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Revista Info Aviao 13 Edio
Agosto / 2011
CRM ( Gerenciamento de recurso de cabine )
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Areas acumulam perda
de R$ 5,7 bi em
cinco anos
Segundo a Anac, apenas em 2010 o prejuzo com o transporte de passageiros foi de R$ 640,8 milhes.
aviao comercial brasileira
amargou, no ano passado,
uma perda de R$ 640,8
milhes com a sua atividade
principal, o transporte de passageiros
no pas e no exterior, conforme
divulgou ontem o Anurio do
Transporte Areo de 2010, da
Agncia Nacional de Aviao Civil
(Anac). Nos ltimos cinco anos, as
empresas brasileiras acumulam
prejuzo de R$ 5,7 bilhes. Nesse
mesmo perodo a demanda
domstica cresceu 96%.
O levantamento da Anac considera o
chamado resultado de voo, que
exclui operaes financeiras e
receitas auxiliares (venda de lanche
a bordo, por exemplo). Os principais
itens levados em conta nesse critrio
so venda de passagens, transporte
de carga, fretamentos e mala postal.
Guerra tarifria, alta do preo do
barril de petrleo e crises
econmicas externas, na avaliao
de especialistas, explicam porque
difcil o setor areo ganhar dinheiro.
Companhias areas, por sua vez,
contestam o critrio da Anac e
afirmam que pode haver erro nos
clculos.
De acordo com a Anac, o anurio foi
enviado para todas as companhias no
incio de maio. A agncia informou
que deu prazo a elas at o dia 20 de
maio para contestaes. Segundo a
Anac, nenhuma empresa se
manifestou nesse perodo e qualquer
informao enviada que esteja
errada e que exija uma nova verso
est sujeita a penalidades como
multa.
"Esse tipo de resultado no
exclusivo do Brasil. Esse um setor
que destri valor, com excesso de
capacidade, margens de lucro
pequenas e forte influncia de
qualquer fator externo", afirma o
especialista em aviao da
consultoria Bain & Company, Andr
Castellini.
Pelos dados da Anac, no ano
passado a TAM teve o pior resultado
de voo, negativo em R$ 840,7
milhes. Em contrapartida, a rival
Gol obteve o melhor desempenho
nesse critrio, de R$ 376,4 milhes.
A Azul tambm teve desempenho
positivo, com R$ 57,4 milhes.
Tambm tiveram perdas a Avianca
(R$ 65,2 milhes), a Webjet (R$ 38
milhes) e a Trip (R$ 25,3 milhes).
"Quando voc tem uma estrutura de
custo adequada possvel fazer
dinheiro", afirma o vice-presidente
financeiro e de relaes com
investidores da Gol, Leonardo
Pereira. De acordo com ele, a
indstria em geral, no entanto,
coloca mais capacidade do que pode
absorver, o que leva justifica
prejuzos como o apurado pelo
anurio da Anac.
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"Deve haver algum defeito nas
planilhas. Temos registrado
crescimento e lucro ao mesmo
tempo", afirma o diretor de
marketing e vendas da Trip, Evaristo
Mascarenhas. Ele destaca que, no
ano passado, a Trip registrou receita
de R$ 747 milhes, o que
corresponde a um crescimento de
66,2% na comparao com igual
perodo do ano anterior.
A TAM tambm contesta os dados
da Anac. "O dado que reflete a
realidade dos resultados da
companhia no Anurio do
Transporte Areo o que pode ser
encontrado na planilha 4.2 -
Demonstrao do Resultado de
Exerccio -, onde l-se que o lucro
lquido das operaes areas da
companhia, no ano de 2010, foi de
R$ 590 milhes", informou a
companhia.
Para Castellini, contribuiu para o
resultado negativo do setor areo, no
ano passado, a intensa competio
por tarifas mais baixas travada
principalmente pela TAM e pela
Gol, que respondem por cerca de
80% da demanda de vos domsticos.
"A disputa acirrada entre a TAM e a
Gol se manifesta com mais
capacidade de assentos. Mas como
h gargalo nos aeroportos das
principais cidades, essa capacidade
adicional colocada em mercados
menos rentveis", diz Castellini.
O anurio da Anac tambm mostrou
a capacidade das empresas areas de
honrar seus compromisso de curto
prazo. o ndice de liquidez
corrente, que mostra quantos reais a
empresa tem para cada R$ 1 de
dvida de curto prazo.
Por essa avaliao, entre as
empresas de transporte areo de
passageiros, a Gol teve a melhor
performance, com R$ 1,54. Em
segundo est a Trip (R$ 0,97),
seguida pela Webjet (R$ 0,94),
Avianca (R$ 0,65), TAM (R$ 0,64)
e Azul (R$ 0,50).
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A Sukhoi em busca de seu destino com o Superjet 100
futuro imediato da indstria
de aviao russa depende do
destino do Sukhoi Superjet
100 e do Tupolev Tu-204, duas
aeronaves com trajetrias bem
diferentes. O Superjet, primeiro
avio russo desenvolvido
integralmente depois do perodo
sovitico e a usar grande nmero de
componentes estrangeiros (inclusive
um motor feito na Frana),
comemorou um importante marco
no ms passado aps completar com
sucesso seu primeiro voo comercial
pela companhia area Armavia.
J o Tu-204, que voou pela primeira
vez em 1989 e se assemelha ao
Boeing 757, est tendo dificuldades
de se reinventar, principalmente
tendo em vista o fato de que apenas
69 exemplares foram construdos em
20 anos.
A operao comercial do Sukhoi
Superjet provavelmente ir permitir
que compradores em potencial
verifiquem seu desempenho e gerem
novos negcios para a companhia.
Hoje, a Sukhoi tem 150 encomendas
para aeronaves comerciais de 100
lugares.
A situao bem menos
encorajadora para o Tu-204, um
avio de alcance mdio com
capacidade para at 210 passageiros.
