FACULDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MÁRCIA SILVEIRA DA PAIXÃO
ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL
RIO DE JANEIRO 2016.2
FACULDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MÁRCIA SILVEIRA DA PAIXÃO
ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso à Faculdade São Judas Tadeu como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do professor Mestre Fabiano de Almeida Oliveira
RIO DE JANEIRO 2016.2
TERMO DE APROVAÇÃO
MÁRCIA SILVEIRA DA PAIXÃO
ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL
Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso à Faculdade São
Judas Tadeu como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências
Contábeis, aprovado pela seguinte banca examinadora:
____________________________________________ Orientador Professor Mestre Fabiano de Almeida Oliveira
Faculdade São Judas Tadeu
____________________________________________ Professor Mestre Edilma Pinheiro
Faculdade São Judas Tadeu
Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2016.
Dedico esta monografia a Deus, pois só
ele é minha fortaleza. Dedico também às
pessoas que não acreditaram que seria
possível, a todos que disseram que eu
não conseguiria, a todas as palavras para
desistir, principalmente enquanto eu
chegava tarde em casa da faculdade e
acordava cedo para ir ao trabalho,
agradeço a todos, pois foi com essas
palavras que me tornei mais forte e
acreditei que tudo é possível aquele que
crê.
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por sempre se fazer presente em minha vida, dando força e não deixando
que eu desista de meus objetivos;
Ao meu marido José Maria, que esteve ao meu lado nas horas de tormenta e
angústia e também de muitos momentos felizes durante esses quatro anos de
graduação;
A minha querida amiga Roseli, por me oferecer seu ombro amigo, e seu amor de
irmã, sem buscar nada em troca:
Aos meus pais, Maria e Edison (In Memória) pela criação que me deram e por serem
exemplo de vida, dedicação e amor;
Aos amigos de turma, que estiveram comigo nesses quatro anos de luta me
ajudando;
Aos professores Fabiano, Edilma e Oliveira pela atenção e incentivos que me foram
dados, obrigada por tudo.
:
RESUMO
Este trabalho teve a finalidade de mostrar a grande necessidade da ética no exercício da profissão Contábil, especialmente sua importância junto à sociedade. Esta pesquisa expõe os conceitos de Ética e de Moral e como esses dois conceitos se inserem no exercício da atividade do Contador, observando-se a relevância que este tema tem para o crescimento da profissão do contador junto ao mercado e a credibilidade dos contadores e auditores. Enfatizando-se questões da ética e seus valores, juntamente com o código de ética do contabilista, inclusive aplicados a área da Auditoria, através do levantamento de fraudes e dos resultados negativos que ela traz para a sociedade e para as organizações. Foi evidenciado no texto o caso da empresa Parmalat, que tem em seu histórico um caso de fraude junto à sua contabilidade. A partir daí mostrou-se o quanto a transparência na profissão tem sua importância junto às atividades do Contador. Este estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, utilizando-se literaturas diversas como livros, artigos científicos, textos da internet e também, usando como base, o Código de ética do Profissional Contábil. O estudo nos mostra que a ética sugere obrigações e deveres que os indivíduos possuem em seu dia a dia, tornando a prática profissional do contador um hábito cuja conduta reflita lisura e transparência, assim como requer a ética no exercício da sua profissão. Palavras-chaves: Ética. Código de Ética contábil. Auditoria. Fraudes.
ABSTRACT
This work had the purpose of showing the great necessity of ethics in the exercise of the accounting profession, especially its importance with society. This research exposes the concepts of Ethics and Moral and how these two concepts are inserted in the exercise of the Accountant activity, observing the relevance that this theme has for the growth of the profession of the accountant next to the market and the credibility of the accountants and auditors. Emphasizing issues of ethics and its values, together with the accounting code of ethics, including applied to the area of Audit, by surveying fraud and the negative results it brings to society and to organizations. It was evidenced in the text the case of the company Parmalat, which has in its history a case of fraud with its accounting. From this, it was shown how much transparency in the profession has its importance with the activities of the Accountant. This study was carried out through bibliographical research, using different literatures such as books, scientific articles, and internet texts and based on the Professional Accounting Ethics Code. The study shows us that ethics suggests obligations and duties that individuals possess in their daily life, making the professional practice of the accountant a habit whose conduct reflects fairness and transparency, as well as requires ethics in the exercise of their profession.
Keywords: Ethics. Code of Ethics Accounting. Audit. Frauds.
Lista de siglas
CEPC – Código de Ética Profissional do Contabilista
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CRC – Conselho Regional de Contabilidade
NBC – Normas Brasileiras de Contabilidade
NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis
SEC – Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos
Sumário INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 9 1. CONCEITO DE MORAL E ÉTICA .................................................................................... 12
1.1 ÉTICA PROFISSIONAL .......................................................................................................... 14
1.2 A ÉTICA PROFISSIONAL E SEUS VALORES .................................................................. 16
2. O PROFISSIONAL CONTÁBIL ......................................................................................... 18 2.1 A POSTURA DO CONTADOR .............................................................................................. 19
2.2 CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL, A LUZ DO CONTADOR. .................................. 20
3 . AUDITORIA E A ÉTICA .................................................................................................... 26 3.1 FRAUDES ................................................................................................................................. 29
3.2 CASO PARMALAT .................................................................................................................. 30
3.3 OS RESULTADOS GERADOS PELA FRAUDE NA PARMALAT ................................... 31
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 35
9
INTRODUÇÃO
O ser humano possuiu várias maneiras de interpretação no meio em que está
inserido. Cada um percebe e reage da sua maneira e responde com diferenças um
dos outros a respeito da palavra Ética. Destacando-se no que se refere à palavra
Ética que significa modo de ser ou caráter, como forma de vida ou hábito, é o estudo
da conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal.
Vamos direcionar o significado de Ética e os seus princípios morais,
classificando a moral ao comportamento humano e suas condutas também no seio
social e separando especificamente a parte da ética que lida com as profissões e os
códigos que as regem, como a deontologia, onde se direciona a moral ao
comportamento funcional e profissional do ser humano na comunidade social.
Nesse estudo vamos analisar a conduta do ser humano em relação a
profissão do contador nas faculdades desde sua formação até a prática no exercício
do trabalho, e que importância tem a ética nesse âmbito.
