SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia, Portugal
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia Número Único de Matrícula e de Pessoa Coletiva 506 035 034
Capital Social: 700 000 000 euros Sociedade Aberta
RELATÓRIO DE ATIVIDADE E
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
JANEIRO – SETEMBRO 2014
SEGUNDO A NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE 34 – RELATO FINANCEIRO INTERCALAR
SONAE INDÚSTRIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADE
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA O desempenho no terceiro trimestre da Sonae Indústria foi naturalmente afetado pelo período de férias e pelas paragens operacionais de manutenção na maior parte das nossas unidades do hemisfério norte, que determinaram uma redução de cerca de 8% no volume de negócios consolidado do grupo, quando comparado com o trimestre anterior. No entanto, e não obstante esta redução do volume de negócios, conseguimos aumentar os nossos níveis de rentabilidade operacional, com melhorias verificadas quer ao nível dos custos variáveis quer de custos fixos. O EBITDA recorrente do trimestre atingiu 24 milhões de Euros, sendo a respetiva margem sobre o volume de negócios de 9,1%, um aumento de 2,5 p.p. quando comparada com o trimestre homólogo de 2013. Esta evolução positiva resultou fundamentalmente de uma melhoria nos níveis de rentabilidade nas operações na Europa, nomeadamente na Alemanha. Nos primeiros nove meses de 2014, o EBITDA recorrente consolidado foi de 66 milhões de Euros, refletindo uma melhoria de 3 milhões de Euros quando comparado com o ano anterior e correspondendo a uma margem de 7,7%, 0.9 p.p. acima do valor do mesmo período em 2013.
Em termos de iniciativas estratégicas, de destacar que, durante o terceiro trimestre, descontinuamos as operações de produção de pavimentos laminados em Pontecaldelas (Espanha) e continuamos a otimizar a nossa estrutura de custos através da implementação de diversas iniciativas, nomeadamente a adaptação das estruturas de suporte do grupo a uma base industrial mais reduzida.
Já no final do mês de Outubro, anunciamos dois importantes passos no sentido do reforço da estrutura de capital da empresa. Neste âmbito, assinamos os contratos finais de refinanciamento com os dois principais bancos credores (que no conjunto representam uma grande parte da dívida consolidada), o que permitirá o refinanciamento de um montante de entre 300 a 325 milhões de Euros de dívida, com um período de carência mínimo de reembolsos de capital de 3 anos e um menor custo. Concluímos também um acordo com vista à extensão, até setembro de 2016, do contrato de securitização de créditos comerciais. Adicionalmente, já no final de outubro, o Conselho de Administração aprovou os termos do anunciado aumento de capital no montante de até 150 milhões de Euros. O prospeto relativo a esta operação foi registado junto da CMVM a 4 de novembro. De salientar ainda que o acionista maioritário, Efanor Investimentos, assumiu já o compromisso de subscrever, diretamente ou através de sociedades por si dominadas, os respetivos direitos de preferência na subscrição deste aumento de capital, uma condição necessária para a execução dos contratos de refinanciamento acima mencionados.
O refinanciamento da dívida e o aumento de capital, em conjunto com a melhoria de desempenho operacional observada nos últimos dois trimestres deste ano, representam avanços fundamentais que permitirão fortalecer a estrutura de capital do grupo e procurar melhores e mais sustentáveis níveis de rentabilidade. Estas medidas serão ainda potenciadas pela concretização das poucas etapas que nos faltam no sentido de adaptar a nossa estrutura industrial e concentrar as atividades de produção nas unidades mais rentáveis.
Com o contínuo apoio dos nossos stakeholders, encontramo‐nos agora numa posição mais favorável para concluir com sucesso a implementação do plano estratégico definido, melhor posicionando a empresa em termos de competitividade e de rentabilidade futura.
Rui Correia, CEO Sonae Indústria
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1. VOLUME DE NEGÓCIOS & EBITDA RECORRENTE
1.1. SONAE INDÚSTRIA CONSOLIDADO
(a) Reexpressos, consolidando os investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos utilizando o método de equivalência patrimonial.
O volume de negócios consolidado registado no 3T14 foi 267 milhões de Euros, inferior em 8% ao valor do mesmo período do ano anterior, devido, em grande parte, à redução da presença industrial decorrente da venda das duas unidades industriais em França e do encerramento das atividades de produção de painéis de aglomerados em Horn (Alemanha). A redução do volume de negócios consolidado resulta essencialmente da descida nos volumes de vendas (‐10,6% que no 3T13) já que os preços médios de venda se mantiveram relativamente estáveis (‐ 0,8% face ao 3T13). Face ao trimestre anterior, o volume de negócios consolidado diminuiu cerca de 8%, devido ao efeito sazonal das paragens operacionais para manutenção na maioria das nossas unidades industriais.
No terceiro trimestre do ano, os custos variáveis unitários continuaram a baixar, com as reduções em termos de custos da madeira, químicos e energia térmica a mais do que compensar a subida dos custos de eletricidade e de manutenção (estes últimos também afetados pelas paragens para manutenção). Estas evoluções determinaram uma redução de 1,7% nos custos variáveis unitários consolidados face ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, os custos variáveis unitários baixaram 2,7% devido, na sua maioria, à descida dos custos dos químicos.
A estrutura de custos fixos continuou a beneficiar da implementação de iniciativas para adaptação das estruturas centrais a uma menor presença industrial. Graças a estas iniciativas, o total de custos fixos nos primeiros nove meses do ano diminui cerca de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, numa base comparável (ou seja, excluindo o contributo das duas unidades industriais alienadas em França nos segundo e terceiro trimestres de ambos os períodos).
No final de setembro de 2014, o número total de colaboradores era de 3.793, uma redução de 377 colaboradores face ao final de 2013 (o que se explica, em grande medida, pela alienação das duas unidades industriais em França) e de 70 colaboradores relativamente ao final de junho 2014. A variação face a junho é essencialmente explicada pelo efeito do encerramento das operações em Pontecaldelas, Espanha, e pela reorganização das estruturas centrais em França.
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
915856
6,8%7,7%
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10
12
14
0
200
400
600
800
1.000
9M13 (a) 9M14
289 286 300 290267
6,6% 6,0%5,2%
9,0% 9,1%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
0
50
100
150
200
250
300
350
3T13 (a) 4T13 (a) 1T14 2T14 3T14
Volume de
Negócios
Margem EBITDARecorrente
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O índice médio de utilização de capacidade do grupo baixou aproximadamente 9 p.p. no 3T14 face ao trimestre anterior, para cerca de 72%, em consequência das paragens operacionais para manutenção efetuadas durante o verão. A utilização média de capacidade subiu comparativamente ao 3T13, sendo de salientar que, exceto no que diz respeito às operações em França, todas as operações aumentaram o nível de utilização de capacidade no 3T14, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
No 3T14, o EBITDA recorrente foi de 24 milhões de Euros, correspondente a uma margem de 9,1%, uma subida de 2,5 p.p. em comparação com o 3T13 e de 0,1 p.p. face ao trimestre anterior. O valor dos itens não recorrentes situou‐se, neste trimestre, próximo dos 4 milhões de Euros, sendo que os custos associados às medidas de reestruturação (4,1 milhões de Euros) e os custos relativos a operações descontinuadas (5,1 milhões de Euros) foram mais do que compensados pela indemnização recebida das seguradoras (13,2 milhões de Euros), relativa ao sinistro na unidade industrial descontinuada em Knowsley (Inglaterra). Em função destas evoluções, o EBITDA total registado no trimestre foi de 28 milhões de Euros.
A melhoria significativa observada no desempenho no segundo e terceiro trimestres mais do que compensou a evolução menos favorável observada no primeiro trimestre de 2014, tendo, desta forma, o EBITDA recorrente dos 9M14 registado um aumento de 3 milhões de Euros face ao valor registado nos 9M13. Deve ainda ser salientado que a margem EBITDA recorrente dos primeiros nove meses de 2014 atingiu 7,7%, o que compara com os 6,8% registados nos 9M13.
1.2. EUROPA DO SUL
* Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo (entre as diferentes regiões)
O desempenho na Europa do Sul, no terceiro trimestre, foi afetado pelo efeito negativo do abrandamento da atividade durante o período de verão e, em termos acumulados desde o início do ano, continuou a sentir o impacto negativo da contração da atividade no sector da construção, nomeadamente em Portugal, onde o número de novas licenças de construção continuou a descer (‐11,2%1), face ao mesmo período do ano anterior. Alguns sinais positivos começaram a notar‐se em Espanha, com uma pequena subida de
1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, outubro 2014 (“Nova habitação residencial”, evolução acumulada a agosto 2014 para o período de oito meses)
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
367332
3,4%2,5%
0
2
4
6
8
0
50
100
150
200
250
300
350
400
9M13 9M14
112118
125
111
96
1,1%1,9%
0,1%
4,6%3,4%
‐1,0%
1,0%
3,0%
5,0%
7,0%
9,0%
11,0%
13,0%
15,0%
0
20
40
60
80
100
120
140
3T13 4T13 1T14 2T14 3T14
Volume de Negócios
*
Margem EBITDA
Recorrente
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1,5%2 no indicador de novas habitações nesse país. Em França, e em tudo idêntico ao que se registou em Portugal, a atividade do sector da construção tem vindo a registar descidas significativas dos seus níveis de atividade, tal como se pode verificar através do indicador “novas habitações”, que regista uma descida significativa de 13,1%3, em comparação com o ano anterior.
Os destaques da atividade nesta região nos 9M14, em comparação com os 9M13, são os seguintes:
O volume de negócios baixou para 332 milhões de Euros, sendo que a evolução em cada região foi condicionada por diferentes efeitos. Tanto em França como na Península Ibérica, o contributo negativo da descida dos preços médios de venda foi parcialmente compensada pelo aumento dos volumes vendidos, na Península Ibérica (+4,4% face ao mesmo período do ano anterior). No que diz respeito a França, os volumes de vendas foram, naturalmente, afetados negativamente pela alienação das unidades de Auxerre e Le Creusot, que provocou uma descida de 30,8% comparativamente ao ano anterior. Ainda que a atividade no trimestre tenha sido naturalmente influenciada pelas paragens para manutenção, devemos salientar que os preços continuaram a recuperar ligeiramente, registando pequenas subidas no 3T14, em comparação com o trimestre anterior;
Os custos médios variáveis unitários (por m3) continuaram a sofrer o efeito negativo da pressão nos preços da madeira, tanto na Península Ibérica como em França, em comparação com os 9M13, o que gerou a subida dos custos unitários totais em ambas as regiões. Em França, os custos variáveis unitários registaram uma subida no 3T14, quando comparados com o trimestre anterior, devido a uma certa pressão que se fez sentir nos custos de energia e manutenção. Por outro lado, a Península Ibérica registou uma pequena descida nos custos variáveis médios do trimestre, com o contributo positivo da descida verificada nos custos dos químicos.
A margem EBITDA recorrente dos primeiros nove meses do ano neste segmento situou‐se ainda 0,9 p.p. abaixo do nível registado no ano anterior (para 2,5% nos 9M14), devido à evolução negativa registada no primeiro trimestre do ano. No entanto, importa salientar que a margem EBITDA recorrente aumentou para 3,4%, no 3T14, 2,3 p.p. acima do valor registado no mesmo período do ano anterior.
2 Fonte: Ministierio de Fomento, outubro2014 (evolução acumulada a julho 2014 para o período de sete meses) 3 Fonte: Service économie statistiques et prospective (Ministière de l’Écologie, de l’Energie, du Développement durable et de l’Aménagement du territoire), outubro 2014 (evolução acumulada a agosto 2014 para o período de oito meses)
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1.3. EUROPA DO NORTE
(a) Reexpressos, consolidando os investimentos na empresa ‘Laminate Park’ utilizando o método de equivalência patrimonial. * Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo (entre as diferentes regiões)
No terceiro trimestre, a Europa do Norte continuou a registar uma melhoria na atividade, devido à retoma contínua do sector da construção, tal como se pode ver pelos dados relativos às novas licenças de construção na Alemanha, que aumentaram 5%4 face ao ano anterior.
Comparando a atividade dos 9M14 com o mesmo período de 2013, os destaques da região da Europa do Norte são os seguintes:
O volume de negócios desta região baixou 9%, devido à redução de 9,7% nos volumes vendidos, que se explica, em grande parte, pela descida dos volumes dos produtos de aglomerado revestidos (resultante da interrupção na produção de aglomerados em Horn) e pela redução do nível de atividade de OSB em Nettgau;
Os preços médios de venda aumentaram 2,5% face ao mesmo período do ano anterior, registando melhorias significativas nos preços médios de venda de aglomerado e MDF. Numa base trimestral, os preços médios de venda também aumentaram ligeiramente (+1,5%) no 3T14, relativamente ao trimestre anterior, não obstante a pressão nos preços dos produtos de OSB;
Os custos médios variáveis unitários (por m3) aumentaram cerca de 1,8% relativamente ao ano anterior, tendo sofrido o efeito negativo do aumento dos custos da madeira e energia. Numa base trimestral, e em comparação com o trimestre anterior, os custos unitários médios baixaram 3,5% em todos os segmentos desta categoria, à exceção dos custos de manutenção;
A Europa do Norte continua a registar melhorias de desempenho da margem EBITDA recorrente, tendo alcançado 9,2% nos primeiros nove meses de 2014, mais 3,6 p.p. do que no mesmo período de 2013. Em termos de evolução trimestral, a margem EBITDA recorrente registou melhorias significativas nos dois últimos trimestres e atingiu 10,3% no 3T14.
