ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE DEZ DE MAIO
- ENSINO FUNDAMENTAL-
RUA LUIZ GONZAGA, 194 – DEZ DE MAIO
TOLEDO – PARANÁ
CEP: 85 920- 000 – FONE: 3274-1358
EMAIL: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
TOLEDO – PARANÁ
2012
APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico elaborado pelo Colegiado da Escola
Estadual do Campo de Dez de Maio – Ensino Fundamental-Séries Finais, tem como
objetivo principal, diagnosticar a caminhada do processo ensino-aprendizagem dos
alunos do nosso estabelecimento, procurando compreender e atender suas
necessidades educacionais, assim como, aplicar as novas políticas educaionais
vigentes.
Devemos compreender que na atual conjuntura política e econômica da
sociedade brasileira, faz-se necessário uma nova forma de trabalhar e perceber os
alunos que estão inseridos na realidade escolar. Esta nova forma de trabalhar
deverá, se adequar a nossa realidade, ou seja, de zona rural, sendo assim, deverá
ser ainda mais ampla pois necessitaa contemplar as características atuais deste
aluno, assim como de escola do campo. Em seu artigo 14º “os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público da Educação Básica
de acordo com suas peculiaridades”.
A partir da LDB nº 4024/61 estabeleceu-se quatro anos de escolaridade
obrigatória, que posteriormente foi ampliada para seis anos, por meio do acordo de
Punta Del' Este e Santiago, de 1970. Em 1971, a LDB nº 5692 tornou obrigatório oito
anos. A LDB nº 9394-96, embora mantivesse a obrigatoriedade de oito anos, acenou
para a possibilidade de ampliação do ensino fundamental, para nove anos este
ensino. Em 2005 foi promulgada a primeira Lei específica do Ensino Fundamental de
Nove anos, a Lei nº 11.114/05, que altera o artigo 6º da LDB, tornando obrigatória a
matrícula aos seis anos de idade, e em 2006, a lei nº 11.274/06 que trata da duração
do Ensino Fundamental, ampliando para nove anos. Através da deliberação do
Conselho Municipal de Educação-CME/Too, foi criado um termo de ajuste de
conduta celebrado entre município e Ministério Público, o qual define que a
educação em Toledo será estendida ao Paraná por ação do Ministério Público,
determinando que a matrícula no primeiro ano deverá ser feita a toda criança que
completar seis anos até o final do ano civil, pelo Projeto de lei número 8035. Este
plano prevê também que, até 2020 cinquenta por centro dos atendimentos aos
educandos seja de tempo integral.
O Conselho Estadual de Educação/CEE/Pr expediu a Deliberação 03/06 e na
sequência foram publicadas deliberações complementares (05/06; 02/07; 03/07) que
normatizam o processo de implantação nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Ainda em 2011, o Conselho Estadual de Educação emite o Parecer 407/11, que
permite a implantação simultânea do Ensino Fundamental de nove anos, nos anos
finais, a partir de 2012. Em seguida a Secretaria Estadual de Educação do Paraná,
emite a Instrução nº 008/2011 – SUED/SEED, orientando as Instituições de Ensino
do Sistema Estadual de Ensino quanto à oferta do Ensino Fundamental Anos Finais
a partir de 2012.
Devido ao que foi exposto anteriormente, e ao fato de assinarmos como
“escola do campo” percebemos a necessidade de repensar a prática pedagógica e
consequentemente de re-elaborarmos o Projeto Político Pedagógico de nossa
escola.
Segundo a LDB no seu artigo 12º “todos os Estabelecimentos de Ensino,
respeitando as normas comuns e as de seus sistemas de ensino se incumbirão de
elaborar e executar seu Projeto Político Pedagógico” e conforme o artigo 13º “os
docentes participarão da elaboração”.
Sendo assim, os integrantes do coletivo escolar: Direção, Equipe Pedagógica,
Professores, Funcionários, Pais e Alunos se envolverão no processo de elaboração
do Projeto Político Pedagógico, que partiu da necessidade percebida durante o ano
letivo, em momentos diferenciados, através de estudos de textos, discussões e
análises, sempre coletiva, democrática, articulada de modo a contemplar todos os
envolvidos no processo ensino aprendizagem.
Com a elaboração do P.P.P. devemos compreender que ele é a diretriz que
nos orienta e direciona sendo norteador de todos os trabalhos a serem realizados no
âmbito escolar, é um instrumento flexível que precisa ser revisto periodicamente
para análises e ajustamentos sempre que necessários.
Professamos a convicção de que o esforço conjugado dos profissionais da
educação, viabilizará práticas educativas suscetíveis para consolidação dessa
Escola. André (1992, p.71) afirma: “Conhecer a escola mais de perto significa
colocar uma lente de aumento na dinâmica das relações e interações que
constituem seu dia-a-dia, apreendendo as forças que a impulsionam ou que a retêm,
identificando as estruturas de poder e os modos de organização do trabalho
escolar, analisando a dinâmica de cada sujeito nesse complexo interacional onde
ações, relações, conteúdos são construídos, negados, reconstruídos ou
modificados”.
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INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de trabalho, que serve de
marco de referência ás operações de ensino-aprendizagem que são desencadeadas
no decorrer do ano letivo, derivado dos fins a serem alcançados.
Para alcançarmos os objetivos propostos neste P.P.P. faremos um trabalho
conjunto, todo o Corpo Docente, Discente, Funcionários, Comunidade e Grêmio
Estudantil, atingindo, pelo coletivo da Escola, a prática a ser desenvolvida para
garantir a formação coerente dos alunos e atingir em todos os aspectos o
desenvolvimento de ensino-aprendizagem do educando.
O P.P.P. juntamente com as Propostas Curriculares e Regimento Escolar
possibilitam ao professor uma distribuição racional e equilibrada dos conteúdos a
serem estudados em cada série, sendo um meio seguro para o êxito do processo
ensino-aprendizagem, porque conduz ao máximo o aproveitamento dos conteúdos.
Ele permite a execução das tarefas do professor e dos alunos de maneira metódica,
com um sentido ordenado e estruturada, endereçando a ação, com firmeza, na
conquista dos resultados previstos, bem como possibilita o conhecimento das ações
a serem desenvolvidas por toda equipe envolvida no processo educativo.
A nova LDB, Lei no 9.394/96, prevê no seu Art. 12, inciso I, que “os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Esse
preceito legal está sustentado na idéia de que a escola deve assumir, como uma de
suas principais tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa.
O Projeto Pedagógico, da Escola Estadual do Campo de Dez de Maio –
Ensino Fundamental, busca dinamizar suas ações pedagógicas, tendo presente à
gestão democrática, realizando revolução no ensino que toda a sociedade anseia,
uma Escola de qualidade, capaz de possibilitar a formação integral do aluno para o
exercício da cidadania.
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I - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
DENOMINAÇÃO: Escola Estadual do Campo de Dez de Maio – Ensino
Fundamental.
Conforme a Resolução nº 4.786/2010 de 28/10/2010 e Instrução Conjunta 001/2010
– SEED/SUDE/SUED, a Escola Estadual de Dez de maio passou a se chamar
Escola Estadual do Campo de Dez de Maio.
Endereço: Rua São Luiz Gonzaga, 194- Distrito de Dez de Maio
Toledo-Pr
CEP: 85.920-000
Telefone: (45) 3274-1358
FAX: (45) 3274-1102
Código: 0099-4
Localidade: Dez de Maio – Toledo, código: 2790
Dependência Administrativa: Estadual, código: 2
Núcleo Regional de Educação: Toledo
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ano: 2012
1.1 Caracterização
Ato de autorização da Escola: RES. 266/84 – DOE 09/03/84
Ato de reconhecimento da Escola: RES 4040/87 DOE 22/10/87
Distância da Escola do NRE: 23 km (23.000 m) aproximadamente.
1.2 Modalidades da Educação Básica: Ensino Fundamental
Turno de Funcionamento: Matutino
Regime de Funcionamento do Curso/Currículo
Sistema: Seriado/Anual
1.3 Aspectos Históricos
Dez de Maio surge no contexto histórico do Oeste do Paraná em 1949, quando
chegaram à localidade as primeiras caravanas de colonizadores de origem alemã,
vindas de Cerro Largo – Rio Grande do Sul, sob comando de Miguel Dewes,
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procurador das terras das atuais comunidades de Dois Irmãos, Vila Ipiranga e
Dez de Maio, junto a MARIPÁ.
Em 1950, chegam os primeiros colonizadores que fixam sua morada: Willibaldo
Finkler, Claudino Fröellich e Pedro Reis.
O nome “Dez de Maio” se origina de duas versões. Para alguns pioneiros foi
neste dia que os primeiros colonizadores aqui se fixaram. Para outros foi neste dia
que foram feitos os primeiros contatos de terra do Distrito em Foz do Iguaçu,
município ao qual Dez de Maio pertencia.
1.3.1 Características do distrito
O Distrito de Dez de Maio foi criado pela Lei Municipal 17, de 16 de julho de
1953. A vila é pequena. Nela há 13 ruas, 1 Avenida, 1 Igreja Católica, 2 Praças, 1
Posto de Combustíveis, 1 Posto de Medicamentos, 2 Bares, 1 Cooperativa Agrícola
(COAMO), 1 Sociedade Cultural e Esportiva (SOCEDEMA), 1 Empresa de
Transporte Coletivo (UNITUR), 1 Serraria, 1 Fabrica de Carrocerias e Marcenaria, 1
oficina Mecânica, 1 Oficina de Chapeação, 1 Oficina Elétrica, 1 Livraria e Bazar, 1
Loja de Confecções, 1 Mercearia, 1 Salão de Beleza, 1 Agropecuária, 1 Mercado, 1
Panificadora, 1 Posto de Saúde, 1 Cooperativa de Crédito (SICREDI), Correio e
Associação de Moradores.
Na década de 70 até meados de 80, a monocultura era praticada
intensamente, mas com o agravamento da crise econômica nacional e a falta de
uma política agrícola condizente, a população rural do distrito sentiu a necessidade
de diversificar suas atividades. Hoje, tudo se produz no distrito, fazendo com que
Dez de Maio seja o maior na arrecadação de tributos para o Município.
De acordo com dados estastísticos do IBGE de 1996, o distrito tem 2.081
habitantes, sendo que a população rural predomina com 1.874 habitantes.
1.3.2 Histórico da Escola
Em 1949, chegam os pioneiros no atual distrito de Dez de Maio, oriundos do
Rio Grande do Sul. Em 1951 foi construída a primeira escola, mantida pela
colonizadora Maripá, com 26 alunos, tendo como primeiro professor o Sr. Edmundo
J. Mayer. Diversos professores leigos se seguiram, até que em 1962, as Irmãs
Servas do Espírito Santo assumem o trabalho escolar. Já em 1966, a escola contava
com 116 alunos de 1ª a 4ª série.
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Em 1976, inaugurou-se a nova dependência da Escola Miguel Dewes,
construída em alvenaria, substituindo a antiga construção de madeira.
Até o ano de 1995, a Escola era mantida pelo Poder Municipal. A partir desta
data, de 5ª a 8ª série passou para a administração estadual, com o nome de Escola
Estadual de Dez de Maio. Estudavam neste período 230 alunos de 5ª a 8ª série,
todos oriundos da zona rural.
Em 1998, as Irmãs servas do Espírito Santo deixam a localidade de Dez de
Maio, sendo a administração escolar agora exercida por professores da
comunidade.
Da sua desmembração até a presente data, forma os seguintes os Diretores a
administrar o Estabelecimento:
Delma Zeni
Terezinha Ivete Richetti Anschau
Rudi Pedro Lunkes
Paulo João Konzen
Sheila Cristine Assoni
Paulo João Konzen
1.4 Organização do Espaço Físico
03 salas de aulas
01 secretaria
01 sala para os professores compartilhada
01 cozinha
01 banheiro para uso dos professores
02 banheiros para uso dos alunos
01 almoxarifado
01 quadra de esportes descoberta
01 sala dividida entre direção e coordenação
01 biblioteca compartilhada com o município
01 laboratório de informática
1.5 Condições Físicas e Materiais
O pátio da Escola possui área de recreação com gramado e bosque. Para a
prática de esportes, disponibiliza-se de quadra e ginásio de esportes.
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Todos os ambientes têm iluminação adequada. Observando-se que
algumas possuíam alguma deficiência. Foi instalado ar condicionado em todas as
salas.
A escola possui um palco, criando-se um ambiente favorável, para atividades
cívicas, teatrais, danças etc.
Todos os ambientes, salas, secretaria, banheiros, biblioteca, cozinha, estão
dentro das medidas de higiene, sendo um dos cartões de visita da Escola.
Para incutir no educando a ideia que a melhor forma de manter limpo o
ambiente coletivo, é cada um cuidar o seu metro quadrado, faz-se um trabalho de
conscientização e de solidariedade com as zeladoras, onde no final da aula, sempre
há uma equipe que realiza uma limpeza prévia e organização da sala de aula.
1.6 Quadro Pessoal
Função Quantidade de Funcionários
Secretário 01
Zeladora 01
Merendeira 01
Diretor 01
Pedagoga 01
Disciplinas Quantidade de Professores
Ciências 01
Arte 01
Educação Física 01
Ensino Religioso 01
Geografia 01
História 01
Língua Estrangeira - Inglês 01
Língua Portuguesa 02
Matemática 01
Sala de Recursos 01
Sala de Apoio Matemática 01
Sala de Apoio L. Portuguesa 01
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1.7 Recursos Materiais
A escola possui TV multimídia, dois Retroprojetores, Telão, Caixa
Amplificadora, Micro System, Aparelho de Som, Sistema de Som com caixa em
todas as salas, Mapas e Atlas, Impressora, Fax, câmera digital e Máquina
Copiadora. Também possuímos um laboratório do Pró-Info com 18 computadores
para uso dos alunos e professores e 01 do Paraná Digital para a secretaria, 01
computador com Windows para a secretaria, 01 na sala da direção, 01 notebook e
01 data-show.
1.8 Organização Curricular
A escola Estadual do Campo Dez de Maio oferece o Ensino Fundamental de
6º a 9º Anos no período matutino das 7h 30min às 11h 45min, uma vez que é neste
período que funciona o transporte escolar gratuito. A organização curricular é por
disciplina, onde são ofertadas na Base Nacional Comum, as disciplinas de
Português, Matemática, Ciências, Geografia, História, Ed. Física, Ensino Religioso e
Arte e na Parte Diversificada, a disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês,
totalizando 800 (oitocentas) horas anuais distribuídas em, no mínimo 200 dias
letivos. No ano de 2011, foi implantado ainda as Salas de Apoio de Língua
Portuguesa e Matemática em contra turno para as oitavas séries (nono ano).
1.8.1 Currículo História do Paraná
As diretrizes Curriculares Nacionais constituem em referências para que a
educação possa atuar, orientam e garantem a coerência das políticas educacionais;
porém, é aberta e flexível às necessidades das comunidades escolares, podendo,
assim, cada escola expressar sua identidade, buscando fazer com que o aluno seja
sujeito de sua própria formação, mas num processo interativo entre professores,
alunos e conhecimento.
