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Pobreza e desenvolvimento
Capítulo 13
Sociologia
Prof. Gildo Júnior
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AS IMAGENS FALAM POR SI
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1. OS PAÍSES POBRES
Algumas características dos países pobres ou emergentes:
• Baixa renda per capita
• Dependência econômica e tecnológica
• Grandes desigualdades na distribuição de renda
• Taxas elevadas de mortalidade infantil
• Altos índices de analfabetismo
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Mais...
Má distribuição da propriedade da terraDívida externa elevadaEconomia controlada por empresas
multinacionaisCorrupção generalizadaDesrespeito aos direitos humanos, mais
ou menos frequentes
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Um desenvolvimento perverso
Assim são chamados hoje os países pobres que apresentam baixos níveis de desenvolvimento humano, econômico e social
O subdesenvolvimento cede lugar ao desenvolvimento perverso – o crescimento econômico só aumenta o abismo entre ricos e pobres
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No Brasil – ricos e pobres
O Brasil ingressou como a sexta maior economia do mundo em 2011.
Em setembro de 2007 – 70ª. Posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), medido pela ONU. Em 2011, chegou ao 84º. lugar
O IDH leva em conta: expectativa de vida, a renda per capita, a taxa de alfabetização e o índice de matrículas.
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Dados de 2011
Renda per capita – US$ 10.162Expectativa de vida – 73,5 anosEscolaridade – 7,2 anosIDH – 0,718
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Chama-nos a atenção...
Países mais pobres tem um IDH mais alto do que o Brasil:
Exs: Panamá (58º.), Cuba (51º.), Uruguai (48º.), Chile (44º.) – dados de 2011
O IDH do Brasil, em 2007, chegou a 0,800 número que o colocou entre os países de alto desenvolvimento humano
Alguns elementos ainda nos preocupam
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Números do Brasil:
Em 2010 – 192 milhões de brasileiros, sendo 83,7% na área urbana
10,5% da população – 20 milhões – abaixo da linha da pobreza
85 milhões consomem 2 240 calorias – a média nacional é 1811 calorias
PIB – Produto Interno Bruto – 1,482 trilhão de doláres
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10% da população sobrevive com menos de um salário mínimo por mês; esse grupo fica apenas com 0,8% do total da renda do país;
A renda apropriada pelos 1% mais ricos é a mesma renda apropriada pelas 45% mais pobres;
De cada 1000 crianças, 22 morrem antes dos 5 anos de idade (2009)
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Mais números...
44,4% da riqueza fica nas mãos dos 10% mais ricos
10% sobrevive com menos de um salário
Renda per capita – 10.162 dólares: nos EUA é superior a 47 mil
De cada 1000 crianças, 22 morrem antes dos 5 anos de idade
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2. OS NÚMEROS DA POBREZAIndicadores vitais
2.1 .Consumo insuficiente de calorias – o limite mínimo de consumo de calorias para a sobrevivência do ser humano deve ser de 1000 calorias. O consumo abaixo de 2240 calorias já caracteriza uma situação de subalimentação.
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2.2.Vulnerabilidade às doenças
Em razão das deficiências de alimentação e das más condições sanitárias reinantes, proliferam nesses países doenças de todo tipo: sarampo, tuberculoses, parasitoses, malária, dengue.
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Outro mal maior – a AIDS
Países ricos e pobres são atingidos, tendo sua maior disseminação na África, onde se concentram 76% dos casos.
No Brasil são 593 mil infectados
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2.3. Altas taxas de natalidade
Uma das razões é que as crianças começam a trabalhar cedo, contribuindo para o aumento da renda familiar.
A falta de esclarecimento e acesso a métodos de controle de natalidade
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2.4. Predomínio dos jovens
Nos países pobres, a taxa de natalidade é alta e a expectativa de vida é baixa, com um grande número de jovens.
No Brasil / Japão
• Até 15 anos: 27,8% / 13,9
• 16-64 anos: 66,1% / 66,4
• 65 + : 6,1% / 19,7
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Países maduros
Os que empreenderam a sua industrialização há cerca de dois séculos ou mais; nesses países, as condições socioeconômicas (que incluem as médico-sanitárias) tendem a ser de boa qualidade para a maioria da população.
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Países jovens
Empreenderam sua industrialização mais tarde e nos quais predomina uma população jovem, correspondem, de modo geral, ao grupo dos subdesenvolvidos, nos quais há um crescimento vegetativo da população e uma baixa expectativa de vida.
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Países em transição
Como é o caso do Brasil, tendem a diminuir as taxas de natalidade e aumentar aos poucos a expectativa de vida, devido a aplicações de medidas médico-sanitárias que atenuam os efeitos das doenças de massa.
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No Brasil:
TAXA DE NATALIDADE:Em 1940 – 6,2 filhos por
mulherEm 2009 – 1,94 filho por
mulher
EXPECTATIVA DE VIDA:
Em 1960 – 54,6 anosEm 2009 – 73,1 anos
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3. Indicadores socioeconômicos
3.1.Baixa renda per capita – o Brasil ocupa uma posição intermediária, sendo ainda um dos países com pior distribuição de renda do mundo.
Se a renda for considerada isoladamente, muitos países teriam índices de desenvolvimento altíssimos como o Kuawit – produtor de petróleo, tem a concentração de renda na mão de poucos e uma renda per capita de 9266 dólares, com uma população em extrema pobreza!
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3.2. O Coeficiente de Gini
Criado pelo italiano Corrado Gini, o coeficiente de Gini indica o grau de concentração de riqueza de um país.
Considerando as diferenças naturais entre pessoas, grupos ou famílias, a renda consideravelmente distribuída até o nível 0,450 do Índice de Gini.
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Dados sobre GINI no Brasil:
Em 1995 – 0,585Em 2003 – 0,610Em 2005 – 0,570Em julho de 2010, foi divulgado o novo
índice para o Brasil: 0,56
Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país
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3.3. Predomínio do setor primário sobre o secundário
Nas economias menos desenvolvidas, o setor primário – agricultura, pecuária, pesca, extrativismo vegetal, mineração – apresenta maior importância do que o setor secundário, representado pela indústria.
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3.4. Baixa produtividade na agricultura
Concentração das propriedades de terra – os latifúndios, a baixa produtividade, o uso insuficiente da tecnologia no sistema produtivo, os baixos salários e a exploração predatória dos recursos naturais.
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E mais:
Nesses países, é melhor investir na mão-de-obra abundante e barata do que em máquinas
Na América Latina, a concentração de terras é injusta: 70% dos pequenos agricultores possuem 3% das terras agriculturáveis, enquanto 1,2% dos donos de terras controlam 70% do solo cultivável
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3.5. Concentração de renda
É registrada no Coeficiente de GiniA renda nacional é mal distribuída,
concentrada nas mãos de poucas pessoas
Maus exemplos: Na Colômbia, 2,6% da população fica com 40% da renda; na Índia, morrem 2,5 milhões de crianças e 380 milhões sobrevivem com apenas 1 dólar por dia.
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3.6. Subemprego ou desemprego disfarçado
O subemprego consiste em atividades remuneradas incertas – os camelôs e os boias-frias
Nas grandes cidades, algumas pessoas exercem expedientes para sobreviver: flanelinhas, lavadores de carro, catadores de lixo, etc. Vivem geralmente em favelas e cortiços, constituindo camadas marginais do sistema econômico.
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Uma tendência
Essa camada marginal tende a crescer, pois com a globalização e o aumento do desemprego, os subempregados são presença nos países do Terceiro Mundo e nos desenvolvidos.