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Moda, Brechó, Mercado e Ambiente : onde esses temas se entrelaçam?
Revista U-M * Ano 1 * Edição 1 * nº 001
Entrevista: Lobo Pop Art
A g o r a q u e s o u R i k a c o m B r u n a S a l i m
2 | Zine U-M - Dezembro 2013
EXPEDIENTE
Editora Executiva- Juliana AntunesProdutora Executiva - Nayara SoaresEditora de Moda - Amanda Correia Produtora de Moda - Amanda NogueiraEditora de Arte - Viviane BregantinDiagramadora- Deisi LibralãoIlustradoras - Carolina Zanotti e Marilia MoreiraFotógrafas - Isabela Fukamatsu e Mariana PadilhaRedatora Chefe - Suelen Prata
COLABORADORES
Maria Adelina Pereira
Mônica Zerbeto
Zine U-M - Dezembro 2013 |3
CONTEÚDO
8 Prata da Casa
10 Straight up
12 Ps: com Mônica Zerbetto
14 Follow Me
19 Modices - Desejos
21 Convidado: Marcus Rottenn
24 Agora que sou Rika: com Bruna Salim
4 | Zine U-M - Dezembro 2013
29 Enfeitada de Sonhos
37 Bapho: Bazar das
39 Desaphafo: com Maria Adelina Pereira
42 Curiosidade: Lobo Pop Art
Pin Ups
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Carta ao leitor
Brechó ou lojas de artigos usados e bazar serão os temas abordados nesta revista. Explorando um pouco esse lado diferenciado que pode se chamar de “Segunda Mão”. Nestes lugares é comum a venda de roupas, calçados, acessórios e etc. Há também o escambo,
que é quando as peças dos brechós são feitas em base de trocas.Há pessoas que frequentam esses lugares e passam a ter um estilo próprio, muitas vezes diferenciado, além de encontrar nestes lugares bons preços e peças exclusivas - por ser criado no passado, o feitio
(modelagens, aviamentos, etc) eram diferentes do que temos hoje. Para outras pessoas, se os objetos ou roupas que ali estão para venda foram pertences de um falecido, gera certo receio em adquirir, pois algumas
pessoas acreditam que a energia do mesmo ainda continua na roupa ou objeto. Seja energia negativa ou positiva.
Segunda Mão é uma maneira de se vestir bem sem gastar muito e encontrar peças em ótimas condições para uso e muitas vezes de marca,
renovando o guarda-roupa.
por: Juliana Antunes
Pin Ups
6 | Zine U-M - Dezembro 2013
Colaboradores
Maria Adelina PereiraSuperintendente da ABNT - Setor
-Técnica Têxtil pela Escola SENAI Francisco Matarazzo-Engenheira Química pela FEI/FCA-Engenheira de Higiene e Segurança do Trabalho pela UNICAMP/PUCCAMP-Mestra em Administração pela FEA/USP-Professora no Curso de Tecnologia Têxtil na FATEC Americana desde 1987, no Curso de Tecnologia do Vestuário na Faculdade SENAI de São Paulo desde 2000, no Curso Superior de Moda do UNISAL desde 2003.-Consultora da PG Assessoria Técnica Têxteis e do Vestuário
Mônica ZerbettoEstilista
Formada na instituição de ensino: Faculdade Santa Marcelina - ano de 2010. -Estagiária da empresa Serpui Marie -Estagiária na empresa Sara e Mari -Assistente de estilo na empresa C&A -Estilista na empresa SAAD -Estilista na empresa Bokker jeans -Estilista e compradora na empresa Alpelo -Sócia e proprietária da empresa DB Rainbow -Designer de estamparia freelancer
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Não se sabe ao certo onde tudo começou, porém há relatos de que a ideia de vender roupas e objetos de segunda mão surgiu no Brasil no final do séc. XIX, pelo
comerciante Belchior, na cidade do Rio de Janeiro. Desse nome originou-se o termo ``Brechó´´, maneira mais fácil de pronunciar o nome Belchior, sendo até os dias de
hoje a palavra símbolo para lugares que vendem artigos de segunda mão. No início era apenas o lugar onde havia velharias, cheirando a naftalina, onde pessoas com
menos poder aquisitivo compravam. Atualmente, Brechós são lugares onde pessoas que buscam algo diferente frequentam e compram peças de marcas famosas, de outras coleções, ou até mesmo peças simples que podem ser customizadas e transformadas em exclusividade.Nos brechós podemos encontrar roupas, móveis, sapatos, objetos, acessórios, e tudo o que se possa reaproveitar, basta ter paciência e disposição para
encontrar algo legal.
