9
10 a 19
20 a 39
40 a 59
60 e +
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Na análise por raça/cor, os pardos representaram o maior percentual seguidos
pelos brancos e negros. Ressalta-se, entretanto, que o percentual de ignorado é bastante
expressivo (Gráfico 64).
Gráfico 64: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo raça/cor.
Recife, Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O gráfico 65 mostrou a ocorrência da violência segundo tipo. Observou-se
predominância da violência física e uma ocorrência expressiva da violência psicológica
e sexual. É importante ressaltar que uma vítima pode sofrer mais de um tipo de
violência, sendo consideradas as respostas afirmativas para cada tipo relacionados na
ficha de notificação/investigação.
12,9
9,4
39,41,5
36,7Branca
Preta
Parda
Outras
Ign/Branco
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Gráfico 65: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo tipo de
violência. Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
De acordo com a relação vítima/agressor, observou-se que os principais
agressores foram os cônjuges seguidos de mães e pais (Gráfico 66).
Gráfico 66: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo relação
vítima/agressor. Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
63,2
27,3
22,217,7
2,1 2,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Física Psicológica Sexual Negligência Tortura Financeira
6,0
11,8
1,9
14,8
5,4
3,1
8,4 8,8
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
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O local de ocorrência da violência demonstrou que a residência é o lugar onde
está acontece com mais freqüência, seguida da via pública. Ressalta-se, entretanto, a
existência de um alto percentual de notificação em que esta variável não foi preenchida
(Gráfico 67).
Gráfico 67: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo ocorrência da
violência. Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Em relação à evolução do caso, um alto percentual de notificações não
apresentou encerramento (41%). Observou-se que a maior parte das vítimas receberam
alta (54,2%) e uma pequena parcela foi a óbito (Gráfico 68).
40,5
13,9
1,51,3
11,1
31,7 Residencia
Via pública
Escola
Bar ou Similar
Outros
Não classificados
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Gráfico 68: Percentual de notificação de violência interpessoal segundo evolução do
caso. Recife, 2009 a 2011
Fonte: SINAN/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
54,2
2,91,6
0,2
41,0
Alta
Evasão/fuga
Óbito por violência
Obito por outras causas
Ign/Branco
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4. PERFIL DE MORTALIDADE
No período de 2001 a 2011, foram registrados 112.444 óbitos de residentes do
Recife, sendo mais de 70% causados por doenças e agravos não transmissíveis.
As doenças do aparelho circulatório (DAC) apresentaram-se como a primeira
causa de óbito, com coeficientes de mortalidade superiores a 200 óbitos por 100.000
habitantes. As neoplasias e as causas externas disputaram o segundo e terceiro lugar,
sendo que em 2010 e 2011 as neoplasias ultrapassaram as causas externas. Outras
importantes causas de óbito são as Doenças do Aparelho Respiratório (DAR), que
apresentou tendência crescente a partir de 2005 e as Doenças Endócrinas Nutricionais e
Metabólicas, que se manteve com discretas variações ao longo do período (Gráfico 69).
Gráfico 69: Coeficiente de Mortalidade segundo capítulos da CID. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
D. Ap. Circulatório 221,2 213,9 213,5 235,2 216,4 202,2 196,5 199,4 191,7 192,3 198,0
Neoplasias 97 101,4 102,1 101,8 99,5 107,0 100,2 103,6 101,7 105,9 114,6
C. Externas 103,7 100,8 99,8 96,4 99,1 107,3 113,3 105,0 102,2 93,5 97,4
D. Ap. Respiratório 78,7 83,8 78,3 47,1 49,9 59,4 71,6 70,2 79,2 84,5 101,6
D. End. Nut. Metab. 44 45,1 49,5 52,1 44,3 42,7 35,4 37,9 38,3 39,6 43,0
D. Ap. Digestivo 42,8 39,5 40,2 41,2 37 35,7 37,1 38,2 37,6 37,1 40,4
DIP 41,1 39,4 34,9 38,8 37,2 34,0 34,8 35,7 35,8 36,5 40,7
0
50
100
150
200
250
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4.1. Mortalidade por Doenças do Aparelho Circulatório
Entre os óbitos do aparelho circulatório dos residentes do Recife, as doenças
isquêmicas do coração foram responsáveis pelo maior número de óbitos e também as
que representaram maior risco de morte com coeficientes de mortalidade que variaram
de 74,43 óbitos por 100.000 habitantes em 2007 a 86,45 em 2010. As doenças
cerebrovasculares, que incluem as hemorragias intracranianas, acidente vascular
cerebral hemorrágico ou isquêmico e outras doenças cerebrovasculares, ocuparam o
segundo lugar, mostrando pequenas variações no período e a doença cardíaca
hipertensiva aparece em terceiro lugar (Gráfico 70).
