Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física de Coimbra
RELATÓRIO DE ESTÁGIO PEDAGÓGICO DESENVOLVIDO, NO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MARINHA GRANDEPOENTE – ESCOLA
SECUNDÁRIA DO Eng.º ACÁCIO CALAZANS DUARTE NA TURMA DO 9.º ANO
TURMA D, DO ANO LECTIVO 2015/2016
Ricardo Nuno Barreto Inês de Carvalho (n.º 1997032046)
Tema/Problema “A Demonstração nas aulas de Educação Física”
Relatório de Estágio apresentado à
Faculdade de Ciências do Desporto e
da Educação Física – Universidade de
Coimbra com vista à obtenção do grau
de Mestre em Ensino da Educação
Física dos Ensinos Básicos e
Secundário.
Orientador FCDEF.UC: Mestre Paulo Nobre
Orientador de Estágio: Professor Cláudio Sousa
Coimbra 2016
II
Esta obra deve ser citada como:
Carvalho, R. (2016). Relatório Estágio Pedagógico desenvolvido na Escola
Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte junto da turma D do 9.º de escolaridade
no ano letivo 2015/2016 – “A Demonstração nas aulas de Educação Física ”.
Dissertação de Mestrado (Tema/Problema). Coimbra: Faculdade de Ciências do
Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal.
III
Ricardo Nuno Barreto Inês de Carvalho (n.º 1997032046), aluno de Mestrado em
Ensino da Educação Física nos Ensino Básico e Secundário da Faculdade de
Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, vem por sua
honra declarar que este Relatório de Estágio Pedagógico constitui um documento
original da sua autoria, não se inscrevendo, por isso, no disposto no artigo 30.º do
Regulamento Pedagógico da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
da Universidade de Coimbra.
Coimbra 16 de junho de 2016
_______________________
IV
Agradecimentos
Gostaria de aqui deixar os meus agradecimentos a algumas das pessoas
mais importantes da minha vida e que me proporcionaram e continuam a
proporcionar a concretização de objetivos que ao longo destes anos tenho traçado
para a minha pessoa. Começo então pela minha família, pais (Sebastião Carvalho e
Maria Luísa Barreto), sogros (Daniel Ferreira e Maria da Luz Ferreira), irmão (José
Miguel Carvalho), cunhados (João Machado e Micaela Ferreira), filhos (Vasco
Ferreira Carvalho, Xavier Ferreira Carvalho e Tiago Ferreira Carvalho) e
principalmente a minha incansável esposa Liliana Catarina Rosa Ferreira que
sempre me incentivaram e ajudaram na construção do meu percurso de vida.
Ao meu colega de trabalho Diogo Miguel Moreira Vicente Caseiro, que
sempre me disponibilizaram material de trabalho e conselhos de incentivo.
Aos meus colegas de Estágio, Luís Tasquinha, Ricardo Pimentel e Suzi
Sousa, por todas as trocas de experiências, entreajudas que fomos proporcionando
uns aos outros.
Aos meus amigos, aqueles que no fundo sei poder contar, apesar de nem
sempre estarmos juntos presencialmente, Dídimo Santos, Cristina Santos, Luís
Caixeiro, Patrícia Selada, Ricardo Macedo, Tiago Almeida, Ana Rei, Diogo Batista,
Alexandra Batista.
Aos meus padrinhos de casamento (Vítor Rui e Clara Lage) que estão sempre
presentes na minha vida e me ajudam a mim e à minha família.
Por último gostaria de deixar uma palavra especial para o meu colega e
orientador de estágio Cláudio Sousa, que ao longo deste meu percurso e
experiência sempre me ajudou, apoiou, incentivou e transmitiu ensinamentos,
profissionalismo, companheirismo, dedicação e amizade proporcionando um
aperfeiçoamento da minha formação contínua inerente ao Mestrado a que me
propus frequentar.
Ao meu Orientador FCDEF.UC, Mestre Paulo Nobre, gostaria também de
agradecer todo um trabalho desenvolvido ao longo deste ano, toda a
informação/formação que me foi direcionada e pelas experiências demonstradas e
participadas ao longo deste ano de Estágio.
V
Resumo Ao longo dos tempos, o ser humano foi-se desenvolvendo através de
aprendizagens tentativa/erro, imitações e todo o tipo de curiosidades que possa
promover o sucesso e facilidade na realização de tarefas a que se propõe. Este
processo de aprendizagem é a transformação de informações recebidas que
promove a obtenção de habilidades motoras e intelectuais como forma de superação
das dificuldades demonstradas até então.
A formação contínua é uma preocupação dos docentes, pois proporciona a
aquisição de conhecimentos adequados como forma de desenvolvimento da sua
qualificação, o que poderá ser reforçado quando se consulta o Decreto-Lei nº
22/2014, de 11 de fevereiro, que estabelece o regime jurídico da formação contínua
de professores. Como tal o presente documento corresponde ao relatório da
Unidade Curricular de Estágio Pedagógico do Plano de Estudos do 2.º ano de
Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário pela
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra,
tendo a prática do mesmo sido realizada na Escola Secundária Eng.º Acácio
Calazans Duarte, em Marinha Grande, com a turma D do 9.º ano de escolaridade.O
intuito do presente relatório prende-se com uma reflexão global do trabalho
desenvolvido na área da intervenção pedagógica.
Para que seja possível um entendimento do processo de formação contínua
que foi desenvolvido ao longo deste Estágio Pedagógico será realizada uma reflexão
e uma justificação do modo de enquadramento e aplicação das atividade
desenvolvidas ao longo do presente ano letivo. Na reflexão a realizar serão
mencionadas dificuldades experienciadas e o modo com foram, ou não,
ultrapassadas, tendo em conta o parâmetro de avaliação de Ética Profissional.
Por último, de forma a complementar o Relatório Final de Estágio Pedagógico
irá ser apresentado um tema selecionado pelo Núcleo de Estágio com o título
“Demonstração nas Aulas de Educação Física”, do qual foi trabalhada a amostra dos
alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico do referido Agrupamento. Os resultados deste
estudo mostram que os alunos consideram que a demonstração dos exercícios
realizada pelo professor é importante para os ajudar a perceber e a executar melhor
os exercícios propostos nas aulas de Educação Física.
Palavras-chave: Aprendizagem; Formação Contínua; Demonstração; Estágio
Pedagógico
VI
Abstract
Throughout time human being has been developing learning through trial/error,
imitation and all sorts of curiosities that can promote success and facility in
performing tasks he is proposed to. This learning process is no more than the
transformation of the received information that promotes the achievement of motor
and intellectual skills as a way of overcoming the difficulties experienced so far.
Continuous training is and should be a concern not only of teachers but of any
worker since it promotes knowledge, productivity and their possible hiring as it will
provide the relevant knowledge as a way of developing qualifications. What is
mentioned above can be strengthened when consulting the Law Nr.22/2014 of 11th
February, which establishes the legal framework for teachers training and sets the
appropriate system of coordination, management and support.
This report is part of the 2nd year Study Plan of the Master Degree of
Teaching Physical Education in Primary and Secondary Education, from the Faculty
of Sport, Sciences and Physical Education, University of Coimbra. The Training
practice was held in the Secondary School Engº Acácio Calazans Duarte, in Marinha
Grande, with 9th grade, class D. This report aims at an overall reflection of the work
done in the area of the pedagogical intervention.
In order to understand the continuous training process that was developed
throughout this Teacher Training, it is necessary to carry out a reflection followed by
justification of the frame mode and implementation of the activities developed
throughout this school year. The reflection will mention the experienced difficulties
and the way they were or weren’t overcome taking into account the Professional
Ethics parameter evaluation.
Finally, to complement the Final Teacher Training Report it will be presented a
theme selected by the Training School Group that belongs to the Group of schools
“Marinha Grande Poente “- Secondary School Engº Acácio Calazans Duarte, entitled
"Demonstration in Physical Education Classes ", worked carried out with a sample of
the pupils of the 1st cycle of Basic Education from that Group of schools. The results
show that the students understand better and improve their skills when the
demonstration of the exercises is done by the professor of Physical Education.
Keywords: Learning; Continuous Learning; Demonstration; Pedagogical Teacher
Training
VII
Índice
Introdução .............................................................................................................................................................. 1
1. Contextualização da prática desenvolvida ................................................................................................ 2
1.1. Razões e Motivações ............................................................................................................................... 2
1.2. Projeto Formativo ...................................................................................................................................... 3
2. Caracterização do contexto vivido ................................................................................................................. 8
2.1 Constituição da população do Agrupamento Escolar ........................................................................... 8
2.1.1 Alunos da Escola ................................................................................................................................ 8
2.1.2 Professores de Educação Física ..................................................................................................... 8
2.1.4 Situações problemáticas ................................................................................................................. 10
2.1.5 «Roulement» das instalações desportivas ................................................................................... 11
2.2 Caracterização dos alunos da turma D do 9.º ano de escolaridade ................................................ 11
2.2.1 Identificação e caraterização da turma: ............................................................................................ 11
2.2.2 Vida escolar: ..................................................................................................................................... 11
2.2.3 Situação familiar ............................................................................................................................... 12
2.2.4 Saúde: ................................................................................................................................................ 12
2.2.5 Tempos livres .................................................................................................................................... 12
2.2.6 Educação Física ............................................................................................................................... 12
2.3. Avaliação de Diagnóstico .................................................................................................................. 12
3. Avaliação ......................................................................................................................................................... 21
3.1 Avaliação Formativa ................................................................................................................................ 22
3.2 Avaliação Sumativa ................................................................................................................................. 23
4. Análise Reflexiva ............................................................................................................................................ 25
4.1 Planeamento do ensino .......................................................................................................................... 25
4.2 Intervenção Pedagógica ......................................................................................................................... 27
4.2.1 Instrução (Formação inicial; Condução da aula; Qualidade do feedback e conclusão da
aula) .............................................................................................................................................................. 28
4.2.2 Gestão ................................................................................................................................................ 29
4.2.3 Clima/Disciplina ................................................................................................................................ 29
4.2.4 Decisões de ajustamento ................................................................................................................ 30
4.2.5 Aspetos salientados pelo professor orientador (Escola/Faculdade) ........................................ 31
5. Aperfeiçoamento e sugestões ...................................................................................................................... 31
5.1 Atitudes do formando .............................................................................................................................. 31
5.1.1 Iniciativa ............................................................................................................................................. 31
VIII
5.1.2 Responsabilidade ............................................................................................................................. 31
5.1.3 Participação ....................................................................................................................................... 31
5.1.3 Assiduidade e pontualidade ............................................................................................................ 32
5.2 Atitudes do formando .............................................................................................................................. 32
6. Tema/Problema .............................................................................................................................................. 32
6.1 Resumo ..................................................................................................................................................... 33
6.2 Introdução ................................................................................................................................................. 34
6.3 Enquadramento teórico ........................................................................................................................... 35
6.3.1 Didática .............................................................................................................................................. 35
6.3.2 Demonstração ................................................................................................................................... 36
6.3.3 Modelo ............................................................................................................................................... 37
6.3.4 Direção ............................................................................................................................................... 37
6.3.5 Momento ............................................................................................................................................ 38
6.3.6 Sequência .......................................................................................................................................... 38
6.4 Objetivos do estudo ................................................................................................................................. 38
6.5 Metodologia ............................................................................................................................................... 39
6.5.1 Cronograma de atividades .............................................................................................................. 39
6.5.2 Métodos de recolha de dados ............................................................................................................. 39
6.5.3 Questionário .......................................................................................................................................... 40
6.5.4 Amostragem .......................................................................................................................................... 42
No questionário elaborado houve a preocupação de efetuar um preenchimento prévio, no canto
superior direito, de uma instrução tendo em conta o ciclo de ensino, o ano de escolaridade e o
género de desempenho à disciplina de Educação Física, como forma de compreender quem está
a responder ao questionário. Nesta primeira secção iniciar-se-á uma caracterização da amostra
recolhida através da realização do questionário. ................................................................................... 43
6.6 Procedimentos .......................................................................................................................................... 45
6.6.1 Especificação da informação necessária ..................................................................................... 45
6.6.2 Especificação do tipo de entrevista ............................................................................................... 45
6.6.3 Determinação do conteúdo das questões .................................................................................... 45
6.6.4 Ultrapassar as dificuldades do inquirido em responder .............................................................. 46
6.6.5 Escolher a estrutura das questões ................................................................................................ 46
6.6.6 Escolher o fraseamento das questões .......................................................................................... 46
6.6.7 Determinar a ordem das questões ................................................................................................ 47
IX
6.6.8 Identificar o layout e o formato ....................................................................................................... 47
6.6.9 Reprodução do inquérito ................................................................................................................. 47
6.6.10 Realização de pré-testes .............................................................................................................. 47
6.7 Resultados ................................................................................................................................................ 48
6.7.1 Opinião sobre a disciplina de Educação Física ........................................................................... 48
6.7.2 A demonstração nas aulas de Educação Física ......................................................................... 51
6.7.3 Importância da demonstração para a aprendizagem dos alunos ............................................. 55
6.7.4 Preferência dos alunos relativamente à demonstração ............................................................. 57
6.8 Discussão de dados ................................................................................................................................ 62
6.9 Conclusão ................................................................................................................................................. 63
Anexo N.º 1 – “Roulement de Educação Física” ............................................................................................. 1
Anexo N.º 2 – Grelha de Avaliação (Ginástica de solo) ................................................................................. 2
Anexo N.º 3 – Grelha de Avaliação (Andebol) ................................................................................................. 4
Anexo N.º 4 – Grelhas de Avaliação (Futebol) ................................................................................................. 5
Anexo N.º 5 – Grelhas de Avaliação (Fitescola) .............................................................................................. 6
Anexo N.º 6 – Grelha de Avaliação Formativa Diária ..................................................................................... 8
Anexo N.º 7 – Grelha de Observação (Andebol) ........................................................................................... 10
Anexo N.º 8 – Registo de Ocorrência .............................................................................................................. 13
Anexo N.º 9 – Certificados de Participação (II Jornadas Solidárias/Dança) ............................................. 14
Anexo N.º 10 – Certificado de Participação (II Jornadas Científico-Pedagógicas do Estágio em Ed.
Física) ................................................................................................................................................................... 15
Anexo N.º 11 – Certificado de Participação (Oficina de Ideias) .................................................................. 16
Anexo N.º 12 – Certificado de Participação (FICEF) .................................................................................... 17
1
Introdução
Como forma de conclusão e apreciação do Estágio Pedagógico desenvolvido
ao longo do Curso de Mestrado em Ensino da Educação Física dos Ensinos Básico
e Secundário da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, da
Universidade de Coimbra, realizado na Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans
Duarte, sito em Marinha Grande surge o aluno em referência patentear o respetivo
Relatório de Estágio.
Neste ponto, é de salientar que um dos alunos em questão e após imensos
contactos com a Faculdade supra mencionada, foi colocado em regime de
“Contingente Especial” e só a vinte e um de novembro de 2015 é que foi colocado
em Estágio na Escola acima referida também.
Todo o processo de ensino inerente esteve ao encargo do Núcleo de Estágio,
que até então desenvolveu tarefas com as turma que lhes haviam sido atribuídas,
assegurando assim a possibilidade de uma integração, de um outro estagiário.
Sabendo que um relatório é o documento que relata detalhadamente o trabalho
desenvolvido durante um determinado tempo, então, no contexto da disciplina de
Estágio, o relatório deverá ser elaborado pelo aluno no final do último semestre
como uma síntese do trabalho efetuado no estabelecimento de ensino que lhe foi
atribuído.
O Relatório de Estágio é uma prova que evidencia todo o trabalho desenvolvido
e as aprendizagens adquiridas na importância que foi o Estágio Pedagógico.
Assim, o referido relatório irá ser delineado segundo três pontos primordiais.
O primeiro ponto irá incidir numa descrição do porquê da inscrição em Mestrado e as
expectativas criadas em relação à admissão em estágio. O segundo ponto em
apresentação terá como abordagem a descrição de todos as condutas que serviram
de suporte para o crescimento curricular adequado para a turma D do 9.º ano de
escolaridade da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte. Por último, um
terceiro ponto, onde será apresentado uma suma do tema estudado com mais
profundidade ao longo do Estágio Pedagógico (“A Demonstração nas Aulas de
Educação Física”). A investigação deste tema pretende incidir sobre a intervenção
pedagógica específica: qual o impacto, na aprendizagem dos alunos, da
demonstração realizada pelo professor, aluno proficiente e/ou aluno menos
proficiente?
2
Este estudo foi elaborado tendo em conta a faixa etária a que se destina, com
a finalidade de conhecer a realidade educativa quanto à existência ou não, às
preferências e opções, das demonstrações no processo ensino-aprendizagem.
Como metodologia facilitadora de aprendizagem, no decorrer das aulas, este
estudo incidiu nos vários tipos de demostração que poderão ser executados pelo
professor, pelo aluno mais proficiente ou pelo aluno menos proficiente.
Após recolha dos mesmos e tratamento de dados, pode-se concluir que 96,7%
dos alunos inquiridos referem que a demonstração dos exercícios é efetuada nas
aulas de Educação Física.
Os alunos inquiridos atribuem muita importância à demonstração efetuada
nas aulas de Educação Física revelando, em geral, que esta os ajuda a perceber
melhor os exercícios propostos pelo professor, levando a melhorar a sua prestação
no decorrer das aulas.
Depreende-se pelo estudo efetuado, e de acordo com os alunos inquiridos,
que a estratégia/modelo de demonstração preferida pelos alunos do 1.º Ciclo do
Ensino Básico e que se revela mais eficaz/eficiente ao fazer a demonstração nas
aulas de Educação Física é ser o professor a realizar a demonstração sempre que
explica um determinado exercício, sendo que esta deve ser efetuada antes da
explicação do mesmo e direcionada para a turma toda.
1. Contextualização da prática desenvolvida
1.1. Razões e Motivações
A procura de conhecimento, aperfeiçoamento, estabilidade, tem vindo a ser ao
longo dos tempos, umas das preocupações de qualquer Ser Humano. No nosso
caso, este estágio será mais um complemento de formação prática e irá enriquecer
a nossa experiência profissional como docente e criar mais uma oportunidade de
completar um processo de realização pessoal, pois, embora já tenhamos terminado
a licenciatura em 1997 e estarmos a lecionar há 18 anos, sentimos que há sempre
necessidade de aprimorarmos e ampliarmos o nosso papel como
educadores/formadores.
Este estágio pedagógico não constitui a nossa primeira experiência como
estagiário, pois a licenciatura em Professor do Ensino Básico – variante de
Educação Física já englobava nos seus 4 anos, estágio integrado (nos 3 primeiros
3
anos no 1.º Ciclo e no último ano no 2.º Ciclo de escolaridade). Este estágio no 3.º
ciclo será indispensável para uma aprendizagem mais ampla dentro da nossa
carreira e mais uma possibilidade de reforçar novas orientações para a nossa
atividade profissional. A diversificação de oportunidades e/ou inovação de
metodologias será um caminho mais curto para a excelência.
Como é de conhecimento público, o ensino tem vindo a sofrer inúmeras
transformações, o que, no nosso entender, tem vindo também a ser mais
descredibilizado. O número de alunos também tem vindo a diminuir devido a uma
baixa na natalidade; o número de alunos por turma aumentou, o número de horas,
ou mesmo, minutos, para a disciplina de Educação Física tem vindo a diminuir
também,… Todos estes fatores contribuíram direta ou indiretamente para uma
decisão de mudança e de extensão de possibilidades, no que respeita a uma
possível colocação no Ensino Público, como tentativa de existir uma estabilidade
profissional. Estabilidade essa, que em nossa opinião, subjetiva, já que o que era
certo há uns anos atrás, hoje não o é.
