TRABALHOS
APROVADOS
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Índice
Modalidade Pôster Impresso
CUIDADOR......................................................................................................... pág 4 a 15
CUIDADOS PALIATIVOS........................................................................................... pág 16
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................................................... pág 17
ENFERMAGEM................................................................................................. pág 18 a 22
FARMÁCIA............................................................................................................... pág 23
FISIOTERAPIA................................................................................................... pág 24 a 28
FONOAUDIOLOGIA.................................................................................................. pág 29
GERIATRIA........................................................................................................ pág 30 a 49
GERONTOLOGIA.............................................................................................. pág 50 a 64
ILPI................................................................................................................. pág 65 as 69
MUSICOTERAPIA..................................................................................................... pág 70
NEUROLOGIA................................................................................................... pág 71 a 95
PRÁTICAS INTEGRATIVAS................................................................................ pág 96 a 97
PSICOLOGIA................................................................................................... pág 98 a 102
PSIQUIATRIA................................................................................................ pág 103 a 110
SERVIÇO SOCIAL.................................................................................................... pág 111
SERVIÇOS PARA IDOSOS.............................................................................. pág 112 a 117
TERAPIA OCUPACIONAL........................................................................................ pág 118
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MODALIDADE
Pôster Impresso
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85608 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE EMPATIA E SOBRECARGA EM CUIDADORES DE IDOSOS
COM E SEM TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO MAIOR
Autores: Madson Alan Maximiano-barreto / Universidade Federal de São Carlos; Amanda
Barros de Moura / Universidade Federal de São Carlos; Daiene de Morais Fabrício /
Universidade Federal de São Carlos; Bianca Leticia Cavalmoretti Ferreira / Universidade de São
Paulo; Ana Julia de Lima Bomfim / Universidade Federal de São Carlos; Bruna Moretti Luchesi /
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Marcos Hortes Nisihara Chagas / Universidade
Federal de São Carlos; Universidade de São Paulo;
Resumo: Introdução: A sobrecarga é uma consequência bastante prevalente entre cuidadores
e os estudos apontam que há uma relação entre a gravidade da patologia, o nível de
dependência dos idosos e a sobrecarga do cuidador. Apesar da interação cuidador-idoso ser
muito estudada, a relação entre empatia e sobrecarga em cuidadores formais e informais
ainda é pouco explorada na literatura. Objetivo: Analisar a relação entre empatia e sobrecarga
em cuidadores de idosos com e sem Transtorno Neurocognitivo Maior. Método: Trata-se de
um estudo transversal com amostra não probabilística intencional de 111 cuidadores de
idosos. Os seguintes instrumentos foram utilizados para coleta de dados: questionário para
caracterização do cuidado e do perfil sociodemográfico dos cuidadores, Inventário de
Sobrecarga de Zarit (ZARIT), Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), Questionário de Auto-
relato-20 (SRQ-20), Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal (EMRI) e Questionário
de Avaliação Funcional (PFEFFER). Resultados: A amostra foi composta por cuidadores com
idade entre 19-79 anos e média de idade 45,36 anos (DP: ±14,53). Houve correlação positiva
entre empatia (EMRI) e sobrecarga (ZARIT) (r=0,203; p=0,033), sintomas depressivos (PHQ-9)
(p<0,001) e neuropsiquiátricos (SQR-20) (p<0,001). Conclusão: O alto nível de empatia pode
trazer consequências para os cuidadores de idosos como sobrecarga, transtornos
neuropsiquiátricos e depressão. Dessa forma, é importante pensar em treinamentos para
cuidadores de idosos que auxiliem no equilíbrio dos níveis de empatia nos domínios emocional
e cognitivo para minimizar as consequências para o idoso e para o cuidador.
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88477 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA DE
ALZHEIMER
Autores: Brenda Silvestre Rodrigues / UNESC; Franciele Gonçalves França / UNESC; Caroline
Domingos / UNESC; évelin Vicente / UNESC;
Resumo: Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo,
progressivo e também a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade. Ela
afeta o idoso e compromete sua integridade física, mental e social, levando-o a dependência
total na fase mais avançada da doença e a exigência de cuidados, cada vez mais complexos. O
cotidiano do cuidador é diretamente afetado pela demanda de cuidados produzidos pela DA,
interferindo assim, na sua qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de
cuidadores de idosos com doença de Alzheimer que trabalham em ILP do município de
Criciúma participantes do projeto Bem Viver com Alzheimer e, como as tarefas do cotidiano de
um cuidador podem afetar sua saúde física e metal. Metodologia: O estudo foi desenvolvido
através do grupo de extensão da Unesc, Bem Viver com Alzheimer. Trata-se de uma pesquisa
exploratória, transversal e quantitativa. Foram aplicados 20 questionários de qualidade de vida
(SF-36) com os cuidadores. O seguinte questionário é dividido em 8 domínios, que são:
Capacidade Funcional, Limitação por aspectos físicos Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade,
Aspectos Sociais, Aspectos Emocionais e Saúde Mental. A avaliação é dada através de notas
que variam de 0 a 100, onde 0=pior e 100=melhor para cada domínio. Resultados: A média das
notas de cada domínio foi: Capacidade Funcional: (87), Limitação por Aspectos Físicos: (96),
Dor: (71), Estado Geral de Saúde: (68), Vitalidade: (70), Aspectos Sociais: (78), Aspectos
Emocionais (83) e Saúde Mental: (70). Apresentando assim, que o Estado Geral de Saúde é o
domínio mais afetado entre os cuidadores. Conclusão: Os resultados deste estudo permitiram
concluir que a QV dos cuidadores de idosos com DA avaliados mostrou-se alterada,
principalmente pelos domínios de: Estado Geral de saúde, Dor, Vitalidade e Saúde Mental.
Com isso, vale ressaltar a grande importância da assistência que deve ser prestada ao
cuidador, uma vez que este pode apresentar alterações em diversos aspectos de sua saúde e
automaticamente, na sua qualidade de vida.
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85328 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS COM SÍNDROMES DEMENCIAIS: NARRATIVAS
SOBRE O CUIDADO
Autores: Corina Lopes Ribeiro / Secretaria de Saúde de Santos; Andrea Perosa Saigh Jurdi /
Universidade Federal de São Paulo; Marcia Maria Pires Camargo Novelli / Universidade Federal
de São Paulo;
Resumo: O aumento na expectativa de vida eleva a possibilidade da população ter que
conviver com as doenças crônico-degenerativas. Dentre essas doenças, as síndromes
demenciais causam impacto socioeconômico, na estrutura familiar, na sociedade, no sistema
de saúde, configurando-se como um importante problema de saúde pública. Tais síndromes
são as principais causas de incapacidade no envelhecimento, exigindo cuidados de terceiros,
como o auxílio nas atividades instrumentais e atividades básicas da vida diária. O cuidado
comumente é oferecido pela família e sofre influência das experiências pessoais e práticas
socioculturais, além da ressignificação do idoso com demência pelo familiar. Esse cuidado é
permeado por relações afetivas atravessadas por histórias de vidas, conflitos, afetos,
interdições, valores, obrigações e esperanças compartilhadas. O objetivo desse estudo foi
compreender o significado do cuidado para os cuidadores familiares de idosos com síndromes
demenciais. Utilizou-se o método qualitativo com a realização de entrevista semiestruturada,
delimitando-se cinco questões norteadoras para a produção de dados e construção de
narrativas de história de vida. Participaram da pesquisa seis cuidadores familiares de idosos
usuários do Ambulatório de Especialidades Médicas de uma cidade do litoral de São Paulo. As
cuidadoras relataram a angústia diante da perda das possibilidades do idoso com a progressão
da doença. Sentem-se sozinhas e sobrecarregadas ao realizar o cuidado e independente do
tipo ou quantidade de ajuda realizada, há dificuldade em perceber a colaboração das pessoas.
Em contrapartida, os familiares são descartados ou desresponsabilizados por desenvolverem
outras atividades como o trabalho ou cuidado com os filhos. Percebe-se um conflito entre o
cuidado idealizado e o cuidado possível, como a obrigação de ter paciência constantemente.
Os significados atribuídos ao cuidado foram obrigação, dívida, dever, satisfação pelo bem-estar
do idoso e consequentemente o próprio bem-estar, retribuição e amor. O cuidado também se
desvelou como uma oportunidade de descoberta de si mesmo e crescimento. Os resultados da
pesquisa podem subsidiar o planejamento de práticas e intervenções junto aos cuidadores
familiares, assim como, fomentar novas pesquisas necessárias para se pensar o cuidado de
modo compartilhado, ampliando e fortalecendo a rede de apoio formal e informal.
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88436 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: GRUPO DE ACOLHIMENTO AOS CUIDADORES DE IDOSOS COM DEMÊNCIAS ATENDIDOS
EM UM SERVIÇO AMBULATORIAL DE GERIATRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Autores: Gabriela Dutra Gesualdo / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Gabriella Santos Lima / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Luana Baldin Storti / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Renato Mendonça Ribeiro / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo; Luciana Kusumota / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo;
Resumo: Introdução: Idosos com demência apresentam alterações cognitivas,
comportamentais e funcionais, que podem acarretar dependência para realizar as atividades
de vida diária. Assim, necessitam de uma pessoa para desenvolver as atividades do cuidado. O
papel de cuidador de idosos pode gerar sobrecarga física, emocional e social, interferindo
negativamente na sua vida e na tarefa de cuidar. Dessa forma, a atuação do enfermeiro se faz
necessária, no que tange às orientações para o cuidado, sendo a realização de grupos de
acolhimento, uma estratégia de intervenção com vistas a minimizar a sobrecarga do cuidador
e possibilitar a manutenção da boa qualidade no cuidado prestado e na condição de vida de
ambos, cuidador e idoso. Descrição da experiência: Para tanto, descrevemos a experiência de
realizar o grupo de acolhimento em um Ambulatório de Geriatria e Demências de um Hospital
Geral Terciário, do interior paulista. O grupo é composto por uma docente, três pós-
graduandas e uma graduanda vinculadas a uma Escola de Enfermagem de uma Universidade
Pública e pelos cuidadores dos idosos que são atendidos no referido ambulatório. O grupo é
realizado às sextas-feiras, com duração de uma hora. Os objetivos são: orientar os cuidadores
com relação ao cuidado do idoso, manejo de sintomas neuropsiquiátricos, oportunizar troca
de experiências entre os cuidadores e incentivar o autocuidado dos cuidadores. O recurso
utilizado para a realização dos grupos é o diálogo entre os profissionais supracitados e os
cuidadores. Os mesmos relatam as dificuldades com relação à prática do cuidado, o cansaço
físico, emocional e os conflitos familiares. Conclusão: Diante do exposto, consideramos
relevante a realização do grupo de cuidadores, a fim de oportunizar, um momento de troca de
experiências, reflexão da sua vivência como cuidador, como também, o esclarecimento de
dúvidas sobre o manejo dos sintomas neuropsiquiátricos e a prática do cuidado. Sendo assim,
é fundamental a atuação do enfermeiro na realização de grupos de acolhimento aos
cuidadores de idosos.
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88453 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: GRUPO DE AJUDA MÚTUA PARA FAMILIARES CUIDADORES DE PESSOAS COM DOENÇA
DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Débora de Novaes Cruz / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Yana Karina
Marinho Magalhães / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Luana Machado Andrade /
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Edite Lago da Silva Sena / Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia;
Resumo: Apresentação do Caso: trata-se do relato da experiência vivenciada num grupo de
ajuda mútua para familiares cuidadores de pessoas com Doença de Alzheimer, entre março de
2018 a março de 2019. As atividades eram realizadas na modalidade de rodas de conversas
dando possibilidade de fala para cada cuidador, dramatizações, ações de lazer com a finalidade
de possibilitar ao cuidador um momento de distração, ações sociais com vistas à ampliação de
rede social, exercício da cidadania e solidariedade e educativas para facilitação do cuidado de
seu familiar no manejo com a doença e também de si mesmo, relacionado a saúde mental. O
Grupo de Ajuda Mútua (GAM) para familiares cuidadores de pessoas com doença de
Alzheimer, faz parte de um projeto de extensão, vinculado a uma Universidade pública no
interior do estado da Bahia, Brasil. A sua implantação se deu em 2008 e são integrantes desse
projeto, familiares cuidadores, estudantes de graduação e pós graduação e trabalhadores e
profissionais da saúde, interessados pela temática. Os encontros acontecem a cada 15 dias e
tem duração média de 2h, sendo conduzidos por uma bolsista cadastrada no projeto, mas
também é um espaço aberto para manifestação e apresentação de conteúdos por qualquer
um de seus integrantes. Discussão: durante a vivencia percebemos que através das
possibilidades de falar sobre o cuidado com o idoso com a doença de Alzheimer e de ouvir o
outro que vive uma situação semelhante a sua, os cuidadores sentiam-se mais fortalecidos.
Muitos deles relatavam que após fazer parte do grupo se tornaram mais tranquilos e que seus
familiares perceberam as mudanças por qual passaram. Os relatos de cada um nos encontros
deixaram claro o quanto é necessário conhecer sobre a doença e ter a possibilidade de obter
informações de quem vivencia a mesma situação, tendo essas momentos uma importante
contribuição para a qualidade no cuidado de si e da pessoa idosa. Nos momentos de lazer a
ações sociais esses cuidadores mostram suas potencialidades para além do cuidado, dando um
sentido diferente a sua vida enquanto ser humano. Comentários finais: Conclui-se que o grupo
de apoio à familiares cuidadores de pessoas com doença de Alzheimer tem uma importância
muito grande para seus integrante, pois o mesmo se constitui de um espaço de escuta, de
trocas de informações, de esclarecimentos sobre o manejo com a doença, além de ajudar o
cuidador a aliviar seu stress e manter o equilíbrio frente às demandas da doença.
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88582 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: HÁ ASSOCIAÇÃO ENTRE SOBRECARGA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS CUIDADORES
DE IDOSOS?
Autores: Ana Carolina Ottaviani / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - Universidade
Federal de São Carlos; Ana Carolina Ottaviani / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem -
Universidade Federal de São Carlos; Allan Gustavo Brigola / School of Health Sciences,
University of East Anglia; élen dos Santos Alves / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
- Universidade Federal de São Carlos; Juliana de Fátima Zacarin / Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem - Universidade Federal de São Carlos; Larissa Corrêa / Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem - Universidade Federal de São Carlos; Sofia Cristina Iost Pavarini /
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - Universidade Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: A tarefa de cuidar pode ocasionar efeitos adversos, provocando impactos
negativos e sobrecarga física, psicológica, social e financeira que podem interferir na qualidade
de vida do cuidador. Quando o cuidador é também uma pessoa idosa, esses efeitos podem ser
ainda mais impactantes. Objetivo: Verificar a associação entre a sobrecarga e qualidade de
vida de idosos cuidadores. Método: Estudo transversal realizado com 75 idosos cuidadores de
idosos cadastrados nos serviços de atenção primária à saúde de um município do interior de
São Paulo. Os dados foram coletados nos domicílios dos participantes e foram utilizados
Questionário sociodemográfico e de contexto de cuidado, Zarit Burden Interview versão 12
itens para avaliação da sobrecarga e WHOQOL-bref para avaliação da qualidade de vida. Todos
os aspectos éticos foram respeitados. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística
descritiva e teste de correlação de Pearson, significativo para p≤0,05. Resultados: A maioria
dos idosos cuidadores eram do sexo feminino (n= 62; 82,7%), com média de idade de
69,51(±5,80), com baixa escolaridade (n =41; 54,7%), que prestava cuidados ao cônjuge (n= 67;
89,3%) em média 6, 10 (±4,0) por dia. O escore médio para a sobrecarga foi de 9,07 (±4,0) e
para os domínios de qualidade de vida foram: físico 77,8 (±18,7), psicológico 80,0 (±20,9),
relações sociais 80,9 (±13,2) e meio ambiente 75,6 (±16,9). Verificou-se correlação negativa,
estatisticamente significante, entre a sobrecarga e o domínio físico (r= -0,391; p=0,001),
psicológico (r= -0,290; p=0,017), relações sociais (r= -0,49; p=0,000) e meio ambiente (r= -
0,325; p=0,007). Conclusão: Há associação negativa entre a sobrecarga e os domínios da
qualidade de vida dos idosos cuidadores, ou seja, quanto maior o escore de sobrecarga menor
a percepção da qualidade de vida. Nesta perspectiva, é necessário promover ações que
potencializem a saúde física, mental e qualidade de vida dos idosos cuidadores, pois são
agentes de promoção, proteção e recuperação de si e dos idosos. Apoio financeiro: CAPES
(Bolsa de Pós doutorado – processo n° 001), ao CNPq (Bolsa Produtividade em Pesquisa -
processo n°. 306571/2018-8) e a FAPESP (Auxilio Pesquisa- Processo no. 2017/04129-9).
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88603 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INFLUÊNCIA DO CONTEXTO DO CUIDADO NOS SINTOMAS DEPRESSIVOS DE IDOSOS
CUIDADORES DE IDOSOS: ESTUDO LONGITUDINAL
Autores: Ana Carolina Ottaviani / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - Universidade
Federal de São Carlos; Allan Gustavo Brigola / School of Health Sciences, University of East
Anglia; érica Nestor Souza / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - Universidade
Federal de São Carlos; Mariélli Terassi / Centro Universitário Central Paulista - UNICEP;
Nathalia Alves de Oliveira / Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - Universidade
Federal de São Carlos; Sofia Cristina Iost Pavarini / Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem - Universidade Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: A tarefa de cuidar pode ter efeitos negativos na saúde física e psicológica
dos cuidadores, piorando quando o cuidador é outro idoso. À medida que o cuidador
envelhece, também pode adquirir incapacidades e afetar negativamente a capacidade de
cuidar de si e de cuidar. Objetivo: Analisar a influência dos fatores do contexto de cuidado nos
sintomas depressivos de idosos cuidadores de idosos. Método: Trata-se de um estudo
longitudinal com medidas realizadas em 2014 e 2017, com 61 idosos cuidadores de idosos
atendidos na atenção primária à saúde de um município do interior do Estado de São Paulo. Os
dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico e de contexto de
cuidado e a Escala de Depressão Geriátrica versão 15 itens, aplicada em entrevistas individuais
no domicílio do participante. Todos os aspectos éticos foram respeitados. Os dados foram
analisados por meio por meio de uma descritiva e por Regressão Logística com critério
Stepwise de seleção de variáveis. Resultados: A maioria dos cuidadores idosos eram mulheres
(n=52; 85,2%), com média de idade de 67,85 anos (±5,1) e média de 3,72 (±3,4) anos de
escolaridade. Quanto às características do cuidado, a maioria dos cuidadores prestava
cuidados ao cônjuge (n=52; 85,2%), em média 5,10 (±3,4) horas por dia, indicando não receber
ajuda material/financeiro (n = 55; 90,1%) ou ajuda afetiva/emocional (n = 48; 78,6%).
Constatou-se que as variáveis horas de cuidado por dia e recebimento de ajuda
afetiva/emocional foram selecionadas como significativamente associadas aos sintomas
depressivos. Verificou-se que os idosos cuidadores com maior risco de sintomas depressivos
foram os com mais horas de cuidado por dia (a cada 1 hora de cuidado/dia, o risco de sintomas
depressivos aumenta 19,2%) e os que não recebem ajuda afetiva/emocional (risco 5,6 vezes
maior que os que recebem). Conclusão: Os idosos cuidadores que prestam cuidados mais
horas por dia e a não receber ajuda afetiva/emocional apresentam mais sintomas depressivos.
Conhecer os fatores que influenciam os sintomas depressivos pode auxiliar no planejamento
de ações junto aos idosos cuidadores na Atenção Primária à Saúde. Apoio financeiro: À
Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível (Bolsa de Pós doutorado – processo n°
001), ao CNPq (Bolsa Produtividade em Pesquisa - processo n°. 306571/2018-8) e a FAPESP
(Auxilio Pesquisa- Processo no. 2017/04129-9).
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88450 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERCEPÇÃO DE FAMILIARES NÃO CUIDADORES SOBRE A DOENÇA DE ALZHEIMER: UM
ESTUDO FENOMENOLÓGICO
Autores: Tatiane Tavares Reis / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Edite Lago da
Silva Sena / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Luana Machado Andrade /
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia;
Resumo: Introdução: a Doença de Alzheimer tem sido evidenciada como a demência de maior
prevalência na população idosa, acometendo não somente a memória, mas, de modo
progressivo e lento, outras funções cognitivas e executivas, gerando impacto em toda a
família. Objetivo: compreender o adoecimento e o cuidado na Doença de Alzheimer a partir
das percepções de familiares não cuidadores. Métodos: trata-se de uma pesquisa qualitativa,
oriunda de uma dissertação de mestrado, fundamentada no referencial teórico-filosófico de
Merleau-Ponty, realizada com seis familiares não cuidadores de pessoas com Doença de
Alzheimer, integrantes de um Grupo de Ajuda Mútua para familiares cuidadores de pessoas
com Doença de Alzheimer. As informações foram produzidas por meio da técnica de Grupo
Focal, realizados no segundo semestre de 2017, após aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa sob o Parecer nº 2.032.588. O material foi submetido à Analítica da Ambiguidade,
estratégia compreensiva fundamentada no referencial teórico de Merleau-Ponty. Resultados:
os dados permitiram a compreensão e produção de dois manuscritos: Familiares não
cuidadores no contexto da doença de Alzheimer: vivência do sentir e pensar; Cuidado e
descuido na Doença de Alzheimer: vivências de perto e de longe. O primeiro revelou que o
cuidado na doença de Alzheimer extrapola a dimensão concreta; se mostra, também, no
domínio ontológico. Ao “preocupar-se” com a patologia e o cuidado que a entorna, o familiar
não cuidador, demonstra uma disposição afetiva para cuidar, no sentido de afetar e ser
afetado, portanto, pode-se compreender como uma atitude de cuidado coexistente. No
segundo, percebe-se que embora haja distanciamento por parte de alguns familiares, o
sentimento de coexistência os impõe à relação intercorporal, que implica em estar, subjetiva
ou objetivamente, “perto” ou “longe” do contexto do cuidado, o que envolve o cuidado e o
descuido. Portanto, a expressão “familiares não cuidadores” constitui um equívoco próprio da
experiência perceptiva, que é sempre ambígua. Conclusão: o estudo proporcionou um olhar
sobre as vivências de cuidado/descuido no contexto do adoecimento na Doença de Alzheimer,
a partir da ótica de familiares não cuidadores. Permitiu compreender o cuidado como
“ocupação” e que, cuidar não significa, necessariamente, assumir as atividades objetivas do
cuidado, mas perpassa pelas dimensões constitutivas da percepção: o sentir e o pensar.
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88435 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERFIL DOS CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS COM ALTA DEPENDÊNCIA ATENDIDOS
EM UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA
Autores: Gabriela Dutra Gesualdo / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Cintia Coró / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Gabriella Santos Lima / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Luana Baldin Storti / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Luciana Kusumota / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo;
Resumo: Introdução: O cuidado no domicílio de um familiar dependente ocasiona mudanças
físicas, psicológicas, emocionais, espirituais e sociais do cuidador, além de demandar recursos
econômicos, material, tempo, organização pessoal e familiar. Isto, acrescido às outras
condições que os cuidadores possuem nos seus diferentes papeis sociais gera sobrecarga de
tarefas e sofrimento emocional. Objetivo: identificar o perfil dos cuidadores familiares de
idosos com alta dependência, atendidos em um ambulatório de geriatria do interior paulista.
Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal desenvolvido em um
Ambulatório de Geriatria de Alta Dependência de um Hospital Geral Terciário, do interior
paulista. A amostra foi composta por 14 idosos com dependência para todas as atividades
básicas de vida diária e 14 cuidadores familiares de idosos que atendiam os seguintes critérios
de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, e ser cuidador familiar
primário há no mínimo três meses Foram utilizados três instrumentos: o de caracterização
sociodemográfica e de saúde dos cuidadores familiares de idosos, o Medical Outcomes Study
(MOS) para avaliar o apoio social e o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador
Informal (QASCI): para identificar a sobrecarga. Todos os preceitos éticos foram respeitados e
o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem
de Ribeirão Preto (Parecer nº 3.008.038). Resultados: Os idosos tinham idade média de 84,0
(±7,23) anos, sendo a maioria do sexo feminino (57,14%). Já a maioria dos cuidadores
familiares era do sexo feminino (92,9%), casadas (71,4%), de cor autodeclarada branca
(57,1%), católicas (64,3%) com idade média de 53,79 (±12,94) anos e tempo médio escolar de
9,93 (±3,75). A pontuação total média do MOS (54,14; ±14,68) e do QASCI (83,29; ±27,88),
indicando boa percepção do apoio social recebido e moderado nível de sobrecarga,
respectivamente. Conclusão: A maioria dos cuidadores familiares de idosos com alta
dependência eram do sexo feminino, casadas, brancas, católicas e adultas maduras com boa
percepção do apoio social recebido e moderado nível de sobrecarga. É de suma importância
identificar o perfil desses cuidadores para que a equipe possa traçar estratégias de apoio e
assistência, segundo as necessidades e suas características sociodemográficas e de saúde.
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88451 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: SENTIMENTOS DE CUIDADORES FAMILIARES APÓS A MORTE DA PESSOA COM A
DOENÇA DE ALZHEIMER
Autores: Mariana Marques Santos / Universidade do Estado da Bahia; Luana Machado
Andrade / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; Luma Costa Pereira Peixoto /
Universidade Estadual de Feira de Santana; Débora de Novaes Cruz / Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia;
Resumo: Introdução: o cotidiano do núcleo familiar que convive com a Doença de Alzheimer
tem uma profunda mudança nos hábitos, pois acompanha a progressiva involução (intelectual,
afetiva e até física) de uma pessoa com quem se conviveu por vários anos e que se tem afeto.
Familiares de pacientes com doenças degenerativas frequentemente utilizam a expressão
“morte em vida”, e essa morte pressentida se confirma com o falecimento da pessoa com a
doença, mas não se finda de maneira igual para o cuidador. Objetivo: conhecer os sentimentos
vivenciados por cuidadores familiares após a morte da pessoa com Doença de Alzheimer.
Método: pesquisa qualitativa, realizada num grupo de ajuda mútua para cuidadores de pessoa
com Doença de Alzheimer de um município no interior baiano. Houve a participação, por meio
de entrevistas abertas, de cinco ex-cuidadores familiares, entre fevereiro a abril de 2018. Os
dados foram analisadas com base na técnica de análise de conteúdo temática de Bardin. A
coleta de informações teve início somente após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Estado da Bahia sob o parecer 2.007.852. Resultados: a categoria, “Alzheimer:
o cuidado vivenciado”, evidencia que a família inicialmente não sabe o que está acontecendo
diante das manifestações da demência, o que gera sentimentos de dúvida e negação. Ao
receber o diagnóstico outro impacto é vivenciado, em especial na vida do cuidador principal,
que passa a sentir dificuldades no enfrentamento de problemas relacionados às fases da
doença. Nesse momento, as redes de apoio são importantes para auxiliar o indivíduo/família a
desenvolver estratégias e competências para enfrentar as adversidades, ajudando em seu
manejo e fornecendo suporte emocional. Na categoria, “Sentimentos que marcam uma vida,
mesmo após a morte”, percebe-se que a morte não se confirma com o falecimento da pessoa
com a demência, pois, conviver com a pessoa com Alzheimer deixa cicatrizes que o tempo não
consegue curar, vive o cuidador em um funeral eterno. Além de conviver com a perda do ente
querido, permanece o cuidador com seus sentimentos reprimidos e muitas vezes
incompreendidos. Conclusão: a pesquisa contribuiu para auxiliar os profissionais de saúde a
planejar uma assistência individualizada àquele que um dia foi cuidador, elaborando
estratégias que o auxiliem durante e após o cuidado da pessoa com Alzheimer, bem como,
proporciona reflexões e discussões acerca da doença com protagonismo no familiar cuidador.
