Download - TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot
![Page 1: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/1.jpg)
TEORIA MACROECONÔMICA IIECO1217
Aula 2 – 1/03/2006
Professores: Márcio GarciaMárcio Janot
![Page 2: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/2.jpg)
Na aula anterior, vimos os fatores que explicariam a determinação do nível de emprego no mercado de trabalho
Dois elementos de custo de informação estão presentes na determinação do equilíbrio no mercado de trabalho: custo de procurar emprego e custo de substituir o empregado
Além disso, o salário real, que é a variável essencial para o equilíbrio só é conhecido depois dos preços efetivamente praticados, que podem diferir dos preços esperados quando da contratação dos empregados.
![Page 3: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/3.jpg)
REVENDO A DETERMINAÇÃO DOS SALÁRIOS NOMINAIS
W = Pe.F(u,z) (6.1)
W = salário nominal,P
e =nível esperado de preços,
u = taxa de desemprego,z = outros fatores (qualificação, seguro desemprego,salário mínimo etc.)
dW/du <0 , dW/dz >0
![Page 4: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/4.jpg)
REVENDO A DETERMINAÇÃO DE PREÇOS, A PARTIR DOS SALÁRIOS NOMINAIS
O equilíbrio no mercado de trabalho requer:
W = __1__ (6.6)P (1 + µ)
Decisões de determinação de preços levam assim ao salário real que vigorará na economia, para cada nível de emprego contratado:
A PS
WS
W/P
UUn
![Page 5: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/5.jpg)
Dois tipos de fatores provocam a mudança de salários e preços de equilíbrio no modelo
Fatores que deslocam o salário eficiênciaFatores que deslocam a variável z: mudanças de regras que alterem o custo de busca por emprego – seguro desemprego, maior informação.
Fatores que deslocam o poder de mercado das empresas, dado o nível de demanda: legislação de proteção ao consumidor, concorrência, controles de preços e outros fatores que desloquem a variável µ.
![Page 6: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/6.jpg)
RESULTADO MACROECONÔMICO: SALÁRIO REAL DE EQUILÍBRIO, EMPREGO E DESEMPREGO
Equilíbrio no mercado de trabalho requer que o salário real implicado pela determinação de salários (WS) seja igual ao implicado pela determinação dos preços (PS).
F(un,z) = ___ 1___
(1 + µ)
A taxa un que resolve esta equação é a taxa de desemprego de equilíbrio denominada taxa natural de desemprego.
A PS
U
W/P
WS
Un
![Page 7: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/7.jpg)
Considere dois exemplos de como a relação de determinação de salários (WS) e a relação de determinação de preços (PS) dependem tanto de z quanto de µ.
1. Aumento do seguro-desemprego (aumento em z, ou seja, nas variáveis que aumentam o poder de barganha ou baixam o custo do desemprego para o trabalhador)
Aumenta o salário para um mesmo nível de preços e desemprego.
A PS
WS
W/P
U
WS`
A`
Un Un’
![Page 8: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/8.jpg)
2. Endurecimento da legislação anti-truste:
O poder de mercado diminui reduzindo o mark-up.
A PS
WS
W/P
U
A` PS`
Un
Un’
_1_
1+μ
_1_
1+μ’
![Page 9: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/9.jpg)
DO DESEMPREGO PARA O PRODUTO
Associada à taxa natural de desemprego está a taxa natural de emprego, Nn:
u U = L – N = 1 – N L L L
Rearranjando os termos,
N = L(1 – u) Nn = L(1 – un)
E como trabalho é o único fator de produção no modelo, o nível natural de produto é:
Yn = Nn = L(1 – un)
Notem que tais taxas devem satisfazer a relação:
F( 1 – Yn, z) = ___ 1___ (6.8) L (1 + µ)
![Page 10: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/10.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo
A curva de fixação de salários parece com uma oferta de trabalho; à medida que aumenta o nível de emprego, o salário real pago aos trabalhadores também aumenta;
![Page 11: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/11.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)
Entretanto, o salário correspondente a um dado nível de emprego na curva de fixação de salários é o resultado de um processo de barganha entre trabalhadores e firmas, ou produto da fixação unilateral dos salários pelas firmas.
![Page 12: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/12.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)
Já a comparação entre a curva de determinação de preços com a demanda por trabalho é estranha.
A curva é horizontal, não respondendo ao aumento do salário real com a diminuição do emprego.
A razão é a hipótese simplificadora de retornos constantes na produção. Com rendimentos decrescentes, a curva de fixação de preços seria decrescente. À medida que o emprego cresce, o custo marginal de produzir também cresce, forçando as firmas a aumentarem seus preços dado o salário nominal. Em outras palavras, o salário real implicado pela fixação de preços seria decrescente com o aumento do emprego.
![Page 13: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/13.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)
A demanda por trabalho padrão gera o nível de emprego contratado pelas firmas para um dado salário real.
Essa relação é feita supondo que as firmas estão em mercados competitivos de bens e de trabalho, e, portanto, tomam o salário e o nível de preços como dados: F’(L)=W/P
![Page 14: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/14.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)
Já a curva de fixação de preços pressupõe que as firmas têm algum poder de mercado (concorrência monopolista ao invés de concorrência perfeita).