Uma das outras razões que nos levou a frequentar este Estágio Pedagógico,
foi, perceber o que realmente se passa e tem vindo a passar no ensino na disciplina
de Educação Física desde o 1.º ano de escolaridade até ao 12.º ano do ensino
secundário. A nossa realidade como docente é e sempre foi a de um ensino em que
o aluno partia de um nível introdutório para um nível elementar às modalidades
definidas no programa de Educação Física, do 1.º ao 9.º ano de escolaridade. A
maior parte das vezes que assistíamos, noutras escolas, a aulas do ensino
secundário deparávamo-nos com situações de bastantes alunos que, ou nunca
tinham vivenciado determinadas Unidades Didáticas, ou que simplesmente se
recusavam executar certos exercícios por terem experienciado situações
causadoras de certos receios. Então gostaríamos de que com esta nova
possibilidade futura de lecionar no Ensino Secundário, poder marcar a diferença em
algumas realidades escolares, em vista a ajudar e desmistificar certos receios na
execução de conteúdos abordados nas aulas de Educação Física.
1.2. Projeto Formativo
De modo a conseguir alcançar o sucesso no projeto de formação a que nos
propusemos, temos de ter em conta que paralelamente à ingressão em Estágio
pedagógico existem Unidades Curriculares e Subsecções associadas ao mesmo
4
(Figura 1), dos quais mais à frente iremos especificar para cada um os propósitos
(objetivos), modos de atuação (ações) e a importância da formação a que, para cada
um corresponde (Figuras 2, 3, 4 ,5).
Figura 1 – Trabalho desenvolvido ao longo do Estágio Pedagógico
Figura 2 – Esquema organizacional para o Estágio Pedagógico
Estágio Pedagógico
Organização e Gestão Escolar
Projetos e Parcerias
Educativas
Relatório de Estágio Formação
Tema
Problema
Estágio Pedagógico
Modo de atuação
Importância de Formação
Propósitos
Avaliar vivências e realidade desportiva
dos alunos para posterior apresentação de
variadas situações de aprendizagem,
proporcionando um estilo de ensino para
todos (inclusivo);
Constante trabalho de interação com os
elementos do Núcleo de Estágio e seu
Orientador, como forma de
aperfeiçoamento do estilo de ensino e
modo de atuação.
Expansão de carreira;
Troca de experiências;
Avaliação do estilo de ensino;
Adequar situações de aprendizagem a
fim de promover o sucesso;
Diferenciar e aprimorar ciclos de
feedback;
Avaliar competências em variados
contextos sociais.
5
Uma vez aceites e integrados na disciplina de Estágio Pedagógico,
começámos por definir objetivos a que nos propusemos alcançar. Estes enquadram-
se nos distintos domínios práticos aplicados ao ensino de modo a circunscrever todo
o trabalho que atualmente é exigido ao professor.
Como tal, neste projeto de formação contínua privilegiámos todo um trabalho
inerente à metodologia/didática, com os objetivos definidos para o desenvolvimento
curricular, de modo a permitir o desenvolvimento de competências de interação,
comunicação e investigação (Figura 2).
Para a Unidade Curricular de Organização e Gestão Escolar, tivemos que,
junto do Diretor de Turma, da turma a que lecionámos a disciplina de Educação
Física, desenvolver práticas de trabalho, as quais proporcionaram a compreensão
da complexidade do cargo de Direção de Turma, definição ajustada e criteriosa de
estratégias e instrumentos que possibilitassem a compreensão da complexidade de
situações educativas e a amplitude do trabalho desenvolvido pelos professores
atualmente.
A presente Unidade Curricular justifica-se na medida em que com o conceito
de comunidade educativa, vincula ao professor um papel mais complexo, exigindo-
lhe um vasto domínio de competências, no qual os aspetos que referimos atrás se
afiguram importantes na resolução de situações de conflito. Assim, a obtenção dos
objetivos a que nos propusemos significa uma melhoria do nosso desempenho
enquanto profissional da educação, colocando-nos em condições para identificar (de
forma crítica e ponderada) soluções que permitam resolver problemas e dificuldades
que se vão surgindo no exercício da profissão para a qual iremos desempenhar
(Figura 3).
Na Unidade Curricular de Projetos e Parcerias pretende-se que no final do
semestre possamos manifestar competências de animação socioeducativa,
demonstrando capacidades de organização, planeamento, execução e controlo. As
atividades por nós desenvolvidas deverão revelar valor pedagógico, pertinência na
conceção, coerência de procedimentos de realização e de controlo/avaliação.
Como todas as atividades, o Núcleo de Estágio deverá demonstrar
capacidade de trabalho em grupo, de cooperação com os colegas, sentido crítico,
iniciativa, criatividade e capacidade de adaptação bem como empenhamento e brio
profissional.
Posto isto, no quadro seguinte (Figura 4) apresentamos os objetivos que
6
pretendemos alcançar, o caminho a percorrer de modo a desenvolver os objetivos e
a importância que terá para a nossa formação a execução destes projetos
Figura 3 – Esquema organizacional para a Unidade Curricular de O.G.E.
Figura 4 – Esquema organizacional para a Unidade Curricular de Projetos e Parcerias Educativas
Projetos e Parcerias Educativas Modo de
atuação
Importância de Formação
Propósitos
Organização e Gestão Escolar
Modo de atuação
Importância de Formação
Propósitos
Assessoria ao Diretor de
Turma da turma de Estágio
Pedagógico (9.ºD);
Elaboração de um trabalho
escrito para a Unidade
Curricular.
Exercer um cargo de liderança pedagógica (Diretor de
Turma);
Comparação de trabalho desenvolvido em outro
estabelecimento de ensino.
Demonstrar a forma de
coordenação e articulação do
cargo de Diretor de Turma com os
restantes agentes educativos;
Avaliar a organização e a
participação na organização
escolar.
Desenvolver e promover
atividades aglutinadas à
Educação Física;
Criar e estabelecer contactos com
entidades municipais;
Contribuir para o planeamento de
uma atividade inovadora.
Conhecer e perceber o Plano
Anual de Atividades, bem como o
Projeto Educativo de Escola;
Incrementar novos projetos
enriquecedores da formação
contínua da comunidade
educativa.
Desenvolver o espírito de trabalho em grupo;
Promover atividades distintas das que já eram
realizadas.
7
Em reunião com o orientador de Estágio (Professor Paulo Nobre), ficou
definido que o Núcleo de Estágio iria abordar um tema/problema. Após reflexão e
ponderação, foi unânime a escolha do tema “Demonstração nas aulas de Educação
Física”. De modo a levar a cabo a investigação, que o núcleo de estágio da Escola
Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte se propôs com o tema “Demonstração”, o
mesmo pretende realizar uma pesquisa englobando uma amostra de discentes no
universo do Agrupamento de Escolas que fazem parte da Escola supra citada.
Quando se fala no universo de escolas, fala-se do primeiro, segundo e terceiros
ciclos de ensino e secundário.
O tema selecionado, incide sobre a intervenção pedagógica específica, mais
propriamente: o impacto, na aprendizagem dos alunos, da demonstração realizada
pelo professor, aluno proficiente e/ou aluno menos proficiente (tabela 5).
Figura 5- Esquema organizacional para a execução do Tema/Problema
Tema/Problema
Modo de atuação
Importância de Formação
Propósitos
Identificar o modelo, a composição, o
momento e a direção da demonstração;
Determinar a importância atribuída à
demonstração pelos alunos;
Reconhecer as práticas de
demonstração vivenciadas pelos alunos
nas aulas de Educação Física;
Verificar se existem diferenças entre
género e os vários níveis de ensino;
Indicar as diferenças entre as
preferências dos alunos com melhor e
menor desempenho motor;
Perceber as preferências dos alunos
quanto à demonstração.
Elaboração de matriz e
respetivo questionário;
Definição da amostra;
Efetuação de entrevistas;
Recolha e tratamento de
dados;
Consulta de bibliografia;
Elaboração de um relatório.
Engrandecer a capacidade de pesquisa;
Ajudar a munir de novas aprendizagens criando
situações de procura de formação contínua.
8
2. Caracterização do contexto vivido
Neste ponto iremos referir a comunidade escolar em que o Núcleo de Estágio
esteve inserido no presente ano letivo.
2.1 Constituição da população do Agrupamento Escolar
Desejando dar aos alunos uma educação global, tendo como objetivo a sua
formação integral exigiu-se o conhecimento efetivo de toda a comunidade escolar,
para se gerir um currículo adequado às necessidades pessoais e sociais de todos os
alunos.
A população escolar da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, no
ano letivo 2015/2016 é de 996 indivíduos, dos quais 42 são professores,18 são
funcionários e 936 são alunos. É importante referir que estes valores têm-se alterado
aos longos dos anos.
2.1.1 Alunos da Escola
No presente quadro iremos apresentar o níveis de ensino vigentes na Escola
Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, o número de turma para cada nível de
ensino e o número de alunos respeitante a cada nível (Tabela 1).
Tabela 1 – Tabela de anos escolares, n.º de turmas e de alunos da Escola
Anos escolares N.º de Turmas N.º Alunos
9º 8 180
10º 15 222
11º 13 209
12º 12 211
Vocacional 9 114
Noturno 1 30
2.1.2 Professores de Educação Física
O Grupo Disciplinar de Educação Física da Escola Secundária Eng.º Acácio
Calazans Duarte é constituído por 10 professores, em que 8 são do Quadro do
Agrupamento e 2 são do Quadro Zona Pedagógica. Existem outros professores de
9
Educação Física neste Grupo Disciplinar, embora se encontrem a lecionar na Escola
Guilherme Stephens (mesmo ao lado). Este Grupo Disciplinar apresenta um corpo
docente estável. Neste Grupo disciplinar existe ainda um Núcleo de Estágio de
Educação Física composto por 4 professores estagiários (Tabela 2).
Tabela 2 – Corpo docente do Grupo Disciplinar de Educação Física e do NEEF
Nome Ciclo em que
leciona
Professores de quadro de agrupamento Cargo que exerce na escola
António Santos Professor de Educação Física
Cláudio Sousa 3.º e Sec.
Professor de Educação Física, Orientador (cooperante) de escola (FCDEF-UC), responsável pelo grupo equipa do desporto escolar de Voleibol.
Ernesto Ferreira Professor de Educação Física, coordenador pedagógico do grupo de Educação Física.
Luís Tasquinha 3.º Professor de Educação Física - Estagiário FCDEF
Nuno Escudeiro Professor de Educação Física, responsável pelo grupo equipa de futsal.
Paulo Tojeira Professor de Educação Física, coordenador pedagógico do departamento de Expressões
Ricardo Carvalho 3.º Professor de Educação Física - Estagiário FCDEF
Ricardo Pimentel Secundário Professor de Educação Física - Estagiário FCDEF
Rui Verdingola Professor de Educação Física
Sandro Baía (em
substituição da professora
Lúcia que se encontra de
licença de gravidez de
risco/maternidade)
Professor de Educação Física, responsável pelo grupo equipa de basquetebol.
Sérgio Ramalho Professor de Educação Física, responsável pelo grupo equipa de futsal.
Sheila Roda Professora de Educação Física, responsável pelo desporto escolar de Andebol
Susana Domingues Professora de Educação Física
Suzi Sousa 3.º Professor de Educação Física - Estagiário FCDEF
10
2.1.3 Instalações desportivas
Relvado:
Basquetebol, Futebol.
Ginásio
Ginástica (fundamentalmente), badminton e escalada.
Exterior
Atletismo (Estádio Municipal), futsal (parque da cidade), ténis (Clube de ténis).
Balneários
Professores – 1;
Alunos – 4 (2 femininos e 2 masculinos)
Polivalente
Badminton, Voleibol (fundamentalmente) e Andebol
2.1.4 Situações problemáticas
No que diz respeito às instalações de Educação Física, verificam-se alguns
problemas de funcionalidade:
Nas instalações desportivas “cobertas”, existem apenas as marcações dos
campos oficiais, e não para situações de jogos reduzidos e de lecionação de várias
turmas no mesmo espaço e, em simultâneo;
O piso do polidesportivo “coberto”, devido ao facto de não estar devidamente
protegido dos temporais, e de não ter um eficaz escoamento de águas pluviais,
verificando-se uma degradação significativa, tornando-se irregular e possíveis riscos
de lesões nos praticantes (alunos e professores). Nos dias de chuva, este espaço
“coberto” torna-se impraticável, visto tornar-se escorregadio e com poças de água,
em dias mais ventosos pode tornar-se um espaço bastante desagradável;
A conceção dos balneários não se adapta à realidade escolar, sendo estes de
dimensões muito reduzidas, face ao número de alunos que a maioria das turmas da
escola apresenta e tendo ainda que partilhar com mais turmas em simultâneo;
O gabinete médico, transformado em arrecadação de material, não oferece as
condições necessárias ao correto acondicionamento do material desportivo da
escola. Era necessário arranjar uma solução no que diz respeito à gestão do espaço
11
e à preservação dos equipamentos desportivos;
A sala de aula teórica de Educação Física não apresenta as condições
adequadas para a lecionação a uma turma com mais de vinte e dois alunos.
2.1.5 «Roulement» das instalações desportivas
O Departamento de Expressões Física e Motoras definiu um mapa de rotação
entre os espaços desportivos existentes para que todos os professores pudessem
usufruir e lecionar as unidades didáticas previstas para o presente ano letivo. Este
mapa de rotação vai-se alterando, bem como os espaços desportivos destinado a
cada professor, de 4 em 4 semanas. Quem se encontra a lecionar no Polivalente,
posteriormente irá lecionar no relvado e assim sucessivamente (anexo 1).
2.2 Caracterização dos alunos da turma D do 9.º ano de escolaridade
No decorrer da carreira profissional de um docente, este tem inúmeras
competências a cumprir, na tentativa de ir ao encontro das necessidades e
interesses dos alunos, sempre em comunicação e interação com o Diretor de Turma
e/ou Encarregados de Educação. Na perspetiva de conhecer bem os alunos, visto
que cada um deles é único, e também na perspetiva de adotar as melhores
estratégias para cada um, o estudo da caracterização da turma fornece informações
importantes ao docente. Deste modo, antes de utilizar estratégias e meios de
ensino, o docente deverá conhecer a população com que vai trabalhar, conseguindo
assim individualizar o ensino, resolver de uma forma mais eficaz alguns problemas
que possam surgir, melhorar a sua competência pedagógica e as estratégias a
adotar.
2.2.1 Identificação e caraterização da turma:
Os resultados que resumem a caraterização dos 27 alunos da turma D do 9.º
ano, são os seguintes: - Turma constituída maioritariamente por alunos do género
feminino (17 raparigas e 10 rapazes); - Todos os alunos nasceram em 2001, à
exceção de dois alunos que nasceram no ano 2000.
2.2.2 Vida escolar:
Todos os alunos frequentaram, no ano letivo anterior, a Escola Guilherme
Stephens; 6 dos vinte e sete alunos já reprovaram um ano letivo; nenhum aluno
reprovou no nono ano de escolaridade.
12
2.2.3 Situação familiar
A maior parte dos pais encontra-se na faixa etária entre os 46 e 45 anos.
2.2.4 Saúde:
Os problemas de saúde já diagnosticados são: rinite alérgica; visão e asma.
2.2.5 Tempos livres
Para 18 alunos, ver televisão é a escolha das atividades que optam para
ocupar os tempos livres, sendo que utilizar o computador também está no topo das
preferências (16). Ouvir música e praticar desporto são atividades que ocupam o
terceiro lugar de preferências com 14 alunos.
2.2.6 Educação Física
A disciplina que os alunos mais gostam é Educação Física. Podemos
comprovar que 13 alunos praticam uma modalidade fora da escola. As modalidades
praticadas pelos diferentes alunos são o Futebol (5); ginásio, voleibol (2); Hip-hop;
Basquetebol; Andebol; Kickboxing (2).
Após análise desta caracterização e levantamento de dados relativos à turma,
julgamos estar perante um grupo de alunos cujo trabalho a desenvolver com os
mesmos se poderá qualificar como um desafio, dado o número de alunos que
constituem a turma, por um dos alunos ser descendente da Índia e só dominar o
Inglês.
Depois de termos formado um conhecimento geral da caracterização dos
alunos que compõe a turma do 9.º ano turma D, foi imperativo efetuar uma avaliação
de diagnóstico a fim de orientar todo o trabalho a desenvolver ao longo deste ano
letivo.
2.3. Avaliação de Diagnóstico
A avaliação inicial é um tipo de avaliação que deve ser utilizada no início do
ano letivo. Este tipo de avaliação é um ponto de partida para a conceção e
desenvolvimento de qualquer projeto curricular da escola ou de uma turma. Isto é,
sempre que se pretende identificar o ponto de partida em relação às características
do contexto e da comunidade em que se insere a escola, em relação às
características da turma ou dos seus alunos ou em relação aos conhecimentos que
possuem sobre assuntos relacionados com os conteúdos curriculares e às
competências que desenvolveram.
13
A avaliação inicial pode servir para identificar as competências dos alunos no
início do ano letivo, para colocar o aluno num grupo ou num nível de aprendizagem
e/ou prever o que provavelmente virá a ocorrer na sequência das situações
educativas desenvolvidas.
No decorrer deste Estágio Pedagógico o trabalho realizado neste domínio foi
praticado nas primeiras aulas de cada modalidade desportiva desenvolvida ao longo
dos diferentes períodos escolar abrangendo o domínio psicomotor.
Em termos de conclusão do tipo de avaliação de diagnóstico podemos
concordar com Pacheco (1994, p.63) que refere que esta avaliação «corresponde
quer ao momento de avaliação inicial (início do ano letivo, trimestre, unidades
letivas…) quer ao momento de avaliação pontual, consistindo no levantamento de
conhecimentos dos alunos considerados pré-requisitos, para abordar determinados
conteúdos (…) Pela sua natureza, os dados assim recolhidos não devem nunca
contar para a progressão do alunos, mas apenas servir de indicador para o
professor» (Pacheco, 1994, p.75).
Tendo em conta o que atrás foi mencionado, gostaríamos de referir que a
avaliação de diagnóstico às diferentes Unidades Didáticas foi realizada, em vez de
um todo, no início de cada uma delas, ao longo dos diferentes períodos letivos, já
que as mesmas seriam lecionadas tendo em conta o respetivo mapa de rotações de
espaços desportivos. Como primeira avaliação de diagnóstico, só se pode efetuar
qualquer juízo de valor no nosso primeiro dia de Estágio (21 de novembro), já que
até então, os resultados e desempenho dos alunos foram-nos expostos pela
professora estagiária (Suzi Sousa) que acompanhou a turma até à data da nossa
ingressão. O professor orientador Cláudio Sousa também ajudou no processo de
informação sobre o desempenho e capacidades dos alunos.
No início do ano houve a preocupação de, conforme estipulado em reunião de
departamento, realizar testes de aptidão física, integrados no programa “FITescola”,
em que os resultados dos alunos de cada turma foram inseridos numa plataforma
onde os resultados são analisados pelos responsáveis pelo projeto (Faculdade de
Motricidade Humana e Direção Geral da Educação). Este programa tem como
principal objetivo «educar e a estimular a população estudantil para uma melhor
qualidade de vida» (http://fitescola.dge.mec.pt/PaginaInicial.aspx) (Anexo 5). No
quadro abaixo apresentamos o nível de desempenho dos alunos da turma às
modalidades abordadas desde o dia 21 de novembro até ao final do ano letivo.