4 Fonte: German Federal Statistics Office, outubro 2014 (evolução acumulada a agosto 2014 para o período de oito meses)
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
382349
5,6%
9,2%
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
9M13 (a) 9M14
123115
124117
108
6,5% 5,8% 7,0%
10,4% 10,3%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
20,0%
0
20
40
60
80
100
120
140
3T13 (a) 4T13 (a) 1T14 2T14 3T14
Volume de
Negócios *
Margem EBITDA
Recorrente
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1.4. RESTO DO MUNDO (CANADÁ E ÁFRICA DO SUL)
* Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo (entre as diferentes regiões)
O setor da construção na América do Norte registou desempenhos mistos, com o número de novas licenças no mercado dos EUA a crescer 8%5 face ao ano anterior, enquanto o Canadá registou uma ligeira deterioração deste indicador no mesmo período (uma descida de 1,9%6 face ao mesmo período de 2013). No mercado da África do Sul, o nível de licenças para construção habitacional aumentou 13,1%7 face ao mesmo período do ano anterior.
Em termos de desempenho nos 9M14, em comparação com os 9M13, destacam‐se os seguintes indicadores para estas regiões:
O volume de negócios consolidado deste segmento diminuiu 3%, em termos gerais, em grande parte devido ao efeito negativo das taxas de câmbio em relação ao euro, já que o volume de vendas consolidado de ambas as regiões aumentou ligeiramente (+2%);
Os preços médios de venda registaram uma evolução positiva em ambas as regiões, quando comparados com o ano anterior, em particular no que diz respeito ao Canadá que contribuiu de forma positiva através do aumento dos volumes de produtos de aglomerado revestidos. Se compararmos o 3T14 com o trimestre anterior, os preços médios de venda também registaram uma evolução positiva em ambas as regiões, novamente com realce no Canadá (+4,6%);
Os custos médios variáveis unitários (por m3) aumentaram em ambas as regiões, em comparação com os 9M13, resultado do aumento dos custos de todas as categorias, no Canadá, e do aumento dos custos da madeira, químicos e energia, na África do Sul. Em comparação com o trimestre anterior, os custos variáveis unitários reduziram, no Canadá, afetados principalmente pela variação dos custos dos químicos, tendo também melhorado na África do Sul, neste caso devido aos custos da madeira e dos químicos;
A combinação de todos estes fatores levou a uma descida de 1,2 p.p. na margem EBITDA Recorrente, neste período, para 13,3%. Se analisada numa base trimestral, a margem EBITDA Recorrente registada foi de 14,7% no trimestre, ligeiramente abaixo do 3T13 (‐0,6 p.p.), mas mais 1,6 p.p. que no 2T14.
5 Fonte: RISI, outubro 2014 (evolução acumulada a agosto 2014 para o período de oito meses) 6 Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, outubro 2014 (evolução acumulada a agosto 2014 para o período de oito meses) 7 Fonte: Statistics South Africa, outubro 2014 (evolução acumulada a julho 2014 para o período de sete meses)
Volume de negócios e Margem EBITDA recorrente Milhões de euros
199 193
14.5% 13.3%
0
50
100
150
200
250
9M13 9M14
6561
58
67 68
15.3%13.5%
11.8%13.1%
14.7%
0.0%
5.0%
10.0%
15.0%
20.0%
25.0%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
3T13 4T13 1T14 2T14 3T14
Volume de
Negócios *
Margem EBITDA
Recorrente
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2. DESEMPENHO FINANCEIRO CONSOLIDADO
2.1. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
(a) Reexpressos, registando os investimentos em empreendimentos conjuntos através do método de equivalência patrimonial. * Volume de negócios por região inclui vendas entre empresas do grupo (entre as diferentes regiões)
O EBITDA consolidado registado nos 9M14 situou‐se 3 milhões de Euros acima do valor de 9M13, devido às melhorias alcançadas no segundo e terceiro trimestres deste ano. O EBITDA total atingiu 65 milhões de Euros (mais 15 milhões de Euros que o valor registado no mesmo período em 2013). O EBITDA total continuou a ser afetado pelo efeito negativo dos custos não recorrentes, relacionados com as unidades industriais descontinuadas, bem como com outros custos associados às medidas de reestruturação em curso. Estes custos foram, no entanto, compensados pelo recebimento de uma indemnização das seguradoras, registado no 3T14, relativamente ao sinistro na unidade fabril descontinuada de Knowsley (Inglaterra), no valor de 13,2 milhões de Euros. Este montante foi pago mediante certas condições de investimento, que foram agora cumpridas através dos investimentos efetuados nas unidades industriais de Nettgau e Oliveira do Hospital. Tal como já referido, esta quantia gerou um impacto positivo no valor do EBITDA no 3T14, compensando totalmente os custos não‐recorrentes relativos às unidades descontinuadas e às medidas de reestruturação, levando a um efeito líquido de 3,6 milhões de Euros no EBITDA não recorrente, neste trimestre.
O EBITDA recorrente registado neste trimestre foi de 24 milhões de Euros e de 66 milhões de Euros nos 9M14, mais 3 milhões de Euros que o valor registado no mesmo período em 2013. De realçar ainda que, nos 9M14, a desvalorização cambial tanto do CAD como do ZAR, face ao euro, causaram, em termos de EBITDA recorrente, um impacto negativo global de cerca de 2,9 milhões de Euros.
Os custos de amortizações e depreciações, neste trimestre, cifraram‐se em 17 milhões de Euros, ligeiramente abaixo do valor registado no 3T13, basicamente em consequência do impacto da alienação
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOSMilhões de euros 9M13 (a) 9M14
9M14 /
9M13 (a) 3T13 (a) 2T14 3T143T14 /
3T13 (a)
Volume de Negócios consolidado 915 856 (6%) 289 290 267 (8%)
Europa do Sul* 367 332 (9%) 112 111 96 (14%)
Europa do Norte* 382 349 (9%) 123 117 108 (12%)
Resto do Mundo* 199 193 (3%) 65 67 68 5%
Outros Proveitos Operacionais 18 43 137% 5 17 19 271%
EBITDA 50 65 30% 16 27 28 78%
EBITDA Recorrente 63 66 5% 19 26 24 27%
Europa do Sul 12 8 (32%) 1 5 3 171%
Europa do Norte 21 32 49% 8 12 11 39%
Resto do Mundo 29 26 (11%) 10 9 10 1%
Margem EBITDA Recorrente % 6.8% 7.7% 0.9 pp 6.6% 9.0% 9.1% 2.5 pp
Amortizações e depreciações (54) (53) 2% (18) (17) (17) 1%
Provisões e Perdas por Imparidade 8 (13) ‐ 1 (6) (3) ‐
Resultados Operacionais 6 1 (87%) (0) 4 8 ‐
Encargos Financeiros Líquidos (43) (44) (2%) (13) (15) (15) (12%)
dos quais Juros Líquidos (27) (30) (12%) (9) (10) (11) (19%)
dos quais Diferenças de Câmbio Líquidas (0) 1 ‐ 1 1 1 13%
dos quais Descontos Financeiros Líquidos (11) (10) 10% (4) (3) (3) 11%
Resultados relativos a empresas associadas (3) (2) 23% (1) (1) (1) (11%)
Result. antes de Impostos de oper. continuadas (40) (45) (13%) (15) (11) (8) 45%
Impostos (6) (2) 57% (1) (0) (1) (3%)
dos quais Impostos Correntes (5) (4) 20% (2) (1) (2) 17%
dos quais Impostos Diferidos (0) 2 ‐ 0 1 0 75%
Resultado de operações continuadas (45) (47) (4%) (16) (11) (9) 41%
Interesses que não controlam (0) (0) 86% (0) (0) 0 ‐
Resultado Líquido atribuível aos Acionistas da empresa mãe (45) (47) (5%) (16) (11) (10) 38%
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8
de ativos completada entre os dois períodos. De salientar que, nos 9M14, as depreciações para ativos fixos tangíveis relativas a “terrenos e edifícios” foram superiores em 4 milhões de Euros, como resultado da reavaliação do património imobiliário efetuada no final de 2013.
As provisões e perdas por imparidade registadas no trimestre atingiram o montante líquido de, aproximadamente, 3 milhões de Euros e incluem: (i) o reforço de provisões em, aproximadamente, 7 milhões de Euros para efeitos do processo de reestruturação em Horn (Alemanha); e (ii) a utilização de provisões existentes no valor de 4 milhões de Euros para pagamentos relacionados com os processos de reestruturação em curso nos escritórios centrais em França e na unidade de Pontecaldelas (Espanha).
Os encargos financeiros líquidos diminuíram 2% nos 9M14, em comparação com o ano anterior, graças ao efeito da redução do nível dos descontos financeiros líquidos e ao contributo positivo das diferenças de câmbio. No entanto, a parte relativa aos juros líquidos continuou a aumentar, consequência direta do acréscimo do custo médio do endividamento (cerca de 6,1%, nos 9M14, +0,6 p.p. que o valor registado nos 9M13).
O valor de impostos correntes registados no 3T14 foi de 1,6 milhões de Euros, em linha com o valor registado nos trimestres anteriores.
A combinação dos fatores atrás descritos determinou um resultado líquido consolidado negativo no trimestre de cerca de 9 milhões de Euros uma melhoria de 2 milhões de Euros face ao valor registado no trimestre anterior e de 7 milhões de Euros em comparação com o mesmo período do ano anterior.
2.2. CAPEX
O valor de ativos fixos tangíveis adicionais em 2014 inclui os montantes registados na rubrica “Adiantamentos a fornecedores de imobilizado”. Os valores históricos foram ajustados para efeitos de comparação.
O valor de ativos fixos tangíveis adicionais atingiu um valor de 21 milhões de Euros no 3T14, em comparação com 6 milhões de Euros no 3T13. Cerca de 21 milhões de Euros do valor total do ano (46 milhões de Euros) está relacionado com os investimentos estratégicos para o aumento da capacidade de produção de revestimento a melamina nas unidades de Oliveira do Hospital (Portugal) e Nettgau (Alemanha), e no alargamento das instalações de tratamento de madeira reciclada em Nettgau. Estes investimentos devem estar concluídos até ao final de 2014, tendo já arrancado a fase de testes de produção em ambas as linhas de produção de revestimento a melamina.
Do total de 46 milhões de Euros investidos durante os 9M14, cerca de 25 milhões de Euros estão relacionados com investimentos recorrentes em manutenção e melhorias nas áreas de saúde e segurança.
Ativo fixo adicional Milhões de euros 9M14 | Ativo fixo adicional por região Milhões de euros
19
24
4
Europa do Sul
Europa do Norte
Resto do Mundo
10 7 9
64
1713
6
216
5
35
22
46
0
10
20
30
40
50
60
2012 2013 2014
1T 2T 3T 4T
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2.3. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA
**EBITDA Recorrente dos últimos doze meses (a) Reexpresso, registando os investimentos em empreendimentos conjuntos através do método de equivalência patrimonial.
No final dos 9M14 e quando comparado com os períodos anteriores, o valor consolidado dos ativos e passivos da empresa foi afetado pela venda das duas unidades francesas (Auxerre e Le Creusot) e pela alienação de parte do equipamento da unidade descontinuada de Solsona, com um impacto positivo de aproximadamente 5 milhões de Euros na rubrica ganhos na alienação de ativos fixos tangíveis.
De notar que, tendo em consideração que os investimentos em empreendimentos conjuntos são agora registados pelo método de equivalência patrimonial, o valor líquido dos respetivos ativos e passivos estão apresentados na rubrica “Outros ativos não correntes”.
Em comparação com Junho de 2014, o valor do Fundo de Maneio consolidado registou uma diminuição de 3 milhões de Euros, para 93 milhões de Euros, no final do terceiro trimestre de 2014 devido aos níveis reduzidos de atividade, habituais neste período devido às paragens sazonais de manutenção de uma grande parte das nossas fábricas. Em comparação com o período homólogo de Setembro de 2013, o valor do Fundo de maneio diminuiu em 9 milhões de Euros, em parte afetado pela alienação dos dois ativos franceses.