Não esqueçam que as peças vintage nos
ensinam muito!
Comprar em brechós é uma das maneiras mais sustentáveisde se adquirir novas peças para seu guarda roupa!
Olhe as costuras e as modelagens!
Se você preferir, existem vários brechós virtuais, para quem gosta de fazer compras sem sair de casa!
Nada de comprar peças antigas apenas por que está na moda!
Garimpe em brechós em busca
daquela peça incrível, mas tenha paciência!
Por: Suelen Prata
8 | Zine U-M - Dezembro 2013
“Como Designer, vejo a bolsa de forma diferente dos outros produtos de moda, porque uma roupa tem que ter uma medida para se adequar ao corpo da mulher, já a bolsa não. O que varia da compra e da escolha da bolsa seria basicamente o formato dela e o preço. A minha primeira bolsa foi feita a mão, há cinco anos, com um tecido de couro sintético simples, sensível. Guardo-a com carinho. Não tenho minha marca favorita de bolsas, mas admiro internacionalmente a
Emme. Há uma estilista brasileira que admiro, ela tem sua marca consagrada na Itália, Paula Cadermatori, que por ventura enviei a ela uma carta e ela me respondeu, sendo uma experiência emocionante, onde ela me elogiou e me deu palavras de incentivo, como: “só com o esforço vem o sucesso’’.Eu amo as artes, inclusive pinto quadros, mas a moda é a parte da arte mais comercial nos atuais, assim como na Grécia foi à escultura, no renascimento à pintura, hoje a parcela da arte que mais vende é a moda. Já vivenciei diversas experiências na arte, pinturas, gravuras, esculturas em tamanho real, fite, de tudo um pouco. Eu gostaria de unir a arte dos grafites ou pinturas com as bolsas, mas ainda não realizei essa façanha! As minhas bolsas não possuem nome devido ao fato de não repetir modelos.
MarcaO nome da minha marca é Jujep Ross. Surgiu este nome pelo fato de meu primeiro nome ser José, e na infância começaram as variações, Joset, Josep, Josef, até chegar a Jujef, o que permaneceu até hoje. Todas as
bolsas têm a minha assinatura e são confeccionadas por mim. Os bordados também são desenhos meus, mas são confeccionados por terceiros.
Tenho 22 anos, e fiz até hoje em torno de 50 bolsas. Meu maior sonho não é o lucro, mas a glória da minha marca. Uma bolsa demora aproximadamente duas semanas para ficar pronta, Trabalho também com exclusividade, desenho a bolsa, mostro o desenho para a cliente, se ela aprovar, confecciona-a e entrego o desenho junto com a bolsa, como uma garantia de que a bolsa dela é exclusiva e que não vou repetir o modelo novamente.’’
Fotos: Acervo pessoal
Prata da Casa
PROMESSA UNISALAluno do primeiro ano do curso de Moda Unisal Luis Jujep Ross, (José Luis Rodrigues) conta a Zine U-M sobre suas qualidades artísticas e a sua produção de bolsas super criativas!
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Straight up
Lívia Occhiuzzo: Colete (brechó São Domingos)
Luisa Moraes: Camisa jeans do pai customizada
Paulo Teodoro: Calça jeans, camiseta e blazer (brechó da Madá-centro)
Lívia Bordignon: Calça jeans da mãe
PEPA: Roupas do brechó, Via Brechó, de Campinas
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Ego Oliver: Camisa jeans (brechó da vovózinha)
Barbara Bertola: Bolsa vintage.
