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RELATÓRIO V ENSIGEO – 11/11/2010
O V ENSIGEO chegou ao final com um balanço muito positivo,
especialmente, pela participação ativa dos alunos da Licenciatura e
especialmente, pela atuação ativa dos alunos da comissão organizadora, que
não pouparam esforços para que tudo desse certo e no prazo. Com relação
aos avanços tivermos 150 inscritos, sendo 22 com apresentação de trabalhos;
cinco mini-cursos totalizando 169 participantes; participação de 53 professores
da rede pública de ensino; e presença de 22 alunos da E.E. Conselheiro
Crispiniano, de Guarulhos/SP que apresentaram os resultados das atividades
desenvolvidas na disciplina de Geografia. Totalizamos 250 participantes. Dos
doze convidados para conferências, mesas temáticas e mini-cursos, todos
compareceram.
Mesa de abertura do V ENSIGEO – Professora Doutora Fabiana Lopes da Cunha, Professora Luciene Cristina Risso, Professora Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena, Professora Márcia Cristina de Oliveira e representante discente Carolina Michele de Brito. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
Como resultado da semana tivemos importantes contribuições
que vieram ao encontro de nossas necessidades no curso de formação de
professores de Geografia.
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Na conferência de abertura o Professor Doutor Rafael Straforini
destacou que é necessário um olhar para as práticas cotidianas como fio
condutor das pesquisas na Universidade. Ele nos apontou também sobre a
função do estágio supervisionado, destacando que o estágio é um momento de
olhar para a escola e problematizar, ou seja, pensar e teorizar a partir da
escola e não sobre ela, distante dela.
No debate da primeira noite ele concluiu que infelizmente o
professor não vai mudar a sociedade, nem a escola, no entanto, ele pode sim
lutar para melhorar as aulas, fazendo um bom planejamento, levando os alunos
a campo, enfim, achando brechas para que ações em pequena escala possam
fazer a diferença. Ele nos ofereceu uma dose de ânimo sobre a licenciatura.
Conferência de abertura com Professor Doutor Rafael Straforini (UFRJ).
Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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No segundo dia, na mesa Metodologias de ensino, a Professora
Doutora Martha dos Reis nos abriu o seu diário de professora recém formada
de Geografia, e nos surpreendeu quando explicou que na prática fez tudo o
que a Universidade não ensinou. Desta forma, nos lançou um desafio: como
superar os problemas que um professor iniciante enfrenta e que a Universidade
não dá conta, como por exemplo, a indisciplina. Naquele momento, ela nos
obrigou a repensar aquelas longas discussões das aulas de Didática e estágio:
cuidado com o livro didático, conheçam seus alunos, usem material
diversificado.
Professora Doutora Martha dos Reis (UNESP/Marília) na mesa temática Metodologias de ensino. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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O Professor Doutor José Camilo destacou, na sequência, a
importância de se trabalhar com a educação participativa, quando nos mostrou
a experiência de trabalhar com as famílias dos alunos a questão do
fortalecimento da agricultura familiar e a formação do conselho gestor no
Amazonas.
Ao final da mesa temática no debate discutimos: vale a pena ser
professor de Geografia? Os convidados concluíram que sim. De que forma?
Trabalhando a favor da humanização.
Mesa temática 1 - Metodologias de ensino composta pela Professora Doutora Martha dos Reis (UNESP/Marília) e Professor Doutor José Camilo Ramos de Souza (Universidade do Estado do Amazonas), mediado pelo Professor Doutor Nelson Rodrigo Pedon. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
No terceiro dia começamos com o trabalho de campo oferecido
aos alunos de Guarulhos pelo grupo COLÓIDE, momento em que tiveram a
oportunidade de ter uma aula de Geografia diferente da forma convencional.
Foi também um importante momento dos alunos da Licenciatura terem o
contato com alunos do Ensino Médio.
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No período da tarde o espaço de vivência juntou três professores
de Geografia e os alunos de Guarulhos. Os professores em seus relatos de
experiência indicaram que a formação na Universidade não dá conta da
complexidade do ensino. O sistema é conservador e a escola castra o desejo
de aprender dos alunos. Diante desses problemas o que fazem?
O professor Marcos Antonio Corrêa lança uma idéia chave para
seus alunos: duvidem de tudo, até de mim. O professor Douglas Cristino Leal,
explicou que faz a conexão entre a pesquisa que desenvolve e o ensino,
levando equipamentos de climatologia para as escolas para que os alunos
possam vivenciar e entender o que estudam.