A empresa teria recebido uma
encomenda de 44 aeronaves da
companhia Red Wings, mas o
acordo est suspenso desde abril. A
UAC (United Aircraft Corporation),
liderada por Mikhail Pogossian e
detentora da Sukhoi, ainda gozando
do brilho do lanamento do Superjet,
anunciou no Primeiro Frum
Internacional de Transporte Areo
de Ulianovski, em abril, a compra de
30 avies pela Aeroflot em 2011,
sete a mais que a encomenda feita
em 2010.
O clima em torno do lanamento, no
entanto, foi de algum modo
encoberto pelos comentrios feitos
em abril pelo ministro dos
Transportes, Igor Levitin, quanto a
uma possvel compensao
Aeroflot (maior cliente da empresa,
com 30 pedidos), depois de
repetidos atrasos na entrega do
Superjet. O ministro tambm
demonstrou frustrao quanto ao
peso acima do esperado e baixa
eficincia energtica do modelo,
cujo desenvolvimento consumiu
largamente recursos federais.
Segundo o especialista em transporte
areo Maksim Piaduchkin, a posio
assumida pela Aeroflot, que
controlada pelo governo, reduz o
O
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apelo do produto sob o ponto de
vista de compradores em potencial e
pode fazer com que o dinheiro
pblico tenha sido gasto em vo.
No frum, Pogossian expressou a
esperana de que, com o apoio do
programa do governo de estmulo
indstria aeronutica, a Rssia possa
deter 10% do mercado global de
aviao civil at 2025.
O programa do governo est focado
em trs aeronaves, a primeira sendo
a Superjet 100. A segunda,
conhecida como MS-21, um avio
de mdio alcance (com capacidade
entre 150 e 210 passageiros) hoje em
elaborao, baseada parcialmente no
Tu-204.
Mas diversos conflitos surgiram no
decorrer do frum em Ulianovski. O
veterano da indstria Oleg Smirnov,
por exemplo, fez comentrios cidos
criticando o diretor-geral da
Aeroflot, Vitali Saveliev, e
Aleksandr Lebedev, detentor de
aes de diversas companhias.
A fbrica responsvel pela
montagem final do Superjet est
localizada em Komsomolsk-on-
Amur, 7 mil quilmetros a leste de
Moscou, e essa concentrao da
produo confronta com a poltica
de distribuio de vagas de trabalho.
Alm disso, motivos financeiros
impulsionam a compra de avies
estrangeiros, que tm um custo de
operao bem mais baixo.
O Estado, porm, perseguindo sua
meta de restabelecer a indstria
nacional, parece que no deixar de
lado as companhias russas para cair
nas graas da Airbus e da Boeing
num futuro prximo.
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Embraer estuda lanar uma verso maior de seu KC-390
Embraer confirmou planos
de lanar uma verso mais
comprida do KC-390 para o
mercado de carga civil que
funcinrios da empresa preveem que
ir gerar entre 200-250 encomendas
ao longo de um perodo de 10 anos a
partir de 2018.
O fabricante brasileiro revelou o
plano durante o Paris Air Show,
apenas um dia aps a Kawasaki
anunciar estudos em andamento para
converter a base do transporte
militar C-2 em um cargueiro
comercial.
O KC-390 est sendo desenvolvido
num programa avaliado em US$ 1,3
bilhes para a Fora Area
Brasileira, e deve receber a
certificao militar em 2016. Um
modelo esticado poderia estar
disponvel j em 2018 para o
mercado de transporte comercial,
que inclui a agncia dos Correios do
Brasil o cliente de lanamento
original para uma verso anterior do
KC-390.
A verso civil teria de ser
modificada com duas sees
adicionadas ao comprimento de
33,91m (111,3 ps) da fuselagem do
KC-390, disse Orlando Neto, vice-
presidente de vendas da Embraer
Defesa e Segurana, numa
entrevista.
Uma parte seria adicionada a frente
da asa para acomodar uma porta
lateral de carga. E outra parte seria
inserida na fuselagem, na parte de
trs da asa, para criar mais espao
interno, disse Neto.
As asas e os motores existentes do
KC-390 so dimensionados para
acomodar a verso estendida para o
mercado de carga, acrescentou. O
KC-390 tambm possui um sistema
de avinicos um Rockwell Collins ProLine Fusion projetado para receber a certificao civil Parte 25
em 2015.
Apesar de recentemente ter entrado
num ano de fase de definio
conjunta, a Embraer ainda tem que
finalizar acordos com o fornecedor
de motores para o KC-390. Tanto o
CFM International CFM56 como o
V2500 Internacional Aero Engines
tm sido considerados para a
aeronave.
Neto confirmou que as discusses
esto ocorrendo entre a empresa e a
Fora Area Brasileira sobre o
fornecedor de motores. As
discusses agora esto entre a
empresa e os fornecedores, embora
no quis esclarecer se uma das
empresas j havia sido descartada.
Mas as discusses tambm no
devem se arrastar indefinidamente.
Neto acrescentou que a Embraer tem
um cronograma rgido para a
concluso das negociaes, e que
deve fechar um contrato dentro de
algumas semanas.
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Brasil adquire mais radares Grifo para frota de caas F-5
SELEX Galileo, uma
empresa Finmeccanica, e a
Aeroeletrnica Israel
International Ltd, uma empresa da
Elbit Systems Ltd, assinaram um
contrato para o fornecimento de
mais 11 radares Grifo F/BR radares
para atualizar a frota de aeronaves F-
5 da Fora Area Brasileira.
O Grifo tem estado em servio com
a Fora Area Brasiliera nos ltimos
10 anos, proporcionando o
conhecimento do equipamento sem
comparao e proporcionando uma
capacidade de ataque aos seus
pilotos.