Rosângela Scarpelini: shorts jeans customizado
Júlia Silva: Óculos de sol (brechó Igreja São Vito)
12 | Zine U-M - Dezembro 2013
Estilista, designer e dona de sua própria marca, está é Mônica Zerbetto, que mesmo sendo jovem, já tem uma
ascensão no mercado, demonstrando o seu potencial. Mônica mostrou como seu amor pela moda também foi influenciado
pelo brechó
Acho bastante interessante o conceito de brechós e bazares, desde a época da faculdade sempre fui uma grande frequentadora dos brechós paulistanos, não apenas com o intuito de encontrar uma peça a preço reduzido, mas sim para aprender mais sobre a história da moda e analisar os detalhes e cortes das peças mais antigas. Acredito que o público que frequenta esses tipos de eventos ou lugares é um público que nem sempre quer seguir a risca as tendências impostas pela mídia, mas sim sustentar um estilo próprio que envolve peças que eventualmente nem estão
Foto: Acervo pessoal
mais “em alta” na moda atual. Os bazares já seguem um outro conceito, o objetivo deles é a queima do estoque das marcas, por isso o foco é mais comercial e tem muito mais haver com o valor apresentado na etiqueta. Por um lado é muito bom, pois algumas “peças desejos” se encontram com valores mais acessíveis e muitas vezes até mais justosdo que os valores anteriores, porém o grande problema é a desvalorização da peça para aquela
PS com Mônica Zerbetto
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pessoa que se dispôs a comprar o produtos com o preço anterior. Muitas vezes compramos peças mais caras pois acreditamos valer a pena e ser algo direfenciado, uma semana depois a mesma peça encontrá-se com 50% de desconto na mesma prateleira.
Para mim, como consumidora e estilista,
acho extremamente válida e interessante a idéia de
bazares e principalmente brechós’
Atualmente, o principal problema relacionado principalmente aos bazares é que tudo está acontecendo muito rapidamente, coleções recém lançadas já entram em liquidação na mesma semana de lançamento, o que acaba prejudicando muito o consumidor e desvalorizando o produto muito rapidamente. Para mim, como consumidora
e estilista, acho extremamente válida e interessante a idéia de bazares e principalmente brechós, porém acredito que, tudo tem seu tempo correto para acontecer, criando uma situação justa com os consumidores e valorizando ainda mais as peças que estão a venda.
Foto: Acervo pessoal
14 | Zine U-M - Dezembro 2013
Follow Me: Couple
Fotografia: Mariana Padilha e Isabela Saiuri Fukamatsu
Ilustração: Marília Moreira
Carismáticos Caroline Boian Martinelli e
Thiago Guenther, incorporam casal de moda de poses divertidas
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Roupas e acessórios do acervo da revista
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Roupas e acessórios do acervo da revista
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Roupas e acessórios do acervo da revista
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Desejos
Modices
Desejos dos designers do Unisal
por: Juliana Antunes
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“Sempre fui apaixonado por desenho. Desde ‘’pirralho” eu já desenhava, e isso cresceu a cada dia. Queria cursar algo relacionado a artes, criação e afins. A Moda sempre foi algo que me chamou atenção, minha avó sempre costurou e eu gostava de tudo aquilo, criava super-heróis e ficava desenhando as roupas deles.Quando entrei na faculdade tive aquela ideia inicial (que a maioria das pessoas também tem, acredito eu ) , de num futuro me tornar um designer, entrar no final do desfile e ser aplaudido. Porém, dentro do curso conheci a imensidão de áreas que existe dentro da Moda. Desisti da área de criação de vestuário, foi algo que não me chamou mais atenção, mas a parte de ilustração sim, técnicas de traçar, pintar,
decorar os croquis foi o que mais gostei. Noites em claro desenvolvendo trabalhos foi muito bom, olhar os trabalhos prontos é compensador.
“A Moda sempre foi algo que me chamou atenção, minha avó sempre costurou e eu gostava de tudo aquilo, criava super-heróis e ficava desenhando as roupas deles.”
Além da faculdade comecei fazer cursos extracurriculares, sobre pintura digital. Essa área foi a que mais me identifiquei sendo uma das coisas que mais amo até hoje.Após o curso eu trabalhei em uma confecção como designer e em seguida em uma estamparia
digital, fazendo a parte de desenvolvimento e coloração das estampas. Fui colaborador de uma revista de moda, escrevendo sobre a parte masculina. Também ministrei palestras sobre ilustração de Moda no SENAC de Americana e Etec de Nova Odessa.Hoje em dia me desliguei da área de moda e estou aprendendo a tatuar, isso por influência familiar, já que a minha irmã tatua há seis anos. Continuo com as ilustrações e alguns trabalhos como freelance, mas atualmente é a tatuagem que me chama atenção. É difícil afirmar que esse é o campo específico que eu quero trabalhar para o resto da vida, a cada dia que passa nós conhecemos coisas novas, sensações novas e isso muda completamente nossa vida, nossos ideais.
