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HORTODO CAMPO GRANDE

MAGAZINEANO XIV | NÚMERO 16 | 2010 | P.V.P. €7

JARDiNs DO PAláCiO DE PAlHAvãEntrevista com José sá Fernandes | Certificação do Horto do Campo Grande

Novo espaço Garden Center Quinta da Eira | Teleflora: 40 anos a construir paisagemFlowerbox – Wall Concept Decor | Quinta de são sebastião

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TELEFLORA • EXPORTAÇÃO, IMPORTAÇÃO, NEGÓCIO DE FLORES, S.A.CAMPO GRANDE, 183, 2º, 1700-090 LISBOA TEL.: 351 217 826 700 • FAX: 351 217 958 392 • E-MAIL: [email protected]

CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS VERDES • INTEGRAÇÃO PAISA-GÍSTICA DE VIAS DE COMUNICAÇÃO • HIDROSSEMENTEIRAS • SISTEMAS DE REGA • RECUPERAÇÃO DE JARDINS HISTÓRICOS • ESTUDOS DE ARQUITECTURA PAISAGISTA • TRANSPLANTE DE ÁRVORES DE GRANDE PORTE • CONSTRUÇÃO DE CAMPOS DE GOLFE • INTEGRAÇÃO PAISAGÍSTICA DE PEDREIRAS E ATERROS SANITÁRIOS • RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DUNARES • RECUPERAÇÃO DE ZO-NAS ARDIDAS • REFLORESTAÇÃO • LIMPEZA DE MATAS • AEROSSEMENTEIRAS • DIAGNÓSTICOS SOBRE O ESTADO SANITÁRIO DAS ÁRVORES

a construir paisagem

40anos

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HORTODO CAMPO GRANDE

MAGAZINEANO XIV | NÚMERO 16 | 2010 | P.V.P. €7

4José Sá Fernandes

10Palácio de Palhavã – Memórias senhoriais

22Horto do Campo Grande

– Certificação: Qualidade, Ambiente e Segurança

24 Novo espaço – Garden Center Quinta da Eira

30Espaços com assinatura

36Flowerbox – Wall Concept Decor

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Jardim Terapêutico Sensorial

48Mata da Doca – Aberta a novas vivências

52Teleflora – 40 anos a “construir paisagem”

58 Intervenção em Vias de Comunicação – Segurança em primeiro lugar

62 Recuperação Dunar na Praia da Aberta Nova, em Grândola

66 Reforço de parceria na “Cidade do Rock”

70 BES Investimento – Terraço requalificado

72 Quinta de São Sebastião

– Tradição e modernidade às portas de Lisboa

Direcção Pedro Pulido Valente coorDenação eDitorial Maria João Mendes Pinto reDacção Rita Luís Marketing e ProMoção Aurora Gonçalves Paginação Ana Gil, Inês Ferraz, Patrícia Barata e Vanda Nascimento Direcção De ProDução Luís Assunção iMPreSSão e acaBaMento Security Print – Rua Paiva Cordeiro, nº1, Amadora aDMiniStração, reDacção e PuBliciDaDe Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda., Rua Sampaio e Pina, nº58 - 2.º Dir., 1070-250 Lisboa T.: 21 382 56 10 F.: 21 382 56 19 E-mail: [email protected] • matric. C.R.C. Lisboa n.o 06873, Capital Soc. 20.000€, contr. n.o 504083333. Horto do Campo Grande Magazine é uma publicação periódica registada com o n.º 119 269 propriedade de Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda., Depósito Legal n.o 97 227/96 • Tiragem: 10.000 exemplares outraS PuBlicaçõeS coMPanhia DaS coreS AMBIENTE Câmaras Verdes – Jornal de Ambiente e Energia; MODA Loja das Meias Magazine – Distribuída pela Loja das Meias; CABELEIREIROS B&C – Distribuída pela APBCIB; Tom sobre Tom; Unique – Distribuída pela L’Oréal Professionnel; DECORAçãO Revista O Banho – Distribuída pela Loja do Banho; PERFUMARIA E COSMéTICA Balvera Magazine – Distribuída pelas Perfumarias Balvera; Perfumes & Co. – Distribuída pelas Perfumarias Barreiros Faria, Perfumes e Cª, Quinta Essência Perfumaria, Perfumarias Anita e Mars Perfumarias; Shiseido News – Distribuída pela Rudolph Arié; SOLIDARIEDADE AMI Notícias.

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Vivemos tempos difíceis, é um facto. Mas mesmo perante um cenário de instabilidade económica, que não poupa sectores de actividade, mantivemos a nossa determinação em inovar e, ao olhar para 2010, é com muita satisfação que encontramos vários motivos para celebrar.

Estamos a festejar 30 anos de existência do Horto do Campo Grande e também um novo e importante marco na nossa vida empresarial. Falo da aposta na implementação de um Sistema de Gestão Integrado em Qualidade, Ambiente e Segurança, uma decisão estratégica que veio reforçar a nossa competitivi-dade no mercado através do compromisso que assumimos dia-riamente com os nossos clientes, colaboradores, fornecedores e comunidade envolvente.

Encontrar soluções, tomar iniciativas, saber dar vida a novos projectos. A nossa política comercial sempre foi pautada pela determinação em superar os desafios. Para isso, é necessário saber ler o mercado para assim identificar o melhor caminho a seguir. Este ano, a aquisição e integração do Garden Cen-ter Quinta da Eira no Grupo Horto do Campo foi, sem dúvida, mais uma aposta ganha. Localizado no Linhó, perto de Sintra, este centro de jardinagem é um espaço que reúne todas as condições para oferecer um serviço diferenciador. Conheça-o melhor no artigo que aqui lhe apresentamos.

Reflexo de uma procura contínua pelas soluções mais inova-doras é também o conceito Flowerbox – Wall Concept Decor, que se tem revelado um sucesso. Estas propostas decorati-vas inspiradas nos jardins verticais surpreenderam pela origina-lidade nas decorações que realizámos em mais uma edição da “Cidade do Rock”. Uma parceria que iniciámos em 2006 e que, este ano, se viu fortalecida.

Nesta edição, damos destaque a belíssimas reportagens foto-gráficas. Convidamo-lo a conhecer os jardins do Palácio de Palhavã, uma imponente mansão senhorial que é hoje a resi-

dência oficial do Embaixador de Espanha em Portugal. Imperdível, é também um ‘passeio’ pela Quinta de São Sebastião que, nos seus magníficos jardins, viu nascer um sofisticado condomínio residencial, e pela Mata da Doca, nos Açores, cuja intervenção paisagística fez reviver este agradável espaço verde.

Em entrevista, o Vereador do Ambiente e Espaços Públicos da Câmara Muni-cipal de Lisboa, José Sá Fernandes, fala-nos das várias apostas no âmbito da valorização do espaço público. Uma agradável conversa sobre o que tem vindo a ser feito para tornar a capital numa cidade mais verde e ainda mais vivida.

Porque a política de responsabilidade social continua a ser uma das priorida-des para o Grupo Horto do Campo Grande, é com muita alegria que lhe apre-sentamos o Jardim Sensorial Terapêutico, um novo espaço ao ar livre criado especialmente para as crianças que são acompanhadas no Centro de Desen-volvimento Torrado da Silva, do Hospital Garcia de Orta. A Teleflora solida-rizou-se com este projecto, tendo apoiado a sua concretização através da cedência de mão-de-obra especializada.

Parabéns à Teleflora também pelo seu 40.º aniversário! Desafiámos o admi-nistrador, Arqt.º Alexandre Castelo Branco, a levar-nos numa viagem pela his-tória da empresa. Uma entrevista a não perder.

Boa leitura.

Pedro Pulido [email protected]

caro leitor,

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HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE: Como tem vindo a ser repensado o conceito do espaço público urbano? jOsé sá fERNANDEs: Todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nesta área tem por principal objectivo proporcio-nar à população uma melhor qualidade de vida. E o que define, em grande parte, esta qualidade de vida? Querer sair de casa e poder passear a pé por toda a cidade, com segurança. As cidades existem para as pessoas, de qualquer faixa etária ou estrato social, se encontrarem, para conviverem. E os espaços verdes, tendo em conta os seus diversos interesses e valên-cias – social, recreativa e cultural – funcionam como elemen-tos dinamizadores disso mesmo. São importantes pontos de encontro que aproximam a população e que queremos se tor-nem cada vez mais agradáveis e procurados. Tem havido um investimento enorme na melhoria da quali-dade do espaço público, visível também, em grande parte, na crescente aposta na criação dos Corredores Verdes pedonais que permitem unir a estrutura ecológica da cidade. Em Lis-boa, o caminho não é só arranjar o jardim. É das ligações que depende uma eficaz vivência do espaço público e uma visão conjunta da cidade.

H.C.G.M.: Que exemplo nos pode dar que traduza na prática a importância destas ‘ligações verdes’?j.s.f.: Estamos neste momento a realizar uma grande obra na Duque D’Ávila que consiste em pedonizar metade da avenida, dotá-la de esplanadas e tirar o máximo partido da alameda de árvores existente, que é muito bonita. É o inverso do que aconte-ceu nas últimas décadas em que se retirava passeios para cons-truir estacionamento. Só com esta obra de pedonização vamos criar uma rede contínua de ligações: ligar Monsanto ao Palácio da Justiça, o Palácio da Justiça aos jardins da Gulbenkian, os jar-dins da Gulbenkian aos jardins do Arco do Cego, o jardim do Arco do Cego à Alameda D. Afonso Henriques, a Alameda D. Afonso Henriques à Bela Vista.

H.C.G.M.: Lisboa está então no bom caminho enquanto cidade ambientalmente mais atractiva e sustentável? j.s.f.: Todos os projectos seguem essa orientação. Qualquer jardim ou parque na cidade tem um papel preponderante para a melhoria da qualidade do ar uma vez que as árvores permitem diminuir a temperatura do ar e compensar as emis-sões de dióxido de carbono. Por exemplo, no Jardim Constantino, na Estefâ-nia, chega a registar-se menos cinco graus do que na Almirante Reis, que é ali ao lado. A arborização das cidades é, sem dúvida, uma aposta decisiva em ter-mos de sustentabilidade.

H.C.G.M.: Das diversas intervenções no espaço público, quais as que desta-caria? j.s.f.: São variadíssimas as obras que já foram concluídas e que agora demons-tram o imenso potencial das intervenções realizadas – o Jardim da Paiva Cou-ceiro, o Jardim do Tourel, o Jardim Constantino, o Miradouro São Pedro de Alcântara, o Jardim do Príncipe Real, entre muitos outros. São espaços que se tornaram mais atractivos, não só pela sua nova imagem, mas também pelas condições que oferecem em termos de equipamentos de apoio e mobiliário urbano que serve as diferentes faixas etárias. É muito importante que, inde-pendentemente da localização ou dimensão dos jardins, as pessoas encon-trem soluções que sirvam diferentes necessidades e sejam sinónimo de maior conforto: casas de banho, quiosques, esplanadas, parques infantis, ensombra-mento. Tudo isto vai atrair ainda mais a população e permitir uma maior dinami-zação dos espaços. A segurança é outra preocupação que também tem vindo a ser cada vez mais valorizada. Neste momento, já temos vigilância na maior parte dos parques e jardins de Lisboa.

josé sá fernandesLisboa está mais verde, mais atractiva e merece ser mais vivida. É este o resultado das inúmeras apostas no âmbito da valorização do espaço público. Desafios que transformam Lisboa numa cidade de encontros, dinâmica, unida no seu conjunto. Em entrevista, José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, fala-nos sobre o potencial dos espaços verdes urbanos da capital e a importância das suas ligações.

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H.C.G.M.: O que se pretende com a realização da rede de ciclovias?j.s.f.: Todos os dias vejo pessoas a andar de bicicleta e por isso acredito que será uma iniciativa à qual Lisboa irá aderir muito bem, principalmente à rede de bicicletas de uso partilhado. É um projecto que ainda tem muito trabalho pela frente e que terá de ser muito bem divulgado, mas que apresenta boas pers-pectivas de sucesso.

H.C.G.M.: Numa outra vertente, que destaque merece o projecto das hortas sociais? j.s.f.: Vamos fazer uma grande aposta nos parques hortícolas enquanto parte integrante dos Corredores Verdes, que passará pela sua valorização em diver-sas valências – ambiental, social e cultural. Nesta perspectiva, não serão espa-ços de acesso exclusivo a quem os cultiva porque a ideia passa exactamente por envolver também a população. Estes parques hortícolas têm uma importân-cia imensa na medida em que os seus responsáveis encontram naquela acti-vidade não só um hobby, mas também uma forma de sustento que potencia o empreendedorismo. Por outro lado, a manutenção é assegurada pelos próprios e assim temos a garantia de que as hortas são conservadas e se mantém uma actividade económica.Por exemplo, vai iniciar-se agora a obra num vale muito bonito em Chelas que tem cerca de 10 ha. Este parque hortícola não ficará isolado porque já estamos a pensar na sua ligação ao Campo de Golfe e à Bela Vista Sul.

H.C.G.M.: O Parque Urbano Oeste, na Alta de Lisboa, inaugurado recente-mente e um dos maiores da cidade, é um exemplo de um projecto criado de raiz. Que características inovadoras o distinguem ao nível da fruição pelo público e da aposta na sustentabilidade?j.s.f.: Um dos maiores desafios na concretização deste grande parque urbano público foi sem dúvida a criação da bacia de retenção, o que permite o aproveita-mento das águas pluviais, posteriormente utilizadas na alimentação dos lagos, na rega do relvado e na manutenção sustentável do parque. No que respeita à res-pectiva fruição, o espaço funciona, maioritariamente, como um ponto de encon-tro para a população da zona norte de Lisboa que abrange o Lumiar, a Amei-xoreira, a Charneca, Carnide e Benfica. A conclusão das ligações e a aposta em mais equipamentos de apoio (cafetaria, quiosque, esplanada), mobiliá- rio urbano de estadia e parque infantil, potenciarão ainda mais a sua vivência.