Gráfico 70: Coeficiente de Mortalidade segundo as principais doenças do aparelho
circulatório. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
O risco de morte por DAC, no período de 2001 a 2011, apresentou pequenas
diferenças entre o sexo feminino e o masculino, sendo maior para o masculino nos anos
de 2002, 2006, 2007, 2009 e 2011 (Gráfico 71). As faixas etárias com maior risco, no
período de 2001 a 2011, foram as de 60 anos e mais, com coeficiente de mortalidade de
1413 por 10.000 habitantes e a de 40 a 59 anos (CM de 186,4/10.000 hab.) (Gráfico 72).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Doença cardiaca hipertensiva 17,53 14,84 18,41 27,42 18,39 18,09 15,57 15,68 14,34 14,89 13,52
Doença isquemica do coracao 83,50 84,81 83,69 84,56 82,81 79,27 74,43 83,94 82,22 86,95 80,95
Doenças cerebrovasculares 68,84 66,59 68,50 69,97 68,55 65,74 64,03 60,39 58,78 62,63 60,99
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
Secretaria de Saúde
Diretoria Geral de Vigilância à Saúde
Gerência de Epidemiologia
100
Gráfico 71: Coeficiente de Mortalidade (100.000 habitantes) por doenças do aparelho
circulatório segundo sexo. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 72: Coeficiente de Mortalidade (10.000 habitantes) por doenças do aparelho
circulatório, segundo faixa etária. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Masc. 230,4 224,6 209,9 232,3 212,2 208,8 204,7 198,5 196,1 200,7 206,9
Fem. 213,2 204,6 216,6 237,8 221,0 196,4 189,3 200,1 187,8 184,8 190,3
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
3,2 2,2 4,0 20,7
186,4
1413,0
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
1200,0
1400,0
1600,0
<1 ano 1-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos 60 e +anos
DAC
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101
4.2. Mortalidade por Neoplasias Malignas
As neoplasias malignas disputaram o segundo e terceiro lugar com as causas
externas no período entre 2001 e 2011, com a ocorrência de 17.460 óbitos por câncer.
As neoplasias malignas da traquéia, brônquios e pulmões ficaram em primeiro lugar
com 12,4% dos óbitos e em segundo e terceiro lugar, o câncer de mama (9,7%) e o de
fígado e vias biliares (8,6%).
Em relação ao risco de morte, o câncer de mama foi o que apresentou maior
coeficiente de mortalidade que passou de 16,00 óbitos por 100.000 habitantes em 2001
para 22,95 em 2011, correspondendo à elevação de 43,5%. O câncer da próstata ficou
em segundo, apresentando variações no período e em terceiro lugar apareceu as
neoplasias malignas da traquéia, brônquios e pulmões, apresentando elevação de 25,7%
em 2011 quando comparado a 2001 (Gráfico 73).