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88434 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS COM ALTA
DEPENDÊNCIA: ESTUDO CORRELACIONAL
Autores: Gabriela Dutra Gesualdo / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Cintia Coró / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Luana Baldin Storti / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Gabriella Santos Lima / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo; Luciana Kusumota / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo;
Resumo: Cuidar de idosos dependentes é uma tarefa que pode causar estresse e exaustão
para os cuidadores familiares relacionados ao envolvimento afetivo e pela mudança de relação
ao desenvolver atividades que promovam o bem estar físico e psicológico do idoso. Objetivo:
correlacionar os transtornos mentais comuns e as características demográficas e de saúde de
cuidadores familiares de idosos com alta dependência. Método: Trata-se de um estudo
correlacional, de corte transversal desenvolvido em um Ambulatório de Geriatria de Alta
Dependência de um Hospital Geral Terciário, do interior paulista. A amostra foi composta por
14 idosos com dependência para todas as atividades básicas de vida diária e por 14 cuidadores
familiares de idosos que atendiam os seguintes critérios de inclusão: ter idade igual ou
superior a 18 anos, de ambos os sexos, e ser cuidador familiar primário há no mínimo três
meses. Foram utilizados três instrumentos: o de caracterização sociodemográfica e de saúde
dos cuidadores familiares de idosos, o Self Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20) e o Center
Epidemiological Studies-Depression Scale (CES-D). Todos os preceitos éticos foram respeitados
e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
(Parecer nº 3.008.038). Resultados: Os idosos tinham idade média de 84,0 (±7,23) anos, sendo
a maioria do sexo feminino (57,14%). A maioria dos cuidadores familiares era do sexo feminino
(92,9%), casados (71,4%), com idade média de 53,79 (±12,94) anos e tempo médio escolar de
9,93 (±3,75). O tempo médio de cuidado foi de 55,21 (±31,51) meses. A pontuação média total
do SRQ-20 foi de 5,21 (±4,00) pontos e do CES-D foi de 17,21 (±10,24) pontos, indicando a
presença de transtornos mentais comuns e sintomas depressivos, respectivamente. Houve
correlação positiva entre os transtornos mentais comuns e sintomas depressivos (p=0,006;
r:0,691), bem como correlação negativa entre transtornos mentais comuns, escolaridade
(p=0,049; r:-0,535) e renda familiar (p=0,007; r:-0,688), ou seja, o menor tempo de
escolaridade, a menor renda familiar e os sintomas depressivos foram relacionados com a
presença de transtornos mentais comuns. Conclusão: Em suma, verificou-se correlação entre
transtornos mentais comuns, sintomas depressivos, menor tempo de escolaridade e menor
renda familiar em cuidadores familiares de idosos com alta dependência. Possibilitando o
planejamento de intervenções voltadas à saúde desses cuidadores familiares.
Contato autor: [email protected]
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88600 - CUIDADOR
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: TREINAMENTO ONLINE PARA CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS COM DOENÇA DE
ALZHEIMER
Autores: Ludmyla Caroline de Souza Alves / Universidade Federal de São Carlos; Diana Quirino
Monteiro / Universidade Federal de São Carlos; Luana Aparecida Rocha / Universidade Federal
de São Carlos; Gustavo Carrijo Barbosa / Universidade Federal de São Carlos; Beatriz Rodrigues
de Souza Melo / Universidade Federal de São Carlos; Aline Cristina Martins Gratão /
Universidade Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: O diagnóstico de doença de Alzheimer (DA) traz desafios às famílias dos
indivíduos que têm a doença. Em muitos casos, os familiares tornam-se cuidadores informais,
devido a diversos fatores. Porém, geralmente, estes não recebem informações ou
treinamentos referentes ao cuidado e a própria doença, o que pode impactar negativamente
na relação cuidador-paciente. Objetivo: Avaliar a eficácia de um treinamento via site da
Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ) em cuidadores informais de idosos com doença de
Alzheimer. Método: Trata-se de um Ensaio Clínico Randomizado (ECR) e controlado. Foram
avaliados, por meio de um protocolo de instrumentos, 30 cuidadores informais de indivíduos
com doença de Alzheimer, divididos aleatoriamente em dois grupos: intervenção (GI) e
controle (GC). O GI acessa o site da ABRAZ e busca informações sobre temas definidos como:
tratamento, cuidados com higiene, alimentação, estresse do cuidador, entre outros. O GC
recebeu um material impresso com informações básicas. Toda semana, são feitas ligações para
ambos os grupos, com objetivo de acompanhar e esclarecer dúvidas do GI. A intervenção tem
duração total de 3 meses e os cuidadores serão reavaliados após esse período. Resultados
parciais: Após a avaliação dos 30 cuidadores, estes foram divididos nos grupos de maneira
aletória, por meio de sorteio. Quanto aos dados sociodemográficos, a maioria da amostra é
composta por mulheres (n=26) e filhas (n=21) dos idosos. Todos os indivíduos desempenham a
função de cuidador há mais de seis meses, e apenas cinco relataram que receberam
orientações de profissionais de saúde, no momento do diagnóstico. Entre essas pessoas, uma
cuidadora relatou ter feito um curso para cuidadores de idosos. A intervenção está em
andamento,e a cada semana um tema é proposto como estudo para o GI. Com isso, espera-se
que ao final da intervenção, o conhecimento adquirido por meio do acesso ao site da ABRAZ
impacte de maneira positiva na relação cuidador-paciente, auxiliando o cuidador a
compreender os principais aspectos que envolvem a doença de Alzheimer. Conclusão: Com
base nos dados parciais, nota-se a falta de orientação e treinamento do cuidador informal para
desempenhar tarefas como banho, transferências, administração de medicamentos e outras.
Espera-se que a intervenção online seja eficaz, com a apresentação de novas informações aos
cuidadores, que simplifiquem a tarefa de cuidar e traga benefícios para esses indivíduos.
Contato autor: [email protected]
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88421 - CUIDADOS PALIATIVOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM UMA ILPI QUANTO AOS CUIDADOS
PALIATIVOS: ESTUDO DE CASO
Autores: Fabíola Ferreira da Silva / Viver Bem Casa de Repouso; Célia Cristina Henriques Viana
Pinto / Viver Bem Casa de Repouso;
Resumo: AÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM UMA ILPI QUANTO AOS CUIDADOS
PALIATIVOS: ESTUDO DE CASO Apresentação do Caso: Este artigo tem por objetivo descrever
um estudo de caso sobre a participação da equipe multidisciplinar de uma ILPI, no município
de Vila Velha - ES, na questão de cuidados paliativos de uma idosa vítima de Câncer de Bexiga.
Srª M. M, com 91 anos, residente da ILPI em questão desde 2017, lúcida, orientada,
verbalizava, deambulava com auxílio. Diagnosticada no ano de 2018 de Câncer na bexiga em
estágio avançado. Em março de 2019 submetida à cirurgia para retirada do tumor, porém sem
êxito. Segundo o médico cirurgião responsável, a idosa encontrava-se em fase terminal e
sugeriu a implantação de cuidados paliativos. Logo após a alta hospitalar, a família retornou
com a idosa para a Instituição. Após conversa entre a equipe multidisciplinar da Instituição
com a família (neste caso, o filho) e a própria idosa, a equipe realizou um plano de ação de
cuidados paliativos, com a autorização de ambos envolvendo a participação de todos os
profissionais (enfermeira, médico clínico, serviço social, fisioterapeuta, nutricionista,
cuidadoras), em função de proporcionar a esta senhora uma qualidade de vida em seus
últimos dias e uma morte digna. DISCUSSÃO Durante o período de março a maio de 2019, a
equipe multidisciplinar respeitou os últimos desejos da família e principalmente os desejos da
idosa que não incluíam a internação hospitalar e realização de procedimentos invasivos. Neste
processo, todas as necessidades básicas foram ofertadas (alimentação; higiene pessoal;
prevenção de lesões por pressão; administração de medicamentos, principalmente no que
tange a questão da dor decorrente de sua patologia e estado clínico). Respeitou-se na questão
quanto a espiritualidade da idosa, ofertando apoio emocional e espiritual, a fim de que a
mesma sentisse conforto e aceitação em relação a morte. COMENTÁRIOS FINAIS A equipe
multidisciplinar em uma Instituição de Longa Permanência tem condições de ofertar uma
qualidade de vida ao idoso em cuidados paliativos, respeitando a vontade da família e do (a)
próprio (a) idoso (a), de forma que o mesmo possa desfrutar de todo o cuidado possível dentro
das condições clínicas as quais encontra-se, sem que haja falta de assistência adequada, desde
que todos os profissionais envolvidos trabalharem em regime de cooperação mútua e
comprometimento visando o bem estar do (a) idoso (a) em questão.
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88433 - EDUCAÇÃO FÍSICA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PLANO DE AÇÃO GLOBAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE PARA A RESPOSTA DE
SAÚDE PÚBLICA À DEMÊNCIA 2017 - 2025: UM OLHAR MAIS ATENTO AOS PAÍSES DE BAIXA E
MÉDIA RENDA
Autores: Natan Feter / Universidade Federal de Pelotas; Jayne Santos Leite / Universidade
Federal de Rio Grande; Matheus Costa Fraulo / Universidade Federal de Pelotas; Júlia
Cassuriaga / Universidade Federal de Pelotas; Ricardo Alt / Universidade Federal de Pelotas;
Airton José Rombaldi / Universidade Federal de Pelotas;
Resumo: O plano de ação global sobre a resposta de saúde pública à demência 2017-2025,
estruturado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sugere uma redução relativa de 10%
na prevalência de atividade física insuficiente (AFI) até 2025. Todavia, desde 2001, não houve
mudança na AFI entre homens e mulheres, independentemente no nível econômico do país.
Em países de baixa e média rendas (PBMR), onde estão localizados 66% dos casos de demência
em pessoas com mais de 60 anos, a prevalência de AFI é maior em mulheres do que em
homens. Assim, o objetivo do estudo é determinar como a desigualdade na atividade física
(AF) pode ajudar na redução da carga atribuída a demência em PBMR. Para este estudo,
extraímos a prevalência de demência e AFI (n=61 países) do Repositório do Observatório
Mundial da Saúde (GHOR). A AFI foi caracterizada como uma prática de AF de intensidade pelo
menos moderada inferior a 150 minutos por semana. A prevalência e mortalidade foram
calculadas pelo número de casos e mortes por demência em 2016, respectivamente, enquanto
a morbidade foi reportada em DALY - anos de vida perdidos ajustados por incapacidade. A
prevalência de demência em pessoas com 60 anos ou mais foi de 3,1%, variando de 1,8%
(Serra Leoa) a 6,4% (Vietnã). A prevalência média de AFI foi de 28,5%, variando entre 5%
(Uganda) e 67% (Kuwait). Projetamos uma redução de 613.374 (IC95%: 505.233,58;
721.515,78) casos de demência se a AFI fosse reduzida em 10% em PBMR. Contudo, se
houvesse uma redução de 10% na AFI apenas em mulheres em PBMR, a diminuição esperada
nos casos de demência seria de aproximadamente 600.000 casos (IC 95%: 475.716,66;
692.685,24), não havendo diferença entre as projeções. Em relação à morbidade, projetamos
uma diminuição de 40,6 (IC95%: 35,5; 45,7) DALY atribuível à demência se a AFI fosse reduzida
de acordo com o plano de ação da OMS. No entanto, esse valor não foi diferente em relação
ao DALY projetado considerando redução da AFI somente em mulheres (39,3; IC95%: 34,1;
44,4). Ainda, a redução na AFI (40.590; IC95%: 35.470; 45.710) sugerida pelo plano global da
OMS resultou em diminuição projetada em mortes por demência semelhante ao estipulado
com o aumento de AF apenas em mulheres (39.270; IC95%: 34.140; 44.400). Conclui-se que,
em PBMR, a redução de 10% na AFI em mulheres é suficiente para atingir a meta para AFI do
plano de ação global da OMS sobre a resposta de saúde pública à demência 2017-2025.
Contato autor: [email protected]
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88632 - ENFERMAGEM
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: A ENFERMAGEM COMO PROTAGONISTA DO CUIDADO NAS INTERVENÇÕES PALIATIVAS
Autores: Pedro Augusto Paula Do Carmo / Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho;
Paulo Faustino Mariano / Faculdade de Rondônia; Iglair Regis de Oliveira / Faculdade
FACIMED;
Resumo: Introdução: o aumento da longevidade e o crescimento considerável da cronicidade
das doenças, desperta no profissional de enfermagem um olhar diferenciado para o processo
de adoecimento e finitude. Objetivo: identificar o profissional de enfermagem como
protagonista dos cuidados paliativos. Método: trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva
e exploratória com enfoque qualitativo. Resultados: os resultados dessa pesquisa apontaram
que o profissional de enfermagem reconhece a sua importância no contexto dos cuidados
paliativos, considerando os artefatos do cuidado, que envolve corpo, alma, mente e espírito,
como sendo inerentes ao profissional de enfermagem. Conclusão: o profissional de
enfermagem que atua em cuidados paliativos adota o humanismo em saúde para alcançar as
melhores práticas na assistência e no cuidado, identificando-se com os preceitos filosóficos da
profissão, e como ordenadora do cuidado nos mais diversos contextos da assistência, incluindo
ai os cuidados paliativos.
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88483 - ENFERMAGEM
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ATUAÇÃO DA ENFERMEIRA COM A SAÚDE DA PESSOA IDOSA NUMA PERSPECTIVA DO
ENVELHECIMENTO ATIVO
Autores: Suely Cordeiro Santos Silva / FAI - Faculdade Irecê ; Queuam Ferreira Silva de Oliveira
/ FAI Faculdade Irecê; Lucas Gomes Lima / FAI Faculdade Irecê;
Resumo: Introdução: O aumento da expectativa de vida, além de uma mudança no perfil
populacional e melhor sobrevida, reflete importantes implicações na saúde. Desenvolver ações
que promovam o envelhecimento ativo, e promova a interação da saúde física e mental,
independência financeira, capacidade funcional e suporte social, são elementos fundamentais
para a preservação da autonomia com o envelhecimento. O processo de envelhecer saudável
requer cuidados preventivos, educativos e intervenções qualificadas promovidas por
profissionais, a enfermeira é profissional que atua na assistência, educação em saúde e
formação de recursos humanos, e nesta condição, pode contribuir diretamente para o
envelhecimento ativo. Objetivo: analisar a atuação da enfermeira frente à perspectiva do
envelhecimento ativo da pessoa idosa. Método: Trata-se de revisão bibliográfica de
abordagem qualitativa e característica descritivo-exploratória, realizada no ano de 2019.
Foram selecionados dezoito artigos utilizando-se os descritores: envelhecimento ativo,
enfermeira e idoso. Resultados: conforme a enfermeira compreende as alterações
biopsicossociais desencadeadas pelo processo de envelhecimento, poderá contribuir para que
o idoso se adapte melhor a sua realidade. Considera-se fundamental educar a comunidade
para que seja um ponto de acolhimento, onde a pessoa idosa se sinta útil, inserindo-se na
sociedade e mantenha a satisfação de viver. O maior desafio da enfermeira à promoção do
envelhecimento ativo é prevenir incapacidades e evitar o agravos frente aos processos senis.
Desenvolver estratégias que permita um redirecionamento do cotidiano, redescobrindo
possibilidades de viver com qualidade de vida, mesmo com as limitações funcionais e
cognitivas muitas vezes instaladas, é importante ação terapêutica para a qualidade de vida na
terceira idade. Conclusão: A enfermeira tem um amplo espaço para atuar, frente ao grupo de
pessoas idosas, com autonomia ao sistematizar através da experiência e criatividade em ações
para a assistência, ajudar, orientar e capacitar a pessoa idosa quanto a manter a capacidade de
gerenciar a própria independência e saúde.
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88479 - ENFERMAGEM
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME CARDIORRENAL AGUDA
TIPO 1: IMPORTÂNCIA DOS BIOMARCADORES NO DIAGNÓSTICO PRECOCE EM IDOSOS
Autores: Fernanda Abade Lemos / FAI Faculdade Irecê ; Lucas Gomes Lima / FAI Faculdade
Irecê; Queuam Ferreira Silva de Oliveira / FAI Faculdade Irecê;
Resumo: Introdução: Define-se a síndrome cardiorrenal aguda tipo 1 como um distúrbio da
função cardíaca que gera lesão renal aguda de modo a ocasionar distúrbios fisiopatológicos
bidirecionais. Esta vem sendo comumente observada em pacientes idosos, hipertensos e com
diagnóstico de insuficiência cardíaca descompensada. Objetivo: Compreender qual o papel do
enfermeiro na prevenção da síndrome cardiorrenal aguda tipo 1 reconhecendo a importância
dos biomarcadores no diagnóstico precoce. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de revisão
bibliográfica, de abordagem quanti/qualitativa e característica descritivo-exploratória,
realizada no ano de 2019. Foram selecionados três artigos utilizando-se os descritores:
síndrome cardiorrenal, insuficiência cardíaca, prevenção e controle. Resultados: As práticas
educativas adotadas pelos enfermeiros através de informações, visitas domiciliares,
acompanhamento da evolução clínica dos pacientes com insuficiência cardíaca e a
telemonitorização, que permite informar e educar os cardiopatas disponibilizando de um
aplicativo informativo de colesterol e vídeos pré intervenção hemodinâmica, evidenciou uma
melhor auto-aprendizagem e autocuidado, redução dos níveis de colesterol e melhora da
classificação funcional da New York Heart Association (NYHA) destes. A avaliação do estado
nutricional é imprescindível, a fim de evitar a caquexia cardíaca que vem acometendo cerca de
50% desse público, aumentando as chances do aparecimento dessa síndrome. Outras medidas
como o controle hídrico, verificação diária do peso, e aferição da pressão arterial também são
medidas profiláticas imprescindíveis que refletem na diminuição do aparecimento desse
quadro, além de reduzir o número de re-hospitalizações e conseguintemente os gastos na
saúde pública. Concliusão: Finaliza-se enfatizando a importância do enfermeiro no papel de
prevenção e controle desse quadro frente à pacientes idosos com insuficiência cardíaca
visando à redução do aparecimento dessa síndrome e o aumento da expectativa de vida e
melhores condições de saúde dessa coletividade.
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85783 - ENFERMAGEM
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: GRUPO DE AJUDA MÚTUA A FAMILIARES DE IDOSOS COM DEMÊNCIA: DESVELANDO
PERSPECTIVAS
Autores: Melissa Orlandi Honorio Locks / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Silvia
Maria Azevedo dos Santos / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Fernanda Rosa de
Oliveira Pires / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Camila Hausmann /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA;
Resumo: Introdução: A tecnologia de cuidado em Grupo de Ajuda Mútua vem sendo utilizada
no cuidado a famílias cuidadoras de idosos com demência. Estudos têm revelado efeitos
significantes de tais grupos nos conhecimentos, habilidades, alívio da sobrecarga e bem-estar
dos cuidadores familiares, sendo esta considerada uma intervenção efetiva e de baixo custo.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo compreender os motivos pelos quais os integrantes
de um Grupo de Ajuda Mútua a cuidadores familiares de idosos com Demências, do município
de Florianópolis/SC, participam do mesmo e identificar as dificuldades e os benefícios dessa
participação. Método: Trata-se de um estudo de natureza exploratório-descritiva, do tipo
qualitativo. Os dados foram coletados por um período de quatro meses, por meio de
observação não participante nas reuniões do Grupo de Ajuda Mútua, registro em diário de
campo e entrevista semiestruturada com nove cuidadores familiares, cinco familiares
voluntários e cinco profissionais da saúde integrantes do grupo, totalizando 19 participantes. A
pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, via Plataforma Brasil, através do
Parecer nº 772.084/2014. Os dados foram analisados de acordo com a Análise de Conteúdo de
Bardin e embasados no referencial teórico da Teoria do Cuidado Cultural. Resultados: Desta
análise, emergiu um dos eixos temáticos, denominado Grupo de Ajuda Mútua: desvelando
perspectivas, com quatro categorias: 1) Motivos para buscar o grupo; 2) Benefícios da
participação no grupo; 3) Dificuldades de envolver-se no grupo; e 4) Valorizando o estar em
grupo. De acordo com as relatos dos integrantes do GAM, o mesmo foi significado como
espaço de aprendizado não só em relação as demências, mas no exercicio de ouvir o outro e
refletir suas próprias vivências e criar novas estratégias para manejo com o familiar
dementado; espaço terapeutico onde é possível desabafar a respeito dos sentimentos
oriundos dos enfrentamentos do cotidiano de cuidado; espaço de dialogo entre o familiar e o
profissional de forma horizontal num processo de construção coletiva do saber; e como espaço
de trabalho voluntário a serviço do outro. Conclusão: Conclui-se que os grupos de ajuda
constituem-se em ambiente de cuidado cultural com valores próprios que necessitam ser
identificados e adaptados para prestar um cuidado culturalmente congruente, direcionados às
necessidades dos familiares de idosos com demência.
Contato autor: [email protected]
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88454 - ENFERMAGEM
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: O AUTOCUIDADO COMO ESTRATÉGIA DE PESSOAS IDOSAS PARA UM
ENVELHECIMENTO ATIVO
Autores: Ester da Silva Santos / Universidade do Estado da Bahia; Luma Costa Pereira Peixoto /
Universidade Estadual de Feira de Santana; Luana Machado Andrade / Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia; Aline Cristiane de Sousa Azevedo Aguiar / Universidade do Estado da
Bahia; Alana Libania de Souza Santos / Universidade do Estado da Bahia; Edite Lago da Silva
Sena / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia;
Resumo: Introdução: o envelhecimento populacional vem ocorrendo de forma crescente no
Brasil o que torna primordial a atenção relacionada às pessoas idosas, no intuito de
proporcioná-las uma longevidade saudável e digna. Objetivo: conhecer as estratégias utilizadas
por pessoas idosas para um envelhecimento ativo. Métodos: estudo qualitativo, realizado com
treze pessoas idosas consideradas ativas cadastradas em duas Unidades de Saúde da Família
de um município no interior da Bahia, Brasil. As informações foram coletadas de abril a junho
de 2018 através da aplicação de um formulário sociodemográfico seguido de um roteiro de
entrevista semi-estruturada. O material foi analisado conforme a técnica de análise de
conteúdo temática de Bardin. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com
parecer nº 2.532.547. Resultados: foi possível notar que as atividades voltadas para o
autocuidado mais mencionadas foram as manuais, laborais, e mudanças de hábitos de vida.
Sabe-se que os trabalhos manuais realizados em tempos livres estimulam a criatividade,
imaginação, trabalha a motricidade e o raciocínio, o que reduz o declínio cognitivo e funcional.
As atividades manuais e laborais se constituem estratégias de autocuidado para o
envelhecimento ativo, uma vez que favorecem o protagonismo do indivíduo no cuidado com
sua saúde. As atividades domésticas também se configuraram como estratégias para
manutenção de uma vida ativa. Percebe-se que existem estratégias simples que podem
auxiliar no envelhecimento ativo e garantir à pessoa idosa autonomia. Tal fato também é
notório pelo desempenho de atividades como realização e venda de doces e salgados. Parte
das pessoas idosas utiliza o ganho adquirido nessas atividades para complementação da
renda/aposentadoria. Conclusão: assim, acredita-se que as atividades manuais e laborais
refletem diretamente na qualidade de vida, sendo dessa forma determinante para condição de
saúde do indivíduo. Ter uma alimentação saudável e ausência de vícios também foram
respostas que se destacaram. Evidencia-se que a adoção de hábitos saudáveis são cruciais para
que se tenha uma longevidade de qualidade. Este estudo poderá servir de base para
profissionais de saúde que trabalham com pessoas idosas para planejar e executar ações que
visem estimular e promover um envelhecimento saudável.
Contato autor: [email protected]
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88411 - FARMÁCIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FARMACÊUTICA DE DOSES DE MEDICAMENTOS
PSICOATIVOS E IMPLICAÇÕES NA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA DO PACIENTE IDOSO
Autores: Jaqueline Kalleian Eserian / Instituto Adolfo Lutz; Márcia Lombardo / Instituto Adolfo
Lutz; Jair Ribeiro Chagas / Universidade Federal de São Paulo; José Carlos Fernandes Galduróz /
Universidade Federal de São Paulo;
Resumo: O gerenciamento da terapêutica com medicamentos psicoativos envolve a utilização
de doses individualizadas para fins de ajuste de dose tanto no início do tratamento quanto em
sua descontinuação. Além disso, pacientes idosos podem requerer a utilização de doses
reduzidas devido a mudanças fisiológicas relacionadas à idade que alteram o metabolismo dos
fármacos. Logo, a administração de doses exatas e precisas é essencial para a segurança e
eficácia do tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a exatidão e variabilidade de doses
resultantes de diversas formas de obtenção de doses individualizadas em medicamentos
psicoativos, tal como a divisão de comprimidos e utilização de medicamentos líquidos de uso
oral por meio de acessórios. Foram avaliados medicamentos de referência, genéricos e
similares na forma de comprimidos com vinco (haloperidol) divididos com cortador de
comprimidos e com as mãos, medicamentos líquidos de uso oral com apresentação em
gotejador em PVC (haloperidol), gotejador em vidro (clonazepam), copo medida (valproato de
sódio) e seringa dosadora (carbamazepina). A potência e uniformidade de conteúdo das doses
foram determinadas de acordo com métodos farmacopeicos. Os comprimidos divididos com o
cortador apresentaram o pior desempenho entre todas as formas avaliadas, com variação na
quantidade de substância ativa entre as doses em torno de 60%. Houve diferenças
significativas na dispensação de doses entre fabricantes do mesmo medicamento quando o
mesmo volume ou número de gotas foi medido (37,8% para o gotejador em PVC, 33,5% para o
gotejador em vidro, 27,6% para o copo medida e 12,3% para a seringa dosadora). Com relação
à variabilidade de doses em um mesmo produto, os melhores desempenhos foram observados
para a seringa dosadora e para o gotejador em vidro. A qualidade do produto e a quantidade
de substância ativa dispensada por dose são essenciais para uma prática clínica de sucesso.
Diferenças entre fabricantes do mesmo medicamento podem potencialmente comprometer
uma eventual substituição durante o decorrer do tratamento. O risco inerente de
administração de sub ou superdoses decorrente do fato de que parte dos acessórios e das
metades de comprimidos não cumpriu a finalidade de fornecer doses exatas e precisas, além
da falta de padronização entre fabricantes, acarreta em implicações clínicas iminentes
associadas, sendo de grande relevância para o paciente idoso em tratamento com
medicamentos psicoativos.
Contato autor: [email protected]
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88448 - FISIOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE DISTÚRBIOS MÚSCULO ESQUELÉTICO EM CUIDADORES
DE PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER
Autores: Franciele G. França / Universidade do Extremo Sul Catarinense ; Carolini Domingos /
Universidade do Extremo Sul Catarinense; Brenda Silvestre Rodrigues / Universidade do
Extremo Sul Catarinense; évelin Vicente / Universidade do Extremo Sul Catarinense;
Resumo: Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia dividida em estágios que
evoluem até a total dependência do paciente. O relacionamento com o cuidador e o ambiente
em que o mesmo se encontra interferem diretamente no comportamento do paciente. O
Projeto Bem Viver com Alzheimer é voltado para dar atenção aos cuidadores de pessoas com
DA, promovendo ações que visam minimizar os efeitos danosos desta patologia, sobre a
qualidade de vida do cuidador, gerando assim interferências positivas. O cuidador pode ser
primário ou secundário e é a pessoa, cujo paciente passa a maior parte do tempo e que se
torna responsável pelos cuidados com o mesmo, podendo ser familiar ou profissional.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a presença de distúrbio músculo
esquelético de cuidadores de pacientes com a DA que trabalham em ILP do município de
Criciúma, levando em consideração o trabalho exaustivo do cuidador, que com o decorrer da
doença acaba exigindo maior aporte físico e assim gerando consequências físicas ao cuidador.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, transversal e quantitativa feita com os
cuidadores de pacientes com DA, onde foi aplicado em 20 cuidadores o Questionário Nórdico
de Sintomas Osteomusculares (QNSO) que é formado por perguntas sobre os principais
segmentos corporais, e o entrevistado deve preencher dizendo se sentiu dor, formigamento e
ou dormência no último ano e na última semana e se sim se essa dor interferi nas atividades
de vida diárias. Resultados: As regiões que mais apresentaram disfunções foram: lombar,
joelhos, pescoço, quadril e tornozelo, sendo que 50% dos cuidadores afirmaram ter tido dor na
região lombar no último ano e 25% na última semana, 40% apresentaram algum sintoma no
joelho no último ano e 25% na última semana, já no pescoço, quadril e tornozelo o resultado
do último ano foi igual, apresentando sintomas em 6 cuidadores em cada região (30%). Dos
entrevistados apenas 5 (25%) deles não apresentaram nenhum sintoma de disfunção músculo
esquelética. Conclusão: Os dados obtidos possibilitaram identificar quais as principais
disfunções musculoesqueléticas que acarretam esses cuidadores devido à grande exigência de
força física que o cuidador exerce conforme o paciente fica mais dependente e a partir destes
resultados será possível direcionar o projeto de extensão Bem Viver com Alzheimer para
melhor acolher essa população com ações preventivas e de promoção de saúde.
Contato autor: [email protected]
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88447 - FISIOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DO QUADRO ÁLGICO EM CUIDADORES DE PACIENTES COM DOENÇA DE
ALZHEIMER.