A assinatura do contrato fortalece
ainda mais a excelente reputao da
radar Grifo que, em todas as
variantes, alcanou vendas
superiores a 450 unidades,
satisfazendo a maioria dos exigentes
usurios finais, como as Foras
Areas de Cingapura, Brasil,
Repblica Tcheca, no Paquisto e na
Coria do Sul.
Desenvolvido como a soluo ideal
para o modernizado F-5, o radar de
controle de fogo Grifo atendeu com
imediato sucesso, graas a um
processo contnuo de insero de
capacidade e tecnologia,
continuando uma referncia em
termos de nveis de desempenho e
na natureza abrangente dos modos
de funcionamento . Estes modos
tornam possvel o apoio nas tarefas
multi-misses de forma eficaz.
Tanto no modo ar-ar, como num
modo ar-superfcie, e modos de
apoio navegao e um pcote de
vos comprovados de funes para
combater as ameaas eletrnicas, o
radar Grifo agora inclui modos para
a busca e identificao de alvos com
capacidade de processamento de
imagens de alta resoluo,
aumentando a sua competitividade
no mercado.
Estamos muito satisfeitos com essa nova encomenda. Ela confirma a
deciso inicial de desenvolver um
radar de controle de fogo como uma
escolha que levou ambos a
excelentes resultados de vendas e
uma reputao crescente num setor
particularmente difcil de radares
para avies de combate , diz Oscar Bosco, repsonsvel pela atividade de
radares na Itlia.
O radar Grifo no um produto fechado, Bosco continua, mas est sujeito a atualizao contnua, tanto
em termos de modos de operao
como de solues de hardware, a fim
de atender s necessidades de
constantes mudana desse mercado
altamente competitivo. O roteiro
para a evoluo do radar Grifo j foi
planejado e a prxima fase ser o
Grifo-E: uma verso com uma
capacidade de varredura
eletrnicamente ativa (AESA). O
Grifo E ser disponibilizado para a
carteira existente de clientes SELEX
Galileo de radares AESA para
satisfazer as exigncias de novos e
de modernizadas aeronaves
treinadoras avanados, de ataque
leve e de aeronaves de combate .
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Quarenta F-18 por US$ 3,3 bilhes
e trinta e dois F-35 por US$ 5,9
Nos Estados Unidos, Cmara aprova gastos de defesa de 649 bilhes de dlares para 2012
Reuters informou no dia 8
de julho, o gasto em defesa
de 649 bilhes de dlares foi
aprovado com facilidade pela
Cmara dos Deputados (House of
Representatives) aps quatro dias de
debate em que os legisladores
tentaram frear as operaes de
combate do Governo Obama, no
Afeganisto e na Lbia.
Aprovado por 336 votos a favor e 87
contra, na Cmara que dominada
por republicanos, a medida vai
aumentar o oramento bsico do
Pentgono do ano fiscal de 2012 em
17 bilhes de dlares, comparado
aos valores atuais, num contexto de
intensa presso para reduzir o dficit
norte-americano de 1,4 trilho de
dlares. O ano fiscal de em 2012
comea em 1 de outubro.
Ainda assim, foram cortados 8
bilhes de dlares do pedido de
oramento geral do Governo Obama.
Dos 649 bilhes de dlares
aprovados, 530 bilhes esto
alocados ao oramento primrio do
Pentgono e outros 119 bilhes para
as guerras do Afeganisto e do
Iraque. A conta no inclui fundos
para programs de armas nucleares ou
construes militares, que
acrescentam 33 bilhes ao valor dos
gastos.
A medida inclui 5,9 bilhes de
dlares para a compra de 32 caas
furtivos F-35, 15,1 bilhes para a
construo de 10 navios para a
Marinha dos EUA e 3,3 bilhes para
28 caas F-18 Super Hornet e 12
EA-18 Growler, de guerra
eletrnica. O Congresso ainda tem
algumas semanas para a aprovao
final dos gastos militares antes que
Obama assine a lei.
Nos quatro dias de discusso, mais
de doze emendas foram discutidas.
Legisladores que desejavam uma
retirada mais rpida do Afeganisto,
para os quais tambm no agradou a
deciso de Obama de intervir no
conflito da Lbia, tentaram forar,
sem sucesso, medidas para mudar as
polticas de guerra dos EUA. Um
dos representantes afirmou que a
Lbia uma guerra que esta casa adora odiar, mas que odeia parar.
Esforos para cortar bilhes de
dlares de diversas contas de defesa
no foram aprovados. O corte mais
bem-sucedido foi de 120 milhes de
dlares para bandas militares.
Mesmo assim, o que a Reuters
chamou de deu trabalho para deixar
o oramento para 200 bandas
compreendendo 4.600 msicos e
pessoal de apoio em 200 milhes de
dlares.
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Gol anuncia fim da marca Webjet e garante que no
demitir funcionrios
Segundo Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol, no faz sentido manter no mercado duas marcas de
perfil parecido. Ele afirma tambm que empresa no dever ter problemas em alongar a dvida da Webjet, estimada
hoje em R$ 215 milhes
marca Webjet vai
desaparecer aps a aquisio
da companhia pela Gol. A
expetativa da compradora de que o
negcio seja aprovado pelo
Conselho Administrativo de Defesa
Econmica (Cade) at o fim do ano
que vem. Alm de abandonar a
marca, a Gol tambm vai renovar
toda a frota da companhia,
considerada velha, em at dois anos.
O plano da empresa passar a
atender os clientes da Webjet com
mesmos servios da Gol.
Justificando o desaparecimento da
marca, o presidente da Gol,
Constantino de Oliveira Junior,
confirmou o que j diziam analistas:
o principal objetivo da compra
ampliar as operaes em grandes
centros e outras capitais. Nesses
aeroportos, j no h mais espao
para ampliar as atividades. O
executivo disse ainda que no havia
motivo para manter as duas marcas,
uma vez que ambas as empresas
atendem a um pblico semelhante.