H.C.G.M.: A manutenção é um dos desafios, se não o maior desafio que se apresenta aos espaços verdes públicos?j.s.f.: Sem dúvida. É crucial haver um maior investimento no que diz respeito à manutenção e, quando se projecta, esta deve ser uma preocupação primor-dial. Neste momento, a câmara não dispõe de um número suficiente de jar-dineiros pelo que os serviços de manutenção são maioritariamente assumidos em regime de out-sourcing. No meu ponto de vista, é importante que a autar-quia reforce a contratação de jardineiros para criar uma espécie de ‘brigada’ de intervenção.

H.C.G.M.: Mas mesmo em out-sourcing, há que fazer a escolha certa…j.s.f.: Precisamente. É um facto que o know-how das empresas especializadas na área é uma mais-valia, no entanto, existem sempre empresas competentes e outras nem tanto. É necessário saber delegar bem a responsabilidade deste tipo de trabalhos para que as manutenções estejam efectivamente garantidas.

H.C.G.M.: Mas concorda que parte desta manutenção também pode e deve ser assegurada pela boa utilização dos cidadãos que usufruem dos espaços?j.s.f.: Acredito que as pessoas estão mais sensibilizadas para o facto de que os jardins são um bem comum e todos desem-penham um papel importante na sua preservação. Mas a sensi-bilização nunca é demais. Especificamente para Lisboa, temos vindo a realizar várias campanhas de sensibilização, concretiza-das em vários meios de comunicação como rádio, televisão, dis-tribuição de panfletos. Temáticas ligadas aos resíduos, à limpeza, ao comportamento das pessoas nos locais que frequentam. É determinante.Daí que a aposta em equipamentos de apoio nos parques e jar-dins seja uma boa opção também neste âmbito. Ninguém gosta de ver sujo e degradado o local onde tem o seu negócio. Os con-cessionários chamam a atenção de quem polui ou estraga e isso já se revela uma óptima contribuição.

“Em Lisboa, o caminho não é só arranjar o jardim. É das ligações que depende uma eficaz vivência do espaço público e uma visão conjunta da cidade.”

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Parque Urbano Oeste“Um dos maiores desafios na concretização deste grande parque público na Alta de Lisboa foi sem dúvida a criação da bacia de retenção, o que permite o aproveitamento das águas pluviais, posteriormente utilizadas na alimentação dos lagos, na rega do relvado e na manutenção susten-tável do parque.”

área total do parque: cerca de 20 hectaresárea da bacia de retenção: 2 hectaresLagos: 6facilidades: eixo pedonal, pista de atletismo Prof. Moniz PereiraEquipamentos de apoio construídos e para hasta pública: cafetaria, casas de banho, esplanada.

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Para que tudo isto funcione de forma harmoniosa ao longo da vida das Organizações, estas devem desenvolver esforços no sentido de forta-lecer os seus pilares de sustentabilidade: crescimento/eficiência e con-solidação/competitividade. O crescimento assenta num aumento do volume de vendas dos pro-dutos ou serviços fornecidos pela Organização aos seus Clientes e

Por diversos motivos, e de uma forma global, as Organizações evoluíram para políticas que se baseiam não apenas na sustentabilidade económica do seu negócio, mas também na realização de produtos ou serviços que lhes permitam reconhecimento no mercado em que operam.Esta missão só poderá ser concretizável se as Organizações providenciarem meios adequados e qualificados, sejam humanos, físicos ou estruturais.

Certificação de Sistemas de GestãoMecanismo de Diferenciaçãopara as Organizações

Consumidores Finais (em número de unidades e/ou valor de cada unidade). Este aumento resulta da eficiência dos processos desenvol-vidos, adaptados ou melhorados continuamente pela Organização e da capacidade de inovar e de criar novos produtos com valor acrescen-tado para os seus Clientes.

Raquel Silva,

Gestora de Produto, SGS ICS

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A formalização do Sistema de Gestão Integrado numa Organização, seja ela pública ou privada, é um investimento que traz, por um lado, desafios à Organização e colaboradores de forma transversal e, por outro lado, mais-valias pela organização interna que proporciona e o reconhecimento interno e externo (Organização com Marca de Certi-ficação).Ainda falando de mais-valias, a mais relevante é levar a Organização a sistematizar a sua actividade, a definir o que faz e como faz para que saia bem feito à primeira. É esse “saber fazer”, de forma organizada e continuada, que vai ter um impacto positivo na melhoria contínua nos produtos e serviços que fornece aos seus Clientes e Consumidores Finais, bem como no impacto ambiental da sua actividade na comuni-dade onde está inserida.

A todo este conjunto de mais-valias pode acrescentar-se a Certifica-ção. Esta é o reconhecimento independente e imparcial atribuído por um Organismo credível, com acreditação pelo Instituto Português de Acreditação. A Marca de Certificação transmite confiança às diversas partes interessadas: à própria Organização, aos Clientes e Consumido-res Finais e à Comunidade em que a Organização se insere.Na Certificação, sendo um exercício de credibilização externa, revela--se da maior importância a escolha do Organismo Certificador, pois a sua Competência, Independência, Credibilidade e Reconhecimento Internacional são essenciais para a plena realização das mais-valias da Certificação do Sistema de Gestão Integrado.

A competitividade, por seu lado, depende de alguns factores já des-critos, como seja a capacidade de inovar e corresponder às expectati-vas do mercado, mas não só. A capacidade de gerar riqueza de uma forma eficiente é fundamental para a manutenção e crescimento de qualquer Organização.Alguns exemplos disso são a capacidade de gerar mais produto com os mesmos recursos, diminuir desperdícios, “fazer bem à primeira”, evi-tando retrabalhos, horas extra, etc.

Todos estes factores fazem com que a Gestão de Topo das Organi-zações implemente Sistemas de Gestão que lhes permitam identifi-car os seus processos, organizar e planear actividades, realizar o pro-duto ou serviço da forma mais adequada e actuar sobre os problemas, implementando acções que assegurem a não repetição das falhas e a melhoria contínua dos processos que conduzirão à satisfação dos seus Clientes.O Sistema de Gestão de uma Organização tem necessariamente várias vertentes, representando os equilíbrios que a sua Equipa de Gestão de Topo tem de assegurar, satisfazendo, consistentemente, os requisitos, por definição diferentes e até mesmo opostos, dos vários stakeholders nela interessados:• económico-financeira–paraosseusInvestidores;• qualidade–paraosseusClienteseConsumidoresFinais;• segurançaesaúdeocupacionalourecursoshumanos–paraosseusColaboradores;

• responsabilidadesocial,ambiental,investigação,desenvolvimentoeinovação–paraaComunidadeenvolventeondeseinsere.

A equilibrada satisfação de todos estes stakeholders–atingidaatravésdoSistemadeGestão–éaúnicaformadeumaOrganizaçãoprospe-rar e realizar sustentadamente a sua Missão.Nesta vertente, e sendo o Sistema de Gestão uma ferramenta funda-mental para a Organização, a Gestão de Topo não dispensa, actual-mente, de um conjunto de procedimentos e de informação, elementos de Medição da Eficácia e Eficiência das suas actividades, acompanha-mento de objectivos e metas mensuráveis, cálculo de rácios, monitori-zação de indicadores, acompanhamento de projecções, entre outras.Para o sucesso de uma Organização, o envolvimento da Gestão de Topo e Sistematização e Monitorização (baseada na recolha, trata-mento e análise de dados produzidos), são fundamentais.

As Normas referidas foram concebidas para uma implementação inte-grada, pelo que a sua adopção como um conjunto faz pleno sentido, quer do ponto de vista de sinergias no investimento, quer do ponto de retorno no seu investimento, pois permite dar resposta consolidada a vários desafios, nomeadamente a satisfação dos seus Clientes e Con-sumidores Finais, bem como os requisitos legais relacionados com a qualidade, segurança ocupacional e das instalações, segurança ali-mentar (quando aplicável) e impacto ambiental.

Com o objectivo de suportar esta sistematização de forma coe-rente, registou-se, desde o final do século XX, um grande impulso no estabelecimento de Normas, cobrindo princípios ou requisitos associados a diferentes áreas e Sistemas de Ges-tão, nomeadamente:• GestãodaQualidade(ISO9001);• GestãoAmbiental(ISO14001);• GestãodaSegurançaeSaúdeOcupacional (OHSAS18001);• GestãodaSegurançaAlimentar(ISO22000);• GestãodaQualidadeparaaIndústriaAutomóvel (ISO/TS16949);• GestãodaResponsabilidadeSocial(SA8000,NP4469);• GestãodaInvestigação,DesenvolvimentoeInovação (NP4457);• GestãodosRecursosHumanos(NP4427).

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Breve enquadramento históricoA construção do Palácio de Palhavã, na quinta com o mesmo nome localizada na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, data de 1660, por ordem de 2.º Conde de Sarze-das, D. Luís Lobo da Silveira. O palácio viria assim a erguer-se numa zona rural próxima do centro histórico, na altura conhe-cida por sítio da Palhavã, e seria a residência da família Sar-zedas durante largos anos. O filho primogénito, D. Rodrigo da Silveira, foi o grande impulsionador para o acabamento do palá-cio, em particular o altivo portal nobre no qual era possível iden-tificar o brasão de armas dos Sarzedas.

Palácio de PalhavãMemórias senhoriaisO Palácio de Palhavã encerra em si toda a grandeza arquitectónica e aura artística de uma imponente mansão senhorial do século XVII. As suas paredes perpetuam histórias e, em cada recanto, sente-se o segredar das muitas influências que, ao longo do tempo, se traduziram no enriquecimento do seu legado artístico. O palácio é actualmente a residência oficial do Embaixador de Espanha em Portugal.

Até 1918, ano em que o palácio é adquirido pelo Governo Espanhol para residência oficial do Embaixador Espanhol, o Palácio da Palhavã foi palco de ocupações sucessivas, maioritariamente por famílias nobres, de onde se des-taca, posteriormente aos Sarzedas (1668-1747), os “Meninos da Palhavã” (1747-1760 / 1778-1801) e os Condes de Azambuja (a partir de 1860). Subjacente a cada passagem pelo palácio está um misto de influências e foram muitas as mudanças no seu recheio, nomeadamente obras de res-tauro, que se fizeram sentir. Mas nada alterou a sua grandiosidade e simbo-lismo e, hoje, este palácio e respectivos jardins continuam a ser sinónimo de prestígio e encanto.

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Principais períodos de ocupação do palácioTendo a 4.ª Condessa de Sarzedas falecido em 1747 sem descendência directa, a Quinta de Palhavã e respectivos bens da Casa de Sarzedas são herdados por D. Francisco Xavier de Menezes, 6.º Conde da Ericeira e 2.º Marquês do Louriçal, casado com a filha do 2.º Conde de Sardezas. Neste mesmo ano, a Quinta de Palhavã é arrendada para se tornar a residência dos três filhos ilegítimos de D. João V – D. António, D. Gaspar e D. José –, que ficaram conhecidos pelos “Meninos da Palhavã”. Este período de ocupação contempla dois momentos. O primeiro, até 1760, altura em que os meni-nos são desterrados para o Buçaco por ordem do Marquês de Pombal, e um segundo que marca o seu regresso, entre 1778 e 1801. Em 1833, durante as lutas liberais, a Casa sofre um violentíssimo atentado que a deixa bastante danificada. A situação precária da propriedade mantém--se até 1860, ano em que o 3.º Conde de Azambuja adquire a quinta e res-pectivo palácio por ocasião do seu casamento, e inicia um extenso plano de obras de melhoramento e de restauro da responsabilidade de Possidónio da Silva, arquitecto da Casa Real. A remodelação de Palhavã deve ser conside-rada como uma intervenção de grande escala que beneficiou todas as divi-sões e aposentos, através da substituição dos interiores e do bom gosto e riqueza dos materiais utilizados, dando lugar a uma linguagem artística que se mantém até hoje, sem alterações relevantes. Foi também neste período de recuperação da Palhavã que o brasão de armas, ainda hoje visível, foi colocado no topo do portal nobre que dá acesso ao pátio principal da residência. No verso do brasão é possível ver-se a letra A, da família Azambuja.

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Palhavã foi reconhecido, na época dos Azambuja, como um dos palcos mais requintados da sociedade lisboeta e onde foram oferecidos alguns dos bailes e festas mais elogiados. Neste majestoso palácio, onde nasceram os onze filhos dos condes, viria a falecer, em 1914, o Conde de Azambuja, acontecimento que marcava o fim de uma época.Em 1918, Francisco de Almeida Grandella, influente homem de negócios, compra a quinta e o palácio aos herdeiros do Conde de Azambuja. Entre-tanto, surge o interesse do Governo Espanhol em adquirir uma residência digna para ocupação diplomática e a escolha recai no Palácio de Palhavã. Francisco de Almeida Grandella acede em vender a propriedade, embora já com a excisão da maior parte da cerca, onde viria a ser construído o Bairro Azul nos anos trinta do século XX.O ano de 1936 assinalou a maior obra de remodelação do palácio depois da aquisição do mesmo pelo Estado Espanhol, tendo sido o arquitecto Pedro Muguruza Otaño o responsável pelo projecto. Mais tarde, com os actos de vandalismo de 1975, o palácio volta, inevitavel-mente, a ser alvo de novos restauros. Aquando da primeira visita de Estado a Portugal do Rei D. Juan Carlos I e da Rainha D. Sofia, em 1978, já o Palácio de Palhavã havia recuperado o esplendor e opulência que sempre o caracteri-zaram. Actualmente, todas as suas salas partilham a mesma beleza, conforto e riqueza artística e são um convite a reviver a história de outros tempos.