A Dívida Líquida aumentou em 13 milhões de Euros, em comparação com o valor registado no final dos 9M13, mas diminuiu 7 milhões de Euros quando comparado com o trimestre anterior, para 689 milhões de Euros no final dos 9M14, afetado positivamente pelo montante recebido relativamente ao acordo com o seguro do Reino Unido e por níveis superiores de rentabilidade operacional.
A combinação do aumento do EBITDA recorrente com a ligeira diminuição da dívida líquida levou a uma melhoria do rácio Dívida Líquida / EBITDA recorrente para 8,3x (vs. 8.9x em Junho de 2014).
No final de Setembro de 2014, o valor dos capitais próprios foi de 81 milhões de Euros, tendo sido afetados negativamente pelo resultado líquido negativo do período no valor de 9 milhões de Euros.
BALANÇOMilhões de euros 9M13 (a) 2013 2013 (a) 1S14 9M14
Ativos não correntes 868 940 939 922 913
Ativos fixos tangiveis 721 811 791 774 781
Goodwill 90 82 82 82 82
Ativos por impostos diferidos 22 34 33 34 33
Outros ativos não correntes 34 13 32 33 17
Ativos correntes 336 302 292 306 315
Existências 124 123 118 112 111
Clientes 152 121 118 146 135
Caixa e investimentos 28 27 27 16 25
Outros ativos correntes 32 30 29 32 44
Ativos não correntes detidos para venda 4 4 4 0 0
Total do Ativo 1,208 1,246 1,235 1,228 1,229
Capitais Próprios e Interesses que não controlam 77 127 127 89 81
Capitais Próprios 78 128 128 90 82
Interesses que não controlam (1) (1) (1) (1) (0)
Passivo 1,131 1,119 1,108 1,139 1,147
Dívida remunerada 703 705 702 695 698
Não corrente 251 275 275 192 221
Corrente 452 430 427 503 476
Fornecedores 175 156 153 162 154
Outros passivos 253 257 253 282 296
Total do Passivo, Capitais Próprios e Int. que não controlam 1,208 1,246 1,235 1,228 1,229
Dívida Líquida 676 678 675 696 689
Dívida Líquida / EBITDA Recorrente** 7.9 x 8.4 x 8.5 x 8.9 x 8.3 x
Fundo de Maneio 102 88 82 96 93
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RELATÓRIO DE ATIVIDADE
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3. EVENTOS SUBSEQUENTES A 28 de outubro, a Sonae Indústria anunciou que foram assinados os acordos de refinanciamento com os seus dois principais bancos credores (que no conjunto representam a maior parte do endividamento consolidado). Com estes acordos, a Sonae Indústria conseguirá refinanciar um montante de entre 300 a 325 milhões de Euros de dívida (variável em função do encaixe do aumento de capital em curso) em condições significativamente mais favoráveis, não só em termos de perfil de maturidade (prorrogando a respetiva maturidade final para prazos entre 6 e 8 anos, incluindo um período de carência mínimo de reembolsos de capital de 3 anos), mas também em termos de custo de dívida. Adicionalmente, a Sonae Indústria anunciou, na mesma data, que chegou a acordo com vista à extensão, até 30 de setembro de 2016, do contrato de securitização de créditos comerciais, cujo montante máximo é de 85 milhões de Euros. A execução destes acordos está sujeita à concretização de um aumento de capital com um encaixe mínimo de 75 milhões de Euros.
A 30 de outubro, a Sonae Indústria anunciou que o Conselho de Administração aprovou, com parecer favorável do Conselho Fiscal, os termos do aumento do capital social da sociedade de 150 milhões de Euros, dos atuais 700 milhões de Euros para 850 milhões de Euros, limitado às subscrições recolhidas, por entradas em dinheiro, através da oferta de até 15.000.000.000 novas ações ordinárias sem valor nominal, a serem oferecidas aos atuais acionistas, no exercício do respetivo direito de preferência, investidores que adquiram direitos de subscrição e público em geral. As ações não subscritas no âmbito da oferta pública de subscrição serão oferecidas posteriormente a investidores institucionais através de um contrato de colocação privada. O preço de subscrição foi fixado em 0,01€ por ação, de acordo com um rácio de 107,1428571428571 de novas ações por cada ação detida.
A 4 de novembro, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários aprovou o prospeto relativo à oferta pública de subscrição de até 15.000.000.000 novas ações, nos termos da legislação aplicável. O acionista maioritário da Sonae Indústria, a Efanor Investimentos, SGPS, S.A. assumiu o compromisso de exercer, diretamente e através de sociedades por si denominadas, os respetivos direitos de preferência (correspondentes a cerca de 51% do capital social da Sonae Indústria) na subscrição do referido aumento de capital.
4. PERSPECTIVAS FUTURAS No último trimestre de 2014, à semelhança do observado nos últimos dois trimestres, esperamos registar um melhor nível de desempenho financeiro. No entanto, continuamos a esperar alguns desafios no que diz respeito aos preços de compra e disponibilidade de madeira. As melhorias graduais esperadas para o ambiente de mercado na Europa, em conjunto com os efeitos positivos resultantes das iniciativas estratégicas que foram ou estão em processo de serem implementadas, deverão permitir‐nos continuar a obter níveis de rentabilidade operacional mais elevados, face ao ano anterior.
Temos como objetivo completar a implementação do plano estratégico definido, incluindo esforços finais no sentindo de adaptar a base industrial e de concentrar as atividades de produção nas unidades mais rentáveis e mais eficientes, em conjunto com as iniciativas em curso destinadas a melhorar o mix de produtos e a otimizar a nossa estrutura de custos.
SONAE INDÚSTRIA
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No que diz respeito ao processo de recapitalização, esperamos concluir com sucesso o aumento de capital em curso, que, em conjunto com os acordos de refinanciamentos já assinados, nos permitirá obter um significativo reforço da estrutura de capital do negócio.
Maia, 12 de novembro de 2014
O Conselho de Administração
Belmiro Mendes de Azevedo
Rui Correia
Paulo Azevedo
Christopher Lawrie
Albrecht Ehlers
Jan Bergmann
Javier Vega
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GLOSSÁRIO
CAPEX Investimento em Ativos Fixos Tangíveis
Custos Fixos Custos gerais de estrutura + Custos com Pessoal (internos e externos); conceito de contas de gestão
Dívida Líquida Endividamento bruto – Caixa e equivalentes de caixa
Dívida líquida / EBITDA recorrente
Dívida Líquida / EBITDA recorrente dos últimos doze meses
EBITDA Resultados Operacionais + Depreciações & Amortizações + (Provisões e perdas por imparidade – Perdas por imparidade de dívidas a receber + Reversão de perdas por imparidade em terceiros)
EBITDA recorrente EBITDA excluindo proveitos e custos operacionais não recorrentes
Endividamento bruto Empréstimos bancários + empréstimos obrigacionistas + credores por locações financeiras + outros empréstimos + empréstimos de partes relacionadas
FTEs Equivalentes a tempo completo
Fundo de Maneio Existências + Clientes – Fornecedores
Índice de utilização de capacidade
Produção disponível‐acabada (m3) / Capacidade de produção instalada (m3); apenas para produtos crus
Margem EBITDA recorrente
EBITDA recorrente / Volume de negócios
MDF Painéis de fibras de média densidade
Nº de colaboradores Nº de colaboradores (FTEs), excluindo estagiários
OSB Painéis de fibras orientadas
ATIVO Notas 30.09.2014 31.12.2013 01.01.2013
Reexpresso Reexpresso
ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativos fixos tangíveis 8 781 144 037 791 474 128 780 835 070Goodwill 25 81 984 938 81 840 163 92 496 051Ativos intangíveis 8 717 191 7 398 158 7 062 528Propriedades de investimento 1 235 763 1 268 956 1 313 215Investimentos em associadas 6, 7 1 344 591 1 566 686 2 262 846Investimentos em empreendimentos conjuntos 5, 7 3 584 225 5 638 909 9 008 848Investimentos disponíveis para venda 1 121 815 1 108 824 1 091 540Ativos por impostos diferidos 33 294 136 33 241 208 24 096 895Outros ativos não correntes 9 967 426 15 248 819 15 564 646
Total de ativos não correntes 913 394 122 938 785 851 933 731 639
ATIVOS CORRENTES:Inventários 111 275 245 118 045 777 124 338 267Clientes 135 137 216 117 503 156 136 607 907Outras dívidas de terceiros 10 21 235 203 5 561 605 13 807 903Estado e outros entes públicos 11 933 422 10 013 586 7 716 843Outros ativos correntes 11 10 866 762 13 894 674 12 453 768Caixa e equivalentes de caixa 12 24 924 766 26 988 389 22 795 232
Total de ativos correntes 315 372 614 292 007 187 317 719 920
Ativos não correntes detidos para venda 13 4 318 092 4 411 224
TOTAL DO ATIVO 1 228 766 736 1 235 111 130 1 255 862 783
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 700 000 000 700 000 000 700 000 000Reserva legal 3 131 757 3 131 757 3 131 757Outras reservas e resultados acumulados - 698 165 391 - 647 867 883 - 569 867 023Outro rendimento integral acumulado 14 76 663 213 72 681 459 - 380 018
Total 81 629 579 127 945 333 132 884 716Interesses que não controlam - 145 498 - 795 247 - 939 705
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 81 484 081 127 150 086 131 945 011
PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:Empréstimos bancários - líquidos da parcela corrente 15 88 917 872 123 145 528 128 275 420Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela corrente 15 104 130 353 118 908 927 248 344 033Credores por locações financeiras - líquidos da parcela corrente 15 25 284 795 30 153 351 36 192 908Outros empréstimos 15 2 748 238 2 553 262 78 868 673Benefícios pós-emprego 25 130 889 25 651 828 27 679 582Outros passivos não correntes 16 43 655 556 54 031 408 62 895 948Passivos por impostos diferidos 72 288 077 72 647 868 59 123 409Provisões 18 9 015 344 7 352 456 7 356 628
Total de passivos não correntes 371 171 124 434 444 628 648 736 601
PASSIVOS CORRENTES:Parcela corrente dos empréstimos bancários não correntes 15 15 896 057 22 165 408 92 193 562Empréstimos bancários correntes 15 364 694 087 198 547 978 37 381 104Parcela corrente dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis não correntes 15 29 997 945 129 918 927 55 000 000Parcela corrente dos credores por locações financeiras não correntes 15 6 122 442 5 558 615 4 114 170Outros empréstimos 15 59 762 343 70 902 123 4 060 098Fornecedores 153 707 327 153 098 712 171 923 831Estado e outros entes públicos 16 127 014 12 186 237 14 028 311Outros passivos correntes 15, 17 120 623 735 79 813 873 84 461 102Provisões 18 9 180 581 1 324 543 12 018 993
Total de passivos correntes 776 111 531 673 516 416 475 181 171
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1 228 766 736 1 235 111 130 1 255 862 783
O Conselho de Administração
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE POSIÇÃO FINANCEIRA EM 30 DE SETEMBRO DE 2014, 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 1 DE JANEIRO DE 2013
(Montantes expressos em euros)
Notas 30.09.2014 3º Trim. 2014 30.09.2013 3º. Trim. 2013Reexpresso Reexpresso
Não Auditado Não Auditado
Vendas 21, 24 851 511 033 265 046 912 911 850 175 287 594 710Prestação de serviços 21, 24 4 196 729 1 501 712 3 231 677 1 266 519Outros rendimentos e ganhos 20,21 43 077 547 18 639 653 18 144 438 5 027 749Custo das vendas 21 461 458 251 138 722 241 482 890 888 150 507 403Variação da produção 21 5 167 148 1 121 973 - 4 189 962 923 471Fornecimentos e serviços externos 21 222 371 364 67 780 476 245 355 858 76 937 784Gastos com o pessoal 21 134 277 709 46 134 805 147 366 439 46 115 839Amortizações e depreciações 52 861 554 17 495 050 53 795 016 17 748 005Provisões e perdas por imparidade (aumentos / reduções) 18, 21 12 974 581 3 339 631 - 8 058 091 - 1 013 126Outros gastos e perdas 21 8 862 805 2 958 247 9 804 202 3 038 528
Resultado operacional 24 811 897 7 635 854 6 261 940 - 368 926
Gastos financeiros 22 47 221 115 16 408 565 47 120 484 14 801 011Rendimentos financeiros 22 3 601 331 1 631 030 4 324 399 1 615 051Ganhos ou perdas relativos a empresas associadas 6 - 222 095 - 686 481 Ganhos ou perdas relativos a empreendimentos conjuntos 5 - 2 029 667 - 878 500 - 2 627 787 - 987 226Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos das operações que continuam - 45 059 649 - 8 020 181 - 39 848 413 - 14 542 112
Imposto sobre o rendimento 23 2 373 603 1 432 489 5 546 019 1 386 344
Resultado depois de impostos das operações que continuam - 47 433 252 - 9 452 670 - 45 394 432 - 15 928 456
Resultados depois de impostos das operações descontinuadas
Resultado líquido consolidado do período - 47 433 252 - 9 452 670 - 45 394 432 - 15 928 456
Atribuível a:Acionistas da Empresa-Mãe
Operações que continuam - 47 372 348 - 9 712 413 - 44 953 224 - 15 773 417Operações descontinuadas
Acionistas da Empresa-Mãe - 47 372 348 - 9 712 413 - 44 953 224 - 15 773 417
Interesses que não controlam
Operações que continuam - 60 904 259 743 - 441 208 - 155 039
Operações descontinuadas
Interesses que não controlam - 60 904 259 743 - 441 208 - 155 039