As sinergias provenientes da
integrao das areas devem chegar
a R$ 100 milhes nos dois primeiros
anos aps a fuso das operaes das
duas empresas, estimou Constantino.
Ele descartou, no entanto, a
possibilidade de demisses entre os
cerca de 1,6 mil funcionrios da
Webjet. Segundo o executivo, ao
contrrio, a tendncia que ocorram
mais contrataes.
"Quando renovarmos a frota da
Webjet, provavelmente
conseguiremos aumentar o nmeros
de voos realizados por uma mesma
aeronave, o que tornar necessrio
ampliar o quadro de pessoal",
afirmou. Composta por avies 737-
300, a frota da Webjet dever ser
trocada por modelos mais modernos.
Isso pode ser feito por trs meios:
encomenda de novas aeronaves,
renovao de contratos de leasing
existentes ou realizao de novos
contratos de leasing.
Pelo acordo fechado na ltima sexta-
feira, a Gol pagar R$ 96 milhes
pela Webjet e assumir dividas de
aproximadamente de R$ 215
milhes. O pagamento, no entanto,
vai ser renegociar com os credores,
afirma a companhia. "So dvidas
que vencem at 2015, mas no
acredito que teremos problema para
refinanci-las e alongar o prazo",
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disse o vice-presidente de Finanas
da Gol, Leonardo Pereira.
As principais instituies financeiras
credoras da Webjet so o Bradesco,
o Citibank e o Safra. S os contratos
de leasing, que vencem em dois ou
trs anos, somam cerca de R$ 120
milhes. Pereira destacou ainda que
a Gol ser cautelosa na ampliao da
frota. "A Gol tem demonstrado nos
ltimos anos bastante consistncia
em termos do planos de frota e de
ser prudente em adio de
capacidade. Ns continuaremos a
fazer isso", declarou.
Fidelidade. Depois que a empresa
obtiver o sinal verde do Cade, os
clientes da Webjet podero usar o
programa de fidelidade Smiles,
afirmou o presidente da Gol. Para o
executivo, a incluso dos
passageiros da Webjet deve
fortalecer o programa e torn-lo
mais atraente para as empresas
parceiras, afirmou Constantino.
O presidente da Gol destacou ainda
que no h planos de criar uma
operao separada para o Smiles.
"(O programa) continua fazendo
parte da Gol. No h planos de
alter-lo", disse. A posio
diferente da adotada pela TAM,
empresa na qual o sistema de
milhagens deu origem Multiplus,
atualmente listada na bolsa
brasileira.
Sobre a possibilidade de novas
emisses de aes da Gol, Pereira
disse que elas esto descartadas por
enquanto, mas que, aprovada a
compra da WebJet, e empresa deve
realizar, sim, lanamentos no
mercado para concluir a transao.
Apesar de aumentar a concentrao
no setor areo, a aquisio da
Webjet pela Gol no deve levar a
aumento das tarifas, na avaliao do
consultor Andr Castellini, da Bain
and Company. "A formao de
preos se d basicamente em razo
da disputa entre a Gol e a TAM, que
s tende a crescer daqui pra frente",
diz.
Segundo ele, o mercado brasileiro de
aviao mudou muito nos ltimos
anos e hoje extremamente
disputado. "Para sobreviver,
preciso ter escala. Seria muito difcil
para a Webjet continuar competindo
com aeronaves antigas, que
consomem mais combustvel",
afirma.
O prprio presidente da Gol,
Constantino de Oliveira Junior, disse
ontem, durante conversa com
jornalistas e investidores, que no
acredita que haver aumento de
tarifas. "Vamos oferecer tarifas
competitivas, com o objetivo de
popularizar o transporte areo",
afirmou.
O QUE MUDA
Servio de bordo
A companhia adotar o padro Gol,
que inclui lanche grtis e venda a
bordo. Hoje, os clientes Webjet
pagam at para consumir gua.
Programa de fidelidade
Assim que o Cade consentir, clientes
da Webjet podero migrar para o
Smiles, da Gol.
Aeronaves
Avies da Webjet, mais velhos,
sero trocados por equipamentos
mais modernos em at dois anos.
Marca
A Gol acabar com a marca Webjet,
j que as duas empresas tm o
mesmo pblico alvo.
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Controle 1: Projeto de
aerdromos e helipontos
Quando a orientao local no
aceita pela Companhia, o Anexo 14
da ICAO sobre Aerdromos,
Volume I (Operao e projeto de
aerdromos) e o Anexo 14 da ICAO,
Volume II (Heliportos) devem ser usados para as consideraes de
design ao construir (ou reformar de
forma significante) aerdromos e
helipontos permanentes e de longo
prazo de propriedade e operao da
empresa para apoio s operaes de
produo.
Ventos prevalentes e localizao de
infraestrutura/instalaes de
minerao em relao aos
aerdromos e helipontos propostos
para reas de aproximao e
decolagem tambm devem ser
includas nas consideraes de
projeto iniciais.
Controle 2: Inspees de
aerdromos
Juntamente com as revises
necessrias regulamentadas, todos os
campos areos de propriedade ou
operados pela Companhia devem ter
um mnimo de uma reviso de
controle e segurana operacional por
ano, feita por especialistas
qualificados em aerdromos.
Controle 3: Avaliao de locais de
aterrissagem
Os operadores de aeronave devem
ter meios de conduzir avaliaes dos
locais de aterrissagem antes do
incio de operaes. Tais avaliaes
devem ser incorporadas na avaliao
de risco operacional (Controle 1.13).
Controle 4: Comprimento de
campo balanceado
Toda aeronave multimotor deve
atender os requisitos de
balanceamento de campo para que
em caso de falha de motor na
decolagem, a aeronave seja capaz de
parar no restante de pista e escape ou
concluir a decolagem (utilizando a
pista restante e prolongamento) e
subir em um gradiente de altitude
que atenda a rota de decolagem para
desvio de obstculos.