14
Ao longo dos períodos letivos e sempre que se iniciava um Unidade Didática
efetuava-se uma avaliação primária das proficiências dos alunos que constituem a
turma (Tabela 3).
Tabela 3 – Tabela de resultados da avaliação de disgnóstico (consultar anexo 1)
Nível Pré Introdutório Introdutório Elementar Avançado
Conteúdos
Ginástica de Solo 12 15 - -
Futebol 20 3 4 -
Atletismo 8 16 3 -
Badminton - 24 3 -
Andebol 18 8 1 -
Ginástica de Aparelhos 23 2 2 -
Após análise das capacidades dos alunos constituintes da turma, tivemos a
preocupação de adequar o processo de ensino às necessidades dos mesmos e
desta forma aplicar o estilo de ensino inclusivo com o objetivo de os alunos
superarem e melhorarem as suas dificuldades e receios. Todo o processo de
formação foi executado tendo em conta os recursos materiais, humanos e espaciais
disponíveis e adequando o mesmo à realidade social da turma.
Além do que atrás foi mencionado houve a necessidades de definir as
competências, que melhor satisfaziam as necessidades da turma, das modalidades
a abordar. Após consulta do Programa Nacional de Educação Física, passamos a
citar os que melhor se adequam aos alunos que constituem a turma:
- Cooperar com os companheiros para o alcance do objetivo dos Jogos
Desportivos Coletivos, realizando com oportunidade e correção as ações técnico-
táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do
jogo, aplicando as regras, não só como jogador, mas também como árbitro.
- Compor, realizar e analisar, da Ginástica, as destrezas elementares de
acrobacia, dos saltos, do solo e dos outros aparelhos, em esquemas individuais e/ou
de grupo, aplicando os critérios de correção técnica, expressão e combinação, e
apreciando os esquemas de acordo com esses critérios.
- Realizar e analisar, do Atletismo, saltos, corridas e marcha, cumprindo
corretamente as exigências elementares, técnicas e do regulamento, não só como
praticante, mas também como juiz.
- Realizar com oportunidade e correção as ações técnico-táticas elementares
15
dos jogos de raquetas, garantindo a iniciativa e capacidade ofensiva em
participações «individuais» e «a pares», aplicando as regras, mas não só como
jogador, mas também como árbitro.
2.4 Escolha e definição das Unidades Didáticas a lecionar
Ainda antes do início das aulas, tivemos a preocupação de respeitar o
roulement de educação Física, identificando os recursos que nos permitem
desenvolver os objetivos traçados e proceder à respectiva distribuição de conteúdos
por espaço desportivo destinado a essa rotação.
Com esta estruturação e planificação deveremos ter em conta a possibilidade
de articulação com o Projeto Curricular de Turma ou Plano Curricular de Educação
Física, procurando respetivamente, a transversalidade com iniciativas do Desporto
Escolar e Atividades de Complemento Curricular, neste caso mais direcionado para
as atividades planificadas (Plano Anual de Atividades) pelo Departamento de
Expressões Físico Motoras. De modo a conseguir motivar e cativar os alunos para a
sua participação nos eventos desportivos promovidos pelo Departamento, optámos
pela seleção das Unidades Didáticas explanas na ilustração seguinte (Tabela 4).
Tabela 4 – Tabela de definição de conteúdos
1. ACTIVIDADES FÍSICAS DESPORTIVAS
2. ATIVID. RÍTMICAS EXPRESS.
3. JOGOS TRAD. E POPULARES
4. ATIVIDADES EXPLO. DA NATUREZA
JOGOS
DESPORTIVOS COLECTIVOS
GIN
ÁS
TIC
A
ATLETISMO
RA
QU
ET
AS
CO
MB
AT
E
NA
TA
ÇÃ
O
Andebol Futebol Voleibol Basquetebol
Solo Aparelhos
Corridas: . Velocidade; . Estafetas; . Barreiras Saltos: .Comprim. Altura; Peso.
Badminton
A. DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS E CONDICIONAIS
B. APRENDIZAGEM DOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E MANUTENÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA
C. APRENDIZAGEM DOS CONHECIMENTOS RELATIVOS À INTERPRETAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NAS ESTRUTURAS E FENÓMENOS SOCIAIS EXTRA-ESCOLARES NO SEIO DOS QUAIS SE REALIZAM AS ACTIVIDADES FÍSICAS.
Na ilustração seguinte serão mencionadas as competências definidas para
16
cada Unidade Didática Planificada, tendo em conta o nível de execução em que os
alunos da turma deveriam apresentar no final da lecionação das mesmas (Tabela 5).
Tabela 5 – Competências definidas para cada Unidade Didática
U. D. Nível Desempenho Motor Instrução Postura
Vo
leib
ol
Ele
me
nta
r
Em situação de exercício critério e jogo:
Recebe o serviço em passe
por cima ou manchete
consoante a trajetória da bola,
direcionando-a para cima para
dar
continuidade às ações da sua
equipa;
Executa 2º toque colocando a
bola no colega;
Finaliza ao 3º toque em passe
por cima dirigindo a bola para
um espaço vazio.
Na execução:
Sabe o objetivo do
jogo;
Conhece as regras:
Toques na rede
Penetração no
campo contrário
Dois toques.
Identifica os sinais
do árbitro.
Identifica os gestos
técnicos principais.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Aceita as decisões
de arbitragem.
Ba
sq
ue
teb
ol
E
lem
en
tar
Em situação de exercício critério e jogo:
Enquadra-se defensivamente;
Desmarca-se para oferecer
linhas de passe ofensivas;
Lança na passada;
Participa no ressalto ofensivo.
Na execução:
Sabe o objetivo do
jogo;
Conhece as
regras:
Três segundos
Cinco segundos
Drible ilegal.
Identifica os sinais
do árbitro.
Identifica os gestos
técnicos principais.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Aceita as decisões
de arbitragem.
17
Gin
ástica
de
So
lo
E
lem
en
tar
Em situação de exercício e em sequência no Solo:
Executa rolamento à frente e
à retaguarda de pernas unidas
e engrupadas;
Executa avião;
Executa roda.
Executa apoio facial invertido
de cabeça e braços (c/ ajuda);
Executa ponte.
Elementos de ligação (1/2
pirueta);
Na execução:
Conhece e
identifica os elementos
gímnicos de solo;
Identifica as
componentes críticas.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Fu
teb
ol
E
lem
en
tar
Em situação de exercício e jogo:
Enquadra-se defensivamente;
Desmarca-se para oferecer
linhas de passe ofensivas;
Remata à baliza quando a tem
ao seu alcance;
Participa na recuperação da
posse de bola..
Na execução:
Sabe o objetivo do
jogo;
Conhece as regras;
Identifica os sinais
do árbitro;
Identifica os gestos
técnicos principais.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Aceita as decisões
de arbitragem.
18
Atle
tism
o
E
lem
en
tar
Em situação de exercício em corridas:
Efetua uma corrida de
velocidade (40 metros), com
partida de pé ou com 3
apoios;
Efetua corrida de estafetas em
grupos;
SALTOS:
Salta em altura recorrendo à
técnica de costas;
Salta em comprimento com a
técnica de voo na passada,
com corrida de balanço e
impulsão na tábua de
chamada.
LANÇAMENTOS:
Executa arremesso do peso
de 3 e 4 kg:
Na execução:
Conhece e
identifica os exercícios;
Identifica os
materiais;
Identifica as
componentes críticas.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
An
de
bo
l
E
lem
en
tar
Em situação de exercício e jogo:
No ataque:
Ocupa equilibradamente o
espaço de jogo;
Opta pela ação mais ofensiva;
Desenquadra o adversário
mais direto
Na defesa;
Dificulta o passe, a receção, o
drible e o remate.
Na execução:
Sabe o objetivo do
jogo;
Conhece as regras:
Violações por drible
e passos
Violações da área
de baliza
Identifica os sinais
do árbitro.
Identifica os gestos
técnicos.
Coopera/empenha-
se.
Cordialidade/respei
to.
Autodomínio
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Aceita as decisões
de arbitragem.
19
Ba
dm
into
n
E
lem
en
tar
Em situação de exercício e em situação de jogo 1x1 e 2x2:
Mantém uma posição base,
regressando à posição inicial
após cada batimento;
Desloca-se com
oportunidade, para conseguir
o posicionamento correto;
Coloca o volante ao alcance
do companheiro, executando
os seguintes batimentos:
Clear, Lob, Drive, Smash;
Executa o serviço curto e
comprido.
Na execução:
Percebe o objetivo
do jogo;
Conhece as regras;
Identifica os gestos
técnicos principais.
Coopera/empenha-
se.
Cordialidade/respei
to.
Autodomínio
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
Aceita as decisões
de arbitragem.
Gin
ástica
de
Ap
are
lhos
E
lem
en
tar
Em situação de exercício:
Executa no boque salto de
eixo e entre-mãos;
Executa no plinto transversal
salto de eixo e rolamento à
frente engrupado (c/ ajuda)
Executa no minitrampolim:
Salto em extensão;
Salto engrupado;
Carpa afastada e junta;
½ ou 1 pirueta;
Salto de peixe;
¾ de mortal à frente para
plano superior.
Conhece e
identifica os aparelhos de
ginástica;
Identifica as
componentes críticas.
Coopera/empenha-
se;
Cordialidade/respei
to;
Autodomínio;
Coopera com a
preparação/arruma
ção do material da
aula;
De modo a conseguimos abordar todos os conteúdos tendo em conta o rumo
normal de aprendizagem (Introdução; Exercitação; Consolidação; Avaliação), foi
definido o número de aulas mais adequado para cada uma das Unidades Didática
atrás referidas e também tendo em conta o “ROULEMENT” de Educação Física,
ficou definido, como se pode verificar na ilustração que se segue (Tabela 6).
20
Tabela 6 – Calendarização das U.D.; Carga Horária; Atividades do Plano anual de Atividades
Período
Letivo
Unidade Didática N.º
Aulas
Espaço
Desportivo
Total Atividades de Complemento
Curricular
1.º
Pe
río
do
Apresentação 1 Sala de aula
39
Corta – Mato escolar
Voleibol 13 Polivalente
Basquetebol 11 Relvado
Ginástica de Solo 12
Ginásio Ficha de Avaliação 1
Auto e Heteroavaliação 1
2.º
Pe
río
do
Futebol 3 Exterior
28
Corta – Mato Distrital
Megas
Basket 3x3
Torneio “Fair-Play”
Atletismo 6 Exterior
Badminton 6 Polivalente
Andebol 12 Relvado
Trabalho escrito - -
Auto e Heteroavaliação 1 Polivalente
3.º
Pe
río
do
Ginástica de Aparelhos 12 Ginásio
28
“Dia Mundial da Criança”
Atletismo 6 Exterior
Futebol 8 Exterior
Ficha de Avaliação 1 Sala de aula
Auto e Heteroavaliação 1 Sala de aula
2.5 Definição de estratégias a adotar
É de conhecimento geral que as apetências, competências, aprendizagens
variam de aluno para aluno. Como tal será imprescindível planificar, orientar, ajudar
de modo a conseguir colocar em prática um ensino inclusivo, onde os alunos menos
proficientes se possam sentir integrados no grupo dos mais proficientes e desta
forma proporcionar um clima de aula adequado, controlado, e facilitador para o
ensino e para a aprendizagem.
Como tal houve a preocupação de:
Preparar previamente o material necessário para a aula de modo a
otimizar o tempo util de atividade física, seja ela a nível de introdução
aos conteúdos, execução, consolidação e avaliação dos mesmos;
Transmitir informação sem perder demasiado tempo, quer no início das
aulas, quer quer na demonstração/explicação e final das mesmas;
Recorrer a progressões pedagógicas nas variadas matérias abordadas,
permitindo assim que haja maior rentabilização do espaço desportivo
21
destinado à aula e uma melhor consolidação das componentes críticas
dos conteúdos trabalhados;
Realizar a demonstração aleada à explicação, de modo que os alunos
tenham a perceção visual além da auditiva, melhorando assim a sua
prestação/execução;
Recorrer ao feedback sem que fosse utilizada a palavra “Não”. Ex:
fizeste isto! Deverias experimentar ou executar desta forma, tendo a
preocupação de fechar ciclos de feedback;
Questionar os alunos sobre o seu modo de execução dirigindo a
pergunta sobre as componentes críticas a aplicar;
Recorrer à diferenciação das aprendizagens dos alunos, aplicando
níveis de aprendizagem em que os alunos, após avaliação de
diagnóstico, se encontram (pré-introdutório, introdutório, elementar e o
nível avançado), uma vez que na turma se regista uma heterogeneidade
nas vivências e capacidades motoras dos alunos;
Recorrer a diferentes métodos de avaliação para que os alunos se
sintam mais confiantes na sua consecução;
Formar grupos homogéneos e heterogéneos defendendo a integração
dos alunos menos proficientes;
Promover o trabalho por estações com progressões pedagógicas;
Ensinar e promover as ajudas realizadas aos colegas, fomentando a
participação dos alunos menos proficientes;
Desenvolver tarefas por comando, descoberta guiada, inclusivas e deste
modo envolver os alunos na aprendizagem.
3. Avaliação
A avaliação é a recolha sistemática de informação sobre a qual se possa
formular um juízo de valor que facilite a tomada de decisões. O objeto da avaliação
incide sobre as aprendizagens e competências definidas no currículo nacional para
as diversas áreas e disciplinas de cada ciclo.
A avaliação é um elemento integrante e regulador das práticas pedagógicas,
mas assume também uma função de certificação das aprendizagens realizadas e
das competências desenvolvidas. Além disso, tem influência nas decisões que
visam melhorar a qualidade do ensino, assim como na confiança social quanto ao
22
funcionamento do sistema educativo.
Deste modo, a avaliação permite preparar e acompanhar todo o processo
ensino-aprendizagem; sendo o processo de Planificação / Execução / Consolidação
/ Avaliação, um processo unitário, com maior probabilidade de o aluno vir a atingir o
êxito.
Sempre que há necessidade de apresentar resultados de uma avaliação há
que ter em conta a seguinte legislação:
- Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho; que refere em traços gerais a
implementação de medidas no currículo dos ensinos básico e secundário. A revisão
da estrutura curricular concretizando-a através de alterações às matrizes curriculares
definindo princípios que permitam uma maior flexibilidade na organização das
atividades letivas. Refere também que a autonomia da escola é reforçada através da
oferta de disciplinas de escola e pela possibilidade de criação de ofertas
complementares, bem como por uma flexibilização da gestão das cargas letivas a
partir do estabelecimento de um mínimo de tempo por disciplina e de um total de
carga curricular.
- Despacho normativo n.º 17-A/2015, de 22 de setembro; onde vem mencionada
a nova legislação da avaliação para os alunos do Ensino Básico e Secundário.
Em síntese, no processo de ensino-aprendizagem a avaliação deverá ter
como principais funções, permitir situar o aluno em relação aos objetivos propostos.
Como momentos de realização e funções diferentes nas Unidade Didáticas,
consideram-se três situações de avaliação:
Avaliação de Diagnóstico / Inicial;
Avaliação Formativa;
Avaliação Sumativa.
3.1 Avaliação Formativa
No decorrer do processo ensino-aprendizagem, e tendo em conta uma
avaliação constante e contínua, não nos podemos esquecer de recorrer a uma
avaliação que estabelece a ligação entre a aprendizagem feita pelos alunos até
então e a capacidade de ajustar tarefas por parte do professor para que o aluno
possa, num futuro próximo apresentar melhorias na sua prestação.
Este tipo de avaliação «sendo parte integrante do processo avaliativo,
determina, em termos qualitativos, o progresso da aprendizagem e fornece feedback
23
para a sua regulação» (Bloom, Scriven, Albrecht & Gimeno, citados por Pacheco,
1994, p.75).
A avaliação formativa é também uma forma de o professor perceber o nível de
execução dos alunos, o que se poderá fazer de modo a melhorar a prestação dos
alunos e o como estão a ser lecionados os conteúdos, o nível de execução dos
alunos está de acordo com os objetivos traçados, ou se a metodologia utilizada está
de acordo com as exigências das capacidades dos alunos. Se tal não estiver a surtir
o efeito desejado, o professor terá que reformular e adaptar as estratégias,
facilitando a aprendizagem e adaptando-as aos alunos.
Tendo em conta a motivação, esforço e modo de enfrentar as diferentes
soluções apresentadas para ultrapassar dificuldades diagnosticadas, teremos de
centralizar o processo no aluno.
A avaliação formativa é indispensável e poderá ser feita vezes sem conta até
que seja possível determinar a posição do aluno ao longo de uma unidade de
ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes apresentar soluções.
De modo a dar continuidade à parte da avaliação foi elaborada uma grelha de
registo diário respeitando quer o «roulement» quer a modalidade a lecionar (Anexo
6). A grelha que consta no anexo 6 foi posta em prática tendo em conta que os
alunos estavam constantemente a chegar atrasados e alguns deles não traziam
material adequado para a prática desportiva, acabando por não realizar aula por
falta de material. Após implementação da mesma, verificou-se uma melhoria
significativa no modo de atuação dos alunos. Eles mesmos vinham junto de nós e
diziam a avaliação que achavam merecer quer para a pontualidade quer para o
comportamento, embora que, as avaliações foram apontes segundo nosso parecer e
consideração.
Houve também a preocupação de responsabilizar/integrar os alunos, ou que
não traziam material para a prática da aula, ou que por justificação médica, não
estavam em condições físicas, ditas normais, para a prática desportiva, numa
observação/registo do desempenho de alguns dos seus colegas. Este registo foi
efetuado em documentos próprios, fornecidos e esclarecidos por nós (anexo 7).
3.2 Avaliação Sumativa
Se se tiver em conta a palavra sumativa, poder-se-á perceber melhor que este
tipo de avaliação resulta de uma súmula do trabalho desenvolvido pelo aluno até ao
24
momento e de todas as componentes de avaliação, o que no fim levará à sua
respetiva classificação final, tendo em conta todo o trabalho desenvolvido pelo
mesmo, com a intensidade de aquisição de competências traçadas para a norma
avaliativa realizada pelo professor utilizando instrumentos de recolha de dados
organizados em comparação aos critérios de avaliação (Pacheco, 1994).
Também Ribeiro (1999) afirma que a avaliação sumativa corresponde, pois, a
um balanço final, a uma visão de conjunto relativamente a um todo sobre que, até aí,
só tinham sido feitos balanços parcelares (p.89). Então poder-se-á referir que este
tipo de avaliação classifica o desempenho do aluno correspondente ao nível em que
se encontra no final de cada Unidade Didática lecionada.
Mesmo com o decorrer das aulas e tendo em conta os princípios
metodológicos de introdução dos conteúdos, consolidação e avaliação, quando
chegava o momento de realizar uma avaliação final da prestação dos alunos, houve
a necessidade, principalmente em ginástica de solo e ginástica de aparelhos, de
alguns alunos realizarem a sua avaliação numa das progressões pedagógicas
disponibilizadas, pois, se tal não acontecesse teríamos a certeza que a maior parte
não realizaria o que era pretendido avaliar por receio ou por falta de capacidade.
Toda a avaliação sumativa foi efetuada e registada em documentos próprios
para tal, existindo também, como forma de critérios de correção uma grelhas
explicitando os critérios de êxito para cada elemento ou gesto técnico a avaliar.
