Download - Propriedades Biomecanicas dos Musculos
As propriedades biomecânicas dos músculos
Tipo de musculo
CaracterísticasESQUELÉTICO LISO CARDÍACO
LOCALIZAÇÃO Ligado ao esqueleto Parede de órgãos Parede do coração
TIPO DE CONTROLE Voluntário Involuntário Involuntário
FORMAS DE FIBRAS Alongadas, cilíndricasAlongadas,
fusiformesAlongadas,
cilíndricas
ESTRIAÇÕES Presente Ausente Presente
NÚCLEOS POR FIBRA Muitos Um Um ou dois
POSIÇÃO DO NÚCLEO Periférico Central Central
VELOCIDADE DE CONTRACÇÃO Mais rápido Mais lento Intermédio
HABILIDADE DE SE MANTER CONTRAÍDO Pouca Grande Intermédia
Organização muscular individual
Cada músculo individual, geralmente, tem uma porção centralizada na qual o músculo é mais espesso, denominada ventre muscular.
O epimísio é o tecido fibroso que reveste a parte externa do músculo, e que transfere as diferentes tensões geradas no musculo para o tendão, promovendo uma aplicação suave da força muscular no osso.
Cada músculo pode conter milhares de fibras musculares. Os seus feixes são chamados de fascículos, e cada fascículo é coberto por uma bainha conectiva densa chamada perimísio, que protege as fibras musculares e cria caminhos para os nervos e vasos sanguíneos. O perimísio e epimísio dão ao músculo muito de sua capacidade de alongamento e de retorno ao comprimento no repouso normal.
As fibras musculares dispõem-se paralelamente e são cobertas por uma membrana muito fina, o endomísio. Os vasos e os nervos geralmente entram no meio do músculo e são distribuídos pelo endomísio nutrindo e enervando cada fibra muscular. O endomísio também serve como isolante para a actividade neurológica dentro do músculo.
A fibra pode ser dividida novamente em numerosas miofibrilas, filamentos em forma de haste que percorrem todo o comprimento do músculo. Cada fibra é preenchida com 80% de miofibrilas. O restante da fibra consiste de organelos usuais como mitocôndrias, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático e túbulos T.
Organização muscular individual (cont.)
A FORÇA DA CONTRACÇÃO MUSCULAR
“A força máxima que um músculo é capaz de desenvolver depende de vários factores relacionados ao seu estado.”
Coordenação intermuscular
Para que o movimento voluntário aconteça, não basta a contracção de um musculo isolado mas sim de vários músculos (grupos musculares). Os músculos participam no movimento com funções especificas.
Agonistas A acção é responsável pela realização do movimento Ex. Flexão do cotovelo = bíceps braquial
Antagonistas A acção é contraria ao movimento Ex. Ex: Extensão do cotovelo = tricepete Braquial
Exemplo Exemplo
Agonista (Bíceps)
Antagonista (Tríceps)
Sinergista (Coracobraquial)
Fixadores Se a acção do músculo, ou grupo muscular, é a fixação de
locais estáveis, que potenciam a acção dos agonistas do movimento
Neutralizadores São músculos que participam no movimento anulando ou
reduzindo uma acção indesejável do agonista.
Coordenação intermuscular (cont.)
Formas de Acção muscular Acção muscular concêntrica: quando a tensão desenvolvida pelo músculo é superior à resistência que ele tem de vencer, ocorre um encurtamento.
Acção muscular excêntrica: quando a tensão desenvolvida pelo músculo é inferior à resistência que ele tem de vencer, apesar do músculo tentar encurtar-se, ocorre um alongamento das fibras musculares.
Acção muscular isométrica: se a tensão desenvolvida pelo músculo
é igual à resistência que ele tem de vencer, o comprimento das fibras musculares, mantém-se essencialmente inalterado.
FORMAS DE ACÇÃO MUSCULAR
A - Concêntrica (encurtamento)
B- Excêntrica (alongamento)
C - Isométrica (estática)
MECANISMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
Os músculos contraem-se quando instruídos pelo sistema nervoso.
Quando o cálcio é libertado no músculo , O sarcómero encurta-se na medida em que o filamento de miosina “caminha” pela actina, formando pontes transversas entre a cabeça da miosina e um local próprio no filamento de actina. No estado de contração, os filamentos de actina e miosina sobrepõem-se ao longo da maior parte da sua extensão.
O deslizamento simultâneo de muitos milhares de sarcómeros em série cria uma alteração no tamanho e força do músculo. A quantidade de força que pode ser desenvolvida no músculo é proporcional ao número de pontes transversas formadas. Pelo encurtamento de muitos sarcômeros, miofibrilas e fibras, é criado um movimento real pelo desenvolvimento de tensão que percorre o músculo e é aplicado nas suas duas extremidades até o osso.
• No músculo, ligada à célula muscular, existe uma estrutura
denominada "Fuso Neuromuscular" (FNM).
• Esta estrutura detecta o grau de extensão do músculo,
desencadeando um reflexo (o reflexo miotático) que trava a
extensão: quando o músculo se estende inesperadamente ou
para além dos seus limites, o FNM desencadeia a contracção do
músculo, travando o movimento.