Marcus Rottenn nos conta um pouco como a inspiração e designer podem ser belos juntos.
Convidado: Marcus Rottenn
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Ilustração criada pra Semana de ModaUnisal - 2011
Foto: Acervo pessoal do ilustrador
Foto: Acervo pessoal do ilustrador
Foto: Acervo pessoal do ilustrador
24 | Zine U-M - Dezembro 2013
Agora que sou Rika
Entrevista
Bruna Salim, participou da primeira turma que a Unisal disponibilizou
do curso de moda. Atualmente proprietária da loja BhrumilaS.
Fotograá: Isa
(Zine U-M): Conte-nos um pouco da sua história. Porque você optou pelo curso de Moda?
(Bruna Salim): A profissão de moda sempre me encantou. Desde pequena costurava roupas de boneca, montava bijuterias, adorava revistas de moda... Há alguns anos atrás, só existiam faculdades de moda em outras cidades (a mais próxima era em SP), e a despesa seria muito grande. Por isso, logo depois que eu terminei o 3º colegial, comecei a fazer cursos, na área: corte e costura, desenho de moda, vitrinismo... Até que em 2004 iniciou a primeira turma de moda da Unisal. Vi ai uma grande oportunidade de me aperfeiçoar e realizar meu grande sonho que era cursar Moda.
Durante a faculdade, eu já tinha um atelie, onde costurava sob medida e também produzia bijuterias. Através da faculdade, fui ganhando experiência e conhecimento, o que me deu ainda mais segurança e certeza de que estava no caminho certo!
A procura de roupas começou a aumentar, por isso fui deixando as bijuterias de lado e me dedicando a costura e me aperfeiçoando cada vez mais, focando também em produção de roupas para revenda, e não somente sob medida, o que deu super certo!
(Zine U-M): Como foi depois que se formou? Quais foram às dificuldades encontradas?
(Bruna Salim): Quando terminei a faculdade, em 2006, já estava com minha marca própria criada, a BhrumilaS, mas a produção ainda era pequena, eu contava apenas com uma costureira, além de mim, que também desenvolvia as peças para marca.
Em 2007 iniciei Pós Graduação em Gestão de design de Moda no SENAI em SP. Foi um ano e meio de muito aprendizado, onde fui me especializando na área de administração e gestão da minha empresa. Tanto que finalizei o curso no inicio de dezembro/2008 e na metade de dezembro deste mesmo ano, estava montando a loja BhrumilaS!Até hoje, todos os anos faço cursos de especialização em vários segmentos de moda. O último foi de Consultoria de Imagem Pessoal, o que valorizou ainda mais o atendimento a minhas clientes.
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(Zine U-M): Como você está e o que faz hoje atualmente?
(Bruna Salim): A loja esse ano está completando cinco anos, e conta com um mix bem variado de produtos. Temos nossa confecção própria (voltada para o varejo), com tiragem limitada de peças, ou seja, o mesmo modelo geralmente é confeccionado em diferentes cores e tamanhos, sendo peças quase exclusivas. E caso a cliente goste de um modelo e queira fazer pequenas modificações na peça (cor, tamanho, comprimento, decote, etc), nós confeccionamos uma peça exclusiva para ela. Além disso, qualquer ajuste que precisar ser feito na peça, nós mesmos fazemos e não cobramos nada a parte. Também trabalhamos com customização e peças sob medida (dependendo o modelo, coisas mais simples!).
Além disso, trabalhamos também com outras marcas de roupas, além de acessórios como bolsas, cintos, bijuterias e semijóias.
Nossa preocupação é com a qualidade do produto, por isso oferecemos tecidos de qualidade e nos preocupamos muito com o acabamento das peças.