Ficou definido, no início do ano letivo que a turma iria ter que realizar uma
prova de avaliação de conhecimentos no 1.º e 3.º períodos e um trabalho escrito no
2.º período. Para que os alunos pudessem perceber a estrutura do trabalho escrito a
realizar foi-lhes entregue uma folha que indicava a estrutura do mesmo. Como base
de estudo, foi-lhes disponibilizado um documento, no qual constava o material de
apoio para as respetivas provas de avaliação de conhecimentos. De modo a
diversificar os trabalhos escritos a apresentar, ficou definido que, por tema só
poderiam existir dois grupos, logo, após definição de grupos, os mesmos
escolheram o seu tema, tendo que, os outros que o fizessem depois sujeitar aos
temas que ainda estavam disponíveis para trabalhar.
Para formalizar e finalizar a avaliação sumativa foi elaborado um documento
em Excel para que todos os documentos de avaliação contínua fossem transcritos e
no final com uma fórmula de percentagens dadas aos diferentes parâmetros de
avaliação obter-se-ia a nota final por aluno.
25
No decorrer do Estágio Pedagógico, foram efetuados vários documentos de
modo a melhorar e facilitar o registo de avaliações. Os documentos elaborados
serviram também para que os alunos tomassem consciência de todo o processo
inerente à avaliação da disciplina e criando uma rotina de avaliação contínua (aula a
aula) e deste modo facilitando a avaliação final de cada Unidade Didática lecionada.
4. Análise Reflexiva
Relativamente a esta área específica do Estágio Pedagógico foram
desenvolvidas e aperfeiçoadas muitas das competências necessárias que um
professor deve alcançar, para uma adequada condução do processo de ensino –
aprendizagem.
É inexequível pensar que o ensino se resume à transmissão e adequação de
conteúdos programáticos. Não é recomendável desempenhar a profissão de
docente sem se criar dinâmicas de atuação que promovam alterações relativamente
estáveis do desenvolvimento social e psicomotor dos alunos. Expectável é que o
professor adeque estes desenvolvimentos à realidade escolar onde se encontra a
lecionar. Poder-se-á adaptar, mas nunca o planeamento realizado numa escola
deverá servir numa outra. Assim, sempre que as características dos alunos o
permitirem, é indispensável que se promovam soluções pedagógicas e
metodológicas propícias ao êxito instrutivo, cada vez mais desafiador e atrativo.
Ao longo deste ano de estágio, muitas foram as atividades desenvolvidas,
sabendo que, todas elas tiveram o conhecimento do professor Cláudio Sousa,
proporcionando-nos assim a experimentação, liberdade de escolha, criatividade e a
originalidade, relativamente às diversas práticas pedagógicas.
4.1 Planeamento do ensino
Todo um processo de seleção de objetivos para a execução de matérias, bem
como os meios e formas de atuação são, um passo importante para que haja
sucesso e criadas situações em que os mesmos sejam atingidos. Só assim se
conseguirá, no futuro criar uma orientação do processo ensino aprendizagem de
forma a perceber os pontos fracos e então delinear estratégias para colmatar essas
dificuldades ou ameaças ao sucesso.
Foi, com o planeamento, nosso objetivo perceber/observar em cada uma das
26
matérias abordadas as aptidões dos alunos apurando assim a capacidade evolutiva
individual e deste modo planificar atividades facilitadoras de aprendizagem que
garantam o sucesso e evolução.
Como iniciámos o Estágio Pedagógico em novembro de 2015 presumimos
que o planeamento anual estaria delineado. Como tal não aconteceu, só foi possível
elaborá-lo já no mês de janeiro de 2016. Posto isto, foram cumpridas as diretivas
que nos foram apresentadas pelo nosso coordenador de estágio professor Cláudio
Sousa e através da informação disponibilizada pela página da escola foi então
elaborado um plano anual.
Através da elaboração do plano de aula, que no nosso entender, é o
documento onde estão presente as ideias principais para o bom
funcionamento/desenvolvimento de uma aula contribuindo assim para que se possa
verificar o sucesso no processo ensino-aprendizagem. Com a troca de ideias,
experiências, observação de aulas dos nossos colegas estagiários, quer dos outros
professores do grupo, foi sendo mais fácil o planeamento aula a aula, garantindo
coerência na evolução dos conteúdos abordados.
Para os desportos coletivos, foi implementado a criação de grupos
homogéneos e heterogéneos, pois no nosso entender quando os alunos se
encontram num nível de aprendizagem e de aptidão física mais avançada devem de
não só trabalhar com os pares ao seu nível, mas também de ajudar os que se
encontram num nível inferior de forma a integrá-los e possibilitar uma evolução
pedagógica. A nossa estratégia de jogo foi a de “jogo holandês” onde toda a turma
tinha de estar atenta ao desenvolver dos acontecimentos, já que a qualquer
momento, as equipas que se encontravam de fora poderiam ser “obrigadas” a entrar
em jogo. Assim foi criada uma situação onde os alunos da turma estavam em
constante atividade. O ensino por comando esteve sempre presente, embora tenha
sido utilizado ou no início (com a mobilização articular/muscular), ou na parte
fundamental (execução técnica) ou ainda na parte final da aula
(alongamentos/exercícios de retorno à calma). A aprendizagem, através da
descoberta guiada (o trabalho do grupo tem uma função estabilizadora, onde a
execução vai sendo dinamizada a partir de informação fornecida pelo professor e
assim os alunos vão desenvolvendo a aprendizagem) aliada ao ensino por tarefa,
teve maior sucesso, já que através da explicação/demonstração feita previamente e
a execução dessa mesma tarefa com recurso ao questionamento, os alunos entre si
27
ajudavam-se, independentemente de serem ou não mais proficientes de modo a que
conseguissem ultrapassar certas dificuldades de compreensão ou de execução.
Nas modalidades individuais, mais precisamente, na ginástica de solo e de
aparelhos, foram criadas estações, onde, em que cada estação foram
proporcionadas situações de progressão pedagógica até que os objetivos propostos
para o exercício pretendido fossem alcançados.
Houve também a preocupação de maximizar o tempo de exercitação e de
efetuar bastantes ajustes ao plano de aula no decorrer das mesmas. Só com estes
ajustes e capacidade de adaptação às dificuldades que se vão manifestando no
decorrer de cada aula é que se pode garantir que houve preocupação em ajudar e
melhorar a qualidade de ensino.
De modo a otimizar o desenrolar da aula, foi prioridade nossa, preparar com
antecedências o material para a mesma e desta forma garantir que estavam
reunidas as condições (materiais, segurança, espaço de aula) para a prática da
modalidade a lecionar.
4.2 Intervenção Pedagógica
Tal como em tudo o que se diz, fala, faz, acontece,…, também é fator
importante para um docente, a produção de uma reflexão constante sobre a sua
atuação enquanto profissional de educação e os cargos desempenhados,
associados ao mesmo.
Ao longo do estágio pedagógico foi sem dúvida importante e enriquecedor a
troca de opiniões efetuadas no final de cada aula. Para tal contribuíram os
professores estagiários, professor orientador de escola e por várias vezes o
professor orientador da faculdade. Todas as críticas construtivas e ideias que
surgiam, para possível complemento da forma como foram dinamizadas certas
atividades, foram determinantes para o nosso êxito.
Houve sempre a preocupação de nos nossos planos de aula existir uma
certa organização aliada a coerência e evolução dos conteúdos abordados.
Privilegiámos sempre o tempo de execução e o bom ambiente de aula, pois, no
nosso entender são condições promotoras da aprendizagem.
Desde o primeiro plano de aula, até ao último, que abordámos os itens
seguintes:
Justificação do plano de aula;
28
Parte inicial;
Parte fundamental;
Parte final.
Para que se possa perceber melhor o modo de intervenção no decorrer de
cada aula iremos apresentar, de seguida, os parâmetros pelos quais nos
orientámos:
4.2.1 Instrução (Formação inicial; Condução da aula; Qualidade do feedback
e conclusão da aula);
4.2.2 Gestão (Gestão do tempo, Organização e transição);
4.2.3 Clima/Disciplina;
4.2.4 Decisões de ajustamento;
4.2.5 Aspetos salientados pelo professor orientador (escola/faculdade)
4.2.1 Instrução (Formação inicial; Condução da aula; Qualidade do feedback
e conclusão da aula)
Formação inicial: no que diz respeito a este parâmetro fomos capazes de
referir os objetivos e tarefas propostas para as aulas, realizando um vínculo com a
U. D. a abordar. Os tempos de instrução, só nas U. D. de ginástica de solo e
aparelhos é que foi mais alongado, que no nosso entender, e já que após a
avaliação de diagnóstico nos termos apercebido das dificuldades demonstradas por
grande parte dos alunos, foi benéfico para o bom funcionamento das aula
subsequentes.
Condução da aula: No nosso entender as aulas encontravam-se bem
planeadas. Interviemos de forma sistemática, correta e estrategicamente, solicitando
a superação das capacidades, dos alunos, aquando da realização das tarefas,
através de estímulos sobres as suas atitudes e empenhamento. A relação de
afetividade criada para com os alunos ajudou para uma maior motivação/confiança
voluntária.
As atividades foram organizadas de modo a permitir um posicionamento e
circulação adequados aos espaços de aula garantindo uma perceção global,
controlo eficaz das diversas situações e intervenção no desempenho das tarefas
atribuídas para as aulas. Houve o cuidado de ter todos os alunos a trabalhar,
garantindo que do trabalho em pares, trios, grupo/equipa, grupos homogéneos e
29
heterogéneos resultasse também uma interação positiva entre eles. Todos os
grupos se encontravam no nosso alcance visual.
Qualidade do FB: Relativamente aos feedbacks utilizados ao longo das aulas,
julgamos ter conseguido transmitir a informação necessária e que os alunos
conseguissem com isso melhorar a sua interpretação do exercício, melhorando
também a execução do mesmo. Registámos intervenções sistemáticas e eficazes
nas ações dos alunos, corrigindo, estimulando e estruturando o seu comportamento
e assim garantindo que a maior parte dos ciclos eram fechados.
Conclusão da aula: Nas conclusões das aulas, houve a preocupação em
realizar uma breve reflexão sobre o que tinha sido abordado nas aulas, informando
sempre os alunos do conteúdo da próxima aula (extensão de conteúdos). As aulas
terminaram sempre de um modo sereno e tranquilo e com a ajuda dos alunos a
arrumar o material utilizado para a respetiva aula.
4.2.2 Gestão (Gestão do tempo, Organização e transição)
Neste parâmetro jugamos ter sido capazes de gerir de uma forma bastante
positiva o tempo de aula, organização dos alunos em pares, grupos, equipas sem
que para isso houvesse necessidade de despender tempo de aula. Nas transições
não sentimos muitas dificuldades, pois os alunos, a maior parte das vezes
percebiam a explicação e demonstração. Quando pontualmente havia um ou outro
aluno mais confuso deslocávamo-nos junto dele e efetuávamos uma explicação
individual e a partir daí tudo fluía.
4.2.3 Clima/Disciplina
Nas nossas intervenções julgamos que será o parâmetro que mais sobressai.
Estabelecemos com as nossas interações com os alunos, uma boa
afetividade e cumplicidade com os alunos:
- Dando-lhes os “bons dias” no início de cada aula;
- Utilizando um tom de voz agradável e variado;
- Utilizando sempre o nome próprio dos alunos;
- Dando encorajamentos frequentes;
- Revelando entusiasmo;
- Aceitando (sempre que possível) as suas sugestões;
- Recorrendo mais à descrição do que ao julgamento negativo;
30
- Assumindo uma postura corporal e expressões faciais amistosas;
- Estabelecendo contato visual com o aluno com quem falávamos;
- Interagindo com os alunos em assuntos de caráter não académico sem
interferências nos seus tempos de empenhamento motor.
As regras de aula foram estabelecidas no início do ano letivo e sempre que
fosse necessário utilizámos interações verbais dissuasivas, que no nosso entender
foram quase sempre eficazes. Quando tal não se verificava, houve a necessidade de
recorrer ao preenchimento do registo de ocorrência que posteriormente era entregue
à Diretora de Turma, de forma a ter conhecimento do sucedido e se achasse
necessidade, de contactar com o respetivo Encarregado de Educação (anexo10).
De modo a garantir o melhor clima de aula possível, por vezes, houve a
necessidade de ignorar alguns comportamentos inapropriados, mas garantindo que
os alunos que os efetuavam percebiam que os estávamos a controlar recorrendo a
interações verbais dissuasivas.
4.2.4 Decisões de ajustamento
Qualquer professor percebe que a elaboração de um plano de aula poderá
sofrer vários ajustes no decorrer de uma aula. As nossas decisões de ajuste foram
sempre de modo a facilitar a aprendizagem e/ou para tentar complementar o que se
pretendia naquela aula em específico.
Para que de forma mais facilitadora da tomada de decisões de ajustamento
tivemos em conta a constante análise do roulement permitindo assim uma melhor
perceção dos espaços desportivos ocupados e assim preparar previamente o
material necessário para a aula, quer prática quer teórica, adaptando deste modo
aos conteúdos a serem lecionados.
Procurámos adequar os objetivos, conteúdos e metodologias já que por
vezes houve necessidade de efetuar alterações aos planos de aula e deste modo
adequar as aprendizagens com as necessidades dos alunos. Então houve a
necessidade de efetuar ajustamentos aos grupos efetuados, ao tempo destinado a
determinadas tarefas e suas progressões pedagógicas, no nível de execução das
tarefas e principalmente nos objetivos traçados para as aulas.
Adotámos uma postura de humildade e estivemos sempre disponíveis para
modificar e ajustar decisões, nem que para isso houvesse a necessidade de inovar.
31
4.2.5 Aspetos salientados pelo professor orientador (Escola/Faculdade)
Uma mais valia é a forma como poderemos classificar todo o tipo de
intervenções feitas pelos nossos professores orientadores, pois a evolução é
constante e a mudança é um meio para atingir a perfeição.
Consideramos que a troca de experiências e sugestões feitas foram sempre
bem auferidas e compreendidas, pois julgamos ter melhorado as nossas
intervenções.
5. Aperfeiçoamento e sugestões
Apresentámos sempre que possível propostas de modificação de elementos
estruturais de aula, baseando-nos na experiência concreta de orientação
pedagógica e/ou didáticas experimentadas, visando a melhoria dos processo de
utilização de recursos, com vista à sua maior eficácia.
5.1 Atitudes do formando
5.1.1 Iniciativa
Assumimos com disponibilidade e criatividade iniciativas que ultrapassassem
as que nos eram impostas pelas tarefas.
Participámos em todas as atividades dinamizadas pela FCDEF e MEEFEBS
de forma ativa.
Inovámos na implementação e realização de atividades do âmbito desportivo.
5.1.2 Responsabilidade
Assumimos sempre nas tarefas que nos foram atribuídas um compromisso
pessoal, concreto e efetivo, concretizando-as com acuidade e ponderação, de modo
a garantir o nosso êxito. Todos os compromissos que eram por nós assumidos foram
tratados com coerência.
5.1.3 Participação
Interviemos sempre de forma ativa em todas as tarefas, de modo a estimular
e incentivar os nossos colegas de grupo, no tratamento, análise e resolução de
questões coletivas.
32
5.1.3 Assiduidade e pontualidade
Neste ponto gostaríamos de salientar que é com bastante alegria que
demostrámos ser assíduos e pontais em todas as nossas funções, respeitando por
isso os compromissos e tarefas, contribuindo deste modo para a nossa eficácia e
dignificação.
5.2 Atitudes do formando
Quando nos propusemos ingressar em Estágio Pedagógico na Escola
Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte, tivemos desde logo que assumir uma
postura de profissionalismo que, no fundo não foi mais do que dar continuidade a
toda a uma ética profissional a que já estamos habituados quer a nível da docência,
quer ao nível do dia a dia.
Os nossos principais objetivos foram o de alcançar um nível distinto de
competências, em relação ao nosso profissionalismo enquanto docentes de
Educação Física e no futuro, vir a conseguir exercer no 3.º Ciclo de Ensino ou no
Ensino Secundário. Como tal assumimos diariamente uma postura de
responsabilidade e disponibilidade para a planificação, organização, execução e
respetiva avaliação de atividades associadas quer ao grupo de Educação Física,
quer à comunidade escolar, cumprindo sempre com a pontualidade e assiduidade.
Houve preocupação em chegar antecipadamente às aulas e deste modo preparar e
organizar todo o material necessário para as mesmas, promovendo assim maior
tempo de prática física.
Estamos cientes de que fomos um exemplo e referência para os nossos
alunos, e conseguimos desta forma sensibilizá-los para a importância do
cumprimento de horários e regras que lhes será útil para a posteridade a nível
profissional e pessoal.
“A ética profissional constitui uma dimensão paralela à dimensão intervenção
pedagógica e tem uma importância fundamental no desenvolvimento do agir
profissional do futuro professor” (Guia de estágio 2012/2013).
6. Tema/Problema
33
6.1 Resumo
Ao longo dos tempos, o ser humano foi-se desenvolvendo através de
aprendizagens tentativa/erro e por imitações. Este processo de aprendizagem não é
mais do que a transformação de informações recebidas que promove a obtenção de
habilidades motoras como forma de superação das dificuldades demonstradas até
então.
Tal como há vários séculos, temos vindo a recorrer à comunicação verbal e
às demonstrações como meio de transmissão de conhecimentos.
O principal objetivo do presente estudo é o de perceber como os alunos
entendem a demonstração nas aulas de Educação Física, no Agrupamento de
Escolas Marinha Grande Poente, tendo como amostra alunos dos diferentes Ciclos
de Ensino (1.º, 2.º e 3.º) e Ensino Secundário. Em todos estes níveis de ensino
haverá a preocupação de obter uma amostra em que o rácio estará compreendido
entre os 17 e 21% do número total correspondente a cada nível de ensino.
Todo o processo deste estudo foi pensado e elaborado tendo em conta a faixa
etária a que se destina, com a finalidade de conhecer a realidade educativa quanto à
existência ou não, às preferências e opções, da demonstração no processo ensino-
aprendizagem.
Ao longo do estudo deste problema, tentar-se-ão tirar elações nos itens
seguintes:
- Identificar a opinião dos alunos sobre a disciplina de Educação Física.
- Reconhecer as práticas de demonstração vivenciadas pelos alunos nas aulas
de Educação Física;
- Determinar a importância atribuída à demonstração, ao modelo, à composição
e ao momento da demonstração pelos alunos;
- Verificar se existem diferenças entre género e os vários níveis de ensino;
- Indicar as diferenças entre as preferências dos alunos mais proficientes e
menos proficientes;
- Perceber as preferências dos alunos quanto à demonstração;
Com este estudo podemos concluir que a demonstração estabelece um
processo importante para a transmissão da informação numa etapa preambular da
aprendizagem para todas as idades. Com a colaboração e inclusão da
demonstração no processo de ensino podemos melhorar bastante a estruturação da
representação espacial e temporal da ação do que com a explicação verbal, já que a
34
verbal demora mais tempo a ser desenvolvida, dificultando o desenvolvimento motor
do aluno, como tal, os alunos do 1.º Ciclo de Ensino preferem que a demonstração
nas aulas de Educação Física seja efetuada pelo professor sempre que explica um
determinado exercício, sendo que esta deverá ser efetuada antes da explicação do
mesmo e direcionada para a turma toda.