Fatores como o grau de competição no mercado de bens afeta a relação de fixação de preços através de sua influência sobre o mark-up.
Tais fatores inexistem na derivação da demanda de trabalho padrão.
![Page 15: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/15.jpg)
Comparação do modelo de fixação de salários e preços com o modelo competitivo (cont.)
No arcabouço de oferta e demanda por trabalho, os desempregados estão nessa situação porque querem. Ao salário real vigente, eles poderiam estar trabalhando se quisessem.
Já no arcabouço de fixação de salários-determinação de preços, o desemprego é provavelmente involuntário. Esta característica Keynesiana parece adequar-se melhor à realidade.
![Page 16: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/16.jpg)
Conclusão
Mostramos como o equilíbrio no mercado de trabalho determina a taxa de desemprego de equilíbrio que, por sua vez, determina o nivel de produto de equilíbrio.
Então, para que serviu o curso de Macro 1 e o estudo do modelo IS-LM, que mostrava que o produto era determinado por fatores como política monetária, política fiscal, etc?
![Page 17: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/17.jpg)
Conclusão (continuação)
A equação de equilíbrio no mercado de trabalho supõe que P=Pe.
Isso não necessariamente será verdade no curto prazo. Contudo, é improvável que as expectativas estejam sistematicamente erradas no médio prazo.
Portanto, devemos esperar um retorno do produto para o seu nível natural ao longo do tempo.
![Page 18: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/18.jpg)
DADOS RECENTES PARA A ECONOMIA BRASILEIRA
Importância da sazonalidade, dificuldade de detectar nos dados de curto prazo
![Page 19: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/19.jpg)
Taxa Média de Desemprego Aberto em Janeiro
13,514,1
17,0
11,6
13,8
11,7
7,7
5,9
7,0 7,2
6,1
9,79,0
11,1
10,2
8,2
9,7 9,5
13,4
14,314,0
10,511,1 11,2
11,7
10,2
9,2 9,3
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
![Page 20: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/20.jpg)
Taxa de Desemprego Aberto – PME
Desemprego Aberto
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
14.00
16.00
18.00
jan/
80
jan/
81
jan/
82
jan/
83
jan/
84
jan/
85
jan/
86
jan/
87
jan/
88
jan/
89
jan/
90
jan/
91
jan/
92
jan/
93
jan/
94
jan/
95
jan/
96
jan/
97
jan/
98
jan/
99
jan/
00
jan/
01
jan/
02
jan/
03
jan/
04
jan/
05
Original DessazonalizadoOBS: Em 2001 mudou a metodologia.
![Page 21: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/21.jpg)
Tempo Médio de Procura por Emprego (semanas)
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Jan
-01
Fe
b-0
1
Ma
r-0
1
Ap
r-0
1
Ma
y-0
1
Jun
-01
Jul-
01
Au
g-0
1
Se
p-0
1
Oct
-01
No
v-0
1
De
c-0
1
Jan
-02
Fe
b-0
2
Ma
r-0
2
Ap
r-0
2
Ma
y-0
2
Jun
-02
Jul-
02
Au
g-0
2
Se
p-0
2
Oct
-02
No
v-0
2
De
c-0
2
Fonte: PME – Antiga Metodologia/IBGE
![Page 22: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/22.jpg)
Tempo Médio de Permanência no Trabalho Principal
Tempo médio de permanência no trabalho das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (semanas)
310,0
315,0
320,0
325,0
330,0
335,0
340,0
345,0
mar
/02
jun/
02
set/0
2
dez/
02
mar
/03
jun/
03
set/0
3
dez/
03
mar
/04
jun/
04
set/0
4
dez/
04
mar
/05
jun/
05
set/0
5
dez/
05
mar
/06
jun/
06
set/0
6
dez/
06
![Page 23: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/23.jpg)
Rendimento Médio Real
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00fe
v/02
abr/0
2
jun/
02
ago/
02
out/0
2
dez/
02
fev/
03
abr/0
3
jun/
03
ago/
03
out/0
3
dez/
03
fev/
04
abr/0
4
jun/
04
ago/
04
out/0
4
dez/
04
fev/
05
abr/0
5
jun/
05
ago/
05
out/0
5
dez/
05
fev/
06
abr/0
6
jun/
06
ago/
06
out/0
6
dez/
06
Ocupadas Setor Privado Setor Público Carteira Assinada Privado Sem Carteira do Setor Privado Por Conta Própria
![Page 24: TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot](https://reader035.vdocuments.net/reader035/viewer/2022062700/552fc168497959413d8eb4c7/html5/thumbnails/24.jpg)
Taxa de Atividade
Taxa de Atividade PEA/PIA
52,0
53,0
54,0
55,0
56,0
57,0
58,0
59,0
mar
/02
jun/
02
set/0
2
dez/
02
mar
/03
jun/
03
set/0
3
dez/
03
mar
/04
jun/
04
set/0
4
dez/
04
mar
/05
jun/
05
set/0
5
dez/
05
mar
/06
jun/
06
set/0
6
dez/
06