“O Palácio de Palhavã continua a servir os desígnios de representação, ganhando no novo milénio consciência da sua identidade arquitectónica e de uma memória histórica que remonta ao século XVII”, historiador de arte José de Monterroso Teixeira, in “O Palácio de Palhavã – Arquitectura e Representação”.

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Jardins históricos – a paisagem como testemunhoA intervenção dos arquitectos contratados para as diferen-tes obras de conservação da propriedade e o interesse que os vários ocupantes do palácio demonstravam pela arte da botâ-nica estiveram bem presentes no enriquecimento que os majes-tosos espaços verdes do palácio testemunharam ao longo do tempo. A par da diversidade da vegetação, os grupos escultóri-cos, cuja localização não parece ter sido alterada com o decor-rer dos séculos, são, sem dúvida, dos elementos que mais contribuíram para o enriquecimento artístico e valor recrea- tivo destes espaços verdes típicos das grandes residências senhoriais. As fontes, com estátuas maioritariamente alusivas a figuras mitológicas, eram na sua grande parte encomenda-das a escultores estrangeiros que se inspiravam nas influências artísticas da respectiva época. Ainda hoje estas fontes carrega-das de simbolismo são verdadeiras obras de arte que conferem aos jardins do palácio uma aura de grandiosidade.

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A intervenção do Horto do Campo Grande O serviço de manutenção dos jardins da Embaixada de Espanha é, desde, 2009, da responsabilidade do Horto do Campo Grande. Entre os vários tra-balhos desenvolvidos, a primeira e principal intervenção consistiu em normali-zar a mancha arbórea nos três níveis do jardim, devolvendo-lhe um novo equi-líbrio visual. “Encontrámos um jardim com necessidades muito específicas. As árvores centenárias que emolduram o espaço – como Palmeiras, Jacarandás, Magnólias e um magnífico Castanheiro-da-Índia –, careciam de uma interven-ção urgente. A normalização do arvoredo trouxe outra vida ao jardim e permi-tiu também uma maior incidência da luz natural”, refere o Eng.º Joaquim Sil-veira responsável pelo Departamento de Manutenções de Espaços Verdes do Horto do Campo Grande.Terminada esta fase inicial, seguiram-se os trabalhos que tiveram por objec-tivo melhorar as condições do relvado, dos canteiros e dos arbustos. Não foram introduzidas novas espécies, uma vez que o jardim já apresentava várias espécies de plantas e flores como as estrelícias, roseiras e hortenses. A diferença é que agora, com uma manutenção diária, todas as espécies flo-rescem de uma forma mais consistente e as flores são também utilizadas para criar bonitos arranjos florais decorativos.

A grande novidade foi, sem dúvida, a introdução da horta, a pedido da Senhora Embaixatriz. Foram criados vários talhões, cada um com a sua espécie de cultura biológica – cebolas, alfaces, cenouras, couves. “Como cortesia, o Horto do Campo Grande ofereceu à família quatro árvores de fruto, uma para cada criança, e foram as próprias que as plantaram com a ajuda dos pais”, comenta o Eng.º Joaquim Silveira.Outra das responsabilidades do Horto do Campo Grande é gerir e regular o sistema de rega já instalado: por aspersão, no relvado, e gota-a-gota, nos canteiros. Para garantir um serviço de manutenção global e eficaz, o trabalho é diário e assegurado por dois profissionais: um colaborador do Horto do Campo Grande e um funcionário da Embaixada.

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A grande novidade foi, sem dúvida, a introdução da horta, a pedido da Senhora Embaixatriz. Foram criados vários talhões, cada um com a sua espécie de cultura biológica – cebolas, alfaces, cenouras, couves.

Fonte de informação:• Álbum “O Palácio de Palhavã – Arquitectura e Representação”, com textos de José de Monterroso Teixeira e fotografia de Laura Castro Caldas e Paulo Cintra; editado pela Embaixada de Espanha, em 2008.Passados mais de três séculos sobre a construção do Palácio de Palhavã, muito há para dizer sobre a sua identidade histórica e expressão arquitec-tónica e artística. A leitura deste álbum e a contemplação das imagens fotográficas que o ilustram são um convite irrecusável para conhecer de forma profunda e verosímil a sua evolução histórica e artística.

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HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE: Como é residir no Palácio de Palhavã, uma casa senhorial com tamanho signi-ficado histórico e cultural?KyRA NAvARRO: É a primeira vez que temos a honra de viver num palácio, um local repleto de simbolismo, o que se revela, sem dúvida, um enorme privilégio para toda a família. O palá-cio é lindíssimo, beneficia de uma localização muito central e permite-nos usufruir de inúmeras vivências. Se nos espaços interiores podemos contemplar diariamente a riqueza das obras artísticas – tapeçarias, quadros, pinturas e outras peças deco-rativas –, no exterior, os magníficos jardins são um apelo cons-tante a momentos muito agradáveis com a natureza como pano de fundo.

H.C.G.M.: De todas as obras de arte presentes no palácio, existe alguma que tenha um significado especial? K.N.: Sim, duas lindas peças de porcelana que encontrei numa arca antiga. Tenho por elas um carinho especial por saber que se trata de duas peças que resistiram aos actos de vandalismo e ao incêndio que, em 1975, destruiu grande parte do recheio do palácio.

Para os Embaixadores de Espanha, Alberto e Kyra Navarro, ter o Palácio de Palhavã como residência oficial é um imenso privilégio. Os jardins, amplos e coloridos, são o espaço eleito para desfrutar em família.

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AlBERTO NAvARRO: Outra peça que admiramos particularmente é a pin-tura do retrato de corpo inteiro do Rei D. Juan Carlos. É uma obra do pin-tor espanhol Ricardo Macarron e data de 1978. Tanto este quadro como as referidas peças de porcelana fazem parte do acervo decorativo da sala encar-nada, uma das magníficas salas (cada uma com o nome alusivo a uma cor) que compõem a zona nobre do palácio.

H.C.G.M.: Quais as salas do palácio mais vivenciadas em família ou na com-panhia de amigos? K.N.: Embora as salas recebam maioritariamente as cerimónias oficiais e outros eventos sociais, também permitem um usufruto mais pessoal. Gos-tamos bastante de, por exemplo, tomar um café na sala encarnada, por ser especialmente acolhedora. Já a vivência da sala verde ganha outro protago-nismo pelas suas portas abertas para os jardins que, em qualquer estação do ano, são um deleite para os sentidos.

H.C.G.M.: Os jardins serão, certamente, um dos principais convites à frui-ção do espaço…K.N.: É realmente o local mais convidativo para estar em família, receber os amigos ou até mesmo organizar uma recepção oficial. As crianças adoram brincar e correr livremente pelo espaço, que se torna especialmente agradá-vel por estar tão bem cuidado. A.N.: A par de todos os trabalhos de melhoria entretanto desenvolvidos, o ser-viço de manutenção do Horto do Campo Grande tem sido realmente exem-plar e uma grande mais-valia no sentido de conservar e valorizar a auten-ticidade de um jardim com tamanho simbolismo histórico. À data da nossa chegada o jardim apresentava uma imagem um pouco triste e desordenada, nomeadamente no terceiro nível, mas muito rapidamente foi possível sentir as mudanças e o espaço tornou-se sinónimo de cor e vivacidade.

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A opção de considerar a abordagem das três valências da gestão global da empresa – Qualidade, Ambiente e Segurança – numa perspectiva conjunta, apresenta como principal vantagem o facto de oferecer sinergias que uma imple-mentação separada dos três sistemas não pode proporcionar. O desenvolvimento e manutenção integrados revelam-se assim fundamentais para obter benefícios ao nível da organização e motivação internas, satisfação dos clientes e respeito pelo ambiente, entre outros, indo ao encontro daquele que é o grande objectivo – a melhoria contínua e global do desempenho do Horto do Campo Grande, de forma a diferenciar-se num mercado cada vez mais competitivo.Pela sua longa experiência e currículo reconhecido em serviços de Certifica-ção nos mais variados ramos de actividade económica e de acordo com diver-

A aposta na implementação de um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade, Ambiente e Segurança foi mais uma decisão estratégica do Horto do Campo Grande no sentido de responder de forma ainda mais eficaz aos diferentes desafios inerentes à sua actividade. Com a adopção deste Sistema, certificado pela SGS ICS, assiste-se a um reforço do compromisso assumido diariamente e de forma transversal perante as diferentes partes interessadas no desempenho do Horto do Campo Grande: clientes, colaboradores, fornecedores e comunidade envolvente.

Horto do Campo GrandeCom Certificação em Qualidade,Ambiente e Segurança

sas normas, a SGS ICS foi a entidade seleccionada pelo Horto do Campo Grande para a realização da Certificação do seu Sis-tema de Gestão Integrado. Os referenciais seleccionados foram as seguintes:

Norma ISO 9001 – Sistemas de Gestão da QualidadePermite à Organização “captar” adequadamente as necessida-des e expectativas do Cliente. Conceber e fornecer atempada-mente o produto ou o serviço, de forma a satisfazer as neces-sidades e expectativas do Mercado, para que, desta forma, aumente consistentemente a satisfação, a confiança e a fideli-

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zação dos seus Clientes e Consumidores Finais. Por outro lado, a nível interno, promove a clarificação, sistematização e formalização das responsabilidades e autoridades da alo-cação de recursos, das metodologias a adoptar e dos con-trolos a efectuar, e conduz à diminuição dos desperdícios e de outros custos acrescidos que possam estar associados a más práticas, promovendo o crescimento e a competitivi-dade da Organização.A adopção da ISO 9001 como referencial para o Sistema de Gestão é também uma base sólida para o crescimento de uma Organização. Num primeiro momento, permite à Orga-nização consolidar o seu Know-How e, em momentos de expansão, permite-lhe crescer em harmonia, mantendo os seus níveis de qualidade e desempenho aos olhos dos Clien-tes e ou Investidores.

Norma ISO 14001 – Sistemas de Gestão AmbientalConduz a Organização à identificação adequada dos impac-tos ambientais associados à sua actividade e ao estabe-lecimento de práticas “amigas do planeta”. Deste modo, aumenta a confiança de potenciais Parceiros (ou mercados) com consciência ambiental mais evoluída e a satisfação dos Clientes que cada vez mais valorizam o respeito pela Socie-dade de uma forma global.Em coerência com a filosofia dos Sistemas de Gestão, tam-bém a ISO 14001 assegura a sistematização e formalização das responsabilidades e autoridades, da alocação de recur-sos, das metodologias a adoptar e dos controlos a efectuar, conduzindo a Organização a atingir os três “R”: Reduzir, Reu-tilizar e Reciclar, e a aumentar a sua competitividade.

Norma OHSAS 18001 – Gestão da Segurança e Saúde OcupacionalExige a identificação adequada dos riscos, no âmbito da segurança e saúde ocupacional, associados à actividade da Organização. Estabelece e promove práticas, infra-estrutu-ras e equipamentos que asseguram um ambiente seguro para os seus Colaboradores (a mais importante riqueza de uma Organização), aumentando a sua confiança, satisfação e envolvimento. Tudo isto se irá traduzir em crescimento para qualquer Organização, pela diminuição dos acidentes, bai-xas, substituições apressadas por pessoas mal preparadas, custos acrescidos para recuperar atrasos, etc..

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A recente aquisição do Garden Center Quinta da Eira representa mais uma forte aposta na estratégia de crescimento do Grupo Horto do Campo Grande. Este espaço, localizado no Linhó, perto de Sintra, partilha a mesma filosofia de trabalho dos outros centros de jardinagem do Grupo, em que a proximidade com o cliente, o aconselhamentopersonalizado e a diversidade da oferta se conjugam para oferecer um serviço diferenciador.

Novo espaçoGarden Center Quinta da Eira

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Organização do espaçoQuem entra neste garden center é agradavelmente surpreendido pela dimensão e organização do espaço. Isto porque nada foi dei-xado ao acaso para que o cliente possa circular livremente pelas diferentes secções e aceder mais facilmente aos artigos que pro-cura. Dada a diversidade da oferta, houve a preocupação de criar locais específicos para a apresentação de cada tipologia de pro-dutos e a exposição, com uma grande variedade cromática, con-tribui igualmente para tornar o ambiente muito apelativo.

Localização estratégicaA localização do Centro, numa área residencial com forte incidên-cia para as habitações unifamiliares com jardim, revelou-se uma enorme vantagem para os clientes que, deste modo, estão mais próximos de todos os serviços disponibilizados pelo Grupo Horto do Campo Grande.

“Estamos a delinear a construção de uma estufa de animais que certamente irá surpreender os clientes.”

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Atendimento personalizadoToda a equipa profissional tem formação específica, estando pre-parada para prestar um atendimento de qualidade e para oferecer o melhor aconselhamento. A par dos artigos de venda ao público, o Garden Center Quinta da Eira disponibiliza ainda um leque de serviços que abrange, desde intervenções pontuais ao nível da manutenção dos jardins, à concepção e execução de projectos de arquitectura paisagista, e respectiva manutenção. Cada solici-tação do cliente é devidamente analisada e reencaminhada para os departamentos responsáveis.

Inovação contínuaPara corresponder às expectativas de um cliente cada vez mais exigente, a aposta no factor surpresa é uma preocupação cons-tante. “É esta postura que nos leva a procurar constantemente os produtos mais inovadores. Estamos atentos às tendências de mercado e as viagens a feiras e eventos na área da jardinagem são uma importantíssima fonte de actualização para que possa-mos apresentar sempre algo de novo. Neste momento, esta-mos a delinear a construção de uma estufa de animais que cer-tamente irá surpreender os clientes”, conclui Pureza Norton Reis, arquitecta paisagista.

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Oferta diversificadaAromáticas; Plantas de interior; Trepadeiras; Árvores; Árvores de fruto; Palmeiras; Vasos; Acessórios e deco-ração; Terra vegetal; Projectos de arquitectura paisa-gista; Construção e manutenção de jardins; Sistemas de rega e de iluminação; Construção e instalação de decks.