Temos algumas vendedoras que fazem venda a domicilio, como sacoleiras, que veem até a loja, “montam” a sacola de acordo com o perfil das clientes que vão atender e levam as roupas, em consignação e são comissionadas.
O que eu quero passar para as clientes é nosso diferencial,
tanto do produto, quanto do atendimento e do local da
loja, que oferece privacidade, e a cliente se sente em casa!
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Foto: Acervo Pessoal
(Zine U-M): Como está a loja e qual a visão que os clientes possuem da marca?
(Bruna Salim): A loja fica situada em uma casa, por isso oferecemos um espaço aconchegante, climatizado, onde as clientes se sentem muito a vontade. Temos um espaço, cozinha, onde oferecemos café, cappuccino e bolachinhas, e geralmente de sexta-feira oferecemos bolo caseiro. O que eu quero passar para as clientes é nosso diferencial, tanto do produto, quanto do atendimento e do local da loja, que oferece privacidade, e a cliente se sente em casa! E de que estamos sempre à disposição delas para satisfazer todas as suas necessidades e desejos!
Hoje possuo uma clientela muito fiel, a loja cresce consideravelmente a cada ano, mas sempre estou inovando, não podemos parar nunca! Trabalho muito, ainda mais com a crise mundial que está por aí, mas vejo o resultado e isso é muito gratificante!
(Zine U-M): Além da sua marca, quais outros produtos vocês trabalham?
(Bruna Salim): Além da confecção própria e multimarca, trabalhamos com bijuterias, semijoias, cintos, bolsas e cosméticos Mary Kay. Iniciamos recentemente a venda e confecção de peças infantis femininas (linha mamãe e filhinha)
(Zine U-M): Quais os concorrentes principais?
(Bruna Salim): Na verdade não conheço nenhum outro local aqui na região que faz o que fazemos aqui na BhrumilaS, que confeccionamos a peça sob medida, caso a cliente não encontre nada que lhe satisfaça já confeccionado, ofereço a consultoria de imagem (a cliente traz as roupas e acessórios e eu atendo como consultora, montando o look para determinada ocasião).
(Zine U-M): Quais os Hábitos e atitudes dos consumidores em relação ao produto (periodicidade de compra, quantidade comprada, preferências por sabores, etc..)?
(Bruna Salim): Minha cliente frequenta a loja quase que semanalmente, mas algumas vezes compram, outras vezes só vem até a loja para tomar um café e bater papo. Mas sempre que têm novidades elas acabam comprando algo. Sendo assim, procuro inovar com algo novo toda a semana para satisfazer minhas clientes.
(Zine U-M): Já houve alguma espécie de marketing, divulgação, logo, rascunho, ou qualquer outro material relacionado ao trabalho atual?(Bruna Salim):A divulgação é feita por FACEBOOK (BhrumilaS) e o boca a boca. Já anunciei em revistas de região, mas não obtive retornoJá possuo o logo da marca, mas gostaria de criar uma identidade visual mais focada na exclusividade do meu produto, do “feito especialmente para você”.
Zine U-M - Dezembro 2013 |27
(Zine U-M): Quais são os pontos positivos e negativos da marca/empresa.(Bruna Salim): Ponto Positivo: Roupas sob medidas e exclusivas. Mercadorias chegam toda semana (sempre há novidades) Ajustes e consertos de roupas são realizados na loja, às vezes no momento da compra e não tem custo adicional. Atendimentos Vips ou com hora marcada. Também temos um ambiente aconchegante, trabalhamos com portas fechadas e pela loja ser instalada em uma casa, as clientes se sentem literalmente “em casa”, se tornando um ponto de encontro!
Ponto Negativo: Problemas com costureiras, o que ocasionou na venda de outras marcas de roupa na loja. A confecção de peças sob medida fica prejudicada com a falta de comprometimento das costureiras (que são terceirizadas) Pelo fato da loja ser situada em uma casa e trabalhar com portas fechadas, mesmo tendo uma placa na fachada, muitas pessoas acabam ficando receosas em entrar na loja, por não conhecer o produto.