Resultados por ação Das operações que continuam:
Básico - 0.3384 - 0.0694 - 0.3211 - 0.1127Diluído - 0.3384 - 0.0694 - 0.3211 - 0.1127
Das operações descontinuadas:BásicoDiluído
O Conselho de Administração
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2014 E DE 2013
(Montantes expressos em euros)
Notas 30.09.2013 3º. Trim. 2013
Não auditado Não auditado
Resultado líquido consolidado do exercício (a) - 47 433 252 - 9 452 670 - 45 394 432 - 15 928 456
Outro rendimento integral consolidado
Rubricas que ulteriormente poderão ser reclassificadas para resultado
Variação da reserva de conversão monetária 3 014 082 2 437 523 - 12 684 526 - 2 804 640Variação no justo valor de ativos disponíveis para venda - 7 723 5 690 - 11 622 3 636
Outro rendimento integral consolidado do exercício, líquido de imposto (b) 3 006 359 2 443 213 - 12 696 148 - 2 801 004
Rendimento integral total consolidado do período (a) + (b) - 44 426 893 - 7 009 457 - 58 090 580 - 18 729 460
Rendimento integral total consolidado atribuível a:Acionistas da Empresa-mãe - 44 390 168 - 7 282 288 - 57 495 683 - 18 540 295Interesses que não controlam - 36 725 272 831 - 594 897 - 189 165
- 44 426 893 - 7 009 457 - 58 090 580 - 18 729 460
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
30.09.2014 3º. Trim. 2014
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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em euros)
Capital SocialReserva
legal
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento
integral acumulado
Total dos Capitais Próprios atribuíveis aos acionistas da
Empresa-mãe
Interesses que não
controlam
Total dos capitais próprios
Notas 14
Saldo em 1 de janeiro de 2013 - reexpresso 700 000 000 3 131 757 -569 867 023 - 380 018 132 884 716 - 939 705 131 945 011
Rendimento integral total consolidado do períodoResultado líquido consolidado do período- reexpresso -44 953 224 - 44 953 224 - 441 208 - 45 394 432Outro rendimento integral consolidado do período -12 542 459 - 12 542 459 - 153 689 - 12 696 148
Total - reapresentado -44 953 224 -12 542 459 -57 495 683 - 594 897 -58 090 580
Outros - 135 690 - 135 690 - 100 - 135 790
Saldo em 30 de setembro de 2013 - reexpresso 700 000 000 3 131 757 -614 955 937 -12 922 477 75 253 343 -1 534 702 73 718 641
Capital SocialReserva
legal
Outras reservas e resultados acumulados
Outro rendimento
integral acumulado
Total dos Capitais Próprios atribuíveis aos accionistas da
Empresa-mãe
Interesses que não
controlam
Total dos capitais próprios
Notas 14
Saldo em 1 de janeiro de 2014 700 000 000 3 131 757 - 647 867 883 72 681 459 127 945 333 - 795 247 127 150 086
Rendimento integral total consolidado do períodoResultado líquido consolidado do período -47 372 348 - 47 372 348 - 60 904 - 47 433 252Outro rendimento integral consolidado do período 2 982 180 2 982 180 24 179 3 006 359
Total -47 372 348 2 982 180 - 44 390 168 - 36 725 - 44 426 893
Plano de pagamento com base em ações 176 418 176 418 117 176 535Alteração da percentagem de interesse -1 644 196 999 574 - 644 622 644 622 Outros -1 457 382 -1 457 382 41 735 - 1 415 647
Saldo em 30 de setembro 2014 700 000 000 3 131 757 -698 165 391 76 663 213 81 629 579 - 145 498 81 484 081
O Conselho de Administração
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas
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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em euros)
Notas 30.09.2014 30.09.2013
ATIVIDADES OPERACIONAIS: Não AuditadoReexpresso
Recebimento de clientes 826 059 311 885 535 950
Pagamentos a fornecedores 674 450 120 723 256 699
Pagamentos ao pessoal 132 770 241 147 838 892
Fluxos gerados pelas operações 18 838 950 14 440 359
Pagamento / (recebimento) de imposto sobre o rendimento 6 648 983 3 331 427
Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à atividade operacional 4 295 769 7 319 753
Fluxos das atividades operacionais (1) 16 485 736 18 428 685
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 89 014Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis 20 29 898 940 5 829 323Subsídios ao investimento 774 076 118 594Dividendos 25 000 12 000Ativos não correntes detidos para venda 4 434 516
35 132 532 6 048 931Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 1 339Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis 31 512 294 13 990 686Outros 122 560 131
31 636 193 13 990 817 Fluxos das atividades de investimento (2) 3 496 339 - 7 941 886
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:
Juros e rendimentos similares 546 295 719 858Empréstimos obtidos 2 190 794 536 2 110 006 572Aumentos de capital 97 196
2 191 438 027 2 110 726 430Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares 31 835 548 28 797 544Empréstimos concedidos a partes relacionadas 3 000 000Empréstimos obtidos 2 174 786 707 2 047 705 097Amortização de contratos de locação financeira 4 324 171 3 515 696
Outros 74 511
2 210 946 426 2 083 092 848 Fluxos das atividades de financiamento (3) - 19 508 399 27 633 582
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 473 676 38 120 381Efeito das diferenças de câmbio - 116 592 - 82 519Caixa e seus equivalentes no início do período 12 20 940 411 - 14 585 872Caixa e seus equivalentes no fim do período 12 21 530 679 23 617 028
O Conselho de Administração
SONAE INDÚSTRIA, S.G.P.S., S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 30 DE SETEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em euros)
As notas anexas fazem parte destas demonstrações financeiras consolidadas.
1
SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
PARA O PERÍODO FINDO EM 30 DE SETEMBRO DE 2014
(Montantes expressos em euros)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A SONAE INDÚSTRIA, SGPS, SA tem a sua sede no Lugar do Espido, Via Norte, Apartado
1096, 4470-909 Maia, Portugal.
As ações da sociedade encontram-se admitidas à cotação na Euronext Lisbon.
As demonstrações financeiras consolidadas dos períodos findos em 30 de setembro de
2014 e 30 de junho de 2014 foram sujeitas a revisão limitada pelo Revisor Oficial de Contas
e Auditor Externo da Sociedade.
As demonstrações financeiras consolidadas dos períodos findos em 30 de setembro de
2013 e 30 de junho de 2013 não foram sujeitas a revisão limitada pelo Revisor Oficial de
Contas e Auditor Externo da Sociedade.
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nas
políticas contabilísticas divulgadas nas notas anexas às demonstrações financeiras
consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, exceto no que diz respeito à
política contabilística de registo dos investimentos em empreendimentos conjuntos, que foi
alterada conforme mencionado nas notas 2.2.2 e 3.
2
2.1. Bases de apresentação
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com a
norma IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar. Como tal, não incluem a totalidade da
informação a ser divulgada nas demonstrações financeiras consolidadas anuais, pelo
que deverão ser lidas em conjugação com as demonstrações financeiras
consolidadas do exercício transato.
2.2. Alterações às normas de contabilidade
A Sociedade prepara as suas demonstrações financeiras consolidadas tendo por
base as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo
“International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo
“IFRS Interpretations Committee” (“IFRS IC), aplicáveis ao exercício iniciado em 1 de
janeiro de 2014 e aprovadas pela União Europeia.
2.2.1. Durante o período findo em 30 de setembro de 2014, foram emitidas as seguintes
normas de aplicação obrigatória em exercícios posteriores, que, à data de
encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, ainda não
tinham sido aprovadas pela União Europeia:
IAS 19 (alteração), Benefícios dos Empregados (a aplicar em exercícios que se
iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Esta alteração aplica-se aos contributos dos
empregados ou de partes terceiras para planos de benefícios definidos e pretende
simplificar a contabilização de contribuições que são independentes do número de
anos de serviço;
Melhoria de normas 2012 (a aplicar em exercícios que se iniciem em ou após 1 de
julho de 2014). Estas alterações resultam de projetos anuais de melhorias
concretizados no ciclo 2010-2012, que afetaram as seguintes normas: IFRS 2 -
Pagamento com Base em Ações, IFRS 3 – Combinações de negócios, IFRS 8 –
Segmentos Operacionais, IFRS 13 – Mensuração do Justo Valor, IAS 16 – Ativos
Fixos Tangíveis, IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, IAS 37 – Provisões, Ativos e
Passivos Contingentes e IAS 39 – Instrumentos Financeiros – Registo e Mensuração;
Melhoria de normas 2013 (a aplicar em exercícios que se iniciem em ou após 1 de
julho de 2014). Estas alterações resultam de projetos anuais de melhorias
concretizados no ciclo 2011-2013, que afetaram as seguintes normas: IFRS 1 –
Adoção pela Primeira Vez, IFRS 3 – Combinações de Negócios, IFRS 13 –
Mensuração do justo valor e IAS 40 – Propriedades de Investimento;
3
IFRS 11 (alteração), Acordos conjuntos (a aplicar em exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração acrescenta novas diretrizes sobre a forma
de contabilizar a aquisição de uma participação numa operação conjunta que
constitua um negócio;
IAS 16 (alteração), Ativos Fixos Tangíveis, e IAS 38 (alteração), Ativos Intangíveis (a
aplicar em exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração
esclarece que a utilização de métodos de depreciação baseados no rédito não são
apropriados na medida em que a geração de rédito por uma atividade que inclua a
utilização de um ativo geralmente reflete fatores para além do consumo dos
benefícios económicos incorporados no ativo. Adicionalmente, a alteração também
esclarece que o rédito é geralmente considerado uma base inapropriada de
mensuração do consumo dos benefícios económicos incorporados num ativo
intangível;
IAS 27 (alteração), Demonstrações Financeiras Separadas (a aplicar em exercícios
que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Esta alteração permite a utilização
do método de equivalência patrimonial na contabilização de participações em
subsidiárias, empresas controladas conjuntamente e empresas associadas, na
elaboração de demonstrações financeiras separadas;
IFRS 10 (alteração), Demonstrações Financeiras Consolidadas, e IAS 28 (alteração),
Investimentos em Associadas e Empresas Controladas Conjuntamente (a aplicar em
exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016). Estas alterações
abordam uma inconsistência entre os requisitos da IFRS 10 e os da IAS 28 no que diz
respeito ao tratamento de vendas ou entradas em espécie de ativos por parte de um
investidor a uma sua associada ou empresa controlada conjuntamente. Um ganho ou
perda parcial é registado quando a transação envolve ativos que não constituam um
negócio, mesmo que esses ativos sejam provenientes de uma subsidiária;
IFRS 9 (novo), Instrumentos Financeiros (a aplicar em exercícios que se iniciem em
ou após 1 de janeiro de 2018). Esta norma substitui as diretrizes incluídas na IAS 39.
Inclui requisitos de classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros.
Inclui, ainda, um modelo de perdas esperadas em créditos que substitui o atual
modelo de perdas por imparidade incorridas;
IFRS 14 (nova), Desvios Tarifários (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 1 de janeiro de 2016). Esta norma permite às entidades que adotem as IFRS
pela primeira vez continuar a registar os ativos e passivos regulatórios de acordo com
4
a política seguida no âmbito do normativo anterior. Contudo, para permitir a
comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS e não registam ativos ou
passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser divulgados nas
demonstrações financeiras separadamente;
IFRS 15 (nova), Rédito de Contratos com Clientes, (a aplicar nos exercícios que se
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017). Esta norma aplica-se apenas a contratos
para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade registe o
rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é
satisfeita, pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito,
conforme previsto na “metodologia dos cinco passos”;
IFRIC 21 (nova), Taxas do Governo (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou
após 17 de junho de 2014). Trata-se de uma interpretação à norma IAS 37 e ao
registo de passivos, e permite clarificar que o acontecimento passado que resulta
numa obrigação de pagamento de uma taxa de imposto (exceto imposto sobre o
rendimento – IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que
obriga ao pagamento.
A Sociedade estima que a aplicação destas normas não terá efeitos significativos nas
suas demonstrações financeiras consolidadas.