Localização e contactosGarden Center da Quinta da EiraE.N. 9, Linhó – 2710-331 SINTRATel.: +351 219 240 252 | Fax: +351 219 246 164GPS: 38º 46’ 24’’ N 9º 22’ 53’’ WHorário de Inverno: das 9h às 19hHorário de Verão: das 9h às 20hAberto 364 dias por ano.

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Moradia particular, SoltróiaRequalificação de jardim, cuja renovação reuniu uma série de novas soluções e materiais, naturais e construídos, de forma a torná-lo mais contemporâneo, confortável e aprazível. Mantiveram-se algumas pré-existências pela sua importância na estrutura do jardim, estado de conservação ou porte, nomeadamente a sebe limítrofe, pinheiros mansos, oliveira e alguns arbustos notáveis.A renovação de toda a zona envolvente à piscina visou a criação de um ambiente mais actual, com duas zonas distintas, mas visualmente comunicantes, destacando-se o papel fundamental da introdução do novo pavimento em lajes regulares de ardósia e um deck em compósito com 200 m². A iluminação exterior utilizada destaca os pontos de maior interesse do espaço, tornando-o simultaneamente mais vivenciado. Foram introduzidas soluções para potenciar a privacidade do jardim, tais como os ripados de madeira.

Área: 800 m²•Data de execução: Julho de 2010•Projectista: Arqt.º Rui Reis – HCG•Construção: Horto do Campo Grande•

As soluções de enquadramento paisagístico apresentadas demonstram como é possível criar uma perfeita harmonia entre o design arquitectónico das moradias e o espaço envolvente, proporcionando uma total vivência dos mesmos.

Espaços com assinatura

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Moradia particular, AlgarveImplantada sobre a Ria Formosa, esta moradia par-ticular, apresenta uma localização única. A singulari-dade do local e o elevado grau de exigência do pro-prietário tiveram como resultado um jardim de formas simples e lineares, abertos às grandes vistas que a paisagem envolvente oferece. Dominado por gran-des relvados, não deixa no entanto de ter exuberan-tes pontos de cor nas zonas de circulação mais pró-ximas da casa. Os desníveis do terreno contribuíram para a construção de um jardim em patamares que lhe confere uma maior dinâmica. A escolha das plantas foi criteriosa em termos de cores texturas e tipo de desenvolvimento que irão apresentar no futuro, de modo a cumprirem o que se pretende.O maior desafio foi sem dúvida a colocação de várias oliveiras centenárias com mais de 5 toneladas, numa zona inacessível a máquinas, junto à piscina. Para a sua execução foi necessária a intervenção de uma grua especial, que teve de se deslocar propositada-mente de Lisboa para a execução deste trabalho. As imagens anexas falam por si.

Área: 2.500 m²•Data de execução: Julho 2010•Projectista: Teleflora – Arqt.ª Ana Clemente•Construção: Teleflora•

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Moradia particular, AlgarveImplantado junto a um campo de golfe com lagos e vastos pinhais, este jardim só poderia ter sido pen-sado no sentido de dar continuidade aos espaços envolventes. De modo a criar privacidade relativa-mente à estrada e aos outros lotes, acentuou-se o efeito barreira dos arbustos altos, com uma modela-ção do terreno, criando como que uma duna revestida com diferentes tipos de plantas. Em contraste com esta primeira solução, as laterais da casa e do jardim, que confinam com os relvados do golfe, “abrem-se” para a vista, com amplas janelas na casa e plantas ras-teiras ou de pequeno porte no jardim.

Área: 800 m²•Data de execução: Junho 2010•Projectista: • Teleflora – Arqt.ª Ana ClementeConstrução: Teleflora•

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Como reflexo de uma procura constante por soluções inovadoras e criativas, o Grupo Horto do Campo Grande traz para Portugal o original conceito Flowerbox – Wall Concept Decor, que apresenta novas formas, personalizadas e divertidas, de decorar as paredes de qualquer ambiente. E porque não surpreender alguém com um presente tão exclusivo e original?

Flowerbox – Wall Concept DecorDesafiar a criatividade!

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A decoração de um ambiente deve ser, sobretudo, um motivo de prazer e ao nosso redor não faltam ideias inspiradoras para reno-var, criar e… surpreender! Estilos, esses são vários – contemporâ-neo, clássico, étnico, minimalista – que podem e devem ser mis-turados até para trazer um novo estímulo à imaginação. O facto é que quando se trata de viver um espaço, é importante que o mesmo reflicta a personalidade de quem dele irá desfrutar. Por isso, as palavras de ordem são combinar, ensaiar e experimentar – tecidos, cores, texturas, padrões – até descobrir aqueles pequenos apon-tamentos que vão fazer a diferença. Tudo isto tendo em conta, é claro, a utilização que será dada a cada espaço. Depois, é hora de relaxar e de gozar os ambientes, partilhá-los com a família e ami-gos. Tornar cada momento único. De tempos em tempos, uma nova ideia é sempre bem-vinda para trazer algo de novo, para rein-ventar. Por mais subtil que pareça a mudança – novas almofadas para o sofá, uma jarra com flores frescas, colocar uma planta exó-tica num canto mais despido, ou simplesmente trocar alguns objec-tos de lugar – é o suficiente para presentear os ambientes com um novo fôlego de criatividade.

clássico

Prática e juvenil, em cartão impermeável. Pelas suas diversas cores e formatos, esta gama permite criar várias combinações.

Flowerbox combina com qualquer estilo, ambiente ou personalidade. Flowerbox combina consigo! Para quem procura a originalidade e a irreverência, e gosta de estar sempre um passo à frente das novas tendências, o conceito Flowerbox – Wall Con-cept Decor, recentemente chegado a Portugal com a assinatura do Horto do Campo Grande, é motivo mais do que suficiente para aguçar a curiosidade. Inspirado no conceito artístico dos jardins verticais, Flowerbox rompe com qualquer conceito tradicional, apresentando uma nova abordagem, sofisticada e divertida, à decoração de ambientes com plantas ornamentais. Ao design, moderno, inovador e funcional, junta-se uma diversidade de materiais, cores e formatos. Com tamanha versatilidade, não existem limites quando se trata de personalizar e tornar única a sua “box”.

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Inês Oliveira, arquitecta paisagista, é a responsável pelo projecto em Portugal e não poupa elogios a esta nova tendência que já provou vir para ficar: “Flo-werbox reinventa o conceito de decoração com plantas, criando ambientes originais, com um toque moderno e artístico. Um mundo de infinitas possibili-dades onde todas as espécies de plantas e flores convivem em plena harmo-nia com uma variedade de elementos. Versáteis e de grande funcionalidade, cada solução Flowerbox é personalizada ao seu gosto… afinal, a imaginação não tem limites!”.

cerâmica

Clássica e elegante, é a melhor opção para

quem deseja um estilo natural e dinâmico.

Ideal para interior e exterior, a gama cerâmica

está disponível em diferentes cores e em três

formatos (individual, rectangular e quadrado).

Brincar com as cores e os formatos, e descobrir os recantos que podem ser mais valorizados é um ‘jogo’ que diverte!

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A escolha certa…Jogos que divertemMas com tanta diversidade de oferta, como saber qual a melhor solução? A escolha dos materiais e dos formatos pode e deve variar em função do local a que se destinam, interior ou exterior, e também do sentido estético. Desta forma, é possível tirar o máximo partido deste moderno conceito de deco-ração e valorizar o resultado final. “Qualquer parede ficará a ganhar em cor, estilo e alegria. Prática e juvenil, as propostas da gama clássico podem trans-formar-se num presente original que pode ser colocado na parede da cabe-ceira da cama ou até utilizado como moldura ‘viva’ sobre uma mesa. Também pode remodelar a varanda ou o terraço, tornando o local mais convidativo. Crie, por exemplo, um pequeno espaço de leitura e utilize a flowerbox cerâ-mica, indicada para espaços exteriores, como um elemento vivo decorativo”, sugere Inês Oliveira.

Única e discreta, esta gama é ideal

para os amantes da decoração minimalista.

Com acabamento em alumínio, encontra-se

disponível em quatro cores (prata, branco,

castanho e preto).

metálica

Moderna, funcional e versátil, a Flowerbox Tubo é a indicada para quem gosta de contrastes. Esta gama em aço oferece três formatos distintos (40 cm, 70 cm e 110 cm) e quatro cores.

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Brincar com as cores e os formatos, e descobrir os recantos que podem ser mais valorizados é um ‘jogo’ que diverte! Assim, para quem aprecia os con-trastes, conjugar três tubos flowerbox, com cores e tamanhos distintos, é uma sugestão para decorar com originalidade a parede do escritório. Já a gama Totem, destaca-se em qualquer decoração pela sua presença imponente e, num hall de entrada, criará um perfeito equilíbrio estético.“Pode conferir também um apontamento especial a um recanto da sala, à parede da sala de jantar ou até mesmo ao quarto de banho. Para os supor-tes, escolha cores que contrastem com a tonalidade da parede onde irá colo-car a sua flowerbox”, conclui Inês Oliveira.

Inovador e vanguardista, este suporte

de 2 m em alumínio é uma alternativa de grande

protagonismo. Disponível em quatro cores.

totem

Flowerbox GalleryAv. da República, 37A, 1050 -187 LisboaTel.: 217 932 565E-mail: [email protected]: Inês Oliveira, Arquitecta Paisagista

Para que este novo conceito esteja ainda mais acessível a todos os clientes, foram também criados corners específicos Flowerbox no Centro de Jardinagem do Horto do Campo Grande e no Garden Center Quinta da Eira.

Corners Horto do Campo Grande• CentrodeJardinagemdoHortodoCampoGrande Campo Grande, 171, 1700-090 Lisboa Tel.: 217 826 660

• GardenCenterQuintadaEira E.N. 9, Rotunda do Linhó, 2710-331 Sintra Tel.: 219 240 252

Descubra estas e outras ideias na Flowerbox Gallery. As novi-dades chegam diariamente e difícil será certamente a escolha! Venha visitar-nos!

Flowerbox GalleryConheça a nossa casa! A Av. da República, em Lisboa, tem agora um novo espaço que reflecte as cores e o design estético que tão bem caracte-riza o conceito Flowerbox. Com uma exposição variada e ape-lativa, o cliente é convidado a conhecer de perto as novidades e a usufruir de um atendimento personalizado sobre a escolha de plantas, suportes ou materiais. As surpresas continuam na mezzanine, onde a inspiração é o mote para a recriação de um ambiente em que a flowerbox é protagonista.

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O Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, do Hospital Garcia de Orta, dispõe agora de um novo espaço ao ar livre, preparado para trazer mais alegria e bem-estar ao dia-a-dia das crianças, das famílias e da equipa médica que as acompanha. Falamos do Jardim Terapêutico Sensorial, um sonho concretizado graças à dedicação, empenho e apoio de quem acreditou e abraçou o projecto desde o primeiro momento.

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“O objectivo deste jardim foi dotar o Centro de um espaço lúdico-terapêutico de qualidade, fazendo uma aproximação à natureza.”

Marta Vassalo Monteiro

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Este Jardim Terapêutico Sensorial é uma das iniciativas desenvol-vidas no âmbito do projecto “Um Jardim no Hospital”, cujo objec-tivo é o de promover o bem-estar e proporcionar um ambiente mais agradável às crianças que frequentam o Centro de Desen-volvimento, seus familiares e profissionais de saúde. A equipa multidisciplinar responsável por este projecto é coordenada pela Eng.ª Marta Vassalo Monteiro, que nos conta que “o conceito de “Um jardim no hospital” é alicerçado na mesma filosofia do projecto participativo de intervenção paisagística, “Um jardim em cada escola” desenvolvido nas escolas, com a missão de melho-rar os espaços exteriores de recreio, transformando-os em áreas de descoberta e de aventura mais seguras e mais propícias às actividades lúdicas e pedagógicas. Assim, tivemos a ideia de criar este jardim, que apresentámos à directora do Centro, Dr.ª Maria José Fonseca, que, de imediato, se mostrou extremamente receptiva. O desenvolvimento deste projecto tem sido extrema-mente recompensador”.

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Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva

Motivação diáriaIntegrado no Hospital Garcia de Orta, em Almada, o Centro de Desen-volvimento da Criança Torrado da Silva, inaugurado em 2007, é um cen-tro multiprofissional de atendimento especializado a crianças e jovens em idade pediátrica que sofrem de patologias neurológicas e do desen-volvimento. “Aqui, as famílias encontram uma equipa médica prepa-rada para responder às necessidades de cada criança de uma forma integrada, promovendo a sua integração na comunidade. É nossa mis-são que, a par do rigor profissional, o atendimento seja realizado num ambiente lúdico e agradável para que cada criança não veja a ‘bata branca’, mas sim a pessoa que a veste. Este jardim, que representa a concretização de um sonho antigo, vem trazer um enorme enriqueci-mento ao trabalho do Centro. Não existe melhor recompensa do que saber que espaço ao ar livre vai proporcionar novas experiências às nos-sas crianças e respectivas famílias”, partilha Dr.ª Maria José Fonseca, directora do Centro de Desenvolvimento.

Tiago Torres Campos, arquitecto paisagista, acrescenta que “este jardim nasceu da vontade conjunta das terapeutas do Centro de Desenvolvimento e de nós próprios, enquanto equipa técnica. O grande objectivo foi a criação de um espaço ‘mágico’ onde crian-ças e pais pudessem descobrir juntos, um conjunto de “salas” ao ar livre, onde o tratamento fosse possível, enquanto complemento do trabalho realizado nos espaços interiores”. O maior desafio consistiu em criar um espaço que oferecesse condições adaptadas às necessidades específicas das crianças, pelo que a partilha de ideias e sugestões ao longo da concep-ção do projecto foi determinante para que o resultado final fosse ao encontro do pretendido. Como afirma Tiago Campos, “o que hoje corresponde à obra construída, resultou de um processo de maturação de um desenho idealizado por nós enquanto equipa técnica, para o qual o corpo de terapeutas, pessoas com vasta experiência no campo da terapia, contribuiu com conselhos e pro-postas de melhoria. Foi um processo de descoberta mútua e os resultados não foram apenas atingidos, mas, por vezes, até supe-rados. E sabemos agora que tudo foi conseguido graças à sim-biose de sonhos, desejos e vontades”.