A professora Mônica Freitas, com sua experiência de 25 anos de
rede pública nos emocionou com o resultado do trabalho que faz com os
alunos que sabem definir o que é geografia em 20 segundos, mas, o mais
importante não é a definição do que seja Geografia, mas o sentido que isto tem
para eles, o sentido de crescimento, de humanização e a vontade de vencer,
vencer para eles é ingressar na Universidade pública.
Espaço de vivência coordenado pela Professora Doutora Noemia Ramos Vieira (UNESP/Marília), com participação dos professores da rede estadual de ensino Douglas Cristino Leal, Marcos Antonio Corrêa e Mônica Freitas. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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Na mesa temática “Sociedade, escola e currículo de Geografia”,
fomos convidados a revitalizar o nosso próprio currículo e instigados a
promover debates sobre o currículo escolar, que foi tema que perpassou por
todas as mesas.
Sobre o currículo o Professor Doutor Antonio Carlos Pinheiro
destacou que devemos fazer algo mais do que trabalhar conteúdos com os
alunos, e diferente do que pensamos, existem muitos estudos sobre o ensino
de Geografia, no viés da escola, da formação do professor, da inclusão, na
perspectiva do EJA e Educação Infantil, no entanto, ainda existem lacunas
como a da diversidade.
Mesa temática 2 - “Sociedade, escola e currículo de Geografia”, coordenada pela Professora Doutora Noemia Ramos Vieira (UNESP/Marília), com participação dos expositores Professora Doutora Delacir Aparecidsa Ramos Poloni (IFECTSP) e Professor Doutor Antonio Carlos Pinheiro (UNIFESP). Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
Sobre os mini-cursos eles indicaram uma necessidade de
aprofundamento sobre o tema “Ensino da África”, tivemos 49 participantes, e foi
sugerida a continuidade da discussão em outros momentos com o Professor
Rosemberg Aparecido Lopes Ferracini.
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Tivemos 38 alunos presentes no mini-curso “Cinema e ensino de
Geografia”, ministrado pela Professora Doutora Renata Barrocas, que trouxe
contribuições sobre o processo sistematizado de usar o cinema na sala de
aula.
Alguns dos 39 alunos que fizeram o mini-curso “Formação de
professores”, ministrado pela Professora Doutora Maria Eliza Miranda,
concluíram que a temática pode ser ampliada para uma mesa temática para o
próximo evento.
Tivemos ainda 29 presentes no mini-curso “Turismo e ensino de
Geografia”, ministrado pela Professor Ari da Fonseca Filho, e 16 alunos no
mini-curso de “Cartografia Tátil”, ministrado pela Professora Waldirene Ribeiro
do Carmo. O mini-curso cartografia tátil cobriu uma lacuna, nós não
conseguimos formar uma mesa de cartografia escolar, tão desejada neste
evento, então, o mini-curso reforçou a importância da utilização de materiais
didáticos em sala de aula.
Professora Waldirene Ribeiro do Carmo ministrando o mini-curso “Cartografia Tátil”. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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Professor Rosemberg Aparecido Lopes Ferracini ministrando o mini-curso “Ensino da áfrica nos livros didáticos”. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
Na conferência de encerramento a Professora Doutora
JerusaVilhena de Moraes tratou dos desafios da formação e da escola que se
quer ancorado em autores como Libâneo, Candao, Straforini e Doin de
Almeida, fazendo a abordagem do ponto de vista da Pedagogia e da Geografia.
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Conferência de encerramento com Professora Doutora JerusaVilhena de Moraes.
Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
Por fim, na plenária de encerramento, tivemos os seguintes
encaminhamentos:
- a indicação de data para o próximo evento : de 18 a 20 de
outubro;
- para a escolha da temática central tem-se as seguintes
possibilidades: currículo; formação de professores versus atuação inicial;
relação teoria e prática; ensino da África; cartografia escolar; EJA; e inclusão;
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- sobre a comissão organizadora a indicação da entrada do
professor Nelson para a organização geral;
- encaminhar proposta para outras agências de fomento;
- ampliar a participação de pesquisadores externos;
- trazer experiências de escolas locais e experiência do Cursinho
Alternativo da UNESP/Ourinhos; e
- articular a participação de outros Núcleos de Ensino.
Professora Carla Cristina Reinaldo Gimenes de Sena coordenando sessão de apresentação de trabalhos. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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Aluno Wesley de Souza Arcassa apresentando trabalho durante o V ENSIGEO.
Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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Apresentação cultural com grupo de alunos da Bateria Resistência.
Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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José de Jesus João Ferreira e Marianae Ravagio Catelli - discentes que participaram da equipe de apoio junto à Comissão organizadora. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)
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Público alvo do V ENSIGEO – alunos do Curso Licenciatura em Geografia da UNESP/Ourinhos e professores da rede pública de ensino, na conferência de abertura. Fonte: Núcleo de Ensino (2010)