2.2.2. À data de 30 de setembro de 2014, tinham entrado em vigor as seguintes normas que
se encontravam emitidas e aprovadas pela União Europeia em 31 de dezembro de
2013:
IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras. A IFRS 10 substitui todos os
procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação,
incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios a
aplicar para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma entidade
consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única
entidade, permanece inalterado;
IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’. A IFRS 11 incide sobre os direitos e obrigações
dos acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos
podem ser operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou
empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos, que são registados por
aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação de
empreendimentos conjuntos por integração proporcional deixa de ser permitida;
5
IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’. Esta norma
estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras
entidades, tais como subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades
estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros
associados aos interesses da Entidade;
Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’. A emenda clarifica
que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12
resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o
período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas
reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. Os requisitos de
divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12;
IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’. A IAS 27 foi revista,
na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e
divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e
associadas, quando a Entidade prepara demonstrações financeiras separadas;
IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’.
A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento
contabilístico para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos.
Define, ainda, os requisitos de aplicação do método de equivalência patrimonial;
IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros. Esta alteração faz
parte do projeto de “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar
a noção de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns
sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação)
podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos;
IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros. Esta
alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos fixos
tangíveis e intangíveis em imparidade, quando este tenha sido mensurado através do
modelo do justo valor menos custos estimados de venda;
IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuação da contabilidade de
cobertura’. A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a
contabilização de cobertura quando a contraparte de um derivado, que tenha sido
designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de
6
compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou
regulamentação;
Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’. A alteração
define uma Sociedade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção
à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que se
qualifiquem como Sociedades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias
devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por
referência à IAS 39. Divulgação específicas exigidas pela IFRS 12.
Os efeitos da aplicação destas normas nas presentes demonstrações financeiras
consolidadas encontram-se detalhados na nota 3.
2.3. Conversão das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
As cotações utilizadas na conversão para euros das contas das filiais e empresas
associadas estrangeiras foram as seguintes:
3. ALTERAÇÃO DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
3.1. Empreendimentos conjuntos
Nas presentes demonstrações financeiras consolidadas, a Sociedade passou a registar os
seus investimentos em empreendimentos conjuntos através do método de equivalência
patrimonial (MEP). Até 31 de dezembro de 2013, as sociedades que constituem
empreendimentos conjuntos eram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
pelo método de integração proporcional (PROP). Em consequência da adoção do método
de equivalência proporcional, a informação dos períodos comparativos foi reexpressa.
Os efeitos desta alteração na Demonstração Consolidada de Posição Financeira do período
comparativo foram os seguintes:
Libra inglesa 0.7773 0.8118 0.8337 0.8489 0.8361 0.8518Rand sul-africano 14.2613 14.5307 14.5666 12.7730 13.5980 12.4425Dólar canadiano 1.4058 1.4816 1.4671 1.3669 1.3912 1.3471Dólar americano 1.2583 1.3548 1.3791 1.3275 1.3505 1.3163Franco suiço 1.2063 1.2180 1.2276 1.2308 1.2225 1.2313
Fonte: Bloomberg
30.09.2014 31.12.2013 30.09.2013
Final do exercício
Média do exercício
Final do exercício
Média do exercício
Final do exercício
Média do exercício
7
ATIVO 31.12.2013 31.12.2013 Var.PROP (a) MEP (b) (b) - (a)
ATIVOS NÃO CORRENTES:Ativos fixos tangíveis 811 477 229 791 474 128 - 20 003 101Goodwill 81 840 163 81 840 163 Ativos intangíveis 7 491 577 7 398 158 - 93 419Propriedades de investimento 1 268 956 1 268 956 Investimentos em associadas 1 566 686 1 566 686 Investimentos em empreendimentos conjuntos 5 638 909 5 638 909Investimentos disponíveis para venda 1 108 824 1 108 824 Ativos por impostos diferidos 34 003 208 33 241 208 - 762 000Outros ativos não correntes 1 073 819 15 248 819 14 175 000
Total de ativos não correntes 939 830 462 938 785 851 - 1 044 611
ATIVOS CORRENTES:Existências 123 468 707 118 045 777 - 5 422 930Clientes 121 013 543 117 503 156 - 3 510 387Outras dívidas de terceiros 5 565 730 5 561 605 - 4 125Estado e outros entes públicos 10 182 506 10 013 586 - 168 920Outros ativos correntes 13 979 041 13 894 674 - 84 367Caixa e equivalentes de caixa 27 295 811 26 988 389 - 307 422
Total de ativos correntes 301 505 338 292 007 187 - 9 498 151
Ativos não correntes detidos para venda 4 318 092 4 318 092
TOTAL DO ATIVO 1 245 653 892 1 235 111 130 - 10 542 762
CAPITAL PRÓPRIO, INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 700 000 000 700 000 000 Reserva legal 3 131 757 3 131 757 Outras reservas e resultados acumulado - 647 867 883 - 647 867 883 Outro rendimento integral acumulado 72 681 459 72 681 459
Total 127 945 333 127 945 333 Interesses que não controlam - 795 247 - 795 247
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 127 150 086 127 150 086
PASSIVO:PASSIVOS NÃO CORRENTES:Empréstimos bancários de longo prazo - líquidos da parcela de curto prazo 123 145 528 123 145 528 Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - líquidos da parcela de curt 118 908 927 118 908 927 Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 30 153 351 30 153 351 Outros empréstimos 2 553 262 2 553 262 Benefícios pós-emprego 25 651 828 25 651 828 Outros passivos não correntes 55 758 364 54 031 408 - 1 726 956Passivos por impostos diferidos 73 558 661 72 647 868 - 910 793Provisões 7 433 001 7 352 456 - 80 545
Total de passivos não correntes 437 162 922 434 444 628 - 2 718 294
PASSIVOS CORRENTES:Parcela de curto prazo dos empréstimos bancários de longo prazo 22 165 408 22 165 408 Empréstimos bancários de curto prazo 201 693 837 198 547 978 - 3 145 859Parcela de curto prazo dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis 129 918 927 129 918 927 Parcela de curto prazo dos credores por locações financeiras de longo pra 5 558 615 5 558 615 Outros empréstimos 70 902 123 70 902 123 Fornecedores 156 380 414 153 098 712 - 3 281 702Estado e outros entes públicos 12 259 031 12 186 237 - 72 794Outros passivos correntes 81 137 986 79 813 873 - 1 324 113Provisões 1 324 543 1 324 543
Total de passivos correntes 681 340 884 673 516 416 - 7 824 468
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 1 245 653 892 1 235 111 130 - 10 542 762
01.01.2013 01.01.2013 Var.PROP (a) MEP (b) (b) - (a)
Total do Ativo 1269 874 764 1255 862 783 -14 011 981Total do Capital Próprio 131 945 011 131 945 011 Total do Passivo 1137 929 753 1123 917 772 -14 011 981
8
Os efeitos desta alteração na Demonstração Consolidada de Resultados do período
comparativo foram os seguintes:
3.2. Responsabilidades por planos de benefícios definidos
Nas demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de
2013, a Sociedade passou a aplicar a norma IAS 19 (revista), que alterou a política
contabilística de registo de remensurações em planos de benefícios definidos. Esta
alteração teve efeitos retroativos, que afetaram a Demonstração Consolidada de Alterações
nos Capitais Próprios do período comparativo (30 de setembro de 2013) da seguinte forma:
As alterações referidas em 3.1 e 3.2 não provocaram efeitos nas rubricas de Outro
Rendimento Integral do período comparativo.
30.09.2013 30.09.2013 Var.PROP (a) MEP (b) (b) - (a)
Vendas 935 693 150 911 850 175 - 23 842 975Prestação de serviços 2 960 816 3 231 677 270 861Outros rendimentos e ganhos 18 993 547 18 144 438 - 849 109Custo das vendas 493 101 982 482 890 888 - 10 211 094Variação da produção - 5 000 580 - 4 189 962 810 618Fornecimentos e serviços externos 254 971 704 245 355 858 - 9 615 846Gastos com o pessoal 151 937 931 147 366 439 - 4 571 492Amortizações e depreciações 56 300 533 53 795 016 - 2 505 517Provisões e perdas por imparidade (aumento/diminuições) - 8 055 625 - 8 058 091 - 2 466Outros gastos e perdas 9 922 592 9 804 202 - 118 390
Resultado operacional 4 468 976 6 261 940 1 792 964
Rendimentos financeiros 3 960 184 4 324 399 364 215Gastos financeiros 47 591 092 47 120 484 - 470 608Resultados relativos a empresas associadas - 686 481 - 686 481 Resultados relativos a empreendimentos conjuntos - 2 627 787 - 2 627 787Resultados relativos a investimentos
Resultado antes de impostos - 39 848 413 - 39 848 413
Imposto sobre o rendimento 5 546 019 5 546 019 Resultado depois de impostos das operações que continuam - 45 394 432 - 45 394 432
Resultados depois de impostos de operações em descontinuação
Resultado consolidado do exercício - 45 394 432 - 45 394 432
Atribuível a:Accionistas da Empresa-Mãe - 44 953 224 - 44 953 224
Atribuível a:Interesses que não controlam - 441 208 - 441 208
f hi h
Total do Capital Próprio
Consolidado
30.09.2013
Publicado 76 930 696Alteração IAS 19 - remensurações -3 212 055Reexpresso 73 718 641
9
4. EMPRESAS FILIAIS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
Durante o período findo em 30 de setembro de 2014, foram liquidadas as sociedades Tafisa
Investissement e Tafisa Participation, com efeitos irrelevantes nas presentes demonstrações
financeiras consolidadas.
Durante o mesmo período, a subsidiária Tafisa – Tableros de Fibras, SA realizou um
aumento de capital que elevou de 98,78% para 99,86% a participação, direta e indireta, do
Grupo no capital social desta entidade.
5. EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Os empreendimentos conjuntos, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 30 de
setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, são os seguintes:
FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL DETIDO % DE CAPITAL DETIDO
30.09.2014 31.12.2013
Direto Total Direto Total
Laminate Park GmbH & Co. KG Eiweiler (Alemanha) 50,00% 49,56% 50,00% 49,39%
Tecmasa, Reciclados de Andalucia, S. L. Alcalá de Guadaira (Espanha) 50,00% 49,56% 50,00% 49,39%
Laminate Park GmbH & Co. KG é uma sociedade controlada conjuntamente, com sede na
Alemanha, onde desenvolve a sua atividade de produção e comercialização de pavimentos
derivados de madeira.
Tecmasa, Reciclados de Andalucia, SL é uma sociedade controlada conjuntamente, com
sede em Espanha. A sua atividade consiste na compra e venda de madeira para
reciclagem.
O controlo conjunto destas entidades está estabelecido contratualmente.
As ações destas sociedades não estão cotadas, razão pela qual não é possível identificar o
justo valor de nível um das respetivas participações financeiras.
10
Os ativos líquidos e os resultados líquidos destas sociedades que constituem
empreendimentos conjuntos, cuja quota-parte foi registada nas presentes demonstrações
financeiras consolidadas por aplicação do método de equivalência patrimonial, detalham-se
como segue:
6. EMPRESAS ASSOCIADAS
As empresas associadas, suas sedes sociais e proporção do capital detido, em 30 de
setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, são os seguintes:
FIRMA SEDE SOCIAL % DE CAPITAL DETIDO % DE CAPITAL DETIDO
30.09.2014 31.12.2013
Direto Total Direto Total
Serradora Boix Barcelona 31.25% 30.97%% 31.25% 30.87%
Os ativos líquidos e os resultados líquidos desta empresa associada, cuja quota-parte foi
registada nas presentes demonstrações financeiras consolidadas por aplicação do método
de equivalência patrimonial, detalham-se como segue:
Os ativos, passivos, rendimentos e ganhos operacionais e resultado líquido apresentados
no quadro anterior referem-se às demonstrações financeiras anuais da empresa associada
do exercício precedente a 30.09.2014 e 31.12.2013, respetivamente. A Sociedade estima
não serem materialmente relevantes os efeitos decorrentes deste desfasamento temporal.