Além de funcionar como um ambiente lúdico e elemento de humanização da área envolvente, este jardim vem complementar as intervenções terapêuticas especializadas mediante a criação de espaços próprios que estimulam experiências sensoriais atra-vés do tacto, da audição, da visão e do olfacto. A possibilidade de explorar todos estes estímulos permite às crianças com pato-logia neurológica e do desenvolvimento que frequentam o Centro, uma maior e melhor interacção com o meio ambiente, proporcio-nando-lhes um contacto mais próximo com a natureza.Neste momento, as diferentes áreas previstas para o jardim já estão delimitadas, no entanto, falta ainda enriquecer o espaço com a instalação de equipamentos de apoio adaptados às res-pectivas funcionalidades.

Projecto participativoO envolvimento de todos os intervenientes foi, e continua a ser, fundamental nas diversas as fases da implementação do projecto. Este jardim foi um dos vencedores dos prémios Missão Sorriso em 2009, uma iniciativa promovida pelo Continente, no âmbito da sua política de responsabilidade social. Entre muitas outras pro-postas para hospitais, esta candidatura mereceu o carinho e vota-ção dos portugueses que, sensibilizados para as mais-valias da sua concretização, o elegeram como um dos premiados.

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Mas a par do financiamento no âmbito da Missão Sorriso, a colaboração da Tele-flora, empresa do Grupo Horto do Campo Grande, foi uma ajuda imprescindível para a realização deste importante projecto. “Sem o valioso apoio da Teleflora, que cedeu a mão-de-obra especializada e todo o equipamento técnico neces-sário, não teríamos conseguido erguer a estrutura base deste jardim. Outro dos maiores desafios deste jardim foi encontrar parceiros que estivessem dispostos a colaborar no fornecimento de materiais e serviços a preço de custo e a Tele-flora foi incansável neste objectivo”, afirma a Eng.ª Marta Monteiro. A Teleflora deixa um agradecimento especial aos seus fornecedores que tão prontamente responderam a este apelo: Planta Livre, Alfredo Moreira da Silva e Bambupar-que, no fornecimento de plantas, à Batalha dos Anjos, no fornecimento das ter-ras e à Litoprel e Flexipiso, no fornecimento dos lancis e pavimentos.Tiago Campos acrescenta que “a Teleflora continua ainda a apoiar o projecto ao nível da manutenção. É nesta primeira fase, em que as plantas lutam para a criação das suas condições ideais, que o jardim necessita de mais cuidados. As espécies, tanto arbóreas, como as arbustivas e as herbáceas, foram escolhi-das também tendo em conta as especificidades do local. Espécies resistentes ao índice de utilização que se pretende intenso e com necessidades edafocli-máticas e de água moderadas. Isto não torna obviamente o jardim num sis-tema auto-sustentável, mas pode torná-lo progressivamente mais autónomo, ao ponto de que, num espaço temporal de 10/15 anos, apenas necessite de uma manutenção mínima.”

Crianças mais felizes“Esta iniciativa de solidariedade surgiu com o objectivo de apoiar a área da saúde nacional através da oferta de diversos equipamentos médicos/científicos e lúdicos a hospitais pediátricos e unidades de pediatria, contri-buindo para a melhoria dos cuidados prestados. Desde 2003, Missão Sorriso tem-se traduzido numa iniciativa de sucesso. Entre livros, CD’s e DVD’s da conhecida perso-nagem Leopoldina, este projecto já vendeu mais de 2.5 milhões de produtos e angariou mais de 4 milhões de euros, possibilitando um apoio expressivo a 31 Unidades pediátricas de Norte a Sul do país.O reconhecimento público e a participação dos portu-gueses são o elemento-chave do êxito da Missão Sor-riso. Todos os anos são cada vez mais as pessoas que apoiam a angariação de fundos, o que nos permite con-tribuir activamente na ajuda às unidades de pediatria dos hospitais portugueses.A mecânica da Missão Sorriso sofreu algumas altera-ções em 2009, na medida em que os hospitais candida-tos a receber os prémios foram votados pela população. Trata-se de mais uma forma de envolver os portugueses neste projecto. Uma aposta diferente mas sempre com um único objectivo em mente: levar sorrisos e criar uma vida mais alegre às crianças internadas.”

Equipa Continente

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Este jardim vem complementar as intervenções terapêuticas especializadas mediante a criação de espaços próprios que estimulam experiências sensoriais através do tacto, da audição, da visão e do olfacto.

O equipamento da imagem à esquerda permite, por exemplo, que crianças em cadeira de rodas possam também realizar as suas plantações.

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A intervenção paisagística realizada na zona verde da Mata da Doca, em Ponta Delgada, fez renascer a beleza do local. Devolvido à população, o espaço requalificado é palco de experiências variadas e um apelo constante ao bem-estar, ao convívio e à diversão.

Mata da DocaAberta a novas vivências

Projecto de arquitectura paisagística Linhas orientadoras Da autoria do gabinete de arquitectura paisagista – Topiaris, o projecto de reabi-litação da zona verde da Mata da Doca, em Ponta Delgada, nos Açores, consis-tiu em criar um espaço verde urbano de elevada qualidade ambiental e visual que contribuísse para a valorização da paisagem urbana em que se insere e propor-cionasse a um público diversificado o usufruto de múltiplas actividades recrea-tivas. A proximidade a zonas residenciais, aliada às características paisagísticas que o espaço apresenta, vem potenciar em larga escala a utilização deste local desde sempre muito acarinhado pela população.

Execução da obraA execução da obra, da tutela da Direcção Regional do Ambiente dos Açores, foi adjudicada ao consórcio Couto e Couto & Salvaria Lda/Horto do Campo Grande, tendo a Teleflora, enquanto empresa do Grupo Horto do Campo Grande, sido designada para a execução da obra. No decorrer dos trabalhos, os profissionais da Teleflora valorizaram bastante a atenção com que foram recebidos pela Direc-ção Regional dos Recursos Florestais, nomeadamente pelos Viveiros Florestais do Nordeste que gentilmente cederam algumas espécies autóctones, que de outra forma não teriam sido possíveis de adquirir.A participação nesta obra representa uma vez mais a capacidade de resposta da Teleflora aos diferentes desafios que lhe são propostos, e reforça, simultanea-mente, a sua estratégia de expansão para os arquipélagos da Madeira e Açores.

Ordenamento do espaçoTrata-se de um terreno anteriormente caracterizado por uma mata de araucárias e que já havia exercido funções de recreio, sendo que, à data da intervenção, se encontrava parcialmente ocu-pado pela expansão do aeroporto, por equipamento de abasteci-mento de combustível e por áreas industriais. O plano de ordena-mento pretendeu integrar as diversas áreas de recreio propostas na estrutura verde, tendo por base as condições ecológicas que cada uma das três zonas do parque: Norte, Central, e Sul – apresentava. A preservação dos exemplares arbóreos existen-tes, Araucaria sp. e Myrica faya, foi, desde o início, um dos prin-cipais critérios a considerar.O conceito do projecto fundamentou-se na existência de duas importantes orlas arbóreo-arbustivas, a nascente e a poente, cujo desenvolvimento ondulante determinou uma compartimentação do espaço em clareiras de relvado e zonas de recreio, enqua-drando vistas e cenários diferenciados.

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Zonas de intervenção Relvado e entrada a NorteEsta entrada apresenta uma rampa com 6% de declive, permitindo o acesso por pessoas com dificuldades de locomoção. É a partir desta rampa que se desenvolve um relvado, o qual funciona como uma área de recreio informal, limitado por araucárias – testemunho do valor paisagístico do local – e por exemplares de outras espécies que entretanto foram introduzidos.

Bosque das MerendasO Bosque das Merendas, enquadrado pelos maciços de vegetação Myrica faya, é constituído por um conjunto de pequenas áreas pavimentadas com calçada de basalto e equipadas com mesas de merendas, bancos, papeleiras e bebedou-ros. O relevo irregular permitiu criar uma separação entre estas pequenas áreas, libertando a vista para os relvados envolventes e para o mar. O coberto vegetal proposto acentua a delimitação associada ao relevo e oferece diversidade e exo-tismo, nomeadamente através da utilização de fetos arbóreos e de agaves.

“A valorização paisagística deste espaço teve como objectivo prepará-lo para que funcionasse como uma zona verde vocacionada para actividades de recreio, voltando a atrair a população.”

Luís Paulo Faria Ribeiro, Arqt.º Paisagista do Atelier Topiaris.

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Relvado e entrada a SulAtravés desta entrada, acede-se directamente ao extenso e amplo relvado que ocupa a zona exposta a Sul e oferece vistas mais rasgadas. O seu relevo mode-radamente suave apresenta as condições ideais para actividades de recreio diverso passivo (contemplação, estadia e passeio) e activo (actividades associa-das a equipamentos ou recreio informal). Os caminhos que limitam o relvado a poente e a nascente são acompanhados por vegetação arbórea localizada estra-tegicamente para garantir o enquadramento das vistas existentes, o que contri-bui para o aumento da qualidade visual desta zona verde.

Zona de equipamento de recreio a PoenteO equipamento implementado contribui para tornar o parque mais dinâmico e atractivo para as faixas etárias mais jovens. A sua distribuição, em sequência linear, teve por objectivo atenuar visualmente a sua presença, conferindo a cada estrutura, além dos seus objectivos de recreio, uma valorização paisagística.

Orlas arbóreas e arbustivasA Nascente, propôs-se que a vegetação integrasse espécies ornamentais de folhagem e floração mais acentuadas e diversificadas. Já a Poente, incluiu-se espécies mais resistentes à utilização do equipamento de recreio. A presença de espécies autóctones contribuiu para uma melhor integração na paisagem, evi-tando, por um lado, a propagação de espécies infestantes e, por outro, minimi-zando os custos de manutenção.

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Manutenção sustentávelRede de regaO estudo do projecto de rega teve como base de trabalho a modelação do ter-reno e os planos de plantação propostos. A escolha dos pontos de rega fun-damentou-se na pressão existente na rede geral, o alcance dos mesmos, o declive das áreas a regar e os ventos dominantes. Tudo no sentido de atingir a melhor uniformidade na rega e o menor desperdício. Soluções que vão ao encontro da crescente aposta numa manutenção mais sustentável.

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HORTO DO CAMPO GRANDE MAGAZINE: Fazendo um breve enquadramento, em que contexto é que a Teleflora pas-sou a integrar o Grupo Horto do Campo Grande?ALEXANDRE CASTELO BRANCO: Até 1986, a actividade do Horto do Campo Grande estava estritamente vocacionada para o sector privado, até que, a certa altura, o meu irmão, Pedro Cas-telo Branco, sentiu a necessidade de aumentar e diversificar o âmbito de actuação, nomeadamente para o sector público. Foi assim que surgiu a aposta na aquisição da Teleflora, enquanto empresa na área dos espaços verdes, e que detinha Alvará que lhe permitia o acesso a concursos públicos.De facto, quando adquirimos a Teleflora, esta era uma das úni-cas três empresas com potencial para dar resposta às exigên-cias do mercado, que na época eram francamente diminutas. Hoje, a realidade do mercado é outra e existem mais de tre-zentas empresas a operar no mesmo ramo. A concorrência é grande, mas continuamos a diferenciar-nos pela qualidade dos nossos serviços, o que reforça a confiança depositada no nosso trabalho.

H.C.G.M.: Sendo a arquitectura a sua área de formação, como se proporcionou assumir a direcção desta empresa? A.C.B.: Após alguns anos a exercer arquitectura, foi o convite do meu irmão para administrar a Teleflora que marcou uma nova etapa na minha vida profissional. Muito embora a arquitectura seja uma área que me continua a apaixonar, a verdade é que hoje a encaro mais como um hobby e não estou nada arrepen-dido da opção que tomei.

H.C.G.M.: Percorrer a história da Teleflora é reviver a paixão de “construir paisagem”. Que análise pode ser feita da sua activi-dade? A.C.B.: É uma história de muito trabalho e objectivos atingidos. Estou há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que parece que foi ontem que tudo começou, o que me leva a con-cluir que ao “construir paisagem” não damos pelo tempo passar. E isto é bom porque demonstra que continuamos apaixonados por esta profissão. Tem sido um percurso coeso e positivo, com momentos marcantes. Sempre a pensar no que será melhor para o futuro da empresa.

A Teleflora está estruturada de forma a dar uma resposta eficaz às mais varia-das solicitações. A concepção, construção e manutenção de espaços verdes é a nossa principal área de actuação. Paralelamente, também actuamos ao nível das hidrossementeiras, da manutenção em vias de comunicação, dos transplan-tes de árvores de grande porte e da recuperação de sistemas dunares.