Na profissão Contábil existem muitos desafios para serem superados, ainda
mais no atual cenário do nosso país e no mundo onde a contabilidade gera
progresso em todos os setores onde é encaixada, pois é a profissão da
transparência. Mas sem a ética a profissão contábil sobreviveria? Essa será uma
das questões analisadas no trabalho de pesquisa.
O estudo verifica o porquê de muitos contadores não construírem um trabalho
de honestidade e transparência, e o que essas atitudes trazem de consequências
para a imagem do Contador.
Portanto qual será a necessidade da ética na formação desse profissional?
E até que estágio a falta de ética prejudica a imagem e o trabalho do
contador?
O objetivo dessa pesquisa é demonstrar o significado da ética na profissão
em qualquer um dos setores onde a contabilidade se encaixa e onde a conduta do
contador seria de perto acompanhada.
A análise desse estudo segue uma linha de pesquisas bibliográficas onde
serão verificados os critérios para o uso da ética na contabilidade especificamente
na auditoria e as fraudes constatadas quando não se tem ética na profissão.
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Destacando o Código de Ética do Contador, onde é demonstrada a teoria da Ética
na profissão.
Como deve ser o perfil do contador hoje. E quais os cuidados que os futuros
profissionais devem tomar para que não caiam em armadilhas em suas condutas
éticas.
Esse objetivo tem o dever de apontar as consequências que podem ser
impostas na falta de um Código de ética na vida do profissional contábil. As fraudes
e as ocultações nas demonstrações contábeis em relação à continuidade e o
desenvolvimento do trabalho.
Demonstrando como a ética é importante na vida desse profissional para os
estudantes da área contábil e o quanto a mesma valoriza a profissão quando se
exerce um trabalho com honestidade e transparência.
De um modo geral as alternativas apresentadas sempre tiveram como
principal preocupação atender a todos os usuários da contabilidade. O trabalho do
Contador é de grande responsabilidade e a ética profissional deverá acompanha-lo
no exercício da profissão, e a mesma deve seguir os passos do contador, se a ética
como norte deve vir acompanhada com a pessoa, e se ela poderia ser o caráter do
contador?
Essa seria uma das perguntas que serão esclarecidas no desenvolver desse
trabalho de pesquisa.
O contador verifica a veracidade das contas, não deve falar ou transmitir
informações que não existam. Então a profissão se encaixa como um fator
determinante para o bem-estar da sociedade para termos um setor de trabalho
melhor e um mundo mais digno. A delimitação do trabalho vem me direcionando a
responder questões sobre a ética na prática, algo que o estudante de contabilidade
só tem como base a teoria.
Os fundamentos teóricos desse estudo têm como base consultas detalhadas
no tema ética e ética profissional, com informações tiradas do Código de Ética
Profissional do contabilista junto ao Conselho Regional de Contabilidade do Rio de
Janeiro (CRC) e Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
A metodologia que se refere ao estudo tem base em pesquisas bibliográficas,
em literaturas que detalham as leis vigentes e tem a função de analisar o tal quanto
são necessárias as respostas do tema no que se refere à legalidade em nosso país,
11
buscando explicar pontos fundamentais sobre o assunto em estudo, analisando
conceitos e diferenças sobre a moral e a ética na profissão.
Nos tempos atuais os conceitos e a prática da ética e da moral vêm sendo
quebrados, a sociedade esquece os verdadeiros valores e o significado da palavra
ética. No exercício da função o contador jamais poderá ter o direito de esquecer algo
tão importante, por isso nesse trabalho busco tentar responder algumas perguntas
sobre a necessidade da ética na formação do profissional contábil e que danos a
falta da mesma pode causar a categoria. A análise do sentido da ética nos auxilia a
compreender as atitudes das ações humanas em sociedade, e quando existe a falta
dela na formação do profissional é como se faltasse o alicerce de uma coluna. O
profissional não se torna capaz de exercer a contabilidade sem a ética direcionando
cada passo do profissional.
12
1. CONCEITO DE MORAL E ÉTICA
As pessoas em uma sociedade pensam diferentes, tem convicções diferentes,
agem bem diferentes umas das outras, tomam atitudes diferentes como seres
humanos pensantes, sendo assim deveriam respeitar os valores, o modo de agir e
as decisões das outras pessoas. A palavra moral vem do latim, moris e significa
costume ou jeito de se conduzir do ser humano, a forma das pessoas em
sociedades agirem e tomarem certas atitudes.
Estamos em uma sociedade que é regida por leis e a todo o momento
estamos sendo observados por nossas condutas, nossas formas de agir diante da
sociedade e isso se torna muito claro em todos os ambientes, então cabe a nós
aceitar e respeitar o modo de ser de cada um.
Considera que na medida em que cada pessoa possui suas próprias crenças e seus próprios valores, cada um tem uma maneira própria de se comportar. Desse modo, as relações humanas nem sempre são pacíficas, já que se envolvem valores e comportamentos individuais. Nessa perspectiva, a moral é baseada no que é certo e errado, justo e injusto. (LISBOA, 1997, p.14).
De acordo com KANT (1785, p.40) a lei visa o bem-estar do cidadão, ela
busca o melhor para todos, mesmo que nem sempre isto aconteça, mais o homem
no ambiente em que vive não deveria ser visto como um ser de hábitos culturais,
mais sim como um ser de livre arbítrio, alguém que se torna responsável pelas suas
próprias ações. A moral é o que advém dos conceitos e princípios de cada indivíduo
e cria comportamentos das pessoas, ela é relativa aos costumes, ela conduz o
costume imposto na sociedade. A moral é um modo de comportamento que a
sociedade considera como adequados, como valores corretos, como sendo
comportamentos que devam ser observados. A moral não é considerada
necessariamente como racional porque ela vai prescrever determinadas condutas,
determinados comportamentos baseados não em análises lógicas daquelas atitudes,
verificando se é adequada ou não se essas atitudes ou comportamentos traz algum
benefício para a produtividade, mas esse comportamento ditado pela moral traz
fatores não racionais como, por exemplo, da religião ou das culturas de cada lugar.
Sendo assim a moral trabalha com a imposição de alguns comportamentos, ela
13
mostra as nossas ações às pessoas com quem convivemos socialmente na forma
de regras que são passadas adiante.