Controle 5: Comprimento de
campo equilibrado Sem grficos de desempenho
Aeronaves multimotores que no
tenham grficos de desempenho
adequados em seus Manuais de Voo
para atender o Controle 2.5 devem
restringir a carga paga para garantir
que, em caso de falha de motor, a
rota de decolagem evite obstculos
com distncia de 35 ps at uma
altitude de 1500 ps acima do
aerdromo, nas seguintes condies:
A falha ocorre quando a aeronave atingiu a melhor velocidade de razo
de subida publicada (VY)
Trem de pouso recolhido, se retrtil Flapes totalmente recolhidos Hlices do motor em pane embandeiradas.
Controle 6: Informao
meteorolgica no destino
Para pistas e helipontos de
propriedade da Companhia e por ela
operados, os seguintes dados devem
ser comunicados aeronave em rota
de chegada por um sistema
automtico de observao
meteorolgica (AWOS) e/ou por um
observador meteorolgico treinado:
Sistema de indicao de ventos Temperatura Presso baromtrica Teto e visibilidade
Todos os equipamentos devem
manter atualizados seus registros de
calibrao.
Ameaa:
Excurso de
pista
Projeto do aerdromo
Inspees do aerdromo
Comprimento do campo
Avaliaes dos locais
Gerao de relatrio
meteorolgico do destino
Ameaa: Excurso de pista
A aeronave ultrapassa a pista durante decolagem ou pouso,
resultando em um acidente aeronutico
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Paquisto pretende adquirir mais 18 caas F-16 Block 52
Paquisto est em fase final
de exercer a opo de
comprar mais 18 caas F-16
Block 52+, o que dobraria a sua
frota da variante avanada do
Fighting Falcon, disse Haris Khan
do rgo de estudos Consrcio
Militar Paquistans.
As entregas dos 18 avies do
programa Peace Drive I, atualmente as aeronaves mais
capazes do Paquisto, foram
concludas em dezembro, atravs de
um contrato de 2006. O contrato,
incluindo a opo de adicionais 18
aeronaves, foi ento avaliado em
US$ 3 bilhes.
A atualizao planejada dos F-
16A/B Block 15 vai lev-los at o
padro Block 40 tambm. Eles esto
sendo modernizados atravs do
programa Falcon STAR (Roteiro de
Ampliao Estruturais), e passando
por um Mid-Life Update (MLU) nas
mos da Turkish Aerospace
Industries na Turquia.
Em 2006, o valor de 60 kits MLU
foi cotado em US$ 1,3 bilho. A
atualizao foi aprovada para 45
caas Block 15s, e agora foi
reduzida para 35 avies, disse Khan.
A razo para isto incerta.
Khan observa que a U.S. Navy tem
se recusado a liberar 14 caas F-16
ex-paquistaneses que faziam parte
de uma encomenda Peace Gate III / IV de 71 avies. Essas aeronaves foram embargadas antes da partida
prevista pela Emenda Pressler na
dcada de 1990 e, finalmente, foram
destinados para uma unidade da
Marinha dos EUA com a tarefa de
treinamento Aggressor.
A notcia de reduo no programa de
atualizao dos F-16s ocorre uma
semana depois do comunicado que
as aeronaves atualizadas seriam
equipadas com os sistemas de pods
de guerra eletrnica ITT AN/ALQ-
211 (v) 9 AIDEWS (Advanced
Integrated Defensive Electronic
Warfare Suite).
O contrato de venda de US$ 49,1
milhes com preo fixo atravs de
uma FMS vai fornecer sistemas de
software e equipamentos de apoio
para 18 pods, quatro invlucros dos
pod, dois conjuntos de antenas, dois
bancos de ensaios em laboratrio, e
todas informaes tcnicas.
Tambm poder ser disponibilizado
um novo equipamento para a
Marinha do Paquisto.
Khan disse que no h notcias at o
momento sobre a aquisio de um
par adicional de aeronaves de
patrulha martimas P-3C Orion para
substituir aquelas destrudas no
ataque terrorista do dia 22 de maio
na Estaco Naval de Mehran, em
Karachi.
No entanto, havia uma possibilidade
muito forte que outra frgata da
classe Oliver Hazard Perry fosse
transferida para o Paquisto, quando
essa fosse retirada do servio da
Marinha dos EUA ainda este ano.
O
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Irkut fornecer 40 caas Su-30 para Fora Area da Rssia
conglomerado russo de
aviao Irkut est em
negociaes com o
Ministrio da Defesa da Rssia para
a entrega de at 40 caas
multimisso Sukhoi Su-30 para a
Fora Area Russa, disse a empresa
nesta segunda-feira.
Vamos assinar um contrato com o Ministrio da Defesa no prximo
ano, disse o Presidente da Irkut, Alexei Fyodorov.
O contrato prev a entrega inicial de
28 avies de combate e o
fornecimento adicional de 12
aeronaves opcionais.
O caa Su-30 Flanker-C um
bimotor, de dois lugares do caa
multimisso, capaz de realizar as
misses de defesa area e ataques a
superfcie em quaisquer condies
de tempo. A Rssia atualmente
opera quatro desses avies de
combate.
Fyodorov disse que a empresa
reduziu seu programa de
modernizao de 40 bilhes de
rublos (US$ 1,4 bilho) para 30
bilhes de rublos.
Reduzimos a quantidade de investimento dividindo vrios
projetos que no esto relacionados
com o desenvolvimento da aeronave
comercial MS-21 [de passageiros], disse ele.
O MS-21 uma famlia de
aeronaves bimotoras a jato com
capacidade para 150-212 passageiros
que est sendo concebida e
produzida pela Irkut e o Yakovlev
Design Bureau, parte de United
Aircraft Corporation da Rssia. O
modelo foi apresentado pela
primeira vez no Farnborough
International Airshow, em 2010.