Autores: Carolini Domingos / Universidade do Extremo Sul Catarinense; Franciele Gonçalves
França / niversidade do Extremo Sul Catarinense; Brenda Silvestre Rodrigues / niversidade do
Extremo Sul Catarinense; évelin Vicente / niversidade do Extremo Sul Catarinense;
Resumo: Introdução: Com o aumento da população idosa estamos nos deparando com maior
expectativa de vida e consequentemente o aparecimento de patologias relacionadas ao
envelhecimento aumenta, podendo desenvolver demências e com isso a Doença de Alzheimer
(DA) predomina sendo de 50 a 60% dos casos, sendo uma patologia progressiva e irreversível
levando a perca da memória e ela é dividida em três estágios sendo o último de total
dependência do paciente necessitando de um cuidador, sendo esse primário que é um familiar
ou secundário que pode ser alguém contratado pela família. O projeto Bem viver com
Alzheimer vem como um apoio a esses familiares e cuidadores, levando informações e
cuidados sobre a patologia, e principalmente como melhorar a qualidade de vida deles,
pacientes e cuidadores. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de quadro
álgico nos cuidadores que trabalham nas instituições de longa permanência (ILP) do município
de criciúma e participam do projeto Bem Viver com Alzheimer. Metodologia: A pesquisa foi
aprovada pelo comitê de ética e realizada a aplicação previa do Questionário de estado de
saúde (SF-36v2), onde foi analisado as questões relacionadas ao domínio dor, que relatavam o
quadro álgico das últimas 4 semanas. em apenas 13 participantes, cuidadores do sexo
masculino e feminino, com a média de idade de 47 anos. Resultados: Considerando o
resultado de 0 a 100, sendo do pior para o melhor a média foi de 64,3% dos participantes
relatam ter sentido dor nas últimas 4 semanas e que elas interferiram em seu desempenho no
trabalho e nos afazeres de casa. Conclusão: Conclui-se que o quadro álgico é um fator
determinante na interferência das atividades funcionais exigidas no trabalho dos cuidadores
de ILP e medidas como pausas e atividades laborais devem ser aplicadas nestas instituições.
Contato autor: [email protected]
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88638 - FISIOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: EFETIVIDADE DE PROTOCOLOS DE EXERCÍCIO FÍSICO DOMICILIAR NAS FUNÇÕES
COGNITIVAS, MOTORAS E FUNCIONAIS DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA
Autores: Tamiris de Cássia Oliva Langelli / Universidade Federal de São Carlos; Roberta de
Fátima Carreira Moreira Padovez / Universidade Federal de São Carlos; Bruna Anzolin Barreiros
/ Universidade Federal de São Carlos; Natália Oiring / Universidade Federal de São Carlos;
Wildja Lima / Universidade Federal de São Carlos; Larissa Pires de Andrade / Universidade
Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: O efeito do exercício físico na doença de Alzheimer (DA) vem sendo
amplamente estudado. Apenas uma revisão sistemática envolvendo o efeito do exercício físico
no ambiente domiciliar foi encontrada foi encontrada. No entanto não avaliou o efeito do
exercício físico nas funções cognitivas, motoras e funcionais de idosos com DA. Objetivo:
Analisar o efeito do exercício físico domiciliar nas funções cognitivas, motoras e funcionais de
idosos com DA. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática com busca nas bases de dados
Pubmed com os seguintes termos Mesh (“Alzheimer Disease” OR Alzheimer) AND
(“Intervention protocol” OR Rehabilitation OR “home based exercise” OR “home-dwelling”)
AND (Cognition OR “cognition disorders” OR “cognitive dysfunction”) AND (“motor disorders”
OR “physical exercise” OR “physical function” OR “Activities of daily living”) , após foi realizada
uma seleção dos estudos com auxílio do Software START. Incialmente os títulos foram lidos por
dois revisores independentes, seguidos dos resumos e por último leitura dos textos completos.
Os critérios de elegibilidade incluíram estudos que envolvessem idosos com diagnóstico de DA,
pertencentes á uma intervenção com exercício físico no ambiente domiciliar. Os desfechos
investigados foram funções cognitivas, funcionalidade e componentes motores da capacidade
funcional. Entende-se por funcionalidade a execução das atividade de vida diária e
componentes motores como equilíbrio e força. Resultados: Foram identificados 11.852
referências. Após a leitura do título, resumo e texto completo restaram sete estudos. A
funcionalidade apresentou moderada evidencia. As funções cognitivas e os componentes
físicos baixa evidencia . As funções cognitivas e os componentes físicos da capacidade
funcional apresentaram baixa evidência. Conclusão: Ensaios Clínicos Randomizados e
controlados com o intuito de investigar o efeito do exercício físico no ambiente domiciliar em
idosos com DA ainda são escassos. A funcionalidade parece ser o desfecho mais beneficiado
com um protocolo de exercícios domiciliares, talvez pelo ambiente proporcionar um maior
estímulo desse componente. As funções cognitivas e componentes físicos da capacidade
funcional, ainda parece não ter uma efetividade por meio dos estudos incluídos.
Contato autor: [email protected]
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88456 - FISIOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: LEVANTAMENTO DE IDOSOS COM COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE NA REGIÃO
MEIO OESTE DE SANTA CATARINA.
Autores: Chrystianne Barros Saretto / Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC;
Alessandra Zaffari / Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC; Emanuele Trevisan /
Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC; Beatriz Godoi / Universidade do Oeste de
Santa Catarina - UNOESC;
Resumo: Introdução: O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos e
é caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível, ligado intimamente a
fatores biológicos, psíquicos, sociais e econômicos. Dentro do contexto do processo de
senescência e senilidade, as perdas cognitivas nem sempre são consideradas relevantes
precocemente, sendo descrito por diversos autores a dificuldade de distinção entre o normal e
o patológico. O comprometimento cognitivo leve (CCL) é uma alteração em que ocorre a perda
da memória, sendo considerado condição prodrômica para doenças mais graves como as
síndromes demenciais. Objetivo: Realizar um levantamento de indivíduos com indícios de CCL,
de forma a descrever a atual situação encontrada e possivelmente nortear ações futuras de
intervenção precoce para essa população. Método: estudo transversal e observacional,
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer: 2.619.253, tendo seguido as
diretrizes preconizadas pela Resolução 466/12. A pesquisa foi desenvolvida com indivíduos
idosos ativos socialmente da região do meio oeste de Santa Catarina. Os idosos elegíveis para
o estudo eram procedentes de diferentes serviços de saúde (públicos e privados) e foram
avaliados por meio do mini exame do estado mental (MEEM). Resultados: A amostra foi
composta por 65 indivíduos idosos, com média de idade de 70,8 (+/- 8,3) anos, 75,4% do sexo
feminino e com escolaridade média de 5,5 (+/- 4,0) anos. A pontuação média do MEEM foi de
22,3 (+/- 6,5) pontos, sendo que 55,4% da amostra estudada apresentou esse escore com valor
= ou < 25 pontos. O escore do MEEM foi comparado através do teste de médias por sexo, faixa
etária e procedência e apresentou resultados estatisticamente significativos com relação a
pontuação do teste (p<0,05). Os resultados do escore do MEEM foram testados também por
meio da Correlação de Pearson com as variáveis escolaridade e idade, sendo considerado
positivos e diretamente proporcionais (p ≤ 0,05). Conclusão: O principal achado do presente
estudo foi o fato de que o escore de desempenho cognitivo foi diminuído na grande maioria
dos idosos avaliados, porém condizente com a média de escolaridade da amostra. Os dados
encontrados apontam que os valores do MEEM foram diferentes dependendo do local de
procedência do idoso, do menor nível de escolaridade, e da idade mais avançada.
Contato autor: [email protected]
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88633 - FISIOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: QUALIDADE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS E CONTROLADOS EM IDOSOS COM
DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ENVOLVENDO EXERCÍCIO FÍSICO
DOMICILIAR
Autores: Bruna Anzolin Barreiros / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Roberta de
Fátima Carreira Moreira Padovez / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Tamiris de
Cassia Oliva Langelli / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Wildja Lima / Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar); Natália Oiring de Castro Cezar / Universidade Federal de São
Carlos (UFSCar); Larissa de Andrade / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);
Resumo: Introdução: Para investigar o efeito do exercício físico na doença de Alzheimer (DA),
estudos de ensaios clínicos são os mais adequados. A análise da qualidade metodológica
dessas pesquisas auxiliam na reprodução dos achados para a prática clínica. Especialmente,
para profissionais que trabalham no ambiente domiciliar. Objetivo: Analisar a qualidade
metodológica de ensaios clínicos envolvendo o efeito do exercício físico domiciliar em idosos
com DA. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática com busca nas bases de dados Pubmed
com os seguintes termos Mesh (“Alzheimer Disease” OR Alzheimer) AND (“Intervention
protocol” OR Rehabilitation OR “home based exercise” OR “home-dwelling”) AND (Cognition
OR “cognition disorders” OR “cognitive dysfunction”) AND (“motor disorders” OR “physical
exercise” OR “physical function” OR “Activities of daily living”) , após foi realizada uma seleção
dos estudos com auxílio do Software START. Incialmente os títulos foram lidos por dois
revisores independentes, seguidos dos resumos e por último leitura dos textos completos. Os
critérios de elegibilidade incluíram estudos que envolvessem idosos com diagnóstico de DA,
pertencentes à uma intervenção com exercício físico no ambiente domiciliar. Para analisar a
qualidade dos estudos foi utilizada a escala PEDro, que considera aspectos relacionados à
validade interna e informações estatísticas suficientes que torne possível a interpretação do
estudo. Os artigos são ranqueados de acordo com a qualidade metodológica. Resultados:
Foram identificados um total de 11.852 referências, após a leitura do título restaram 148,
finalizando com 16 artigos para leitura do texto completo. Destes, sete estudos foram
incluídos na revisão. Observou-se que quatro artigos obtiveram boa pontuação na escala
PEDro e os demais apresentaram pontuação inferior a cinco, proporcionando baixa validade
científica. Conclusão: De maneira geral, intervenções baseadas em evidências científicas são
importantes para o desenvolvimento de tratamentos eficazes. Através desta revisão, concluiu-
se que estudos envolvendo a prática de exercício físico domiciliar em idosos com DA são
escassos, e dentre os que já existem, três são considerados de baixa qualidade metodológica.
Portanto, sugere-se a realização de novos ensaios clínicos com maior qualidade metodológica,
para de fato saber a efetividade do exercício físico no ambiente domiciliar para idosos com DA.
Contato autor: [email protected]
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88423 - FONOAUDIOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: A INTERVENÇÃO NA MEMÓRIA EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER PODE
RETARDAR O SURGIMENTO DA APRAXIA DE FALA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Autores: Aline Pereira Lopes / UFRJ; Bruna Brandão Velasques / UFRJ;
Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva
que causa uma deterioração da memória e de outras funções cognitivas como, por exemplo, a
apraxia de fala. Esta é caracterizada como um distúrbio que ocasiona prejuízo na capacidade
de programar o posicionamento da musculatura da fala e de sequencializar os movimentos
durante a produção voluntária dos fonemas. A apraxia de fala apresenta uma associação com
o declínio da memória operacional, especialmente no que diz respeito ao processo
articulatório da alça fonológica, onde o déficit da memória provém de algum tipo de
interrupção no processo de reverberação subvocal influenciando tanto o resgate da
informação quanto a programação da fala. OBJETIVO: A presente revisão bibliográfica tem
como objetivo investigar a relação entre a memória operacional e a apraxia de fala na Doença
de Alzheimer, buscando evidências de como as intervenções na memória interferem na
apraxia de fala. MÉTODO: Revisão integrativa de literatura realizada através das bases de
dados Scielo e Portal de Periódicos da Capes, nos idiomas português e inglês nos últimos dez
anos. A busca de artigos foi realizada utilizando os descritores: apraxia de fala, Doença de
Alzheimer, envelhecimento, memória operacional, treino cognitivo, reabilitação cognitiva. A
seleção dos artigos considerou os seguintes critérios de inclusão: (1) estudos sobre as
intervenções de memória em idosos com Doença de Alzheimer (2) apraxia de fala na Doença
de Alzheimer, (3) estudos que relacionaram a memória operacional e a apraxia de fala. Quanto
ao parâmetro de exclusão: (1) estudos com intervenções farmacológicas, (2) estudos
associados à estimulação transcraniana por corrente contínua e estimulação magnética
transcraniana. RESULTADOS: Foram encontrados 17 artigos que preencheram os critérios de
inclusão, evidenciando resultados positivos na prática de um programa de intervenção
cognitiva sobre a memória operacional.CONCLUSÃO: A avaliação dos dados revelou que
indivíduos com Doença de Alzheimer, apresentam desde a fase leve um comprometimento da
memória operacional, e que as intervenções cognitivas de memória demonstraram evidências
quanto sua eficácia na modulação de processos plásticos no cérebro, influenciando a memória.
Contudo, não foi possível concluir a eficácia dessa intervenção sobre o surgimento da apraxia
de fala, permitindo apenas a inferência desse benefício. Sendo necessária a realização de
novas pesquisas.
Contato autor: [email protected]
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88618 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AGA EM ESTAÇÕES: UMA EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO!
Autores: Danielle Pontes Braga / UNICAP; Fratianne Giselle Cavalcanti Leal / UNICAP; Gabriela
Pacheco Cavalcanti / UNICAP; José Artur Oliveira Leite / UNICAP; Marília Azevedo Guimarães
Soares / UNICAP; Rebeca Galindo Mendes / UNICAP; Yale Gonçalves Lopes Araújo / UNICAP;
Carla Núbia Nunes Borges / UNICAP;
Resumo: O aumento da longevidade é uma realidade mundial com características peculiares.
Entender esse processo é importante para desenvolver estratégias que auxiliem a formular um
plano de cuidados. Por este motivo, utiliza-se a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), instrumento
de processo diagnóstico multidimensional para determinar deficiências, incapacidades e
desvantagens do idoso e planejar seu manejo a longo e médio prazo. Tem benefícios de
diminuição da mortalidade e morbidade, além de orientar na reabilitação com intuito de
promover saúde a essa população. No entanto, apesar da AGA ser um aparelho de avaliação
global do idoso, demanda tempo. Assim, objetivando aumentar a amostra de idosos, foi
instituído a AGA convencional por estações que em menor tempo consegue abranger todos os
aspectos desejáveis com qualidade de atendimento preservado. O trabalho possui caráter
descritivo e qualitativo, realizado com a intenção de mostrar os benefícios obtidos ao fazer a
AGA de forma fracionada, em estações, seguindo os pilares e escalas funcionais importantes
na consulta geriátrica. As consultas foram realizadas sob a supervisão da professora médica
geriatra, com a participação de ligantes da liga acadêmica de geriatria da Universidade Católica
de Pernambuco. Tomando como base o tempo da consulta realizada pela AGA em estação, foi
visto que esta é efetuada de forma mais rápida que a AGA convencional. Geriatras demoram
em média 60 a 90 minutos por paciente (5 idosos em 5 horas) para conseguir concluir seu
atendimento, já o formato da AGA por estações apresentou uma duração de
aproximadamente 38 minutos por consulta (8 idosos em 5 horas). Dessa forma, notou-se que
mais idosos foram submetidos à avaliação em um espaço de tempo menor - 3 idosos a mais
que o previsto pelo sistema normal -, mantendo a qualidade do atendimento. Além disso, foi
possível proporcionar aos alunos maior aprendizado sobre a aplicabilidade de tal instrumento
no cotidiano médico, já que em grande parte dos cursos de medicina não há tempo suficiente
dedicado para o aprendizado da aplicação das escalas geriátricas e avaliação do conjunto de
dados obtidos através das mesmas. Pode-se afirmar que o estudo da AGA em estações
conseguiu tornar os atendimentos geriátricos mais rápidos e dinâmicos, favorecendo o fluxo
das consultas realizadas. Somados a isso, observou- se, também, a importância de tal método
no aprendizado dos alunos de Medicina, fazendo com que estes conheçam o idoso de forma
mais harmônica.
Contato autor: [email protected]
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88627 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ALTERAÇÕES COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS APÓS UM TRAUMATISMO CRÂNIO
ENCEFÁLICO
Autores: Lais Camargo Camelini / Faculdade Ceres (FACERES); Gabriela Boges Carias /
Faculdade Ceres (FACERES); Barbara Maciel / Faculdade Ceres (FACERES); Isabela Daher Anbar
/ Faculdade Ceres (FACERES); Maria Eduarda Podboy Costa Junqueira / Faculdade Ceres
(FACERES); Amanda Maria Chiconi Ribeiro / Unoeste; Júlia Lima Gandolfo / Faculdade Ceres
(FACERES);
Resumo: Apresentação do caso: Paciente masculino, 70 anos, procurou atendimento com
queixas de perda de memória, tristeza, perda da volição e irritabilidade. Foi relatado por
familiares que em 2015 sofreu um TCE, ficando 15 dias na Unidade de Terapia Intensiva e após
2 meses começou a ter lapsos de memória, porém abandonou o tratamento pouco tempo
depois. Na consulta, foi realizado o MEEM que apresentava escore de 21e solicitado TC de
crânio. No exame, foi encontrado uma área hipodensa ao nível supra- tentorial, em lobo
fronto-parietal à esquerda, além de sulcos e fissuras cerebrais alargadas, compatível com
discreta redução volumétrica encefálica. DISCUSSÃO: O TCE é uma das causas mais frequentes
de morbidade e mortalidade em todo o mundo, com impacto importante na qualidade de
vida. A Escala de Coma de Glasgow é uma das ferramentas mais utilizadas para avaliar o nível
de gravidade do TCE e as incapacidades resultantes podem ser divididas em três categorias:
físicas, cognitivas e emocionais/comportamentais. Pensando nas incapacidades cognitivas, a
alteração de memória é a queixa mais comum. Essa alteração na memória, ocorre devido à
alta concentração de lesões na parte anterior dos lobos temporais, que contém o hipocampo e
outras estruturas neuronais responsáveis pela memória. Além disso, são comuns as mudanças
de comportamento e personalidade nos pacientes idosos que podem estar associadas ao TCE,
como redução da motivação e da autoestima, dificuldade de empatia, dificuldades
psicossociais, transtorno de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade e fadiga. Além
disso, a lesão cerebral traumática é o fator de risco ambiental mais bem estabelecido para a
demência. Porém, são necessárias novas ferramentas para investigar a patologia cerebral na
demência pós-traumática, já que as imagens convencionais de RM e TC foram consideradas
insuficientes. Dessa forma, a avaliação neuropsicológica deve ser abrangente, podendo
complementar exames clínicos e de neuroimagem, e permitindo uma análise sistemática de
várias funções cognitivas e fornecendo um panorama do funcionamento global dos pacientes.
CONCLUSÃO: O conceito de saúde para os idosos deve se embasar nos critérios de bem-estar
físico, psíquico e social preconizado pela OMS, como também deve se amparar no padrão da
capacidade funcional. Portanto, ao sofrer um trauma, o idoso passa a ter sentimentos
negativos, alterações na memória e na concentração, modificando negativamente sua
qualidade de vida.
Contato autor: [email protected]
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88439 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AMNÉSIA GLOBAL TRANSITÓRIA EM IDOSOS: AVALIAÇÃO DE PACIENTES ATENDIDOS
EM SERVIÇO PARTICULAR
Autores: Rógenes Igor Vaz da Costa Capistrano / Universidade Federal de Alagoas; Barbara
Maria Tavares Fontes / Universidade Federal de Alagoas; Roberto Vieira dos Santos /
Universidade Federal de Alagoas; Maria Carolina Viana Brito / Universidade Federal de
Alagoas; Iva Mariana Pereira Cavalcanti / Universidade Federal de Alagoas; Laura Marques
Angelo Neto / Universidade Federal de Alagoas; Helen Arruda Guimarães / Santa Casa de
Misericórdia de Maceió; David Costa Buarque / Universidade Federal de Alagoas;
Resumo: Introdução: A amnésia global transitória (AGT) é uma síndrome clínica caracterizada
pelo início súbito de amnésia anterógrada e retrógrada que tem duração máxima de 24 horas.
E apesar dela não vir associada a sintomas neurológicos focais, outros sintomas como cefaleia,
náusea e/ou vômito estão às vezes (~10%) presentes durante o quadro clínico. Embora a AGT
possua seu pico de incidência na sétima década de vida, observa-se que ela atinge igualmente
homens e mulheres, tendo uma recorrência de 2.9-23.8%. Indivíduos com histórico de
migrânea possuem um maior risco de ocorrência da AGT. Os episódios são geralmente
precipitados por um esforço físico como na atividade sexual, ou estresse emocional ou
mudança súbita da temperatura. Objetivos: Observar e caracterizar quadros de AGT em idosos
atendidos em um serviço particular de geriatria. Métodos: Foram analisados prontuários de
pacientes atendidos em serviço particular de geriatria e que apresentavam relato compatível
com amnésia global transitória (AGT), no período de 2013 a 2019. Resultados: Oito pacientes
foram atendidos com história compatível AGT, sendo seis (75%) do sexo feminino e com média
de idade de 69,8 anos (59 a 80 anos). Seis (75%) tiveram episódios com duração de 2 a 4 horas,
um com duração de alguns minutos e um com duração ignorada. Sete pacientes (87%)
apresentavam quadro depressivo associado a transtorno de ansiedade e quatro deles (50%)
foram expostos a eventos estressores antes do episódio relatado. Nenhum teve evento
cerebral agudo identificado (isquemia, hemorragia, síndromes epileptiformes) ou apresentava
alterações estruturais significativas. Dois pacientes (25%) tiveram recidiva do quadro por
quadro de ansiedade generalizada, cessaram após melhor controle do quadro psiquiátrico. Um
dos pacientes teve diagnóstico de demência de Alzheimer após controle depressivo.
Conclusão: Foram demonstrados as características clínicas de idosos atendidos com AGT em
um serviço particular. Informações sobre a entidade necessitam de maior difusão no meio
médico, já que nenhum dos pacientes atendidos teve hipótese de AGT em avaliação anterior.
Contato autor: [email protected]
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88098 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ANÁLISE DA NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA PACIENTES COM 60 ANOS
OU MAIS NO ESTADO DE RORAIMA
Autores: Thalia Inácia Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima; João Pedro Soares
de Macedo / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência contra o idoso
como ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física
e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social. A violência
acontece como uma quebra de expectativa positiva por parte das pessoas que cercam o
longevo, sobretudo dos filhos, dos cônjuges, dos parentes, dos cuidadores, da comunidade e
da sociedade em geral. A violência contra o idoso é uma questão social que permeia a área de
saúde por produzir um impacto na qualidade de vida, suas consequências exigirem cuidados
médico-hospitalares e por ferir os preceitos de envelhecimento ativo, positivo e saudável
enfatizados pela OMS para a consolidação de saúde, participação social e segurança à pessoa
idosa. Considerando a relevância desse problema, a notificação compulsória dos casos e a
análise dos dados são relevantes para entender a complexidade do assunto e avaliar a
qualidade de vida de idosos em determinada região. Objetivos: Analisar os casos de violência
contra idosos (60 anos ou mais) notificados do mês de janeiro de 2013 a dezembro de 2017
abrangendo todo o Estado de Roraima. Metodologia: Foi realizada análise transversal, a partir
de dados obtidos do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foi pesquisada a
quantidade total de notificações de violência doméstica, sexual e/ou outras violências,
posteriormente adicionando recorte de gênero, cor/raça, município de ocorrência, tendo em
todas as pesquisas o critério de inclusão pacientes com 60 anos ou mais. Não foi necessária
aprovação em CEP para a realização da pesquisa. Resultados: A pesquisa no Departamento de
Informática do SUS mostrou 162 casos de violência cometidos contra pacientes com 60 anos
ou mais em todo o Estado de Roraima no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. Em
relação ao gênero, 109 casos (67,3%) contra idosos do sexo masculinos e 53 (32,7%) em idosos
do sexo feminino. Quanto à cor/raça, 16 (9,9%) eram brancos, 6 (3,7%) pretos, 111 (68,5%)
pardos, 14 (8,6%) indígenas e 0 (0%) amarelos. Dentre os casos, 84 (51,8%) casos ocorreram na
capital do Estado. Conclusão: O combate à violência praticada contra pacientes de 60 anos ou
mais é de extrema importância para a prevenção e promoção da saúde dos indivíduos que se
enquadram nessa faixa etária. É importante incentivar a notificação para que medidas
necessárias sejam tomadas para diminuir essa realidade.
Contato autor: [email protected]
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88099 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA MORTALIDADE POR DOENÇA DE ALZHEIMER NO BRASIL
E NA REGIÃO NORTE
Autores: João Pedro Soares de Macedo / Universidade Federal de Roraima; Thalia Inácia
Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA) representa a forma mais comum de
demência em idosos. Em resumo, ela compromete as capacidades cognitivas do paciente,
tende a progredir com significância e, comumente, acomete a memória e outras habilidades,
influindo no cotidiano e na práxis do doente. Existe a necessidade de estudar a DA no Brasil,
pois não há homogeneidade nas pesquisas e nas condutas frente a ela no país. Nesse sentido,
a garantia à universalidade e à equidade previstas no SUS ainda não é total para grande
parcela dos brasileiros, em especial os residentes em áreas geográficas negligenciadas. A
consolidação de desigualdades regionais em serviços de saúde, a carência de profissionais e
ações de saúde penalizam os pacientes com DA na Região Norte. Isso pode se refletir, em
última instância, na letalização da DA. Objetivo: Descrever e comparar a epidemiologia da
mortalidade por DA no Brasil e na sua Região Norte, no período de 2008 a 2017. Métodos:
Trata-se de um estudo transversal descritivo, com informações provenientes do banco de
dados do DATASUS. A pesquisa refere-se ao período de 2008 a 2017 e os dados foram
avaliados segundo idade, sexo, cor/raça, traçando-se comparação entre a Região Norte
brasileira e o Brasil por inteiro. Os casos foram selecionados a partir do código G30 (Doença de
Alzheimer) da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Resultados: No Brasil foram
notificados 138.195 óbitos por DA no período estudado, sendo 2,17% (n=3005) na Região
Norte. Quanto ao sexo, no Brasil, 35,58% eram homens e 64,40% eram mulheres. Já na Região
Norte, 39,26% eram homens e 60,73% eram mulheres. A faixa etária mais afetada no Brasil foi
a de 80 anos ou mais (73,65%), seguida da de 70 a 79 anos (21,72%), e na Região Norte seguiu-
se a mesma ordem, com as respectivas porcentagens de 69,95% e 24,22%. Segundo a cor, no
Brasil, a maior parte dos óbitos ocorreu em brancos (74,85%), seguida de pardos (16,36%). Na
região Norte, houve mais óbitos em pardos (47,82%) seguidos de brancos (45,59%). Conclusão:
Demonstrou-se concordância na mortalidade por DA entre Brasil e Região Norte em termos de
gênero (feminino) e faixa etária (80 anos ou mais) mais acometidos. Entretanto, a maior
frequência de mortalidade em pardos na Região Norte em contraste com o Brasil sugere ações
em saúde direcionadas a tal população. Não obstante, deve-se buscar a resolução das
inequidades geográficas, fornecendo aos pacientes com DA os serviços de saúde hoje
negligenciados.
Contato autor: [email protected]
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88444 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DO PERFIL E DA SOBRECARGA DO CUIDADOR DE IDOSOS PORTADORES DE
DEMÊNCIA
Autores: Camila Saltini Muller / Centro de Referência de Atendimento ao Idoso em Vitória, ES,
Brasil; Hellen Cristina Oliveira Fernandes / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES; Ludimila
Vargas Fraga / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES, Brasil; Rebeca Netto Habib Salim /
Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES, Brasil; Ricardo Alves Telles de Sá / Faculdade
Brasileira Multivix, Vitória, ES, Brasil; Mateus Casotti Colombo / Faculdade Brasileira Multivix,
Vitória, ES, Brasil; Amanda Effgen Silva / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES, Brasil;
Resumo: INTRODUÇÃO: A demência afeta 35,6 milhões de pessoas e gera dependência
progressiva de um cuidador para realização de atividades instrumentais cotidianas e básicas. O
cuidador assume um papel de extrema responsabilidade, passível de sobrecarga emocional e
física, o que afeta a qualidade dos cuidados e aumenta as chances de institucionalização
desses idosos. OBJETIVO: Avaliar a sobrecarga do cuidador de idosos com demência,
considerando o perfil deste, além de verificar se há ou não correlação entre a sobrecarga do
cuidador e o estágio de demência em que o idoso se encontra. MÉTODOS: Estudo de caráter
qualitativo e quantitativo, transversal-observacional em cuidadores de pacientes idosos com
demência no Centro de Referências de Idosos de Vitória-ES, no período de junho a agosto de
2017. Foram aplicadas a escala Zarit Burden Interview (ZBI), o questionário sobre o perfil do
cuidador e o escore da escala Clinical Dementia Rating (CDR) para graduar a demência.