A Ética foi criada para estudar a moral, os costumes de uma sociedade, ela
nada mais é do que a moral legalizada, uma forma de padronização em sociedade
fazendo com que pessoas tenham uma vida mais harmônica e organizada e
padronizando o comportamento moral.
Moore (1975, p.4) relata que ética é uma palavra de origem grega, com duas
origens possíveis. A primeira é a palavra grega éthos, com “e” curto, que deve ser
traduzida por “costume”; a segunda também se escreve éthos, porém com “e” longo
que significa “propriedade do caráter”.
A Ética vem para estabelecer a padronização da moral em cada nicho social
de acordo com cada contexto social. Ela tem a ver com o que cada indivíduo quer
para si, para sua própria vida como quais objetivos quer atingir ou aonde quer
chegar e quais metas desejam cumprir para buscar seus objetivos a ética aproxima-
se da reflexão filosófica ela se torna uma opção é o estudo da moral e se baseia em
valores, em comportamentos e no bem em que o indivíduo faz para outras pessoas,
tanto na vida profissional, quanto na vida social, e quanto dentro das organizações
em que fazemos parte.
K. FRANKENA (1981, p.17) explica que a Ética é o momento da filosofia que
age com preocupação com a moralidade,
suas dificuldades e razões. É uma filosofia que tenta explicar o porquê dessas
normas e princípios que seguimos, e se esses valores estão certos ou errados. A
ética diz o que a sociedade ou o indivíduo segue, se os costumes, as tradições e os
tabus estão indo em direção do bem ou do mal.
Lopes Sá (2000, p. 33), em seus escritos vem dizendo que:
A ética é um estado de espírito quase hereditário e vem da formação e do meio social no qual a criança teve sua personalidade moldada, burilada para ingressar no convívio da sociedade, que é o que popularmente se denomina berço; e moral é adquirida por meio da educação formal e da experiência de vida.
O indivíduo em si tem a sua liberdade de decidir se vamos por tal caminho ou
não e desse jeito se vamos conduzir a nossa vida por determinados padrões da
ética. E uma das regras básicas está em não prejudicar, e não fazer mal aos outros,
em não ofender ninguém. Mesmo assim em tudo que você analisa do ponto de vista
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ético, também tem que passar pelo olhar da moral, mais nem sempre as regras da
moral atendem a visão ética.
A parte da ética que analisaremos para este trabalho acadêmico se encaixa
na deontologia onde a palavra se origina do grego “Deon”, o que significa dever,
aquilo que é obrigatório. A deontologia é onde se estuda os códigos de ética, e onde
se encaixa o código de ética profissional que significa as regras e os deveres
adotados por determinadas profissões, é a ciência que engloba vários tipos de
deveres e normas sobre como deveria ser o profissional em exercício na sua área. A
deontologia também pode ser descrita como um guia de como devemos considerar
como é o bom e o mau. A deontologia seria a forma de explicar as escolhas feitas
pelas pessoas e como poderia indicar um rumo dentro da moralidade no que
realmente pode ser feito, para os profissionais; nada mais é que normas
estabelecidas que visem o pleno exercício do dever.
De acordo com a Secretária de Educação Fundamental existe uma hierarquia
no meio dessas normas, o universo de princípios da ética tem sua base geral em
condições reflexivas no ser humano, porém universais por bases práticas e dos
costumes, para depois chegar aos códigos mais restritos, referentes às classes
independentes do seguimento da sociedade.
1.1 ÉTICA PROFISSIONAL
Nós que somos integrantes de uma sociedade sabemos que a Lei existe e foi
construída para estabelecer uma harmonia social, ela foi criada para informar a
sociedade que existem regras fundamentais para o convívio em grupo, aonde vem
ajudar e promover equilíbrio para o desenvolvimento. Como exemplo para nos
mostrar a importância das leis e a necessidade delas, se a lei específica que
regulamenta o trânsito não existisse, não poderíamos controlar os motoristas que
estacionam em cima das calçadas ou até mesmo os que avançam o sinal vermelho.
Seria praticamente impossível conviver em um grupo social sem leis e regras a
serem cumpridas.
A todo tempo nos deparamos com fatos que se tornam proibidos ou são
permitidos. Imagine convivendo em uma pátria sem leis, onde as pessoas
decidissem sobre a vida de outras? Ou um colégio onde seus diretores e
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professores não fizessem controle de notas ou avaliações? Deste modo como
poderia ser a forma de aprovação dos alunos?
Na sociedade a lei para ser aprovada deve diferenciar as atitudes saudáveis
das prejudiciais. As primeiras encaixam-se naquilo tido como normais, já que são
praticadas pela maioria das pessoas e aceitos pela sociedade como bons, as
segundas consistem naquelas atitudes que prejudicam o próximo e são praticadas
por um número menor de pessoas.
Convivendo em sociedade com regras e leis direcionando nossos
comportamentos e atitudes nem sempre podemos observar todas as situações. Com
todas essas diversidades, ser ou não ser, certo ou errado, bom ou mau, envolvemos
a questão da ética e também da ética profissional. O que configura ser uma
descrição simples e de fácil aplicação, na verdade é um conceito complexo, pois
inclui princípios de valores, não tão fáceis de serem aplicados.
O termo “ético” tem diversas conotações, uma que é sempre usada é que a
ética tem a ver com princípios de condutas que orientam cidadãos. Assim a
expressão ética pessoal é normalmente aplicada em referência aos princípios das
pessoas em geral.
Assim como a ética profissional serve como indicador de um conjunto de
normas que sinaliza a conduta de membros de determinadas profissões. Um bom
exemplo de conduta ética profissional é o caso de um auditor que é requisitado para
auditar as contas de uma empresa onde ele tem parente como funcionários da alta
diretoria. A atitude esperada desse auditor é de que ele recuse o trabalho, assim
entendendo ser o correto perante a sociedade, pois o auditor deverá emitir um
parecer justo sobre a autenticidade dos dados inclusos nos relatórios. Sendo
direcionado pela ética profissional o auditor deve pedir o afastamento da tarefa de
auditar esta empresa, deixando claro aos seus superiores porque está recusando o
trabalho. Desta maneira ele estará agindo de acordo com uma crença difundida de
que esta é a decisão correta a ser tomada. No direcionamento da ética profissional
diz que o correto é que o auditor seja substituído.