Palavras-chave: Demonstração; Didática; Ensino-Aprendizagem; Professor;.
6.2 Introdução
Cada vez é maior a preocupação das pessoas com o processo ensino-
aprendizagem dos seus educandos, pois estão conscientes do papel fundamental
que tem para o seu percurso, académico, profissional, social.
Um aluno que não tenha sucesso não deixa de frequentar a escola pelo menos até
perfazer a idade obrigatória, pois continua a ter essa necessidade/obrigação.
As necessidades dos alunos são bastante sofisticadas e a forte competitividade, que
se vive nos dias do cotidiano, levam a que o “produto” final do ensino (média) seja
cada vez mais importante e desejada. Então a qualidade e forma como se ensina
também afetará esse mesmo “produto”.
Posto isto, a investigação, que o núcleo de estágio da Escola Secundária Eng.º
Acácio Calazans Duarte, em reunião com o orientador do mesmo (Professor Paulo
Nobre), definiu para abordar de uma forma geral o tema/problema foi
“Demonstração nas aulas de Educação Física”.
Com o tema “Demonstração”, o Núcleo de Estágio pretende realizar uma
pesquisa englobando uma amostra de discentes no universo do Agrupamento de
Escolas que fazem parte da Escola supra citada. Quando se fala no universo de
escolas, fala-se do primeiro, segundo e terceiros ciclos de ensino e secundário.
O estudo do tema selecionado, incide sobre a intervenção pedagógica
específica, mais propriamente: o impacto, na aprendizagem dos alunos, da
demonstração realizada pelo professor, aluno proficiente e/ou aluno menos
proficiente, e parte do seguinte problema: qual será o impacto percebido da
demonstração na aprendizagem dos alunos proficientes e de alunos não proficientes
em Educação Física?
Para uma leitura global do Agrupamento, o tema da investigação é partilhado
pelos quatro elementos do Núcleo de Estágio, sendo atribuídos diferentes anos de
35
ensino a cada elemento, sofrendo os instrumentos as necessárias adaptações
relativamente ao grau de compreensão dos alunos.
Para a realização deste projeto, os elementos constituintes do Núcleo de
Estágio deslocaram-se às diferentes escolas do Agrupamento e analisaram com os
alunos o efeito da “Demonstração” no processo ensino-aprendizagem e tentou
perceber como é que será que os alunos entendem a demonstração nas aulas
de Educação Física?
Através desta questão, os objetivos deste estudo são perceber se a
demonstração nas aulas de Educação Física estabelece um processo importante
para a transmissão da informação numa etapa preambular da aprendizagem para
todas as idades e aferir se a inclusão da demonstração no processo de ensino pode
melhorar a estruturação da representação espacial e temporal da ação
comparativamente com uma simples explicação verbal.
6.3 Enquadramento teórico
6.3.1 Didática
Quando se fala em aprendizagem, ensino, planificações, conteúdos,
componentes críticas, sucesso,…, o pensamento poderá recair sobre o “papel” do
professor no processo ensino-aprendizagem do aluno, já que o aluno é o agente
principal desse planeamento e de todo esse processo que se vive nas escolas.
A importância da didática, tem principalmente que ver com um conjunto de
conhecimentos que esta disciplina agrega tendo em conta todo o processo de
ensino, mais propriamente ‘o que ensinar’, ‘como ensinar’, ‘porque ensinar’, ‘para
quem ensinar’ e, ‘quando ensinar’ [www.efdeportes.com]. Todo o processo de
ensino será bem-sucedido se houver um planeamento prévio, coerente e articulado
já que “o que os professores fazem realmente é apenas uma pequena porção do
que realmente pensaram” (National Institute of Education, 1975, p.1).
Ao longo do processo de ensino, a forma de atuar do professor será baseada
em decisões, mais propriamente pré-ativas (o que ensinar), interativas (imediatas) e
pós ativas (como a aula decorreu) [Damião, 1996, p.32]. A demonstração pode e por
vezes deve de acontecer nas três fases de decisões. Na primeira (pré-ativas),
quando se planificam os conteúdos a abordar, o professor deve já ter o
conhecimento prévio da realidade da turma que vai lecionar e aí terá já delineado a
forma de como ensinar e demonstrar. Quando o professor se depara com a tomada
36
de decisões interativas (imediatas) poderá igualmente improvisar e aproveitar as
situações que levarão a essas decisões, para efetuar uma demonstração. Em
situação de demonstração, numa tomada de decisão imediata, o professor terá que
ter em conta uma série de itens a fim de estas serem bem interpretadas pelos
alunos: Modelo; Direção; Momento e a Sequência em que são feitas. Mais à frente
apresentar-se-á o que se pretende dizer com estes itens.
Quando é proposto, ao Núcleo de Estágio de Educação Física da Marinha
Grande, para Relatório Final da Unidade Curricular do Estágio Pedagógico do
Mestrado, a que se propuseram frequentar, no âmbito da Didática que selecione um
tema, os estagiários que constituem este núcleo, foram unânimes quanto à
pertinência do tema selecionado, uma vez que gostariam de perceber todo o
processo, quer do professor, quer do aluno, bem como a forma de atuar ou de
interpretar a demonstração que se efetua nas aulas de Educação Física.
6.3.2 Demonstração
Temos por demonstração, um ato de mostrar algo de forma a simplificar o que
é referido oralmente. Na disciplina de Educação Física, a demonstração é um
recurso a que os docentes recorrem de forma a transmitir informação aos alunos
(oral, visual e propriocetiva) com vista ao sucesso na realização dos conteúdos
abordados.
A demonstração é o motivo principal da transmissão de informação, elemento
central no processo de aprendizagem, acerca de um conteúdo ou meta a ser
ensinada (Tonello et. al., 1998).
A observação de ações e a sua reprodução no processo de aprendizagem
constitui a aprendizagem por observação (Gould e Roberts, 1982). As instruções
verbais e a demonstração são, segundo Newell (1981), os processos mais usados
com o objetivo de conseguir alcançar a meta e a sequência pretendida numa ação.
De forma a complementar as instruções verbais poderemos recorrer à
utilização de uma demonstração, que pode ser: um modelo, vídeo ou mesmo uma
fotografia da habilidade a ser aprendida.
Quanto ao impacto, nos alunos, da demonstração podemos também ter em
conta a observação dos mesmos, aquando da realização das tarefas, dos seus
colegas, servindo estes como modelos de execução. Desta observação entre
alunos, os mesmos, após explicação e demonstração fornecida pelo professor,
37
podem e devem consolidar a sua assimilação dos conteúdos e componentes críticas
a trabalhar. Só assim, observando vários modelos de execução e tendo quem corrija
a mesma dos alunos é que se poderá ver e ter progressos no processo individual de
aprendizagem do aluno.
Através da demonstração, seja ela de qualquer tipo e efetuada por qualquer
interveniente do processo de ensino-aprendizagem, o aluno irá alterar a sua
execução aquando da realização da tarefa e quantas mais repetições dessas
demonstrações pelo modelo adotado, melhor a interiorização das componentes
críticas que compõem o exercício [Hebrard, 1974].
6.3.3 Modelo
Como metodologia facilitadora de aprendizagem, no decorrer da aula, este
estudo irá recair nos vários tipos de demostração que poderão ser executadas pelo
professor, pelo aluno mais proficiente ou pelo aluno menos proficiente. Claro que a
tomada de decisão de quem irá realizar a demonstração caberá ao professor, uma
vez que este terá que ter em conta, o que se pretende que os alunos retenham
dessa mesma demostração. Os alunos poderão ter que seguir o exemplo do
professor que demonstra na perfeição, percebendo assim que o mesmo é
conhecedor, quer a nível teórico, quer a nível prático, dos conteúdos que estão ser
abordados. Observar a demostração por parte de um colega que executa de forma
correta a explicação do professor ajudará os alunos a perceber que, se há pelo
menos um colega que o faz na perfeição, então os outros também o poderão
conseguir se, através da persistência e ajuda do professor assim o queiram. Por
último o professor poderá utilizar um aluno menos hábil, para desta forma ajudar os
alunos a perceberem os erros mais comuns e formas de melhoramento de execução
dos exercícios sabendo que poderão recorrer à ajuda do professor.
6.3.4 Direção
Quando o professor tem como hipóteses modelos de demostração e optando
por um deles, terá, a seguir que direcionar as mesmas para que sejam observadas
pela turma, pelo aluno individualmente ou por grupos de alunos específicos.
38
Depois de definida a direção da demostração o professor terá que ter em
conta o momento em que essa demonstração é feita.
6.3.5 Momento
No que diz respeito a este ponto, o professor, conhecedor da turma, das
capacidades dos alunos, dos recursos físicos, materiais, humanos, poderá
previamente perceber se a demostração a realizar poderá ser praticada no início da
aula relacionando a explicação/exercitação (direcionada para a turma toda), durante
o decorrer da aula, parando a mesma e assim reforçar e corrigir as componentes
críticas da tarefa (direcionada para o aluno, grupo de alunos, ou pares de
interajuda), por último, o professor, com a demonstração poderá em forma de
conclusão ou de ligação para a próxima aula, rever os aspetos a melhorar, quer a
nível individual, quer a nível geral.
6.3.6 Sequência
Relativamente ao facto do professor optar por um modelo de demostração,
dirigindo a mesma num determinado momento, faz com que seja necessário
determinar se se deve explicar antes da execução da tarefa, demonstrar antes da
execução da tarefa, explicar e demonstrar antes da execução da tarefa, demonstrar
e corrigir ao longo da execução da tarefa ou mesmo demonstrar depois da execução
da tarefa. Esta sequência será determinada pela forma como a aula decorre e o
professor será determinante na aplicação da mesma dependendo da sua estratégia
de abordagem e conhecimentos dos diferentes conteúdos a lecionar.
6.4 Objetivos do estudo
Ao realizar um questionário aos alunos dos diferentes ciclos de ensino (1.º, 2.º,
3.º e Secundário), do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, pretende-se
perceber o impacto que tem a demonstração efetuada pelo professor e/ou colegas
no processo de ensino-aprendizagem nos alunos deste agrupamento. Tentar-se-á
perceber também em que moldes, os alunos preferem e/ou é adotado pelo
professor, é ajustada a demonstração.
39
A investigação pretende incidir sobre a intervenção pedagógica específica: qual
será o impacto percebido da demonstração, na aprendizagem dos alunos
proficientes e de alunos não proficientes em Educação Física?
Este estudo foi elaborado tendo em conta a faixa etária a que se destina, com a
finalidade de conhecer a realidade educativa quanto à existência ou não, às
preferências e opções, das demonstrações no processo ensino-aprendizagem.
6.5 Metodologia
6.5.1 Cronograma de atividades
A apresentação do diagrama da figura 6, foi pensado e elaborado ao longo de
reuniões realizadas entre o Núcleo de Estágio e o Professor Orientador Paulo
Nobre, tendo resultado na calendarização das atividades de acordo com a figura 6.
6.5.2 Métodos de recolha de dados
Neste estudo, os inquiridos foram abordados, utilizando um tipo de
comunicação direta, isto é, não disfarçada e estruturada. Para tal, foi considerado o
modo mais conveniente de obter a informação necessária, sobre a influência da
demonstração no processo ensino-aprendizagem. Modo esse, feito através de
entrevistas pessoais, aplicando um questionário.
Foram efetuadas entrevistas pessoais, uma vez que estas apresentam
vantagens em relação a outros tipos de entrevistas diretas e estruturadas.
O entrevistador, ao fazer perguntas ao inquirido “cara-a-cara” consegue,
normalmente, e quando a apresentação é correta, um índice de acolhimento
elevado, podendo deste modo o entrevistador motivar respostas. Para além disso,
as entrevistas pessoais permitem reduzir o número de respostas evasivas e não
corretas e evitar a influência de terceiros nas respostas. A presença do entrevistador
é bastante importante, uma vez que, este pode adaptar-se ao nível intelectual e
cultural do inquirido, de modo a que seja mais fácil a compreensão e a obtenção de
respostas por parte do entrevistado.
Apesar de todos estes pontos positivos, também sabemos que as entrevistas
pessoais apresentam limitações. Ao realizar-se este tipo de entrevistas tem de se
confiar nos entrevistados acerca do realismo das mesmas, bem como no que
respeita à recolha da amostra que se deve efetuar e acordo com as instruções. A
principal limitação deste tipo de processo é a lentidão do procedimento.
40
Nas entrevistas pessoais existem 3 elementos fundamentais: o questionário, o
entrevistador e o processo.
Figura 6 – Processo de planeamento do Tema/Problema
6.5.3 Questionário
O questionário de entrevista pessoal é um documento que contém questões e
espaços de resposta. Funciona como guia e auxiliar do entrevistador durante a
conversação.
Definição do tema
Elaboração do inquérito
18/12/2015
Alterações ao inquérito
3/1/2016
Elaboração da Matriz
3/1/2016
Elaboração da Autorização do Enc. de
Educação
1/3/2016
Aplicação do inquérito na escola Guilherme
Stephens
14/3/2016
Aplicação do inquérito nas escolas da
Amieirinha e Francisco Veríssimo
15/3/2016
Criação da base de dados da amostra
22/3/2016
Tratamento de dados
23/3/2016 a 4/4/2016
Aplicação do inquérito na escola do Casal do
Malta
16/3/2016
Análise dos documentos Tema/Problema
4/2/2016
Elaboração do inquérito 3.º Ciclo e Secundário
41
Através de questionários estruturados, tentou-se incluir todo o tipo de
perguntas que se considerou importantes para colmatar necessidades de
informação para o estudo pretendido.
Assim, para a elaboração desses questionários tentou-se seguir os seguintes
passos:
Especificação da informação necessária;
Especificação do tipo de entrevista;
Determinação do conteúdo das questões;
Ultrapassar as dificuldades do inquirido em responder;
Escolher a estrutura das questões;
Escolher o fraseamento das questões;
Determinar a ordem das questões;
Identificar o layout e o formato;
Reprodução do questionário;
Realização de pré-testes.
Com este questionário pretendeu-se recolher informação sobre a realização
das demonstrações nas aulas de Educação Física. O questionário para este estudo
foi construído de acordo com a matriz de questionário (versão final - apêndice n.º 5)
que engloba os seguintes blocos temáticos:
Disciplina de Educação Física;
Aplicação da demonstração;
Importância da demonstração;
Opinião sobre a demonstração.
No bloco Disciplina de Educação Física pretendeu-se compreender se o aluno
gosta da disciplina, saber se a disciplina de Educação Física é importante para a
formação global do aluno e perceber o nível de aptidão do aluno para a disciplina de
Educação Física.
No segundo bloco, Aplicação da demonstração, as afirmações foram
elaboradas com o intuito de perceber se a demonstração é ou não utilizada; quando
é utilizada; quem é que a realiza; com que frequência e a quem é dirigida.
Para a Importância da demonstração achou-se pertinente perceber se o aluno
acha ou não importante a realização de demonstração por parte do professor,
compreender qual o nível atribuído pelo aluno e entender a mesma no processo
ensino-aprendizagem.
42
Por último, onde os alunos são inquiridos quanto às suas opiniões sobe a
demonstração, tentou-se conhecer a opinião do aluno sobre demonstração e
perceber se o aluno prefere uma demonstração individual ou para um grupo/turna.
De referir que o tipo de amostragem foi intencional, na medida que tentámos
criar uma amostra muito similar para os vários níveis de ensino em estudo.
6.5.4 Amostragem
A população alvo deste estudo é constituída pelos alunos do 1.º Ciclo do
Ensino Básico, do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, da Escola
Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte. Como foi possível ter acesso a todos os
elementos dessa população, utilizámos uma amostra intencional, tendo a nossa
investigação incidido sobre os alunos do 1.º Ciclo.
Para a constituição da amostra foram definidos os seguintes critérios de
seleção dos alunos:
Inquirir alunos do 2.º, 3.º e 4.º ano de escolaridade das diferentes escolas do
primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente;
Inquirir pelo menos 2 rapazes e 2 raparigas de cada ano de escolaridade;
Desses 2 rapazes e 2 raparigas, 1 rapaz e 1 rapariga são os que apresentam
melhores resultados à disciplina de Educação Física enquanto o outro rapaz e a
outra rapariga são os que apresentam menor aproveitamento à disciplina de
Educação Física, tendo cada um deles sido codificado do seguinte modo: M+; M-;
F+; F-.
Relativamente ao primeiro aspeto, o objetivo foi alcançado, já que foi
disponibilizada uma lista de alunos, e das diferentes escolas existentes no
Agrupamento.
No que respeita ao segundo aspeto, este também foi cumprido, uma vez que
foram realizados questionários em todos os anos de escolaridade (2.º, 3.º e 4.º
anos). A terceira regra já não foi tão fácil de cumprir, pois houve algumas restrições
de alguns Encarregados de Educação para que os seus educandos pudessem
responder ao questionário. Assim a maior parte dos questionários foram realizados
em horário letivo e com a permissão dos Encarregados de Educação e docentes
responsáveis por cada grupo/turma. No total foram aplicados 60 inquéritos. (Tabela
7)
43
Tabela 7 – Alunos inquiridos segundo o ano de escolaridade, o género e a nota
Ano de escolaridade Total de Alunos
ALUNO 2.º 3.º 4
M+ 2 6 4
60 M- 4 6 7
F+ 3 6 6
F- 4 6 6
No questionário elaborado houve a preocupação de efetuar um
preenchimento prévio, no canto superior direito, de uma instrução tendo em conta o
ciclo de ensino, o ano de escolaridade e o género de desempenho à disciplina de
Educação Física, como forma de compreender quem está a responder ao
questionário. Nesta primeira secção iniciar-se-á uma caracterização da amostra
recolhida através da realização do questionário.
Relativamente ao género, foram inquiridos 29 rapazes e 31 raparigas o que
corresponde a uma percentagem de 48,33% e 51,67% da amostra, respetivamente
(Figura 7).
Para que seja compreendido um dos objetivos propostos para este estudo,
onde se pretende perceber se existem diferenças entra as preferências, dos alunos
com melhor e menor prestação à disciplina de Educação Física, inquiriram-se 12
alunos do sexo masculino com melhor desempenho (M+, correspondendo a 20% da
amostra) e 17 com menor desempenho (M-, correspondendo a 28,33% da amostra),
do sexo feminino inquiriram-se 15 alunos do sexo feminino (F+, correspondendo a
25% da amostra) com melhor desempenho e 16 com menor desempenho (F-,
Feminino Masculino
Género
Fre
quen
cy
05
1015
2025
30
Figura 7 – Gráfico de barras para a variável Género
44
correspondendo a 26,67% da amostra). De referir que não foi possível igualar a
percentagem de alunos inquiridos aos diferentes níveis de desempenho, quer pelo
número de autorizações, quer pelo número de turmas dos diferentes anos de
escolaridade (Figura 8).
Figura 8 - Gráfico de barras para a variável
Sexo/Nota
No que diz respeito à
escolaridade dos alunos inquiridos pode-
se verificar que para o 2.º ano de
escolaridade foram realizados inquéritos
para 21,67% do total dos alunos
inquiridos (13 alunos), para o 3.º ano 40%
(24 alunos) e para o 4.º ano de
escolaridade 38,33% (23 alunos) (Figura
9).