Como parte integrante do Currículo tem-se o ensino de História do Paraná,
pois de acordo com a Lei nº 13381 – 18/12/2001, publicado no Diário Oficial nº 6134
de 18/12/2001, torna-se obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede
Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná objetivando
a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso
Estado.
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A História do Paraná será contemplada no currículo, em mais de uma
série e distribuídos os seus conteúdos nas disciplinas de História e Geografia, sendo
que a aprendizagem dos conteúdos Curriculares deverá oferecer abordagens e
atividades, que promovam a incorporação dos elementos de cidadania paranaense,
partindo do estudo das comunidades, municípios e micro regiões do estado. Sendo
assim, ao desenvolver o trabalho na área de História do Paraná o objetivo dos
professores será o de articular as memórias e histórias locais, regionais aos
conteúdos específicos, favorecendo a construção do conhecimento histórico,
lembrando sempre de transmitir o conhecimento da História não como uma verdade
pronta e definitiva, mas como uma constante análise e reconstrução, em torno das
ações e relações dos sujeitos no tempo e espaço.
O trabalho pedagógico será organizado pelo professor e alunos pesquisando
em diversos pontos na sala de aula e/ou extraclasse, permitindo a reflexão, análise
de cada tema trabalhado.
1.8.2 Matrizes Curriculares
ESTADO DO PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 6º A 9º ANO
NRE: 27 - TOLEDO MUNICIPIO: 2790 - TOLEDO
ESTABELECIMENTO: 00048 – Escola Estadual do Campo de Dez de Maio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 6º/9º ANO TURNO: MATUTINO
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ESTADO DO PARANÁ
Núcleo Regional de Educação de Toledo
ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE DEZ DE MAIO
ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 6º AO 9º ANO
NRE: TOLEDO – 27 MUNICÍPIO: TOLEDO - 2790
ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL DE DEZ DE MAIO
ENS. FUNDAMENTAL – 0099-4
ENDEREÇO: RUA SÃO LUIZ GONZAGA Nº 194
TELEFONE: (45) 3274 1358
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ANO
TURNO: MATUTINO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINA/ ANOS
6º ANO
7º ANO
8º ANO
9º ANO
Artes 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 3 3 3 3
Ensino Religioso* 1 1 0 0
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
L.E.M ( INGLÊS) 2 2 2 2 PARTE
DIVERSIFICADA SUB-TOTAL 22 22 23 23
TOTAL GERAL 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
Toledo, 21 de agosto de 2012.
Paulo João Konzen
Diretor
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1.9. Oferta de Cursos: Níveis de Ensino e Modalidades
Modalidade: Ensino Fundamental – 6º a 9º ano
Turno: Matutino
Turmas: 03
Número de alunos: 95 (Divididos em: 6º ano: 32 alunos, 8º ano: 32 alunos, 9º ano:
31 alunos)
1.9.1 Quadro da Equipe
DIREÇÃO: Paulo João Konzen
PEDAGOGA: Maria José Vieira dos Santos
TÉCNICO ADMINISTRATIVO: Jamil El Tugoz
MERENDEIRA: Silvia Schneider
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS: Bernardete Braun Anshau
QUADRO DE PROFESSORES:
NOME DO PROFESSOR DISCÍPLINA
Iraci Caroline Coelho Henz HISTÓRIA
Jairton Mauro Rech MATEMÁTICA
Elóia Maria Rauber Escher GEOGRAFIA
Maria Rosimeri Bucalão ARTE
Natanael Aparecido dos Santos SALA DE APOIO - MATEMÁTICA
Elisangela Gonçalves LÍNGUA PORTUGUESA
Nilde Dal Maso Zonner SALA DE RECURSOS
Eliane Venzel CIÊNCIAS
Zilda Gonçalves da S. Borges L.E.M - INGLÊS
Suzete Zambrim SALA DE APOIO – L. PORTUGUESA
Paulo Mariano da Silva EDUCAÇÃO FÍSICA
Veronika Kramer da Silva ENSINO RELIGIOSO
Márcia Torino da Silva PAC
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1.10 Organograma
AGENTE
EDUCACIONAL
PEDAGOGA DIRETOR
CORPO DOCENTE
CORPO DISCENTE
APMF
SECRETARIA
CONSELHO ESCOLAR
COMUNIDADE
ESCOLAR
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II OBJETIVOS GERAIS
A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e autonomia,
fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
O Ensino Fundamental com duração mínima de nove anos obrigatórios,
gratuito e de qualidade tem como objetivo principal:
- Formação básica do cidadão, mediante a capacidade de aprender tendo
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita, do cálculo e o
desenvolvimento integral do individuo;
- Fornecer meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores;
- Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta na sociedade, desenvolvendo a
capacidade de aprendizagem e o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
de solidariedade humana e de tolerância recíproca que se assenta à vida social.
18
III MARCO SITUACIONAL
3.1 Descrição da Realidade Brasileira
3.1.1 Comunidade
Através de diagnóstico realizado a cada ano por ocasião da matrícula e
pesquisa realizada, constata-se que nossa comunidade é formada, na sua maioria
por alunos de um nível sócio-econômico e cultural médio.
A implantação pelo Poder Público do Transporte Escolar gratuito e o
fechamento de algumas escolas multi-seriadas contribuíram para que houvesse um
crescimento considerável de alunos na Escola do Distrito. A assiduidade de nossos
alunos na escola é estável. Todos que iniciaram o 1º ano chegam ao 9º ano, mesmo
tendo que repetir alguma série.
Não há Ensino Médio neste distrito, por isso a continuidade dos estudos
acontece no distrito sede, o que contribui para que haja o esvaziamento do interior.
Dificilmente um aluno após concluir o ensino Médio ou Graduação, voltam para
casa a fim de aplicar métodos e técnicas de trabalho aprendidas, uma vez que,
geralmente, optam por cursos técnicos, que profissionalmente só se realizam nos
centros urbanos.
Muitas famílias mudaram-se para o Paraguai e para o Estado do Mato Grosso,
com isso houve uma grande diminuição dos alunos em nosso estabelecimento de
ensino. Ocorrem também casos de famílias que retornam a comunidade, vindos do
Paraguai ou Mato Grosso, devido às dificuldades econômicas encontradas, cujos
filhos passam a frequentar nossa escola.
3.1.2 Situação sócio-econômica
O Distrito de Dez de Maio recebeu migrantes descendentes de alemães e
italianos vindos da Região Sul.
Nos primórdios da colonização praticava-se a agricultura de subsistência,
explorava-se o riquíssimo vegetal existente na região, criava-se animais domésticos
utilizados para os trabalhos na agricultura e para a produção de carnes utilizadas na
alimentação da família.
Na década de 70, com incentivos do Governo Federal, o distrito entra na
modernidade. Com ajuda de técnicos agrícolas e agrônomos, a economia de
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subsistência desaparece e surge a agricultura comercial: trigo, soja, milho e
mandioca. Outra fonte de renda das famílias, provém da avicultura incentivada pelas
empresas: FRIGOBRAS (GRUPO SADIA), CHAPECÓ e GLOBO AVES. Esta
atividade econômica deu origem à festa do Distrito – FESTA NACIONAL DO
FRANGO – que se realiza anualmente, no 2º semestre.
A suinocultura, psicultura e a pecuária de gado leiteiro, embora não sejam
atividades de destaque no Distrito, também são fontes de renda para as famílias. A
industria é pouco desenvolvida. Há somente uma fábrica de carrocerias e
marcenaria. A renda média das famílias que moram no Distrito gira em torno de um
a três salários mínimos/mês.
A maioria da população da sede do Distrito mora em casa própria com
instalações sanitárias adequadas e fossas sépticas, água encanada vinda do poço
artesiano comunitário e iluminação pública. Grande parte das casas é de alvenaria,
tanto na área urbana como na rural. Em 1992, foi construído o Mutirão Jardim das
Flores, com aproximadamente 20 (vinte) casas, nas quais moram famílias com baixa
renda.
A família por influência dos meios de comunicação, pela atual crise econômica,
sofreu profundas transformações e são constituídas, de cinco elementos: pai, mãe e
dois ou no máximo três filhos.
3.1.3 Religião
A religião predominante é a Católica (95%), sendo que 5% são Evangélicos,
conforme o gráfico abaixo:
A religião Católica foi usada também por Miguel Dewes como pretexto: vendia
terras de Dez de Maio somente para católicos alemães. No período da colonização,
a assistência religiosa era pelo Padre Antônio Patuy, Vigário de Toledo. Ele visitava
a comunidade toda a primeira sexta-feira do mês, onde celebrava missa na casa do
Sr. Wilibaldo Finkler.
Em 1958, cria-se a paróquia Sagrada Família de Dez de Maio. Assume o Padre
João Werner que atuou durante 28 anos assistindo com zelo e fervor religioso todos
os fiéis. Seu trabalho apostólico frutificou e a paróquia já deu à Igreja 11 sacerdotes
das famílias. E em forma de agradecimento pelas colheitas, a Igreja promove,
anualmente, a Festa da Colheita, que geralmente é realizado na primeira quinzena
do mês de maio.
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Religião
Católica
Evangélica
3.1.4 Lazer
O lazer mais comum, desde a época da colonização e apreciado até hoje, são
à roda de chimarrão e os jogos de baralho. Em casa ou na casa de amigos e
parentes, o chimarrão é o cartão de visitas, e o baralho, um elo de amizade,
divertimento e união das famílias e amigos.
Outra forma de lazer, é o Clube Cultural e Esportivo de Dez de Maio
(SOCEDEMA), que é dotado de cancha poli esportiva coberta, campo de futebol,
cancha de bocha e bolão, pavilhão para festas, salão de danças e piscina, toda a
comunidade faz uso da mesma, praticando as mais diferentes modalidades
esportivas, como também, jogos de mesa. O Clube constitui o local ideal para
encontro de amigos, reuniões de grupos organizados, festas, entre outros. Por sua
vez, as famílias que moram no interior do Distrito, também contam com Associações
próprias, que possuem quadras esportivas, além de pavilhões para festas e
encontros.
O Distrito conta também com um Ginásio de Esportes, construído em parceria
Governo de Estados e Município, usado para realização dos eventos da região,
práticas esportivas e para as aulas de Educação Física da Escola. O grupo da
terceira idade se reúne com periodicidade para desenvolver diversas atividades
sociais, culturais e esportivas.
Uma forma de divertimento ou passatempo é a televisão. O programa mais
assistido por 65,4% dos pais é o noticiário, e dos alunos a novela. Entretanto, 64%
dos alunos, preferem algum tipo de esporte como forma de lazer.
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3.1.5 Política
A conduta política do povo do Distrito, na época da colonização era invejável.
Liderados por Willy Barth, o povo do distrito sempre acatava as ideias por ele
apresentadas, quer de colonização, quer de política.
A primeira eleição de que a comunidade participou ocorreu em 03 de outubro
de 1950, quando Toledo ainda pertencia ao Município de Foz do Iguaçu. Ao longo
de sua história, Dez de Maio elegeu apenas seis vereadores: Wilibaldo Finkler,
Lauro Perius, Irineu Angnes, Cixtus Kaefer, Luiz Fritzen e Léo Inácio Anschau (dois
mandatos como vereador e dois como vice-prefeito) em 1996 / 2004.
Dez de Maio viveu momentos críticos com a criação do bipartidarismo, após a
revolução militar de 1964. Por volta de 1996, o povo passou a viver uma abertura
política invejável, graças à criação da Associação de Moradores de Dez de Maio,
incentivos comunitários dados pelo Padre Elírio Dall Piva. Percebe-se claramente o
engajamento da comunidade, na resolução de seus problemas em beneficio do
Bem-Comum.
Hoje, o distrito de Dez de Maio, conta com um administrador regional que
trabalha em conjunto com Associação de Moradores, visando o interesse da
comunidade.
3.1. 6 Escolaridade dos pais
A escolaridade dos pais em sua maioria não ultrapassa a 4ª série do Ensino
Fundamental, sendo que apenas 0,9% dos pais tem Curso Superior, como podemos
verificar no gráfico a baixo.
Com relação ao hábito da leitura, 53,6% dos pais responderam que o fazem
regularmente, sendo a leitura mais presente a de revistas, no entanto é pequeno o
número de famílias que possuem assinaturas de jornais, livros e revistas, somente.
Com o intuito de incentivar a leitura entre os alunos na escola e também em casa, a
Escola criou o Projeto da Leitura, o que faz com que os alunos desenvolvessem o
gosto da leitura, principalmente pelos livros literários.
A seguir os dados que demonstram a escolaridade dos pais:
22
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1ª À 4ª Série 5ª À 8ª Série Segundo Grau Curso Superior
MÃE
PAI
3.1.7 Saúde e Meio Ambiente
Há uma grande preocupação em relação ao Meio Ambiente, uma vez que
98,4% dos alunos, têm a concepção de que é necessário preservar o Meio Ambiente
e recuperar o que foi afetado. Nota-se, deste modo, que esta preocupação reflete no
ambiente familiar, porque 73% das famílias da Comunidade Escolar, realizam
alguma atividade de proteção ao Meio Ambiente e principalmente, não deixam o lixo
a céu aberto, fazem coleta de lixo reciclável, preservação sustentável dos
mananciais de água.
Outra questão importante que obtivemos conhecimento e causa muita
preocupação, é quanto à água consumida pelos alunos e famílias. Os dados
mostram que 36,8% da água, são proveniente de poço, 36% de poço artesiano e
29,6% provém de fontes. Desta preocupação surgiu o Projeto do Meio Ambiente,
“Árvores protegendo nossas águas”, no qual foram feitas análises de muitas destas
fontes e poços, que constataram certo grau de contaminação. Todavia esta sendo
implantado medidas preventivas e de conscientização para melhora das fontes de
água e poços.
Além da questão ambiental, a preocupação com a saúde também está
presente nas famílias da comunidade Escolar, uma vez que 95% das famílias
possuem horta caseira, na qual cultivam quase todos os legumes e verduras,
utilizados em sua alimentação diária. O que faz com que ingiram alimentos puros,
sem agrotóxicos, diminuindo a possibilidade de doenças e contaminação através da
alimentação.
23
3.1.8 Repetência e Evasão
O aluno será retido na mesma série quando não obter média final igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) ou não atingir 75% (setenta e cinco por cento) de
frequência. Para que o aluno seja aprovado por Conselho de Classe, deve seguir os
seguintes critérios:
- Obter nota igual ou superior a 40 (quarenta) por disciplina;
- Caso tenha sido aprovado por conselho do ano anterior não terá direito à
utilização deste benefício, sendo sua reprovação automática;
- Será considerado aprovado o aluno que obtiver média final mínima de 6,0
(seis vírgula zero) composta pela média aritmética das avaliações parciais de cada
disciplina, e, com frequência mínima de 75% da carga horária da respectiva
disciplina;
- Será considerado reprovado o aluno que obtiver aproveitamento inferior a
6,0 (seis vírgula zero) e frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), em
cada disciplina.
Estatísticas dos últimos anos:
25
Em nossa escola não
há casos de evasão
escolar.
3.1.9 Situação Educacional
A Comunidade Educativa em sua ação, proporciona atividades comunitárias
culturais, envolvendo setores ligados à comunidade. Realizam: campanhas, festas
comemorativas, atividades extra classe: como os Jogos do Campo.