H.C.G.M.: Pode referir alguns exemplos de projectos desenvolvidos ao longo dos anos nestas diferentes áreas? A.C.B.: No que respeita à concepção de projectos de espaços verdes, inter-vimos em concursos públicos ou em projectos particulares. Dispomos de uma equipa de arquitectos paisagistas, embora mantenhamos a nossa política de não concorrência com os diversos gabinetes de arquitectura paisagista existentes no mercado, com os quais colaboramos frequentemente.Quanto à vertente de construção de jardins, um dos sectores mais relevantes da nossa actividade, temos desenvolvido obras importantes como é o caso do Centro Cultural de Belém, o Parque Tejo e Trancão no Parque das Nações, o Parque dos Poetas, em Oeiras, o Parque da Falagueira, na Amadora, o Jar-dim do Cerco, em Mafra, entre outros, bem como variadíssimas intervenções no âmbito do Programa Polis, nas cidades de Castelo Branco, Coimbra, Sil-ves e Setúbal.No sector privado, além das obras em hotéis como o Marinotel ou o Hotel Quinta do Lago, destaco também os trabalhos de arranjo paisagístico em grandes cen-tros comerciais, como sejam o Colombo, o LoureShoping, o MadeiraShopping, o AlgarveShoping e inúmeros outros em Espanha e Itália.Já no que se refere às manutenções, trabalhámos com diversas autarquias como sejam, Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Amadora, Almada, Palmela, Cas-telo Branco, Coimbra, Setúbal e Faro, assim como por algumas obras emble-máticas como a Autoeuropa, o TagusParque ou o Parque Tejo e Trancão.Mantemos igualmente uma forte intervenção na área de integração paisagística em vias de comunicação, com maior incidência em auto-estradas e itinerários principais. Neste âmbito, além de executarmos a obra, mantemos muitos qui-lómetros de vias para as concessionárias. Uma especial referência ainda para os trabalhos realizados em vários campos de golfe como o Oitavos Campo de Golfe, na Quinta da Marinha, o Golfe da Aroeira e o Vilamoura Golf 3.

A Teleflora celebra, em 2010, o seu 40.º aniversário. Para assinalar esta data especial, convidámos o Arqt.º Alexandre Castelo Branco, administrador da empresa, a revisitar um percurso de sucesso pautado pela inovação e pela determinação em superar qualquer desafio.

Teleflora40 anos a “construir paisagem”

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H.C.G.M.: Ao longo da história da Teleflora, a inovação tem sido uma cons-tante. Como é que ilustra esta forte aposta? A.C.B.: Há mais de 30 anos, fomos pioneiros na introdução da técnica de hidrossementeira em Portugal, uma solução inovadora para o revestimento dos taludes em auto-estradas e que permite controlar eficazmente a erosão dos solos. Entretanto, e porque as preocupações com o meio ambiente são também um importante compromisso, a Teleflora evoluiu na procura de novas soluções que permitissem minimizar o impacto ambiental. Assim, passámos a utilizar o método de sementeira hidroecológica, o primeiro método totalmente ecológico que utiliza um biofertilizante ao invés dos fertilizantes químicos. Ainda, perante a necessidade de aplicar sementes de espécies autóctones no método de hidrossementeira em vias de comunicação, e uma vez que a oferta no mercado nacional é escassa ou inexistente, a Teleflora desenvolveu, há 25 anos, um processo de recolha e tratamento de sementes (arbóreas e arbusti-vas) tendo por objectivo a aplicação nas nossas obras futuras. Desta forma, a recolha de sementes, devidamente autorizada pelas entidades competentes, foi desenvolvida paralelamente com todos os meios necessários para a limpeza, tratamento e conservação das mesmas. Desenvolveu-se toda uma estrutura de tararas, mesas densimétricas, escarificadoras de sementes, estufas de seca-gem, entre outros, para tratamento das sementes antes de seguirem para os modernos frigoríficos com a temperatura e humidade controlada sendo, os mes-mos, essenciais para a sua conservação. Posteriormente, foi criado um labo-ratório para estudos de germinação (equipado com câmara de germinação) e todos os meios para quebrar a dormência da semente, previamente à sua apli-cação. A mesma metodologia veio a ser aplicada para as sementes utilizadas nos projectos de recuperação dos sistemas dunares, área em que o trabalho da Teleflora é amplamente reconhecido.

H.C.G.M.: Na área de recuperação dos sistemas dunares, que trabalhos destaca?A.C.B.: A costa marítima portuguesa constitui um importante património natural que tem de ser preservado. Até à data, a Tele-flora já teve o privilégio de participar em diversas intervenções, com especial destaque para a recuperação do cordão dunar da Ria Formosa. Foi um trabalho interessantíssimo, em que se inter-veio pontualmente ao longo dos 60 km existentes de ilhas bar-reira e que, exactamente por se tratar de ilhas, obrigou ao trans-porte marítimo de muitas toneladas de material, razão pela qual a Teleflora adquiriu um veículo anfíbio. Fizeram-se quilómetros de paliçadas, passadiços e plantações de autóctones. Quem conhece a zona, apercebe-se da importância que estes traba-lhos assumiram em termos ambientais, ordenando o acesso à praia e, deste modo, protegendo a vegetação.

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“Estou há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que parece que foi ontem que tudo começou, o que me leva a concluir que ao “construir paisagem” não damos pelo tempo passar.”

H.C.G.M.: O transplante de árvores é outra das áreas em que a Teleflora detém muita experiência. Gostaria de partilhar connosco alguns desses desafios?A.C.B.: A experiência da Teleflora em transplantes de árvores ini-ciou-se com o transplante de palmeiras de grande porte. Poste-riormente, na década de 90, fizemos um acordo com um parceiro detentor da exclusividade do sistema Optimal para a Península Ibérica, o que permitiu à Teleflora, em consórcio com os Vivei-ros Falcão, realizar todos os transplantes, das diversas espécies existentes na área, onde de futuro viria a surgir a Expo’98. Foi neste âmbito que se realizou aquela que foi considerada uma das maiores operações de transplante em Portugal e que con-sistiu no transplante de uma Phoenix reclinata, existente no local que agora acolhe o Estádio do Sporting, tufo este com mais de 50 pés e com uma altura entre 6 e 12 metros. Este transplante surgiu na sequência de negociações e contrapartidas entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Teleflora, o que nos permitiu ofe-recer esta palmeira à Expo’98, para a sua colocação na sua área de intervenção. Procederam-se a inúmeros trabalhos de prepa-ração e, durante a operação, foram vários os desafios técnicos com que nos deparámos, principalmente por se tratar de uma árvore de grande porte que possuía, não um, mas vários troncos. De referir que, dada a especificidade destes trabalhos, a sua boa concretização só foi possível graças a todos os meios humanos e técnicos envolvidos, alguns pioneiros neste tipo de trabalho.Paralelamente a estes trabalhos, concretizou-se também o trans-plante de cerca de um milhar de pinheiros de grande porte, trans-plantes inéditos em Portugal à data, também tendo como des-tino final, a Expo’98. Desde então, têm sido muitos os trabalhos realizados no transplante de árvores de grande porte como, por exemplo, as centenas de oliveiras e azinheiras transplantadas do Alqueva, através de um protocolo realizado com a EDIA. Actual-mente, as inúmeras solicitações que recebemos comprovam que somos uma empresa de referência nesta área específica.

H.C.G.M.: Em que áreas é que se pode e deve inovar ainda mais?A.C.B.: Inovar é um desafio diário, mas a técnica de Aerossementeira, em que investimos bastante na aquisição de equipamentos, é sem dúvida uma área que gostaríamos de aprofundar. Trata-se da execução de sementeiras por via aérea, o que permite, a baixo custo, combater a erosão em grandes áreas. Foi desenvolvida não só para se proceder aos trabalhos em zonas inacessí-veis, mas também para combater a erosão causada pelos incêndios florestais. No nosso parecer, os solos, independentemente de a quem pertençam, são um bem Nacional e como tal a sua preservação deveria estar contemplada no erário público. Embora até à data este processo não tenha tido a aceitação que pretendíamos, continuamos a trabalhar com a convicção de que esse dia chegará, à semelhança do que acontece em países como os Estados Unidos, o Canadá e o Brasil, entre outros.

H.C.G.M.: O ano de 1994 marcou a constituição da empresa subsidiária S.Y.P. Siembras y Plantaciones, em Espanha. Que balanço pode ser feito da sua actividade? A.C.B.: Em 1994, a utilização do método da hidrossementeira em Portugal, técnica em que éramos líderes do mercado, atingia o seu auge. No entanto, o mercado português começava a tornar-se demasiado pequeno. Perante isto, porque não explorar o país vizinho, com uma maior dimensão e em franco crescimento? Sabíamos que nesta área tão específica, a Espanha detinha um know-how inferior ao nosso, e foi assim que criámos a nossa primeira sucursal fora de Portugal. Demos muito, mas também aprendemos muito em Espanha, e embora tenhamos começado pela hidrossementeira e pelas plan-tações maciças em vias de comunicação, recentemente, os trabalhos realiza-dos evoluíram também para outros âmbitos, como seja os ajardinamentos de inúmeros parques industriais, ETARs, e trabalhos de enquadramento paisa-gístico em centros comerciais, etc..

H.C.G.M.: A grandiosidade e grau de exigência das obras realizadas pela Tele-flora implicam um elevado investimento em equipamentos técnicos especiali-zados. Que exemplos nos pode dar?A.C.B.: As Hidrossemeadoras de maior calibre, o veículo anfíbio adquirido para as intervenções realizadas na Ria Formosa, os aparelhos específicos para o processo das Aerossementeiras, as transplantadoras de médio calibre e a introdução do Sistema Optimal. O laboratório de tratamento de sementes também mereceu um forte investimento através da aquisição de equipamen-tos de diagnóstico, tais como câmaras de germinação, tararas, mesas dissi-métricas, rectificadoras de semente, câmaras frigoríficas de condições con-troladas e estufas de secagem, entre outros.Também na área de diagnóstico fitossanitário de árvores foram feitas várias apostas em equipamento mecânico e electrónico para testes do estado físico das mesmas, assim como em equipamento de trepa devidamente certifi-cado para o efeito. Claro que a utilização destes equipamentos exige técni-cos especializados, pelo que a formação é também uma área em que inves-timos muito.

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H.C.G.M.: O que levou a Teleflora a optar pela Certificação?A.C.B.: A melhoria contínua. A Teleflora encontra-se certificada desde 2005, assumindo-se como a primeira empresa na área dos espaços verdes a imple-mentar um Sistema Integrado de Gestão em Ambiente, Qualidade e Segu-rança. Esta Certificação, não só contribui para fortalecer a imagem e credi-bilidade da empresa, como também representa uma vantagem competitiva que nos permite distinguir-nos da concorrência. Acima de tudo, assume-se um conjunto de mais-valias que tem como objectivo a motivação das nossas equipas e a máxima satisfação dos clientes.

H.C.G.M.: A área de responsabilidade social é também uma prioridade da Tele-flora. O que é que este compromisso solidário representa para a empresa?A.C.B.: Hoje em dia assistimos a um crescente sentido de responsabili-dade social enquanto parte integrante do código de valores das organiza-ções, e é com todo o orgulho que a Teleflora partilha este tipo de preocu-pações. Temos vindo a colaborar com vários projectos neste âmbito – como é o caso da Casa das Cores, na Bela Vista, ou o Jardim Terapêutico Sen-sorial, no Hospital Garcia de Orta, e ainda o Projecto “Um Jardim em Cada Escola” – e a maior recompensa é saber que podemos ajudar a fazer a diferença. Recentemente, tornámo-nos também mecenas da Fun-dação Batalha de Aljubarrota. A política de responsabilidade social con-tinuará sem dúvida a ser uma vertente fundamental no âmbito de actua- ção da Teleflora.

H.C.G.M.: O que se perspectiva para o futuro da Teleflora? A.C.B.: Na área do paisagismo, pretendemos oferecer aos nossos clientes um serviço tipo “chave na mão”, integrando nos nossos serviços os trabalhos de construção civil necessá-rios à realização dos projectos de arquitectura paisagista. Por outro lado, e tendo em conta a conjuntura económica em que vivemos, o que pretendo é dar passos cautelosos. Procurar novos mercados, fora da CE, como por exemplo nos PALOP, onde já estamos a realizar prospecção do mercado.

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A Teleflora foi a primeira empresa portuguesa na área dos espaços verdes a implementar, em 2005um Sistema de Gestão Integrado em Ambente, Qualidade e Segurança.

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Sítio das PlantasComercialização de Plantas, Lda.

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Venda

ao Público

e Revenda

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Os trabalhos de recuperação paisagística e ambiental em vias de comunica-ção, ao nível da construção e/ou manutenção, são uma das vertentes que se destacam no âmbito da actividade da Teleflora, não só pela complexidade e exigência técnica dos mesmos, mas também pelas importantes questões de segurança que lhes estão associadas. Daí que a procura da inovação técnica no que se refere aos equipamentos de trabalho e a aposta em equipas expe-rientes e qualificadas constituam dois factores essenciais para a prestação de um serviço de qualidade e de confiança.

Intervenção em Vias de ComunicaçãoSegurança em primeiro lugar

Em 2005, a implementação de um Sistema de Gestão Inte-grada – Certificação em Qualidade, Ambiente e Segurança – foi uma decisão estratégica que veio reforçar o compromisso da Teleflora perante uma melhoria contínua dos processos que levam a uma maior satisfação e fidelização dos seus clientes e à promoção de um ambiente de trabalho mais seguro e saudá-vel para os seus colaboradores.

Vias de comunicaçãoDiferentes intervenções

ConstruçãoHidrossementeira: técnica pioneira em PortugalO grande desafio na abertura de estradas consiste no revesti-mento dos taludes através do processo de Hidrossementeira, uma solução que permite controlar eficazmente a erosão dos solos. Há mais de 30 anos, a Teleflora foi a empresa pioneira na utilização desta técnica em Portugal, através da qual uma mistura composta por sementes arbustivas e herbáceas, água, fertilizantes, fixadores e matéria orgânica é aspergida para o solo a partir de um tanque misturador que, com o auxílio de uma potente bomba, projecta a mistura a distâncias que podem

Trabalhos no separador central.