O
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17
Nmero de acidentes areos cresce 68,8% no pas em 2011
om uma infraestrutura
classificada por especialistas
como "supersaturada", a
aviao civil brasileira registra
elevao dos acidentes em 2011. O
comando do Centro de Investigao
e Preveno de Acidentes
Aeronuticos (Cenipa) da
Aeronutica contabiliza, at o dia 31
de junho, 76 casos, enquanto no
mesmo perodo do ano passado
foram 45. Um crescimento de
68,8%. Os dados no levam em
conta os acidentes deste ms, como
o do bimotor LET-410 da
companhia Noar, que caiu na quarta-
feira, logo aps decolar do
Aeroporto de Guararapes, em Recife
(PE), e de um helicptero em
Jaragu do Sul, na regio norte de
Santa Catarina, na sexta-feira.
" provvel que o aspecto mais
determinante para essa elevao seja
o crescimento absurdo no nmero de
decolagens. As empresas esto
comprando avies de forma
'adoidada'. A tendncia de as
estatsticas aumentem", avaliou o
professor da Faculdade de Cincias
Aeronuticas da PUCRS e
coordenador do Departamento de
Treinamento de Voo da
universidade, Guido Csar Carim
Jnior.
Regras brandas impostas pela
Agncia Nacional de Aviao Civil
(Anac) para exigir qualificao de
pilotos das aeronaves de pequeno
porte tambm podem explicar
crescimento, segundo o especialista.
"Hoje, muita gente sem experincia
recebe autorizao para voar no dia
seguinte. Estes acidentes, em sua
maioria, ocorrem com avies
privados muitos deles para prticas
desportivas."
As estatsticas do Cenipa tambm
revelam crescimento no ritmo de
acidentes areos com mortes. Com a
queda do bimotor no Recife, e do
helicptero em Jaragu do Sul, os
primeiros seis meses de 2011 j tm
17 casos. Em todo o ano passado,
foram 21.
"So nmeros relativos, pois no h
um levantamento oficial e confivel
no nmero total de decolagens, que
aumentou massivamente", ponderou
Carim Jnior. J o ex-ministro da
Aeronutica, brigadeiro Mauro
Gandra, acredita que a falta de
interao entre Anac e o Cenipa o
piv dos problemas. "Fizeram uma
operao 'Tiradentes' com a aviao,
ao criarem a Anac. Ela (aviao) foi
esquartejada. Vamos sair dessa. Mas
vai demorar. Mais cinco anos, quem
sabe", opinou.
"Houve uma desconexo entre a
Anac, o Cenipa e o comando da
Aeronutica em relao a quem o
responsvel pela segurana de voo.
um aspecto preocupante",
concordou o professor da PUCRS.
"Durante mais de 20 anos, tivemos
uma constante queda no nmero de
acidentes, mas agora h o efeito
inverso com o crescimento das
decolagens. Hoje, no Pas, falta
habilidade de rgos superiores para
definir uma poltica de
investimentos que preveja os
acidentes. A estrutura est
supersaturada e as aeronaves esto
voando. H risco de colapso"
A Anac foi procurada pela
reportagem, mas at a noite desta
sexta no havia se manifestado sobre
o crescimento no nmero de
acidentes em 2011. J o Cenipa
informou que, devido mobilizao
para investigar o acidente de
Pernambuco, nenhum profissional
poderia falar sobre o tema.
At o final do ms passado, os
grficos do rgo da Aeronutica
apontavam o andamento de 199
investigaes de acidentes com
aeronaves no pas. Mais de 700 j
foram concludos nos ltimos dois
anos. Casos de perda de controle em
pousos, colises durante os
deslocamentos, e panes no motor
figuram na lista dos problemas mais
frequentes.
Elevao aps ano menos violento
A retomada do crescimento dos
acidentes areos no pas ocorre aps
o ano de 2010 terminar com o menor
nmero de vtimas fatais no setor em
cinco anos, de acordo com dados do
Cenipa. Conforme o levantamento,
foram 39 mortes no ano passado,
enquanto 2011 j tem 57 - sem
contar o caso de Jaguar do Sul
(SC).
Outras 61 ocorreram em 2009, 55
em 2008, 272 em 2007, 210 em
2006, e 36 em 2005. Segundo o
centro da Aeronutica, 2007 foi o
ano com mais acidentes fatais da
dcada, com 33 registros. Os anos de
2006 e 2007 marcaram a aviao na
ltima dcada devido a duas
tragdias da aviao brasileira: a
queda do Boeing 737-800 da Gol,
aps choque com um jato Legacy,
em setembro de 2006, que deixou
154 mortos; e o acidente com um
Airbus A320 da TAM, que saiu da
pista do Aeroporto de Congonhas,
bateu contra o prdio da empresa de
cargas TAM Express e explodiu,
matando 199 pessoas, em julho de
2007.
C
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19
Custo do programa F-35 j excede em US$771 milhes
o mais caro projeto de defesa dos EUA
programa F-35 Joint Strike
Fighter j o programa de aquisio de defesa mais
caro da histria dos EUA ficou ainda mais caro, adicionando 771
milhes dlares ao total. O
Pentgono informou o Comit dos
Servios Armados no Senado na
segunda-feira que os primeiros 28
modelos de produo do F-35, um
dos caas mais avanados
tecnologicamente do mundo,
desenvolvido pela Lockheed Martin,
estava tendo um custo adicional de
trs quartos de 1 bilho de dlares, e
o governo estar pagando por parte
desse montante.
A notcia provocou uma breve
disputa no Twitter entre o senador
John McCain, o republicano snior
do Comit de Servios Armados do
Senado e crtico de longa data dos
aumentos nos custos do F-35, e a
fabricante Lockheed Martin.
O Congresso notificou que os primeiros caas F-35 excedeu os
custos em mais US$ 771 milhes.