Segundo Lisboa (1997, p. 29):
A Ética Profissional tem uma finalidade fundamental ao regulamentar às profissões, pois proporciona uma visão de justiça e bom desempenho das atividades, em situações que muitas vezes por interesses próprios ou mesmo por deficiência íntima de cada homem,
16
podem levar os profissionais por caminhos ilícitos na maioria das vezes sem retorno.
Menciona-se como ética profissional um conjunto de atos de diversas classes
profissionais que recebe dos seus específicos conselhos normas para nortear suas
atividades, deste modo agindo com respeito e cumprindo suas respectivas condutas
no exercício da profissão.
1.2 A ÉTICA PROFISSIONAL E SEUS VALORES
A convivência é uma das bases da ética profissional, a consciência ética é
formada pelo dever da prática de valores, aquilo que nos é dado e que nos
acompanha em todas as áreas de nossas vidas, a diretriz da maioria das pessoas
que hoje tenta se inserir no mercado de trabalho luta para se estabelecer na
profissão que escolheu e para que isso se torne possível o indivíduo deverá exercer
o trabalho com zelo, honestidade e diligência, onde não se torna mais do que a
obrigação de um profissional.
Para FROMM (1998, p. 30),
Através dos valores, que são princípios morais, o homem adquire um comportamento ético, que rege suas atitudes na sociedade em que vive. O comportamento ético conduz o homem a fazer o que considerar importante em sua vida.
Os valores buscados nos profissionais vêm sendo relacionados, nos últimos
tempos, por diversos aspectos. O Portal IBC nos demonstra alguns desses valores:
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Fonte: Portal IBC
Valor ético da capacidade humana é variável em razão ao seu objetivo em
relação à comunidade. Se o trabalho feito é só para lucrar, ele terá seu valor
reduzido, mais quando se exerce um trabalho com amor, tentando conquistar
benefício para terceiros, com uma consciência do bem comum, passa a existir uma
preocupação com o próximo. Aquele que só se preocupa com os ganhos,
geralmente, tende a ter menor preocupação com o grupo. Iludido com as vantagens
monetárias, a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade e muito menos
com a sociedade.
INTEGRIDADE
RESPEITO
VALORES
COOPERAÇÃO
DISCIPLINA
ÉTICA
HUMILDADE
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2. O PROFISSIONAL CONTÁBIL
A profissão contábil vem crescendo cada vez mais na sociedade. A profissão
vem sendo muito requisitada nas maiores empresas do país e do mundo, e em
todos os ramos de negócios, e é por isso que devemos valorizar a ética profissional
que exerce uma atribuição muito relevante e de grande importância no ambiente de
trabalho de qualquer profissional inclusive a do contador, onde existe um
reconhecimento mundial por tal profissão que estipula a ética como diretriz em sua
trajetória.
Nesse âmbito o contador deverá mostrar-se apto ao exercer o seu trabalho,
mostrando um preparo técnico eficiente sendo capaz de conduzir a profissão com
comprometimento e se tornando um diferencial entre os outros profissionais, onde
também este profissional não seja tentado a cometer atos errados ou ilícitos e
mostrando apenas suas boas convicções no seu local de trabalho.
Não somente o profissional da contabilidade, mas também outra profissão no
meio em que esteja inserido, o contador vem se sentido de certa maneira coibido ou
pressionado por seus clientes ou pela diretoria das empresas as quais prestam seus
serviços, a ajustar certos resultados ou tão somente deixar de efetuar alguns
pagamentos, ou simplesmente fingir que não vê alguns atos, o que na profissão vem
a ser contra aos princípios da contabilidade e também contra o Código de Ética do
Contador.
Ser ético na profissão significa realizar ações de valores tradicionais em prol
do bem, é não prejudicar o próximo. E o cidadão que exerce a ética profissional
deverá realizar todas as obrigações vinculadas a sociedade e ao seu grupo de
trabalho.
Existem algumas perguntas que devemos fazer e que nos geram dúvidas em
relação ao assunto, tais como: É necessário ser ético no ambiente de trabalho?
Para se ter algumas virtudes relacionada a ética profissional é necessário que
se desenvolva uma postura que transmita transparência na atuação profissional.
19
2.1 A POSTURA DO CONTADOR
O Contador vem se estabelecendo cada vez mais como um parceiro
indispensável na gestão de várias empresas
Sem a devida postura esse profissional não seria requisitado em nenhuma
empresa; a firmeza e segurança no que diz que o contador transmite confiança ao
cliente. A honestidade e a transparência são a base que não admite tolerância ou
ainda interpretações circunstanciais. O indivíduo quando é honesto tem a sua
postura ética desde as pequenas coisas até as grandes coisas e não admite duas
medidas.
O comprometimento em seus afazeres significa na vida profissional o respeito
aos seus clientes e as pessoas, algo que deve ser desenvolvido na formação do
profissional, assim como a competência com o conhecimento em sua própria área
de atuação, dominando o que aprendeu e colocando em prática os seus
conhecimentos, assim também como a prudência, tornando o profissional capaz de
medir e analisar as consequências de suas decisões, tendo como base a coragem, a
perseverança, e a compreensão.
Devido ao grande crescimento econômico, a profissão do contador se tornou
uma das profissões mais bem vistas diante do mercado. A profissão do contador
exige um vasto conhecimento em assuntos variados como finanças, economia,
transações comerciais, organizacionais, etc. Para estar apto a direcionar suas
decisões de acordo com os princípios e normas da contabilidade, a nova área de
trabalho exige um profissional capaz de exercer várias funções, assumindo novas
responsabilidades e procurando mais do que registrar ato e fatos das organizações,
mas também se tornando um gestor de informações. Com grandes exigências
estabelecidas diante do profissional contábil ao comprometimento da profissão,
como a Ética é exigida desse contador? São padrões ditados pelo Conselho
Regional de Contabilidade (CRC), e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
20
2.2 CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL, A LUZ DO CONTADOR.
Podemos denominar a deontologia como moral profissional ou Ética
profissional, onde encontramos o estudo do conceito básico do direito e do dever.
Um código de Ética pode ser compreendido por uma relação de normas de
comportamentos que pode ser observada na execução do trabalho, que nos leva ao
bem-estar da sociedade, de forma a certificar a boa-fé de seus membros dentro e
fora de uma organização. Deste modo refere Lisboa (1997, p.58): “Um dos objetivos
do código de ética profissional é a formação da consciência profissional sobre
padrões de conduta”.