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atingir os 70 metros. A experiência da Teleflora na aplicação deste método é fundamental para garantir o sucesso do resul-tado final, uma vez que, se a técnica não for bem dominada, as falhas podem acontecer e os trabalhos de correcção são dis-pendiosos.Dada a necessidade de aplicação de sementes específicas nos projectos de Hidrossementeira e perante a escassa oferta do mercado nacional nesta área, a Teleflora iniciou, há 15 anos, um projecto inovador de recolha e processamento de sementes. Neste âmbito, foi constituído um laboratório para a realização de testes de germinação e também para o tratamento de semen-tes, que tem vindo a ser enriquecido com equipamentos tecno-logicamente mais avançados. “O processo inicia-se no campo. As sementes são recolhidas tendo em conta a sua futura apli-cação numa determinada obra e, posteriormente, é no labora-tório que tudo se desenvolve. É necessário perceber quais as condições e/ou estímulos naturais que potenciam a germina-ção de cada semente para que depois os possamos reproduzir em laboratório. Este processo, complexo mas ao mesmo tempo muito desafiante, é fundamental para assegurar o sucesso da germinação”, explica Ana Clemente, arquitecta paisagista, ao que acrescenta que “além dos projectos de Hidrossementeira, a recolha e processamento de sementes, embora num âmbito de intervenção diferente, é também extremamente útil para apli-cação nos projectos de recuperação da vegetação dunar que também realizamos”.

A procura da inovação técnica no que se refere aos equipamentos de trabalho e a aposta em equipas experientes e qualificadas constituam dois factores essenciais para a prestação de um serviço de qualidade e de confiança.

ManutençãoUm desafio diárioNo que respeita à manutenção, os trabalhos realizados seguem as normas descritas no Caderno de Encargos disponibilizado pela entidade contratadora e consistem essencialmente na poda e no corte do revestimento vegetal das bermas e dos separadores centrais, na limpeza de todas as placas informativas localizadas ao longo da via, e, periodicamente, na aplicação de herbicidas em zonas que assim o exijam. “Embora os utentes não se apercebam, estes tra-balhos são muito necessários e apresentam critérios muito específicos, não só ao nível do enquadramento paisagístico, como também da segurança de quem circula nas vias. Por exemplo, a vegetação existente nos separadores centrais tem um objectivo muito claro que é o de evitar o encandeamento dos condu-tores que circulam na via de sentido contrário. No entanto, o seu volume não pode atingir uma dimensão excessiva ao ponto de ‘invadir’ a via e comprome-ter a segura circulação dos automóveis”, afirma Ana Clemente.

Segurança das equipasComo minimizar o risco?As obras realizadas em vias abertas ao tráfego são consideradas de alto risco e, como tal, potenciadoras da ocorrência de acidentes. Consciente desta rea-lidade, e porque a segurança é uma prioridade, a Teleflora sempre se com-prometeu a dedicar especial atenção à identificação, monitorização e avalia-ção dos riscos inerentes à especificidade destes trabalhos. Esta preocupação constante traduz-se ao nível da implementação de estratégias e de acções preventivas, bem como ao nível da permanente sensibilização dos colabo-radores para o conhecimento e cumprimento das regras que lhes permitem trabalhar em segurança e, consequentemente, melhorar o desempenho das suas tarefas. Uma responsabilidade partilhada com as empresas que detêm a concessão das obras e que se revela fundamental na missão de atingir um objectivo comum: minimizar os acidentes de trabalho em vias de comunicação.

Processamento de sementes.

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Na história da Teleflora não existe qualquer registo de ocorrência de aciden-tes de trabalho em vias de comunicação, o que para a empresa é motivo de um imenso orgulho. “Esta realidade é o resultado de um esforço contínuo em zelar pela segurança dos colaboradores. Trabalhar em auto-estradas é extre-mamente perigoso e uma vez que não podemos controlar o comportamento dos condutores, a adopção de boas práticas que minimizem o risco é ainda mais decisiva. Não podemos facilitar e por isso a sensibilização é permanente”, defende Maria Mendonça, técnica superior de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho da Teleflora. Todos os trabalhadores envolvidos nos atravessamentos e trabalhos nas zonas rodoviárias recebem formação on job e no estaleiro, e o desempenho das suas tarefas é monitorizado por parte dos encarregados da Teleflora e pelos responsáveis da segurança do dono de obra. “De destacar que, exactamente pelos riscos que estes trabalhos representam, só os cola-boradores mais experientes e devidamente qualificados estão aptos a execu-tar estas tarefas”, conclui Maria Mendonça.

De entre os requisitos legais a serem cumpridos para evitar a ocorrência de acidentes, destacam-se:• Assinalar a presença – através da utilização obrigatória de vestuário

reflector (calças e colete);• Assinalar a existência dos trabalhos – através da correcta utilização e

aplicação de sinalização temporária;• Adoptar práticas de trabalho seguras – no separador central, não tra-

balhar fora das guardas de segurança; nas bermas, não executar as tare-fas fora das zonas previamente sinalizadas; não utilizar o soprador dentro da via de tráfego.

• Respeitar as regras de atravessamento de vias na auto-estrada – organizar o trabalho de forma a reduzir ao máximo o número de atravessa-mentos; não atravessar em locais de visibilidade reduzida; não atravessar antes de verificar o fluxo de trânsito; o atravessamento deve ser efectuado sem correr, contínuo, o mais rapidamente possível e de forma perpendi-cular ao eixo da vida, nunca invertendo o sentido de marcha; o atravessa-mento é expressamente interdito aos trabalhadores que transportem mate-riais ou objectos que pelo seu peso ou volume podem aumentar o risco de atropelamento.

• Respeitar o correcto manuseamento dos equipamentos – varredora, roçadora, corta-relva, pulverizador, soprador, motosserra, corta-sebes, pul-verizador dorsal e tractor com braço destroçador. A utilização de cada um destes equipamentos varia mediante o tipo de intervenção pretendida.

• Respeitar as regras de aplicação de produtos fitofarmacêuticos – os produtos químicos, como é o caso dos herbicidas, podem afectar as vias respiratórias, os olhos e a pele. Além da utilização do equipamento de protecção (fatos, máscara, luvas e óculos) existem outras medidas de pre-

venção que devem ser respeitadas. Antes de aplicar o pro-duto, é determinante ter em atenção as condições climaté-ricas: a aplicação deve ser feita no sentido do vento e nunca com temperaturas altas, pois aumenta o risco de toxicidade tanto para o colaborador como para as plantas.

Consciência Ambiental

Como reflexo da implementação do Sistema Integrado de Ges-tão, também o respeito pelo Ambiente mereceu uma atenção ainda maior por parte da Teleflora no que refere à correcta iden-tificação dos impactos ambientais decorrentes da sua activi-dade. A separação e respectivo encaminhamento dos resíduos verdes e das embalagens de produtos fitofarmacêuticos são dois dos principais exemplos das práticas “amigas do ambiente” adoptadas que levam a empresa a cumprir a política dos três “R”: Reduzir, Reutilizar e Reciclar, o que se traduz em mais um factor de diferenciação e, consequentemente, em mais uma importante vantagem competitiva no mercado em que actua.

Na história da Teleflora não existe qualquer registo de ocorrência de acidentes de trabalho em vias de comunicação, o que para a empresa é motivo de um imenso orgulho.

Trabalhos em altura.

Montagem de linha de vida.

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Os sistemas dunares são ecossistemas sensíveis e vulneráveis, entram facilmente em ruptura devido a factores naturais, mas principalmente pela acção humana. No âmbito das intervenções de recuperação paisagística e ambiental que a Teleflora tem vindo a realizar há mais de uma década, com trabalhos desenvolvidos um pouco por toda a costa portuguesa, surge a intervenção na Praia Aberta Nova.

Recuperação dunar na Praia da Aberta Nova, em Grândola

A orla costeira portuguesa representa um importante património natural que deve ser preservado. Localizada na costa vicentina, concelho de Grândola, a Praia Aberta Nova, que apresenta uma beleza natural, quase selvagem, é uma dessas paisagens privilegiadas debruçadas sobre o mar.

Como consequência dos elevados índices de pluviosidade no Inverno de 2009, conjugados com a forte agitação marítima que se fez sentir, a Ribeira das Fontai-nhas, que desagua na Praia da Aberta Nova, alterou o seu curso natural, tendo rasgado o sopé da duna que limita o areal desta praia. Esta situação comprome-tia o equilíbrio do sistema dunar e, consequentemente, a estabilidade do equi-pamento de apoio de praia aí instalado. Por outro lado, todo este processo con-duziu também a um acentuado rebaixamento das cotas ao nível de toda a frente balnear, o que acentuava o risco de erosão do referido sistema dunar.

A A.R.H. Alentejo, entidade responsável por esta intervenção, contactou a Tele-flora no sentido de, em conjunto, se equacionar uma solução para este pro-blema urgente.

Após visitar o local, a proposta de intervenção da Teleflora consis-tiu em movimentar grandes quantidades de areia, que se encon-travam depositadas na zona a sul da praia, e transportá-las até à zona erosionada, de modo a elevar as cotas no sopé da duna. Com esta movimentação de areias procurou-se também baixar as cotas da lagoa onde desagua a ribeira, para que o seu trajecto natural se afastasse o mais possível da zona dunar afectada.Para que a areia movimentada se mantenha no local pretendido e não seja novamente deslocada pelo vento e pelas ondas, foram utilizados dois tipos de estruturas, uma subterrânea, constituída por um entrançado de madeira verde que fica enterrada sob a areia, e outra superficial, constituída por estruturas de retenção de areia, paliçadas que permitem a acumulação de areia trans-portada pelo vento.As paliçadas apresentam uma dupla função, pois, além da refe-rida anteriormente, também funciona como vedação, de modo a impedir o pisoteio que destrói a vegetação dunar.

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Foi ainda colocada uma protecção extra constituída por sacos de serapilheira cheios com areia e empilhados uns sobre os outros de modo a constituir uma barreira física dissipadora do primeiro embate das ondas. Todos os materiais foram escolhidos por serem biodegradáveis, desaparecendo passados alguns anos, após cumprirem a sua função.Estes trabalhos implicaram igualmente a rectificação da base do passadiço, uma vez que com os temporais este se encontrava parcialmente destruído, impedindo o acesso à praia.

Localizada na costa vicentina, concelho de Grândola, a Praia Aberta Nova apresenta uma beleza natural, quase selvagem

Por fim, a plantação de Estorno (Ammophila arenaria) e de Feno da Praia (Ely-mus farctus) – plantas autóctones destes locais, fundamentais para a estabili-zação das areias – permitem completar o processo de recuperação do sistema dunar ou não fossem elas conhecidas por “construtoras de dunas”.

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VII EdiçãoBarclays Porsche Polo CupO La Varzea Polo & Golf Resort foi o palco da VII Edição Barclays Porsche Polo Cup, o mais prestigiado torneio de Pólo que se realiza em Portugal e que, este ano, decorreu nos passados dias 18 e 19 de Setembro. O evento, que reuniu inúmeros entusiastas desta modalidade milenar, provou, uma vez mais, a razão pela qual é um dos acontecimentos mais aguardados do ano.

Localizado na “Herdade do Zambujeiro”, em Santo Estevão, o La Varzea Polo & Golf Resort é um local que apresenta condições únicas para a prática deste desporto. À semelhança das edições anteriores, o torneio, de acesso res-trito, reuniu alguns dos melhores jogadores oriundos de Espanha, Argentina e Portugal e proporcionou a todos os convidados um animado fim-de-semana repleto de experiências únicas.Para tornar o evento ainda mais agradável e convidativo, o Barclays Pors-che Polo Cup contou com o patrocínio de várias marcas e entidades con-ceituadas, além do Barclays e da Porsche, como a Boutique dos Relógios Plus ou a Nespresso. Entre as várias iniciativas desenvolvidas, a realização de um Test Drive Porsche Cayenne foi uma das experiências que se revela-ram desafiantes. O Horto do Campo Grande foi, novamente, um dos patrocinadores evento, tendo sido o responsável pelas decorações com plantas. Os vários apon-tamentos ornamentais distribuídos pelas áreas do torneio e os arranjos de mesas do almoço oficial do torneio, contribuíram para tornar o ambiente mais fresco e colorido.

Regras do JogoAs partidas de Pólo são disputadas entre duas equi-pas, cada uma constituída por quatro jogadores – dois atacantes, um meio campo e um defesa – que ocupam diferentes posições em campo. O jogo tem a duração de cerca de uma hora e é repartido em períodos de sete minutos e meio cada, designados por “chukkers”, e com intervalos de três minutos de descanso entre cada um. O jogo é contínuo, havendo apenas para-gens em situações de lesão ou falta. A classificação e avalização dos elementos das equipas são feitas por handicaps, numa escala de -2 a 10.

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Pólo:como tudo começou…Embora não seja possível precisar a verdadeira origem do Pólo, estima-se que este seja o jogo de equipa mais antigo do mundo, nascido no Tibete, nos anos 600 a.c. Existem ainda indícios que apontam para que tenha sido praticado pelos Cavaleiros da China e da Ásia Central, assumindo-se como um passatempo entre nobres, califas, sultões e imperadores.Hoje em dia, o Pólo é um desporto que tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade em todo o mundo, em particular na Argentina, por ser um país cujo clima é mais propício à sua prática. É também neste país que se criam os melhores cavalos e onde se encontram os melhores jogadores do mundo da modalidade.O Pólo é actualmente praticado em 77 países, entre os quais se destacam os Estados Unidos da América, o México, a Austrália, o Brasil, a Inglaterra e Portugal.

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Em 2006, surgia o primeiro desafio do Horto do Campo Grande enquanto parceiro exclusivo do Rock in Rio Lisboa na área da jardinagem. O sucesso dos trabalhos realizados traduziu-se na consolidação da parceria em 2008 e, mais recentemente, também na 4ª edição portuguesa do evento que continua a liderar o cenário dos grandes festivais de música.