Gráfico 73: Coeficiente de Mortalidade (100.000 habitantes) segundo as principais
neoplasias malignas. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
* O coeficiente de Mortalidade por neoplasia de mama levou em consideração os óbitos na população feminina e
os óbitos por neoplasia de próstata a população masculina.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Neo malig da prostata 13,77 17,36 15,89 18,39 17,05 14,34 16,05 14,45 18,21 16,48 14,52
Neo malig da mama 16,00 16,77 18,93 18,65 18,31 20,60 19,17 17,94 19,00 20,17 22,95
Neo malig dos bronquios e pulmoes
11,83 12,01 11,98 11,10 12,39 14,26 13,28 13,74 11,72 16,00 14,81
Neo malig do colon 8,56 8,97 10,13 9,79 9,79 7,00 6,28 6,90 6,21 6,83 8,44
Neo malig figado vias biliares 8,14 10,70 8,90 9,11 8,46 9,57 8,44 10,45 9,28 8,71 7,99
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
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102
O sexo feminino foi o mais atingido com 53,1% dos óbitos, porém o risco de
morte por neoplasias apresentou discretas variações entre os dois sexos ao longo do
período (Gráfico 74). O risco de morrer por neoplasias se elevou a medida que
aumentou a faixa etária, sendo maior naqueles com 60 anos e mais (CM de 610,1/
100.000 hab.) (Gráfico 75).
Gráfico 74: Coeficiente de Mortalidade (1000.000 habitantes) por neoplasia maligna
segundo sexo. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 75: Coeficiente de Mortalidade (10.000 habitantes) por neoplasias segundo
faixa etária. Recife, 2001-2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Masc. 96,9 103,3 102,3 104,1 98,0 106,2 105,9 103,9 98,7 108,9 115,3
Fem. 97,1 99,7 101,8 99,8 101,3 107,6 95,2 103,3 104,2 103,2 114,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
10,1 5,8 5,6 17,5
124,0
610,1
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
<1 ano 1-9 anos 10-19 anos 20-39 anos 40-59 anos 60 e +anos
Neoplasias
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4.3. Mortalidade por causas externas
Entre as causas externas, os homicídios apresentaram o maior risco de morte,
porém apresentando redução no período, passando de 70,2 óbitos por 100.000
habitantes em 2001 para 43,1 em 2011, representando redução de 38,6%. No período,
também ocorreu redução para os atropelamentos, outros acidentes de transportes e o
suicídio (Gráfico 76).
Gráfico 76: Coeficiente de mortalidade (100.000 habitantes) por causas externas
segundo os principais tipos. Recife, 2001 a 2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Os óbitos pelos diversos tipos de causas externas apresentaram pequenas
variações quando se compara os anos de 2001 e 2011. A população masculina foi a
mais atingida, destacando-se os homicídios, sendo 14 vezes mais freqüente do que no
sexo feminino, e os acidentes de transporte, cerca de 5 vezes maior no sexo masculino
(Tabela 25).
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Atropelamento 6,3 7,2 6,8 8,2 6,6 6,4 6,0 6,5 5,5 6,2 3,4
Outros Acid de Transportes 8,0 8,1 7,3 5,9 7,1 7,3 9,2 7,9 9,1 10,1 9,9
Suicídio 4,1 3,1 2,8 3,3 3,1 3,2 3,8 3,5 2,9 2,7 2,4
Homicídio 70,2 62,8 65,8 62,9 64,5 67,9 66,1 61,3 52,7 41,4 43,1
Outros Acidentes 10,2 12,1 9,0 7,3 7,5 11,3 13,6 11,5 15,3 18,6 20,1
Outras Violências 4,9 7,5 8,1 8,9 10,4 11,2 14,6 14,2 16,7 14,4 18,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
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Tabela 25: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo sexo.
Recife, 2001 e 2011
Sexo
Acidentes de
Transportes Suicídio Homicídio
Outros
Acidentes
Outras
Violências
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
Masculino 82,6 81,5 67,8 70,3 93,4 91,8 71,4 61,7 68,6 66,3
Feminino 17,4 18,0 32,2 29,7 6,5 7,6 28,6 38,3 31,4 33,7
Ignorado - 0,5 - - 0,1 0,6 - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Quanto a faixa etária, observou-se que os acidentes de transportes, tanto em
2001 como em 2011, foi mais freqüente nas faixas de 20 a 39 e 40 a 59 anos. Nos
suicídio, em 2001, ocorreu mais entre 20 a 39 anos e em 2011 apareceu em primeiro
lugar a faixa de 40 a 59 anos. Em relação aos homicídio, em ambos os anos, os
adolescentes aparecem em segundo lugar. A faixa de 60 anos e mais é a mais vitimizada
pelos outros acidentes (queda, afogamento, choque, queimadura, etc). No ano de 2011,
a proporção dos óbitos na faixa de 20 a 39 anos por acidentes de transporte e homicídio
aumentou em relação ao ano de 2001 (Gráficos 77 e 78).