Como este contexto aborda a ética profissional, Lisboa explica que:
Apesar de um código de ética profissional servir para coibir procedimentos antiéticos, este não é seu principal objetivo. Seu objetivo primordial é expressar e encorajar o sentido de justiça e decência em cada membro do grupo organizado (1997, p.59).
O Código de ética foi criado para fornecer um norte para as profissões. Ele
representa a fiscalização no exercício da profissão, criando várias diretrizes do que
se pode dizer do que é correto no trabalho do contador. Podemos dizer também que
código de ética se refere a um conjunto de normas éticas que devem ser respeitadas
pela profissão.
Segundo Lisboa (1997, p.62), “pode-se afirmar que uma das condições
essenciais para o sucesso profissional do Contador é a sua aderência a um conjunto
de princípios éticos que sirvam de premissas para suas ações”. O Código de Ética
do Contador foi feito pelo Conselho Federal de Contabilidade, que no exercício de
suas atribuições legais, ditam as normas para direcionar todos os contadores em
seu exercício com a lei da RESOLUÇÃO CFC Nº 290/70 e que depois se torna
revogada para a RESOLUÇÃO CFC Nº 803/96.
O Código de Ética Profissional do Contabilista sugere que a execução dos
trabalhos contábeis seja feita com clareza e corretamente para que todos os que
exercem este trabalho recebam o merecido reconhecimento. Ele tem a finalidade de
capacitar este profissional em adquirir atitudes próprias de acordo com os princípios
éticos na sociedade.
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Conforme o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) (2003, p.20), podemos
verificar algumas atitudes próprias do profissional da contabilidade mediante o
exercício da profissão.
a) O comprometimento para com a sociedade exercendo suas atividades
com empenho.
b) Fidelidade para com o que contrata sua prestação de serviço,
guardando sigilo profissional.
c) Compromisso com as obrigações que a profissão requer.
d) Resguardar a imagem do Contador, mantendo-se sempre informado e
atualizado em novas práticas contábeis.
Com essas condutas o contador saberá diferenciar o certo do errado, caberá
a ele decidir se exercerá a profissão com honestidade e dignidade.
Portanto tentarei nesse capítulo delimitar alguns pontos importantes do código
de ética profissional do contador.
O código de ética profissional do contador, RESOLUÇÃO CFC Nº 803/96
capítulos I do objetivo exemplifica que:
Art. 1° Este código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade quando no exercício profissional e nos assuntos relacionado à profissão e à classe.
Com grande necessidade para direcionar a profissão do contador no Brasil a
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade Nº 803/96, de 10 de outubro de
1996 expõe o código de ética do profissional de contabilidade, tendo em vista o
crescimento e o desenvolvimento de uma melhor qualificação da profissão.
Tendo em vista os últimos acontecimentos no Brasil, com fraudes,
recebimentos duvidosos na política, roubos no poder público e enriquecimentos
ilícitos de nossos governantes, nunca foi antes a profissão do contador tão
requisitada, como também com o profissional viesse em suas ações a ética em seu
exercício.
O código de ética profissional do contador contém 14 artigos que têm como
objetivo demonstrar as ações da prática contábil.
Uma regra deontológica, ou uma regra do dever, como obrigação do contador
é algo que deva ser seguida com muita responsabilidade. O trabalho do profissional
contábil requer muita atenção com a forma com que será apresentado. A integridade
em seu exercício reflete o seu modo de agir, a sua conduta moral, demonstrando
22
honestidade. Ao cumprir suas obrigações o profissional contábil engrandece a
profissão e valoriza cada vez mais o seu trabalho.
Ainda no capítulo II dos deveres e proibições do contabilista o Art. 3° – No
desempenho de suas funções é vedado ao contabilista:
I – Anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;
A ação de julgar o colega com atitudes de diminuição do mesmo, demonstra
extrema falta de ética na profissão, e com apenas a intenção de tomar seus clientes
ou tentar mostrar um trabalho de melhor qualidade somente traz a esse profissional
o título de mau caráter. Tal atitude demonstra e falta de índole junto aos contadores
que praticam um trabalho limpo e correto diante da sociedade. O mais recomendável
e mais apresentável é conseguir clientes demonstrando a sua competência e não
lesando a classe.
No Art. 5° que se refere ao contador quando perito, assistente técnico,
assistente técnico, auditor ou arbitro, é dito que este deverá:
VII – Assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne a aplicação dos Princípios de Contabilidade e Normas brasileiras de contabilidade editadas pelo CFC;
Apesar de serem apontados pelos contadores, os clientes raramente, no dia a
dia da prática contábil, aceitam e cumprem as normas propostas, e por sua vez,
“alguns” escritórios de contabilidade e colegas da área, para não perder o cliente,
aceitam fazer alguns ajustes ou não efetuarem certos pagamentos tributários ou até
trabalhistas, mesmo sabendo que se trata do descumprimento do código de ética do
contador. Seguir essas regras na prática fica complicado, principalmente no
momento de crise em que vivemos hoje, mais o não cumprimento dessas normas só
traz o mal exemplo a classe.
Todo o exercício da profissão principalmente quando é ligada a alguma
atividade regulamentada, deve ser exercida por um profissional capacitado e
legalmente habilitado.
De acordo com Lopes de Sá (2000, p. 100), o compromisso do contador como
conduta é identificada por uma assinatura em documentos contábeis como:
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demonstrativos, livros e outras informações quando assinados pelo contador torna-o
responsável pelo fato ali expresso, consequentemente, quando este contador assina
documentos feitos por ele ou por outrem, assume a responsabilidade técnica a qual
ele foi capacitado, e se sua conduta foi irregular ou ilícita o mesmo poderá responder
no campo civil e penal.
O capítulo III Do Código de Ética Profissional do Contador refere-se ao Valor
dos Serviços Profissionais.
Art. 6° O Profissional da Contabilidade deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito considerado os elementos seguintes. (Redação alterada pela Resolução CFC n°1,307/10, de 09/12/2010).