Este ano, o envolvimento do Horto do Campo Grande na pre-paração do Rock in Rio Lisboa teve início na festa de apre-sentação do evento, que decorreu no Altis Belém Hotel & Spa e reuniu convidados, parceiros e patrocinadores do festi-val. Nesta ocasião, o Horto do Campo Grande foi o responsá-vel por vários apontamentos florais que decoraram o ambiente com cor e elegância.

Reforço de parceria na“Cidade do Rock”

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Foi essencialmente a partir deste momento que se aprofun-dou o diálogo entre o Horto do Campo Grande e a organi-zação do evento, no sentido de se definirem as melhores e mais interessantes soluções decorativas especificamente para o recinto da “Cidade do Rock”. Desde os espaços mais restri-tos – camarins dos artistas, tenda VIP e respectivas casas de banho –, às zonas públicas, o empenho, experiência e criativi-dade das várias equipas de profissionais do Horto do Campo Grande foram determinantes para o resultado final que, mais uma vez, surpreendeu pela positiva.

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Na Tenda VIP, espaço exclusivo para convidados da organiza-ção, dos patrocinadores e dos parceiros, o destaque foi para a construção de um jardim que, pela sua dimensão e imagem colorida, trouxe mais frescura e vivacidade ao local. O ambiente foi complementado com a colocação de mais de 300 plantas em floreiras e originais arranjos florais, dos quais se realça os arranjos com mais de dois metros de altura, da autoria da flo-rista Helaine Patelo. Construídos sobre estruturas de aço em forma de árvore, foram revestidos com vime natural e forrados com musgo e flores frescas.

A tenda VIP foi decorada com plantas e flores criteriosamente escolhidas em função das volumetrias que se pretendiam preencher. Vasos de luz pontuavam com graça o acesso ao espaço.

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Uma das grandes novidades foi também a decoração das pare-des das casas de banho com as inovadoras e personalizadas propostas Flowerbox. Em diferentes estilos, cores e materiais, as mais de 100 soluções expostas foram bastante elogiadas pela sua originalidade.Os camarins dos artistas também receberam decorações per-sonalizadas, algumas criadas especialmente a pedido dos pró-prios, e, no espaço público do recinto, os candeeiros de ilumi-nação foram adornados com cestos de flores.

De referir ainda que, à semelhança da edição anterior, o Horto do Campo Grande voltou a ser desafiado para realizar algumas decorações também no Rock in Rio Madrid. Um convite que demonstrou a valorização do trabalho das equipas envolvidas e se revelou mais um enorme incentivo para continuar a respon-der com profissionalismo aos desafios futuros.

Em diferentes estilos, cores e materiais, as mais de 100 decorações Flowerbox foram bastante elogiadas pela sua originalidade.

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BES InvestimentoTerraço requalificado

O Horto do Campo Grande foi convidado a realizar o projecto de requalifica-ção do terraço localizado no último piso do edifício que acolhe o BES Investi-mento. A funcionalidade deste espaço exterior, que conflui com a localização da área de trabalho do corpo administrativo, já não correspondia ao pretendido e a nova proposta passaria por introduzir uma imagem mais contemporânea e acolhedora. O terraço dispunha já de uma pérgula em estrutura metálica com

toldo retráctil cuja função ajuda a amenizar as condições clima-téricas do local, bem como de painéis de vidro que circundam o espaço até à altura de 2,5 m, o que permite atenuar os efei-tos do vento. Estas estruturas foram mantidas, tendo o Horto do Campo Grande sido o responsável pela criação de uma área de estadia e de uma zona para refeições em deck, bem como pela

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remoção de algumas plantas e desmontagem de todas as florei-ras de madeira existentes, pela execução de floreiras metálicas e pela introdução do sistema de rega automático.Das espécies existentes no jardim, optou-se por manter as plan-tas de maior porte, concretamente as palmeiras Trachycarpus fortuneli e Cyca revoluta. Já que no que se refere à introdução de novas espécies arbustivas e herbáceas, a escolha recaiu em plantas essencialmente mediterrânicas de floração alternada, o que permite criar um jogo harmonioso de cores, volumes e texturas. Em determinadas zonas estratégicas e com o objec-tivo de criar o efeito de barreiras visuais (biombos naturais), a colocação de bambús revelou-se também uma opção bastante interessante e valorizada. A escolha e distribuição das peças de mobiliário, da responsabilidade da decoradora Pilar Louro, pon-tuaram o terraço com um estilo prático e moderno.Sendo este um espaço ao ar livre que oferece uma vista pri-vilegiada sobre Lisboa, o ambiente está agora mais colorido e acolhedor, tornando a sua vivência numa experiência bastante mais agradável.

A introdução de novas espécies e a criação de uma área de estadia e de uma zona para refeições em deck conferiram ao terraço um ambiente mais colorido e acolhedor.

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Quinta de São Sebastião Tradição e modernidade

às portas de Lisboa

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Casas nobres, jardins, lendas e tradições. No Lumiar, a riqueza do património histórico desperta a curiosidade de conhecer de perto lugares ainda hoje fiéis à sua origem. A Quinta de São Sebastião, com o seu palacete e envolvente paisagística, é um desses espaços privilegiados. Um sofisticado condomínio residencial está agora integrado nos jardins da Quinta, que também foram alvo de um projecto de recuperação. Manter o equilíbrio visual entre as novas estruturas edificadas, os espaços verdes e a traça antiga do palacete foi o maior objectivo.

Contextualização históricaCom uma área total de 19 mil m², a Quinta de São Sebastião, construída no século XVII, deve o seu nome à proximidade com a Ermida de São Sebastião, situada no Largo com a mesma designação. Ao longo da história, a proprie-dade foi pertença de várias famílias, tendo-se desenvolvido significativas obras de reconstrução e valorização, tanto do palácio como das zonas verdes envol-ventes. O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, um dos nomes mais conceitua-dos no domínio da arquitectura paisagista em Portugal, foi o responsável pelo estudo das áreas ajardinadas da Quinta nos anos 70.

Pérgula e pavilhão realDuas construções imponentesA Quinta reúne, no seu conjunto, um acervo artístico de grande riqueza e diversidade, sendo peremptório deixar um apontamento especial para a pér-gula e para o pavilhão real, enquanto dois dos elementos arquitectónicos mais singulares. Ao longo de um caminho coberto, a pérgula conduz ao extenso relvado onde se encontram o lago (artificial) e o pavilhão real. O tecto de arco

abatido ostenta pinturas com motivos vegetalistas, com des-taque para a folha de videira enquanto elemento decorativo. Sensivelmente a meio da sua extensão está uma escadaria de balaústres em cantaria que conduz ao amplo relvado onde se situam o lago e o pavilhão real.O pavilhão real destaca-se pela magnificência das paredes e tecto totalmente decorados com magníficas pinturas a fresco realizadas pelo arquitecto A. Basalisa, em 1971. A composição central é enquadrada em trompe l’oeil (técnica artística com tru-ques de perspectiva que cria uma ilusão óptica ao mostrar algo que não existe realmente) de colunas, balaustrada e escada-

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rias em primeiro plano. Para lá destes elementos arquitectóni-cos, ganha vida uma paisagem na qual podem ver-se retratados vários acontecimentos em simultâneo, tais como uma caçada ou personagens nobres que passeiam pelo jardim.(Fonte de informação: “Nova Monografia do Lumiar”, editado pela

Junta de Freguesia do Lumiar em 2008)

Empreendimento habitacional “Quinta de São Sebastião”Integrado nos jardins da Quinta de São Sebastião, nasceu um condomínio privado que valoriza a privacidade, o bem-estar e a segurança. O maior desafio do projecto, desenhado pelo arqui-tecto João Goes Ferreira, consistiu em garantir o equilíbrio entre as novas estruturas e os espaços verdes envolventes. Os 29 apartamentos de luxo, divididos em dois edifícios, convivem assim com o extenso jardim de uma forma harmoniosa, sem comprometer visualmente a traça antiga do palácio e a matriz arquitectónica da propriedade. Sofisticados, amplos e confor-táveis, com uma vista rasgada sobre os jardins da Quinta, os apartamentos, de diferentes tipologias, apresentam um dese-nho contemporâneo, enriquecido pela qualidade e bom gosto dos acabamentos. Zonas sociais, como uma piscina ao ar livre e outra coberta e um health-club, complementam o cenário de luxo e funcionalidade de um empreendimento concebido para transformar a vivência em Lisboa numa experiência ainda mais agradável.

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A proposta de integração paisagística consistiu na recuperação e valorização do jardim, enquadrando-o nas novas estruturas edificadas. Os trabalhos de modelação do terreno foram definidos de forma a garantir uma integração equilibrada na topografia original do terreno. Introduziram-se novas espécies que unificam a imagem da Quinta e funcionam como referência visual.

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Projecto de integração paisagísticaDa autoria da “Entreplanos”, Gabinete de Arquitectura, Urbanismo e Design, a proposta de integração paisagística da Quinta de São Sebastião consistiu na recuperação e valorização do quadro paisagístico do jardim, enquadrando-o nas novas estruturas edificadas. De referir que os trabalhos de modelação do terreno pressupostos no projecto foram definidos tendo em conta o menor movimento de terras possível para garantir uma integração equilibrada na topografia original do terreno.

O primeiro passo consistiu em desenvolver um estudo das reais condições fitossanitárias da vegetação existente no local para assim serem definidas as intervenções a realizar na mancha arbórea. A operação de maior relevo diz respeito à envolvente imediata aos blocos habi-tacionais, que ocupam a área a norte da Quinta de São Sebastião. Criou-se um traçado simples, delimitando áreas de acesso e de estada para os residen-tes. Ao longo do alçado sul, os logradouros, localizados principalmente junto dos três portões de entrada da Quinta, são delimitados por muros desenhados em arco que ajudam a definir o terreno e reforçam a sua modelação.

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Foi mantida a maioria dos acessos pedonais e, tendo-se apostado na recu-peração dos pavimentos já existentes, a opção manteve-se entre a utilização de calçado e de saibro, de acordo com a utilidade de cada acesso. Os espa-ços pavimentados associados aos edifícios de habitação estão perfeitamente enquadrados nas áreas verdes. Estas apresentam-se sob a forma de árvores e arbustos que oferecem cor e diversidade ao espaço envolvente e conduzem o olhar para os pontos de maior interesse.

Sendo o Pavilhão do Parque (pavilhão real) uma das estruturas mais antigas e características da Quinta, o projecto contemplou a criação de uma zona de enquadramento que a preservasse do acesso aos apartamentos, quando feito

pela entrada a sul. Assim, relativamente ao caminho da ala-meda dos ciprestes, este apresenta-se ampliado na frente do Pavilhão. Rodeando o lago artificial e a área de relvado, facilita a circulação e potencia a estada. Optou-se também por esten-der a ligação deste caminho até ao acesso lateral da pérgula e área de bosquete.

Introdução de novas espécies e elementosUma das principais preocupações na concepção de qualquer projecto de arquitectura paisagista é a escolha de espécies que se adaptem às condições edafoclimáticas do local e convivam

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harmoniosamente com os exemplares já existentes. Foram então introduzidas outras espécies de interesse botânico que contribuem para unificar a imagem da Quinta e funcionam como referência visual. Procedeu-se igualmente à recuperação dos elementos de água e da pérgula, que, pela passagem do tempo e dadas as condições naturais a que esteve sujeita ao longo dos anos, apresentava um avançado estado de degradação. Os trabalhos de recupração desenvolvidos permitiram um novo usufruto deste que é um dos mais carismáticos elementos arquitectónicos da Quinta.

O maior desafio do projecto de arquitectura do condomínio residencial, desenhado pelo arquitecto João Goes Ferreira, consistiu em garantir o equilíbrio entre as novas estruturas e os espaços verdes envolventes.

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ManutençãoO projecto contemplou, desde o início, a definição das melho-res soluções em termos de manutenção futura do espaço. A proposta consistiu na integração de um sistema de rega auto-mática, com sensor de chuva, o que permite uma manutenção mais fácil, económica e sustentável.

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A Quinta reúne um acervo artístico de grande riqueza e diversidade. O pavilhão real destaca-se pela magnificência das paredes e tecto decorados com magníficas pinturas a fresco em trompe l’oeil, realizadas pelo arquitecto A. Basalisa, em 1971.

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Em 2009, o Horto do Campo grande marcou presença no maior salão imobi-liário do país com um stand cujas propostas decorativas recriavam um espaço verde inspirado numa manutenção sustentável. Este ano, é a decoração o stand do Jornal Câmaras Verdes – um projecto de comunicação dirigido às autarquias e, através do qual, as empresas, as instituições e as próprias câmaras munici-pais divulgam iniciativas e promovem a mais correcta atitude perante as ques-tões ambientais – que conta com a assinatura Horto do Campo Grande.

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A Teleflora patrocinou um curso de recuperação de sistemas dunares, organizado pela Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO) e que se realizou na Faculdade de Ciências, em Lisboa. Neste curso, Ana Clemente, arquitecta paisagista da Teleflora, apresentou alguns casos práticos de obras que têm vindo a ser realizadas nos últimos anos e que reflectem a experiência da Teleflora neste âmbito de trabalho tão específico.

Teleflora patrocinacurso de recuperação de sistemas dunares

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BREVES

O Dolce Vita Tejo, na Amadora, recebeu o primeiro de cinco equipamentos educa-tivos que a Fundação Pão-de-Açucar/Auchan pretende criar para receber os filhos dos colaboradores deste centro comercial. O Colégio Rik & Rok tem um horário alar-gado que funciona em regime diurno, pós-laboral e também aos fins-de-semana e tem como missão desenvolver as aptidões de cada criança, ajudá-las a integrarem-se na sociedade e a construírem a sua personalidade com base em valores individuais.A Teleflora forneceu as plantas decorativas para o interior e exterior deste primeiro colégio, inaugurado no final de Agosto por sua Ex.ª, o primeiro-ministro, e pela minis-tra do Trabalho e da Segurança Social, Helena André.

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