Percebemos como pontos de apoio, para alcançar o ideal desejado, a
disponibilidade individual de alguns elementos da comunidade local, o incentivo da
APMF, do Conselho Escolar, a aceitação da caminhada da escola por parte das
famílias, o interesse dos pais para que se dê um ensino de qualidade, abertura do
corpo docente e discente para mudanças, boa infra-estrutura da maioria das
famílias, um quadro de professores com pós-graduação e em constante
aperfeiçoamento.
Para fins de elaboração do P.P.P., foi encaminhado um questionário às famílias
e a outros alunos, com perguntas relacionadas ao seu dia-a-dia, trabalho, lazer,
meio ambiente, nos permitindo uma visão mais ampla da realidade da comunidade
escolar, depois de levantado os dados, verificou-se que a comunidade escolar tem
26
residência fixa e que 90% dos alunos moram com seus pais, dos quais 75%
possuem casa própria. Uma vez que 90% das famílias são agropecuaristas e moram
distantes do Distrito, até em outras localidades, a grande maioria dos alunos (76%)
depende do transporte Escolar para chegar até à escola. Os demais alunos, em
torno de 36%, moram na sede do Distrito e interior.
Dado importante constatado, é que as mães, na grande maioria, são do lar
(89%), o que pode favorecer um contato maior entre escola e família, uma vez que
estas mães tem disponibilidade para vir a Escola, sendo que as demais exercem a
função de empregada Doméstica ou funcionárias Públicas.
Diante desta realidade global, nós professores optamos por uma Educação
Libertadora, pois, entendermos que ela possibilita à pessoa, especialmente ao
educando, ser o sujeito de sua formação e do seu desenvolvimento. Propõe-se uma
transformação social, investindo num posicionamento sócio-econômico-político e no
conhecimento adequado da realidade, buscando a verdadeira democracia almejada
por todos.
3.1.10 Dificuldades de Aprendizagem
As manifestações de dificuldades de aprendizagem na escola apresentam-se
como um processo contínuo, sendo necessário o uso de recursos especiais para a
sua solução.
Atender a essas dificuldades requer respostas educacionais adequadas
envolvendo graduais e progressivas adaptações. Essas adaptações constituem,
portanto possibilidades educacionais de atuar diante das dificuldades de
aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realizem estratégias diferenciadas
para torná-las apropriadas às peculiaridades dos alunos, de forma dinâmica,
atendendo a todos nas suas competências e especificidades.
3.1.11 Dificuldade de Aprendizagem Encontrada no Aluno
- Falta de concentração
- Falta de objetivos/expectativas
- Falta de interpretação
Os problemas de disciplina são tratados a partir de um trabalho feito aos
alunos, com base no Regimento Escolar, Estatuto da Criança e do Adolescente,
27
onde após debates, os próprios alunos definem quais as normas de convivência
(Regulamento Interno), que cada sala e a Escola como um todo, irá observar.
Os problemas disciplinares que mereçam atenção especial, são tratados com o
aluno e seus pais, seguindo o Regimento Escolar. Para minimizá-los, os alunos
participam de palestras educativas sobre o relacionamento humano, informações
sobre direitos, deveres e sansões.
3.1.12 Dificuldades dos Professores em Relação aos Alunos
- Trabalhar os conflitos humanos;
- Carência de formação em relação ao ser humano (Psicologia);
- Pouca hora-atividade – falta de tempo para preparar aulas (conteúdos);
- Falta de valorização profissional.
3.1.13 A escola que desejamos
De acordo com o questionário enviado aos Pais e Alunos, no qual foram
colocadas várias questões com relação ao ambiente familiar e escolar:
O que a família espera da escola?
- o futuro dos filhos
- a formação moral, cívica e intelectual
- que ofereça um bom ensino
- que continue dando boa educação
- que continue se modernizando e aperfeiçoando
- que seja a extensão do lar
- que auxiliem e preparem os alunos para que possam acompanhar a evolução
O que o aluno, espera da escola?
- bom estudo
- ensino de qualidade
- professores preparados, com disposição e boa vontade para ensinar
- que a escola melhore sempre mais
- um ambiente mais alegre
- aulas de computação e laboratório
- aulas mais interessantes
A escola que professores e funcionários desejam
- que tenha uma gestão participativa
28
- que o trabalho seja coletivo
- que possua os recursos materiais, didáticos, humanos e financeiros para um
bom trabalho
- que seja um centro de irradiação de cultura e educação
- que seja uma escola valorizada pelo poder público e comunidade
- que a escola seja um espaço de autonomia pedagógica sem influência
externa.
O que a escola está fazendo que está dando certo
- Reunir os alunos, Corpo Docente, Administrativo e Serviços Gerais no início
das aulas, para informações, avisos e reflexões.
- Realização do momento da leitura, na primeira aula entre 2ª e 6ª feira,
durante uma aula, envolvendo todos os setores da escola.
- A realização de eventos culturais, e esportivos como Festa Junina e Almoço
de Confraternização, entre Escola e Comunidade.
- Dar somente o sinal de início das aulas, assim como, no início e término do
recreio e final de aula.
29
IV. MARCO CONCEITUAL
4.1. CONCEPÇÕES
4.1.1 Concepção de Sociedade
A sociedade brasileira e mundial esta engajada na construção de uma
sociedade democrática, igualitária, humana e crítica, sendo assim, em nosso país
os grupos sociais menos favorecidos estão em luta no intuito de cobrar do governo e
camadas dominantes, o resgate da dívida social, historicamente acumulada, a qual a
maioria da população brasileira, marginalizada dos seus direitos sociais básicos , o
que reflete simultaneamente na Educação.
A educação escolar constitui instrumento fundamental para a formação do
cidadão consciente e participativo com o objetivo de desenvolver no aluno a
consciência e o sentimento de pertencer à uma sociedade de modo que possa
compreender a interdependência entre os fenômenos sociais e seja capaz de
interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social. A
escola tem como função básica à socialização do saber elaborado, indispensável
para a compreensão do mundo em que esta inserido. A a sociedade se incumbe de
criar o homem para agir sobre si e para interagir sobre ela e om os demais membros
que dela fazem parte. A escola pode contribuir no processo de transformação deste
sujeito histórica em direção a uma sociedade mais justa, pela participação
consciente de todos em busca de um bem comum.
A sociedade como um todo, e a escola como meio direto, compete repensar as
condições para ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento, utilizando-se
de projetos claros e ações coerentes, em que toda a comunidade escolar trabalhe
de forma conjunta, para que as transformações sociais acontecem de forma
integrada. Desta forma, a sociedade que pretendemos, deve ser aquela em que
seus membros atuem de forma determinada, cooperativa, interativa, solidária e
igualitária, buscando o bem estar coletivo e valorização do ser humano, pois o maior
desafio se configura em formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez
mais complexas (polidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais,
globais, planetárias).
Com base na sociedade atual, deve-se trabalhar para a mudança de atitudes,
através de ações concretas, mantendo valores permanentes, respeitando a
individualidade de cada aluno e promovendo o trabalho coletivo. Objetiva-se formar
30
educandos capazes de se referirem ao nosso presente de forma menos passiva
e mais crítica, para ter alunos com condições de se relacionar usando da criticidade,
sendo participantes e com objetivos definidos, conhecedores de seus direitos e
também de seus deveres, reivindicando quando necessário, mas também
construindo e promovendo o desenvolvimento, sendo agente de mudança na
sociedade em que está inserido. A sociedade é mediadora do saber e da educação
presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de
cultura e de agir social a partir das contradições geridas pelo processo de
transformação da base econômica.
4.1.2 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,
ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrências destas, ele produz conhecimento e se transforma.
Em cada indivíduo, entrelaçasse, de modo particular, uma série de relações
sociais. Há uma série de padrões que, em cada sociedade modelam o
comportamento individual, variam de uma sociedade para outra e, por isso, não tem
sentido falar de uma individualidade radical fora das relações que indivíduos
contraem na sociedade. Sendo o homem um ser social, este age de acordo com os
demais homens e com a sociedade em que esta inserido, articulando relações
afetivas e emocionais.
O homem deve perceber-se enquanto sujeito histórico capaz de de agir
cientifica, tecnológica e humanamente. Enquanto sujeito histórico, ele deve ser
capaz de compreender as relações de trabalho existente na atual sociedade
capitalista neoliberal que se configura na atualidade. Deve estar embasado para que
possa refletir, se posicionar e efetuar ações para o bem comum.
Uma das formas, que consideramos ser necessário para que o sujeito se
perceba enquanto sujeito histórico, é levar em consideração o seu Mundo Vivido,
sendo que, os conflitos que são estabelecidos entre as classes sociais (proletariado
e burguesia) seja norteada pelas lutas e relações dialéticas, para que o educando
possa se questionar e analisar estas relações existentes no seu meio social. A
escola deve subsidiar esta prática através de leituras críticas das realidades sociais
vividas pelo aluno e ou que o mesmo tenha conhecimento.
31
4.1.3 Concepção de Educação
O homem durante toda sua existência possui capacidade de aprender,
ensinar, trocar experiências e produzir conhecimentos, modificando sua cultura e
sua atuação como ser crítico e social. A educação está diretamente ligada ao
desenvolvimento integral do individuo que acontece no processo de socialização no
contexto escolar, nas relações sociais, culturais e econômicas. É na escola que o
reflexo da sociedade se apresenta mais fortemente articulado, sendo assim, o que
pretendemos é uma educação para o desenvolvimento de um ser humano integrado
de forma social, globalizado, crítico, histórico, com múltiplos olhares, sobre o mundo
e sobre as relações que este apresenta.
A educação é um fato social pelas relações de interesses e valores que movem
a sociedade num movimento contraditório de reprodução do presente e da
expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender formar um homem
com conceito prévio de homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000) se faz necessário desenvolver uma
educação que nos possibilite uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de
desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentável. Visa-se uma
educação participativa onde os professores se reúnam para discutir e planejar
assuntos, fazendo projetos multidisciplinares e avaliação conjunta; uma educação
para a diversidade étnica racial; valorizando o lúdico, uma educação com visão de
futuro.
Para realizarmos uma prática pedagógica competente e socialmente
comprometida, é necessário ter clareza da função da escola e do tipo de cidadão
que queremos formar. Para que haja um pleno exercício da cidadania, o papel da
educação é de preparar o ser humano para agir e questionar os padrões
estabelecidos pela atual sociedade. O processo de aprendizagem deve estar
articulado para atender um aluno com suas especificidades biológicas e
psicossociais, cujo caráter e personalidade se constituirá nas relações sociais que
este indivíduo desenvolverá nas relações sociais praticadas e vivenciadas com seu
grupo. A escola deve ser um meio, uma ferramenta a mais no processo educativo do
aluno.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação
tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita
para construir-se e transformar a realidade.
32
4.1.4 Concepção de Infância e Adolescência
A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns séculos
atrás. Segundo Áries: o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição
pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil, essa
particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem
(Áries, 1978 : 99). Segundo a lei vigente é considerado criança o indivíduo com
idade de até 12 anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre 12 anos
concluídos até 18 anos de idade, tendo assegurados todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, ou seja, físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade, visando o pleno desenvolvimento de sua
pessoa e seu preparo ao exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Devemos estar atentos a concepção da criança para compreendermos este
como um ser particular, com características bem diferentes das dos adultos, e
contemporaneamente como portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar
as maiores mudanças na Educação Infantil, tornando o atendimento às crianças de
0 a 6 anos ainda mais específico e exigindo que o educador repense a sua postura
didática e metodológica.
Cabe a educador pensar não apenas na criança que ingressa no Ensino
Fundamental, mas também do aluno que fará parte de todo este nível de ensino,
refletindo desta forma, sobre a práxis pedagógica que considere a infância,
garantindo a aquisição do conhecimento nas dimensões artística, filosófica e
científica, papel pedagógico essencial da instituição escolar, aliada à exploração da
ludicidade também na escola de Ensino Fundamental. Vygotsky demonstra a ideia
de que a criança é introduzida ao mundo da cultura e do saber por indivíduos que
possuem uma vivencia maior. Todavia Wallon defende a afetividade como fator
determinante para o processo de aprendizagem. Porém Piaget articula uma grande
teoria sobre os estágios de desenvolvimento do indivíduo.
A concepção de adolescência que é aplicada hoje, remonta do final do século
XIX, quando a partir da industrialização e implantação do sistema de produção em
massa, os adultos passaram a se dedicar, mais amiúde, ao trabalho, e seus filhos
tiveram de permanecer mais tempo nas instituições de ensino existente.
A adolescência compreende um dos processos (estágios) do
desenvolvimento humano. E o adolescente remete ao sujeito em si, que vivencia o
processo da adolescência. Este período remete a importantes mudanças no
33
indivíduo, pois apresentam-se algumas características físicas especificas desta
fase, assim como transformações internas e externas, no campo intelectual e afetivo.
Portanto a criança e o adolescente precisam ser reconhecidos como sujeitos
históricos, pertencentes a um determinado tempo histórico, devendo ter seus direitos
e necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas e
respeitadas em todas as dimensões.
4.1.5 Concepção de Mundo
A relação entre mundo, educação e sociedade, é algo inquestionável. Ainda
que haja discordância profunda quanto às suas diferentes possibilidades de
interpretação, não se pode negar que existe uma relação dos ser humano com o
mundo e o conhecimento, até porque o homem é um ser social, que está realidade
social que fundamenta suas ações e pensamentos.
Sendo assim a relação entre homem e mundo torna-se uma espécie de
elemento estruturador da sociedade, e, mais do que isso, passa a ser expressão da
produtividade social e espiritual do homem.
Segundo Marx (1987), o homem se afirma no mundo objetivo, não apenas no
pensar, mas também com todos os sentidos. Quando se fala em sentidos, deve-se
levar em consideração não apenas os sentidos naturais, biológicos e instintivos, mas
também os que são transformados pela cultura, aqueles ditos “humanizados”.
No entanto, o mesmo autor, o capitalismo e a propriedade privada são fatores
que provocam alienação dos sentidos e do pensamento, pois faz com que estes
sejam reduzidos à dimensão “do ter”. A emancipação do pensamento humano só
ocorrerá plenamente através do resgate dos sentidos e do pensamento. (Diretrizes
Curriculares da Educação. História, 2008).
Demerval Saviani (1989) nos aponta que a construção do pensamento se inicia
pelo empírico, passando pelo abstrato, e assim chegando ao concreto. Do mesmo
modo, segundo ele, em termos de concepção de mundo se dá a passagem do
censo comum à consciência filosófica. A correspondente passagem do homem do
mundo obscurecido em que vive, para o novo mundo visível e real que pode,
certamente, proporcionar a si mesmo e consequentemente ao seu semelhante.
Saviani (1999).
A questão a cerca da educação, vem sendo debatida desde os tempos antigos
até a atualidade, por filósofos educadores, partindo do ponto que ela é responsável
pelo processo de formação de faculdades intelectuais, morais e físicas do ser
34
humano. Logo, exponhamos que o papel educacional da filosofia, se concentra
no desenvolvimento do senso crítico, aumentando a consciência reflexiva do
homem, dirigida a si e ao mundo.