(Zine U-M): Fale qual é a Missão e objetivos do trabalho da sua Empresa.(Bruna Salim): Encantar e fidelizar nossa cliente, fazendo com que o momento de compra seja uma experiência prazerosa e segura, fazendo com que nossa cliente fique confiante e com autoestima elevada com a roupa que estão comprando, divulgando através do “boca a boca” o trabalho diferenciado que realizamos na BhrumilaS.
Fotografia: Mariana Victorino Padilha
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Fotografia: Mariana Victorino Padilha
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Enfeitada de (muitos) sonhos
Fotografia: Isabela Saiuri Fukamatsu
Ilustração: Carolina Zanotti
30 | Zine U-M - Dezembro 2013
Tanise Geronimo eVitor Hugo Caires ambos vestem roupas e acessórios do acervo da revista
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32 | Zine U-M - Dezembro 2013
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Tanise Geronimo, Amanda Correia e
Vitor Hugo Caires vestem roupas e acessórios do
acervo da revista
34 | Zine U-M - Dezembro 2013
Tanise Geronimo, Amanda Correia e Vitor Hugo Caires vestem roupas e acessórios do acervo da revista
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36 | Zine U-M - Dezembro 2013
Tanise Geronimo eVitor Hugo Caires ambos vestem roupas e acessórios do acervo da revista
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Bapho
Bazar das Pin Ups
O acervo do Bazar Clube das Pinups já vestiu personagem televisivo como Odilon Alleyona no
programa Brothers ( REDE TV) e Hermes e Renato (MTV), também catálogos de moda e curtas metragens/
vídeos promocionais.Idealizado por Milena Carlström(foto) que possui uma
vasta experiência em produção cultural, trabalhou por dez anos no Mercado Mundo Mix, Campinas e na extinta loja
60’s em São Paulo.
Fotografia: Isabela Saiuri Fukamatsu
Foto: Milena Carlström
38 | Zine U-M - Dezembro 2013
Felipe Guines e Edmar Almeira
Foto: Vanessa GuerreiroFoto: Jaqueline Rodrigues
Foto: Giovana Ribeiro Foto: Bruna La Serra
Foto: Juliane PinheirosFoto: Jheni Mucciolo
Foto: Barbara Mello
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Desaphafo
Lendo os quatro temas, parecem que tem alguns pontos comuns , parecem pertencer a mundos
diferentes como universos paralelos, mas sem dúvida há um palavra que faltou nessa lista que é o portal de passagem de um tema para outro: Sustentabilidade.“O sistema moda impõe um ritmo de obsolescência programada acelerado em que os produtos são descartados antes do final da sua vida potencial...” (Martins; Suzana Barreto, p. 2, 2010).
Os produtos de moda refletem a cultura, a sociedade, o
momento da história, portanto são documentos que o corpo
marca com seus hábitos, costumes e modos.
O Império do Efêmero de Lipovestky reforça essa posição sobre o quão descartável os produtos de moda podem ser, porém isso é uma posição extremada com foco apenas nas vítimas da moda, nunca representa a totalidade.Os produtos de moda refletem a cultura,
a sociedade, o momento da história, portanto são documentos que o corpo marca com seus hábitos, costumes e modos. Uma roupa conforme conta o livro. ¨ O casaco de Marx¨, representa a história do corpo do usuário, traz as marcas e posições de ossos e músculos de quem a usou e se comunicou de alguma forma com aquela roupa , que representava sua preferência por um time, mas poderia ser a casaca de lã de Marx que comunicava a sociedade que ele era um homem de bem, que sob a cartola e a casaca podia entrar na Biblioteca de Londres.Essa história que as roupas contam e retratam bem o que encontramos no Brechó, onde as roupas podem ter mais uma chance de uso ou re-uso , o que é muito ecológico . As roupas do brechó podem ser uma forma barata de vestir-se ou representa a oportunidade de resgatar a história da moda, assim surge a moda vintage. A palavra “vintage” é emprestada dos vinhedos, onde a melhor tradução seria boa safra; e, para uma roupa ser considerada “vintage” é necessário ser de duas décadas atrás, ser testemunha de um estilo próprio ou estilista,
Moda, Brechó, Mercado e Ambiente : onde esses temas se entrelaçam?
por: Maria Adelina Pereira
40 | Zine U-M - Dezembro 2013
A conscientização é algo demorado a se concretizar, mas
não é impossível[..]