Ultrajante! twittou McCain na tera-feira. O Pentgono agora est pedindo mais US$ 264 milhes de
pagamento.
No dia seguinte, um tweet da
Lockheed Martin disse: A equipe F-35 est focada na reduo de
custos dos jatos e est mostrando
uma melhora significativa em reas
chaves, mensagem essa ligada ao recente depoimento no Senado de
Tom Burbage, VP executivo da
Lockheed Martin e gerente geral do
programa F-35.
McCain respondeu apenas horas
mais tarde, dirigindo seu tweet
seguinte a Lockheed Martin: Para a maioria dos observadores, um custo
adicional de US$ 771 milhes por
28 caas F-35s no se qualifica
como melhoria significativa . Contribuintes merecem melhor.
Um membro do pessoal de McCain
disse ABC News que, embora o
Pentgono deu a entender que este
um novo e significativo aumento dos
custos excessivos para o F-35,
segunda-feira foi a primeira vez que
um membro da defesa deu uma
posio da viso geral do problema.
No final de junho, o Pentgono
apresentou um pedido para transferir
264 milhes de dlares de outros
programas para ajudar a pagar por
isso, disse o agente.
A Lockheed Martin disse que o
custo adicional foi devido a
ineficincia relacionado a um redesign de 2004, que era para
remover milhares de quilos de
excesso de peso do avio e disse que
nesta fase da produo a Lockheed
dividia is custos de desenvolvimento
com o governo.
O
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20
Ao longo de sua produo, o F-35
tem sido sacudido com excessivos
custos inesperados e atrasos na
produo a tal ponto que um recente
relatrio do Escritrio de Aquisio
do Governo disse que o custo de
aquisio e manuteno de cada
avio se aproximava do dobro das
projees originais da Lockheed
Martin. O GAO estima que os
contribuintes dos EUA vo investir
um total de US$ 385 bilhes para
desenvolver e manter 2.457 avies
at 2035. O programa est tambm
sob o fogo cerrado para a incluso
inicial de um programa de
desenvolvimento de um segundo
motor que o Pentgono disse que era
desnecessrio.
No a primeira vez que McCain
condena publicamente o que chamou
de excessos de custos fora de controle do programa F-35. Em junho, ele props uma emenda que
definia a Lockheed Martin com o
nus de qualquer excesso de custos
sobre o ltimo grupo de F-35s ainda
em desenvolvimento.
Se no agirmos agora, continuando excedendo os custos no programa F-
35, como temos feito nos ltimos 10
anos, vamos ter que desviar recursos
preciosos e colocar em risco cada
programa de aquisio de outras
grandes reas de Defesa, disse McCain, em seguida.
A Lockheed disse que aprenderam
enquanto o programa crescia e mais
lotes dos avies eram fabricados, de
forma mais eficiente e acessvel.
Nossas mtricas de desempenho na fbrica esto agora mostrando uma
melhora significativa em todas as
reas chaves, e estamos vivenciando
uma excelente curva de
aprendizagem com redues nas
horas de montagem, e temos
essencialmente eliminado todo o
trabalho desperdiado, disse a empresa.
Representantes do Departamento de
Defesa para o programa do F-35 no
responderam aos pedidos de
comentrios sobre este relatrio.
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21
Ministro da Defesa da Austrlia no garante compra de 100
caas F-35
egundo reportagem da ABC
News, o Ministro da Defesa da
Austrlia, Stephen Smith,
levantou dvidas sobre o projeto do
F-35 Joint Strike Fighter project. A reportagem de tera-feira, 26 de
julho, informa que o Ministro se
recusou a garantir que a Austrlia
comprar 100 caas F-35 fabricados
nos EUA, dizendo que o projeto est
chegando prximo aos acrscimos
de custo e atrasos na agenda que a
Defesa j colocou na encomenda.
Em declarao feita nos Estados
Unidos, antes de um encontro com o
Secretrio de Defesa dos EUA, Leon
Panetta, o Ministro Smith deixou
claro que a encomenda australiana,
no momento, de apenas 14
aeronaves. Ele disse ABC News
que estamos no negcio para mais
de 14 dos caas, mas no colocamos
ainda uma encomenda firme ou
compromisso para nada alm de 14.
A Austrlia colocou no projeto uma
capacidade de extrapolao no que se refere a custos e atrasos, mas o
Ministro disse que estamos comeando a encostar nisso. Ainda segundo Smith: Estamos bastante conscientes que tem havido atrasos
na agenda e custos, e isso vai fazer
parte de minhas conversas no
apenas com o Secretrio de Defesa
Panetta mas cou outras autoridades.
O custo de cada F-35 nos EUA subiu
de US$ 69 milhes cada para US$
103 milhes. A Austrlia est
pagando 3,2 bilhes de dlares pelos
primeiros 14, o que representa 228
milhes por aeronave um custo
para comprar unidades de incio de
fabricao, para que os pilotos
possam ser treinados no avanado
caa-bombardeiro. O restante da
encomenda de 16 bilhes de dlares
ser de aeronaves montadas mais
adiante no ciclo de produo,
quando os preos devero ser mais
baixos.
Porm, um relatrio do Australian
Strategic Policy Institute afirma que
os atrasos no F-35 so um problema
maior que o custo (clique aqui para
acessar o relatrio, em pdf, que j foi
objeto de matria no Poder Areo).
O think-tank australiano afirma que a RAAF (Fora Area Real
Australiana) poder ter que esperar
ainda sete anos antes que o primiero
F-35 entre em servio, ou seis anos a
mais do que o cronograma original.
S
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22
CRM ( Gerenciamento de recurso de cabine )
oi numa manh bonita de
dezembro, comandante e co-
piloto estavam no aeroporto
esperando a chegada de seus
passageiros, para seguir viagem
rumo ao destino pr estabelecido. Os
passageiros chegam, carregam-se as
malas, e finalmente. Chegou a hora
de decolar. Realizando o checklist o comandante percebeu um barulho.