• Este reflexo é incontrolável e pode ser responsável pela
diminuição da velocidade de execução e pelo aumento do gasto
energético (é "mais uma" contracção...).
Reflexo miotático
REFLEXO MIOTÁTICO (Cont.)
RESPOSTA ESTÁTICA:
distensão lenta da parte central do fuso aumento proporcional ao grau de distensão do número de impulsos
das fibras primárias e secundárias impulso transmitido por alguns minutos principal: fibra com cadeia nuclear nervos gama: excita fibras com cadeia nuclear, intensifica a
resposta
RESPOSTA DINÂMICA:
distensão súbita da parte central do fuso estímulo vigoroso da terminação primária impulso transmitido apenas quando o comprimento estiver
aumentando principal: fibra com bolsa nuclear nervos gama: excita fibra com bolsa nuclear, intensifica a resposta
REFLEXO MIOTÁTICO (Cont.)
Energia dos músculos
O corpo precisa repor o glicogénio muscular, combustível para nossos músculos, assim como a gasolina e o gasóleo para os automóveis.
O cansaço de um atleta olímpico ocorre tal como o cansaço de um idoso de 80 anos. Diferencia-se na energia que cada um possui. Quando a energia se esgota o corpo não consegue produzir mais esforço físico.
O sono, a carne, os ovos e o leite (alimentação equilibrada e saudável) são as principais fontes de recuperação de energia.
O movimento humano depende da transformação da energia química de adenosina-trifosfato (ATP) em adenosina-difosfato (ADP) e consequentemente em energia mecânica através da contracção dos músculos esqueléticos. O ADP rapidamente volta a ser ATP, mantendo sempre reservas de energia.
O ATP liberta vários resíduos: H2O+Calor+Dióxido de Carbono+Acido Láctico.
Resíduos estes que são eliminados durante a respiração. Quando o tempo de trabalho é longo, eles não podem ser expelidos tão facilmente, acabando por ser expelidos durante períodos de descanso.
Energia dos músculos (cont.)
TIPO DE FIBRAS MUSCULARES
Fibras tipo I – fibras de contracção lenta
Fibras tipo II: IIa, IIb
Tipo IIa – fibras com características intermédias Tipo IIb – fibras de contracção rápida
Tipo fibra
características
Fibras Tipo I Fibras Tipo IIa Fibras Tipo IIb
% no músculo 50 34 16
Velocidade contracção Lenta Rápida Rápida
Cor Vermelhas Branca Branca
Resistência à fadiga Grande Pequena Pequena
Motoneurónios Pequenos Grandes Grandes
Velocidade Estimulação Lenta Rápida Rápida
Limiar de excitabilidade Baixo Médio Alto
Tensão desenvolvida Baixa Média Elevada
Capacidade Aeróbia Elevada Média Baixa
Enzimas Oxidativas Muitas Número Médio Poucas
Capacidade Anaeróbia Baixa Média Elevada
Produção ácido Láctico Baixa Média Elevada
Propriedades dos músculos
Extensível: capacidade de ser estirado ou de aumentar de comprimento;
Elasticidade: capacidade de voltar ao comprimento normal após um estiramento;
Irritabilidade: capacidade de responder a um estímulo;
Capacidade de desenvolver tensão: chamado de contracção ou componente contráctil da função muscular, isto é, capacidade de diminuir o comprimento.
Funções dos músculos
Produzir movimento;
Manter postura e posições;
Estabilizar articulações;
Suportar e proteger os órgãos viscerais e os tecidos internos de possíveis lesões;
Contribuir para a manutenção da temperatura corporal pela produção de calor.
Factores que influenciam a elasticidade/flexibilidade dos músculos
Influencias Internas:
Tipo de articulação Resistência interna da articulação Estrutura óssea que limita o movimento Elasticidade do tecido muscular Elasticidade de tendões e ligamentos Elasticidade da pele Habilidade do músculo de contrair e relaxar de acordo com a
intensidade do movimento
Temperatura das articulações associadas aos tecidos
Influencias Externas:
Temperatura ambiente Hora do dia Idade Sexo Roupa ou equipamento inadequados Nível de condicionamento Habilidade particular em alguns movimentos Recuperação da articulação ou músculo após uma lesão
Factores que influenciam a elasticidade/flexibilidade dos músculos
Patologias Musculares
Principais Lesões Musculares:
Ruptura Muscular Espasmo Muscular Cãibra Contractura Muscular Distensão muscular
http://saude.hsw.uol.com.br/musculos2.htm, “Como funcionam os músculos - Craig C. Freudenrich, Ph.D”;
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/biomecanica.htm , “Biomecânica Global” - Prof. Blair José Rosa Filho;
http://www.slideshare.net
/hugopedrosa31/fisiologia-muscular-2439255 - “Fisiologia Muscular - Hugo Pedrosa”;
http://treino.desnivel.pt/flexi.htm , 2005 - Associação de Desportos de Aventura DesnívelActualizado em 5-12-2005;
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/lesoes_musculares.htm
Bibliografia
Trabalho realizado por:
Tatiana Santa
Bárbara Tavares
Luís Freitas
Daniel Ramos
Tiago Almeida
Ricardo Teixeira
Luciana Barros