não pode ter nenhum reparo ou transformação na peça (tem que ser original), tem que estar em perfeito estado de conservação e ter marcado época na moda em um determinado período.Sendo assim o Brechó é o caminho para as pesquisas para o vintage é um meio para levar ao re-uso com toda ecologia, história e moda que isso representa, assim não deixa de representar uma posição de preservação do meio ambiente que necessita ser respeitado. A conscientização é algo demorado a se concretizar, mas não é impossível, graças a ativistas sociais como o político norte americano Al Gore, que alertou a população em seu documentário “Uma Verdade Inconveniente” dos problemas pelos quais o planeta enfrenta devido ao descaso geral da humanidade em preservar os recursos naturais da Terra.A antropóloga, especialista em “vintage” e pesquisadora de tendências da WGSN/Mindiset, Lígia Krás, discorreu sobre o assunto em entrevista ao blog da produtora de moda e idealizadora do
projeto SSE (Ser Sustentável com Estilo), Chiara Gadaleta Klajmic. “Acredito que com o tempo as pessoas vão entender que, assim como economizar sacolas de plástico e ter sua eco-bag, comprar roupas usadas ajuda a preservar o ambiente.”. (portal ser sustentável com estilo).No Brasil o destino de muitas doações de roupas usadas que são doadas a igrejas e outras comunidades que encaminham para diversos países essas roupas para doação, muitas roupas dessas são recebidas por as comunidades necessitadas mas não são absorvidas por serem peças de inverno muito mais rigoroso que o nosso, bem como de estilo que não é aceito por nossa cultura e como consequência essas comunidades ou seus dirigentes vendem para brechós essas peças.Segundo a ABIT Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção que acompanha a importação de roupas usadas , juntamente com o Ministério do Meio Ambiente, verificam essas importações para averiguar se são roupas realmente usáveis ou apenas uma forma de países ricos descartarem material reciclável para outros países
Zine U-M - Dezembro 2013 |41
Observa-se que há um interesse em reduzir a importações dessas roupas usadas e evitar que
Observa-se que há um interesse em reduzir a importações dessas roupas usadas e evitar que sejamos o depósito de recicláveis do resto do mundo como foi observado no caso de containers vindo com plásticos da Inglaterra e containers com roupas hospitalar dos Estados Unidos, o Ministério do Meio Ambiente obrigou a devolução aos países de origem sob ameaça de crises diplomáticas.Enfim os brechós abrem a possibilidade de termos uma moda sustentável que traz
a moda ecológica com oportunidade de sobrevida a peças que apresentam boa durabilidade apesar da sua efemeridade de cor , modelo ou estilo, o resgate histórico da moda pode valer a pena trilhar o caminho da sustentabilidade, quebrando o paradigma de que brechó é coisa de pobre, mas sim o ponto que entrelaça moda e sua história com a preservação do meio ambiente.
42 | Zine U-M - Dezembro 2013
Curiosidade
Entrevista: Lobo Pop Art
Lobo Pop Arte, é
referência no Brasil e
no mundo. O artista
brasileiro é inspirado
pela geração do new wave,
assim em suas obras há
presença de traços marcantes
e cores vibrantes. O artista
plastico e designer concedeu
uma entrevista ao Zine U-M
Zine U-M): Como foi o seu
primeiro contato com as artes?
Desde criança estive envolvido
com a arte. Na época do
colégio fazia capas de cadernos
personalizadas para toda a
turma, aos 15 anos desenhava
estampas de camisetas para
algumas lojas. Meu primeiro
emprego de carteira foi em
uma agência de propaganda,
onde trabalhei por alguns
anos e comecei a pintar em
2003 até os dias de hoje.
(Zine U-M): Por que
você escolheu o nome
artístico de Lobo Por Art?
No colégio, me lembro que na
hora do intervalo, um garoto
me chamou de Lobão, claro
que não gostei e quando não
gostamos de um apelido,
ai que ele pega mesmo.
Quando comecei a pintar
resolvi assinar como Lobão,
já que 90% das pessoas me
conheciam assim. O Pop Art
veio como “sobrenome” para
justamente me diferenciar
do cantor Lobão, este que há
uns 6 anos atrás, através dos
seus advogados, me notificou
para que mudasse de nome,
achei que o melhor a fazer
era mudar para Lobo e não
me arrependo, ganhei muito
mais confiança das pessoas.