Então, cabe a escola desde cedo influenciar na vida do ser humano, tentando o
despertar do sono padronizado que lhe é imposto, para assim, acordar, construir e
fazer parte de uma sociedade livre para pensar e agir.
Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres humanos estabelecem
entre si e com a natureza, seja no que se refere à produção material, como a
produção simbólica ou intelectual.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação do campo. 2006. O ser
humano é sujeito da história, não está “colocado” no mundo, mas ele é o mundo, faz
o mundo, faz cultura. O homem do campo não é atrasado e submisso; antes possui
um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas atividades pelo controle do relógio
mecânico ou do relógio “abstrato” no movimento da terra; manifesto no
posicionamento do sol. Ele pode estar organizado em movimentos sociais, em
associações ou atuar de forma isolada, mas o vínculo com a terra é fecundo. Ele cria
alternativas de sobrevivência econômica num mundo de relações capitalistas
selvagens.
Segundo Saviani: Os métodos tradicionais assim como os novos implicam uma
automatização da pedagogia em relação à sociedade. Os métodos que preconizam
mantém continuamente presente essa vinculação.
Sendo assim, a realidade social vivida, visando sempre como produto a
ampliação da capacidade de compreensão dessa mesma realidade (prática social)
buscando a cooperatividade, interatividade, solidariedade e igualdade, buscando o
bem estar coletivo e valorização do ser humano frente ao mundo que vivemos e se
faz presente.
4.1.6 Concepção de Conhecimento
Por muito tempo a Pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo
que como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. Atualmente o ensino
esta galgando sua autonomia, todavia este processo não esta concluído ou
estatatico, ele esta procurando formas de contemplar a todos em suas
especificidades, respeitando e ou tentando dar voz e ação a todos os que fazem
parte do processo.
35
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por
meio da cópia real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da
realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais.
É antes de mais nada, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores
de ordem antropológica, cultural e psicológica, entre outros.
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofrem
influências das ações propostas pelos professores, pelos colegas e também dos
meios de comunicação, da família e sociedade.
Toda a aprendizagem somente terá um valor significativo para o educando
quando este for capaz de estabelecer relações e for capaz de suprir as
necessidades deste aluno, assim como, conseguir relacionar o conteúdo com a sua
realidade e vivencia. A aprendizagem que os alunos realizam na escola, serão
significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os
conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, e que atendam
às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno. O processo de
ensino e aprendizagem deve estar em consonância e ser praticada de forma
paralela, quando necessário utilizar métodos diferenciados, lúdicos e ou concretos
para a aprendizagem seja sistematizada, procurando valorizar o conhecimento
empírico e o conhecimento adquirido.
4.1.7 Consepção de Ensino/Aprendizagem
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio
da cópia real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da
realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais.
É antes de mais nada, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores
de ordem antropológica, cultural e psicológica, entre outros.
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofrem
influências das ações propostas pelos professores, pelos colegas e também dos
meios de comunicação, da família e sociedade. Dessa forma a escola precisa ficar
atenta às diversas influências para que possa propor atividades eu favoreçam o
aprendizado.
A aprendizagem que os alunos realizam na escola, serão significativas na
medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e
os conhecimentos previamente construídos, e que atendam às expectativas,
intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.
36
4.1.8 Concepção de Letramento
Compreende-se por letramento o processo pelo qual a criança faz uso da fala
para expor os seus pensamentos e desejos, assim como, articular uma leitura,
mesmo não sabendo fazer uso dos códigos da linguagem. Durante este processo a
criança interage com outras pessoas que dominam o código escrito, sejam estes:
adulto/criança, ou crianças/criança. Durante este estágio, a criança necessita do
contato direto com materiais das mais diversas formas, desde que tenha alguma
ligação com a escrita, sejam: jornais, revistas, livros, placas. A criança deve
aprender a fazer a leitura de mundo, desta forma, ela irá interagir com a sociedade
em que vive, e dela efetuar as leituras necessárias para o convívio com seus pares.
Quando esta criança ingressar no âmbito escolar, o papel do professor será
de mediador entre a criança e os materiais escritos, aquele que propiciará as
condições necessárias para que ela amplie a sua interação com o mundo. Através
de atividades lúdicas, o professor pode articular formas de apresentar os códigos e
maximizar o conhecimento que este aluno traz de casa, socializando com outros
conhecimentos apresentados pelos colegas. O professor necessitará repensar sua
prática pedagógica, articular o projeto político pedagógico de forma a contemplar as
especificidades deste aluno, assim como a estrutura do currículo, tempos e espaços.
Kleiman, apoiada nos estudos de Scribner e Cole, define o letramento como:
“um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e
enquanto tecnologia, em contextos específicos. As práticas específicas da escola,
que forneciam o parâmetro de prática social segundo a qual o letramento era
definido, e segundo a qual os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia
alfabetizado ou não-alfabetizado, passam a ser, em função dessa definição, apenas
um tipo de prática – de fato, dominante – que desenvolve alguns tipos de
habilidades mas não outros, e que determina uma forma de utilizar o conhecimento
sobre a escrita.” (1995, p. 19)
Silva cita algumas observações que devem ser pontuadas no momento em
que o aluno ingressa no âmbito escolar, com idade de seis anos propiciando ao
educando uma oportunidade de ingressar na escola. Desta forma, ele terá também,
oportunidade de se alfabetizar durante os três primeiros anos do ensino
fundamental-séries iniciais, desde que haja condiçôes necessárias para que a
educação se concretize.
37
A problemática que recai sobre as crianças socialmente desfavorecidas,
remete ao menor contato das mesmas com o mundo letrado, o que ocasionará uma
lacuna no processo de aquisição do conhecimento. Com a oportunidade de
engajamento e antecipação deste aluno no âmbito escolar, ocorrerá a acesso desta
criança ao conhecimento.
4.1.9 Avaliação
A LDB nº 9394/96 contempla no Art. 24 – A avaliação na educação básica,
nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação paralelos ao período letivo, para os
casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos.
Deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor
estuda, interpreta os dados da aprendizagem e do seu próprio trabalho, com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. A avaliação deve
proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a
reformulação do currículo com a adequação dos conteúdos e métodos de ensino,
além de definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais
demandam maior apoio.
Deste modo, o professor realiza a avaliação por meio de:
l. Observação sistemática: o acompanhamento do processo de aprendizagem
dos alunos, utilizando alguns instrumentos, como registro em tabelas, lista de
controle, diário de classe e outros.
ll. Análise das produções dos alunos: considerar a variedade de produções
realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das aprendizagens
conquistadas. Por exemplo: se a avaliação se dá sobre a competência dos alunos
38
na produção de textos, deve-se considerar a totalidade dessa produção, que
envolve desde os primeiros registros escritos, no caderno de lição, até os registros
das atividades de outras áreas e das atividades realizadas especificamente para
esse aprendizado, além do texto produzido pelo aluno para os fins específicos desta
avaliação.
III. Atividades específicas para a avaliação: os alunos devem ter objetividade
ao expor sobre um tema, ao responder uma questão. Para isso, é importante, em
primeiro lugar, garantir que sejam semelhantes às situações de aprendizagem
comumente realizadas em sala de aula; em segundo lugar, deixar claro para os
alunos, o que se pretende avaliar, pois inevitavelmente, estarão mais atentos a
esses aspectos.
Para o aluno, a avaliação é um instrumento de tomada de consciência de suas
conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu instrumento na
tarefa de aprender.
Será efetuado a assinatura de boletins com a presença de professores,
coordenação, juntamento com os pais, onde serão repassadas as informações
necessárias do decorrer do bimestre e do aproveitamento de seus filhos. Além disso,
os alunos também poderão consultar seus boletins on-line pelo portal do MEC.
4.1.9 Critérios de Avaliação da Aprendizagem
O objetivo da avaliação é diagnosticar o aprendizado do aluno; possibilitar
intervenções pedagógicas; a promoção do aluno; oferecendo ao educando uma
auto-avaliação de seu rendimento e aprendizagem; e valorização do seu
aprendizado.
As avaliações do rendimento escolar serão realizadas de formas
diversificadas, tais como:
Avaliação escrita com peso 7,0 (sete vírgula zero), mais 3,0 (três vírgula zero)
de nota livre que destina-se aos trabalhos, perfazendo um total de 10,0(dez vírgula
zero).
Quanto aos alunos portadores de necessidades especiais haverá adequação
dos instrumentos de avaliação, sendo que os mesmos possuem respaldo em Lei.
39
4.2.0 Recuperação de Estudos
De acordo com a deliberação 007/99, do Conselho Estadual de Educação,
cap.II parágrafo único a recuperação deverá ser concomitante ao processo letivo
recuperando os conteúdos e não os instrumentos de avaliação.
Cabe ao professor perceber, através destes em que dimensão os conteúdos
devem ser retomados e reavaliados. Assim o peso da recuperação de estudos deve
ser proporcional aos valores das avaliações como um todo (de 0 a 100%).
Permanecendo a maior nota obtida pelo aluno.
4.2. 1 Avaliação Escrita Individual – Provas
Em lugar de apregoarmos os malefícios da prova e levantarmos a bandeira de
uma avaliação sem provas, procuremos seguir os princípios: “já que temos que fazer
provas, que sejam bem feitas atingindo seu real objetivo, isto é, verificar se houve a
aprendizagem significativa de conteúdos relevantes propostos no planejamento
conjunto. Para isso os professores terão como norma:
a) Evitar exploração exagerada da memorização mecânica (questionário).
b) Ter parâmetro para a correção (A falta do mesmo leva a simples decoreba). Ao ler
a questão o aluno deve perceber com clareza os parâmetros que serão utilizados na
correção de sua resposta.
c) Caracterizar o conteúdo: O contexto deve apresentar pistas inteligentes para a
elaboração da resposta e não tornar um pretexto para atingir a deficiência do aluno.
d) Deverá haver instrumentos de avaliação com outro tipo de questão, como do tipo
múltipla-escolha, completar, verdadeiro-falso, etc.
e) Todo trabalho ou provas, deverá constar o peso avaliativo no seu cabeçalho
quando corrigido pelo professor, para que os pais possam ter oportunidade de
analisá-los também.
f) Quando explicado no início da avaliação das condições ou contrato realizado entre
professor e alunos a “cola” poderá ser retirada e o aluno receberá a advertência
combinada.
g) A coleta das informações obtidas neste tipo de avaliação deverá ser retomada
junto aos alunos.
40
h) O professor fará avaliação individual sempre que tiver dúvida da continuidade
dos conteúdos.
I) Ler e deixar claro os instrumentos antes de aplicá-los.
J) As provas poderão ser tanto manuscritas, quanto digitadas ou oral.
k) É obrigatório o registro de zero a dez no cabeçalho das avaliações que o aluno
leva para casa para o melhor entendimento dos pais.
4.3 Inclusão
A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças
de qualquer aluno que, seja, por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou
permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem.
4.4 Diversidade Cultural – Etnia
Em uma mesma sala de aula estão reunidos educandos de gêneros diferentes,
religiosidades, etnias, cultura, trajetórias de vida, saberes acumulados, concepções,
etc. Essa diversidade de sujeitos implica práticas pedagógicas que evidentemente,
não podem ser a mesma para todos. Algumas crianças, adolescentes, jovens,
adultos e idosos conseguem aprender conforme os ditames dos padrões didáticos
hegemônicos, mas outros necessitam de suportes diferenciados porque também
existem diferenças cognitivas.
Aos educadores, atribui-se a tarefa mais importante de conhecer e trabalhar as
esperanças, lutas, trajetórias e especialidades culturais que caracterizam seus
alunos, e valorizando os saberes populares presentes no senso comum, desta
forma, estabelecer diálogos pedagógicos reflexivos e menos excludentes.
A diversidade cultural está ligada ao processo histórico de colonização da
região oeste e da comunidade. A educação escolar deve considerar a diversidade
dos educandos como elemento essencial para a aprendizagem, atendendo as
necessidades singulares dos alunos, assim como, analisando as possibilidades de
aprendizagem de cada avaliando a eficácia das medidas adotadas. Deve-se
considerar não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos de que o aluno
dispõe, mas também seus interesses, motivações e a suas especificidades.
Respeitar e valorizar as diferenças enriquecendo assim a ação educativa.
4.4.1 Relações Étnico-Raciais – Cultura Afro-Brasileira
41
No intuito de assegurar a educação nas Relações Étnico-raciais, das quais
podem ser citadas a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei
10.639, de 9 de janeiro de 2003, sendo alterada pela Lei 11645/08, estabelecendo
as diretrizes e bases da educação nacional, passa a incluir no currículo oficial da
rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena. No “Art 26 consta que “nos estabelecimentos de ensino fundamental e de
ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena”. Em complementação, há ainda, a resolução nº 01/2004
do Conselho Nacional da Educação (CNE) que aprova o parecer CNE/CP 03/2004 o
qual “Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e a Africana”.
Entende-se por raça o conjunto de indivíduos cujos caracteres somáticos, tais
como a cor da pele, tipo do cabelo, são semelhantes e se transmitem
hereditariamente, embora possa variar de indivíduo para indivíduo. Reconhecer,
valorizar, divulgar e respeitar os processos históricos de resistência negra,
desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil, configura-se como uma
forma de tentar dar voz a estas pessoas, que lutaram e lutam por igualdade.
Os diversos temas sobre as Relações Étnico-Raciais, na educação têm
contribuído de forma efetiva para a superação de práticas preconceituosas no
espaço escolar. Na busca de uma educação anti-racista, na perspectiva do
reconhecimento das diferenças, cabe a escola, construir identidades e efetivar uma
igualdade, tanto de condições como de direitos e deveres. O objetivo da educação
inclusiva é atender às diversidades, respeitando às expressões particulares da
cultura afro-brasileira, as quais atentam para as representações do/a negro/a que
circulam em diferentes suportes da memória – livros, objetos de arte, espaços
territoriais, criação literária, manifestações religiosas. Os diversos temas sobre as
Relações Étnico-Raciais, na educação têm contribuído de forma efetiva para a
superação de práticas preconceituosas seguidas de racismo e de discriminação do
espaço escolar.
Os encaminhamentos metodológicos e sugestões de atividades sobre o
assunto abordado, apontam caminhos para o ensino de temática, quando se propõe
analisar abordagens que remetem a: lugares da memória; assunto este muito bem
trabalhado por Pierre Nora.
42
4.4.2 Educação e Cultura Indígena
A educação escolar indígena tem como objetivo o fortalecimento das
identidades étnicas por meio da valorização e recuperação da memória oral dos
sábios indígenas com relação aos processos históricos vividos, as lutas
empreendidas pela garantia do território e pela resistência as situações de
dominação.
No processo ensino e aprendizagem, a escola deve oportunizar um tratamento
aos valores, saberes e conhecimentos tradicionais às práticas sociais de cada
cultura. Sendo assim, as atividades curriculares devem ser significativas e
contextualizadas às experiências dos educandos e de suas comunidades.