Posteriormente, os resultados foram submetidos a análise estatística, com verificação pelo
teste qui-quadrado e utilizada regressão logística binária com variância robusta e significância
de p ≤ 0,05. RESULTADOS: Avaliaram-se 103 cuidadores de idosos com demência, sendo que
desses, 04 foram descartados por serem cuidadores formais. Após a aplicação da escala ZBI,
27,3% apresentaram ausência de sobrecarga e 72,7% presença de sobrecarga. Houve
correlação significativa (p=0,01) entre sobrecarga e o sexo feminino, a carga horária dedicada
ao cuidado e o surgimento de outra doença após o início do cuidado. Como fator de proteção,
observou-se o exercício de uma profissão além do cuidado. CONCLUSÃO: Os fatores de risco e
proteção encontrados estão em concordância com alguns estudos já descritos na literatura e
podem servir de base para a melhoria na atenção integral aos cuidadores, além de
estimularem políticas de saúde mais específicas.
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88487 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA NO ATENDIMENTO AO IDOSO – EXPERIÊNCIA DO
HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO RECIFE
Autores: Laryssa Alves de Farias / unicap; Laryssa Alves de Farias / ; Danielle Pontes Braga / ;
Renata Camelo de Souza / ; Fernando de Oliveira / ; Erica Letícia Granja Macedo / ; Ellen de
Andrade Maciel / ; Ellen Dyana Macêdo Silva Lemos / ; Carla Núbia Nunes Borges / ;
Resumo: Introdução: O envelhecimento da população mundial é um dos grandes desafios a ser
enfrentado nas últimas décadas e os médicos deverão estar aptos a reconhecer as
particularidades de apresentação das doenças e síndromes mais comuns na velhice. Nesse
âmbito, a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) se apresenta como um questionário técnico
avaliativo e interventivo que contempla informações sobre o estado clínico, psíquico, funcional
e social da pessoa idosa. Tem como objetivo determinar suas fragilidades e tem como
resultado o planejamento do cuidado e o acompanhamento em longo prazo. Objetivos:
Realizar o levantamento de dados de atendimentos aos idosos no ambulatório escola de
geriatria do hospital Santa Casa de Misericórdia após 01 (um) ano de experiência e discutir as
principais dificuldades e ganhos durante a implementação da AGA como rotina de
atendimentos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e retrospectivo
realizado no ano de 2018. Os estudantes de medicina receberam orientações teóricas e
simulações práticas prévias a fim de garantir o melhor aproveitamento possível durante a
execução da Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) em todos os atendimentos no recém-
estabelecido ambulatório escola de geriatria do hospital Santa Casa de misericórdia do Recife.
Dentre os instrumentos mais utilizados estão: Escalas de Katz e Lawton, Mini-exame do estado
mental (MEEM), Escala de Depressão Geriátrica (GDS), Mini-nutriciona (MAN), Timed Up and
Go (TUG) e APGAR familiar. Resultados: Foram atendidos 42 idosos, com a média de idade de
75,7, sendo 72% do sexo feminio e 28% sexo masculino. Com relação as síndromes geriátricas
38% tinha incontinência, 36% tinha insuficiência cerebral, 36% instabilidade postural, 21%
insuficiência familiar, 14% iatrogenia, 12% imobilidade e 2% incapacidade comunicativa.
Conclusões: Evidencia-se que o cuidado com o idoso deve ser algo diferenciado, o que implica,
portanto, na utilização de modelos de atenção multidimensional que considerem suas
características peculiares. No entanto, enumeramos como as principais dificuldades para
execução da AGA o prolongado tempo de espera do paciente, o espaço físico limitado e pouco
tempo para discussão dos casos. Os ganhos são as trocas interdisciplinares, a hierarquização
das prioridades dos idosos, um registro amplo de informações e um plano de cuidados
organizado, transformando o modo de produzir saúde com um enfoque adequado aos
complexos e variados problemas dos idosos.
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88486 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS, CLÍNICAS E FUNCIONAIS DE IDOSOS COM
INSUFICIÊNCIA CEREBRAL ATENDIDOS NO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO RECIFE
Autores: Laryssa Alves de Farias / UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Laryssa Alves
de Farias / UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Renata Camelo de Souza /
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Danielle Pontes Braga / UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE PERNAMBUCO; Fernando de Oliveira / UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Erica
Letícia Granja Macedo / UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Ellen de Andrade Maciel
/ UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Ellen Dyana Macêdo Silva Lemos /
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO; Carla Núbia Nunes Borges / Diretora Científica da
Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ). Geriatra e Docente Universidade Católica de
Pernambuco (UNICAP);
Resumo: Introdução: A prevalência das síndromes de insuficiência cerebral é uma das
principais causas de incapacidade e dependência no processo de envelhecimento. E, embora
diferentes fatores de risco tenham sido relacionados aos piores prognósticos, ainda não
existem informações de maneira ampliada sobre as características da população com
insuficiência cerebral, que pode incluir principalmente depressão e demência. Objetivos: o
presente estudo propõe realizar o levantamento de dados de maneira multidimensional,
através de anamnese detalhada e avaliação geriátrica ampla, sobre as características
sociodemográficas, clínicas e funcionais de idosos com incapacidade cognitiva atendidos no
ambulatório do Hospital Santa Casa de Misericórdia do Recife. Métodos: Trata-se de um
estudo transversal, descritivo e retrospectivo realizado no período de fevereiro a novembro de
2018. Os dados foram coletados através da revisão de prontuários eletrônicos no primeiro ano
de inauguração do ambulatório de geriatria do Hospital Santa Casa de Misericórdia do Recife.
Foram incluídos pacientes com déficit cognitivo, com alteração do Mini exame do estado
mental (MEEM) ou escala de Katz (ABVD), e excluídos pacientes com provável transtorno
cognitivo leve. Resultados: Foram coletadas informações de 15 pacientes com insuficiência
cerebral, desses 73% eram do sexo feminino e 27% do sexo masculino, maioria na faixa etária
entre 64-69 anos (40%) ou > 85 anos (27%), com escolaridade 1-4 anos (20%) ou > 8 anos
(20%), viúva (47%) e aposentada (73%), residindo com 2-5 pessoas (47%) ou 1 pessoa (27%) e
afirmando realizar atividade social (47%). Na dimensão clínica, 53% tinham hipertensão
arterial, 27% tinham diabetes mellitus e 20% dislipidemia. Outras comorbidades frequentes
foram osteoporose, artrose e catarata. Com relação à funcionalidade, 73% eram
independentes e 27% eram dependentes. Conclusões: Os dados encontrados, em parte, se
assemelham com a literatura, no entanto, é necessário analisar um número crescente de
pacientes neste serviço e nos demais serviços para obtenção de análises mais fidedignas e
melhorar a compreensão das características dos idosos com insuficiência cerebral. Propõe-se
contribuir para padronização da coleta de dados nos demais hospitais da região. Dessa forma,
será possível proporcionar maior compreensão, de uma forma multidimensional e realizar
assistência mais adequada diminuindo as chances de piores prognósticos nessa população na
cidade do Recife.
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88400 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: COMPROMETIMENTO COGNITIVO VASCULAR NO IDOSO: UM DESAFIO DIAGNOSTICO
Autores: Caren Cristina Fortes Sampaio / COMPLEXO HOSPITALAR SBC; Andrea Keylla Souza
Santos / UNITPAC;
Resumo: A “demência vascular” (DV) é um conceito de categoria diagnóstica que surgiu no
final dos anos 80 para designar quadro demencial decorrente de doença cerebrovascular
(DCV). Este conceito foi expandido com o termo de “comprometimento cognitivo vascular”
(CCV), um conceito dimensional que abrange as alterações cognitivas decorrentes de DCV e
suas manifestações isquêmicas que engloba todas as formas de comprometimento cognitivo,
desde a mais leve até a mais grave. A DV é a mais prevalente entre as demências secundárias,
ocupando o segundo lugar entre todos os quadros demenciais, depois da DA, sobretudo na
faixa senil.A estimativa global é de 15-20%, sendo de 2% na população de 65-70 de idade e de
20-40% na de acima de 80 anos de idade. Para diagnosticar demência vascular, é fundamental
alinharmos a história clínica e o exame físico à avaliação neuropsicológica e aos exames de
imagem. Não existem testes específicos para o diagnóstico de demência vascular. O Mini-
Mental State Examination é muito utilizado para rastrear a presença de quadro. Outros testes
de memória, habilidades visoconstrutivas e fluência verbal podem ser utilizados. Baseando-se
nesses dados clínicos, Hachinski et al. criaram uma escala clínica conhecida como Escore
Isquêmico, a qual é ainda denominada de Escore Isquêmico de Hachinski. Posteriormente, essa
escala sofreu modificações que procuraram caracterizar clinicamente a demência vascular, no
intuito de diferenciá-la da doença de Alzheimer. Essa escala apresenta sensibilidade e
especificidade de 70% a 80%, ao tentar diferenciar essas duas afecções.A Tomografia
computadorizada e ressonância magnética são exames de imagem importantes no diagnóstico
de demência vascular, principalmente para exclusão diagnosticos diferenciais. Não existem
sinais imagenológicos patognomônicos de demência vascular. A ausênciade lesões
cerebrovasculares fala contra etiologia vascular, ajudando a distinguir entre demência vascular
e doença de Alzheimer. O diagnóstico de demência vascular deve ser considerado quando
estão presentes algumas das lesões que, freqüentemente, se associam a essa doença. Apesar
de sua importância clínica e epidemiológica, a demência vascular vem sendo pouco estudada.
Primeiro, pela dificuldade de se estabelecer o diagnóstico, e segundo pela incerteza de se
determinar se a presença de AVC num paciente demente é causa, fator complicador ou
simplesmente um evento não relacionado à demência.
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88449 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DEPRESSÃO ENTRE IDOSOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON: OPINIÃO DOS
MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO CAPIXABA DE PARKINSON
Autores: Elizabeth Santos Madeira / Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo; Hellen
Cristina Oliveira Fernandes / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES; Rebeca Netto Habib
Salim / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES; Nubia Dutra de Oliveira / Faculdade Brasileira
Multivix, Vitória, ES; Marina Miguel de Carvalho / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES;
Rodolpho Rodrigues de Souza / Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES; Lívia Tassinari Scarpat
/ Faculdade Brasileira Multivix, Vitória, ES;
Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda enfermidade
neurodegenerativa mais comum no idoso, já a depressão é uma síndrome de transtorno do
humor também frequente nessa faixa etária. Os sintomas depressivos são as manifestações
não motoras mais comuns entre os acometidos pela DP, e pode agravar e trazer consequências
problemáticas no paciente com DP, influenciando não só na qualidade de vida, como nos
custos diretos e indiretos do tratamento e na sobrecarga do cuidador . OBJETIVO: Demonstrar
a percepção que os portadores de DP possuem em relação à depressão e seus sintomas.
METODOLOGIA: Estudo descritivo qualitativo exploratório, no qual foram entrevistados
membros idosos da Associação Capixaba de Parkinson (ACP). Foram aplicados questionários
com variáveis como: dados do perfil do paciente, as mudanças ocorridas nos hábitos de vida,
percepção dos membros da associação sobre os sintomas de depressão e sobre a relação entre
DP e depressão, além de caracterizar o convívio social dos portadores de Parkinson com
depressão. As entrevistas foram gravadas, transcritas, categorizadas, armazenadas e
submetidas à análise de discurso. RESULTADOS: Participaram desse estudo oito membros da
ACP, sendo cinco do sexo feminino e média de idade de 68,2 anos. O estudo revela que os
diferentes quadros clínicos do Parkinson são definidores dos hábitos de vida desses pacientes,
já que causam limitação motora, transtornos do sono e memória, perda da autonomia e
desmotivação. Na visão dos membros da ACP, os sintomas depressivos são reconhecidos pela
maioria dos portadores de Parkinson, que acreditam que há relação entre ambas as doenças.
Dessa forma, indivíduos diagnosticados com as duas enfermidades podem ter alterações em
seu convívio social, como o isolamento e a busca por grupos de apoio. CONCLUSÃO: A DP gera
prejuízos em vários âmbitos da vida do idoso, principalmente quando está associado à
depressão. É importante que os portadores de DP, assim como cuidadores e a equipe de
saúde, saibam reconhecer os sintomas depressivos para ser instituído o tratamento precoce e
adequado a fim de impedir a deterioração clínica que a sobreposição dessas comorbidades
possa acarretar. Assim, aspectos físicos e mentais devem ser levados em consideração no
tratamento da doença, necessitando de uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar.
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88441 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DEPRESSÃO RESISTENTE EM OCTOGENÁRIOS: EXPERIÊNCIA COM USO DE CETAMINA
SUBCUTÂNEA
Autores: Rógenes Igor Vaz da Costa Capistrano / Universidade Federal de Alagoas; Barbara
Maria Tavares Fontes / Universidade Federal de Alagoas; Maria Carolina Viana Brito /
Universidade Federal de Alagoas; Roberto Vieira dos Santos / Universidade Federal de Alagoas;
Ana Karen Mineiro de Souza / Universidade Federal de Alagoas; Clarita Machado de Melo
Santos / Santa Casa de Misericórdia de Maceió; Helen Arruda Guimarães / Santa Casa de
Misericórdia de Maceió; David Costa Buarque / Universidade Federal de Alagoas;
Resumo: Introdução: A cetamina é um potente fármaco antagonista não competitivo do
receptor glutamatérgico NMDA, que geralmente é usada para induzir e manter pacientes em
anestesia. Entretanto, vem sendo observado melhora quase que imediata da depressão,
principalmente em casos persistentes ou resistentes aos medicamentos de primeira linha. A
administração intravenosa, em vários trabalhos, melhorou os sintomas de depressão em
poucas horas e perdurou por no mínimo uma semana, mesmo o medicamento tendo meia-
vida curta, o que vem estimulando diversos serviços a elaborarem protocolos para seu uso.
Seus efeitos adversos incluem náusea, tontura, aumentos discretos da pressão arterial, mas
que são transitórios e desaparecem por completo duas horas após parar a infusão. Todavia, a
cetamina carece de estudos sobre seu uso em idosos, especialmente octogenários. Objetivo:
Observar a resposta do uso de Cetamina subcutânea em octogenários com depressões
resistente e/ou grave com ideação suicida. Métodos: O protocolo de Cetamina do Serviço de
Geriatria da Santa Casa de Misericórdia de Maceió é dirigido a pacientes com depressão
resistente e/ou depressão grave com ideação suicida. Envolve 7 infusões de cetamina com
dose 0,5 mg/Kg via subcutânea sob monitorização hospitalar. A avaliação de resposta é
realizada pelo Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D). Dos 20 pacientes já submetidos ao
protocolo, cinco (25%) eram octogenários. Resultados: A média de idade foi de 84.6 anos (81 a
88 anos), com HAM-D inicial de 18,6 (variando de 13 a 28 pontos). Três pacientes
apresentaram melhora importante do quadro depressivo (em média, 50% de redução de
sintomas depressivos). Dois pacientes não apresentam melhora do quadro. Os efeitos
adversos mais comuns foram aumento de pressão arterial e taquicardia, todos transitórios, em
geral sem necessidade de medicação específica e sem consequências aos pacientes.
Conclusão: Nos idosos octogenários avaliados, a cetamina mostrou-se segura e eficaz no
tratamento depressivo. Apesar de mais estudos serem necessários, o uso de cetamina em
dose subanestésica nesta faixa etária parece manter perfil de eficácia e segurança já
demonstrado em jovens.
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88445 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DESEMPENHO NA BATERIA BREVE DE RASTREIO COGNITIVO E NÍVEL SÉRICO DE 25-OH-
VITAMINA D: ESTUDO TRANSVERSAL EM POPULAÇÃO IDOSA
Autores: Sérgio Luiz Fonseca / Clínica Vila Verde; Paloma Mayer Martins Fonseca Malvaccini /
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora; Paula Machado Meurer / Universidade Federal de Juiz de
Fora; Demóstenes Moreira / Faculdade das Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora; Paula
de Moura e Silva Toledo / Faculdade das Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora;
Resumo: INTRODUÇÃO Atualmente, as doenças demenciais constituem importantes agravos
para a saúde pública mundial, levando a ônus financeiro, assim como a sobrecarga das
estruturas familiares envolvidas. Por tratar-se de uma condição de evolução insidiosa e
progressiva, a literatura busca fatores de riscos modificáveis relacionados a demência, a fim de
atuar na prevenção de novos casos e de realizar os diagnósticos mais precocemente. O papel
desempenhado pela vitamina D na cognição ainda é incerto e os estudos prévios do tema
encontraram resultados conflitantes. OBJETIVO Buscou-se avaliar o desempenho dos pacientes
amostrais, na subescala ‘memória tardia’, da Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) e sua
relação com os níveis séricos de vitamina D. MÉTODOS Este estudo transversal analisou
dados de prontuários físicos de uma amostra populacional geriátrica (N = 76) em uma clínica
psiquiátrica em Juiz de Fora, Minas Gerais. Os dados coletados eram referentes a pacientes
com comprometimento cognitivo, rastreados previamente pela Bateria Breve de Rastreio
Cognitivo (BBRC), da qual evidenciamos os resultados de pontuação do subtópico ‘memória
tardia’ para enfoque neste estudo. Simultaneamente, contou-se com os registros de 25(OH)D
para a análise dos níveis séricos de vitamina D. RESULTADOS Dentre os pacientes que tiveram
os prontuários avaliados, 24 eram homens e 52 eram mulheres, com idade média de 80,85 ±
7,36 anos e escolaridade média de 7,22 ± 4,85 anos. O nível sérico médio de 25-OH-vitamina D
foi de 25,26 ± 10,98 e a pontuação média na subescala de ‘memória tardia’ foi 2,51 ± 1,85. Em
relação a idade dos participantes, em comparação ao teste de memória tardia e ao nível
plasmático de 25(OH)D, observamos que aqueles com idades mais avançadas apresentavam
pontuações mais baixas no teste e níveis séricos de vitamina D reduzidos. Pacientes com mais
anos de escolaridade obtiveram melhor pontuação no teste de evocação tardia. Ao comparar
os níveis séricos de vitamina D e a pontuação no subtópico ‘memória tardia’, os pacientes com
níveis séricos mais altos apresentaram pior desempenho. CONCLUSÃO Na amostra geriátrica
analisada por este estudo, os níveis séricos de vitamina D indicaram associação inversa com a
pontuação obtida no tópico “memória tardia” da Bateria Breve de Rastreio Cognitivo.
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88442 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: IDOSOS COM DEPRESSÃO RESISTENTE OU IDEAÇÃO SUICIDA TRATADOS COM
CETAMINA SUBCUTÂNEA – AVALIAÇÃO DE UMA SÉRIE DE CASOS
Autores: Rógenes Igor Vaz da Costa Capistrano / Universidade Federal de Alagoas; Barbara
Maria Tavares Fontes / Universidade Federal de Alagoas; Pedro Henrique Arêdes Lima /
Universidade Federal de Alagoas; Dárgaro Maurício Lima Silva / Universidade Federal de
Alagoas; Pablo Coutinho Malheiros / Centro Universitário CESMAC, Maceió, AL; Clarita
Machado de Melo Santos / Santa Casa de Misericórdia de Maceió; Helen Arruda Guimarães /
Santa Casa de Misericórdia de Maceió; David Costa Buarque / Universidade Federal de
Alagoas;
Resumo: Introdução: Transtorno depressivo é frequente em idosos, sendo caracterizado pela
presença de sintomas como tristeza, insônia, perda significativa de peso, fadiga constante,
sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, além de ideação suicida, comprometendo a
qualidade de vida e levando ao agravamento de comorbidades prévias. Antidepressivos
possuem benefício limitado, já que apresentam efeitos adversos frequentes, taxas de resposta
pouco satisfatórias (30-40%), além de alcançar sua resposta adequada após semanas a meses
de uso. Muitos pacientes apresentam quadro de depressão resistente aos fármacos
tradicionais, surgindo a necessidade do uso de drogas de ação rápida com boa eficácia. A
cetamina vem sendo estudada e utilizada na prática clínica por seu rápido efeito
antidepressivo via sistema glutamatérgico, apresentando boa taxa de resposta e poucos e
transitórios efeitos colaterais nas doses empregadas. Estudos avaliando seu uso em idosos
ainda são escassos na literatura. Objetivo: Avaliar a eficácia do uso da Cetamina subcutânea
em idosos com transtorno depressivo resistente e/ou grave com ideação suicida, incluídos no
protocolo de cetamina da Santa Casa de Misericórdia de Maceió (SCMM). Métodos: O
protocolo de cetamina da SCMM é dirigido a pacientes com depressão resistente e/ou
depressão grave com ideação suicida. Envolve 7 infusões de cetamina com dose 0,5 mg/Kg via
subcutânea sob monitorização hospitalar. A avaliação de resposta é realizada Hamilton
Depression Rating Scale (HAM-D). Dos 20 pacientes já submetidos ao protocolo, 7 (35%) eram
idosos. Resultados: Entre os idosos, a média de idade foi de 81,1 anos (71 a 88 anos), com
HAM D inicial de 20,7 (variando de 13 a 33 pontos). Um paciente abandonou o protocolo após
primeira aplicação. Em dois pacientes, não houve melhora do quadro. Quatro pacientes (57%)
apresentaram boa resposta, com queda média de 48% do HAM-D inicial. Os efeitos adversos
mais comuns foram aumento pressórico e taquicardia, transitórios, sem necessidade de
medicação específica e sem consequências aos pacientes. Conclusão: Nos idosos avaliados, a
cetamina mostrou-se segura e eficaz no tratamento depressivo. Apesar de mais estudos serem
necessários, o uso de cetamina em dose subanestésica em idosos parece manter perfil de
eficácia e segurança já demonstrado em jovens.
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88408 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA DA DEPRESSÃO SENIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Autores: Caren Cristina Fortes Sampaio / Complexo hospitalar sao bernardo do campo; Andréa
Keylla Souza Santos / Unitpac;
Resumo: A depressão constitui uma enfermidade mental altamente prevalente na população
em geral e este numero aumenta quando nos referimos aos idosos, principalmente os
institucionalizados, o que nos leva a um grande desafio, o diagnóstico da doença, que muitas
vezes é subdiagnósticada. O processo natural de envelhecimento leva a uma lentificação de
todos os processo fisiológicos,inclusive mentais,o que não representa, necessariamente, a uma
perda das funções cognitivas. É de suma importância realizar o diagnóstico diferencial entre os
transtornos depressivos e as demências, visto que há relação entre depressão e o inicio de um
quadro demencial, que são bem frequentes na população idosa,e que podem estar juntas o
que dificulta ainda mais o diagnóstico, atrasa o tratamento e piorando assim o prognóstico. O
diagnóstico da depressão é essencialmente clínico, sendo necessário uma busca enfática dos
fatores de risco como: busca de sintomas de mania ou hipomania, episódios anteriores de
estados depressivos, presença de anedonia( que consiste na diminuição da capacidade de
sentir prazer ou alegria),fatores genéticos, além de uma avaliação neurológica, psiquiátrica,
laboratorial, investigação do uso de polifarmácia e seus eventos adversos. Faz-se necessário
um apanhado geral no idoso deprimido, procurando possíveis alterações metabólicas,
endócrinas ou outras patologias .Nos idosos além dos sintomas rotineiros da depressão,podem
apresentar concomitantemente a alteração do sono, do apetite, paladar, pensamentos
autodepreciativos, hipocondria, isolamento social,Baixa auto-estima e pensamentos suicidas. A
depressão é uma condição que coloca em risco a vida, em especial dos idosos portadores de
doenças crônico- degenerativa,ou doenças incapacitantes, havendo uma relação direta na
influencia sobre a evolução clinica da mesma e é nesta faixa etária que aumentam os índices
de suicídios. Faz-se necessário diante deste cenário com novo perfil epidemiológico da
população, o conhecimento dos estudos direcionados para os idosos,levando em consideração
a importância da contribuição da neuropsicologia no diagnóstico preciso, tendo como
conseqüência um direcionamento para o tratamento e uma melhora na qualidade de vida
destes pacientes.
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88624 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 PARA O DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA
DE ALZHEIMER EM IDOSOS
Autores: Ana Laura Araujo Valença de Oliveira / Centro Universitário Tiradentes; Lara Moreira
de Souza Farias / Centro Universitário Tiradentes;
Resumo: Introdução O corrente resumo relata a confluência de fatores na predisposição ao
diabetes, correlacionando características entre o Diabetes Mellitus 2 (DM2) e a Doença de
Alzheimer (DA), como epidemiologia, agentes preventivos e tratamentos por compostos
bioativos, cujos efeitos antioxidante, antiapoptótico e anti-inflamatório contribuem para
prevenir as placas amiloides. Ainda, a patogenia dessas doenças permite o estudo da
similitude terapêutica, já que a sintomatologia delas, eventualmente, é correlata,
apresentando semelhanças como declínio cognitivo, aumento de infartos, risco de AVC e
alteração da microbiota intestinal, sendo a disbiose uma patogenética contribuinte via stress
oxidativo e inflamação. Objetivo O objetivo deste trabalho foi abordar a influência e a
correlação neuroendócrina no desenvolvimento de patologias com abordagens clínicas
paralelas, visando à estruturação de um diagnóstico célere e propulsor da qualidade de vida.
Métodos A metodologia utilizada para esse relato de pesquisa se desenvolveu a partir de uma
revisão bibliográfica por busca nas principais fontes de informação pelas Ciências da Saúde -
Medline, Scielo e PubMed, enfocando na analogia entre DA e DM2 devido aos agravos
provocados pelo uso medicamentoso a longo prazo. Resultados Após a análise de paridades
entre DA e DM2, estudos descreveram que a ocorrência de declínio cognitivo é mais comum
em pacientes com DM2, sobretudo pela lesão vascular, capaz de obstruir o fluxo sanguíneo.
Observou-se, também, deposição extracelular de placas amiloides (peptídeo Aβ) em placas
senis, emaranhados fibrilares intracelulares (NFTs) e atrofia cerebral como fatores
desencadeantes para neurotoxicidade no DM2, por alterações no metabolismo da glicose
cerebral e na função mitocondrial, a causar deposição de β-amiloide pelo stress oxidativo
oriundo da hiperglicemia, ativando sinapses mediadas por citocinas pró-inflamatórias.
Conclusão Portanto, compreender as alterações metabólicas na fisiopatologia da DA pode
auxiliar nos cuidados com o paciente diabético na Atenção Básica, para diminuir a incidência
de Alzheimer pela prevenção de riscos e de agravos. Assim, é crucial otimizar o processo
saúde-doença, sobretudo na assistência e no acesso à saúde pela sociedade, além de incluir
compostos bioativos nos tratamentos, minimizando a hiperglicemia e o acúmulo de Aβ, pois há
benefícios tanto no aumento da secreção de insulina quanto na melhora da função cognitiva.
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88484 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO DO USO DE ÁLCOOL COM DESEMPENHO COGNITIVO E
FUNCIONAL EM UMA AMOSTRA POPULACIONAL DE IDOSOS COM 75+ ANOS: ESTUDO PIETÀ
Autores: Mariana Alves de Almeida / UFMG; Elisa de Paula França Resende / UFMG; Viviane
Amaral Carvalho / UFMG; Thaís Helena Machado / UFMG; Etelvina Lucas dos Santos / UFMG;
Ana Paula Borges Santos / UFMG; Maira Tonidandel Barbosa / UFMG; Paulo Caramelli / UFMG;
Resumo: INTRODUÇÃO: A relação entre uso de álcool, cognição e funcionalidade é complexa e
difícil de ser estabelecida devido à inconsistência dos dados existentes, bem como às
limitações inerentes aos estudos observacionais. Existem evidências de que esta associação
não seja linear: alguns autores sugerem uma relação em forma de “J ou U”, em que um menor
risco de declínio cognitivo estaria associado a consumo leve a moderado de álcool comparado
à abstinência e ao consumo pesado. Novas evidências têm demonstrado ocorrência de lesão
cerebral mesmo com consumo leve a moderado de bebidas alcoólicas. OBJETIVO: Avaliar o
consumo de álcool em população idosa com idade de 75 anos ou mais da comunidade e a sua
associação com disfunção cognitiva e funcionalidade. MÉTODOS: Estudo transversal de base
populacional, conduzido na cidade de Caeté (MG, Brasil) em que foram avaliados 639 idosos
com idades de 75+ anos vivendo na comunidade; média etária 81,4 +/- 5,2 anos e escolaridade
de 2,7 +/- 2,6 anos. Cerca de 30% eram analfabetos e 82,1% pertenciam às classes
socioeconômicas média/média-baixa. Dados sobre frequência, quantidade e tipo de bebida
alcoólica ingerida – uso prévio e atual - foram obtidos. Foram realizadas avaliações clínica,
neurológica, psiquiátrica, funcional e cognitiva de todos os participantes. RESULTADOS: Dentre
os 639 participantes, 207 (32,3%) relataram hábito de consumo de álcool pregresso ou atual.