Para ser possível a comparação dos
vários níveis de ensino, procuramos manter uma proporção próxima dos 20%de
alunos inquiridos por ciclo de ensino. Os alunos do 1.º ano de escolaridade (145
alunos), não foram inquiridos, por se ter considerado que estes ainda não possuem
os pré requisitos necessários para a compreensão do questionário e autonomia
Figura 9 – Gráfico circular para a variável Escolaridade
F- F+ M- M+
Sexo_nota
Freq
uenc
y
05
1015
45
suficiente para responder adequadamente ao mesmo. Deste modo, a população em
estudo é constituída por 380 alunos do 2.º, 3.º e 4.º ano de escolaridade. Ao serem
aplicados 60 inquéritos, obtém-se uma amostra que corresponde a
aproximadamente 16% da população.
6.6 Procedimentos
Após a recolha de dados procedeu-se à edição dos mesmos, isto é, foram
revistos os instrumentos para assegurar exatidão e não ambiguidade. Foi verificada
a legibilidade, a consistência e a exatidão dos dados.
De seguida procedeu-se à codificação do questionário (versão final).
6.6.1 Especificação da informação necessária
A especificação da informação é imprescindível quando se faz a elaboração
dos questionários. É também nesta fase que procuramos definir qual a população
alvo do nosso estudo.
Assim, a recolha de informação necessária foi feita com base na população do
Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente. Procurou-se recolher informação
da forma que melhor respondesse ao Tema/Problema definido pelo Núcleo de
Estágio em conjunto com o Professor Orientador Paulo Nobre.
6.6.2 Especificação do tipo de entrevista
A forma como os questionários são efetuados pode influenciar a forma como as
respostas são dadas assim como o seu conteúdo. Optámos pela realização de
questionários, com linguagem diferenciada, embora com uma matriz semelhante, em
termos dos blocos temáticos, para os diferentes ciclos de ensino, mais propriamente
1.º, 2.º, 3.º ciclos e secundário.
6.6.3 Determinação do conteúdo das questões
A escolha do que deverá estar incluído em cada uma das questões é crucial
em todo este processo pois é necessário saber se as perguntas feitas respondem às
nossas necessidades de informação. As questões deverão sempre evitar
ambiguidade, não induzindo, desta forma o inquirido em erro. As questões não
devem afastar-se dos objetivos do questionário.
A preparação das questões, foi feita, para que quem as elaborasse fosse
sintético, sistemático e que as perguntas fossem de fácil resposta.
46
6.6.4 Ultrapassar as dificuldades do inquirido em responder
As dificuldades do inquirido em responder podem ter origens na falta de
informação, na incapacidade de articular respostas ou nem sequer se lembrar da
informação pretendida. É também possível que o entrevistado não consiga articular
certas perguntas. Nos inquéritos realizados, procurou-se simplificar o mais possível
e reduzir o número de questões de forma a motivar os inquiridos. Pretendeu-se,
também, recorrer a atitudes que fossem bastante frequentes e estivessem presentes
na memória dos alunos e professores. Na elaboração dos inquéritos foi utilizada
uma linguagem adequada aos níveis de ensino a que destinavam.
6.6.5 Escolher a estrutura das questões
A estrutura das questões foi pensada com base em dois aspetos: o tempo de
realização do inquérito e a facilidade de trabalhar as resposta/conclusões.
Utilizaram-se para isso afirmações em que os alunos teriam que responder numa
escala, pré-definida (Likert), na maioria dos inquéritos. No inquérito elaborado para
os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, as três primeiras questões são elaboradas
tendo em conta o gosto, a importância e a uma autoavaliação à disciplina de
Educação Física pelo aluno, as restantes questões prendem-se com a forma de
abordagem das demonstrações. Sempre que possível foi aplicada a anteriormente
referida, escala.
6.6.6 Escolher o fraseamento das questões
Nesta fase procurou-se traduzir o conteúdo e estrutura das questões para
palavras, procurando uma melhor compreensão por parte do entrevistado (aluno).
Esta é uma fase bastante trabalhosa, pois se o texto for pobre não cativa a atenção
do inquirido e se for muito complexo, traz dúvidas ao mesmo. As questões foram
elaboradas para que se consiga definir de forma muito clara qual o assunto a ser
tratado; utilizar frases e palavras simples e comuns e não ambíguas; palavras que
não tenham significados diferentes, para diferentes pessoas; não ter questões
tendenciosas. Os inquéritos inerentes a este estudo procuram evitar todas estas
barreiras à comunicação, utilizando durante todo o inquérito uma linguagem clara,
acessível e simples. Como população alvo tinhamos apenas como requisito ser
aluno do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente.
47
6.6.7 Determinar a ordem das questões
Os inquéritos seguem uma estrutura coerente. Assim as primeiras perguntas
são relativas ao inquirido e as restantes questões são referentes à forma como são
abordadas as demonstrações na escola onde estuda/leciona. Tivemos também em
consideração a organização das questões, de modo a aparecer um tópico de cada
vez.
6.6.8 Identificar o layout e o formato
O layout do inquérito tem elevada importância na medida em que, se o
inquirido se deparar com um inquérito confuso, este, terá pouca motivação e poderá
não estar interessado em responder à questão, tendo alguma influência no tipo de
respostas (positivas/negativas) dadas. É também importante porque permite
codificar mais facilmente o inquérito, e a aplicação de branching questions torna-se
mais fácil e organizada.
6.6.9 Reprodução do inquérito
Concluídos os oito passos anteriores, o inquérito é impresso, e mesmo a
impressão deve ter em conta alguns aspetos, tais como: qualidade do papel, da
impressão (rasurado, sujo). Estes aspetos devem ser levados em conta pois um
inquérito com má apresentação faz com que a dúvida impere quanto à veracidade
das conclusões e qual o seu verdadeiro propósito.
6.6.10 Realização de pré-testes
Os pré-testes tiveram elevada importância para o Núcleo de Estágio, porque
permitiram encarar situações que não estavam previstas. Aspetos relativos às
questões e á sua semântica, eram para o Núcleo totalmente claras, mas o mesmo
deparou-se com alguns obstáculos em relação a determinadas perguntas, no que
toca à sua compreensão (o que era credível?).
A elaboração do questionário e respetiva matriz (anexo n.º 15) foi feita por
várias etapas com a ajuda do Professor Orientador Paulo Nobre. No final, da qual
seria a versão que mais interessava para o estudo que os elementos constituintes
do Núcleo de Estágio se propôs fazer, foi praticado um pré-teste do mesmo, junto a
8 alunos (um rapaz e uma rapariga de cada ano de escolaridade) do 1.º Ciclo do
Ensino Básico e pode-se constatar que para os alunos do 3.º e 4.º anos, o
questionário está de acordo com o nível de interpretação dos mesmos e que para os
48
alunos do 1.º e 2.º anos, já foi imperativo a leitura das questões e por vezes repeti-
las para que os alunos conseguissem interpretar o que se pretendia, levando assim
a uma entrevista orientada.
6.7 Resultados
O estudo deste problema tem como principais objetivos:
- Identificar a opinião dos alunos sobre a disciplina de Educação Física.
- Reconhecer as práticas de demonstração vivenciadas pelos alunos nas aulas
de Educação Física;
- Determinar a importância atribuída à demonstração, ao modelo, à composição
e ao momento da demonstração pelos alunos;
- Verificar se existem diferenças entre género e os vários níveis de ensino;
- Indicar as diferenças entre as preferências dos alunos mais proficientes e
menos proficientes;
- Perceber as preferências dos alunos quanto à demonstração;
Neste ponto iremos especificar o tipo de análise e resultados obtidos para a
amostra.
Após a recolha de dados procedeu-se à edição dos mesmos. Após a
construção da base de dados correspondente à amostra, os dados foram analisados
e tratados. O tratamento de dados irá conduzir às conclusões sobre o tema proposto
e proporcionará uma discussão sobre o mesmo.
Iremos iniciar com a apresentação dos resultados relativos à caracterização da
amostra, seguem-se os resultados resultantes das questões da opinião dos alunos
sobre a disciplina de Educação Física, a demonstração nas aulas de Ed. Física, a
importância da demonstração para a aprendizagem dos alunos e por último a
preferência dos alunos relativamente à demonstração. Após a apresentação deste
estudo, passaremos a indicar algumas das conclusões sobre a análise dos
resultados obtidos.
6.7.1 Opinião sobre a disciplina de Educação Física
Na tabela apresentada (Tabela 8) verifica-se que, nos alunos inquiridos, as
alunas com menor nota à disciplina apresentam maior variação no gosto pela
disciplina de Educação Física.
Verifica-se com esta questão que 61,67% dos alunos inquiridos responderam
49
2 3 4 5-Muitíssimo
Gosto_
Freq
uenc
y
05
1015
2025
3035
o máximo da escala (5 – que corresponde a Muitíssimo) para classificar o seu gosto
pela disciplina de Educação Física, enquanto apenas 3,33% dos alunos inquiridos
referem que o seu gosto pela disciplina é relativamente pouco (2 – que corresponde
a pouco) (Figura 10).
Tabela 8 – Relação entre o sexo e nota dos alunos e o gosto pela disciplina de Educação Física em
que, na variável gosto, 1 corresponde a nada e 5 corresponde a gosto muitíssimo.
Sexo_Nota
Gosto M+ M- F+ F-
2 1 1 0 0
3 0 1 1 3
4 1 5 2 8
5 10 10 12 5
No que se refere à importância da disciplina de Educação Física para a
formação global como pessoa, verifica-se que 65% dos alunos inquiridos
responderam o máximo da escala (5 – que corresponde a Muitíssimo), enquanto
apenas 5% dos alunos inquiridos referem que a importância da disciplina para a
formação global como pessoa é relativamente pouca (2 – que corresponde a pouco)
(Figura 11).
Importa referir que existe uma correlação entre a opinião dos alunos
inquiridos, entre a importância da disciplina de Educação Física [Import_disciplina]
com a nota de aproveitamento dos mesmos [Sexo_Nota] (Tabela 9). Esta correlação
existente entre as duas variáveis pode ser comprovada através de um teste de
Figura 10 – Gráfico de barras para a variável Gosto
50
2 3 4 5-Muitíssimo
Import_disciplina_
Freq
uenc
y
010
2030
hipóteses que analisa a independência das duas variáveis (teste de Fisher). Este
teste formaliza-se do seguinte modo:
H0: As variáveis [Import_disciplina] e [Sexo_Nota] são independentes H1: As variáveis mencionadas não são independentes
Ao realizar este teste obtém-se um p-value de 0,02674 que é inferior a
α=0,05, logo, conclui-se que, considerando um nível de significância de 5%, se
rejeita H0, pelo que existe evidência estatística de que as variáveis não são
independentes.
Tabela 9 - Relação entre o sexo e nota dos alunos e a importância da disciplina de Educação Física
Sexo_Nota
Import_ disciplina M+ M- F+ F-
2 0 1 0 2
3 0 3 0 2
4 2 7 1 3
5 10 6 14 9
No que diz respeito a uma autoavaliação sobre as aptidões para a disciplina
de Educação Física, verifica-se que a maioria dos alunos consideram-se muitíssimo
(40%) e muito bons alunos (41,6% dos alunos inquiridos) à disciplina de Educação
Física, enquanto apenas 1,67% dos alunos consideram-se nada bons alunos à
disciplina de Educação Física (Figura 12).
Na tabela abaixo (Tabela 10) pode-se aferir que somente, dos alunos
inquiridos, um aluno com menor nota à disciplina é que referiu que se considera
Figura 11 – Gráfico de barras para a variável import_disciplina
51
como sendo nada bom à disciplina de Educação Física, enquanto a maior parte dos
inquiridos se considera muito bom e muitíssimo bom aluno à disciplina de Educação
Física.
Tabela 10 - Relação entre o sexo e nota dos alunos e a autoavaliação dos alunos quanto à disciplina
de Educação Física.
Sexo_Nota
Auto_avaliação M+ M- F+ F-
1 0 1 0 0
3 1 3 1 5
4 5 9 6 5
5 6 4 8 6
6.7.2 A demonstração nas aulas de Educação Física
Relativamente à questão onde se
pretende perceber se o professor realiza ou
não demonstração quando realiza os exercícios,
salienta-se que quase todos os alunos
responderam que o professor realiza
demonstração quando explica os exercícios
(Figura 13).
Apenas duas alunas inquiridas, sendo
que estas são duas das raparigas com menor
Não
Sim
Professor_
Muitíssimo Muito Nada Nem Muito Nem Pouco
Auto.avaliação_
Freq
uenc
y
05
1015
2025
Figura 12 – Gráfico de barras para a variável autoavaliação
3.33%
Figura 13 – Gráfico circular para a variável Professor
96.67%
52
nota à disciplina, referem que o professor não realiza demonstração nas aulas
(Tabela 11).
Tabela 11 - Relação entre o sexo e nota e a realização da desmonstração pelo professor
Sexo_Nota
Professor M+ M- F+ F-
1 – Sim 12 17 15 14
2 - Não 0 0 0 2
Quando questionados
sobre a frequência com que o
professor realiza as
demonstrações dos
exercícios, 65,52% dos
inquiridos respondem que o
professor demonstra sempre
os exercícios, 24,14% refere
que o professor demonstra
quase sempre os exercícios e
que 10,34% menciona que o
professor demonstra os
exercícios às vezes (Figura
14).
Tabela 12 - Relação entre o sexo e nota e a frequência de desmonstração do professor de Ed. Física
Sexo_Nota
Frequência M+ M- F+ F-
1 – Sempre 6 10 10 12
2 – Quase sempre 4 5 3 2
3 – Às vezes 2 2 2 0
4 – Nunca 0 0 0 0
Na tabela acima indicada (Tabela 12), há a salientar o facto de que todos os
alunos referem que o professor, pelo menos às vezes, efetua demonstração
aquando da explicação dos exercícios.
Na questão onde se pretende perceber o momento (quando) da
10.34%
%
24.14%
%
às vezes quase sempre sempre
Frequência_
Fre
qu
en
cy
05
10
15
20
25
30
35
Figura 14 – Gráfico de barras para a variável frequência
53
demonstração, 50% dos alunos
inquiridos referem que o professor
realiza a demonstração dos
exercícios durante a sua
explicação, 25,86% dos alunos
inquiridos referem que a
demonstração é feita antes da
explicação dos mesmos, 22,41%
referem ainda que a demostração é
feita depois da explicação dos
exercícios e somente 1,72%
referem que a demonstração é feita durante a realização dos exercícios (Figura 15).
Em análise da tabela abaixo confrontada (Tabela 13) pode-se tirar a conclusão que
a demonstração é feita na explicação dos exercícios (antes, durante ou depois) e
que somente um dos alunos inquiridos é que refere que a demonstração é feita
durante a realização dos exercícios.
Tabela 13 - Relação entre o sexo e nota e o momento em que o professor efetua a demonstração
Sexo_Nota
Momento M+ M- F+ F-
1 – antes da explicação 1 4 6 4
2 – durante a explicação 5 11 8 5
3 – depois da explicação 6 2 1 4
4 – durante a realização 0 0 0 1
5 – depois da realização 0 0 0 0
Quando os alunos são confrontados com a questão de quem efetua a
demonstração, pode-se concluir que 94,83% dos alunos inquiridos indicam que o
professor é quem realiza as demonstrações e somente 5,17% refere que é um
colega que sabe fazer os exercícios que efetua as demonstrações (Figura 16).
antes da explicação dos exercíciosdepois da explicação dos exercícios
durante a explicação dos exercícios
durante a realização dos exercícios
Momento_
25.86%
1.72%
50%
22.41%
Figura 15 – Gráfico circular para a variável Momento
54
Em análise da tabela
abaixo indicada
(Tabela 14) pode-se tirar a
conclusão de que, em todas
as categorias de alunos inquiridos segundo a variável [sexo_nota], com exceção das
alunas com menor nota à disciplina de Educação Física, existe um aluno que prefere
que seja um colega que saiba fazer os exercícios a efetuar a demonstração dos
mesmos.
Tabela 14 - Relação entre o sexo e nota dos alunos e o modelo de realização da demonstração
Sexo_Nota
Quem M+ M- F+ F-
1 – Professor 11 16 14 14
2 – Colega que sabe fazer 1 1 1 0
3 – Colega que não sabe fazer 0 0 0 0
Para análise da preferência da
direção da demonstração temos que
1,72% dos alunos inquiridos prefere
que as demonstrações sejam feitas
só para eles enquanto 82,76%
preferem que seja efetuada para a
turma toda e 15,52% para o seu
grupo de trabalho (Figura 17).
Em análise da tabela abaixo
indicada (Tabela 15) pode verificar-se
que apenas um aluno inquirido, que
corresponde a um aluno com menor nota à disciplina de Educação Física, prefere
que a demonstração seja só dirigida para ele. Os restantes referem existir uma
pelo professor por um colega teu, que saiba fazer os exercícios
Quem_
Freq
uenc
y
010
2030
4050
Figura 16 – Gráfico de barras para a variável Quem
para a turma toda
para o teu grupo de trabalho
só para ti
Direção_
82.76% 1.72%
15.52%
Figura 17 – Gráfico circular para a variável Direção
55
preferência maior para que a demonstração seja feita para a turma toda.
Tabela 15 - Relação entre o sexo e nota dos alunos e a direção da demonstração
Sexo_Nota
Direção M+ M- F+ F-
1 – Só para ti 0 1 0 0
2 – Para a turma toda 8 15 12 13
3 – Para o teu grupo de trabalho 4 1 3 1
6.7.3 Importância da demonstração para a aprendizagem dos alunos
Quando os alunos inquiridos foram confrontados com a questão da
importância da demonstração dos exercícios realizadas pelo professor, estes foram
unânimes a referir que a demonstração tem importância, como tal, 34,48% diz que
tem muita importância e 65,52% diz que tem muitíssima importância (Figura 18).
Na tabela abaixo (Tabela 16) pode-se verificar que, em todos os alunos
inquiridos, nenhum respondeu que a demonstração feita pelo professor tem pouca
ou nenhuma importância.
Tabela 16 - Relação entre o sexo e nota e a importância da demonstração feita pelo professor
Sexo_Nota
Demonstrações_professor M+ M- F+ F-
1 – Muitíssima 7 10 13 8
2 – Muita 5 7 2 6
3 – Pouca 0 0 0 0
4 - Nenhuma 0 0 0 0
Muita Muitíssima
Demonstrações_prof_
Freq
uenc
y
05
1015
2025
3035
Figura 18 – Gráfico de barras para a variável Demonstrações_professor
56
Para a variável
[Demonstrações_colega], constata-se
que 50% dos alunos inquiridos, dão
muita importância à demonstração
efetuada por um colega, 29,31% refere
que dão muitíssima importância, 17,24%
dão pouca importância e apenas 3,45%
não dão qualquer importância à
demonstração feitas pelos colegas
(Fi
gur
a 19).
Quanto à importância da
demonstração, 56,90% dos alunos
inquiridos indica que as mesmas
os ajudam a perceber melhor e a
melhorar os exercícios, 37,93%
indica que com a demonstração
conseguem perceber melhor os
exercícios e 5,17% referem que
com a demonstração conseguem
melhorar os exercícios (Figura 20).
Na tabela (Tabela 17) de relação entre o [sexo_nota] dos alunos com a
[razão_import_demonstração] pode-se concluir que apenas, dos alunos inquiridos,
com menor nota à disciplina de Educação Física, dois do sexo masculino e um do
sexo feminino é que afirmaram que a razão pela qual é importante a demonstração é
que com ela conseguem melhorar o que fazem. A maioria dos alunos inquiridos,
com melhor nota à disciplina de Educação física refere que a razão 1 em conjunto
com a razão 2 é que fazem sentido para a razão da importância da demonstração.