As políticas educacionais atuais, para a realidade indígena, partem dos
fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988 que colocou
sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos
indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de
organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas
indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
4.4.3 Educação Ambiental
Segundo a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, em seu artigo primeiro,
“entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade constrói valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas à conservação do meio ambiente, bem como o uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. E, em seu
artigo segundo, faz referência à necessidade de estar presente em todas as
modalidades e níveis de ensino.
Sendo uma dimensão da Educação, a Educação Ambiental é um processo
educativo que tem por objetivo formar cidadãos éticos nas suas relações com a
sociedade e com a natureza. Durante a formação, a escola tem incumbência de
formar e levar o conhecimento para que se possa desenvolver um trabalho
adequado junto aos alunos, levando-os a assumir o compromisso e
responsabilidade com a natureza e com as gerações futuras. A Educação Ambiental
contribui para que o indivíduo assuma posições afirmadas com os valores referentes
à proteção e melhoria.
43
É necessário estimular um processo de reflexão e tomada de consciência
dos aspectos sociais que envolvem as questões ambientais emergentes, para que
se desenvolva uma maior compreensão crítica por parte de educadores e
educandos. Assim, almeja-se incentivar a comunidade escolar a adotar uma posição
mais consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais,
contribuindo para a diminuição contínua das disparidades sociais e do consumismo
desenfreado. No entanto, o desafio que se coloca é de formular uma Educação
Ambiental que seja crítica e inovadora.
Os principais objetivos são: perceber a responsabilidade do consumismo em
relação aos problemas ambientais locais e internacionais; discutir a relação entre o
meio ambiente e interesses econômicos; compreender o desenvolvimento
sustentável em todas as suas implicações para a humanidade; assumir uma posição
crítica quanto ao comportamento dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos no
que se concerne à política do desenvolvimento sustentável e perceber as
implicações de suas atividades relacionadas ao ambiente que os cerca, promovendo
ações que garantam sua preservação.
4.4.4 Gênero e Diversidade Sexual
A escola é uma instituição integrada à sociedade e, por isso, não poderia se
isentar dos benefícios ou das mazelas produzidos pela mesma. É influenciada pelos
modos de pensar e se relacionar desta mesma sociedade, ao mesmo tempo em que
os influencia, contribuindo assim, para suas transformações.
A escola, por seus propósitos, pela obrigatoriedade legal e por abrigar
distintas diversidades (de origem, de gênero sexual, étnico racial, cultural etc.) torna-
se responsável, juntamente com os estudantes, familiares, comunidade,
organizações governamentais e não governamentais, por construir caminhos para a
eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias. Educar para a valorização
da diversidade não é apenas tarefa do cotidiano da escola é responsabilidade de
toda a sociedade e do estado.
A escola tem o papel de formar pessoas críticas, que possam refletir sobre o
acesso de todos à cidadania e compreender que, dentro dos limites da ética e dos
direitos humanos, as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não
utilizadas como critérios de exclusão social e política. Portanto, é função da escola
buscar desenvolver uma postura crítica em relação aos processos de naturalização
da diferença. Assim, a escola precisa estar preparada para apresentar não uma
44
verdade absoluta, mas sim uma reflexão que possibilite aos alunos compreender
as implicações éticas e políticas de diferentes posições sobre o tema e construir um
posicionamento nesse debate.
Frequentemente nos deparamos com atitudes preconceituosas, sejam em
atos ou gestos, palavras e discursos. A sala de aula, por conter indivíduos com
várias especificidades e por ser compreendida como uma extensão da sociedade,
acaba sendo portadora de “falas” com cunho preconceituoso em relação aos
diferentes grupos sexuais, pois uma realidade da comunidade em que a escola está
inserida. Esta vem lutando para manter-se um pouco resguardada dos conflitos
decorrentes da intolerância entre os diferentes grupos. Para trabalhar com estas
questões exige uma postura diferenciada do professor, assim como a necessidade
deste profissional estar subsidiado por um conhecimento acadêmico que o permita
dialogar sobre as diferenças existentes entre indivíduos.
Outra estratégia pedagógica adotada pela escola é trazer profissionais como
psicólogos, terapeutas, médicos e áreas afins para abordarem o assunto,
investigando a busca da resolução de conflitos.
Quando se trata de orientações individuais, o jovem prefere recebê-las e
conversar com as pessoas fora de sua convivência cotidiana. Em nossa
comunidade, a escola conta com o apoio de pastores, padres e demais profissionais,
como pedagogos que procuram orientar este indivíduo, fazendo com que o aluno
sinta-se seguro ao expor sua intimidade sem sofrer julgamentos.
4.4.5 Uso Indevido de drogas
Partindo de uma revisão histórica da civilização humana, pode-se observar
que a droga se fez presente no cotidiano do homem desde as primeiras notícias de
sua existência, um exemplo disso são as bebidas alcoólicas, que estiveram
presentes em quase todas as civilizações.
No Brasil, já anos 50, a utilização de drogas sintéticas com efeito
tranquilizante, acentuou-se, nos anos 60, o movimento hippie floresce com uma
proposta revolucionária, este movimento buscava criar um mundo alternativo, novas
formas de pensar, sentir e perceber a realidade. Os hippies utilizavam drogas
psicodélicas e experiências místicas que proporcionavam efeitos prazerosos e
alteravam o estado de consciência. A partir dos anos 70, o uso de solventes
orgânicos torna-se prática nos EUA e no Brasil.
45
O Governo do Paraná juntamente com a SEED, percebendo a dimensão
da disseminação das drogas no ambiente escolar, está desenvolvendo juntamente
com todas as escolas projetos de prevenção às drogas. Através de esse trabalho,
procura desenvolver o senso crítico, alertando, conscientizando, motivando e
instigando, os alunos na tomada de atitudes responsáveis, assim como, orientando
as famílias que se encontram despreparadas a lidar com as drogas.
A faixa etária dos usuários de droga começa a se alargar, pois, até os anos
50 era prática do adulto, nos a partir dos anos 70 amplia-se tanto para os
adolescentes quanto para idosos. Enquanto os jovens recorrem com maior
frequência às drogas ilícitas como a cola de sapateiro (solvente), a maconha e a
cocaína, os idosos fazem uso das drogas lícitas como o tabaco, o álcool, a cafeína e
os medicamentos.
Estudos demonstram que o álcool é a substância psicoativa de maior uso no
Brasil. Vários fatores influenciam esse uso, pois o fato desta ser uma droga lícita,
socialmente aceita, e muitas vezes ter seu uso incentivado pela sociedade (como
por exemplo, os chamados "ritos de passagem" caracterizados pelo primeiro "porre"
na adolescência), esta droga ser de fácil acesso e de baixo preço ou ainda
apresentar deficiência na fiscalização (venda para menores de idade, por exemplo).
No entanto, famílias e instituições enfatizam, quase exclusivamente, apenas o
os problemas relacionados as drogas ilícitas, minimizando, de certa forma, os
problemas que as drogas licitas pode ocasionar no indivíduo e nos seus pares. Um
fator, que pode ser explicativos para este problema, é o fato de que o álcool, o
tabaco e, em menor grau os solventes, estão inseridos nos diversos contextos, com
os quais o adolescente se relaciona, incluindo a própria família e a instituição
escolar. Mesmo conhecendo os efeitos dessas drogas, o jovem, acaba fazendo o
uso ocasional da mesma, em locais dos quais, ele deveria utilizar para o lazer como
por exemplo em festas, shows, etc.
O uso abusivo de substâncias psicoativas por crianças e adolescentes,
ocasiona e interfere na saúde física, mental, no desenvolvimento psicológico, no
funcionamento familiar, no desempenho escolar, na participação social, na
habilitação para o exercício profissional, ao lado dos demais comportamentos de
risco associados a este uso.
Quando se caracteriza, situação de risco prevista no artigo 98, inciso, III, do
Estatuto da Criança e do Adolescente, ensejando, por parte do Conselho Tutelar, do
Ministério Público e do Juízo da Infância e Juventude, é direito do aluno, que seja
feito a aplicação de medidas de proteção previstas no artigo 101, tanto as de caráter
46
geral, como as de natureza específica, tais como: (inciso VI) inclusão em
programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos e (inciso V) a requisição de tratamento médico, psicológico ou
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial.
Há, notoriamente, uma grande deficiência do Estado na implementação das
políticas públicas e dos programas de atenção aos usuários de substâncias, em
especial, quanto ao atendimento prioritário e especializado a que crianças e
adolescentes têm direito. Todavia, não é menos real a insuficiência de atenção e
conscientização do próprio Sistema de Justiça nos encaminhamentos que tem sido
feitos, sobretudo se considerarmos a condição peculiar da infância e da
adolescência e que a nossa intervenção se pretende especializada.
No momento da educação para a saúde, o resgate da autoridade dos pais e
dos professores constitui uma estratégia de prevenção do uso de drogas, pois desta
forma estaremos minimizando e de certa forma, alertando os adolescentes sobre
uma tomada de atitude no intuito de resolver as diferentes situações que possam vir
a se depararem, demonstrando uma postura reflexiva e de apoio junto aos adultos
nos momentos em que sentirem necessidade. A prevenção na escola significa estar
atento ao jovem, abrir um canal de comunicação, valorizá-lo com ser humano,
procurando um espaço para a reintegração social com alternativas de lazer, arte
esporte e profissão.
4.4.6 Educação do Campo
Somos herdeiros e temos o papel de continuarmos a luta histórica pela
constituição de uma educação libertadora e zelarmos para que este direito
permaneça como direito universal, sendo eles: direito humano, de cada pessoa em
vista de seu desenvolvimento mais pleno, e direitos sociais, de cidadania ou de
participação mais crítica e ativa de todos na dinâmica da sociedade.
Através da resolução CNE/CEB 1 de 3 de abril de 2002, defini-se as Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Nesta resolução fica
contemplada o reconhecimento do modo próprio de vida social, destes indivíduos,
assim como, a percepção de que a utilização do espaço do campo, configura-se
como princípios fundamentais pela sua diversidade, para a constituição da
identidade da população rural, assim como, de sua inserção cidadã na definição dos
rumos da sociedade brasileira. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 -LDB, na
Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e na Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de
47
2001, que aprova o Plano Nacional de Educação, e no Parecer CNE/CEB
36/2001,Estado da Educação em 12 de março de 2002, resolve:
Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Operacionais para a
Educação Básica nas escolas do campo a serem observadas nos projetos das
instituições que integram os diversos sistemas de ensino.
Art. 2º Estas Diretrizes, com base na legislação educacional, constituem um
conjunto de princípios e de procedimentos que visam adequar o projeto institucional
das escolas do campo.
Parágrafo único: A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às
questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes
próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de
ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa
de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade
social da vida coletiva no país.
A Educação do Campo é um projeto educacional compreendido a partir dos
sujeitos que tem o campo como seu espaço de vida, é a luta do povo do campo por
políticas públicas que garantam o seu direito à educação, e a uma educação que
seja “no” e “do” campo. “No”, o povo tem direito a ser educado no lugar onde vive;
“Do”, o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua
participação, à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.
Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as pessoas
produzem conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma
produção cultural no campo que deve-se fazer presente na escola, ou seja, os
conhecimentos desses indivíduos precisa ser preservado, dinamizado e expandido.
Nossa realidade escolar contempla este tipo de ensino, por isso, este deve ser o
ponto de partida das nossas práticas pedagógicas.
A Escola do campo não se define pela sua localização geográfica, e sim pelos
sujeitos que a compõem. Ela possui características de campo, na produção, no
trabalho, na diversão, enfim, no modo de vida. Esta forma própria de existência
produz saberes, que foram acumulados ao longo das experiências vividas. A
Educação do Campo deve fazer o diálogo com as teorias pedagógicas e currículo,
para demonstrar e problematizar a realidade particular desta classe trabalhadora,
assim como suas lutas.
A Educação do Campo assume sua particularidade, que é o vínculo com
sujeitos sociais concretos, mas sem se desligar da universalidade: antes (durante e
depois) de tudo ela é educação, formação de seres humanos. Ou seja, a E,
48
sobretudo, trata de construir uma educação do povo do campo e não apenas
com ele, nem muito menos para ele.
4.4.7 Violência na Escola
Ao entender amplamente o tema violência, compreender as diversas faces com
que ela pode se apresentar, somar à vivência escolar alicerces teóricos, que
sustentem uma ação pedagógica baseada no conhecimento, os professores e toda a
comunidade escolar estará de certa forma, melhor preparados para desenvolverem
seus papéis junto à sociedade.
Fala em violência nos dias atuais não possibilita uma resposta a qual possa
elucidar ou justificar esse fenômeno tão simplesmente.
Deve-se considerar uma gama de fatores que contribuem para a sua
existência. Os atos de violência acontecem, o número deles aumentou nas duas
últimas décadas, como também aumentou o número de escolas e maior se tornou a
população numericamente. Um acontecimento que se manifesta em uma dimensão
mais profunda do que as ocorrências cotidianas, ao se tornar notícia, assume,
muitas vezes, a bandeira simbólica da violência, e, por uma questão de
generalização, todas as escolas passam a ser vista sob a perspectiva da “escola
violenta”, incorporando-se ao imaginário social um modelo não condizente com a
realidade.
4.4.8 Sala de Recursos
A Constituição de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental regular a
todas as crianças e adolescentes, sem exceção. Deixa claro que que a criança com
necessidades especiais deve receber atendimento especializado complementar, de
preferencia dentro da escola. A inclusão ganhou reforços com a LDB, de 1996 e com
a convenção da Guatemala, de 2001. Esta última proíbe qualquer tipo de estrição
baseada na deficiência das pessoas. Sendo assim, mantê-las fora do ensino regular
é considerado exclusão e crime. Desde 1996 o portador de qualquer tipo de
deficiência tem assegurado por lei o direito de estudar em escolas comuns.
A LDB, de 1996 garante a todos os portadores de necessidades especiais
serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades
da clientela de educação especial. No Art. 58 é atribuído aos sistemas de ensino a
função de assegurar métodos, currículos, técnicas e recursos educativos para
49
atender as necessidades dos educandos. Gerante também o atendimento de
professores especializados para a integração destes estudantes nas classes
comuns.
A Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que tem
como objetivo quebrar as barreiras que impendem a criança de conviver, relacionar-
se e exercer a sua cidadania. O atendimento educacional é apenas complementar
da escolarização, e não um substituto.
A Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que
apoia e complementa o atendimento educacional, prestando atendimento para
alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental do sexto ao nono ano,
egressos da Educação Especial ou alunos que apresentam Deficiência Intelectual e
ou Transtornos Funcionais Específicos.
Para o ingresso do aluno na Sala de Recursos será realizado Avaliações no
Contexto Escolar (atividades básicas das séries iniciais), anamnese (entrevista com
os pais), observações em sala de aula, ficha de referência do professor da classe
comum e quando necessário, avaliação intelectiva realizada pelo profissional
especializado do NRE.
NO entanto, no trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir
dos interesses, necessidades e das dificuldades de aprendizagem especificas de
cada aluno, observando e respeitando as áreas de desenvolvimento cognitivo,
motos e sócio-afetivo emocional.