Segundo R.FARN(2002, p.65-75) a remuneração representa a prestação de
serviços profissionais prestados aos clientes. Existem algumas divergências de
opiniões entre os contabilistas sobre esta questão, ao estabelecer uma tabela de
preços de honorários, alguns conselhos entre eles o CRC escolhe ter a posição de
não interferir nesta questão tão complexa.
A única referência sobre a fixação de honorários no Código de Ética do
Profissional Contábil é que embora não determine valores a serem cobrados pela
prestação de serviços, determina que o Contador deva fixar previamente em
contrato o valor do serviço a ser executado.
No que diz respeito ao Capitulo IV Do Código de Ética do Profissional
Contábil sobre Os Deveres em Relação aos Colegas e à classe.
Art. 9º A conduta do Profissional da Contabilidade com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010) Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão. Art. 10 O Profissional da Contabilidade deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010) Art. 11 O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
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Este ponto que vamos abordar agora diz respeito ao trato com o colega de
profissão. Não somente os contadores como em outras áreas profissionais deveram
ter um bom convívio em um ambiente de trabalho e valorizar nossa classe e mesmo
dentre todas as profissões, inclusive os vários seguimentos da contabilidade, deve-
se predominar o espírito da solidariedade e da ética.
O Código de Ética do Contador deixa bem claro que devemos ter um
relacionamento com os colegas de classe baseado no respeito, apreço e
solidariedade em comum acordo e com harmonia com a classe contábil.
No Capítulo V Das Penalidades:
Art.12 A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:
I – Advertência reservada; II – Censura reservada; III – censura pública.
Art. 13 O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 950, de 29 de novembro de 2002) § 1º O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 950, de 29 de novembro de 2002) § 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex. oficio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública). (Redação alterada pela Resolução CFC nº 950, de 29 de novembro de 2002) § 3º Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa. (Renumerado pela Resolução CFC nº 819, de 20 de novembro de 1997) Art. 14 O Profissional da Contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
A regra geral da profissão contábil diz que os que infringem as determinações
imposta pelo Código de ética deverão sofrer penalidades. Na desobediência de tal
código as penalidades poderão ser de natureza disciplinar, que se encontram
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presentes em outras normas que englobam o exercício da profissão contábil. O
Código de Ética do Contador determina que o que constitui violação de seus
princípios constitui infração ética, sancionada segundo a gravidade, com a aplicação
de uma das seguintes modalidades: Advertência Reservada, censura reservada ou
censura pública. Devemos destacar que as penalidades éticas de advertência
reservada e censura reservada deverão ser de natureza sigilosa, enquanto que a
censura pública será de conhecimento público.
Para isso existe o código de ética do contador, para que se possa normatizar
os métodos diante de determinados acontecimentos que ocorrem no dia a dia da
profissão contábil, os quais terão o propósito de espalhar um senso de justiça,
levando o profissional da área contábil a carregar isso consigo, na esperança que
exista uma sociedade melhor.
Iremos ressaltar a base de algumas infrações que podem ser cometidas por
um profissional da contabilidade, passíveis de penalidades descritas no Código de
Ética do Contador, estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade:
I – Infringir os Princípios Fundamentais da Contabilidade, juntamente com as Normas Brasileiras de Contabilidade. II – Criar provas fraudulentas de qualquer um dos preceitos exigidos pelo CFC. III – Realizar atos que a lei determina como crime ou contravenção ao exercer suas determinadas funções como contador. IV – Executar ações que tenham o intuito de fraudar rendas públicas. V – Fazer trabalhos Contábeis sem ter o registro no CRC.
Ao exercer a atividade contábil e executando uma ação que seja indicada
como infração, o contador receberá uma punição, desde que tudo seja averiguado
pelo processo legal e pelos princípios constitucionais direcionados pelo regulamento
de procedimentos processuais dos conselhos de contabilidade.
Os parâmetros dentro de um contexto de infração e quais as penas
poderão ser aplicadas estão dispostas na Resolução CFC 949/02- Regulamentos de
procedimentos processuais dos Conselhos de Contabilidade.
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3 . AUDITORIA E A ÉTICA
Podemos definir a auditoria como um conjunto de ações de suporte e
consultoria. A conferência de procedimentos e a confirmação dos controles
permitem ao profissional formular a sua opinião e orientar os gestores de uma
organização. A atividade do auditor tem o objetivo de, na maioria das vezes, atender
os interesses dos investidores, financiadores, acionistas e do próprio Estado, ou
para cumprir normas legais que regulem o mercado acionário. Ela tem a função de
avaliar cada método independente das atividades envolvidas em determinadas
empresas ou setores.
Segundo Attie (1998, p.25): “A Auditoria é uma especialização Contábil
voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial, implantando com o
objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Não somente no Brasil como no mundo nos encontramos em um momento
em que estão acontecendo mudanças econômicas, culturais, e sociais onde hoje
necessitamos de planejamento e controle, principalmente nas empresas. Dentro da
profissão Contábil, o Auditor tem exercido um papel importante nas organizações.
Essa atividade tem contribuído para impulsionar o crescimento dos mercados.
Os estudos que visam possibilitar aos clientes as informações geradas pela
contabilidade com total transparência sobre os fatos, este é o exercício da Auditoria
que é visto como sinônimo de confiança e credibilidade.
O trabalho do auditor é muito requisitado nos dias de hoje, com as prestações
de serviços a partir do tradicional ofício de certificação das Demonstrações
Contábeis com o conhecimento específico do negócio de cada cliente, como
também exercendo trabalhos em empresas de médio e grande porte ou até serviço
de auditoria ambiental.
Desta forma as empresas pretendendo preservar seus interesses,
estabelecem por uma política na área de auditoria, que tem por objetivo proporcionar
aos gestores das empresas as informações necessárias para auxiliar no controle
das operações de seus negócios.
A Auditoria é dividida em dois setores, a auditoria interna e auditoria externa,
nelas existem várias formas diferentes de controle conforme cada setor em
particular, desse modo em comum acordo com os propósitos a que se determina os
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tipos a serem avaliados e ao mesmo tempo podendo ser realizada para confirmar a
precisão das demonstrações contábeis, corrigindo erros frequentes nas
organizações e assim por diante. Dessa maneira a auditoria aperfeiçoa os
mecanismos de avaliação e melhora os controles internos das empresas.
Quando nos referimos a Auditoria não podemos deixar de falar sobre a Ética,
ela se torna fundamental no exercício de qualquer profissão inclusive na do Auditor.