Laminate ParkTecmasa,
Reciclados de Andalucia
Laminate ParkTecmasa,
Reciclados de Andalucia
Ativos não correntes 38 428 043 227 558 41 466 898 250 141Ativos correntes 23 360 601 394 317 19 754 292 407 493Passivos não correntes 33 309 589 33 786 589 Passivos correntes 21 862 497 65 916 16 698 738 111 652Rendimentos e ganhos operacionais 60 723 374 397 271 82 050 724 529 667Gastos e perdas operacionais 63 230 029 336 928 96 042 248 433 175Resultado das operações que continuam -4 119 306 59 977 -9 475 061 73 108
30.09.2014 31.12.2013
30.09.2014 31.12.2013
Ativos 13 773 765 16 565 084Passivos 9 434 255 11 328 114Rendimentos e ganhos operacionais 22 311 843 22 631 416Resultado líquido - 719 457 -2 223 794
11
7. INVESTIMENTOS
Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a rubrica Investimentos em
empreendimentos conjuntos e em empresas associadas, da Demonstração Consolidada de
Posição Financeira, pode decompor-se como segue:
8. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, os movimentos ocorridos no valor
dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade
acumuladas, foram os seguintes:
Reexpresso
Investimentos em empreendimentos conjuntos
Saldo inicial 5 638 909 9 008 848
Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial -2 054 684 -3 369 939
Saldo final 3 584 225 5 638 909
Investimentos em associadas
Saldo inicial 1 566 686 2 262 846
Efeito de aplicação do método de equivalência patrimonial - 222 095 - 696 160
Saldo final 1 344 591 1 566 686
30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso
Ativo Bruto:
Saldo inicial 2 437 445 591 2 137 978 726
Investimento 45 326 911 22 128 751
Desinvestimento 144 391 900 28 007 802
Revalorização 364 778 071
Transferências e reclassificações 187 280 221 665
Variações cambiais 15 557 685 - 59 653 820
Saldo final 2 354 125 567 2 437 445 591
Depreciações e Perdas por Imparidade Acumuladas:
Saldo inicial 1 645 971 463 1 357 143 659
Depreciações do exercício 51 228 904 69 075 494
Perdas por imparidade do exercício 2 130 687 37 741 500
Desinvestimento 133 796 557 20 076 078
Revalorização 236 815 660
Reversão de perdas de imparidade 766 671 6 736 192
Transferências e reclassificações 818
Variações cambiais 8 212 886 - 27 992 580
Saldo final 1 572 981 530 1 645 971 463
Saldo final líquido 781 144 037 791 474 128
31.12.201330.09.2014
12
Os montantes apresentados em desinvestimento do período findo em 30.09.2014 referem-
se, principalmente, aos ativos fixos tangíveis das unidades industriais de Auxerre e Le
Creusot, que foram alienados em abril de 2014.
À data de 31 de dezembro de 2013, o Grupo procedeu à revalorização dos seus terrenos e
edifícios incluídos em Ativos Fixos Tangíveis, na Demonstração Consolidada de Posição
Financeira. Se os ativos fixos tangíveis que integram a rubrica Edifícios tivessem sido
mantidos pelo seu custo de aquisição, o montante das depreciações do período findo em 30
de setembro de 2014 viria reduzido em 4 013 898 euros.
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, o valor dos
ativos fixos tangíveis hipotecados como garantia de passivos do Grupo ascendia a 163 518
178 euros (167 568 888 euros a 31 de dezembro de 2013).
9. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES
A rubrica Outros ativos não correntes da Demonstração Consolidada de Posição Financeira,
nas datas de 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, apresentava o seguinte
detalhe:
A rubrica Empréstimos a partes relacionadas incluía, em 31 de dezembro de 2013,
empréstimo concedido à sociedade controlada conjuntamente Laminate Park GmbH & Co.
KG no montante de 14 175 000 euros. Este empréstimo vence-se em 30 de junho de 2015,
razão pela qual foi reclassificado na rubrica Outras dívidas de terceiros, do ativo corrente, à
data de 30 de setembro de 2014.
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Clientes e Outros Devedores 965 730 965 730 1 072 123 1 072 123Empréstimos a partes relacionadas 10 931 182 10 931 182 25 106 182 10 931 182 14 175 000
Instrumentos Financeiros 11 896 912 10 931 182 965 730 26 178 305 10 931 182 15 247 123
Estado e Outros entes Públicos Outros 1 696 1 696 1 696 1 696
Activos não abrangidos pela IFRS 7 1 696 1 696 1 696 1 696
Total 11 898 608 10 931 182 967 426 26 180 001 10 931 182 15 248 819
30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso
13
10. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
À data de encerramento das presentes demonstrações financeiras consolidadas, a rubrica
Outras dívidas de terceiros, do ativo corrente, detalhava-se da seguinte forma:
11. OUTROS ATIVOS CORRENTES
O detalhe da rubrica Outros ativos correntes da Demonstração Consolidada de Posição
Financeira, nas datas de 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, era o
seguinte:
12. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a rubrica Caixa e equivalentes de
caixa, da Demonstração Consolidada de Posição Financeira, apresentava o seguinte
detalhe:
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Reexpresso
Outros devedores 4 339 437 3 502 4 335 935 4 135 339 3 502 4 131 837Partes relacionadas 14 309 574 14 309 574 175 525 175 525
Instrumentos financeiros 18 649 011 3 502 18 645 509 4 310 864 3 502 4 307 362
Outros devedores 2 589 694 2 589 694 1 254 243 1 254 243Activos não abrangidos pela IFRS 7 2 589 694 2 589 694 1 254 243 1 254 243
Total 21 238 705 3 502 21 235 203 5 565 107 3 502 5 561 605
30.09.2014 31.12.2013
Valor Bruto Imparidade Valor Líquido Valor Bruto Imparidade Valor Líquido
Reexpresso Reexpresso Reexpresso
Instrumentos derivados 145 131 145 131 77 618 77 618Instrumentos financeiros 145 131 145 131 77 618 77 618
Acréscimo de rendimentos 4 288 966 4 288 966 6 252 674 6 252 674Gastos diferidos 6 432 665 6 432 665 7 564 382 7 564 382
Activos não abrangidos pela IFRS 7 10 721 631 10 721 631 13 817 056 13 817 056
Total 10 866 762 10 866 762 13 894 674 13 894 674
31.12.201330.09.2014
30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso
Numerário 60 853 53 319Depósitos Bancários e Outras Aplicações de Tesouraria 24 863 913 26 935 070
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Posição Financeira (Instrumentos financeiros)
24 924 766 26 988 389
Descobertos Bancários 3 394 087 6 047 978
Caixa e Equivalentes de Caixa na Demonstração de Fluxos de Caixa 21 530 679 20 940 411
14
13. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
No período findo em 30 de setembro de 2014, o Grupo concretizou a venda dos ativos
remanescentes da unidade industrial de Knowsley, Inglaterra, que à data de 31 de
dezembro de 2013 se mantinham registados na rubrica Ativos não correntes detidos para
venda.
14. OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL
A rubrica Outro rendimento integral acumulado, da Demonstração Consolidada de Posição
Financeira, apresenta o seguinte detalhe:
15. EMPRÉSTIMOS
Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, os empréstimos registados na
Demonstração Consolidada de Posição Financeira tinham o seguinte detalhe:
Conversão monetária
Ativos disponíveis para venda
Reserva de revalorização
Remensurações em planos de
benefícios definidos
Quota-parte do Outro Rendimento
Integral das Associadas e
Empreendimentos Conjuntos
Imposto relativo às componentes
de outro rendimento
integral
Total
Saldo em 1 de janeiro de 2013 - reexpresso 2 699 144 93 816 -4 019 786 - 846 808 - 380 018
Outro rendimento integral consolidado do exercício - reexpresso -12 530 978 - 11 481 -12 542 459
Saldo em 30 de setembro 2013 - reexpresso -9 831 834 82 335 -4 019 786 - 846 808 -12 922 477
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Conversão monetária
Ativos disponíveis para venda
Reserva de revalorização
Remensurações em planos de
benefícios definidos
Quota-parte do Outro Rendimento
Integral das Associadas e
Empreendimentos Conjuntos
Imposto relativo às componentes
de outro rendimento
integral
Total
Saldo em 1 de janeiro de 2014 - 16 496 846 88 950 126 516 277 - 3 198 742 1 371 957 35 600 137 72 681 459
Outro rendimento integral consolidado do exercício 2 989 893 - 7 713 2 982 180
Alteração da percentagem de interesse 100 464 969 1 280 046 - 32 965 14 955 363 895 999 574
Saldo em 30 de setembro 2014 -13 406 489 82 206 127 796 323 -3 231 707 1 386 912 35 964 032 76 663 213
Outro rendimento integral acumulado
Atribuível aos accionistas da empresa-mãe
Corrente Não corrente Corrente Não corrente Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Reexpresso Reexpresso Reexpresso Reexpresso
Empréstimos bancários 380 590 144 88 917 872 381 131 480 89 390 386 220 713 386 123 145 528 221 706 044 123 649 568Empréstimos obrigacionistas 29 997 945 104 130 353 30 000 000 105 000 000 129 918 927 118 908 927 130 000 000 120 000 000Credores por locações financeiras 6 122 442 25 284 795 6 122 442 25 284 795 5 558 615 30 153 351 5 558 615 30 153 351Outros empréstimos 59 762 343 2 748 238 60 397 225 2 748 238 70 902 123 2 553 262 71 656 925 2 553 261Empréstimos de partes relacionadas (nota 17) 16 666 667 16 666 667
Endividamento bruto 493 139 541 221 081 258 494 317 814 222 423 419 427 093 051 274 761 068 428 921 584 276 356 180
Caixa e equiv. caixa no balanço 24 924 766 24 924 766 26 988 389 26 988 389Endividamento líquido 468 214 775 221 081 258 469 393 048 222 423 419 400 104 662 274 761 068 401 933 195 276 356 180
Endividamento líquido total
31.12.201330.09.2014
Custo Amortizado Valor nominal Custo Amortizado Valor nominal
689 296 033 691 816 467 674 865 730 678 289 375
15
As principais alterações ocorridas nas rubricas de empréstimos, durante o período findo em
30 de setembro de 2014, foram os seguintes:
15.1. Empréstimos Bancários:
a) Em janeiro de 2006 foi celebrado um contrato entre a Sonae Indústria, SGPS, S.A. e um
conjunto de instituições financeiras para emissão de papel comercial, aditado em setembro
de 2010. À data de 30 de setembro de 2014 existiam emissões de papel comercial por
vencer no montante de 26 650 000 euros (20 000 000 euros em 31 de dezembro de 2013);
b) Em agosto de 2010, a Sonae Industria SGPS, S.A. celebrou um contrato de
financiamento, por um montante de 10.000.000 euros, com uma instituição financeira
portuguesa, que vence juros a uma taxa variável e era amortizável até novembro de 2015.
Em agosto de 2014, foi acordado aumentar o prazo do contrato para agosto de 2017. Em 30
de setembro de 2014, o valor do empréstimo era de 3 333 333 euros.
c) Em setembro de 2010 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um contrato para emissão
de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, sendo o montante nominal
máximo de 2 500 000 euros. Em março de 2014, o limite máximo foi aumentado para 12
500 000 euros, com efeitos a partir de abril de 2014. O prazo de vencimento atual do
programa é setembro de 2015. À data de 30 de setembro de 2014, o limite estava a ser
totalmente tomado (em 31 de dezembro de 2013, não havia papel comercial emitido ao
abrigo deste contrato);
d) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento com um
conjunto de instituições financeiras da América do Norte. Em meados de julho de 2014, este
contrato de financiamento foi refinanciado através de um novo empréstimo no valor máximo
de CAD 90 000 000 (revolving), com vencimento em julho de 2019 (pela redução trimestral
do montante máximo disponível). À data de 30 de setembro de 2014, o valor do empréstimo
ascendia a CAD 75 501 389 (53 707 158 euros);
e) Em julho de 2011, a Tafisa Canada Inc. celebrou um contrato de financiamento no valor
de CAD 5 000 000 com uma instituição financeira canadiana. Em meados de julho de 2014,
foi acordado efetuar um reembolso de CAD 1 126 255 e reduzir o prazo do contrato em 12
meses, para abril de 2016. À data de 30 de setembro de 2014, o valor do empréstimo era de
CAD 2 398 997 (1 706 503 euros);
16
f) Em setembro de 2013 a Sonae Industria, SGPS, S.A. celebrou um contrato para emissão
de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, sendo o montante nominal
máximo de 25 000 000 euros. O prazo de vencimento atual é dezembro de 2014. À data de
30 de setembro de 2014, o limite estava a ser totalmente tomado (em 31 de dezembro de
2013 não havia papel comercial emitido ao abrigo deste contrato);
g) Em junho de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato de agência para a
emissão de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, com um montante
nominal máximo de 50 000 000 euros, sem garantia de subscrição, aumentado para 100
000 000 euros, em dezembro de 2013. O programa vence-se em junho de 2018. À data de
30 de setembro de 2014, o valor de papel comercial ascendia a 74 750 000 euros;
h) Em novembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA e a Taiber, Tableros Aglomerados
Ibéricos, S.L. celebraram um contrato de financiamento com uma instituição financeira
portuguesa, por um montante máximo de 50 000 000 euros, repartidos em desembolsos
que podiam ser efetuados por cada uma das entidades durante o prazo máximo de seis
meses. Este empréstimo tem como garantia penhor das ações da subsidiária Sonae
Novobord. À data de 30 de setembro de 2014, o valor do empréstimo contraído pela Taiber,
Tableros Aglomerados Ibéricos, S.L. ascendia a 39 000 000 euros (não tinham sido
efetuados desembolsos à Sonae Indústria, SGPS, SA). Em meados de outubro de 2014, a
maturidade foi prorrogada de outubro de 2014 para 15 de dezembro de 2014;
i) Em dezembro de 2013, a Sonae Indústria, SGPS, SA celebrou um contrato para emissão
de papel comercial com uma instituição financeira portuguesa, sendo o montante nominal
máximo de 65 000 000 euros. O prazo de vencimento atual é dezembro de 2014. Em 30 de
setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o limite estava a ser totalmente tomado;
j) No início de agosto 2014, a Sonae Industria SGPS celebrou um contrato para emissão de
papel comercial por subscrição particular, com o montante nominal máximo de 50 000 000
euros. O prazo de vencimento atual do programa é 4 de dezembro de 2014. Em 30 de
setembro de 2014, o limite estava a ser totalmente tomado;
k) Os empréstimos obtidos de partes relacionadas, que à data de 30 de setembro de 2014
importavam em 16 666 666 euros (eram inexistentes em 31 de dezembro de 2013) foram
incluídos no cálculo do endividamento total líquido. Este empréstimo vence-se em 27 de
março de 2015.