Setenta e seis idosos (11,8% do total) informaram hábito atual de consumo de álcool, com
média no questionário CAGE de 0,38. Dentre os que não relataram consumo de álcool, 51,1%
apresentavam comprometimento cognitivo leve ou demência; dentre os que consumiam
bebida alcoólica, 31,3% tinham comprometimento cognitivo. Análises preliminares indicam
possível relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e melhores valores nos testes
cognitivos e funcionais (p = 0,003). CONCLUSÕES: Na amostra populacional avaliada foi
observada associação entre consumo de bebida alcoólica e melhor desempenho cognitivo.
Serão apresentados dados quantitativos, diferenças entre uso prévio e atual, bem como
relacionados aos tipos predominantes de bebidas utilizados pelos participantes.
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88478 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS DE
COMUNIDADE RURAL DO NORDESTE BRASILEIRO
Autores: Crislane Marqueny de Sousa / UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO ; Yara Maria
Cavalcante de Portela / UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO;
Resumo: O fenômeno do envelhecimento populacional é perceptível no Brasil o qual obteve
um aumento aproximado de cinco milhões de indivíduos com 60 anos ou mais entre os anos
2000 e 2010. Nesta faixa etária de idosos, a depressão é o transtorno de humor mais
frequente e ocasiona perda da qualidade de vida através de alterações biológicas, psicológicas
e sociais. Teve-se, assim, como objetivo desse estudo identificar a prevalência de sintomas
depressivos e seus fatores associados nos idosos de comunidade rural do município de
Pinheiro, Estado do Maranhão. Foi desenvolvido um estudo transversal com 141 idosos, com
idade entre 60 e 94 anos, pertencentes à abrangência da Unidade Básica de Saúde Nicolau
Amate, na comunidade de Pacas, Pinheiro – MA, no período de dezembro de 2018 a abril de
2019. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa: o Miniexame do Estado Mental
(MEEM), para avaliação cognitiva; a Escala de Depressão geriátrica versão reduzida (EDG-15)
para rastrear os sintomas depressivos; e as fichas de Cadastro Individual da atenção básica a
fim de obter os fatores sociodemográficos como sexo, idade, escolaridade, situação conjugal e
doenças crônicas (Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus). Os dados foram
exportados para o programa Stata 14.0, realizando-se a análise estatística para detectar
associação entre os sintomas depressivos e os fatores sociodemográficos. A prevalência de
sintomas depressivos encontrada foi de 25,5%. As variáveis submetidas à análise que
obtiveram associação com os sintomas depressivos até um nível de significância de 5% (p-valor
< 0,05) foram: sexo, sendo estes sintomas mais prevalentes entre as mulheres; idade, afetando
mais os idosos acima de 75 anos; situação conjugal, com predominância de sintomatologia
depressiva entre os viúvos; e presença de doenças crônicas, sintomas depressivos mais
frequentes em idosos com Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus. Conclui-se
que a alta prevalência de sintomas depressivos em idosos encontrada nesta comunidade rural
do nordeste brasileiro alerta para a necessidade de maiores investimentos em políticas
públicas de saúde que crie intervenções precoces a fim de identificar e abordar de forma mais
adequada este problema de saúde na população idosa.
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88097 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PRODUÇÃO AUDIOVISUAL COMO INSTRUMENTO DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA O
IDOSO
Autores: Thalia Inácia Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima; João Pedro Soares
de Macedo / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: A violência contra idosos é um fato no panorama da saúde pública
brasileira a ser combatido, e na maioria dos casos, os agressores são as pessoas mais próximas
à vítima. Apesar das ferramentas legais existentes, como o Estatuto do Idoso e o Conselho
Municipal do Idoso, o problema ainda prevalece na sociedade. Conforme dados do DATASUS,
entre os anos de 2013 a 2017, 162 idosos sofreram violência no estado de Roraima,
estimando-se ainda um número maior decorrente de subnotificações. Na tentativa de
aproximar idosos, a sociedade e os próprios estudantes de medicina dessas ferramentas e da
realidade que é a violência contra o idoso hoje, um grupo de estudantes de medicina em
Roraima produziu um curta-metragem. Objetivo: Relatar a experiência da produção e
divulgação de um curta-metragem que visa o combate à violência contra o idoso. Metodologia:
Foi realizada a produção de um curta-metragem de 14 minutos de duração em que os
estudantes encenaram um caso de violência contra o idoso, negligência e violência financeira,
além de conter informações sobre como e a quais órgãos denunciar, contatos úteis, como um
médico pode reconhecer os sinais de maus tratos em uma consulta, a importância da
notificação compulsória, e informações sobre os tipos de violência que uma pessoa idosa pode
sofrer. Resultados: O curta-metragem foi roteirizado, atuado e editado pelos estudantes de
medicina, adicionando informações relacionadas à violência contra o idoso e telefones para
denúncia. O curta foi postado no site YouTube, compartilhado no WhatsApp pelos estudantes
e exibido em uma mostra universitária. Conclusão: Foi possível concluir que há a necessidade
de aproximar a sociedade das definições de violência contra o idoso e as formas pelas quais ela
ocorre, e também de como realizar denúncias em ocasião da identificação de algum possível
caso. Ainda, é importante que os estudantes de medicina, como futuros médicos, e os próprios
médicos saibam reconhecer sinais de um possível caso de violência contra o idoso. A
problemática merece uma resolutividade maior do que a realização de um curta-metragem,
visto que o problema é intenso, cabendo ações enfáticas dos órgãos responsáveis.
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88471 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: RELATO DE CASO: TRATAMENTO DE DEPRESSÃO GRAVE COM IDEAÇÃO SUICIDA COM
CETAMINA EM IDOSO COM DEMÊNCIA VASCULAR.
Autores: Rógenes Igor Vaz da Costa Capistrano / Universidade Federal de Alagoas; Ana
Carolina Borja de Oliveira / Universidade Federal de Alagoas; Amanda Bordim Costa /
Universidade Federal de Alagoas; Ariela Raissa de Assis Avelino / Universidade Federal de
Alagoas; Barbara Maria Tavares Fontes / Universidade Federal de Alagoas; Clarita Machado de
Melo Santos / Santa Casa de Misericórdia de Maceió; Helen Arruda Guimarães / Santa Casa de
Misericórdia de Maceió; David Costa Buarque / Universidade Federal de Alagoas;
Resumo: Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 74 anos, portador de
Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus tipo 2 e demência vascular fase moderada,
apresenta quadro crônico de depressão e transtorno de ansiedade generalizada sem resposta
medicamentosa adequada. No momento da avaliação utilizava mirtazapina 30 mg/dia,
vortioxetina 10 mg/dia, quetiapina 150 mg/dia, oxcarbazepina 600 mg/dia, galantamina 16
mg/dia e alprazolan 0,5 mg sob demanda. Passou a apresentar ideação suicida, solicitando a
familiares compra de carbamato para ingestão. Foi indicado e realizado protocolo de cetamina
(0,5 mg/kg) com administração de 7 doses por via subcutânea com avaliação de resposta pelo
Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D). Após conclusão do protocolo, não havia mais
ideação suicida e houve melhora importante de sintomas ansiosos, com HAM-D inicial de 33 e
final de 14 pontos (variação de 57,5%). Como efeito adverso, houve pico pressórico e
dissociação após dose inicial, que cessou após 1h da aplicação e não se repetiu em aplicações
posteriores. Discussão: Os receptores NMDA são receptores glutamatérgicos e estão
relacionados aos processos de regulação de sinapses, cognição, humor, ansiedade, entre
outros processos básicos do sistema nervoso. Nos últimos anos, vem demonstrando
importante papel em doenças mentais, principalmente ansiedade e depressão, sendo alvo de
novos tratamentos, como seu bloqueio por doses subanestésicas de cetamina. A cetamina
demonstra propriedades antidepressivas de ação rápida, sendo estudada para casos de
depressão grave ou resistente ao tratamento convencional. Visto a demora na ação de
antidepressivos convencionais, seu rápido efeito vem sendo alvo de quantidade cada vez
maior de estudos e já vem sendo aplicado em protocolos de alguns serviços médicos. Utilizada
no tratamento agudo, reduziu a ideação suicida de forma rápida, sendo possível observar seu
efeito em horas após sua aplicação. Pesquisas que avaliam seu efeito em idosos ainda são
escassas, especialmente quando há morbidades associadas. Não encontramos na literatura
trabalhos com uso em pacientes com síndrome demencial, como no presente relato.
Considerações Finais: O caso apresentado demonstrou o uso da cetamina em idoso portador
de demência moderada e depressão grave com ideação suicida. A boa resposta e a segurança
clínica apresentadas abre caminho para futuras pesquisas em pacientes com o mesmo perfil
de morbidade.
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88596 - GERIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: VELOCIDADE DE MARCHA REDUZIDA É ASSOCIADA AO AUMENTO DO RISCO DE
MORTALIDADE ENTRE PESSOAS COM DEMÊNCIA EM PAÍSES DE RENDA BAIXA OU MÉDIA:
RESULTADOS DO ESTUDO DE COORTE POPULACIONAL DO GRUPO DE PESQUISA SOBRE
DEMÊNCIAS 10/66
Autores: Ronaldo Delmonte Piovezan / Universidade Federal de São Paulo; Helen Durgante /
Universidade Federal de São Paulo; Martin Prince / King´sCollege London; Cleusa Ferri /
Universidade Federal de São Paulo;
Resumo: Introdução: Na população idosa em geral, a velocidade da marcha, uma medida
funcional de sarcopenia e fragilidade, tem sido relatada como preditora de mortalidade. Um
estudo de base populacional incluindo pessoas com demência descobriu que a velocidade da
marcha prediz a mortalidade em pessoas muito idosas. Entretanto, pouco se sabe sobre se
esta associação persiste em populações que incluem apenas pessoas com demência. Nós
investigamos se a menor velocidade da marcha aumenta de forma independente o risco de
mortalidade em idosos com demência em 8 países de renda baixa ou média (PRBM). Métodos:
A amostra foi composta por 958 pessoas com idade> 65 anos que completaram o teste de
velocidade da marcha (segundos percorridos para caminhada de 10 metros, categorizados em
quartis). O estado vital foi verificado 3-4 anos depois. Os modelos de regressão de Cox foram
ajustados para características sócio-demográficas, declínios físicos, fatores de risco
cardiovascular, estado nutricional, depressão, gravidade da demência e subtipos de demência,
para estimar a associação entre velocidade de marcha e mortalidade. O modelo final também
foi estratificado pela gravidade da demência (CDR). Resultados: A velocidade da marcha (por
quartil) foi associada a um aumento do risco de mortalidade (HR = 1,13, IC95% 1,01-1,25). A
estratificação pela gravidade da demência mostrou que esta associação diminui com a
gravidade da demência (de HR = 1,25, IC 95% 1,01 - 1,54 para CDR = 0,5 para HR = 0,95 IC95%
0,64-1,40 para CDR = 3). Conclusões: Entre os idosos com demência em PRBM, a menor
velocidade da marcha, um indicador de sarcopenia e fragilidade, foi independentemente
associada com maior risco de mortalidade, após o controle dos principais fatores potenciais de
confusão. A velocidade da marcha é um indicador clínico potencial do estado geral de saúde
em pessoas com demência em países com características sócio-demográficas similares ao
Brasil.
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88640 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: A QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA INTEGRANTE DE UM GRUPO
INTERGERACIONAL NA CIDADE DE PORTO VELHO /RONDÔNIA.
Autores: Pedro Augusto Paula Do Carmo / Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho;
Glaucilene Correia Barbosa / Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho; Paulo Faustino
Mariano / Faculdade de Rondônia; Iglair Regis de Oliveira / Faculdade FACIMED; Vanusa Soares
/ Conselho Municipla da Pesssoa Iodosa de Porto Velho;
Resumo: Introdução: o crescente aumento da população idosa brasileira, tem mostrado a
necessidade de se desenvolver políticas públicas que possam atender a demanda populacional
a medida que esta envelhece. Nota-se as atividades intergeracionais imprimem um novo ritmo
a qualidade de vida da pessoa idosa, repercutindo positivamente no seu bem-estar, na sua
relação consigo mesma e no seu entendimento sobre qualidade de vida. Objetivo: descrever a
qualidade de vida da pessoa idosa que integra o grupo intergeracional em um centro
comunitário da cidade de Porto velho, Estado de Rondônia. Método: estudo descritivo
baseado no relato de experiência vivenciado pelos autores, de abordagem bibliográfica, que
buscou pesquisar a população idosa com idade igual ou maior que 60 anos, que participavam
do grupo intergeracional em um centro comunitário. Resultados: observou-se que a pessoa
idosa do grupo intergeracional ao compartilhar vivências e experiências, sentiu-se mais
acolhida nas relações sociais e familiares, refletindo significativamente nas suas percepções
cognitivas e auto-cuidado. Conclusão: concluiu-se que o cotidiano da pessoa idosa que
participa do grupo intergeracional foi modificado no sentido desta se sentir mais valorizada e
estimulada a desenvolver suas habilidades, artísticas, culturais e de culinária, para que as
próximas gerações possam perceber e valoriza o processo de envelhecimento, a velhice e a
pessoa idosa.
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88625 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: A REALIDADE VIRTUAL COMO RECURSO TERAPÊUTICO NA REABILITAÇÃO COGNITIVA
EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS COM DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA NO GRAU LEVE E
MODERADO
Autores: Nathalia Vescia Bauer / UFRGS; Nathalia Vescia Bauer / UFRGS; Aline Moreira de
Mello / UFRGS; Alexia Bertodo / UFRGS; Maira Rozenfeld Olchik / UFRGS;
Resumo: Introdução: Há diferentes abordagens de reabilitação cognitiva que trabalham com
tarefas para melhora na performance das funções cognitivas, entre elas: atenção, memória,
planejamento, orientação, praxia e linguagem. O método da reabilitação pode focar em
retardar o declínio cognitivo e/ou readquirir as funções cognitivas criando compensações para
as dificuldades frente às situações de vida. Tem-se utilizado a realidade virtual como recurso
para potencializar a reabilitação cognitiva e/ou ser um recurso para casos de demência
avançados. Objetivo: Analisar o benefício da realidade virtual (RV) na reabilitação cognitiva em
idosos institucionalizados com diagnóstico clínico de demência. Metodologia: Trata-se de um
estudo piloto. A população-alvo consistiu em idosos institucionalizados de ambos os sexos,
com diagnóstico clínico de demência. Foram excluídos os participantes que não fizeram parte
de todas as etapas da reabilitação; pacientes que apresentavam Comprometimento Cognitivo
Leve (CCL) ou cegueira total, inviabilizando o uso da RV. O estadiamento da demência foi
realizado Clinical Dementia Rating (CDR). Os participantes realizaram pré e pós teste com os
seguintes testes: Mini exame do Estado Mental (MEEM), Montreal Cognitive Assessment
(MOCA), Fluência Verbal fonológica e semântica (animais). O treino cognitivo com realidade
virtual consistiu na apresentação de um vídeo transmitido por um aparelho de celular
acoplado aos óculos VR BOX: Virtual Reality Glasses, com projeção de imagens por um sistema
de visualização tridimensional (3D), imersivo e um protocolo de exercícios de estimulação
cognitiva baseado no filme em RV. Foram realizadas 5 sessões semanais, com duração da
sessão mínima de 15 minutos. O grupo contou com 4 participantes que realizaram o treino
cognitivo completo. Resultados: Até o momento participaram do protocolo da pesquisa 4
idosos, institucionalizados, entre 75 e 90 anos, sem autonomia, com diagnóstico clínico de
demência leve e moderada. Como resultados preliminares, observa-se que os idosos
apresentam maior capacidade de atenção e aumento da expressão oral com maior fluência
verbal. Conclusão: Os resultados preliminares desse estudo podem contribuir na busca de
melhores recursos terapêuticos, otimizando o uso da técnica de realidade virtual, na
reabilitação cognitiva em idosos institucionalizados com demência, melhorando a qualidade de
vida desse público, por obter maiores resultados de fluência verbal e de atenção desses idosos.
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88466 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NO TRATAMENTO DE PESSOAS IDOSAS COM
ALZHEIMER
Autores: Egisália Maria Santos Alves / Particular; Geovani Gonçalves Pedreira / ;
Resumo: A doença de Alzheimer tem se destacado como uma das principais doenças crônicas
degenerativas, neurológica e progressiva, atualmente sem cura. O envelhecimento é um
processo longo e duradouro, depende de uma série de fatores, que acabam por demonstrar o
foco de diversas doenças degenerativas, dentre elas, a do tema em questão. A doença afeta a
memória e o funcionamento mental (por exemplo, o pensamento e a fala, etc.), mas pode
também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e
desorientação no tempo e no espaço (OLIVEIRA; RIBEIRO; BORGES; LUNGINGER, 2002). Este
trabalho tem como objetivo identificar o papel de profissionais da saúde no tratamento de
pessoas acometidas por esta doença, com vista à promoção da qualidade de vida destes
pacientes e adentrar no grau de importância de cada profissional no tratamento. Trata-se de
um estudo descritivo exploratório de revisão de literatura, com abordagem qualitativa. A
coleta dos dados aconteceu com base na SCIELO e MEDLINE. Após a leitura criteriosa dos
artigos, foram elegíveis os profissionais, enfermeiro, fisioterapeuta e o psicólogo pela maior
frequência no atendimento a estes pacientes. A abordagem do enfermeiro acontece nos
aspectos do processo de cuidar, na promoção, prevenção e na assistência hospitalar e
domiciliar. O fisioterapeuta tem um papel fundamental tanto na reabilitação motora quanto
no retorno das relações interpessoais e na independência desse paciente. Todavia, a
assistência de enfermagem é indispensável para os pacientes portadores da DA, desde seu
diagnóstico ao estágio mais avançado. O papel da fisioterapia é buscar melhoria na qualidade
de vida do paciente, sendo que o paciente com Alzheimer necessita de uma reabilitação
multidisciplinar. A psicologia atuará no contexto psicossocial, em duas linhas de frente: ao
atendimento do paciente com Alzheimer e atendimento ao familiar e cuidador; trabalhando
com a mistura de sentimentos do paciente frente à doença; realizando a manutenção de sua
identidade (MANZARO, 2015). Diante do exposto, percebe-se que atualmente a doença de
Alzheirmer não é mais considerada uma doença apenas senil; mas um problema de saúde
pública, diante do envelhecimento progressivo da população.
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88561 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ANÁLISE PSICOMÉTRICA DA ESCALA DE ORGANICIDADE DO CAMDEX EM PACIENTES
IDOSOS COM PARAFRENIA TARDIA
Autores: Juliana Jordão Nyitray / Faculdade de Medicina de Jundiaí; Victória Barbirato
Apparecido / Faculdade de Medicina de Jundiaí; Gabriela Asenjo Seoanes / Faculdade de
Medicina de Jundiaí; Juliana Francisca Cecato / Faculdade de Medicina de Jundiaí; José
Eduardo Martinelli / Faculdade de Medicina de Jundiaí; Everton Henrique Balduino / Faculdade
de Medicina de Jundiaí;
Resumo: Resumo: O termo parafrenia, pouco usado na literatura por não estar incluso no CID-
11 e ser usado com outra terminologia no DSM-5 (“transtorno delirante”), pode ser
caracterizado pela presença de um forte componente de ilusão bem detalhado, com relativa
preservação da personalidade e função cognitiva, afetando com maior incidência mulheres
com mais de 60 anos. Esse diagnóstico muitas vezes se confundi com a esquizofrenia de início
tardio e alguns tipos de demência. Contudo, apesar de apresentarem características diferentes
entre si, existem ferramentas que possibilitam fazer esse diferencial, como é o caso da escala
de organicidade, que é um índice do CAMDEX. OBJETIVO: analisar dados normativos da Escala
de organicidade do CAMDEX em pacientes com parafrenia tardia. MÉTODO: estudo de coorte
transversal, por meio de análise de prontuários de 47 pacientes com análise neuropsicológica,
divididos em Grupo Controle (n= 23) e com Parafrenia (n= 24) RESULTADO: A analise de dados
normativos da Escala de Organicidade do CAMDEX em pacientes com diagnóstico de
Parafrenia tardia através da curva ROC apontou como resultado uma área sob a curva (AUC)
igual a 0,852, sendo a sensibilidade de 54% e especificidade de 100% para um ponto de corte
maior que 5 pontos. CONCLUSÃO: A escala de organicidade dos pacientes com parafrenia
apresentou resultados com pontuação maior se comparada com os pacientes controles,
demonstrando a preservação da personalidade, da cognição e da capacidade de realizar as
atividades da vida diária, sendo essa escala de grande relevância para o diagnóstico diferencial
entre demência, esquizofrenia e parafrenia. Sendo assim um escore acima de 5 pontos na
Escala de Organicidade do CAMDEX pode sugerir transtorno parafrênico instalado.
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88440 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: APOIO SOCIAL, COGNIÇÃO E ESTRESSE DE IDOSOS CUIDADORES DE IDOSOS EM
DIFERENTES ARRANJOS DE MORADIA
Autores: Nathalia Alves de Oliveira / Universidade Federal de São Carlos; érica Nestor Souza /
Universidade Federal de São Carlos; Juliana de Fatima Zacarin Cardoso / Universidade Federal
de São Carlos; Ana Carolina Ottaviani / Universidade Federal de São Carlos; Mariélli Terassi /
Universidade Federal de São Carlos; Larissa Corrêa / Universidade Federal de São Carlos; Bruna
Moretti Luchesi / Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Sofia Cristina Iost Pavarini /
Universidade Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: O apoio social pode apresentar influente papel na saúde cognitiva e no
nível de estresse do cuidador. Objetivo: relacionar o apoio social com o desempenho cognitivo
e o estresse de idosos cuidadores em diferentes arranjos familiares. Método: quantitativo e
transversal, com 69 cuidadores da atenção primária a saúde de um município do interior
paulista. Foram utilizadas Escala de Apoio social Medical Outcomes Study, com 5 dimensões:
material, afetivo, emocional, interação social positiva e informação. A pontuação varia de 20 a
100 pontos para cada domínio e quanto maior a pontuação maior o nível de apoio social.
Addenbrooke‘s Cognitive Examination–Revised (ACE-R), avalia 5 domínios:
orientação/atenção, memória, fluência verbal, linguagem e habilidades visuoespaciais. Escore
geral é de 0 a 100 pontos e nota de corte de 65 pontos. Escala de Estresse Percebido, com
pontuação de 0-56, e quanto mais elevada a pontuação, maior o nível de estresse. Para análise
dos dados foram utilizados teste U-Mann-Whitney e Spearman. Todos os aspectos éticos
foram respeitados. Resultados: Os cuidadores foram divididos em grupos unigeracionais (39%),
bigeracionais (33%), multigeracional (27%). Nos três grupos houve predomínio de mulheres,
média de idade de 69 anos e escolaridade de 3,8 anos, casadas, cuidavam de seus cônjuges por
6 horas diárias. Para o grupo unigeracional as médias foram: apoio material (87 pontos),
afetivo (92 pontos), emocional (88 pontos), interação social (84 pontos), Informação (85
pontos); ACER-total (68 pontos); estresse (15 pontos). Grupo bigeracional: apoio material (85
pontos), afetivo (81 pontos), emocional (81 pontos), interação social (81 pontos), informação
(81 pontos); ACER-total (60 pontos); estrese (18 pontos). Ocorreram correlações entre:
estresse e os domínios de apoio afetivo (-,53 p=,00); emocional (-,46 p=,00); interação social (-
,50 p=,01); informação (-,457 p=,02). Grupo multigeracional: apoio material (88 pontos),
afetivo (94 pontos); emocional (87pontos), interação social (87pontos), Informação
(88pontos); ACER-total (59 pontos); estrese (23 pontos). Ocorreram correlações para: apoio
material e ACER-total (-,490 p=,03), atenção/orientação (-,514 p=,02), e visuo espacial (-,501
p=,02), e Interação social e memória Visuoespacial (-,46 p=,04). Conclusão: conhecer como o
apoio social se relaciona com a cognição e o estresse auxilia no planejamento de intervenções
direcionadas aos grupos familiares com piores escores.
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88609 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: CAFÉ MEMÓRIA: E SUAS POSSIBILIDADES PARA A DESCONSTRUÇÃO DO ESTIGMA DAS
DEMÊNCIAS
Autores: Denise Regina Piva / Centro de Referência do Idoso - CRI Norte; Caroline Santos
Dutcovsky / Centro de Referência do Idoso - CRI Norte; Isabel Alonso Leite / Centro de
Referência do Idoso - CRI Norte; Natália Cristina Moraes / Centro de Referência do Idoso - CRI
Norte; Maira Cilotti / Centro de Referência do Idoso - CRI Norte; Arieli Milani / Centro de
Referência do Idoso - CRI Norte; Renata Fuscher / Centro de Referência do Idoso - CRI Norte;
Resumo: Objetivo: apresentar os benefícios da ação chamada Café Memória realizada em um
no Serviço Ambulatorial para idosos do Sistema Único de Saúde entre os anos de 2015 e 2019.
Método: Café Memória é o nome dado ao encontro que promove espaços diferenciados de
convivência, trocas, potencialização de experiências pessoais e coletivas para idosos com
comprometimento de memória e seus acompanhantes.Trata-se de encontros trimestrais,
abertos e independentes, com vagas para 10 idosos e seus acompanhantes com duração de 1h
e 30 minutos em locais fora do contexto ambulatorial. São realizadas parcerias que viabilizem
espaços de maior circulação social como cafeterias, escolas, bibliotecas dentre outros. O
encontro é conduzido por 2 profissionais (Psicólogo e Terapeuta Ocupacional) que atuam
enquanto facilitadores das atividades que contemplam temas como música, atividades de
cunho artístico, jogos, contos e histórias. Os participantes são convidados a refletir sobre a
experiência do encontro. Inscrições foram abertas 15 dias antes do encontro. A captação dos
participantes foi realizada por divulgação nos murais e por indicação dos profissionais da
instituição. Resultados: Entre setembro de 2015 e junho de 2019 foram realizados 18
encontros. Estima-se que 420 pessoas entre idosos e seus acompanhantes participaram da
ação. Através dos relatos, observou-se a diminuição do preconceito e estigmatização da
demência. Houve também a fomentação para novos espaços de convivência e trocas sociais,
alternativos ao contexto hospitalar e ao cuidado tradicional. Conclusão: Diante do crescente
número de idosos e, consequentemente, de quadros demenciais, torna-se de extrema
importância a reconfiguração da maneira como tal demanda é tratada socialmente. Portanto,
os benefícios do Café Memória foram expandir os limites da prática clínica centrada na
doença, considerando mais potente ampliar a relação do contexto de saúde com a
comunidade. Desta forma, o incentivo à replicação da proposta à rede de saúde coletiva pode
contribuir para a desconstrução do estigma das demências, aprimorando a qualidade da
atenção à saúde ao idoso no SUS. Busca-se também a construção de caminhos para se
desinstitucionalizar a demência, ou seja, retirá-la do contexto exclusivamente hospitalar
preparando a sociedade para o envelhecimento em uma comunidade mais democrática e
compreensiva com os idosos.
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88605 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DECLÍNIO COGNITIVO E FATORES RELACIONADOS EM UMA POPULAÇÃO IDOSA DA
COMUNIDADE
Autores: Carlene Souza Silva Manzini / Universidade Federal de São Carlos; Fabiana de Souza
Orlandi / Universidade Federal de São Carlos; Vanessa Almeida Maia Damasceno / UFSCar;
Resumo: Introdução: O comprometimento cognitivo afeta a capacidade funcional do indivíduo
em sua rotina diária, implicando em perda da independência e autonomia, que varia de acordo
com o grau de gravidade, com consequente perda de qualidade de vida das pessoas idosos. As
funções cognitivas geralmente se referem a processos de “alto nível” que coordenam as
funções cognitivas, emocionais e comportamentais para otimizar o desempenho na busca das
metas. Vários são os fatores que podem estar relacionados ao declínio cognitivo em idoso.