Muita
Muitíssima
nenhuma
Pouca
Demonstrações_colega_
50%
17.24%
29.31%
3.45%
Figura 19 – Gráfico circular para a variável Demonstrações_colega
com elas consegues melhorar o que fazes
te ajudam a perceber melhor os exercícios
te ajudam a perceber melhor os exercícios e com elas consegues melhorar o que fazes
Razão_import_demonstr_
37.93%
5.17%
56.90%
Figura 20 – Gráfico circular para a variável Razão_import_demonstr_
57
para grupo
para turma toda
só para aluno
Preferência_
Tabela 17 - Relação entre o sexo e nota dos alunos e a razão da importância da demonstração
Sexo_Nota
Razão_import_demonstração M+ M- F+ F-
1 – Te ajuda a perceber melhor os exercícios 4 12 2 4
2 – Com ela consegues melhorar o que fazes 0 2 0 1
3 – Te ajuda a perceber melhor os exercícios e com
ela consegues melhorar o que fazes (1 + 2)
8 3 13 9
6.7.4 Preferência dos alunos relativamente à demonstração
Neste bloco temático, referente à preferência
de para quem é feita a demonstração, 16,67%
dos alunos inquiridos preferem que a
demonstração seja realizada para o seu grupo
de trabalho, 5% referem preferir que a
demonstração seja efetuada só para si e
78,33% preferem que a demonstração seja
realizada para a turma toda (Figura 21).
Na tabela 18 pode-se retirar a ilação de
que mesmo os alunos com pior nota á
disciplina preferem que a demonstração seja
dirigida para a turma toda e que, por vezes, os alunos com melhor nota preferem
uma demonstração mais específica para o grupo .
Tabela 18 - Relação entre o sexo e nota e a preferência de para quem é realizada a demonstração
Sexo_Nota
Preferência M+ M- F+ F-
1 – Só para ti 0 1 1 1
2 – Para a turma toda 9 15 10 13
3 – Para o teu grupo de trabalho 3 1 4 2
78.33% 5%
16.67%
Figura 21 - Gráfico circular para a variável Preferência
58
colega proficiente pelo professor
Modelo_
Fre
qu
en
cy
01
02
03
04
05
0
Relativamente à questão de
quem preferem que realize uma
demonstração, 96,67% dos alunos
inquiridos preferem que esta seja
efetuada pelo professor e somente
3,33% refere que preferem que a
demonstração seja feita por um
colega que saiba fazer (Figura 22).
Em análise da tabela 19
pode-se concluir que os alunos inquiridos foram unânimes em referi que a sua
preferência, da realização da demonstração nas aulas de Educação Física, é a do
professor e que somente um aluno do sexo masculino com melhor nota à disciplina
e uma aluna do sexo feminino com pior nota à disciplina referiram que preferem que
a demonstração seja realizada por um colega seu, que saiba fazer os exercícios.
Tabela 19 - Relação entre o sexo e nota e a preferência sobre quem realiza a demonstração
Sexo_Nota
Modelo M+ M- F+ F-
1 – Pelo professor 11 17 15 15
2 – Por um colega teu, que saiba fazer 1 0 0 1
3 – Por um colega teu, que não saiba fazer 0 0 0 0
Através dos questionários aplicados pode-se concluir que todos os alunos que
referiram que gostavam pouco da disciplina de Educação Física acham muitíssimo
importante a realização da demonstração pelo professor. Dos alunos que
manifestam muitíssimo gosto pela disciplina, 73% considera a demonstração
realizada pelo professor muitíssimo importante enquanto 27% atribui muita
importância à mesma (Tabela 20).
Figura 22 – Gráfico de barras para a variável Modelo
59
Tabela 20 – Relação entre o gosto pela disciplina e a importância da demonstração do professor
Demonstracões_prof
Gosto pela
disciplina
1- Muitíssima
importância
2 – Muita
importância
N.º de alunos
1 – Nada - - -
2 100% - 2
3 25% 75% 4
4 53,3% 46,7% 15
5 - Muitíssimo 73% 27% 37
Analisando a relação atribuída pelos inquiridos quer à disciplina quer à
realização da demonstração, pode concluir-se que a maioria dos alunos inquiridos
dão muita e muitíssima importância à disciplina de Educação Física (13+38)
referindo que a razão pela qual a demonstração dos exercícios nas aulas desta
disciplina é importante é o facto de os ajudar quer a perceber melhor os exercícios
como também a melhorar o que fazem (61,5% e 60,5%, respetivamente) (Tabela
21).Tabela 21 – Relação entre a importância da disciplina e a razão da importância da demonstração
Razão da importância da demonstração
Importância da
disciplina
1- te ajuda a perceber
melhor os exercícios
2 – com ela consegues
melhorar o que fazes
3 = 1+2 N.º de
alunos
1 – Nada - - - -
2 – Pouco 66,7% 0% 33,3% 3
3 – Alguma 50% 25% 25% 4
4 - Muita 38,5% 0% 61,5% 13
5 - Muitíssimo 34,2% 5,3% 60,5% 38
Nenhum dos alunos inquiridos refere que a demonstração feita pelo professor
tem pouca ou nenhuma importância (Tabela 22). Dos que consideram que a
demonstração efetuada pelo professor tem muitíssima importância, 39,5% apresenta
como razão dessa importância o facto de a demonstração ajudar a perceber melhor
os exercícios propostos pelo professor.
Tabela 22 – Relação entre a importância da demonstração do professor e a razão da importância
Razão da importância da demonstração
Demonstrações_
professor
1- te ajuda a perceber
melhor os exercícios
2 – com ela consegues
melhorar o que fazes
3 = 1+2 N.º de
alunos
1 – Muitíssima 39,5% 7,9% 52,6% 38
2 – Muita 35% 0% 65% 20
3 – Pouca - - - -
4 - Nenhuma - - - -
60
Analisando a preferência dos alunos inquiridos quanto ao modelo da
demonstração, verifica-se que 76,6% dos alunos inquiridos preferem que a
demonstração seja feita para a turma toda, tendo como modelo da mesma o
professor (Tabela 23).
Tabela 23 – Relação entre o modelo e a preferência sobre quem realiza a demonstração
Modelo
Preferência 1 -
Professor
2 - Por colega que
a saiba fazer
3 - Por colega que
não a saiba fazer
% Total
de alunos
1 – Só para ti 5% - - 5%
2 – Para a turma toda 76,6% 1,7% - 78,3%
3 – Para o teu grupo de trabalho 15% 1,7% - 16,7%
% Total de alunos 96,6% 3,4% - 100%
Dos inquiridos que dizem ter preferência que a demonstração seja efetuada
para a turma toda, 77,6% refere que é isso que sucede nas suas aulas de Educação
Física. 12,1% dos alunos inquiridos respondem que a demonstração nas suas aulas
é dirigida ao seu grupo tal como é da sua preferência (Tabela 24).
Tabela 24 - Relação entre preferência da demonstração e direção da demonstração
Direção
Preferência 1 – Só
para ti
2 – Para a
turma toda
3 – Para o teu
grupo de trabalho
% Total de
alunos
1 – Só para ti 1,8% 1,7% 1,7% 5,2%
2 – Para a turma toda - 77,6% 1,7% 79,3%
3 – Para o teu grupo de trabalho - 3,4% 12,1% 15,5%
% Total de alunos 1,8% 82,7% 15,5% 100%
Pela tabela 25 podemos verificar que é possível criar um perfil de preferências
para os alunos dos diferentes tipos considerados. Para todos os casos, a maioria
prefere como modelo de demonstração, que esta seja efetuada pelo professor e
dirigida para toda a turma. No caso do F+ e M+ alguns dos alunos inquiridos referem
preferir que a demonstração seja dirigida para o grupo de trabalho (4 e 3,
respetivamente).
61
Tabela 25 - Relação entre preferência da demonstração e direção da demonstração
F- M-
Modelo Modelo
colega proficiente
pelo professor
colega proficiente
pelo professor
Pre
ferê
ncia
para grupo 1 1 0 1
para turma toda 0 13 0 15
só para aluno 0 1 0 1
F+ M+
Modelo Modelo
colega proficiente
pelo professor
colega proficiente
pelo professor
Pre
ferê
ncia
para grupo 0 4 0 3
para turma toda 0 10 1 8
só para aluno 0 1 0 0
Ao realizar-se a análise de correlação entre algumas variáveis do estudo
(coeficiente de correlação de Spearman, Tabela 26; os valores entre parênteses
correspondem ao p-value do teste de correlação), verifica-se que o gosto pela
disciplina está positivamente correlacionado com a autoavaliação e com a
importância da disciplina, ou seja, os alunos que gostam mais da disciplina são os
que se consideram melhores alunos à mesma e são os que atribuem maior
importância à Educação Física (com um nível de significância de 5% a correlação
entre estas variáveis é considerada significativa). Aumentando o nível de
significância para 15% a correlação entre a Demonstrções_prof e a autoavaliação e
a importância da disciplina passam também a ser significativas. Esta correlação
apresentada é negativa pois as escalas correspondentes estão inversamente
ordenadas, ou seja, os alunos que atribuem maior importância às demonstrações
são aqueles que gostam mais, que se consideram melhores alunos à disciplina e
que lhe atribuem também maior importância.
62
Tabela 26 – Análise de correlação entre algumas variáveis
Auto.avaliação
Demonstrações_prof Gosto
Import_ disciplina
Razão_import_demonstr
Auto.avaliação 1
Demonstrações_prof
-0.25903069 1
(0,0496)
Gosto
0.57723726 -0.20005041 1
(<.0001) (0,1322)
Import_disciplina
0.38562436 -0.23446348 0.47021799 1
(0,0028) (0,0765) (0,0002)
Razão_import_demonstr
0.03229805 0.09064158 -0.05247134 0.1351719 1
(0,8098) (0,4986) (0,6957) (0,3117)
6.8 Discussão de dados
Ao longo da nossa experiência profissional, este assunto da demonstração
nas aulas de Educação Física tem vindo a ser bastante planeada, trabalhada,
modificada. Os recursos que estão ao nosso dispor, desde que iniciámos o nosso
percurso de docente até aos dias de hoje, são bastante diferentes e, como tal, teve
de haver também uma evolução da nossa parte quanto ao modelo, composição e
momento da demonstração utilizada nas aulas de Educação Física.
Os resultados apresentados comprovam que a demonstração é um elemento
essencial para ajudar a perceber e a melhorar os exercícios pretendidos nas aulas.
Os alunos evidenciaram que atribuem importância às demonstrações realizadas em
aula como meio para atingir os objetivos propostos. Esta conclusão é suportada por
vários autores que sugerem a utilização da demonstração como um meio de
aquisição de conteúdos que pode ser comentado com instruções verbais, modelos
vídeos ou fotografias, garantindo o sucesso no processo de aprendizagem (por
exemplo, Newell, 1981, Gould e Roberts, 1982, Feltz, D., 1982 , Carrol, W. e
Bandura, 1990).
De notar que os alunos que se consideram melhores e que gostam mais da
disciplina atribuem maior importância quer à disciplina quer à realização das
demonstrações.
Quanto ao impacto da demonstração nos alunos, podemos também ter em
conta a observação dos seus colegas, aquando da realização das tarefas, servindo
estes como modelos de execução. Desta observação entre alunos, os mesmos,
após explicação e demonstração fornecida pelo professor, podem e devem
consolidar a sua assimilação dos conteúdos e componentes críticas a trabalhar. Só
63
assim, observando vários modelos de execução e tendo quem corrija a mesma dos
alunos é que se poderá ver e ter progressos no processo individual de
aprendizagem do aluno.
6.9 Conclusão
Com este estudo pretende-se concluir se a demonstração nas aulas de
Educação Física estabelece um processo importante para a transmissão da
informação numa etapa preambular da aprendizagem para todas as idades.
Pretende aferir-se se a inclusão da demonstração no processo de ensino podem
melhorar a estruturação da representação espacial e temporal da ação
comparativamente com uma simples explicação verbal. Antes da realização do
estudo, a expetativa era de que este fosse o principal resultado a atingir uma vez
que intuitivamente se considera que a explicação verbal demora mais tempo a ser
compreendida, dificultando o desenvolvimento motor do aluno.
Para que este estudo fosse possível, houve necessidade de estruturar um
plano de trabalho no sentido de concluir, com recurso a uma amostra constituída por
60 alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, correspondendo a uma percentagem de
16% da população em estudo, a importância da demonstração nas aulas de
Educação Física. Inicialmente considerou-se que a amostra de alunos do 1.º Ciclo
deveria incluir dois alunos do sexo masculino e dois alunos do sexo feminino de
cada turma, das Escolas do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente. Após
elaborada a matriz de questionário e respetivo questionário, procedeu-se à sua
análise e retificação, sendo o mesmo aplicado em forma de pré-teste a alunos do 1.º
Ciclo do Agrupamento de Escolas da Maceira, de forma a perceber se os alunos
entendiam e respondiam ao mesmo sem qualquer dificuldade, ou se haveria
necessidade de realizar alterações. Com a elaboração do pré teste, o questionário
foi revisto e codificado para que as questões fossem organizadas em afirmações em
vez de perguntas. Feitas as alterações necessárias à matriz e questionário, ficou
então definido que a amostra deveria ser constituída por 2 rapazes e 2 raparigas de
cada ano de escolaridade dos 2.º, 3.º e 4.º ano das diferentes escolas do primeiro
ciclo do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente. Desses 2 rapazes e 2
raparigas, 1 rapaz e 1 rapariga são os que apresentam melhores resultados à
disciplina de Educação Física enquanto o outro rapaz e a outra rapariga são os que
apresentam menor aproveitamento à disciplina de Educação Física.
64
Após recolha dos mesmos e tratamento de dados, pode-se concluir que
96,7% dos alunos inquiridos referem que a demonstração dos exercícios é efetuada
nas aulas de Educação Física.
Os alunos inquiridos atribuem muita importância à demonstração efetuada
nas aulas de Educação Física revelando, em geral, que esta os ajuda a perceber
melhor os exercícios propostos pelo professor, levando a melhorar a sua prestação
no decorrer das aulas. Os alunos que gostam mais da disciplina e que se
consideram melhores à mesma são os que atribuem maior importância quer à
disciplina quer à realização das demonstrações nas aulas, embora os outros
também admitam que estas são importantes.
Depreende-se pelo estudo efetuado, e de acordo com os alunos inquiridos,
que a estratégia/modelo de demonstração preferida pelos alunos do 1.º Ciclo do
Ensino Básico e que se revela mais eficaz/eficiente ao fazer a demonstração nas
aulas de Educação Física é ser o professor a realizar a demonstração sempre que
explica um determinado exercício, sendo que esta deve ser efetuada antes da
explicação do mesmo e direcionada para a turma toda.
Tendo em conta os resultados obtidos com este estudo, poderá ser
desenvolvido um trabalho futuro neste mesmo âmbito, pois seria pertinente realizar
um estudo semelhante dirigido aos professores de Educação Física do 1.º Ciclo,
com o objetivo de perceber o modo como é utilizada a demonstração nas suas
aulas, isto é, se é efetuada, e nesse caso, em que momento é realizada, de que
forma é apresentada, para quem é dirigida e a frequência com que se recorre a este
método para a explicação dos exercícios a realizar.
65
Bibliografia
Carrol, W. e Bandura, A. (1990). Representation guidance of action in observational learning: a causal
analysis. Journal of Motor Behavior, v.22, n.1,p.85-97
Damião, M. H. (1996). Pré, inter e pós acção: Planificação e avaliação em pedagogia. Psicope-
dagogia,Educação e Cultura. Vol. 1, n.º 2, 149-179. Damião, MH (2008)
Feltz, D. (1982). The effect of age and number of demonstrations on modeling of form and
performance. Research Quarterly for Exercise and Sport, v.53, n.4, p.292-6
Gould, D.R.; Roberts, G.C. (1982).Modeling and motor skill acquisition. Quest, v.33, n.2, p.214-30,
Hayes, Bob E. (1997). Measuring Customer Satisfaction – Survey Design, Used and Statistical
Analysis Methods. 2.ª Edição,
Herbrard, A (1974). Les limites de lá demonstration, Annales de IENSEPS, (5) Jun, Paris
Laguna, P.L. (2000). The effect of model observation versus physical practice during motor skill
acquisition and performance. Journal of Human Moviment studies, v.39, p.l71-191.
Malhotra, Naresh, K.; Birks, David F. (2000). Marketing Research an Applied Approach, European
Edition, Prentice Hall.
Newell, K.M. (1981). Skill learning. In: HOLDING, D.H. Human skills. Chichester, J.Wiley, p.203-26.
Silva, M. O. (2011). Educação Inclusiva – Um novo paradigma de Escola Revista Lusófona de
Educação, 19, 119-134.
Nicolau, P. (2010). Quando todos aprendem com todos: uma estratégia para a inclusão de um aluno
com perturbações do espectro do autismo. Trabalho de projeto do Mestrado em Ciências da
Educação - Educação Especial: Domínio Cognitivo e Motor. Lisboa: Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias.
Pacheco, J. A. (1994). A Avaliação dos alunos na perspetiva da reforma. Proposta de trabalho. Porto:
Porto Editora.
Rodrigues, R. (2013). Relatório Final De Estágio do Mestrado em Ensino da Educação Física dos
Ensinos Básico e Secundário, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da
Universidade de Coimbra.
Sousa, R. (2010). Relatório Final De Estágio do Mestrado em Ensino da Educação Física dos
Ensinos Básico e Secundário, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da
Universidade de Coimbra.
Referências da internet
http://www.webartigos.com/artigos/avaliacao-diagnostica-formativa-e-omativa/40842/
http://iave.pt/np4/documentos?tema=10
http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/view/2366
1
Anexos
1
Anexo N.º 1 – “Roulement de Educação Física”
Gin Exter Poliv Relv Gin Exter Poliv Relv Gin Exter Poliv Relv Gin Exter Poliv Relv Gin Exter Poliv Relv
08:30 11 E 10 D 12 M 11 C 11 A 12 G 11 H 11 IJ 10 E 12 H 12 F 11 C 11 B 10 F 11 H 10 B 10 GI 12 A 12 C 12 B
SD SR ? PT RV SD ? PT SR SD ? PT AS CS ? EF NE SD PT RV
09:15 11 E 10 D 12 M 11 C 11 A 12 G 11 H 11 IJ 10 E 12 H 12 F 11 C 11 B 10 F 11 H 10 B 10 GI 12 A 12 C 12 B
SD SR ? PT RV SD ? PT SR SD ? PT AS CS ? EF NE SD PT RV
10:15 9 E 12 A 11 G 10 A 12 JL 10 H 12 C 9 A 11 E 9 B 9 E 12 I 12 B 11 D 12 H 12 F 9 H
CS SD PT EF ? CS PT EF SD EF CS ? RV RV SD ? NE
11:00 9 G 12 A 11G 10 A 12 JL 10 H 12 C 9 A 11 E 9 C 9 B 9 E VocB1A 12 I 12 B 11 D 12 H 12 F 9 H
NE SD PT EF ? CS PT EF SD CS EF CS SC ? RV RV SD ? NE
11:55 12 E 12 D 10 B 12 E 10 D 11 F 10 A 10 C 12 G 9 D 10 GI 10 JL 9 D 9 B 11 A 11 LM 11 F 11 N
SD ? EF SD SR PT EF SR SD CS NE SR CS EF RV SG PT ?