Em 30 de setembro de 2014, o montante de outros ativos onerados como garantia de
passivos do Grupo ascendia a 60 296 220 euros.
17
15.2. Empréstimos obrigacionistas
a) Em março de 2014, a Sociedade procedeu ao reembolso do empréstimo obrigacionista
Sonae Indústria 2006/2014, emitido em março de 2006, no valor de 50 000 000 euros,
reembolsado numa única prestação no final do prazo de 8 anos;
b) Em maio de 2014, a Sociedade procedeu ao reembolso de 15 000 000 euros do
empréstimo obrigacionista Sonae Indústria 2010/2017, emitido em maio de 2010, no
montante de 150 000 000 euros;
c) Em agosto de 2014, a Sociedade procedeu ao reembolso do empréstimo obrigacionista
Sonae Indústria 2006/2014 – 2ª emissão, emitido em agosto de 2006, no valor de 50 000
000 euros, reembolsado numa única prestação no final do prazo de 8 anos.
15.3. Outros empréstimos
a) Em 30 de setembro de 2014, o valor do empréstimo registado no âmbito da operação de
securitização celebrada entre o Grupo, o Banco ING Belgium SA/NV e a Finacity
Corporation ascendia a 54 304 630 euros (65 394 544 euros em 31 de dezembro de 2013).
Esta operação tem um prazo máximo até setembro de 2018, sendo a próxima data de
renovação 15 de dezembro de 2014.
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos financeiros,
nomeadamente porque não se verificou a transferência da totalidade do risco de crédito
associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais, num montante
de 76 711 218 euros (75 997 148 euros em 31 de dezembro de 2013) são mantidos no Ativo
consolidado.
b) Em 30 de setembro de 2014, o valor do empréstimo registado no decurso da operação de
factoring de créditos comerciais, celebrado pela Sonae Indústria – Produção e
Comercialização de Derivados de Madeira, S. A., ascendia a 4 050 708 euros (3 971 220
euros em 31 de dezembro de 2013).
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos financeiros,
18
nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco de crédito
associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais, num montante
de 4 817 136 euros (4 490 112 euros em 31 de dezembro de 2013) são mantidos no Ativo
consolidado.
c) Em junho de 2014, a Euroresinas – Indústria Químicas, S. A celebrou uma operação de
factoring de créditos comerciais num montante máximo de 1 500 000 euros, pelo prazo de
um ano, renovável. A operação iniciou-se no dia 1 de julho de 2014. Em 30 de setembro de
2014, o valor deste empréstimo ascendia a 663 325 euros.
Dado que não se verificam todos os critérios definidos pela Norma Internacional de
Contabilidade (IAS) 39 como necessários para o desreconhecimento de ativos financeiros,
nomeadamente porque não se verifica a transferência da totalidade do risco de crédito
associado aos créditos comerciais vendidos, os referidos créditos comerciais, num montante
de 697 659 euros são mantidos no Ativo consolidado.
16. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES
Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a rubrica Outros passivos não
correntes, da Demonstração Consolidada de Posição Financeira, pode ser detalhada como
segue:
30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso
Outros credores 12 537 894 18 803 578Instrumentos financeiros 12 537 894 18 803 578
Outras dívidas a terceiros 31 117 662 35 227 830Passivos não abrangidos pela IFRS 7 31 117 662 35 227 830
Total 43 655 556 54 031 408
19
17. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a rubrica Outros passivos
correntes, da Demonstração Consolidada de Posição Financeira, pode ser detalhada como
segue:
18. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS
Os movimentos ocorridos nas provisões e nas perdas por imparidade acumuladas, durante
o período findo em 30 de setembro de 2014, foram os seguintes:
30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso
Empréstimos de partes relacionadas 16 666 667 Instrumentos financeiros derivados 108 571 Fornecedores de ativos fixos tangíveis 18 326 673 4 132 686Outros credores 8 693 432 6 918 134
Instrumentos financeiros 43 795 343 11 050 820Outros credores 3 637 385 1 902 860Gastos a pagar: Seguros 774 190 194 182 Gastos com o pessoal 19 128 716 16 289 224 Encargos financeiros 10 055 828 7 048 783 Descontos de quantidade 18 239 130 17 140 989 Fornecimentos e serviços externos 9 955 175 10 076 761 Outros 6 777 055 8 039 729Rendimentos diferidos: Subsídios ao investimento 7 409 524 7 286 044 Outros 851 389 784 481
Passivos não abrangidos pela IFRS 7 76 828 392 68 763 053
Total 120 623 735 79 813 873
Variação OutrasDescrição cambial Aumento Utilização Reversão Variações
Perdas por imparidade:Ativos fixos tangíveis 65 372 467 2 130 687 766 671 - 20 360 351 46 376 132Goodwill 7 727 749 28 932 7 756 681Ativos intangíveis 19 242 3 923 23 165Outros ativos não correntes 10 931 182 10 931 182Clientes 24 524 621 57 150 2 611 084 1 112 519 - 624 448 25 455 888Outras dívidas de terceiros 3 502 3 502Subtotal perdas por imparidade 108 578 763 86 082 4 741 771 1 879 190 - 20 980 876 90 546 550
Provisões:Processos judiciais em curso 2 063 278 4 518 75 000 7 370 2 000 166Garantias a clientes 631 793 383 632 176Restruturações 562 548 22 283 16 703 793 6 683 355 10 605 269Outras 5 419 380 449 052 910 118 4 958 314Subtotal provisões 8 676 999 22 666 17 157 363 7 668 473 7 370 18 195 925
Subtotal perdas por imparidade e provisões 117 255 762 108 748 21 899 134 7 668 473 1 879 190 - 20 973 506 108 742 475
Outras perdas:Investimentos 36 985 875 36 985 875
Ajuste ao valor realizável líquido dos inventários 6 708 160 8 313 1 987 750 3 231 832 - 1 144 845 4 327 546Total 160 949 797 117 061 23 886 884 7 668 473 5 111 022 - 22 118 351 150 055 896
30.09.2014
Saldo inicial Saldo final
20
Os aumentos e diminuições de provisões e perdas por imparidade encontram-se incluídos
nas seguintes rubricas da Demonstração Consolidada de Resultados:
O montante apresentado em outras variações de perdas por imparidade em ativos fixos
tangíveis (-20 360 351 euros) refere-se às perdas por imparidade que estavam registadas
em ativos fixos tangíveis que foram alienados durante o período findo em 30 de setembro
de 2014.
Os montantes incluídos em aumento de provisões para reestruturação (16 703 793 euros)
referem-se a provisões constituídas ou aumentadas no âmbito de processos de
reestruturação em curso em Espanha, França e Alemanha.
19. PARTES RELACIONADAS
Os saldos e transações registados com partes relacionadas podem ser resumidos como
segue:
Perdas Ganhos
Custo das vendas 814 204 1 441 632Variação da produção 1 173 546 1 790 200
Provisões e perdas por imparidade 21 822 125 8 847 544Gastos com pessoal 77 009 700 119
Total (Demonstração Consolidada de Resultados) 23 886 884 12 779 495
30.09.2014
Saldos
30.09.2014 31.12.2013 30.09.2014 31.12.2013 30.09.2014 31.12.2013 30.09.2014 31.12.2013
Reexpresso Reexpresso Reexpresso
Outras filiais da empresa-mãe 499 132 284 452 2 080 945 1 561 094 16 666 667
Empreendimentos conjuntos 717 670 409 446 1 557 627 755 080 14 175 000 14 175 000
Obtidos Concedidos
EmpréstimosContas a receber Contas a pagar
Transações
30.09.2014 30.09.2013 30.09.2014 30.09.2013 30.09.2014 30.09.2013 30.09.2014 30.09.2013
Reexpresso Reexpresso Reexpresso Reexpresso
Outras filiais da empresa-mãe 971 955 927 176 3 880 700 5 083 823 585 266 953 122
Empreendimentos conjuntos 4 698 074 6 283 977 12 191 787 9 259 393 404 875 386 205
Rendimentos Juros SuportadosJuros AuferidosGastos
21
20. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica Outros rendimentos e ganhos, da Demonstração Consolidada de Resultados dos
períodos findos em 30 de setembro de 2014 e 2013, detalha-se como segue:
A rubrica Ganhos na Alienação e Abate de Propriedades de Investimentos, Ativos Fixos
Tangíveis e Ativos Intangíveis inclui o montante de aproximadamente 3 000 000 euros
referente a ativos fixos tangíveis das unidades industriais de Auxerre e Le Creusot, em
França, que foram alienadas durante o período findo em 30 de setembro de 2014. Inclui,
ainda, o montante de aproximadamente 1 900 000 euros relativo à alienação de ativos fixos
tangíveis provenientes de unidades industriais desativadas.
A rubrica Rendimentos Suplementares inclui o montante de aproximadamente 5 000 000
euros referente a inventários das unidades industriais de Auxerre e Le Creusot, cujo custo,
de igual montante, está incluído na rubrica Custo das Vendas, da Demonstração
Consolidada de Resultados.
A rubrica Outros inclui o montante de aproximadamente 13 200 000 euros, recebido a título
de indemnização de seguro no âmbito do sinistro ocorrido em 2011 na subsidiária Sonae
Industria (UK) Ltd. Trata-se de um montante cujo pagamento por parte das seguradoras
estava dependente da realização de investimentos adicionais, que entretanto foram
concretizados em unidades industriais localizadas na Alemanha e em Portugal. Este
montante foi incluído na rubrica Recebimentos provenientes de ativos fixos tangíveis e de
ativos intangíveis, da Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa.
30.09.2014 30.09.2013
Reexpresso
Ganhos na alienação de investimentos não correntes 66 515Ganhos na alien. e abate de prop. invest., ativos tang. e intang. 5 194 218 519 720Rendimentos suplementares 9 016 054 6 901 743Subsídios ao investimento 5 226 590 5 137 254Restituição de impostos 4 801 405 3 521 355Diferenças de câmbio favoráveis 1 763 327 1 435 109Outros 17 075 953 562 742
43 077 547 18 144 438
22
21. RUBRICAS OPERACIONAIS RECORRENTES E NÃO RECORRENTES
As rubricas de natureza operacional da Demonstração Consolidada de Resultados
apresentam a seguinte decomposição quanto à sua recorrência:
22. RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos períodos findos em 30 de setembro de 2014 e 2013 têm a
seguinte composição:
30.09.2014 30.09.2014 30.09.2014 30.09.2013 30.09.2013 30.09.2013Recorrente Não recorrente Total Recorrente Não recorrente Total
Vendas 850 965 815 545 218 851 511 033 911 269 013 581 162 911 850 175Prestação de serviços 4 202 377 - 5 648 4 196 729 3 231 677 3 231 677Outros rendimentos e ganhos 20 745 058 22 332 489 43 077 547 16 421 814 1 722 624 18 144 438Custo das vendas 464 411 225 - 2 952 974 461 458 251 483 111 237 - 220 349 482 890 888Variação da produção 3 048 719 2 118 429 5 167 148 - 4 953 738 763 776 - 4 189 962Fornecimentos e serviços externos 216 834 819 5 536 545 222 371 364 242 193 028 3 162 830 245 355 858Gastos com o pessoal 116 417 724 17 859 985 134 277 709 138 313 403 9 053 036 147 366 439Perdas por imparidade em clientes (aumentos/reduções) 1 499 602 - 1 037 1 498 565 1 737 293 1 737 293Outros gastos e perdas 7 631 703 1 231 102 8 862 805 7 892 065 1 912 137 9 804 202
Resultado operacional antes de amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade (exceto clientes)
66 069 458 - 919 991 65 149 467 62 629 216 - 12 367 644 50 261 572
Reexpresso
30.09.2014 30.09.2013Reexpresso
Gastos financeiros:Juros suportados
relativos a descobertos e empréstimos bancários 18 677 224 13 116 993relativos a obrigações não convertiveis 7 282 707 8 392 273relativos a contratos de locação financeira 2 577 045 2 906 419outros 1 718 788 2 627 721
30 255 764 27 043 406Diferenças de câmbio desfavoráveis
relativas a empréstimos 635 882 3 067 691 635 882 3 067 691
Descontos de pronto pagamento concedidos 10 734 966 11 666 496Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 477 668 210 625Outros gastos e perdas financeiros 5 116 835 5 132 266
47 221 115 47 120 484
30.09.2014 30.09.2013
Rendimentos financeiros: Reexpresso
Juros obtidosrelativos a depósitos bancários 20 751 25 089relativos a empréstimos a empresas relacionadas 404 875 386 205outros 55 969 92 307
481 595 503 601Diferenças de câmbio favoráveis
relativas a empréstimos 1 851 251 2 700 327 1 851 251 2 700 327
Descontos de pronto pagamento obtidos 795 912 585 356Ajustamento para o justo valor de instr. financ. registados ao justo valor através de resultados 382 125 452 160Outros rendimentos e ganhos financeiros 90 448 82 955
3 601 331 4 324 399
Resultados financeiros - 43 619 784 - 42 796 085
23
23. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento registados nos períodos findos em 30 de setembro de
2014 e 2013 são detalhados como segue:
24. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
A atividade principal do Grupo consiste na produção de painéis aglomerados de madeira e
produtos derivados destes, através de instalações fabris e comerciais localizadas em
Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Países Baixos, Canadá e África
do Sul.