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Gráfico 77: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo faixa
etária. Recife, 2001
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Gráfico 78: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas segundo faixa
etária. Recife, 2011
Fonte: SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
Acid. Transporte Suicídio Homicídio Outros Acidentes Outras Violências
<1 ano 0,0 0,0 0,0 2,0 4,3
1-9 anos 4,8 0,0 0,1 11,6 1,4
10-19 anos 12,1 11,9 22,9 13,6 14,3
20-39 anos 38,2 40,7 63,8 25,2 34,3
40-59 anos 27,5 25,4 10,7 19,0 24,3
60 e +anos 17,4 22,0 1,8 28,6 21,4
Ign 0,0 0,0 0,7 0,0 0,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Acid. Transporte Suicídio Homicídio Outros Acidentes Outras Violências
<1 ano 0,0 0,0 0,0 3,9 0,7
1-9 anos 0,5 0,0 0,0 1,6 2,4
10-19 anos 4,9 5,4 20,1 6,8 8,0
20-39 anos 46,3 37,8 64,8 15,4 26,4
40-59 anos 31,2 40,5 12,9 18,6 24,7
60 e +anos 16,6 16,2 1,6 53,7 36,8
Ign 0,5 0,0 0,6 0,0 1,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
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A população negra (pardos e pretos) foi responsável pela maioria dos óbitos
pelos principais tipos de causas externas. No ano de 2001, as proporções variaram de
73,5 (outros acidentes) e 94,1% (homicídios). Em 2011, ficaram entre 59,2% (outros
acidentes) e 94,1% (homicídios). Percebe-se uma predominância bastante elevada dos
óbitos por homicídio na população negra, nos dois períodos comparados (Tabela 26).
Tabela 26: Proporção de óbitos pelos principais tipos de causas externas
segundo raça/cor. Recife, 2001 e 2011
Raça/Cor
Ac.
Transporte Suicídio Homicídio Outros Acidentes
Outras
Violências
2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011
Não Negra 14,5 8,8 15,2 13,5 4,0 5,2 19,7 33,1 10 21,18
Negra 83,1 85,4 79,7 73,0 94,1 87,1 73,5 59,2 84,3 71,88
Ignorado 2,4 5,9 5,1 13,5 1,9 7,6 6,8 7,7 5,7 6,94 Fonte:SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
4.4. Mortalidade Infantil
No município do Recife, o Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI), nas
décadas de 80 e 90 apresentou redução significativa em seus coeficientes. A partir de
2000 continuou apresentando declínio, porém de forma mais lenta. Entre 2001 e 2011
houve declínio nos CMI, Coeficiente de Mortalidade Neonatal (CMN) e Coeficiente de
Mortalidade Pós-Neonatal (CMPN) na ordem de 30,8%, 33,6% e 23,6%,
respectivamente (Gráfico 79).
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Gráfico 79: Coeficiente de mortalidade infantil por faixa etária e ano deocorrência.
Recife, 1980 a 2011
Fonte:SIM/Gepi/Dgvs/SMS/Recife
77,6
70,4
63,3
56,8
27,7
38,8
12,9 12,713,812,412,7
14,3
16,4
27,4
47,1
65,265,4
56,8
44,0
38,1
43,5
35,5
25,324,9
21,222,4
20,418,2 18,6
15,4
52,7
67,5
65,7
16,2
9,18,8
9,68,7
8,710,2
11,6
30,330,8
35,1
31,632,3
33,3
38,631,1 31,1
25,926,6 27,2
21,2
19,518,8
17,4 18,5
15,5 1615
13,3 13,110,6 11,1
3,8 3,84,23,7
4,1
4,14,9
35,0
30,1
24,9 24,7 24,7
21,5
17,4
16,3 16,915,9
8,6 7,96,4
5,76,4
5,4 5 5,4 4,7
32,533,433,9
39,1
5,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010