Objetivo: O estudo teve por objetivo verificar os fatores que estão relacionados ao
comprometimento cognitivo em idosos da comunidade. Material e Método: Trata-se de um
estudo correlacional, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por
234 idosos usuários das Unidades de Saúde da Família do município de São Carlos-SP, BR. Os
participantes deram anuência ao estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido. Na sequência, foram entrevistados individualmente em seus domicílios. Os
dados foram coletados por meio de questionário de caracterização sociodemográfica; Exame
Cognitivo de Addenbrooke - Revisado (ACE-R); Escala de Depressão Geriátrica (GDS); e
EuroQol-5 Dimensão; Foram realizadas análises descritivas e regressão logística binária
univariada e multivariada. Resultados: Dos 234 participantes, 159 eram mulheres e 75
homens. Em relação a cognição, 127 participantes pontuaram abaixo do ponto de corte de
comprometimento cognitive. Os fatores relacionados ao declínio cognitivo foram: idade
avançada (OR=1.05; 95% CI: 1.01-1.09), etnia não branca (OR=2,07; 95% CI: 1.12 – 3.82);
sintomas depressivos (OR=1.21; 95%CI: 1.103-1.32), risco de desnutrição (OR=4.55; 95%CI:
1.80-11.48), subdomínios de mobilidade do EUROQOL (OR=3.42; 95%CI 1.89-6.21), cuidados
(OR=3.45; 95%CI 1.64-7.23), e atividades diárias (OR=2.47; 95%CI 1.45-4.19). Educação e renda
foram observados como fatores de proteção. Conclusões: Fatores como idade avançada, etnia
não branca, sintomas depressives, risco de desnutrição e subdomínios de mobilidade podem
estar relacionados ao comprometimento cognitivo de pessoas idosas. Da mesma forma,
educação e renda podem ser fatores de proteção.
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88482 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ESPIRITUALIDADE E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS: UM ESTUDO DE
CORRELAÇÃO
Autores: Erica Nestor Souza / Universidade Federal de São Carlos; Nathalia Alves de Oliveira /
Universidade Federal de São Carlos; Marielli Terassi / Universidade Federal de São Carlos; Ana
Carolina Ottaviani / Universidade Federal de São Carlos; Sofia Cristina Iost Pavarini /
Universidade Federal de São Carlos; Aline Cristina Martins Gratão / Universidade Federal de
São Carlos;
Resumo: Introdução: Sintomas depressivos têm alta prevalência entre idosos e podem
desencadear prejuízos para sua qualidade de vida, capacidade funcional, aparecimento de
outras doenças, entre outros. Neste contexto, a espiritualidade pode se relacionar como
estratégias de enfrentamento, como fator protetor para a saúde e para a estabilidade
emocional dos idosos. Objetivo: Analisar a relação entre a espiritualidade e sintomas
depressivos de idosos. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e
correlacional. A amostra foi composta por 351 idosos cadastrados em Unidades de Saúde da
Família de uma cidade no interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados, por meio
de entrevista individual utilizando os instrumentos: Caracterização dos Sujeitos, Escala de
Espiritualidade de Pinto Pais – Ribeiro (EEPP-R) e Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). Para
a análise estatística foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman e o presente estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A maioria dos idosos era do sexo
feminino (n=267; 76,1%), casado (n=316; 90,0%), com média de idade de 69,56 (±7,05) anos e
3,77 (±3,50) anos de escolaridade. A religião predominante foi a católica (n=227; 64,7%),
seguida pela evangélica (n=83; 23,6%). Na avaliação da EEPP-R, a média total foi 18,02 (±2,41)
pontos e a escala também pode ser pontuada pelos domínios crença e esperança/otimismo,
com média de 3,87 (±0,43) e 3,42 (±0,68) pontos, respectivamente, em que pontuações mais
elevadas indicam maior nível de espiritualidade. Quanto a GDS-15, a média foi de 3,71 (±2,8)
pontos, sendo que de 0 a 5 pontos é considerado quadro psicológico normal. Houve correlação
moderada e negativa entre sintomas depressivos e a espiritualidade total (rho=-0,313) e o
domínio esperança/otimismo (rho=-0,334), todas estatisticamente significativas. Conclusão: O
nível de espiritualidade dos idosos foi elevado e a pontuação indica ausência de sintomas
depressivos. Foi possível verificar correlação entre a espiritualidade e sintomas depressivos de
forma que, quanto maior a pontuação na EEPP-R, menor pontuação na GDS-15, destacando a
relevância em se avaliar o aspecto espiritual dos idosos.
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88485 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: IMPACTOS SOCIAIS EM PESSOAS IDOSAS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA DURANTE
SESSÕES DE HEMODIÁLISE
Autores: Weslley Mendes / FAI - Faculdade Irecê ; Queuam Ferreira Silva de Oliveira / FAI
Faculdade Irecê; Lucas Gomes Lima / FAI Faculdade Irecê;
Resumo: Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC), sendo uma afecção de caráter
progressivo e irreversível, acarreta uma série de desarranjos bioquímicos, clínicos e
metabólicos, os quais passam a ser responsáveis direta ou indiretamente por altas taxas de
hospitalização, morbidade e mortalidade. Geralmente, a progressão da doença renal é lenta,
silenciosa, e o organismo consegue se adaptar até nas suas fases mais avançadas. No último
estágio, denominado fase pré-diálise, os primeiros sintomas começam a surgir e as análises
laboratoriais evidenciam a existência de alterações. A pessoa apresenta níveis elevados de
fósforo, potássio e paratormônio, além de anemia, acidose, emagrecimento, sinais de
desnutrição, hipertensão, enfraquecimento ósseo, cansaço, diminuição da libido e do apetite.
Objetivos: Compreender os impactos sociais na pessoa idosa com doença renal crônica em
tratamento de hemodiálise. Método: trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, de
abordagem qualitativa e característica descritivo-reflexiva, realizada no ano de 2019. Foram
selecionados quinze artigos, a partir dos descritores idoso, diálise renal, impacto social.
Resultados: A pessoa idosa enfrenta rotineiramente o pesar das perdas e mudança de vida
frente ao processo de envelhecimento. Para além disto, o idoso com doenças crônicas
enfrenta uma realidade limitada e com impactos relevantes em sua qualidade de vida. A
doença renal crônica ocasiona situações estressantes, mudanças no estilo de vida, diminuição
da energia física, alteração da aparência pessoal e novas necessidades de adaptação cotidiana,
principalmente à rotina de hemodiálise, em torno de três sessões semanais. A experiência do
tratamento hemodialítico e a dependência da máquina podem gerar sofrimento e angústia,
pois a hemodiálise é um tratamento doloroso, monótono e limitado. Todavia, torna-se
indispensável para a manutenção da vida, o que é fundamental o direcionamento da terapia
com uma alternativa de vida e, a partir deste modo, desenvolver estratégias que promovam
acolhimento, interação social e qualidade de vida. Conclusão: considera-se que o
estabelecimento de relações interpessoais durante o ato de cuidar pode interferir
significativamente para o bem-estar da pessoa idosa e consequentemente melhor adaptação
às terapias instituídas.
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88422 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INCAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS DA COMUNIDADE COM E SEM DEPRESSÃO
MAIOR.
Autores: Ana Julia de Lima Bomfim / Universidade Federal de São Carlos; Natália Mota de
Souza Chagas / Universidade de São Paulo; Livio Rodrigues Leal / Universidade de São Paulo;
Rebeca Mendes de Paula Pessoa / Universidade de São Paulo; Bianca Letícia Cavalmoretti
Ferreira / Universidade de São Paulo; Daiene de Morais Fabrício / Universidade Federal de São
Carlos; Madson Alan Maximiano-barreto / Universidade Federal de São Carlos; Marcos Hortes
Nisihara Chagas / Universidade Federal de São Carlos;
Resumo: Introdução: A depressão é comumente associada a importante incapacidade
funcional. Estima-se que aproximadamente 90% dos indivíduos com depressão apresentam
comprometimento funcional. Ademais, a incapacidade funcional está diretamente relacionada
à gravidade da depressão. Objetivo: Comparar a incapacidade funcional entre idosos com e
sem depressão maior atual. Método: Os idosos foram selecionados a partir de um
rastreamento de transtornos psiquiátricos na atenção básica, realizado por meio de avaliação
psiquiátrica de acordo com os critérios do DSM-5. Foram incluídos no presente estudo 223
idosos com idade igual ou maior que 60 anos. Foram excluídos os idosos que apresentaram:
diagnóstico de transtorno neurocognitivo maior, transtornos psicóticos, deficiência intelectual,
transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia e epilepsia. A avaliação da incapacidade funcional foi
realizada por meio da escala World Health Organization Disability Assessment Schedule
(WHODAS2.0), que tem como objetivo avaliar o nível de saúde e deficiência em diferentes
domínios de vida. Resultados: Com relação à presença da depressão, 11% (n=24) da amostra
total era acometida pelo transtorno. Não foram encontradas diferenças estatísticas
significativas entre os idosos com e sem depressão para as variáveis idade (p=0,872),
escolaridade (p=0,461) e sexo (p=0,512). Foram encontradas diferenças estatísticas
significativas no domínio participação (p<0,001) e no escore total (p=0,009) da escala WHODAS
2.0, sendo que o grupo depressão apresentou maior incapacidade funcional percebida. Em
todos os demais domínios (cognição, mobilidade, autocuidado, relações interpessoais e
atividades de vida) as médias foram maiores no grupo de idosos com depressão, porém sem
diferença estatisticamente significativa. Conclusão: Os achados deste estudo demonstram que
a presença de depressão está diretamente relacionada com o prejuízo da capacidade
funcional. É fundamental o rastreio e identificação de possíveis declínios, de forma a auxiliar o
planejamento terapêutico e intervenções que visam proporcionar melhor qualidade de vida e
um envelhecimento saudável, visto que a incapacidade funcional pode influenciar no
prognóstico de pacientes com depressão.
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88089 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INSTRUMENTOS MULTIDIMENSIONAIS VALIDADOS NO BRASIL PARA AVALIAÇÃO DA
DOR NA PESSOA IDOSA: REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
Autores: Darcton Souza de Aguiar / Instituto Baiano de Ensino Superior; Igor de Matos
Pinheiro / Obras Sociais Irmã Dulce;
Resumo: Introdução: Os instrumentos multidimensionais para a avaliação da dor em idosos
permitem identificar as condições que envolvem a dor considerando os aspectos emocionais,
físicos, psicológicos, sociais e econômicos. Tratam-se de ferramentas auxiliares no prognóstico
de doenças, que permitem melhor abordagem da dor considerando suas dimensões avaliadas.
Objetivo: Revisar a literatura sobre os instrumentos multidimensionais validados no Brasil para
a avaliação da dor na pessoa idosa, identificando os instrumentos direcionados para idosos
com transtornos neurocognitivos. Método: Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura
realizada com artigos científicos publicados nas bases de dados eletrônicas Pubmed, LILACS e
Scielo. Utilizou-se o cruzamento das seguintes palavras chave da língua portuguesa definidas
pelo DeCS: dor, limiar de dor, medição da dor, envelhecimento e idoso. Foram incluídos artigos
científicos de instrumentos validados no Brasil e que foram publicados no período de 2000 a
2018. Foram excluídos os artigos que avaliaram a dor decorrente de traumas, que estavam em
duplicatas nas bases de dados ou que utilizaram instrumentos unidimensionais para avaliação
da dor. Resultados: Encontrou-se um total de 38 artigos, destes, 33 foram excluídos e apenas
cinco foram selecionados para compor esta revisão. Os instrumentos validados encontrados
para a avaliação da dor em idosos no Brasil foram o Assessment Checklist for Seniors with
Limited Ability to Communicate (PACSLAC), Pain Assessment in Advanced Dementia (PAINAD),
Non-Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument (NOPPAIN), Geriatric Pain Measure
(GPM), Brazilian Portuguese McGill Pain Questionnaire (Br-MPQ). Destes, os três primeiros
estão indicados para aplicação em idosos com transtornos neurocognitivos. Conclusão: Os
cinco instrumentos encontrados oferecem para o profissional de saúde uma gama de
ferramentas para melhor compreensão da dor. A variabilidade de domínios presentes nos
instrumentos auxilia na identificação e avaliação da condição dolorosa em idosos com
cognição preservada ou com transtornos neurocognitivos, independente do grau de
comprometimento.
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88629 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: O SIGNIFICADO DE ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL PARA A POPULAÇÃO IDOSA
RIBEIRINHA DE PORTO VELHO/RONDÔNIA.
Autores: Pedro Augusto Paula Do Carmo / Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho;
Glaucilene Correia Barbosa / Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho; Vanusa Soares /
Conselho Municipla da Pesssoa Iodosa de Porto Velho; Paulo Faustino Mariano / Faculdade de
Rondônia; Iglair Regis de Oliveira / Faculdade FACIMED;
Resumo: Introdução: O município de Porto Velho, localizado no Estado de Rondônia, possui
uma população de 519.531 habitantes, (IBGE/2018), sendo que desses, 25.121 corresponde a
população idosa. Situada a margem leste do Rio Madeira, a cidade de Porto Velho, possui
especificidade territorial que demarca populações em áreas urbana, rural e ribeirinha. Sendo
na área ribeirinha o maior desafio das políticas públicas, que buscam promover estratégias de
educação, saúde e cidadania para o envelhecimento populacional naquela região. Objetivo:
identificar e descrever a percepção da população idosa ribeirinha, residente a margem leste do
Rio Madeira, sobre envelhecimento ativo e saudável. Método: visando alcançar o objetivo
proposto nessa pesquisa, optou-se por um estudo descritivo de abordagem qualitativa.
Resultados: observou-se que a população idosa ribeirinha de Porto Velho, é composta em sua
maior parte pelo sexo masculino, e apenas um pequeno número dessa população é
alfabetizada, demonstrando escasso conhecimento e entendimento sobre qualidade de vida.
Conclusão: constatou-se que a população idosa ribeirinha não compreende o significado de
envelhecimento ativo e saudável, o que pode comprometer o seu bem estar e adoção de
hábitos e comportamentos saudáveis.
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88428 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: OFICINA CULINÁRIA PARA IDOSOS EM MACAÉ: DIFERENTES OLHARES RESSIGNIFICAM O
CUIDADO E A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Autores: Elaine Rosa da Silva Peixoto / Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Macaé
-RJ); Aracely Gomes Pessanha / Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Macaé-RJ);
Lilian Bittencourt da Costa Scherrer / Coordenação da Área Técnica de Alimentação e Nutrição
(CATAN - Macaé -RJ);
Resumo: Introdução: A conquista da longevidade vem acompanhada do desafio de garantir
qualidade de vida ao envelhecimento e exige rápida reorganização da saúde para fazer frente
a esta nova realidade. A participação em oficina culinária terapêutica é uma importante
atividade de educação em saúde que se aproxima ao cotidiano dos idosos, traz lembranças e
história de vida que possibilitam envelhecer com qualidade. Objetivo: Resgatar a memória
alimentar, estimular a alimentação saudável e a socialização, orientar quanto a escolha do
alimento, a preparação e higienização, além de refletir sobre a influência da mídia no
consumo. Métodos: Estudo transversal e descritivo, realizado no período de agosto de 2017 a
fevereiro de 2019. A oficina acontece uma vez ao mês e participaram 216 idosos. É realizada
por uma nutricionista, fonoaudióloga e assistente social. Entrevistamos 43 idosos. Utilizamos
um formulário de entrevista estruturada com questões como idade, sexo, comorbidades
(hipertensão e diabetes), se possui alteração cognitiva ou não (obtido através do Mini Exame
do Estado Mental- MEEM), o que mais gostou na oficina culinária, tendo como opções: das
receitas, do preparo com o grupo, de relembrar preparos já feitos em família, se as receitas
foram de fácil ou difícil execução, se pretende fazer em casa as receitas realizadas e como
avalia o projeto, ruim, regular ou muito bom. Resultados: Foram avaliados 43 idosos de ambos
os sexos, sendo 86% do sexo feminino. A média de idade foi de78 anos (±72,3) . Observou-se
que a maioria é hipertenso, sendo 77% e quanto a diabetes obtivemos 28%. Dentre os
participantes, 28% apresentaram alteração no Mini Exame do Estado Mental. Em relação ao
que mais gostou na oficina 18% gostaram das receitas realizadas, 32% do preparo das receitas
com o grupo e 50% de relembrar os preparos já realizados em família. Quanto a execução, 90%
consideraram de fácil execução. E 97% pretendem fazer as receitas em casa.100% dos idosos
avaliaram o projeto como muito bom. Conclusão: A maioria dos participantes é do sexo
feminino, com idade mais avançada (78 anos). A comorbidade prevalente é a hipertensão. A
maioria não apresentou alteração cognitiva. Os idosos gostam mais de participar da oficina
pelo resgate da memória ao relembrar receitas já realizadas em família (50%) e pelo preparo
das receitas em grupo (32%). A maioria pretende fazer as receitas em casa e todos avaliam o
projeto de forma bem satisfatória (muito bom).
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88419 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: RECONHECIMENTO DE EXPRESSÕES FACIAIS DAS EMOÇÕES EM IDOSOS COM DOENÇA
DE ALZHEIMER, DEMÊNCIA VASCULAR E CONTROLES SAUDÁVEIS
Autores: Bianca Letícia Cavalmoretti Ferreira / Universidade de São Paulo ; Ana Julia de Lima
Bomfim / Universidade Federal de São Carlos; Daiene de Morais Fabrício / Universidade
Federal de São Carlos; Madson Alan Maximiano-barreto / Universidade Federal de São Carlos;
Guilherme Riccioppo Rodrigues / Universidade de São Paulo; Octavio Marques Pontes Neto /
Universidade de São Paulo; Marcos Hortes Nisihara Chagas / Universidade Federal de São
Carlos;
Resumo: Introdução: O reconhecimento de expressões faciais das emoções (REFE) é essencial
para a interação humana e convivência em sociedade, visto que está relacionada à capacidade
de interpretar sentimentos e emoções de outra pessoa. Até o momento, apenas um estudo foi
realizado para comparar as diferenças no REFE entre idosos com doença de Alzheimer (DA) e
demência vascular (DV). Objetivo: Comparar a habilidade de reconhecimento das seis emoções
faciais básicas (tristeza, alegria, nojo, surpresa, medo e raiva) entre três grupos: i) 18 idosos
DA, ii) 20 idosos com DV e iii) 20 idosos saudáveis, pareados por sexo, idade e escolaridade.
Método: O estudo foi realizado no Ambulatório de Demência Vascular do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e do no
Ambulatório de Psicogeriatria da Unidade de Saúde Escola da UFSCar. Os sujeitos foram
avaliados por meio dos seguintes instrumentos: Mini exame do estado mental (MEEM) e
Addenbrooke’s Cognitive Examination (ACE-R), Índice de Pfeffer e uma tarefa de
reconhecimento de expressões faciais das emoções utilizando estímulos dinâmicos.
Resultados: Em relação ao número de acertos na tarefa de REFE, os idosos com DA e DV
apresentaram menor acurácia no reconhecimento das emoções nojo (p<0,001) e surpresa
(p<0,001). Além disso, o grupo controle também apresentou maior número de acertos em
relação ao número total de emoções comparado com os grupos DA e DV (p <0,001). Para a
média de tempo de reação das emoções, foi encontrado diferença apenas para nojo (p<0,001).
Conclusão: Indivíduos com DA e DV apresentam menor acurácia no REFE comparados com
indivíduos sem demência, especialmente em relação às emoções nojo e surpresa. Este prejuízo
pode estar relacionado a alterações de vias neurais envolvidas no processo de REFE presentes
nestas demências. Além disso, o dano na capacidade de identificação de expressões faciais
pode influenciar negativamente a interação social e autonomia de pacientes com demência.
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88418 - GERONTOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: RECONHECIMENTO DE EXPRESSÕES FACIAIS DAS EMOÇÕES EM IDOSOS COM
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Autores: Daiene de Morais Fabrício / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Madson
Alan Maximiano-barreto / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Ana Julia de Lima
Bomfim / Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Bianca Letícia Cavalmoretti Ferreira /
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP); Lívio Rodrigues Leal / Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP); Rebeca Mendes de Paula Pessoa / Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP); Natália Mota de Souza Chagas / Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP); Marcos Hortes Nisihara Chagas / Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar);
Resumo: Introdução: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um dos transtornos
mais comuns em idosos. As consequências do TAG para essa população estão relacionadas à
diminuição da qualidade de vida e comprometimento cognitivo. O Reconhecimento de
Expressões Faciais das Emoções (REFE) é uma habilidade essencial para o bom funcionamento
social. Evidências sugerem que déficits no processo de REFE contribuem para o surgimento e
agravo dos transtornos de ansiedade. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar o REFE
de idosos com e sem TAG. Método: Trata-se de um estudo transversal com idosos
selecionados a partir de um rastreamento de transtornos psiquiátricos na atenção básica, de
acordo com os critérios do DSM-5. Foram selecionados 172 indivíduos, sendo 138 sem TAG e
34 com TAG que realizaram uma tarefa com 96 fotografias para reconhecimento de emoções
básicas (alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e neutro). Idosos com depressão maior, transtorno
neurocognitivo maior, transtornos psicóticos e deficiência intelectual foram excluídos. As
diferenças entre os grupos foram calculadas para cada emoção e para o total de acertos de
acordo com a normalidade de cada variável (teste T ou U de Mann-Whitney). Análises de
variância (ANOVA) foram realizadas para as variáveis que apresentaram diferenças
estatisticamente significativas. Os dados foram analisados usando o programa SPSS-21 e o
nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: O grupo com TAG era composto por
73,5% de mulheres, com média de 67,3 anos de idade (±4,5) e média de 3,9 anos de
escolaridade (±3,0). Não houve diferenças entre os grupos para as variáveis idade e
escolaridade. As diferenças estatisticamente significativas foram encontradas no
reconhecimento das emoções tristeza (p=0,04) e neutro (p=0,01). Após análise de variância
ajustada para sexo, as diferenças permaneceram significativas em ambas emoções (p=0,04).
Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo sugerem que idosos com TAG podem
identificar mais a emoção tristeza que idosos sem TAG. Esses achados são semelhantes aos
encontrados em estudos com REFE em idosos com depressão, o que aponta possivelmente
para vias neurais comuns no processamento emocional dos dois transtornos.
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88496 - ILPI
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DA COGNIÇÃO E CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
Autores: Daniela Dalpubel / Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo; Daniela Dalpubel / Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo; Gabriela Dutra Gesualdo / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo; Luana Baldin Storti / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo; Gabriella Santos Lima / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo; Luciana Kusumota / Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Universidade de São
Paulo;
Resumo: Introdução: O envelhecimento está em curso nos países em desenvolvimento, nos
quais, apesar dos enormes avanços normativos e institucionais, muito ainda precisa ser feito
para que a velhice seja associada não só a uma vida ativa e saudável, mas, igualmente, bem
cuidada. Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes
deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso. Com o avançar da
idade há uma maior probabilidade de problemas de saúde, dependência na realização das
atividades da vida diária, assim como, isolamento e solidão. A institucionalização do idoso
pode obedecer a causas de ordem individual, social, econômica, de saúde, ou a uma
combinação das mesmas. A avaliação gerontológica em idosos institucionalizados pode
orientar intervenções específicas e promover uma vida mais ativa, assim melhorando sua
qualidade de vida. Esta é a forma mais adequada de se avaliar o idoso e planejar as
intervenções visando a manutenção e/ou a recuperação da capacidade funcional. Objetivo:
Avaliar a cognição, atividades básicas de vida diária e sintomas depressivos de idosos
institucionalizados. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal
desenvolvido em duas instituições de longa permanência filantrópicas de um município do
interior do estado de São Paulo. A amostra atendia os seguintes critérios de inclusão: Ter 60
anos ou mais; residir na instituição no mínimo a três meses. Foram avaliados 113 idosos por
meio do Instrumento de Caracterização dos Participantes, Mini Exame do Estado Mental
(MEEM), Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15) e Índice de Katz. Resultados: A maioria dos
idosos eram do gênero feminino (60,1%), com idade média de 75,3 anos. Com relação a
avaliação cognitiva, 63,4% apresentaram comprometimento cognitivo e 13,3% não
apresentaram alteração cognitiva. Uma parcela dos idosos (64,6%) não apresentaram sintomas
depressivos, 25,7% apresentaram sintomas depressivos leves e 6,2% apresentaram sintomas
depressivos severos. Já para a avaliação das atividades básicas de vida diária, 50,6% eram
independentes para todas as funções, 23,9% eram dependentes para três funções e 11,5%
eram dependentes para todas as funções. Conclusão: A maioria dos idosos apresentaram
alterações cognitivas, sem sintomas depressivos e dependentes para três atividades básicas de
vida diária, o que representa boa oportunidade para intervenções que visem prevenir ou
minimizar possíveis perdas funcionais.
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88095 - ILPI
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: IMPORTÂNCIA DE VISITAS SEQUENCIAIS COM ABORDAGEM EDUCACIONAL LÚDICA EM
UMA ILPI EM RORAIMA
Autores: João Pedro Soares de Macedo / Universidade Federal de Roraima; Thalia Inácia
Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: A documentada redução da mortalidade em idades avançadas, no Brasil,
associada às mudanças sociais e comportamentais contemporâneas, tem trazido à tona
questões sobre os cuidados que os longevos institucionalizados vivenciarão, e sua saúde
mental. Nesse sentido, entra em voga a questão das instituições de longa permanência para
idosos (ILPIs), locais de caráter residencial coletivo de pessoas com 60 anos ou mais, em
condições dignas. É comum associá-las a instituições de saúde, mas elas não o são, apesar de
os residentes terem acesso a serviços de saúde lá. Portanto, visitas de profissionais e
estudantes da área da Saúde, nestes locais, como forma de promoção de qualidade de vida,
podem trazer resultados importantes e reduzir agravos. Objetivo: Relatar uma série de oito
visitas, por parte de estudantes de Medicina, durante o ano de 2017, a uma ILPI, com vista a
promover saúde mental e psicológica aos residentes. Metodologia: As oito visitas ocorreram
em uma ILPI, uma vez ao mês desde março a outubro de 2017, na cidade de Boa Vista,
Roraima, contando com cerca de 12 voluntários. Seguindo políticas públicas validadas em
saúde do idoso, que recomendam estratégias criativas de comunicação entre profissional e
sujeito, atividades educativas lúdicas foram realizadas: jogos de tabuleiro, rodas de conversa
entre voluntários e idosos (com relatos de vida dos residentes confortáveis com a exposição) e
lanches coletivos com orientações em alimentação balanceada. As intervenções duravam
cerca de quatro horas, podendo se estender conforme o engajamento dos residentes.
Resultados: As intervenções foram bem aceitas, sendo os residentes notadamente
participativos na ocasião das visitas. Os jogos e rodas de conversa, ao demandarem interação,
catalisaram o contato entre os idosos por meio da criatividade, da troca de experiências e de
informações entre eles, promovendo saúde mental. Conclusão: O acompanhamento da ILPI
pelos estudantes foi positivo e importante, promovendo envelhecimento saudável e,
principalmente, ativo.
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88403 - ILPI
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERFIL DOS IDOSOS RESIDENTES EM DUAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
PARA IDOSOS (ILPI) DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Autores: Thaissa Araujo de Bessa / Universidade de São Paulo; Camila de Souza dos Santos /
Universidade de São Paulo; André Junqueira Xavier / Universidade do Sul de Santa Catarina;
Resumo: Objetivo: Descrever o perfil dos idosos residentes em duas Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPI) do Estado de Santa Catarina. Metodologia: Estudo transversal,
descritivo com dados coletados a partir dos prontuários, no segundo semestre de 2016, com
89 idosos residentes de duas Instituições de Longa Permanência para Idosos de caráter
filantrópico, localizadas na cidade de Florianópolis/SC e São José/SC. Resultados: Os idosos
possuíam em média 79,5 anos (DP=9,7) de idade, sendo predominantemente do sexo
masculino (55,1%). Há maior prevalência de mulheres institucionalizadas nas faixas etárias
mais jovens (55%). Porém na faixa etária de 80 anos ou mais essa situação se inverte (57, 1%
dos homens). Houve predominância de cor da pele branca (78,6%) e média de 4,1 anos
(DP=3,5) de estudo. As doenças mais prevalentes foram hipertensão arterial (57,3%),
demência de todos os tipos (54,1%) e depressão (49,4%). Conclusão: Conhecer o perfil de
idosos residentes nas ILPIs fornece aporte para o planejamento de ações, para que as mesmas
estejam preparadas para receber esta demanda de idosos, com um local de infraestrutura
adequada e profissionais qualificados, valorizando a autonomia do idoso e criando condições
humanizadas de cuidado além de oferecer atividades de acordo com o perfil existente
relacionado ao gênero, as condições de saúde e de fragilidade.