O cronograma de atendimento dará individualmente grupos pequenos,
conforme a necessidade e a faixa etária do aluno, sendo de duas a quatro vezes por
semana, não ultrapassando duas horas diárias.
O professor da Sala de Recursos, juntamente com a Equipe Pedagógica
deverão apoiar e orientar o professor da classe comum em relação a
flexibilização/adaptação curricular, avaliação e metodologia mais adequadas que
poderão ser utilizadas para melhor desempenho escolar e social do aluno.
4.4.9 Concepção de Cidadania
Cidadania é um processo histórico-social que, capacita o ser humano a criar
condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de uma
prática que possibilite a massa deixar de se identificar como massa e passar a ser
povo, como sujeito de seu próprio destino. A construção da cidadania envolve um
processo de tomada de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse
processo em termos de direitos e deveres.
50
O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a aceitação
e a valorização das diversidades étnicas, religiosas, culturais, sócio-econômicas,
linguísticas e de capacidade que compõem os agrupamentos humanos que formam
nossa comunidade. A cidadania se traduz ainda em um direito e o exercício desse
direito. Portanto a educação como um dos principais instrumentos de formação da
cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao
indivíduo, sua inserção na sociedade. Requer ainda, a consciência clara sobre o
papel da educação e as novas exigências colocadas para a escola que, como
instituição para o ensino – educação formal – pode ser um lócus excelente para a
construção da cidadania.
Na escola, onde as diferenças individuais sempre estarão presentes, a
atenção à diversidade, eliminando intervenientes excludentes, é uma questão que
remete aos direitos humanos e que deve ser encarado de forma inquestionável
quando aborda as especificidades do individuo. Todos os indivíduos devem ter
garantido não só o acesso, mas o ingresso, a permanência e sucesso no processo
educativo. Entendemos que os princípios da inclusão devem ser aplicados a todos e
não apenas àqueles diferenciados por alguma característica
física/comportamental/neurológica/psíquica adversa, mas também, os excluídos
social e culturalmente. Por esta razão, pretendemos uma escola democrática na sua
essência, onde o direito ao exercício da cidadania seja de todos, alunos,
professores, equipe pedagógico-administrativa, família e comunidade.
4.5 Princípios
4.5.1 Igualdade
Filosofia da Escola
"A principal questão inquietante de hoje: estar vivo num mundo que decreta
nossa falência cotidianamente através da obsolescência de tudo". (Nélida Piñon)
Pensar a filosofia da escola requer alguns conhecimentos que são importantes
para a elaboração de alguns juízos que são imprescindíveis para a construção de
uma filosofia mais próxima da realidade da comunidade escolar.
Para construir a filosofia da escola foi necessário refletir a realidade externa da
escola, porque a escola esta inserida dentro de um contexto mais amplo.
Considerando-se o caminho histórico temporal do processo de globalização,
estamos vivendo atualmente os impactos deste momento histórico, e a escola por
51
estar inserida dentro desta realidade social, política e econômica, vem sofrendo
interferências desse processo.
A escola deverá ter como objetivos básicos, formar cidadãos críticos e
participativos, que saibam compreender a sociedade de seu tempo e que sejam
sujeitos de sua própria história. Vivemos numa época que poderíamos chamar de
“fase da incerteza”, pois a cada final de milênio, acentuam-se os problemas de
cunho existencial. O homem questiona-se sobre sua origem, seus objetivos e seu
destino.
Nesta sociedade local que é concebida como agrícola, mas que esta imersa
aos acontecimentos seja eles centrais ou periféricas ou semi-periféricas enfrentam-
se cada vez mais com novas fontes de todo tipo de pressão, além de problemas de
toda ordem, especialmente os das grandes empresas produtoras de sementes e
insumos agrícolas que através da mídia dita as regras do mercado gerando
problemas sociais que atingem uma dimensão local e também global. O chamado
"capitalismo tardio/multinacional" reorganiza as bases do mundo do trabalho para
manter a obtenção máxima de saldos, pois como diz I. Wallerstein, "o acúmulo de
capital requer uma evolução contínua na organização da produção".
Assim, temos hoje um processo de produção no qual: a padronização cede
lugar a uma grande variedade de produtos (a atração está na diversificação); o
controle de qualidade está presente em cada ritmo e sequencia do processo, pois
com a ampliação da concorrência, ganha quem conquista o ISO (certificado de
qualidade); e, os grandes estoques deixam de existir (a cada dia a mídia gera novas
necessidades de consumo).
Segundo a filosofia Liberal, no mundo do trabalho, o profissional que possui
várias habilidades, ocupa o lugar daquele que domina apenas uma tarefa, e o
treinamento substitui a educação dos sujeitos transformando em meros objetos que
possam ser substituídos, pois o lucro é o maior objetivo.
Para que esta reorganização seja possível, a estrutura do mercado de trabalho
está se adaptando ao novo paradigma produtivo e tecnológico, cujas palavras de
ordem são: produtividade, competitividade e lucratividade. Porém esta adaptação
está sendo feita com um custo social bastante elevado e consequências
imprevisíveis para as próximas décadas.
A ruptura do compromisso keynesiano, traz consigo um mercado no qual o
emprego regular (ou de "tempo integral"), com segurança, salários reais, vantagens
sociais, começa a se tornar escasso para a maioria; em seu lugar surge o emprego
temporário, parcial, casual, e outras modalidades que representam na verdade, o
52
chamado "desemprego disfarçado", cujas condições de trabalho estão muito
abaixo dos padrões aceitáveis, e re-editam o pré-fordismo principalmente nos países
subdesenvolvidos.
Somando-se a este, o "desemprego estrutural" (ou "tecnológico") está
afastando um grande número de pessoas do mundo de trabalho; torna-se global, e
tende a crescer na mesma proporção dos requisitos tecnológicos. No campo
segundo Mançano (2002) “é lugar de vida, onde as pessoas podem morar, trabalhar,
estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a sua identidade cultural”. A
comunidade escolar de Dez de Maio tem as suas origens germânicas e italianas, as
quais são preservadas através de danças e comidas típicas entre outros meios em
que se procura manter viva a cultura e a tradição de seus antepassados.
A reorganização do mundo do trabalho na economia globalizada, portanto, é
paradoxal; gerando uma incerteza em todos os aspectos do trabalho (mercado,
emprego, renda e representação), constitui-se na realidade numa desorganização,
que, está refletindo também no modo de viver, de pensar e sentir a vida hoje. Se a
segunda revolução industrial trouxe a conversão do trabalho em trabalho
assalariado, a terceira está trazendo o fim deste, e convertendo progressivamente
ciência e tecnologia em forças produtivas, o que representa grandes desafios para o
processo formativo e educacional do homem.
Portanto a comunidade escolar busca o crescimento em direção a uma
educação de qualidade através do conhecimento sistematizado, utilizando o dialogo
como instrumento de trabalho e participação, promovendo uma escola consciente,
transformadora, que desenvolva potencialidades e habilidades do aluno através do
conhecimento de sua realidade, afim de que se torne um ser crítico, criativo, agente
de sua própria transformação e da sociedade.
4.5.2 Qualidade
Nosso objetivo geral é buscar a qualidade da educação, e fazer o aluno gostar
de aprender e despertar o interesse pelo conhecimento, fazendo desta forma que o
aprendizado seja efetivo, proporcionando condições de aplicação desses no seu
cotidiano transformando sua realidade.
Ações a serem realizadas:
- Buscar meios e métodos para que os alunos tenham acesso ao que precisam
aprender para ser cidadãos que saibam analisar, decidir, planejar, expor suas ideias
e ouvir dos outros.
53
- Desenvolver no educando o espírito de responsabilidade e solidariedade, onde
cada um busque um ideal comum a todos.
- Incutir, no educando, através do diálogo, a necessidade da tomada de opinião, de
ser crítico, através da formação de sua personalidade.
- Favorecer a criatividade, a iniciativa pessoal no coletivo, para que assim possa
continuar a formação do individuo com personalidade voltada para valores éticos e
humanos para conviver em sociedade.
- Possibilitar a elaboração do pensamento, formular opinião, desenvolver aptidão de
comunicar-se.
Proporcionar atividades práticas e lúdicas, para uma melhor assimilação das
teorias ministradas, despertando assim, no aluno, o prazer pelo saber.
4.5.3 Gestão democrática
O termo gestão é enfatizado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) – apesar da superficialidade –, ao determinar que “um dos princípios
que deve reger o ensino é a gestão democrática” (art. 3º inc. VII). Porém, o artigo 14
define que os sistemas de ensino devem estabelecer “normas” para o
desenvolvimento da gestão democrática, e que estas por sua vez, precisam estar de
acordo com as peculiaridades de cada sistema.
A gestão democrática exige o cultivo da cultura da participação, do trabalho
coletivo, da ação colegiada, da realização pelo bem comum. Em fim, é preciso
possibilitar momentos de experimentação da democracia na escola para se tornar
uma prática efetiva, consolidada e possível de ser efetivamente vivenciada.
4.5.4 Avaliação Institucional
Avaliação Institucional entende-se como sendo um processo que busca avaliar
a instituição sem deixar de articular identidade e globalidade com o contexto social.
O Programa pretende sinalizar os fatores que facilitam ou dificultam a
democratização e a qualificação do sistema e das instituições da Rede Estadual,
com o objetivo não apenas de tomada de consciência, mas de correção de rumos e
comprometimento com ações inovadoras que visem ao avanço da Educação Básica
no Estado do Paraná.
54
A avaliação institucional ocorrerá no 2º semestre do ano letivo .O trabalho
de avaliação dar-se-á em conjunto com todo o corpo docente: diretor, equipe
pedagógica, professores, funcionários.
A avaliação do projeto político pedagógico será feito durante o decorrer de todo
o ano letivo, com maior ênfase no início do ano e nas reuniões pedagógicas. Os
envolvidos neste processo de avaliação do PPP serão: diretor, pedagoga,
professores, funcionários e comunidade escolar.
55
V - INSTANCIAS COLEGIADAS
5.1 Conselho escolar
O Conselho Escolar abrange toda comunidade escolar, como o diretor, corpo
docente, equipe pedagógica, funcionários administrativos, serviços gerais e alunos
devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis
pelos alunos, representantes de segmentos organizados presentes na comunidade:
grêmio e movimentos sociais. Sua principal atribuição é de aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político Pedagógico, eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida no estabelecimento de ensino.
O Conselho Escolar tem por objetivos:
- Discutir, decidir e acompanhar o desenvolvimento do currículo escolar, para que
seja voltado para o interesse e a vida dos educandos, sugerindo e decidindo sobre
as medidas de correção que julgar necessário;
- Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho
pedagógico do colégio:
- Promover o exercício da cidadania, articulando a integração e a participação dos
diversos segmentos da comunidade;
Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico.
5.1.1 Plano de Ação do Conselho Escolar
- Apresentação do Projeto P.P.P e o Plano de Ação aos membros do Conselho
Escolar e sua especificidade;
- Estudo, análise e reflexão do papel do conselho Escolar;
- Reuniões ordinárias;
- Convocações;
OBJETIVOS:
- Instrumentalizar o Conselho escolar afim de que exerça sua função pedagógica e
possa deliberar de acordo com a realidade da comunidade escolar;
- Dinamizar ações para que o Conselho Escolar possa atuar como instrumento de
gestão democrática colegiada;
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Participação na Semana Pedagógica;
56
- Reuniões ordinárias;
- Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do Conselho Escolar;
- Definição de metas com agenda de ações a serem desenvolvidas;
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P, Plano de Ação da escola;
- Sala para reuniões;
- Cópias de documentos
RESPONSÁVEL
Diretor, Equipe Pedagógica; Membros do Conselho Escolar.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo, reuniões mensais ou bimestrais.
5.2 Conselho de Classe
O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos - pedagógicos, com atuação restrita a cada
classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-
aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada
caso. O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pelos pedagogos e por todos
os professores.
A presidência do conselho de classe ficará a cargo do Diretor que, em sua
falta ou impedimento, será substituído pelos pedagogos;
O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas
pré-estabelecidas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que um fato
assim exigir.
O conselho de classe tem por finalidade:
- Estudar e interpretar dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na direção do processo ensino aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
- Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
- Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho
da turma, com organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico,
57
respeitando as diferenças e limitações de cada um dentro dos critérios
estabelecidos em reunião.
São atribuições do conselho de classe:
- Levantar informações do por que do baixo rendimento apresentado pelos
alunos, no processo de ensino aprendizagem;
- Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo
em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os
alunos na classe;
- Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância
com o plano curricular do estabelecimento de ensino;
- Decidir sobre aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração
dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento, levando-
se em consideração o desenvolvimento do aluno, durante o ano letivo, em
consonância com as regras definidas pela escola;
- Das reuniões do conselho de classe serão lavrada ata por secretário em
livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.
5.2.1 Plano de Ação do Conselho de Classe
AÇÃO
Conselho de Classe
OBJETIVOS
- Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do Conselho de
Classe visando a qualidade do ensino-aprendizagem de todos os alunos.
- Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de
organização do conselho de Classe;
- Analisar os resultados da aprendizagem em relação ao desempenho da
turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
Organização do Conselho de Classe: ficha de registro do Conselho de classe
e ficha de intervenção;
- Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e
respectivos registros das informações;
- Análise do problema e tomada de decisão;
58
- Planejar as intervenções a serem encaminhadas após o Conselho de
Classe para as turmas (perfil da turma);
- Orientações e intervenções individuais e com as turmas;
- Conversas e orientações aos pais;
- Palestras visando à necessidade da turma;
- Propor medidas que viabilizam a recuperação dos alunos e sua execução.
CONDIÇÕES/ RECURSOS
- Disponibilidade do horário no calendário;
- Utilização de fotos individuais para reconhecimento dos alunos;
RESPONSÁVEL
Diretor e Equipe Pedagógica;
CRONOGRAMA
Nos bimestres do ano letivo;
Datas do Conselho de Classe previstas pela Direção, Equipe Pedagógica,
professores, para viabilizar o maior número de professores possíveis.
5.3 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Objetivos:
- Programar o uso do estabelecimento de ensino nos períodos ociosos,
tornando-o um centro de atividades comunitário, responsabilizando-se pela sua
conservação;
- Promover atividades complementares, não formais, aos alunos com
dificuldades de aprendizagem, recrutando recursos e materiais necessários;
- Decidir e acompanhar a aplicação das receitas oriundas de qualquer
cobrança ou doação, convocando assembleia geral para discutir e decidir sobre as
irregularidades que forem constatadas;
- Aprovar em primeira instância, em assembleia geral, a prestação de contas
da aplicação de recursos das contribuições comunitárias apresentadas pelo diretor
do estabelecimento;
- Receber doações e contribuições voluntárias fornecendo o competente
recibo;
59
- Convocar, por escrito, em lugar visível e com setenta e duas horas de
antecedência, a reunião da assembleia geral, em horário compatível com o da
maioria dos associados;
- Fazer reuniões periódicas para tomada de decisões e prestação de contas
das receitas oriundas de contribuições;
- Apresentar balancete das receitas, bimestralmente, aos associados, através
de editais;
- Registrar as reuniões em livro ata assinado pelos presentes;
- Proceder, em ata, a tomada de contas de valores e bens do estabelecimento
quando da substituição da direção.