J o co-piloto na fria de querer
tomar uma atitude sem a sbia
autorizao do comandante, foi logo
tomando uma providencia. O
comandante no gostou da atitude a
ser tomada por ele, e resolveu
corrigi-lo. Frustado com a correo
por parte do comandante, o co-piloto
o agrediu verbalmente, e nisso, os
passageiros, que eram seus patres,
tomou uma atitude bem sucedida a
ambos. A demisso.
Em uma outra ocasio, comandante
e co-piloto prontos para realizar um
vo local. Montaram no avio,
acionaram, taxiaram e finalmente,
decolaram. O comandante queria
sobrevoar o rio, e o co-piloto fazer
um panormico sobre a cidade.
Entrando em contradio
comandante e co-piloto, ficaram
com a ateno voltada para com a
discusso e o avio foi perdendo
altitude cada vez mais.
Conseqentemente. Surgiu mais um
ACIDENTE AREO.
A boa coordenao de cabine
primordial, tanto para o convvio
social, quanto para a segurana da
atividade area. O CRM,
gerenciamento de recursos de
cabine, vem sendo aplicado cada dia
a mais com o foco na segurana de
vo e produtividade de seus
funcionrios. Uma tripulao que
tem um convvio melhor
proporciona uma tranqilidade a
mais para com seu passageiro, seja o
mesmo um passageiro particular, ou
de linhas areas, na aviao geral.
Falando em voar na aviao geral, a
mesma um modo seguro de
transporte, mas com a ferramenta do
bom julgamento na cabine. Isto pode
se tornar ainda mais seguro.
A partir de um acidente com um
Lockheed Tristar que se chocou
contra o solo prximo a Miami no
ano de 1972 em que a tripulao se
F
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23
concentrou em resolver uma pane de
indicao causada por uma lmpada
de aviso defeituosa e desconsiderou
o alarme de altitude, as companhias
areas e rgos de segurana de vo
comearam a se perguntar como
tripulaes bem treinadas podem
cometer erros por vezes grosseiros.
Em um outro caso ocorrido com um
DC-8 da Unidet em 1973 a
tripulao com larga experincia
acabou por efetuar uma pouso de
emergncia fora do aeroporto e com
os quatro motores apagados devido
pane seca. A origem do problema foi
uma pane no trem de pouso e
enquanto se executavam os
procedimentos previstos no foi
definido um responsvel por
monitorar o combustvel
remanescente sendo este checado
aleatoriamente por cada um dos
membros da tripulao.
O treinamento de gerenciamento de
recursos de cabine de comando
conhecido como C.R.M. (Cockpit
Resourse Management) e faz
referncia ao uso eficiente destes
recursos. Esta instruo deve-se
concentrar no funcionamento da
tripulao como um grupo integrado
e no como uma reunio de pessoas
tecnicamente competentes
trabalhando separadas. A diviso dos
trabalhos na cabine de comando ,
assim como, a delimitao das
funes do comandante e do co-
piloto deve obedecer certas normas.
Os cursos de C.R.M. tm por
finalidade prover treinamento aos
membros da tripulao tcnica de
forma que consigam atuar como uma
equipe, dividindo as tarefas do vo
de forma coordenada e com
superviso mtua, sem sobreposio
das aes. A cada dia que passa tal
treinamento se torna ainda mais til
e indispensvel, principalmente em
situaes de sobrecarga de trabalho
no cockpit, como uma arremetida,
voando em espaos areos
congestionados ou na existncia de
uma pane. Por outro lado, a falta do
mesmo ou a no utilizao de seus
conceitos pode levar a erros
absurdos como aqueles ocorridos no
Varig 277, que executou pouso
forado no meio da mata, prximo a
Alta Floresta, onde o comandante
desconsiderou a opinio do co-
piloto. Entre tantos erros, o
gerenciamento de cabine
simplesmente no existiu.
O conceito C.R.M. pode e deve
trazer muitos ensinamentos no
somente para pilotos, mas a todos
aqueles envolvidos com a segurana
de vo como por exemplo, os
profissionais de proteo ao vo;
controladores e operadores de
estao aeronutica.Afinal estes
profissionais devem trabalhar
tambm na velocidade das aeronaves
que atendem, ou melhor, devem
estar a frente das mesmas e sempre
prontos para lidar com situaes
anormais de maneira coordenada. De
certo modo o servio de proteo ao
vo uma forma de gerenciamento,
s que da evoluo do trfego areo.
O ponto que nos leva ao C.R.M. o
gerenciamento dos recursos
disponveis nos rgos ATS, sua
utilizao e como os controladores e
operadores trabalham com os
mesmos pois no tm que trabalhar
somente com a freqncia rdio mas
com outros equipamentos e fatores
como linhas de comunicao com
outros rgos, a meteorologia,
registro de informaes e a prpria
comunicao entre os mesmos
durante o desenvolvimento do
servio. Os rgos ATS devem
tambm ter bem definidas as tarefas
e aes que devem ser tomadas por
cada um, sem sobreposio mas com
superviso para que as mesmas
sejam rpidas porm acertadas. Em
alguns locais porm, devido ao
baixo volume de trfego, o servio
AFIS feito por apenas um
operador.
Os pilotos no tm como enxergar o
quanto est atarefado o operador do
orgo assim como os controladores e
operadores no tm como saber o
que se passa na(s) cabine(s) de
comando, portanto cabe ambas as
partes evitar interpelaes ou
questionamentos desnecessrios,
evitando atrapalhar o gerenciamento
do servio de cada um. Devemos
sempre pensar na questo
gerenciamento de recursos como uma doutrina a ser seguida e
estudada.
Pensem bem comandantes e co-
pilotos.
Tiago Balduino Ricci
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