Contato autor: [email protected]
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88395 - ILPI
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERFIL FUNCIONAL DE IDOSAS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA
Autores: Jéssica Lohane Brandão / Universidade Federal de Minas Gerais ; Carolina de Senna
Figueiredo / Espaço de atenção ao idoso Conviver; Francielle Lara Rodrigues Batista /
Universidade Federal de Minas Gerais; Helen Cristina Souza Magela / Universidade Federal de
Minas Gerais; Larissa Moreira da Costa / [email protected];
Resumo: No último milênio, o panorama demográfico mundial vem sendo caracterizado pelo
envelhecimento populacional. A medicina preventiva e os programas voltados para a
qualidade de saúde feminina contribuíram para ampliar a longevidade, contrapondo com a
realidade masculina, devido as altas taxar de mortalidade por traumas. Discutir a
funcionalidade é um grande desafio na atualidade. Os idosos moradores de Instituição de
longa Permanência para idosos (ILPI), apresentaram pior desempenho da mobilidade, do
equilíbrio e da marcha, com maior risco de declínios futuros nas atividades básicas de vida
diária (ABVD). Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a capacidade funcional
de idosas de uma instituição de longa permanência da cidade de Belo Horizonta/MG. Trata-se
de um estudo descritivo-exploratório. A amostra do estudo foi constituída por todos os
moradores da ILPI, 18 idosas. A condição de saúde e os dados demográficos foram
selecionados no prontuário. Utilizada a avaliação da capacidade funcional escala de Katz, o
qual tem como objetivo medir os níveis individuais de cada sujeito em independentes ou não,
do seu próprio cuidado. As idosas apresentaram idade média de 86,0 anos. Mulheres viúvas
(66,6%), com 1 ou mais filhos (72,2%) e ensino médio completo (66,6%). O motivo de
institucionalização mais frequente foi a incapacidade familiar de manter os cuidados
necessário pela idosas em domicilio (85%). Cerca de 38,8% não utilizam dispositivo de auxílio à
marcha, 50 % utilizam cadeira de rodas, 11,2 % bengala, nenhuma idosa utiliza andador. Na
Katz a maioria das idosas relataram ser independente para alimentação 55,6%, independente
parcial para realizar as atividades do banho 51,0%; vestir-se 51,0%; usar banheiro 51,0%;
controle esfincteriano 51,7% e dependente para transferência e locomoção 44,4%. A maioria
das idosa tem doenças neurodegenerativas ou psiquiátrica (Demência de Alzheimer 61,1%;
Parkinson 16,7%; Esquizofrenia 5,6%). O presente estudo observou que a maioria das idosas
possui comprometimento cognitivo devido a doenças neurodegenerativas e psiquiátricas, que
interferem na sua funcionalidade. Dentre as ABVDs, observou-se uma maior dependência na
mobilidade, necessidade de ajuda nas atividades de banho, vestir-se, controle esfincteriano e
maior independência na alimentação. Sugere-se maior necessidade de assistência de
cuidadores, e de profissionais de terapia ocupacional e fisioterapia a fim de estimular a
melhora da capacidade funcional.
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88427 - ILPI
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: QUEDA ENTRE IDOSOS ASSOCIADO AO USO DE FÁRMACOS
Autores: Amanda Luíza Santos Teixeira / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Ana
Carolina Barbosa dos Santos / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Igor Rangel
Leandro / Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Isadora Gonçalves Costa /
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Luzimar Rangel Moreira / Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais; Tamires Teixeira Mesquita / Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais; Vitor Magalhães Silva / Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais;
Resumo: INTRODUÇÃO: Os idosos institucionalizados são mais suscetíveis a queda pois
normalmente apresentam doença prévia e/ou possuem algum grau de dependência para
realização de atividades de vida diária. Anualmente, cerca de 30 a 50% dos idosos
institucionalizados são vítimas de queda em todo mundo, dentre esses, 40% caem com
frequência. O uso de drogas psicoativas aumenta o risco de queda, agindo no sistema
cardiovascular podendo ocasionar uma hipotensão ortostática e sobre o sistema nervoso,
comprometendo a visão, o equilíbrio, coordenação, cognição e delírios. Sabe-se que o uso de
medicamentos como os benzodiazepínicos contribuem para a queda, principalmente em
idosos com restrição de mobilidade. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi traçar a incidência
de queda de idosos institucionalizados em uma ILPI de Belo Horizonte bem como associá-las
com o uso de fármacos. MÉTODO: Trata-se de um estudo de caráter transversal, retrospectivo,
com abordagem quantitativa, realizado em uma ILPI na cidade de Belo Horizonte. A população
do estudo foi composta por idosos com idades compreendidas entre 70 a 80 anos, de ambos
os sexos. Os dados foram coletados a partir de 44 prontuários, com registros da equipe
multidisciplinar compreendidos no período de janeiro a setembro de 2017. As informações
foram coletadas com o auxílio de um questionário que continha variáveis como: sexo, faixa
etária, fármacos utilizados e quedas, com objetivo de traçar o perfil clínico, repercussões e
causas de queda na população. A pesquisa foi pautada pela resolução nº 466 de 12 de
dezembro de 2012 e n°510 de 7 de abril de 2016. RESULTADOS: No que diz respeito às
patologias, destacam-se nessa amostra as cardiovasculares, psiquiátricas, neurológicas,
endócrinas, oftalmológicas, osteomusculares e seus respectivos subgrupos, sendo em maior
número hipertensão arterial sistêmica (81,81%), depressão (38,63%), acidente vascular
encefálico (36%), demência (34,09%), déficits visuais (34,09%), diabetes mellitus (31,81%),
transtornos psiquiátricos (31,81%), Alzheimer (15,9%) e osteoporose (13,63%). Dos idosos
institucionalizados, 59,09% apresentam polipatologia e dos idosos que caíram, 58,33% detêm,
no mínimo, cinco morbidades. CONCLUSÃO: Com a análise desses fatores foi identificado a
relação entre quedas e o objetivo proposto do estudo. Foi observado que os fármacos
utilizados para o controle das morbidades têm relação direta com a capacidade funcional dos
idosos, o que prejudica a mobilidade dos mesmos.
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86951 - MUSICOTERAPIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INDISÍVEL, PORÉM MUSICAL
Autores: Orliene Zandonade / ABRAz/ES;
Resumo: Apresentação do caso: O assunto abordado é referente à prática da Musicoterapia
(MT) junto a um paciente (PA) – CVC 86 anos, portador da Doença de Alzheimer (DA) em grau
avançado e profunda apatia. Quadro inicial: fala comprometida com atrofia parcial das cordas
vocais, poucos movimentos corporais, apatia, restrita ao leito e à cadeira de rodas. Discussão:
A Música ativa as estruturas cerebrais originando a produção de neurotransmissores ativando
novas sinapses. O indivíduo passa a sentir reações que revelam alegrias, saudades, dentre
outros sentimentos marcantes na história de vida de cada um. O ritmo interfere na
estimulação cerebral em busca do equilíbrio – homeostase musical. Sendo assim, os estímulos
musicais proporcionam bem estar e qualidade de vida, despertando novas possibilidades aos
indivíduos com DA na situação de apatia, visto que os mesmos são atingidos diretamente na
memória, linguagem e comportamento. A MT faz parte da interdisciplinaridade de tratamento
das doenças da velhice. De abordagem não farmacológica, amplia os recursos psicológicos de
apoio ao processo da DA. Ela não cura, mas proporciona uma velhice mais digna estimulando a
espontaneidade das potencialidades individuais. No referente caso, os exercícios
musicoterapêuticos, estimula CVC a falar e cantar por meio de músicas, na intenção de sair da
situação de apatia. Visto que a MT é uma atividade prazerosa que provoca o bem estar em
busca da comunicação e expressão. Daí a relevância dessa prática bem como seus benefícios
em um PA apático em fase avançada da DA, onde o indizível passa a ser musicalizado, aliviando
dias difíceis não somente para o PA, mas para toda a família e equipe de trabalho.
Comentários: Em contato com as cadências musicais, CVC tem ficado mais acordada no
transcorrer dos dias, melhorando seu humor e o sono noturno, está com o vocabulário mais
rico, praticando movimentos corporais por hora esquecidos, após as sessões de MT, almoça
com mais disposição. O quadro de apatia tem se diluído um pouco a cada dia. As fases
evolutivas de sua enfermidade hoje são ancoradas em suas canções preferidas (“Cidade
Maravilhosa”, Hinos da Pátria e Cantigas de Roda), veiculando sua subjetividade e externando
sua existencialidade.
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88608 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ALTERAÇÕES EM QUESTIONÁRIOS PADRONIZADOS DO SONO DE IDOSOS COM
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE DE MÚLTIPLOS DOMÍNIOS E COM AMILOIDE POSITIVO
NO PET-PIB.
Autores: Conrado Regis Borges / FMUSP; Ronaldo Piovesan / UNIFESP; Dalva Poyares /
UNIFESP; Adalberto Studart / FMUSP; Ricardo Nitrini / FMUSP; Sonia Brucki / FMUSP;
Resumo: Introdução: Compreender fatores de risco e proteção nas fases iniciais da Doença de
Alzheimer, como os distúrbios de sono, (DA) é imprescindível. Objetivo: Determinar se há
diferenças de tempo e qualidade do sono de idosos classificados clinicamente ou por meio de
um biomarcador de fisiopatologia da DA (PET-PiB). Método: Foram recrutados 30 indivíduos de
60 anos ou mais, que são acompanhados em uma coorte de idosos com ou sem queixas leves
de memória. Após avaliação clínica inicial, passaram por questionários sobre o sono (Índice de
Qualidade de Sono de Pittsburgh – PSQI e Escala de Sonolência de Epworth – ESS) e por uma
bateria neuropsicológica. Foram classificados como cognitivamente normais (CN), declínio
cognitivo subjetivo (DCS) ou comprometimento cognitivo leve (CCL) (critérios de Jak&Bondi) e,
neste último caso, sub-classificados como único domínio (CCLUD) ou múltiplos domínios
(CCLMD). Previamente a essas avaliações (em um período menor que 1 ano), já haviam sido
submetidos ao PET-PiB, a partir do qual foram classificados como Amiloide+ (A+) e Amiloide-
(A-). Escores obtidos no PSQI, como latência de sono (LS), tempo de sono auto-referido (TTS-
ar), tempo total no leito (TTL), eficiência do sono (ES), escore PSQI, além do escore ESS foram
comparados entre as categorias A+ e A- com o teste de Mann-Whitney e entre as categorias
CN, DCS, CCLUD e CCLMD com ANOVA univariada, seguida de análise post-Hoc em caso de
significância estatística (p≤0,05). Resultados: Na comparação dos escores de sono entre os
grupos A+ e A-, houve diferença de somente de TTL (p=0,024) e ES (p=0,05). Os participantes
com A+ permaneciam mais tempo no leito e tinham menor eficiência do sono. Comparando os
escores de sono entre grupos com diferentes classificações clínicas, observamos diferença
intergrupos somente das variáveis TTS-ar (p=0,01) e escore PSQI (p=0,003). Na análise post-
hoc, houve diferença de TTL entre os grupos CCLUD e CCLMD (p = 0,011) e do escore PSQI dos
grupos CN (p=0,029), DCS (p=0,014) e CCLUD (p=0,008) contra o grupo CCLMD. De modo geral,
os indivíduos do grupo CCLMD apresentaram menor TTS-ar e maiores escores PSQI em
comparação aos outros. Conclusão: Neste estudo preliminar, observamos alterações do sono
tanto com A+ como com CCLMD. Estudo de números maiores de pacientes, com métodos
objetivos de avaliação do sono, é necessário para confirmar esses resultados e avaliar se há
interação entre as três variáveis.
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87652 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ALUMÍNIO COMO FATOR DE RISCO PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER
Autores: Kassia Stefanny da Costa / Universidade Federal do Tocantins;
Resumo: INTRODUÇÃO: A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa que
está relacionada com o avanço da idade, é irreversível. É característica da DA à deficiência
cognitiva e danos neuropsíquicos degenerativos e progressivos. O fator primordial para o
desencadeamento da DA é o fator genético, no entanto, nota-se que agentes neurotóxicos
têm influenciado diretamente no aparecimento do Alzheimer como é o caso do metal
alumínio. O alumínio (Al) faz-se presente em todas as águas superficiais da crosta terrestre e
compostos que são a base deste metal é comumente utilizado no tratamento da água, dessa
forma, o metal pode apresentar maior concentração no organismo e é facilmente absorvido
pelo trato gastrointestinal. O mecanismo de toxicidade do alumínio ainda é desconhecido,
mas, está fortemente ligado as doenças do foro neurológico, dentre elas a Doença de
Alzheimer. OBJETIVOS: Elucidar a ação do metal alumínio (Al) no organismo, sendo
caracterizado como fator de risco para o desenvolvimento da DA. MATERIAIS E MÉTODOS: Os
dados foram obtidos através do levantamento de artigos disponibilizados em plataforma
online, sendo ela SciELO em que foi utilizado o termo “Doença de Alzheimer” e “Alumínio” em
língua portuguesa e língua inglesa. Os artigos selecionados foram publicados nos anos 2008 a
2019. RESULTADOS: A exposição ao alumínio é inevitável, estudos mostram que pacientes com
DA possui maior concentração de Al presente no cérebro e ainda, a perca neuronal que ocorre
na DA esta vinculada com as formações de placas senis e Al aumentam as formações destas
através das proteínas betas amiloides e a hiperfosforilação da proteína tau. Acredita-se que a
as placas senis (PS) estão vinculadas com os níveis de demência do doente, dessa forma,
quanto maior for à quantidade de PS, maior será o nível da demência, demonstrando assim, a
influência direta do Al. Ainda nota-se que o Al possui grande afinidade com o tecido neuronal,
dessa forma, a hiper-aluminemia pode fazer com que o Al se concentre no cérebro o que pode
aumentar a formação de placas de senis e, portanto, fica evidente a relação do metal como
fator de risco pra a DA. CONCLUSÕES: A relação entre o metal Al e a DA é evidente. Porém, por
ocorrer fortes relações, são necessários estudos mais aprofundados nas regiões corticais em
que ocorre a doença para que possa esclarecer os fenômenos bioquímicos e fisiológicos da DA.
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88455 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA FARMACOCINÉTICA DE DUAS FORMULAÇÕES
CONTENDO CLORIDRATO DE MEMANTINA 10MG SOB A FORMA FARMACÊUTICA DE
COMPRIMIDOS REVESTIDOS ATRAVÉS DE UM ESTUDO DE BIOEQUIVALÊNCIA EM
VOLUNTÁRIOS SADIOS EM CONDIÇÃO DE JEJUM.
Autores: Tatiane Amaral Pan / Aché Laboratórios; Cristiane Cremiude Ribeiro Fernandes / Aché
Laboratórios; Cesar Caverzan / Aché Laboratórios; Antonio Carlos Amedeo Vattimo / Aché
Laboratórios; Douglas Costa Morais / Aché Laboratórios; Stevin Zung / Aché Laboratórios;
Karini Bruno Bellorio / Aché Laboratórios;
Resumo: Introdução: No Brasil, um estudo demonstrou que a taxa de prevalência de demência
na população com mais dos 65 anos foi de 7,1%, sendo que a Doença de Alzheimer (DA) foi
responsável por 55% dos casos. A memantina, uma das opções de tratamento, pode ser
utilizada associada aos inibidores da acetilcolinesterase em estágio moderado e grave ou em
monoterapia no estágio grave, o que torna a molécula bastante útil nos estágios mais
avançados da doença. Objetivo: Avaliar comparativamente o perfil farmacocinético de duas
formulações de cloridrato de memantina 10 mg sob a forma farmacêutica de comprimidos
revestidos através de um estudo de bioequivalência e, consequentemente, sua
intercambialidade na prática clínica, quando administradas na mesma dose em condição de
jejum. Método: Estudo aberto, randomizado, com dois tratamentos, dois períodos, duas
sequências (crossover 2x2) com 24 voluntários saudáveis de ambos os sexos (idade 18-50
anos). A bioequivalência entre as duas formulações foi avaliada estimando as proporções das
médias geométricas e seus respectivos intervalos de confiança (IC 90%) das formulações teste
/ referência para os parâmetros farmacocinéticos primários Cmax e ASC0-t. As amostras de
plasma contendo memantina foram analisadas por cromatografia líquida de ultra eficiência
acoplada a espectrômetro de massas (UPLC - MS / MS). Resultados: Tanto o medicamento
teste quanto o medicamento referência sob a forma de comprimidos revestidos foram bem
tolerados na dose administrada e nenhum evento adverso sério foi observado. A razão das
médias geométricas para os parâmetros farmacocinéticos dos medicamentos teste e
referência (T/R) calculada pelo método dos mínimos quadrados e os respectivos intervalos de
confiança (IC-90%) para a análise da bioequivalência foram de 101,54% (98,27% - 104,93%)
para Cmáx e 100,53% (98,51% - 103,06%) para ASC0-t. O coeficiente de variação intrasujeito
(CV-intra) foi de 6,29% para Cmáx e 4,33% para ASC0-t. O poder do teste a posteriori (T/R) foi
igual a 100,00% em todos os parâmetros. Conclusão: Considerando os resultados obtidos nos
estudos, conclui-se que as formulações teste e referência, ambos sob a forma de comprimidos
revestidos, são bioequivalentes e, portanto, intercambiáveis na prática clínica.
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88460 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVALIAÇÃO DE MORTALIDADE E TEMPO DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR EM PACIENTES
COM DOENÇA DE ALZHEIMER EM PERNAMBUCO
Autores: Barbara Azevedo Neves Cavalcanti / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP;
Debora Ialle Pessoa de Sousa / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP; Emily Ferreira
de Araújo Lima / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP; Dinaldo Cavalcanti de
Oliveira / Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA), patologia degenerativa que mais causa
demência, é a sexta causa de morte nos Estados Unidos, respondendo por 3,6% de todas as
mortes em 2014. A DA afeta os padrões cognitivos de memória, atenção, linguagem, função
executiva, capacidade visuoespacial e comportamento, comprometendo a funcionalidade das
atividades diárias. Diante disso, é conhecida por ser uma das principais causas de incapacidade
e institucionalização entre a população idosa, levando a uma carga econômica significativa,
sendo considerada em 2012 uma prioridade para a saúde pública no Brasil. Objetivo:
Descrever o perfil clínico, tempo de permanência e mortalidade hospitalar de pacientes idosos
internados com DA em Pernambuco, em dez anos, e identificar se houve redução da
mortalidade hospitalar. Métodos: Estudo ecológico que avaliou as internações de pacientes
idosos com CID-10 G30 no estado de Pernambuco no período de janeiro de 2008 a dezembro
de 2017. Foram coletados, com base no DATASUS, os dados demográficos (sexo, faixa etária,
cor da pele, macrorregiões), além do histórico dos dias de permanência hospitalar, valor total
gasto das internações, número de óbitos e natureza jurídica do hospital (público ou particular).
Em seguida, foi feita uma análise descritiva e comparativa das variáveis em dois quinquênios
para avaliar as associações entre o número de internações e a taxa de mortalidade.
Resultados: Dos 178 pacientes, destes, foram analisados 36 entre os anos de 2008 e 2012.
55,6% eram do sexo feminino Faixa etária mediana entre 70 a 79 anos (58,3%). 44,4% eram
pardos (p=0.001), 72,2% eram de hospital público (p<0,001) e 55,6% provenientes da região
metropolitana (p=0,010), média internações de 7,2%±3,96, total de dias de permanência
hospitalar por período de 703h±136,5, e frequência de óbitos de 27,8%. Entre os anos de 2013
e 2017 foram analisados 142 pacientes. 76,1% mulheres (p=0,015), mediana de idade entre 80
anos ou mais (49,3%; p=0,005), pardos (38,7%; p=0,001), regime de hospital privado (29,6%;
p<0,001), provenientes da região metropolitana (76,1%; p=0,010), média internações de
28,40%±7,43 (p=0,008), total de dias de permanência hospitalar por período de 1908h±381,0
(p=0,032e frequência de óbitos de 16,2% (p=0,110). Conclusão: No período de 2013 a 2017 a
prevalência de mulheres e octogenários foram maiores. Nesse período o tempo e o número de
internações tambem foram maiores. O número de óbitos diminuiu pela metade.
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88470 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: AVC ISQUÊMICO E TROMBOSE SÉPTICA DE SEIO CAVERNOSO, RELATO DE CASO DE UM
PACIENTE PEDIÁTRICO EM RIO BRANCO, AC.
Autores: Kauan Alves Sousa Madruga / UFAC; Pedro Victor Oliveira Araújo / UFAC; Luiz
Fernando Melo Lima / UFAC; Vitória Bittencourt de Carvalho / UFAC; Bruna da Cruz Beyruth
Borges / Hospital da Criança do Acre;
Resumo: Apresentação do Caso: A Trombose de Seio Cavernoso (TSC) é, na clínica médica,
uma situação de relevância. No presente trabalho, descreve-se um caso de TSC séptico numa
criança de 9 anos. Paciente do sexo masculino iniciou, de forma insidiosa, quadro de cefaleia
intensa após queda de árvore. Procurou atendimento médico após evolução com vômitos em
jato, febre e edema periorbitário com irradiação para região frontal. Posteriormente, foi
admitido na UTI. Após exame oftalmológico constatou-se presença de ptose palpebral
bilateralmente, pupilas midriáticas em ambos os olhos, paralisia ocular, exoftalmia em olho
direito (OD) com reflexos fotorreagente e consensual diminuídos e hiperemiado. Realizou
punção lombar (PL), Tomografia Computadorizada (TC), Ressonância Magnética Nuclear (RMN)
orbitária e USG (Ultrassonografia) cervical. Discussão: A PL foi incompatível com Meningite,
enquanto a TC indicou sinusopatia fronto-etmoidal direita. A RNM do olho esquerdo (OE)
indicou TSC bilateralmente, além de tromboflebite com extensas áreas de infarto isquêmico na
alta convexidade dos hemisférios cerebrais. Já na RNM do OD, percebe-se osteomielite do
clivus (OC), obliteração dos seios cavernosos e cavuns de Meckel, com consequente oclusão da
artéria carótida interna direita e sinais de tromboflebite nas porções anteriores do seio sagital
superior. Por fim, a USG descartou danos em região cervical. Concluiu o diagnóstico com TCE;
AVC isquêmico; TSC, por provável foco infeccioso secundários a uma sinusopatia e OC.
Realizou-se intervenção para tratamento de entropia do OD e suspensão da pulsoterapia para
preservação da acuidade visual com início de antibióticos. Verificou-se preservados reflexos
dos MMII e MMSS. Paciente apresentou evolução progressiva ao tratamento apesar de
surgimento de edema palpebral em OE. Não obstante trombose extensa de seios venosos, o
paciente apresentou boa evolução, após terapêutica com antibioticoterapia. Comentários
finais: A importância do relato se dá pela associação de fatores que dificultaram o diagnóstico
do paciente e prolongaram seu tratamento. A principal dificuldade surgiu em determinar o
foco da TSC, isto é, se era asséptica, decorrente do TCE, com posterior AVE isquêmico, ou,
como se confirmou, séptica, advinda da OC e sinusite. Para tanto é imperativo correlacionar os
achados clínicos neuroftalmológicos com os exames de imagem confirmatórios. O diagnóstico
precoce da TSC é fundamental para o tratamento, evitando um pior prognóstico.
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85342 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: CANABIDIOL NO TRATAMENTO SINTOMÁTICO DA DOENÇA DE PARKINSON: REVISÃO
SISTEMÁTICA
Autores: Barbara Previtalli Pimentel / UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista; Bianca de
Souza Bonfim / UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista; Débora Tyemi Takashima /
UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista; Felipe Viegas Rodrigues / UNOESTE - Universidade
do Oeste Paulista; Leonardo Magnani Seabra / UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista;
Resumo: Introdução: Estima-se que 1-2% da população mundial após os 65 anos de idade são
acometidas pela Doença de Parkinson (DP). Somente na década de 60, após o descobrimento
de alterações patológicas no encéfalo dos pacientes, que surge o primeiro tratamento
medicamentoso, ainda mantendo espaço para o desenvolvimento de novas medidas
terapêuticas. Pensando nisso, compostos à base de canabinóides foram recentemente
propostos como terapias promissoras, uma vez que o bloqueio dos receptores CB1, que são
muito abundantes nas estruturas dos núcleos da base, pode ser eficaz na redução da inibição
motora típica dos pacientes com a doença. Objetivo: Identificar através de revisão sistemática,
os benefícios e os riscos da utilização de derivados de cannabis no tratamento sintomático da
doença de parkinson. Metodologia: Utilização da estrutura PICO, com a pergunta norteadora:
Eficácia e segurança terapêutica do tratamento sintomático da Doença de Parkinson utilizando
o canabidiol. Para seleção dos artigos foram utilizados as bases de dados: LILACS, SCIELO,
PubMed e Cochrane Library utilizando os descritores “Canabidiol”, “canabinoides” “doença de
parkinson”, "cannabidiol", “cannabinoids”, "Parkinson‘s disease" e aplicado o operador
booleano AND para o cruzamento entre os descritores encontrados nos DeCS e Mesh entre os
anos de 2009 e 2019. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em Inglês, Português e
Espanhol, com textos disponíveis na íntegra. Foram excluídos capítulos de livros, reportagens,
textos não científicos e revisões da literatura acerca desse tema. Resultados: Tendo em vista as
bases de dados que foram pesquisadas, a PUBMED obteve o maior número de artigos
indexados, num total de setenta e três artigos. Destes, sete responderam o questionamento
do estudo. A base de dados Cochrane possuía sete artigos indexados, todos possivelmente
respondiam a pergunta deste estudo, porém apenas dois artigos estavam disponíveis na
íntegra. Já as bases de dados Scielo e Lilacs possuíam três artigos cada uma, porém nenhuma
delas respondiam a pergunta desse estudo ou contemplavam os critérios e inclusão do
mesmo. Conclusão: Os dados sobre o uso de canabinóides são, na sua maioria, provenientes
de estudos observacionais, não controlados, e na maioria das vezes realizados em animais,
fato que dificulta a tomada de decisão dos profissionais da saúde. Porém, a grande maioria dos
estudos relatam que o canabidiol é uma droga promissora e segura no tratamento da DP.
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88536 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DEGENERAÇÃO CORTICOBASAL EM PACIENTE COM ALTERAÇÃO DA MOTRICIDADE
OCULAR
Autores: Nadimme Vieira da Silva Caloba / Unifesp ; Paulo Henrique Ferreira Bertolucci /
Unifesp; Marcelo Canella / Unifesp; Danilo Manoel Cerqueira Costa / Unifesp; Bárbara Trapp /
Unifesp; Osvladir Custodio / Unifesp;
Resumo: ZST, sexo feminino, 54 anos, casada, 3 filhos, 5 anos de escolaridade, desempregada,
natural de Tororó – BA. Veio acompanhada do esposo, com queixas de dificuldades para
deambular e quedas frequentes desde fevereiro de 2018. Após 6 meses dos primeiros
sintomas, já apresentava prejuízo funcional. Evoluiu com piora progressiva associada à
labilidade de humor e alteração da fala. Foi encaminhada ao ambulatório com hipótese de
Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP). Estava em uso de sertralina 100mg/dia e de levodopa
100mg + benserazida 25mg três vezes ao dia, sem melhora. O exame neurológico evidenciou
paralisia do olhar vertical, reflexo palmomentoniano bilateral e instabilidade postural. Foi
submetida à avaliação da funcionalidade e da cognição, sendo identificada demência de
múltiplos domínios com prejuízo de praxia ideomotora, habilidades visioespaciais, memória
operacional, função executiva e outras funções frontais. Possuía exames laboratoriais e RM de
crânio realizados em outubro de 2018. Nenhum deles evidenciou alterações. A hipótese de
PSP foi mantida, exames adicionais foram solicitados, paciente foi encaminhada à
fonoaudiologia, orientada sobre seguimento com fisioterapia, prescrita 200mg de levodopa +
50mg de benserazida três vezes ao dia e demais medicações mantidas. Retornou em julho de
2019 e relatou piora do quadro motor após tentativa de retirada da levodopa. Apresentava
distonia em mão esquerda e percepção estranha do MSE (Alien hand). Possuía análise do LCR
sem anormalidades e RM de crânio (05/2019) com relação mesencéfalo/ponte preservada. O
SPECT cerebral (02/2019) era compatível com hipoperfusão nas regiões medial e polar dos
lobos temporais e nas regiões medial e basal dos lobos frontais. Além disso, o exame mostrava
que a distribuição nos núcleos da base era assimétrica e diminuída à esquerda. Houve então
mudança da HD para Degeneração Corticobasal (DCB). Foi proposto novo aumento da
levodopa 200mg + benserazida 50mg para quatro vezes ao dia. O presente relato de caso traz
a história de paciente com DCB inicialmente diagnosticada com PSP. A diferenciação entre DCB
e PSP atípica - Síndrome Corticobasal pode ser difícil, já que as duas patologias evoluem com
prejuízo da movimentação ocular, Alien hand, distonia e resposta pobre à levodopa. Nesses
casos, os exames de neuroimagem estrutural e funcional podem auxiliar na diferenciação
diagnóstica.