5.3.1 Plana de Ação – APMF
AÇÃO
Mobilização dos membros da APMF
OBJETIVO
Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito de efetivar as ações
propostas no P.P.P.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Reuniões (Assembléias)
- Debates;
- Leituras;
- Explanações.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Estatuto da APMF,
- Palestrante; Salas, transparências, cópias de documentos.
RESPONSÀVEL
Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF.
CRONOGRAMA
Fevereiro/ dezembro
5.4 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é a associação dos estudantes do estabelecimento,
regidos pelo seu próprio estatuto. O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
- Congregar o corpo discente do referido colégio;
60
- Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos;
- Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de lazer, bem como eventos,
festas e excursões de seus membros;
- Promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos,
no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;
- Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, desportivo e
social com entidades congêneres;
- Pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades
fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção
política e religiosa;
- Pugnar pela adequação do ensino as reais necessidades da juventude e do
povo, bem como pelo ensino público, gratuito, e de qualidade;
- Lutar pela democracia permanente dentro e fora do colégio, através do
direito de participação nos fóruns deliberativos adequados.
Da organização do Grêmio Estudantil:
A Assembleia Geral dos Estudantes;
O Conselho de Representantes de Classe;
A Diretoria do Grêmio.
As atividades do Grêmio Estudantil são regidas pelo Estatuto, aprovado em
assembléia geral.
5.4.1 Representante de Turma
Os alunos representantes de turma serão escolhidos através de eleição entre
seus pares de sala. O líder escolhido deve ter um perfil de aluno dedicado,
comprometido, que tenha um bom relacionamento com o grupo, contribuindo, desta
forma, para o crescimento dos seus companheiros.
5.4.2 Plano de Ação do Grêmio Estudantil
- Formação de liderança – perfil de um líder;
- Escolha dos representantes de turma
- Preparo dos alunos para o exercício de liderança;
61
- Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os
conceitos de representação, democracia, cidadania, liderança e outros que
contemplam gestão democrática;
- Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio estudantil.
OBJETIVO
- Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;
- Vivenciar a prática da democracia através de seu exercício, visando
desenvolver a participação, iniciativa, representatividade, mobilização, criatividade e
outros componentes da prática da gestão democrática.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Através de votação com os alunos, da turma, se escolhe o líder e vice-líder;
- Fazer reuniões mensais com os líderes de todas as salas.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Previsão de horário e dias para realização das atividades;
- Preparo do professor pedagogo;
- Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.
RESPONSÁVEL
Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores das
disciplinas.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo.
Plano de Ação da direção Gestão
5.5 Plano de Ação do(a) Pedagogo(a)
A equipe Pedagógica é a responsável pela articulação entre todos os
segmentos da escola envolvidos no contexto educacional.
62
JUNTO AOS PROFESSORES
- Apoiar, acompanhar e assessorar o trabalho pedagógico do professor,
observando se o mesmo está de acordo com o planejamento para que o resultado
do processo ensino–aprendizagem seja positivo. Como parte deste item citamos
algumas ações:
- fazer uma auto-avaliação junto com o professor, fornecer textos e material
de apoio pedagógico;
- sugerir materiais que favoreçam a aprendizagem, discutir soluções e buscar
alternativas para os problemas, acompanhamento e sugestões de atividades sempre
que necessário;
- Subsidiar o professor na realização de projetos, eventos, planejamentos,
organização das atividades, etc.
- Manter com a Direção da escola uma relação harmoniosa e articulada para
que o trabalho pedagógico venha realizar-se com eficiência;
- Realizar reuniões pedagógicas focalizando assuntos inerentes ao processo
ensino–aprendizagem;
- Manter contatos e envolver junto às ações pedagógicas a equipe
administrativa e funcionários;
- Promover situações que forneçam ao professor, condições de um bom
relacionamento intra e inter pessoal, propiciando ao mesmo, senso de autovalor
positivo.
JUNTO AOS ALUNOS
O aluno é o alvo de todo o trabalho e, para tanto necessita de atenção
especial em:
- Nos sextos anos realizar uma sondagem da aprendizagem (resgate dos
conteúdos do quinto ano), verificando as dificuldades para os encaminhamentos
adequados nas: sala de apoio, sala de recursos e a outros profissionais, conforme o
necessário. Deve-se também buscar trabalhos diferenciados, tendo em vista serem
alunos que acabam de sair do quinto ano, acostumados com um ritmo diferente, que
necessitam de atenção, acompanhamento, orientação, assim como aprender o
modo de se conduzir e se organizar para melhor apropriarem dos conhecimentos
sistematizados;
63
- Promover palestras, discussões de assuntos inerentes a cada ano, tais
como: sexualidade, drogas, adolescência, orientação profissional, vocacional,
valores humanos, relacionamentos e orientações de estudos;
- Chamar individualmente os alunos após conselho de classe, mostrando a
eles onde evoluiram e no que precisa melhorar;
- Propiciar um ambiente onde o aluno possa sentir-se seguros para expor
seus anseios, suas dificuldades, seus problemas, assim como, opinar, ouvir e ser
ouvido.
JUNTO A FAMÍLIA
A família a parceira indispensável para que o trabalho da escola tenha Êxito,
por isso a equipe pedagógica deve estabelecer contatos frequentes com ela, o que
favorecer no processo ensino – aprendizagem.
No 1º bimestre, logo no inicio do período letivo, promover uma reunião
apresentando aos pais o Regimento Interno do Colégio e Regulamento do Aluno,
dando aos pais a responsabilidade no cumprimento juntamente com o aluno e
escola.
Na entrega dos boletins, promover palestras que abordem temas para as
famílias, apresentações de trabalhos dos alunos bem como danças e ou
dramatizações e, reuniões abordando assuntos do dia-a-dia do aluno e da escola,
como: aproveitamento escolar, indisciplina, limite, auto-estima, compromisso com os
estudos, acompanhamento da família na vida escolar do filho, entre outros assuntos
podendo ser elencados na melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Aceitar sugestões que possam contribuir para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem, procedentes dos pais, envolvendo-os nas atividades promovidas pelo
colégio.
5.6 Plano de Ação dos Professores
De acordo com a LDB, o professor deve se envolver na elaboração do Projeto
Político Pedagógico e:
- Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a compreensão
do conhecimento pelo aluno;
- Envolver-se em todas as atividades realizadas na escola, no decorrer do ano
letivo;
64
- Realizar intervenções pedagógicas junto aos alunos sempre que
necessário;
- Elaborar atividades de recuperação aos alunos que obtiverem
aproveitamento abaixo do desejado;
- Participar de reuniões com os pais em entregas de boletins;
- Envolver-se em atividades culturais e eventos promovidos pela escola;
- Promover e participar de grupos de estudos, capacitações, cursos e outros
eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional e pessoal;
- Assegurar que no âmbito escolar não ocorra tratamento discriminativo de
etnia, de gênero, religião e classe social;
- Promover no processo de ensino-aprendizagem o respeito humano, o
relacionamento cooperativo de trabalho com os seus colegas, alunos, funcionários,
pais e com os diversos segmentos da comunidade;
- Criar e desenvolver atividades que aborde diferentes temas e assuntos
como; ( educação ambiental, sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas,
entre outros);
- Propiciar um ambiente escolar positivo e agradável;
- Participar das práticas avaliativas da escola;
- Elaborar o PPC juntamente com os demais professores da sua disciplina.
- Elaborar o Plano de Trabalho de sua disciplina.
- No inicio do período letivo, reunião com direção e equipe para determinar
horários para o bom funcionamento da secretaria, biblioteca e informática.
OBJETIVO
- Melhorar o atendimento para pais, alunos e professores;
- Organizar os setores para que tudo esteja funcionando no inicio do período
letivo;
- Fazer cronograma de novas estratégias para cada setor aprimorando a
qualidade do trabalho;
DETALHAMENTO DA AÇÃO
A secretaria escolar é a parte de entrada da escola para a comunidade
externa. É produtora e guardiã da memória e da documentação da escola, de seus
alunos e professores.
Garante o controle de toda a situação: Atendimento, qualidade dos serviços,
funcionamento.
65
É responsável pelos serviços de escrituração, documentação,
correspondência e processos referentes a vida escolar dos alunos.
A biblioteca organiza e controla os livros de leitura, pesquisa, videoteca e
dvdteca e organiza as aulas de leitura com os professores, faz empréstimos de livros
para alunos e professores e VHS e DVD aos professores, digita e imprime o Livro
Ponto. Incentiva o hábito de leitura através de indicações de livros atuais,
interessantes que venham atender necessidades e a realidade dos educandos. Este
trabalho esta sendo desempenhado pela pedagoga.
Informática cuida da parte das cópias de provas dos professores e apostilas,
empréstimo de vídeos para as aulas auxilia em pesquisa na internet, manutenção do
site da escola.
RECURSOS
Todo material disponível para treinamento, capacitação, estudo em grupo
sobre a legislação, cursos de aperfeiçoamento para uso das multimídias.
RESPONSÁVEL
Direção
CRONOGRAMA
No inicio do período letivo faz-se um cronograma para que todo o trabalho
seja desenvolvido dentro dos prazos estabelecidos.
5.7 Plano de Ação Agente de Apoio
AÇÃO
Reunião para definir funções por cada setor do Estabelecimento de Ensino.
OBJETIVO
- Promover a ordem e a limpeza no colégio, preservando os ambientes e
zelando pela segurança de todos;
- Auxiliar no bom funcionamento do colégio, assegurando a permanência dos
educandos em sala de aula;
- Preservando um intervalo sem conflitos;
- Preparar e servir a merenda escolar seguindo o padrão de higiene e
qualidade;
- Manter o bom relacionamento entre todos os envolvidos da escola;
66
DETALHAMENTO DA AÇÃO:
Reunião com os funcionários no início do ano letivo para discussão das
funções de cada setor assim como as atribuições e horários de cada funcionário;
Enfatizar a importância do espírito de cooperação, compromisso e
responsabilidade de cada um para o bom funcionamento do trabalho, visando
qualidade no atendimento aos alunos e a comunidade escolar;
CONDIÇÕES / RECURSOS:
Retroprojetor, sala de vídeo, mensagens.
RESPONSÁVEL -
Direção
CRONOGRAMA -
Reuniões bimestrais
5.8 Hora Atividade
A escola tem pretensão que a hora atividade dos professores seja realizada
por área de conhecimento para o melhor aproveitamento de estudo do professor.
Porém, isso ainda não foi possível em função da distribuição das aulas sem o
padrão fixado na Escola.
O(a) pedagogo(a) aproveita esse momento para sugerir, orientar possíveis
soluções as necessidades dos professores e dos educandos, através de textos
dirigidos, reflexões e discussões. Procura-se fazer a elaboração de ações
pedagógicas bimestrais, compartilhar experiências afim de melhorar as ações
pedagógicas com o registro de todas as informações.
Esse é um momento para o professor planejar suas aulas, fazer correção das
atividades realizadas pelos seus alunos e pesquisar sobre os conteúdos propostos.
5.9 Reunião Pedagógica
Com objetivo de socializar conhecimentos e informações promovendo aos
professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar
experiências afim de melhorar suas ações educativas, como também propiciar um
momento para ouvir e atender as necessidades dos professores, rediscutir projetos
67
e regimento escolar, elaborar metas, refletir sobre a prática pedagógica e
planejar cronograma de atividades durante o ano letivo. A Escola proporciona
reuniões pedagógicas a cada bimestre procurando envolver todos os professores.
5.10 Recuperação de Estudos
A recuperação deve ser entendida como um dos aspectos de aprendizagem
no seu desenvolvimento contínuo, no qual o aluno com aproveitamento insuficiente,
ou seja, não atingindo o necessário dos objetivos propostos para cada conteúdo
deverá realizar recuperação pensada a partir dos conteúdos trabalhados.
O professor deverá retomar os conteúdos promovendo atividades
complementares e diferenciadas em forma de trabalho, pesquisa, estudo dirigido,
atividades diversas realizadas em classe e extra-classe.
Os resultados da recuperação deverá incorporar-se aos das avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente na
totalidade do aproveitamento escolar, efetuando-se a somatória das atividades, e
posteriormente dividindo-se pela quantidade de avaliações realizadas.
5.11 Programas
5.11.1 Educação Inclusiva e Sala de Recursos
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental
regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. Deixa claro que a criança
com necessidades especiais deve receber atendimento especializado
complementar, de preferência dentro da escola.
A inclusão ganhou reforços com a LDB, de 1996 e com a convenção da
Guatemala, de 2001. Esta última proíbe qualquer tipo de restrição baseada na
deficiência das pessoas. Sendo assim, mantê-las fora do ensino regular é
considerado exclusão e crime. Desde 1996 o portador de qualquer tipo de
necessidade especial tem assegurado por lei o direito de estudar nas escolas
comuns.
A LDB, de 1996 garante a todos os portadores de necessidades especiais
serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades
da clientela de educação especial. No Art. 58 é atribuída aos sistemas de ensino a
função de assegurar métodos, currículos, técnicas e recursos educativos para
atender as necessidades dos educandos. Garante também o atendimento de
68
professores especializados para a integração destes estudantes nas classes
comuns.
A Deliberação 02/03 do Conselho Estadual e Educação do Paraná, no Art. 2,
diz que a Educação Especial é dever do Estado e da família e será oferecida,
preferencialmente, na rede regular de ensino. No Art. 13 prevê, entre outros serviços
de apoio, as Salas de Recursos. No Capítulo V, estabelece orientações referentes à
avaliação, que deve ocorrer no contexto escolar em que o aluno está inserido.
A Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que tem
como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de conviver, relacionar-
se e exercer a sua cidadania. O atendimento educacional é apenas um
complemento da escolarização, e não um substituto.
Neste sentido percebe-se a importância da educação formal concentrar-se
nas diferenças e não nas deficiências. Os alunos precisam ter liberdade para
aprender do seu modo e acordo com suas condições. Isso vale para os alunos com
necessidade especiais ou não.
A Educação Especial é uma modalidade da educação escolar, que assegura
um conjunto de recursos, apoios, e serviços educacionais especiais, organizados
para apoiar, complementar, suplementar, e em alguns casos substituir os serviços
educacionais comuns de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais.
A Educação Especial é oferecida aos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais, cujas necessidades são decorrentes de sua elevada
capacidade ou de suas dificuldades para aprender. O foco muda das condições
pessoais do aluno para as respostas educativas que ele requer.
As necessidades educacionais especiais compreendem:
I- Dificuldades de aprendizagem ou limitação no processo de
desenvolvimento;
II- Dificuldades de comunicação e sinalização;
III- Condutas típicas;
V- Superdotação/ altas habilidades.
Trabalhar com uma proposta de educação inclusiva não é apenas
corresponder aos anseios e necessidades de uma comunidade pautada pela
diversidade, mas é também o cumprimento dos dispositivos legais que asseguram a
todas as pessoas o direito ao acesso e permanência na educação formal, que é
destinada a todos. Neste sentido a Escola Estadual Dez de Maio responde a este
69
trabalho oferecendo sala de recurso e um profissional que atendem no contra-
turno alunos com estas necessidades de forma individualizada.