À data de 30 de setembro de 2014 e 2013, os segmentos relatáveis identificados eram os
seguintes:
Europa do Norte;
Europa do Sul;
Resto do Mundo.
30.09.2014 30.09.2013
Reexpresso
Imposto corrente 4 275 829 5 345 402Imposto diferido - 1 902 226 200 617
2 373 603 5 546 019
30.09.2014 30.09.2013 30.09.2014 30.09.2013
Reexpresso Reexpresso
Europa do Norte 332 482 538 357 114 835 20 579 411 28 069 619
Europa do Sul 326 325 493 355 624 356 13 190 731 19 395 555
Resto do mundo 196 899 731 202 342 661
Total dos segmentos 855 707 762 915 081 852 33 770 141 47 465 174
Volume de negócios
Externo Intersegmento
24
25. GOODWILL
Durante o período findo em 30 de setembro de 2014, a rubrica Goodwill, da Demonstração
Consolidada de Posição Financeira, não sofreu alteração significativa.
Apesar de o desempenho projetado para o exercício de 2014 poder ser inferior ao previsto,
existe a expectativa de que as projeções utilizadas na determinação do valor de uso das
unidades geradoras de caixa, aquando da preparação das demonstrações financeiras
consolidadas do exercício de 2013, sejam atingidas, encontrando-se em processo de
elaboração o orçamento de 2015 e a revalidação das projeções a usar nos testes de
imparidade do final do exercício de 2014.
26. EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 4 de novembro de 2014, a Sonae Indústria, SGPS, SA efetuou o registo, na CMVM -
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, do prospeto de oferta pública de subscrição
de 15 000 000 000 (quinze mil milhões) de ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem
valor nominal, às quais corresponderá um aumento do capital social do atual montante de
700 milhões de euros para um montante máximo de 850 milhões de euros. O período de
subscrição decorrerá entre os dias 11 e 24 de novembro de 2014.
A formalização da referida oferta pública de subscrição permitiu a concretização de acordos
de refinanciamento com dois principais bancos credores do Grupo, num montante entre 300
e 325 milhões de euros, que será definido em função do encaixe resultante da oferta pública
de subscrição. Estes acordos de refinanciamento incluem condições significativamente mais
favoráveis, não só em termos de perfil de maturidade, mas também no tocante ao custo de
dívida, e têm associados “covenants” financeiros que correspondem à obrigação de a
Sociedade manter um rácio de autonomia financeira (capitais próprios/total do ativo líquido),
calculado anualmente a partir de 31 de dezembro de 2015, de pelo menos 10%, ajustado no
caso de o aumento de capital não atingir o valor máximo de 150 milhões de euros.
30.09.2014 30.09.2013Reexpresso
Europa do Norte 939 256 3 586 189
Europa do Sul -13 270 233 -12 697 059
Resto do mundo 13 142 875 15 372 809
Total dos segmentos 811 897 6 261 940
Resultado operacional
25
Adicionalmente, a Sonae Indústria chegou a acordo com vista à extensão, até 30 de
setembro de 2016, do prazo de renovação da operação de securitização de créditos
comerciais, descrito na nota 15.3, cujo montante máximo é de 85 milhões de euros, e com
vista à prorrogação, para 30 de outubro de 2015, do prazo de vencimento do contrato de
financiamento descrito na alínea h) do ponto 15.1.
Tendo em consideração o endividamento existente a 30 de setembro de 2014, conforme
quadro divulgado na nota 15, os efeitos dos acordos de refinanciamento de 300 milhões de
euros (que correspondem a um aumento de capital máximo de 150 milhões de euros) e da
extensão do prazo de renovação da operação de securitização no perfil de maturidade da
dívida são os seguintes:
Os referidos acordos de refinanciamento incluem, ainda, o compromisso, por parte da
Sociedade, de utilizar fundos provenientes do aumento de capital para reembolsar
empréstimos bancários num montante entre 31,7 e 56,7 milhões de euros, e para
reembolsar empréstimos de partes relacionadas no montante de 16,7 milhões de euros
(ambos os montantes não foram considerados no quadro anterior).
A execução dos acordos anteriormente descritos está sujeita à concretização de um
aumento de capital com um encaixe mínimo de 75 milhões de euros, montante em relação
ao qual existe, presentemente, um compromisso de subscrição, direta ou indireta, por parte
do acionista maioritário da Sonae Indústria, SGPS, SA, Efanor Investimentos, SGPS, S.A..
Corrente Não corrente Corrente Não corrente
Empréstimos bancários 380 590 144 88 917 872 176 590 144 277 917 872Empréstimos obrigacionistas 29 997 945 104 130 353 149 128 298Credores por locações financeiras 6 122 442 25 284 795 6 122 442 25 284 795Outros empréstimos 59 762 343 2 748 238 5 457 713 57 052 868Empréstimos de partes relacionadas 16 666 667 16 666 667
Endividamento bruto 493 139 541 221 081 258 204 836 966 509 383 833
Caixa e equiv. caixa no balanço 24 924 766 24 924 766
Endividamento líquido 468 214 775 221 081 258 179 912 200 509 383 833
Endividamento líquido total 689 296 033 689 296 033
30.09.2014
Conforme demonstração consolidada de posição
financeira
Com efeitos dos acordos de refinanciamento
26
A referida concretização dos acordos de refinanciamento envolveu a hipoteca de ativos fixos
tangíveis do Grupo, no montante de 119 434 758 euros, que acresce ao montante referido
na nota 8, assim como a constituição de penhor sobre as ações da subsidiária Glunz AG.
A Sociedade considera que a concretização da referida operação de reestruturação da sua
estrutura de financiamento, assente num duplo vetor de reescalonamento dos capitais
alheios e de fortalecimento dos capitais próprios, lhe proporcionará condições acrescidas
que lhe permitirão, mesmo na eventualidade de um encaixe mínimo de 75 milhões de euros,
encontrar as melhores soluções de financiamento da dívida que se vencerá ao longo do
exercício de 2015, se tal for considerado adequado ou se revelar necessário.
27. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas pelo Conselho de
Administração e autorizadas para emissão em 12 de novembro de 2014.
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.
o′Porto Bessa Leite Complex, Rua António Bessa Leite, 1430 - 5º, 4150-074 Porto, Portugal Tel +351 225 433 000 Fax +351 225 433 499, www.pwc.ptMatriculada na CRC sob o NUPC 506 628 752, Capital Social Euros 314.000
Inscrita na lista das Sociedades de Revisores Oficiais de Contas sob o nº 183 e na CMVM sob o nº 9077
PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. pertence à rede de entidades que são membros
da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente.
Sede: Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 - 3º, 1069-316 Lisboa, Portugal
Relatório de Revisão Limitada elaborado por Auditor Registado naCMVM sobre a Informação Consolidada do Terceiro Trimestre
Introdução
1 Nos termos do Código dos Valores Mobiliários (CVM), apresentamos o nosso Relatório deRevisão Limitada sobre a informação consolidada do período de nove meses findo em 30 de setembrode 2014, da Sonae Indústria, S.G.P.S., S.A, incluída: no Relatório consolidado de gestão, naDemonstração consolidada da posição financeira (que evidencia um total de 1.228.766.736 euros e umtotal de capital próprio de 81.484.081 euros, o qual inclui interesses não controlados negativos de145.498 euros e um resultado líquido negativo de 47.372.348 euros), na Demonstração consolidadados resultados por naturezas, na Demonstração consolidada do rendimento integral, na Demonstraçãoconsolidada das alterações no capital próprio e na Demonstração consolidada de fluxos de caixa doperíodo findo naquela data, e no correspondente Anexo.
2 As quantias das demonstrações financeiras consolidadas, bem como as da informação financeiraadicional, são as que constam dos registos contabilísticos.
Responsabilidades
3 É da responsabilidade do Conselho de Administração: (a) a preparação de informação financeiraconsolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto dasempresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado e o rendimento integral consolidado dassuas operações, as variações no capital próprio consolidado e os fluxos consolidados de caixa; (b) que ainformação financeira histórica seja preparada em conformidade com a Norma Internacional deContabilidade 34 – Relato Financeiro Intercalar tal como adotada na União Europeia e que sejacompleta, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo CVM; (c) a adoção depolíticas e critérios contabilísticos adequados; (d) a manutenção de sistemas de controlo internoapropriados; e (e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua atividade,posição financeira ou resultados.
4 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentosacima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva, lícita conformeexigido pelo CVM, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nossotrabalho.
Relatório de Revisão Limitada elaborado por Auditor Registadona CMVM sobre a Informação Consolidada do Terceiro Trimestre Sonae Industria, SGPS, S.A.30 de setembro de 2014 PwC 2 de 3
Âmbito
5 O trabalho a que procedemos teve como objetivo obter uma segurança moderada quanto a se ainformação financeira anteriormente referida não contém distorções materialmente relevantes. Onosso trabalho foi efetuado com base nas Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria emitidaspela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, planeado de acordo com aquele objetivo, e consistiuprincipalmente em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade dasasserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adotadas,tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicação, ou não, doprincípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se a informaçãofinanceira consolidada é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
6 O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeiraconsolidada constante do Relatório consolidado de atividade com os restantes documentosanteriormente referidos.
7 Entendemos que o trabalho efetuado proporciona uma base aceitável para a emissão dopresente parecer sobre a informação do terceiro trimestre.
Parecer
8 Com base no trabalho efetuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de umasegurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informaçãofinanceira consolidada do período de nove meses findo em 30 de setembro de 2014 contém distorçõesmaterialmente relevantes que afetem a sua conformidade com a Norma Internacional deContabilidade 34 – Relato Financeiro Intercalar tal como adotada na União Europeia e que não sejacompleta, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos
9 Com base no nosso trabalho, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir quea informação financeira consolidada constante do Relatório consolidado de atividade não éconcordante com a informação financeira consolidada do período.
Ênfases
10 Sem afetar o parecer expresso no parágrafo anterior, chamamos a atenção para os seguintesfactos:
- Por não ser legalmente exigível e a sociedade não ter como procedimento solicitar revisãolimitada aos períodos interinos, a informação financeira contida no Relatório consolidado de atividadee nas demonstrações financeiras consolidadas relativas ao período findo em 30 de setembro de 2013não foi objeto de revisão ou exame, pelo que não nos pronunciamos sobre os comparativosapresentados;
Relatório de Revisão Limitada elaborado por Auditor Registadona CMVM sobre a Informação Consolidada do Terceiro Trimestre Sonae Industria, SGPS, S.A.30 de setembro de 2014 PwC 3 de 3
- Conforme referido na nota 26 do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, o grupoconcretizou acordos de refinanciamento com diversas Instituições Financeiras, encontrando-setambém em curso um aumento de capital que permitirá um encaixe máximo de 150 milhões de euros,estando garantido um mínimo de 75 milhões de euros. Assim a capacidade do grupo solver os seuscompromissos, após a reestruturação parcial da sua divida, está dependente do sucesso do referidoaumento de capital e/ou do sucesso da renegociação da restante divida com os seus credores e aindado seu desempenho operacional.
- Conforme referido na nota 25 do Anexo às demonstrações financeiras consolidadas, apesar deo desempenho de 2014 ser inferior ao previsto, a empresa mantém expetativas de que as projeçõesutilizadas na preparação das contas de 2013 serão atingidas, encontrando-se em processo deelaboração o orçamento de 2015, assim como as projeções a usar nos testes de imparidade do final doano. Em função do descrito, a recuperação do goodwill da unidade geradora de caixa Península Ibéricano montante de 71 milhões de euros está dependente da manutenção/concretização dessespressupostos.
12 de novembro de 2014
PricewaterhouseCoopers & Associados– Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.Representada por:
Hermínio António Paulos Afonso, R.O.C.