O parecer de um auditor deve respeitar os fundamentos da ética se apoiando na
veracidade dos documentos e de seus relatórios.
Para que seu trabalho tenha um bom desempenho o auditor precisa seguir
normas, pois a responsabilidade não está somente relacionada a administração das
empresas em que prestam serviços mais também aos clientes dessa organização.
O Auditor tem a responsabilidade de emitir seu relatório mesmo quando o que
se tem a opinar é mínimo. É claro que para o trabalho do auditor ter um bom
andamento é necessário um componente comportamental. Na maioria das vezes o
método utilizado na tomada de decisão pode estar mais relacionado a um conceito
de valores éticos do que a conceitos técnicos. Constantemente, o auditor seja
interno ou externo, é submetido a questões de carácter ético, devendo tomar sua
decisão e assumindo os riscos que podem afetar a boa imagem do auditor. O
trabalho do auditor está relacionado a responsabilidade, onde as normas
internacionais requerem um parecer com a opinião imparcial e independente sobre o
resultado da revisão efetuada, o que na verdade se revela como a prestação de
contas do auditor.
A Ética do Auditor pode ser definida também como uma divisão da ética geral,
nela o auditor recebe regras e diretrizes que o leva a ter certas responsabilidades
para com a sociedade, com a instituição a que pertence, para com seus colegas de
profissão e para si mesmo. Dessa maneira a auditoria aperfeiçoa os mecanismos de
avaliação e melhora os controles internos das empresas.
Outra forma de ilustrar o conceito de auditoria de acordo com Sá (1998, p.25),
seria a seguinte: a auditoria.
[...] é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziedal, pública ou privada, quer por ocorrido, quer por ocorrer ou prospectados ou diagnosticados.
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Sendo assim a evolução do seu trabalho implicará a proteção dos interesses
da sociedade, respeitando sempre suas normas de conduta que conduz o
profissional da Auditoria, não podendo valer-se de vantagens para si próprio ou para
outros.
Deste modo o Auditor fica obrigado a guardar total sigilo sobre os dados
adquiridos e de modo algum poder dizê-los a terceiros sem autorização expressa. A
Auditoria requer o respeito pelos Princípios Éticos Profissionais.
Franco e Marra (1992, p.90) referem-se aos requisitos morais, falando sobre
as seguintes características que devem estar presentes à ética do auditor:
Integridade;
Idoneidade;
Respeitabilidade;
Carácter ilibado;
Padrão moral elevado;
Vida privada irrepreensível;
Justiça e imparcialidade;
Bom senso nos procedimentos;
Autoconfiança;
Capacidade prática;
Meticulosidade e correção;
Perspicácia nos exames;
Pertinência nas ações;
Pesquisa permanente;
Finura de trato e humanidade.
O Auditor deve colocar a sua honorabilidade profissional acima de quaisquer
interesses pessoais e os da coletividade acima dos interesses dos grupos.
(FRANCO E MARRA, 1992, p.147)
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3.1 FRAUDES
Denomina-se fraude quando identificamos a falsificação, alteração de
documentos ou irregularidades encontradas nos registros contábeis, registro de
informações sem o devido documento que o comprove, e até mesmo a aplicação de
transações contábeis indevidas. (NBC T 11)
Define-se como erros quando estes são inconscientes, de maneira, que é
possível identificar uma distração, falta de atenção, e até mesmo uma má
interpretação de fatos contábeis. (NBC T 11)
É necessário que as organizações tentem evitar estes comportamentos
inconvenientes tomando alguns cuidados com a finalidade de evitar tais erros em
suas operações.
Grande parte das ocorrências denominadas como fraudes ocorrem quando há
operações que compreendem dinheiro, estoques e créditos a receber. (SÁ, 1998,
p.51)
Praticamente as fraudes são cometidas por indivíduos que tem autoridade,
principalmente quando executa várias funções. Quando implicam em volumes
maiores, a fraude geralmente ocorre mediante formação de conluio, sendo desta
forma, mais difícil a detecção. (Resolução CFC nº 1.207-09)
O cuidado para prevenir a fraude deve se dar desde o início quando há a
contratação dos empregados, verificando as referências e identificando nos
currículos as empresas por onde já trabalharam e procurando descobrir qual a
postura que os mesmos assumem.
A evolução das fraudes vem atingindo empresas privadas e públicas de um
modo geral em todo o mundo, gerando com isso perdas irreparáveis. As Fraudes
Contábeis estão há todo o momento em manchetes e em jornais do nosso país. No
Brasil a fraude chega a proporções até absurdas porque a contabilidade no Brasil é
regida por uma legislação societária e ela não é coletiva, ela não é criminal e essa
legislação termina levando aqueles profissionais que transgridem as práticas
contábeis para um universo de manipulações de informações rápidas e complexas
por simplesmente não temerem as penalidades.
A auditoria interna hoje é um elemento de controle imprescindível nas
organizações. Associando-se com os controles internos se torna eficaz quanto as
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verificações, a prevenção e as identificações de erros dentro das empresas. Com
isso diminui muito as possibilidades de fraudes nas organizações. As fraudes
contábeis hoje em dia são de diversos tipos e modalidades, e assim fica cada vez
mais difícil a sua descoberta. E o papel da auditoria interna é relatar as evidências
encontradas ao presidente da organização ou ao seu superior, com as provas
contundentes, e aí então a decisão do que será tomado com esse agente fraudador
não mais interessará ao auditor interno. Normalmente a maioria das pessoas tem a
ideia que o auditor interno tem a responsabilidade de investigar fraudes, mas isso
não é de responsabilidade deste profissional. Ele pode sim descobrir os erros no
andamento do seu trabalho e reporta-los ao seu superior, porque o auditor interno
não é perito para exercer esse trabalho.
3.2 CASO PARMALAT
A Empresa Parmalat foi constituída na Itália, aos arredores da cidade de
Parma, por Calisto Tanzi em 1961, e esteve entre as maiores líderes mundiais de
leite UHT, com vendas chegando a ultrapassar a 7 bilhões de dólares. A empresa
esteve entre os 10 maiores grupos empresariais e era uma das maiores empresas
no setor alimentício na Itália, tinha mais de 35 mil funcionários e atuava em 30
países. No Brasil a Parmalat comandava a indústria de leite UHT em vários estados
brasileiros.