(Zine U-M): Como são
feitas as suas técnicas?
A minha escola foi a vida,
fui pintando aqui e ali e
aprendendo sozinho. Uma
coisa que sempre procurei
fazer desde o começo, era não
me influenciar em nada, não
procurar referências de outros
artistas e com isso acabei não
procurando técnicas. Ainda
hoje não sei se o jeito que
faço meu trabalho é original
ou é uma técnica comum,
nunca parei para pensar nisso.
(Zine U-M): O que você quer
passar com suas obras?
Sem dúvida vida e alegria são
os meus maiores objetivos!.
Mas o que mais me agrada
é fazer uma obra única para
cada cliente, tentar entrar
na história de cada cliente e
levar isso para a obra, acho
que com isso acabo contando
um pouco da história de
cada cliente e depois da obra
pronta, os clientes contam
um pouco da minha história.
Zine U-M - Dezembro 2013 |43
Fotos do acervo pessoal.Obras Coluna 1: My History, Four Love, Francesca MonfrinattiObras Coluna 2: Paris and..., For fun, Fusca
44 | Zine U-M - Dezembro 2013
(Zine U-M): Como você acha que
se situa na arte brasileira atual?
Acho que sou um artista em
desenvolvimento, mesmo
já com 10 anos de carreira,
acredito ter muito que aprender
e é este sentimento que faz
um artista ir cada vez mais
longe. Muitas vezes penso
que a maior dificuldade de um
artista é agradar a ele próprio.
Sou muito exigente com meu
trabalho e sempre fico com
a sensação que poderia ser
ainda melhor. O bom disso é
que estou sempre em busca
desta perfeição, que na
verdade acredito não existir.
(Zine U-M): O que acha
do trabalho de outros
artistas brasileiros?
O Brasil é um pais muito rico nas
artes plásticas, as cores do meu
trabalho e de muitos artistas
vem do nosso clima tropical,
deste povo animado e alegre,
apesar de tantas dificuldades,
são estas que fazem muitos
destes artistas desistirem da
carreira. Um dica que dou
para quem está começando
é nunca desistir e também
não achar que tudo acontece
do dia pra noite, tente traçar
seu caminho e siga em frente.
(Zine U-M): O brasileiro
está acostumado com
essas inovações?
Vivemos hoje em um mundo
onde tudo acontece muito
rápido e temos acesso a tudo,
a arte pode ser vista por todos.
Hoje a arte está cada vez
mais inserida na sociedade
e tenho clientes em todos os
cantos do Brasil e exterior.
(Zine U-M): A moda tem alguma
influencia sobre a arte plástica?
Sim, sem dúvida, acho que
tanto a moda influencia as
artes plásticas como a arte
influencia a moda. Na minha
arte, apesar de meus quadros
serem sempre bem coloridos,
algumas vezes vejo que mesmo
que inconscientemente, acabo
puxando um tom que é tendência
de moda. Moda e arte sempre
estarão ligadas. Moda é arte!
(Zine U-M): Como foi ser
escolhido com um dos
artistas plásticos para
representar a Monica na
comemoração de 50 anos?
Sempre tive vontade de pintar
uma escultura, desde o Cow
Parade ficava com vontade de
participar de uma exposição
assim. Acho que o convite
para a Mônica foi além das
minhas expectativas, porque
além de ser uma escultura com
exposição na cidade, como
sempre quis, tem uma história
por trás de tudo, não é uma
simples escultura, é a Mônica,
personagem que fez e faz parte
da historia da maioria dos
brasileiros, e isso tem tudo a ver
com meu trabalho. Por isso a
minha inspiração para pintá-la
foi a própria historia da Mônica,
bem colorida para as crianças,
com estrelas, mostrando
que ela é a estrela da festa.
Usei dourado para retratar as
bodas de ouro, (50 anos), e
não poderia deixar de fora o
Mauricio de Sousa, que sou fã!
(Zine U-M): Uma frase?
O importante é
sempre ir em frente!
Por: Suelen Prata
Zine U-M - Dezembro 2013 |45
(19) 3408-0081
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