12:40 12 E VocB1B 12 D 10 B 12 E 10 D 11 F 10 A 10 C 12 G 9 A 10 GI 10 JL 9 D 11 A 11 LM 11 F 11 N
SD NE ? EF SD SR PT EF SR SD EF NE SR CS RV SG PT ?
13:30
14:15
15:10 10 C 10 F 9 F 11 D VocB1A 9 C 9 H 10 E VocB1B 12 D 9 G
SR CS NE RV SG CS NE SR NE ? NE
15:55 10 C 10 F 9 F 11 D VocB1A 9 C 9 F 10 E VocB1B 12 D 9 G
SR CS NE RV SG CS NE SR NE ? NE
16:50 11 B 10 H VocS2AB VocB2A VocS1AB VocS2CD 11 G Voc B2A 10 MN 10 O Voc B2A 10 P
AS CS RV NE RV SG PT NE SR SG NE SG
17:35 11 B 10 H VocS2AB VocB2A VocS1AB VocS2CD 11G Voc B2A 10 MN 10 O 10 P
AS CS RV NE RV SG PT NE SR SG SG
RV - Rui Verdingola (EF 1) ? - (EF 7)
EF - Ernesto Ferreira (EF 2) SR - Sheila Roda (EF 8)
AS - António Santos (EF 3) CS - Cláudio Sousa (EF 9)
PT - Paulo Tojeira (EF 4) NE - Nuno Escudeiro (EF 10)
SD - Susana Domingues (EF 5) SG - Sérgio G. Ramalho (EF 12)
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
Distribuição (1) dos Espaços de Aula de Educação Física
2015 / 2016
No 1º Período, de
28 de Setembro a 23 de Outubro
Pro
fess
ores
2
Anexo N.º 2 – Grelha de Avaliação (Ginástica de solo)
PI – pré-introdutório I – introdutório E – elementar A – Avançado
Introdutório ( I ) Elementar ( E )
- Rolamento à frente engrupado (terminando a pés juntos, mantendo a mesma direção durante o enrolamento). - Rolamento à retaguarda engrupado; (com repulsão dos braços na fase final e saída com os pés juntos na direção do ponto de partida). - Apoio facial invertido; (aproximando-se da vertical (mantendo o olhar dirigido para as mãos). - Avião; (com os m. i. em extensão, mantendo o equilíbrio). - Ponte;(com amplitude) - Roda; (passando as pernas o mais alto possível, com receção equilibrada e apoio alternado dos pés).
- Rolamento à frente engrupado; (m.i. estendidos e afastados) - Rolamento à retaguarda engrupado; (m.i. estendidos e afastados) - Apoio facial invertido; (definindo a posição) - Avião; (com o tronco paralelo ao solo e com os m. i. em extensão, mantendo o equilíbrio). - Ponte;(com acentuada amplitude) - Roda; (com marcada extensão dos segmentos corporais e saída em equilíbrio)
Nº Nomes Rol. frente Rol.
retagua. Apoio facial in. Avião Ponte Roda Av. Diag. Av. Sum.
1 A E 95 E 95 E 90 I 95 E 95 E 90 E A
2 B E 90 PI 70 PI 90 I 90 I 90 I 80 I A
3 C I 80 PI 70 PI 20 I 85 I 95 I 40 I E
4 D I 95 I 40 I 90 I 95 I 90 I 80 I A
5 E I 90 PI 70 PI 60 I 80 I 80 I 50 I E+
6 F 85 75 75 80 80 75 E+
7 G PI 85 PI 80 PI 90 I 90 I 85 I 90 I E+
8 H PI 90 PI 70 PI 60 I 95 I 90 I 70 I A
9 I PI 50 PI 50 PI 50 I 60 I 50 I 50 I I
10 J PI 80 PI 75 PI 70 I 75 I 70 I 70 I E-
11 K PI 60 PI 55 PI 60 I 60 I 60 I 60 I I
12 L I/E 95 I 90 I 95 I 90 I 80 I 80 I E
13 M I 85 I 80 I 55 I 80 I 70 I 50 I I+
14 TR - - - - - - -
15 N I 80 I 60 I 85 I 90 I 80 I 60 I E
16 O PI 80 PI 70 PI 60 I 85 I 80 I 55 I E
17 P I 90 I 70 I 70 I 75 I 80 I 85 I E
18 Q PI 60 PI 55 PI 60 I 70 I 75 I 60 I E-
19 R I/E 85 I/E 75 I/E 60 I 90 I 70 I 60 I I+
20 S I 90 I 75 I 85 I 90 I 90 I 80 I A
21 T I 95 I 85 I 80 I 90 I 70 I 85 I I+
22 U I 95 I 85 I 90 I 95 I 90 I 90 I 90
23 V PI 80 PI 70 PI 80 I 85 I 80 I 60 I E
24 W I 70 PI 60 PI 50 I 60 I 60 I 40 I I
25 X I 80 PI 75 PI 60 I 70 I 60 I 75 I I
26 Y I 90 PI 85 PI 40 I 80 I 50 I 60 I I-
27 Z 95 65 70 90 90 90 A
28 AB I 70 I 75 I 50 I 70 I 80 I 50 I E
Recorta as figuras e constrói a tua sequência Nome:_____________________________ Nº________
Avaliação:
Avaliação:
Avaliação:
Avaliação:
Avaliação:
Avaliação:
Avaliação:
A avaliação individual de ginástica de solo foi esquematizada por cada aluno para que a ordem de execução dos elementos gímnicos fosse da sua responsabilidade.
Anexo N.º 3 – Grelha de Avaliação (Andebol)
PI – pré-introdutório I – introdutório E – elementar A - Avançado
Introdutório ( I ) Elementar ( E )
Em situação ofensiva, desmarca-se, passa,
dribla, finta ou remata de forma oportuna. Em situação
defensiva, coloca-se entre o jogador e a baliza.
Nível Introdutório + Aclara dando linha de passe em
situação ofensiva e dificulta a linha de passe colocando-se
entre o jogador e a bola, em situação defensiva.
Nº Nomes Avaliação de Diagnóstico Avaliação Sumativa Av. Diag. Av. Final
1 A NR E NR E
2 B PI E PI E
3 C PI E PI E
4 D PI E PI E
5 E PI E PI E
6 F PI E PI E
7 G PI E PI E
8 H PI I PI I
9 I PI E PI E
10 J I E I E
11 K I A I A
12 L NR E NR E
13 M I A I A
14 TR - - - -
15 N PI E PI E
16 O PI E PI E
17 P PI E PI E
18 Q I E I E
19 R I E I E
20 S PI E PI E
21 T E A E A
22 U I A I A
23 V PI E PI E
24 W PI E PI E
25 X I A I A
26 Y I E I E
27 Z PI E PI E
28 AB PI E PI E
5
Anexo N.º 4 – Grelhas de Avaliação (Futebol)
PI – pré-introdutório I – introdutório E – elementar A - Avançado
Introdutório ( I ) Elementar ( E )
Em situação ofensiva, desmarca-se, passa, finta
ou remata de forma oportuna. Em situação defensiva,
coloca-se entre o jogador e a baliza.
Nível Introdutório + Aclara dando linha de passe em
situação ofensiva e dificulta a linha de passe colocando-se
entre o jogador e a bola, em situação defensiva.
Nº Nomes Condução de Bola Remate Defesa Ataque Av. Diag. Av. Final
1 A PI I- PI I- PI I- PI I- PI I-
2 B PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
3 C PI I PI I PI I PI I PI I
4 D PI E PI E PI E PI E PI E
5 E PI E PI E PI E PI E PI E
6 F PI I- PI I- PI I- PI I- PI I-
7 G PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
8 H PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
9 I PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
10 J E A E A E A E A E A
11 K I E+ I E+ I E+ I E+ I E+
12 L E A E A E A E A E A
13 M E A I A I A I A I A
14 TR - - - - - - - - - -
15 N PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
16 O PI E PI E PI E PI E PI E
17 P PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
18 Q PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
19 R E E+ I E+ I E+ E E+ E E+
20 S PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
21 T I E- PI E- PI E- PI E- PI E-
22 U PI E PI E PI E PI E PI E
23 V PI E PI E PI E PI E PI E
24 W PI E- PI E- PI E- PI E- PI E-
25 X E A E A E A E A E A
26 Y I E I E I E I E I E
27 Z I E- PI E- PI E- PI E- PI E-
28 AB PI E I E I E PI E PI E
Anexo N.º 5 – Grelhas de Avaliação (Fitescola)
Turma 9ºD Aeróbia Aptidão Muscular Composição Corporal
Nº Nome Vaivém Flexões
Braç Abdom
Impulsão Horizon. Impulsão Vertical Flex. MI Flex. Ombros Perí. Cintura Peso Altura
1ª 2ª Ini 1º 2º Dif Dir Esq Dir Esq 1ª 2ª
1 A
13 1.14 1.40 197 231 230 34 33.5 T T 67.5 68.56 50.9
2 B
34 4 15 1.24 1.42 210 244 246 29 34 T T 74 73.5
1.64
3 C
16 12 4 1.14 0.86 202 238 239
32 32.5 T T 79 79.5 64.1 1.62
4 D
31 13 24 1.31 1.35 194 222 224
33.5 34 T T 62 62.5 39.3 1.53
5 E
18 2 19 0.97 1.10 218 239 238
24 22 T T 94.5 95 76 1.73
6 F
19 1.22 1.16 208 234 233
27 21.5 T T 63.5 62.5 49.8 1.62
7 G
25 1 17 1.23 1.14 210 229 231
36 35 T T 73.5 74 54.7 1.59
8 H
14 1 10 1.12 0.97 216 242 239
33 33 T T 76 75.5 53.6 1.67
9 I
17 1 15 1.10 1.10 218 237 240
28 28 T T 92 92
1.65
10 J
51 10 5 1.82 1.87 216 270 271
29.5 31.5 T T 82 81.5 66.9 1.69
11 K
12 1 3 1.05 1.09 209 231 227
14 4.5 T T 110.5 110.5 88.7 1.60
12 L
60 20 29 1.93 1.85 218 261 263
22 21 T NT 71.5 71 59 1.65
13 M
54 15 14 1.63 1.60 203 229 222
22.5 25.5 T NT 72.5 72.5 51.3 1.54
14 TR
75 32 1 2.35 2.29 216 270 273
18 25.5 T T 71 71.5
1.67
15 N
26 8 17 1.28 1.36 206 226 232
20 18 T T 69 69 48.2 1.57
7
16 O
30 10 21 1.30 1.26 227 253 257
23 22 T T 78.5 78 59 1.77
17 P
23 3 16 1.00 1.01 209 227 231
27 25.5 NT T 77.5 77 62 1.60
18 Q
28 3 5 1.84 1.49 232 278 279
11 15 T T 79.5 80 73.7 1.80
19 R
62 66 65.5 46.8 1.63
20 S
24 3 17 1.41 1.43 208 240 238
31.5 23.5 T T 72 72 52.5 1.58
21 T
47 10 13 1.40 1.62 208 241 248
26.5 23.5 T T 78.5 79.5 59.7 1.63
22 U
40 17 40 1.42 1.46 203 230 233
27.5 29 T T 69 69 51.4 1.57
23 V
25 1 20 1.20 1.10 204 225 224 31.5 30 T T 92 91.5 78 1.59
24 W
20 1 6 1.20 1.15 199 223 224 23.5 20 T T 78 78.5 55.3 1.54
25 X
6 1 36 1.74 1.84 229 264 269 24.5 19 T T 71.5 72.5 55.5 1.74
26 Y
27 11 40 2.03 1.77 216 253 252 7.5 7 T T 86 86 71 1.73
27 Z
28 AB
63.8
8
Anexo N.º 6 – Grelha de Avaliação Formativa Diária
Nº NOME P C P C P C P C P C P C P C P D P D P D P D P D P D P D
1 A 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 3 4 3 4 4 4 3 4 3 4 3 4.1
2 B 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 5 5 4 4 4 4 4 4 4.6
3 C 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 4 4.4
4 D 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5.0
5 E 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 3 4 3 4 4 4 3 4 3 4 3 4.1
6 F 5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 5 3 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 4 4.1
7 G 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 3 4 3 5 4 4 3 4 3 4 3 4.2
8 H 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 1 1 4 4 4 4 1 1 4 4 4 4 4 4 3.8
9 I 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 4.9
10 J 5 5 5 4 5 4 5 5 5 4 5 4 5 4 1 1 4 4 4 4 1 1 4 4 4 4 4 4 3.7
11 K 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 4 4.9
12 L 5 5 5 3 5 3 5 5 5 3 5 3 5 3 5 5 5 4 5 4 5 5 5 4 5 4 5 4 4.6
14 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 4.9
15 N 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 4 4.2
16 O 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 4 3 4 3 5 4 4 3 4 3 4 3 3.9
17 P 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 4.9
18 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 4 5 4 5 5 5 4 5 4 4.8
19 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 4 5 4.9
20 S 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 4.9
21 T 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 4.8
22 U 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4.3
23 V 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4.3
24 W 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 5 4 5 4 4 4 5 4 5 4 4.6
25 X 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 5 4 5 5 4 4 5 4 5 4 4.6
26 Y 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5.0
27 Z 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 5 4 5 5 4 4 5 4 5 4 4.6
28 AB 5 5 5 4 5 4 5 5 5 4 5 4 5 4 5 4 4 3 4 3 5 4 4 3 4 3 4 3 3.9
P - Pontualidade C- Comportamento P- Participação D - Desempenho
3.0
4.0
4.0
4.0
4.0
7-01
4.0
21-01 6-04
DOMÍNIO PSICOMOTOR- 60%
7-01 14-01 21-01
COGNITIVO
20%7-04
3.0
N. FIN.
4.0
AV
4.0
5.0
5.0
4.0
4.0
4.0
5.0
4.0
5.0
5.0
5.0
5.0
5.0
14-01
5.0
4.0
5.0
5.0
5.0
4.0
13-04 14-0414-0413-047-046-04
DOMÍNIO SÓCIO-AFECTIVO-20 %
Q
R
9
Tabela de Observação de alunos em situação de aula
Dat
a: ____ /____ /2016
Aluno observador: ____________________
Turma Andebol
Introdutório Elementar D
iag
nóstic
o
Pro
gnó
stic
o
Obs.
Critérios a observar
Desmarca-se
criando
linhas de
passe
ofensiva
Decisão
correta da
leitura de jogo
(passe, drible
e/ou remate)
Coloca-se
entre a bola e
a baliza em
situação
defensiva
Finaliza
quando
recebe a
bola
Ultrapassa o
seu adversário
direto (1x1)
Procura
desarmar e
impedir a
finalização
N.º Nome Situação de jogo reduzido 5X5 com Guarda redes
Sistema de registo: X – Cumpre; O – Não Cumpre
10
Anexo N.º 7 – Grelha de Observação (Andebol)
N.º Nome Passe Receção Drible Remate
Situação de jogo 7x7
Ofensivo Defensivo Regras
NE EM E EB NE EM E EB NE EM E EB NE EM E EB NE E EB NE E EB Sim Alg. Não
1 A X X X X X X X
2 B X X X X X X X
3 C X X X X X X X
4 D X X X X X X X
5 E X X X X X X X
6 F X X X X X X X
7 G X X X X X X X
8 H X X X X X X X
9 I X X X X X X X
10 J X X X X X X X
11 K X X X X X X X
12 L X X X X X X X
13 M X X X X X X X
15 N X X X X X X X
16 O X X X X X X X
17 P X X X X X X X
18 Q X X X X X X X
19 R X X X X X X X
11
Legenda: NE – Não executa (2) EM – Executa mal (3) E – Executa (4) EB – Executa bem (5)
20 S X X X X X X X
21 T X X X X X X X
22 U X X X X X X X
23 V X X X X X X X
24 W X X X X X X X
25 X X X X X X X X
26 Y X X X X X X X
27 Z X X X X X X X
28 AB X X X X X X X
12
Critérios de Êxito - Andebol
Gestos Técnicos Nível Comportamentos
Situ
ação
An
lític
a
Passe
NE Não realiza o passe.
EM Realiza o passe com o cotovelo abaixo da altura do ombro e/ou mal direcionado.
E Tem preocupação em realizar o passe com o cotovelo à altura do ombro.
EB Realiza a extensão completa do braço e direciona a bola para o peito do colega.
Receção
NE Não realiza a receção da bola.
EM Recebe a bola com rigidez de braços.
E Recebe a bola amortecendo a receção com os braços.
EB Recebe a bola amortecendo-a e mantém a bola em sua posse e com o corpo em equilíbrio.
Drilbe
NE Não dribla a bola.
EM Dribla com desvios frequentes da bola em relação ao corpo.
E Dribla a bola, controlando-a minimamente junto ao corpo.
EB Dribla a bola, impulsionando-a para a frente mantendo o controlo sobre a mesma.
Remate
NE Não realiza remate.
EM Remata usando o pé de apoio do mesmo lado da bola e/ou direcionando mal a bola.
E Remata fazendo a impulsão com o pé de apoio contrário ao lado da bola.
EB Remata armando bem o braço e direcionando o remate para a baliza.
Situação de Jogo
NE Não participa ativamente no jogo, nem no processo ofensivo nem defensivo.
E A defender coloca-se entre o adversário e a baliza acompanhando os jogadores sem bola. No ataque, sem a bola efetua desmarcações e após receção da mesma efetua leitura de jogo.
EB
A defender coloca-se entre o adversário e a baliza acompanhando os jogadores sem bola e cobre as linhas de passe. No ataque, sem a bola, efetua desmarcações e após receção da mesma efetua uma leitura de jogo e escolhe a melhor opção, ocupando oportunamente os espaços.
Anexo N.º 8 – Registo de Ocorrência
Relatório de Ocorrência / Participação Disciplinar
Ricardo Carvalho, professor que leciona a disciplina de Educação Física, vem, por este meio,
informar a Diretora de Turma do 9.º D, que o(a) aluno(a) A, n.º manifestou um comportamento incorreto
no dia 0/0/ 2016, pelas 11:55 horas, no _____________, local onde se encontravam a desenvolver as
tarefas da disciplina.
Em consequência disso, tomei a seguinte atitude:
- Participação disciplinar
- Falta disciplinar
- Falta de material
Descrição da ocorrência:
Durante a aula, o aluno A não se fez acompanhar do material necessário para a realização da aula de
Ed. Física e por várias vezes, apesar de ter sido advertido para o não fazer, esteve a mexer no telemóvel.
- O comportamento observado neste aluno é:
X 1ª vez □reincidente, mas pouco frequente □ reincidente e frequente
- O aluno já demonstrou outros comportamentos incorretos?
□ Não X Sim (Rúben) (X poucas vezes - □ com
frequência)
- Tendo em conta o tipo de comportamento do aluno, considero conveniente tomar a(s)
seguinte(s) medida(s):
X Advertir os alunos;
X Participar aos encarregados de educação;
□ Solicitar ao Diretor uma repreensão ao aluno;
□ Solicitar ao Diretor a marcação de um Conselho de Turma Disciplinar.
O Professor A Diretora de Turma
Ricardo Carvalho ________________________________
(Redigido em 0/0/2016)
14
Anexo N.º 9 – Certificados de Participação (II Jornadas Solidárias/Dança)
15
Anexo N.º 10 – Certificado de Participação (II Jornadas Científico-Pedagógicas do
Estágio em Ed. Física)
16
Anexo N.º 11 – Certificado de Participação (Oficina de Ideias)
17
Anexo N.º 12 – Certificado de Participação (FICEF)