De acordo com as diretrizes Nacionais para a Educação Especial, o colégio
promoverá a organização de classes comuns e o servirão de apoio especializado
através da Sala de Recursos. Prevê ainda flexibilização e adaptações curriculares,
metodologia de ensino, recursos didáticos diferenciados e processo de avaliação
adequada ao desenvolvimento dos alunos que apresentem necessidades
educacionais especiais, respeitada a frequência obrigatória; avaliação pedagógica
no processo ensino aprendizagem, inclusive para identificação das necessidades
educacionais e a eventual indicação dos apoios pedagógicos adequados.
5.12 Formação continuada
A proposta de Formação Continuada acontece do âmbito de Estado,
oferecida pela Secretaria de Educação e Núcleo Regional de Educação através das
capacitações, grupos de estudos, simpósios, jornadas pedagógicas, seminários
regionais e outros.
É ofertada também a Proposta de formação continuada aos
funcionários da escola, do setor administrativo e serviços gerais.
A Escola Estadual de Dez de Maio realiza com os professores estudos
dirigido de textos, visando a construção da identidade da escola e o
desenvolvimento teórico, à implementação prática.
Proposta da Formação Continuada
- Dinâmica de grupo;
- Capacitação da SEED;
- Planejamento Anual;
- Leitura e reflexão de textos
- Capacitação da SEED;
- Revisão do Planejamento;
- Relato de experiências bem sucedidas sobre o conselho de classe e discussões do
mesmo;
- Reflexão sobre avaliação da prática pedagógica;
- Avaliação Institucional;
- confraternização;
70
5.13 Qualificação de espaços e equipamentos
A biblioteca constitui-se em um espaço pedagógico, cujo acervo estará à
disposição de toda comunidade escolar.
Seu regulamento foi elaborado pelo pedagogo e aprovado pelo Conselho
Escolar. Devido ao fato de não haver bibliotecário, o empréstimo de livros,
catalogação e organização, ficará a cargo da pedagoga do estabelecimento, de
acordo com sua disponibilidade.
5.13.1 Funcionamento da biblioteca
Regulamento interno:
Para um bom funcionamento da biblioteca e com o objetivo de garantir um
atendimento de qualidade, tanto para alunos, professores, funcionários e
comunidade escolar serão seguidos os seguintes critérios:
- Livros e outras publicações pertencentes ao acervo da biblioteca destinam-
se a consultas e empréstimo a professores, crianças e educandos, ex-alunos, pais
de alunos matriculados no presente estabelecimento de ensino e comunidade em
geral.
- A condição para ser usuário é a apresentação de dados pessoais para
preenchimento da carteira do leitor;
- Pagamento de carteirinha, conforme valor estabelecido pela direção, para
cobrir as despesas gráficas.
- Os livros somente poderão ser retirados mediante a apresentação da
carteira do leitor e o empréstimo deve ser feito por ele mesmo;
- O sócio da biblioteca poderá retirar, a títulos de empréstimos, um livro e uma
revista, um livro e um gibi ou dois livros por empréstimo por vez, não podendo ter
mais que dois títulos emprestados.
- Os livros serão emprestados por um prazo de sete dias para alunos, dez
dias para professores e demais usuários, sendo permitido a renovação do
empréstimo mediante a apresentação do livro, gibi ou revista e da carteirinha de
leitor, desde que não haja outro leitor aguardando o mesmo;
- O leitor deverá zelar pela conservação dos títulos livros emprestados,
devolvendo-os no prazo estabelecido;
- Ultrapassando o prazo de sete dias para alunos – ou dez dias aos demais,
será aplicada multa prevista por dia de atraso, por livro emprestado;
71
- Caso o leitor perca ou danifique o livro ou qualquer outro material
pertencente ao acervo da biblioteca, revista, gibi deverá repor “o mesmo” ou “seu
valor equivalente”, à Biblioteca, num prazo de 30 dias.
Não é permitido:
- Rasgar, sublinhar, marcar, rabiscar nos livros, revistas e gibis, fazer
anotações nos livros de pesquisa e leitura;
- Jogar os livros no chão, mesas, bater os títulos contra objetos ou colegas;
- Falar em voz alta, correr, deslizar na biblioteca;
- Comer lanches sobre ou próximo aos livros.
- Qualquer livro ou outro material pertencente ao acervo (livros de: leitura,
pesquisa, dicionários, enciclopédias, mapas, cds, entre outros) da biblioteca deverá
ter autorização da pessoa responsável para ser retirado do recinto da biblioteca.
- O espaço da biblioteca é utilizado para Hora do Conto, empréstimo do
acervo e como sala de vídeo.
Contudo para a utilização da TV, vídeo, DVD, pede-se:
- Reserva da sala com um dia de antecedência;
- Marcar o horário da utilização da TV, informando qual equipamento irá
utilizar: vídeo ou DVD;
5.14 Laboratório de informática
O Paraná Digital é uma realidade na Escola. São doze (12) terminais que os
estudantes têm acesso juntamente com o professor. Todos estão conectados a
internet através do cabo de fibra óptica. Este espaço visa desenvolver o
conhecimento tecnológico. É utilizado para complementar e ampliar os conteúdos
construídos em sala de aula, através da pesquisa, aula com recursos diferenciados
como áudio, imagens, textos e todas as informações são que esta rede pode
fornecer tanto ao professor quanto ao aluno.
5.15 Secretaria
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento:
Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção
ficando a ela subordinados.
72
- O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento,
de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato especifico.
5.16 Atividades e Eventos a serem realizados
- Leitura: para todos os alunos matriculados no Ensino Fundamental;
- Ambiental: Voltado para conscientização da limpeza nas salas, no pátio da
escola e ajardinamento do mesmo;
- Campeonato de Futsal entre Escolas do Interior: Este campeonato é
promovido e organizado pelos diretores, professores e APMF das escolas
participantes para proporcionar integração entre as comunidades, e um maior
congraçamento sócio-esportivo entre as Escolas do Interior;
- Feira do conhecimento (demonstração de trabalhos realizados pelos alunos
mediante pesquisas e experiências vivenciadas com visitação da comunidade
escolar;
- Comemoração do Dia do Estudante com uma gincana e torneio Inter-séries
de futsal masculino e feminino tendo premiação e sorteio de brindes para os alunos,
participando a equipe da Escola e alunos;
- Realização da Festa junina;
- Confraternização do dia dos Professores;
- Confraternização Encerramento do Ano Letivo, com toda a equipe e APMF
da Escola.
- Formatura da oitava série;
- Palestras com diversos profissionais, dependendo do assunto em que haja
necessidade; festival cultural.
5.16 Sugestões e Metas
- Ampliar e renovar o acervo bibliográfico da biblioteca e bibliotecário para
manter e zelar pelos mesmos;
- Articular parceria entre a escola e as famílias, no sentido de colaborar no
desenvolvimento educacional dos estudantes;
- Aquisição de mesas e cadeiras para o lanche;
- Definir o regimento interno com a comunidade escolar verificando a base
legal;
73
- Continuar a conscientização do uso do uniforme, ressaltando a importância do
mesmo no que se refere a segurança e economia;
- Estruturar uma APMF e um Conselho Escolar atuante, onde estes contribuam
efetivamente, sentindo-se parte integrante e importante da escola;
- Reforçar o trabalho pedagógico realizado pela Equipe Pedagógica junto a
comunidade escolar, buscando oferecer condições de torná-lo cada vez mais eficaz;
- Realizar confraternizações mais freqüentes entre os profissionais
da educação da nossa escola;
- Conscientizar que a contribuição da APMF deve ser espontânea e natural, a partir
do momento em que a família perceba que realmente os recursos estão sendo
aplicados na escola;
74
VI- CURRÍCULO DIVERSIFICADO
6.1 Educação do Campo
A Educação do campo tem sido historicamente marginalizada na construção de
políticas públicas. Tratada como política compensatória suas demandas e suas
especificidades raramente têm sido objeto de pesquisa no espaço da academia e na
formulação de currículos nos diferentes níveis e modalidades de ensino. A educação
para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo essencialmente
urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades e da realidade do campo. A
Cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do campo
raramente são tomadas como referência para o trabalho pedagógico, bem como
para organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de
materiais didáticos.
Essa visão, tem permeado as políticas educacionais, parte do princípio que o
espaço urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Esta
perspectiva contribuiu para descaracterizar a identidade dos povos do campo, no
sentido de se distanciar do seu universo cultural. (Diretrizes Curricular de Educação
do campo, 2006)
A Educação do Campo participa do debate sobre o desenvolvimento,
assumindo uma visão de totalidade, em contraposição a visão setorial e excludente
que ainda predomina em nosso país. Reforça a idéia de que é necessário e possível
fazer do campo uma opção de vida. Nesta perspectiva, é preciso avançar na
reflexão que combina diferentes políticas voltadas para a população do campo e,
que vincula a educação um projeto de desenvolvimento com diferentes dimensões.
Priorizar as experiências educativas que expressam a resistência cultural e
pedagógica das pessoas do campo, frente as tentativas de sua desarticulação,
vinculados ou não a estas lutas sociais.
Dessa maneira, essa abordagem da Educação do Campo contempla alguns
pontos específicos, conforme a resolução n°2, de 28/04/2008, que serão trabalhados
de acordo com os eixos temáticos, relacionados aos seguintes tópicos:
- A socialização;
- A construção de uma visão de mundo;
- O cultivo de identidades;
- A auto-estima;
- Resgate à memória e resistência cultural;
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- Trabalho social e territorial;
- Cultura e identidade;
- Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento
sustentável;
- Organização política, movimentos sociais e cidadania.
6.2 Currículo História do Paraná.
As diretrizes Curriculares Nacionais constituem referenciais para que a
educação possa atuar, além de orientar e garantir a coerência das políticas
educacionais; porém é aberta e flexível as necessidades da comunidade escolar,
podendo, assim, cada escola expressar sua identidade, buscando fazer com que o
aluno seja sujeito da sua própria formação, mas num processo interativo entre
professores, alunos e conhecimento.
Como parte integrante do currículo tem-se o ensino de História do Paraná,
pois, de acordo com a Lei nº 13.381- 18/12/2001, publicado no Diário Oficial nº 6134
de 18/12/2001, torna-se obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da Rede
Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná, objetivando
a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização de nosso
Estado.
A História do Paraná será contemplada no currículo em mais de uma série e
distribuídos os seus conteúdos nas disciplinas de História e Geografia, sendo que a
aprendizagem dos conteúdos Curriculares deverão oferecer abordagens e
atividades, que promovam a incorporação dos elementos de cidadania paranaense,
partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado. Sendo
assim, ao desenvolver o trabalho na área de História do Paraná, o objetivo dos
professores será articular as memórias e histórias locais, regionais aos conteúdos
específicos, favorecendo a construção do conhecimento histórico, lembrando
sempre de transmitir o conhecimento da história não como uma verdade pronta e
definitiva, mas como uma constante análise e reconstrução, em torno das ações e
relações do sujeito no tempo e espaço.
O trabalho pedagógico será organizado pelo professor e alunos pesquisando
em diversos pontos na sala de aula e/ou extra-classe, permitindo a reflexão, análise
de cada tema trabalhado.
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6.3 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
O trabalho desenvolvido sobre a cultura Afro tem como objetivo reconhecer e
valorizar a identidade, a história e a cultura dos afro-brasileiros, garantindo dessa
forma os seus direitos de cidadãos, bem como ao lado as indígenas, europeias e
asiáticas.
Este reconhecimento da justiça e igualdade de valores sociais, civis, culturais
e econômicos, bem como a valorização da diversidade através de estratégias
pedagógicas educacionais a fim de superar a desigualdade étnico-racial.
- A população brasileira e a miscigenação de povos;
- A distribuição espacial da população afro-brasileira no Brasil;
- A contribuição do negro na construção da nação brasileira;
- A colonização da África pelos europeus;
- Localização no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países
(cultura, religião, idioma, música...);
- Segregação racial acontecidas na África do Sul e nos Estados Unidos da
América.
Estes temas serão desenvolvidos de maneira contextualizada com todas as
demais áreas do conhecimento, pois não devem ser trabalhados numa perspectiva
pontual, utilitária, pragmática ou fragmentada.
Relações Étnico–raciais: A Lei nº 10.639/03, altera a lei nº 9,394 de 20 de
novembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação nacional e
obriga a incluir no Currículo oficial da Rede de Ensino a temática “História e Cultura
Afro Brasileira”. No entanto, a Lei n° 11.645/08, altera a Lei n° 10.639/03, pois
segundo esta, a cultura indígena também deverá ser trabalhada, assim como a Afro-
Brasileira, ficando estabelecido que tanto a Cultura Afro-Brasileira quanto a cultura
Indígena deverão fazer parte do currículo de todas as disciplinas, sobretudo nas de
História, Língua Portuguesa e Literatura e Arte.
Em complementação, há ainda a Resolução nº 1/2004 do Conselho Nacional
de Educação (CNE) que aprova o parecer CNE/CP 3/2004 o qual “Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro - Brasileira e Africana”.
Concordamos que é preciso mudar valores estabelecidos pela sociedade
secularmente enraizados, mas é preciso tempo. Com esta nova proposta através da
escola poderá se abrir um canal de fundamental discussão, mudando o valor
etnocêntrico e eurocêntrico que ainda nossas instituições refletem. Só pelo fato de
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incluir a África no Currículo escolar e iniciar o rompimento do silêncio
pedagógico, onde os negros são colocados como objeto da história já é de se
comemorar
6.4 Sala de Recursos
Sala de Recursos é um serviço de Apoio Especializado, de natureza
pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes
comuns do Ensino Fundamental.
O aluno deve ser egresso de Escolas de Educação Especial, Classes
Especiais e/ou Salas de recursos das séries iniciais do Ensino Fundamental, com
avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional; da classe
comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência/Intelectual,
com a avaliação no contexto escolar, realizado por equipe multiprofissional; da
classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no Contexto
escolar, realizada por equipe multiprofissional.
Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, são
registrados em relatórios, com indicação dos procedimentos de intervenção para o
plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, com demais encaminhamentos que
se fizerem necessários.
6.5 Sala de Apoio
Nossa escola compreende a necessidade de oportunizar, aos estudantes do
ano e 9º ano do Ensino Fundamental a participarem da Sala de Apoio de Língua
Portuguesa e Matemática no período vespertino, com a finalidade de auxiliar os
estudantes a superarem as dificuldades apresentadas na aprendizagem da leitura,
escrita e nos cálculos fundamentais de maneira que o aluno venha a compreender e
dominar os conteúdos básicos da Língua Portuguesa e Matemática.
O Projeto Sala de Apoio na disciplina de Língua Portuguesa possibilita ao aluno
esclarecer dúvidas, e sanar dificuldades que o mesmo possa ter adquirido no
decorrer de seu processo de aprendizagem, com relação à leitura, oralidade e
escrita.
Trabalhar com a Sala de Apoio é também resgatar a autoestima do aluno, pois
no momento em que ele percebe que supera dificuldades, e que está aprendendo,
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torna-se autoconfiante. Isso reflete em várias áreas de sua vida, portanto, a sala
de apoio é um mecanismo de transformação do sujeito.
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