Buscando uma nova tecnologia e uma estratégia de expansão a Parmalat
alcançou um enorme crescimento e reconhecimento internacional. A empresa tinha
todo o seu reconhecimento e era próspera mesmo assim foi descoberto no final de
2003, um dos maiores casos de fraude em uma corporação da Europa e do mundo.
Os responsáveis por essa fraude tiveram muito tempo para falsificar documentos e
maquiar as demonstrações Contábeis, durante 15 longos anos eles demonstraram
balanços falsificados e ativos inexistentes que chegavam ao valor de 10 milhões de
dólares em fraudes, um do mais clássico crime de colarinho branco.
A comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos “SEC”, que tem a
função de regulamentar o mercado financeiro americano, declara que a empresa
italiana ludibriou seus investidores ao vender debêntures. Segundo a “SEC” a
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empresa ofereceu 100 milhões em títulos de créditos aos investidores, enquanto
mentia sobre sua real situação financeira.
A empresa Parmalat assumiu depósitos que nunca existiram onde Fausto
Tonna, o Diretor Financeiro e Contador da Parmalat, e Calixto Tanzi, o Presidente
da empresa, foram acusados de falsificação de documentos e desfalque financeiro
de mais de 8 milhões de dólares e desvio de 500 milhões de dólares de
propriedades da família, e também de alguns delitos contábeis.
O exercício da contabilidade neste caso foi utilizado por executivos e
contadores de má índole e com o intuito somente de obter ganância em proveito
próprio. Manipularam resultados financeiros, fazendo com que números que não
existiam fossem colocados para gerar credibilidade no mercado para chamar
atenção dos investidores, dando-lhes a impressão que estavam fazendo um ótimo
negócio.
A esses casos de fraudes é desagradável ter que associar contabilidade à
falta de ética profissional, pois o bem mais valioso que a pessoa física ou jurídica
pode adquirir é a credibilidade e o reconhecimento de um excelente trabalho. A
Parmalat e seus dirigentes atuaram com desonestidade, faltando com transparência
nas divulgações de seus balaços e maquiando seus dados contábeis para com seus
investidores, gerando um prejuízo de aproximadamente 14 bilhões de dólares.
Desse modo, exemplo como este nos mostra o quanto esse perfil de contadores
denigre a imagem da profissão e de profissionais que exercem seus trabalhos com
ética, e o quanto maus resultados as fraudes contábeis podem gerar em uma
sociedade, como no caso mencionado, gerando centenas de demissões.
3.3 OS RESULTADOS GERADOS PELA FRAUDE NA PARMALAT
A Parmalat maquiou seus balanços com o propósito de mostrar uma imagem
de empresa sadia para seus investidores, assim conseguindo empréstimos e mais
investimentos na organização, mais nada do que era exposto pelos balanços era
verdadeiro e assim a direção da empresa junto com o presidente da Parmalat
conseguiu ludibriar o mercado.
Fraudes Contábeis ocasionam perdas financeiras, criando um clima de
desconfiança entre os funcionários da empresa junto a sua chefia, além de outras
consequências muito mais desastrosas.
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Jornais e Revistas da época ressaltam na imprensa em geral a derrocada da
empresa Parmalat e os danos que esta polêmica notícias gerou para seus
investidores. Em relação ao profissional da contabilidade que, junto com o
Presidente da corporação fraudaram os balanços da empresa, deixou uma visão
duvidosa da profissão do contador.
Deste modo o escândalo da Parmalat, que na época tinha uma gigantesca
operação no Brasil, demonstra a fácil prática da fraude nas empresas cometidas
pelos contadores e seus presidentes, cometendo ações ilícitas sem pensar na
classe contábil e o que ocorrerá e como será visto aquele profissional que pratica o
exercício da contabilidade com ética.
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CONCLUSÃO
Este trabalho procurou analisar a conduta do profissional Contábil e seus
deveres para com a sua profissão no seu dia a dia.
Buscando o aprimoramento ético no exercício da profissão do contador em
sociedade foi criado o código de ética do profissional contábil onde se regula a
profissão. O resultado deste estudo mostra que a utilização da ética profissional vem
sendo um diferencial para o profissional que deseja ter sucesso em seu trabalho,
pois a transparência é um dos itens mais requisitados dentro das organizações.
Deste modo é necessário que o contador exerça uma conduta ética no exercício do
seu trabalho, sem perder sua autonomia em suas prestações de serviços.
A conclusão que pode ser tirada deste trabalho é que o profissional de
contabilidade deve desenvolver a ética na sua carreira, buscando desempenhar
suas atividades de forma honesta, tendo como referencial ético comprometido não
só os Conselhos Federal e Regional de contabilidade, mas também a sociedade em
que vive, sempre visando a valorização da dignidade de sua classe contábil. É
importante ressaltar que a corrupção e o lucro fácil jamais promoverão o sentimento
de realização profissional, pois, é nesses aspectos que deixa de ser construída uma
economia nacional forte e justa ao cometer fraudes e desvios em balanços.
Em uma época em que a corrupção circula livremente no meio empresarial, o
contador precisa estar eticamente preparado para lidar com essas questões. Em um
ambiente competitivo, onde as pessoas não medem esforços para ganhar dinheiro e
alcançar sucesso rapidamente, o profissional contabilista precisa assumir uma
postura incorruptível para que não seja subornado pelas organizações, e isso, só se
consegue mantendo uma conduta ética firme, tanto profissional quanto pessoal.
Buscamos analisar o trabalho que a auditoria exerce, demonstrando
segurança para com os usuários das informações, pois é um instrumento importante
na prevenção e no descobrimento de fraudes nas empresas, verificando o caso da
empresa Parmalat, onde foi detectado um escândalo nacional e internacional sobre
fraude e a falta da ética.
A referida pesquisa nos mostra o quanto a ética profissional é importante na
atuação dos trabalhos contábeis e como podemos valorizar a profissão do contador
para evitar que certa atitude venha manchar a classe.
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Concluímos que a falta de algo tão importante como a ética denigre a imagem
do atual contador e dos futuros contadores que estão para se formar. É a ética que
deve guiar o contador na prática do exercício contábil, e não apenas existir nas
teorias dos estudos acadêmicos.
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REFERÊNCIAS
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36
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