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88626 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DEMÊNCIA DE ALZHEIMER: RELATO DE CASO
Autores: Júlia Lima Gandolfo / Faculdade Ceres (FACERES); Laís Camargo Camelini / Faculdade
Ceres (FACERES); Gabriela Borges Carias / Faculdade Ceres (FACERES); Marcia Comino Bonfá /
Faculdade Ceres (FACERES); Matheus Cestari Rocha / Faculdade Ceres (FACERES); Amanda
Maria Chiconi Ribeiro / Faculdade de Medicina da Univerdade do Oeste Paulista (UNOESTE);
Resumo: Apresentação do caso: E.R.S., 78 anos, vem acompanhado da esposa, que relata que
há 2 meses ele vem apresentando um quadro de irritabilidade, agressão física e esquecimento
progressivo. Há 2 meses o paciente era independente para as atividades diárias, ocorrendo um
episódio que o tornou dependente. Realizado TC de Crânio constando hipoatenuação da
substância branca periventricular, notadamente nas porções posteriores, sugerindo leucopatia
microangiopática, gliose, rarefação mielínica. Acentuação de sulcos, fissuras e cisternas
encefálicas por redução do parênquima cerebral, com dilatação compensatória do sistema
ventricular. Finas calcificações parietais ateromatosas nas porções intracavernosas das
carótidas. Conduta: Mantida as medicações para HAS e associação com cloridrato de
memantina 10mg de 12/12h. Evolução clínica: Paciente apresentou melhora clínica do ponto
de vista cognitivo e funcional. Discussão: A Demência de Alzheimer (DA) é uma doença
neurodegenerativa progressiva, heterogênea nos seus aspectos etiológico, clínico e
neuropatológico, que geralmente se inicia após os 60 anos de idade. A principal hipótese
fisiopatogênica atual da DA admite que o depósito de proteína beta-amilóide é responsável
pelo desencadear do processo patológico. Os principais achados neuropatológicos
encontrados na DA são a perda neuronal e a degeneração sináptica intensas, além da
deposição no córtex cerebral de placas senis e de emaranhados neurofibrilares. Contudo, o
diagnóstico definitivo de DA só pode ser realizado por necropsia (ou biópsia) com identificação
do número apropriado de placas e enovelados em regiões específicas do cérebro, na presença
de história clínica. O tratamento da DA deve ser multidisciplinar. O objetivo do tratamento
medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do
comportamento e da realização das atividades da vida diária, com um mínimo de efeitos
adversos. A DA provoca comprometimento cognitivo, do comportamento e das atividades de
vida diária, podendo ocasionar estresse ao cuidador. Estas alterações são o alvo do
tratamento. Considerações finais: Os pacientes com suspeita de DA devem ser encaminhados
para serviço especializado para diagnóstico da doença, que também pode ser feito por médico
com treinamento na avaliação de demências. Devem ser observados os critérios de inclusão e
exclusão de doentes neste protocolo, a duração e a monitorização do tratamento e adequação
de uso dos medicamentos.
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88619 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DESEMPENHO DE INDIVÍDUOS COM DECLÍNIO COGNITIVO SUBJETIVO E CONTROLES
SAUDÁVEIS DE SUPER IDOSOS NO TESTE SHORT-TERM MEMORY BINDING
Autores: Natália Cristina Moraes / FMUSP; Adalberto Studart-neto / FMUSP; Mario Amore
Cecchini / FMUSP; Raphael Ribeiro Spera / FMUSP; Conrado Regis Borges / FMUSP; Mônica
Sanches Yassuda / FMUSP; Sônia Maria Dozzi Brucki / FMUSP; Ricardo Nitrini / FMUSP;
Resumo: INTRODUÇÃO: Existe uma necessidade significativa de desenvolver medidas
confiáveis para detectar mudanças cognitivas sutis em pessoas com risco de demência que não
sejam afetadas pela idade ou educação. A detecção precoce de comprometimento, quando o
declínio da memória ainda está dentro da faixa normal, será útil para avaliar ensaios clínicos
de intervenções precoces de tratamento para prevenção primária e secundária. OBJETIVO:
Comparar o desempenho no teste Shorting Term Memory Binding (STBM) de controles
saudáveis (CS) (n = 25), participantes com declínio cognitivo subjetivo (DCS) (n = 49) e Super
Idosos (SI) (n = 15). MÉTODOS: A amostra foi composta por idosos com quatro anos ou mais de
estudo, recrutados em um ambulatório de Geriatria, um Centro de Envelhecimento e uma
Universidade Aberta para o Idoso. Demência, transtorno psiquiátrico maior ou uso de drogas
psicotrópicas foram os critérios de exclusão. Os participantes completaram o Mini Exame do
Estado Mental (MEEM), a Montreal Cognitive Assessment (MoCA), o Teste de Aprendizagem
Verbal Auditivo de Rey (RAVLT), o subteste Memória Lógica da Escala Wechsler de Memória I e
II, Figura Complexa de Rey (REY). SI foi definido por um desempenho igual ou acima da média
dos valores normativos para os indivíduos em seus 50-60 anos na pontuação da evocação
tardia (após 30 minutos) do teste RAVLT. RESULTADOS: Oitenta idosos foram incluídos, sendo
25 CS, 49 DCS e 15 SI. SI teve mais anos de escolaridade que DCS (CS 14, 4,7; DCS 13,6 3,7; SI
16,4 4,7; p valor = 0,030). SI apresentou melhor desempenho no MoCA (CS 24,9 2,5; DCS
24,2 2,2; SI 26,4 1,7; p valor = 0,001), RAVLT tardio (CS 8,4 2,5; DCS 7,2 2,4; SI 10,8 1,4; p
valor = <0,000), Memória Lógica Imediata (CS 25,9 5,8; DCS 23,3 5,5; SI 32,5 4,9; p valor =
<0,000), Memória Lógica Tardia (CS 21,1 6,0; DCS 19,0 5,7; SI 28,6 4,8; p valor = <0,000), e
STBM (CS 11,6 2,1; DCS 10,7 2,0; SI 11,1 4,8; p valor = 0,050), sendo que o STMB binding
diferenciou os idosos com DCS de SI. CONCLUSÕES: O STMB diferenciou apenas o DCS do
grupo SI. Os grupos CS e DCS apresentaram desempenhos semelhantes, porém, inferior ao
desempenho do grupo SI.
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88430 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DETECÇÃO DE PLACAS Β-AMILOIDE EM DIFERENTES REGIÕES CEREBRAIS POR IMAGEM
PET COM 11C-PIB
Autores: Daniele de Paula Faria / Laboratório de Medicina Nuclear (LIM43), Departamento de
Radiologia e Oncologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Fabio Luis de
Souza Duran / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria,
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Paula Squarzoni / Laboratório de
Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo; Orestes Forlenza / Laboratório de Neurociências (LIM27), Instituto
de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Ricardo Nitrini /
Departamento de Neurologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Sonia
Brucki / Departamento de Neurologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Carlos Alberto Buchpiguel / Laboratório de Medicina Nuclear (LIM43), Departamento de
Radiologia e Oncologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Gerado Busatto
Filho / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria, Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa e é a
causa mais comum de demência. A DA é caracterizada pela presença de placas β-amiloide e
emaranhados neurofibrilares. A tomografia por emissão de pósitrons (PET), com o
radiofármaco 11C-PIB (Pittsburgh Compound B), é uma ferramenta capaz de: detectar as
placas β-amilóide, in vivo, de modo não invasivo; e fornecer medidas quantitativas válidas da
captação regional do radiofármaco, tais como o Standardized Uptake Value ratio (SUVr).
Objetivo: Comparar a deposição de placa β-amilóide por imagem PET 11C-PIB em idosos
saudáveis e com queixa de memória. Método: Os sujeitos foram divididos em 3 grupos: DA,
n=35, comprometimento cognitivo leve (CCL), n=36 e controles idosos saudáveis (CI) n=30.
Imagens PET foram adquiridas por 70 min, iniciando logo após a administração de 11C-PIB, e
foram reconstruídas pelo método OSEM, com 4 iterações e 16 subgrupos. As imagens foram
quantificadas pelo software PMOD™ e os resultados apresentados como SUVr, média ± erro da
média, calculado como razão pelo cerebelo. Comparação entre grupos foi feita com teste de
Kruskal-Wallis e valores de P<0.05 foram considerados estatisticamente significantes.
Resultados: Diferentes regiões corticais foram avaliadas, mostrando aumento estatisticamente
significante de captação de 11C-PIB em todas as regiões do grupo DA quando comparado com
grupo CCL e com grupo CI. Não foram encontradas diferenças significativas entre o grupo CCL e
CI, apesar de numericamente todas as regiões no grupo CCL terem um SUVr maior que o grupo
CI. As regiões analisadas foram: córtex occipital DA 1,41±0.05, CCL 1,21±0.03, CI 1,16±0,02
(DAvsCI P=0.0005, CCLvsDA P=0.0097); córtex parietal DA 1,56±0.06, CCL 1,30±0,05, CI
1,22±0.04 (DAvsCI P=0.0003, CCLvsDA P=0.005); temporal DA 1,41 ± 0.05, CCL 1,21 ± 0,04, CI
1,11±0.03 (DAvsCI P=0.0008, CCLvsDA P=0.0376); córtex frontal DA 1,57±0.06; CCL 1,28±0.06,
CI 1,18±0.05 (DAvsCI P=0.0006, CCLvsDA P=0.0124); cíngulo anterior DA 1,69±0.07, CCL
1,35±0.07, CI 1,20±0,06 (DAvsCI P=0.0001, CCLvsDA P=0.0216); cíngulo posterior DA 1,84±0.09,
CCL 1,47±0.07, CI 1,31±0,06 (DAvsCI P=0.0002, CCLvsDA P=0.0374). Conclusão: Na amostra
estudada, os valores de captação de 11C-PIB foram significativamente maiores no grupo DA
quando comparado aos grupos CCL e CI. Apesar dos valores da captação de 11C-PIB terem sido
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numericamente maiores no grupo CCL que no grupo CI, esta diferença não foi estatisticamente
significante.
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88459 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DIABETES MELLITUS COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA
METANÁLISE DE ESTUDOS DE COORTE
Autores: Lucas Farina Lima / Universidade do Oeste Paulista; Caroline Lopes Tamada /
Universidade do Oeste Paulista; Renan Carlos dos Santos / Universidade do Oeste Paulista;
Marcos Tumitan Zorzan / Universidade do Oeste Paulista; Felipe Iankelevich Baracat /
Universidade do Oeste Paulista; Marjori Leiva Camparoto / Universidade do Oeste Paulista;
Resumo: O Diabetes Mellitus (DM) e a Doença de Alzheimer (DA) afetam milhões de pessoas
em todo o mundo. Há evidências de que em ambas as doenças o processo inflamatório crônico
atua de forma central, além de apresentarem similaridade em relação às anomalias
moleculares e bioquímicas causadas pela privação de insulina no cérebro. Desse modo o
presente estudo objetivou mensurar a correlação do DM com a DA, através da síntese dos
resultados dos estudos de coorte prospectivos e retrospectivos. Os critérios de elegibilidade
foram: estudos de coortes, prospectivos ou retrospectivos, com participantes diagnosticados
com Diabetes Mellitus tipo 1 ou 2, sem presença de déficits cognitivos ao início do estudo e DA
como desfecho primário ou secundário. Foram utilizadas como fonte de dados as bases
eletrônicas PubMed, EMBASE, SCOPUS, LILACS, CENTRAL – Cochrane, SciELO, CINAHL e Web of
Science, para a busca de potenciais estudos. Os descritores em saúde empregados foram:
Diabetes Mellitus type 1, Diabetes Mellitus type 2, insulin-dependent diabetes, non-insulin
dependent diabetes, hyperglicemia, glucose intolerance, insulin resistance, Alzheimer’s
disease e Dementia. A checagem dos critérios de elegibilidade, extração de dados e risco de
vieses, dos estudos foi realizada por dois grupos de dois revisores cada e as discordâncias
foram resolvidas por consenso. O software SR-Accelerator foi utilizado para reunião das
referências encontradas, e remoção dos estudos duplicados entre as bases. A escala
Newcastle-Ottawa foi utilizada para avaliação de vieses. Foram encontrados 21.051 estudos a
partir estratégia de busca, sendo 122 pré-selecionados na etapa de triagem pela leitura dos
resumos. Após análise dos estudos na íntegra, 111 foram excluídos por falta de dados ou por
metodologias não satisfatórias, sendo elegíveis para a análise final o total de 11 estudos,
sendo esses com heterogeneidade moderada (I2 = 47%), favorecendo o método da variância
inversa para a geração da medida metanalítica em um modelo de efeito aleatório. O risco
relativo com intervalo de confiança de 95% foi de 1,29 (1.17 – 1.43) para pacientes com DM
tipo 1 e 2. Desse modo os dados da metanálise indicam uma associação entre DM e DA com
importante significância estatística, indicando que o DM 1 e 2 são fatores de risco para DA.
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88474 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: DOENÇA DE ALZHEIMER: AVALIAÇÃO DO SISTEMA NORADRENÉRGICO EM RATOS
DIABÉTICOS POR SUBEXPRESSÃO DE TIROXINA HIDROXILASE EM SISTEMA NERVOSO
CEREBRAL.
Autores: Rebeca Loureiro Rebouças / Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná; Géssica de
Mattos Diosti / Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná; Fernanda Christo Lovato /
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná; Laura Ingrid Volkweis Langer / Faculdade
Evangélica Mackenzie do Paraná; Stephanie Rubianne Silva Carvalhal / Universidade Federal do
Paraná; Camila Aparecida Moraes Marques / Faculdades Pequeno Príncipe; Luiz Fernando
Kubrusly / Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná; Luiz Martins Collaço / Faculdade
Evangélica Mackenzie do Paraná;
Resumo: Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é um estado inflamatório crônico que cursa com
alterações degenerativas no metabolismo cerebral. Quadros sustentados de hipoinsulinemia
desencadeiam fosforilação da proteína tau e produção de amiloides, formando placas senis e
emaranhados neurofibrilares no encéfalo. Diabéticos têm maiores incidências de
comprometimento cognitivo e risco de ter Doença de Alzheimer (DA), o tipo mais comum de
demência reconhecida por neurodegeneração crônica envolvendo sinaptotoxicidade precoce,
sugerindo ligações críticas entre DM e DA, caracterizada como Diabetes Tipo 3. Objetivos:
Induzir DM em ratos Wistar e avaliar alterações neurológicas demenciais, através de análises
sorológicas, histológicas, imunohistoquímicas, antropométricas e de comportamento
exploratório. Metodologia: Foram utilizados 24 ratos machos Wistar divididos em Grupo
Controle (GC) e Grupo Diabético (GDM), todos inicialmente sadios. Anestesiados, os animais
do GDM tiveram diabetes induzida por Estreptozotocina, enquanto que os do GC receberam
apenas NaCl. O experimento durou 69 dias. Foram realizadas coletas glicêmicas, medidas de
peso corporal e uma avaliação comportamental por Teste do Campo Aberto. Após eutanásia,
foram retirados cérebro, pâncreas e fígado para posteriores análises. Resultados: Em relação
ao GC, os ratos do GDM apresentaram-se apáticos, com movimentos lentos e pouco
responsivos no Teste de Campo Aberto. Observou-se que o GDM apresentou uma média de
peso corporal menor que o GC ao final (p<0,0001). Em todas as glicemias, os ratos GDM
apresentaram valores maiores significativamente em relação ao GC. Considerando os pesos
absolutos (p=0,0007) e relativos (p<0,0001) do cérebro, valores significativamente menores
foram encontrados no GDM. À imunohistoquímica, a enzima tirosina hidroxilase apresentou
uma menor expressão enzimática, com apenas 21,6% da enzima no tecido cerebral do GDM
em relação ao GC. Conclusão: Os resultados sugerem íntima relação entre DM e DA, Diabetes
Tipo 3. Morte celular por estresse oxidativo em forte associação à inflamação neuronal
provenientes do DM contribuiu para atrofia cerebral acelerada, sendo velocidades de
processamento e lentificações psicomotoras as esferas cognitivas mais afetadas. Alterações
noradrenérgicas ocorridas devido à hiperglicemia sustentada resultaram em senilidade
antecipada central, culminando em neurodegenerações e sinaptotoxidades precoces por
redução de tirosina hidroxilase em tecido cerebral.
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88457 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E COGNIÇÃO EM ADULTOS: FUNCIONAMENTO
EXECUTIVO
Autores: Natália Cristina Moraes / FMUSP; Henrique Co. S. Muela / INCOR; Claudia Maia
Memória / FMUSP; Valéria A. Costa-hong / INCOR; Michel F. Machado / INCOR; Ricardo Nitrini
/ FMUSP; Luiz A. Bortolotto / INCOR; Monica S. Yassuda / FMUSP;
Resumo: Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica com alta
prevalência na população e seu agravamento repercute lenta e progressivamente sobre os
tecidos de órgãos-alvo, e, se não tratada, pode levar ao desenvolvimento de complicações
vasculares graves. Considerando que as alterações cerebrais associadas com o aumento da
pressão arterial (PA) são progressivas, cumulativas e irreversíveis, tais modificações poderiam
ocasionar efeitos negativos no desempenho cognitivo. O objetivo deste estudo foi investigar a
relação entre HAS e desempenho em tarefas de funções executivas (FE), comparando um
grupo controle (sem HAS/GC) a pacientes com HAS, em dois níveis de gravidade (estágio 1 e 2),
acompanhados no ambulatório da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração (INCOR).
As tarefas de FE foram divididas de acordo com Miyake et al. (2000). Métodos: A coleta de
dados constituiu-se de entrevista clínica com médico Cardiologista e posteriormente por
avaliação neuropsicológica. Para avaliar os três componentes das FE, utilizou-se o T.O.V.A.
Test, Dígitos Inversos, Fluência verbal (FV) fonêmica e semântica, e o Teste de Trilhas parte B,
que mediram CI, atualização e alternância, respectivamente. Resultados: Realizou-se
comparações entre os três grupos clínicos por meio de ANOVA para dados que seguiam
distribuição normal e teste de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis para dados não paramétricos.
Nos testes que mediram atualização, houve diferença significativa entre os grupos clínicos em
Dígitos Inversos, Fluência Verbal fonêmica (F, A, S) e semântica (animais). Para o teste Dígitos
Inversos, os grupos GC e HAS 2 se diferenciaram estatisticamente (GC>HAS 2, p valor=0.004).
Nos testes FV fonêmica e semântica, o grupo HAS 2 obteve pior desempenho do que o GC e o
HAS 1 (GC=HAS 1 ≠ HAS 2, p valor = <0.001) . Quanto à medida de alternância, houve diferença
significativa entre os grupos HAS 2 e o GC (GC>HAS 2, p valor = 0.015). Conclusões: Com os
resultados da presente investigação pode-se concluir que a presença da HAS pode afetar
negativamente o desempenho de tarefas de FE, especialmente nos componentes de
atualização e alternância. E que este prejuízo é diretamente proporcional com a gravidade da
HAS. As medidas de atenção e velocidade de processamento cognitivo parecem não explicar o
desempenho prejudicado dos participantes com HAS nas tarefas de atualização e alternância.
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88431 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: IDENTIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO HIPOCAMPO DE PACIENTES COM DOENÇA DE
ALZHEIMER COM IMAGEM DE PET 11C-PIB
Autores: Daniele de Paula Faria / Laboratório de Medicina Nuclear (LIM43), Departamento de
Radiologia e Oncologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Fabio Luis de
Souza Duran / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria,
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Paula Squarzoni / Laboratório de
Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo; Jullie Hernandes / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria
(LIM21), Instituto de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Naomi
Costa Antunes / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21), Instituto de Psiquiatria,
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Artur Coutinho / Laboratório de
Medicina Nuclear (LIM43), Departamento de Radiologia e Oncologia, Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo; Carlos Alberto Buchpiguel / Laboratório de Medicina Nuclear
(LIM43), Departamento de Radiologia e Oncologia, Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo; Geraldo Busatto Filho / Laboratório de Neuroimagem em Psiquiatria (LIM21),
Instituto de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa
caracterizada pela presença de placas β-amiloide e emaranhados neurofibrilares. Atrofia
cerebral está também presente em pacientes com DA, no hipocampo e outras porções do
córtex temporal medial. A tomografia por emissão de pósitrons (PET), com o radiofármaco
11C-PIB (Pittsburgh Compound B), é capaz de detectar as placas β-amiloide, in vivo, de modo
não invasivo. Além disso, imagens de PET adquiridas logo após a administração de 11C-PIB
refletem em grande parte o fluxo sanguíneo cerebral regional. Objetivo: Avaliar alteração
hipocampal em pacientes com DA, quando comparados com controles idosos (CI), através de
imagens dinâmicas de PET com 11C-PIB. Método: Os sujeitos foram divididos em 2 grupos: DA,
n=35, e CI, n=30. Imagens PET foram adquiridas por 70 min, após a administração de 11C-PIB,
e reconstruídas pelo método OSEM, com 4 iterações e 16 subgrupos. As imagens foram
quantificadas pelo software PMOD™. Quantificação das imagens de 40-70 min, condensadas
em uma imagem estática de 30 min, está apresentada em Standardized Uptake Value ratio
(SUVr), calculado como razão pelo cerebelo. As imagens dinâmicas (0-70 min) foram analisadas
em função do tempo, sendo os resultados apresentados em área sob a curva (AUC – Area
Under the Curve). Os resultados estão apresentados em média±erro da média. Comparação
entre grupos foi feita pelo teste Mann-Whitney e valores de P<0.05 foram considerados
estatisticamente significantes. Resultados: Considerando a análise das imagens estáticas (40-
70 min), ou seja, o período de ligação específica do radiofármaco às placas β-amiloide, os
valores de SUVr foram de 1,02±0,03 e 1,01±0,02 (P=0,9829) para o hipocampo direito e
1,03±0,02 e 1,03±0,02 (P=0,8883) para o hipocampo esquerdo, nos grupos DA e CI,
respectivamente. Na análise das imagens dinâmicas, onde a AUC [(kBq/ml)xs] representa
desde a entrada do radiofármaco no cérebro até a sua ligação específica, os valores
encontrados foram 39714±1997 e 46934±2315 (P=0.0397) para o hipocampo direito e
41214±2068 e 47253±2187 (P=0,0352) para o hipocampo esquerdo, nos grupos DA e CI
respectivamente. Conclusão: Utilização de AUC de imagens dinâmicas de PET 11C-PIB, pode
detectar alteração em hipocampo de pacientes com DA. Esta alteração está provavelmente
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relacionada a diminuição de fluxo sanguíneo causado por atrofia hipocampal, e não como
reflexo de diferenças entre grupos quanto à deposição de placas β-amiloide.
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88410 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INVESTIGAÇÃO DE INEFICÁCIA TERAPÊUTICA DE TIAMINA APÓS AGRAVAMENTO DE
QUADRO NEUROLÓGICO EM PACIENTE IDOSO
Autores: Jaqueline Kalleian Eserian / Instituto Adolfo Lutz; Márcia Lombardo / Instituto Adolfo
Lutz;
Resumo: Níveis reduzidos de tiamina em nível central são associados ao comprometimento do
metabolismo oxidativo, neuroinflamação e neurodegeneração, eventos estes também
observados com frequência em doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer e
de Parkinson. Diversos estudos apontam que a suplementação com tiamina pode ser benéfica
na prevenção e tratamento de doenças neurológicas associadas ao envelhecimento. Um
Ambulatório de Especialidades (AE) do município de São Paulo, juntamente à Coordenadoria
de Vigilância em Saúde, solicitou ao Instituto Adolfo Lutz (Laboratório Central de Saúde
Pública-SP) a análise fiscal de um medicamento contendo tiamina distribuído na rede pública
devido à suspeita de ineficácia terapêutica após piora neurológica em um paciente idoso em
tratamento. O objetivo deste trabalho foi verificar se a suspeita de ineficácia terapêutica
estava relacionada à qualidade do medicamento, por meio da realização de ensaios
farmacêuticos. A amostra foi composta por comprimidos de cloridrato de tiamina 300mg
pertencentes ao lote investigado. Foram realizados ensaios de aspecto, variação de peso,
identificação e teor de cloridrato de tiamina, uniformidade de doses unitárias e dissolução, de
acordo com métodos farmacopeicos. O tratamento de condições neuropsiquiátricas
associadas à deficiência de tiamina visa o restabelecimento de seus níveis, levando a um
menor risco de agravos no sistema nervoso central. Os comprimidos estavam acondicionados
em embalagem lacrada original do fabricante e não apresentaram nenhuma não conformidade
quanto ao aspecto. A variação de peso entre os comprimidos foi de -4,6 e +4,5% (Valor de
referência-VR: <±5%). O teor de cloridrato de tiamina foi de 95,2% da quantidade declarada
(VR: 92,5-107,5%). As doses unitárias apresentaram uniformidade satisfatória, com valor de
aceitação (VA) de 8,8% (VR: <15%). Os comprimidos apresentaram quantidade mínima de
82,6% de cloridrato de tiamina dissolvida (VR: >80%). A suspeita de ineficácia terapêutica da
tiamina não estava relacionada a desvios de qualidade do medicamento, uma vez que todos os
ensaios realizados apresentaram resultados satisfatórios. O agravamento de quadros
neurológicos em idosos pode estar relacionado a diversas causas, o que dificulta a elucidação
da queixa. Outros aspectos, como a adesão terapêutica, devem ser investigados a fim de
responder ao caso.
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88480 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: LONGEVOS APRESENTAM MENOR ANISOTROPIA FRACIONAL COMPARADOS A
INDIVÍDUOS DE MEIA-IDADE
Autores: Wyllians Vendramini Borelli / PUCRS/InsCer; Lucas Porcello Schilling / PUCRS/InsCer;
Eduardo Leal-conceicao / PUCRS/InsCer; Ricardo Bernardi Soder / PUCRS/InsCer; Mirna
Wetters Portuguez / PUCRS/InsCer; Alexandre Rosa Franco / Nathan Kline Institute / Child
Mind Institute; Jaderson Costa da Costa / PUCRS/InsCer;
Resumo: Introdução: Lesões em substância branca cerebral são esperadas no processo de
envelhecimento. No entanto, ainda não é claro o efeito do envelhecimento em tratos de fibras
nervosas no cérebro. Objetivo: Neste estudo, investigamos o efeito do envelhecimento em
imagens de difusão (Diffusion Tensor Imaging, DTI) em longevos comparativamente com
indivíduos de meia-idade. Métodos: Idosos e indivíduos de meia-idade da comunidade foram
selecionados para este estudo. O grupo Longevos (LNG) foi composto por idosos de 80 anos ou
mais; o grupo Meia-Idade (MI) foi composto por indivíduos entre 50 e 65 anos. Os indivíduos
incluídos apresentaram escores normais para a idade (dentro de 1,5 desvios-padrão) do mini-
exame do estado mental, memória episódica (Aprendizagem auditório-verbal), atenção (Trail-
making B), nomeação (Boston Naming) e fluência categórica (Animais). Em seguida, eles
realizaram exame de Ressonância Magnética (RM) estrutural e difusão (DTI). Os dados de
difusão foram processados com o pipeline do software TORTOISE, para correção de
movimento e Eddy-current, seguido de alinhamento ACPC com a imagem T2 volumétrica e as
imagens Anisotropia Fracional (FA) normalizadas para espaço MNI. As regiões-de-interesse
foram coletadas através do comando 3dROIstats usando o Atlas JHU. As regiões foram
comparadas entre os grupos LNG e MI através de teste-t, e os resultados mostrados em média
e desvio-padrão. Resultados: Onze indivíduos do grupo LNG (8 mulheres, média de idade =
83.8±3.68 anos) e 10 do grupo MI (7 mulheres, média de idade = 58.5±5.81 anos) foram
incluídos e realizaram RM. Os escores cognitivos foram semelhantes entre os grupos, porém o
grupo LNG mostrou menor escore de memória episódica tardia que o grupo MI (7±1.54 vs.
10±3.36, p<0.05). O grupo LNG demonstrou menor valor de FA que o grupo MI nas regiões:
Fornix/Stria Terminalis bilateral (p<0.0001), radiação talâmica posterior esquerda (p<0.001),
corona radiata anterior bilateral (p<0.001), Genu e Splenium do corpo caloso (p<0.001). No
entanto, algumas áreas demonstraram pouca ou nenhuma diferença entre grupos,
principalmente regiões da cápsula interna (p>0.05). Conclusão: Indivíduos longevos
apresentam menor difusividade cerebral em diversas regiões quando comparados com
indivíduos de meia-idade, principalmente regiões associadas com memória. No entanto, áreas
relacionadas com motricidade e sensibilidade parecem ser preservadas pelo envelhecimento.
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88432 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: MORBIDADE E MORTALIDADE DA DOENÇA DE ALZHEIMER EM IDOSOS
HOSPITALIZADOS NO BRASIL ENTRE 2008 E 2018: ESTUDO ECOLÓGICO
Autores: Débora Matias dos Santos / Universidade Federal da Bahia; Igor de Matos Pinheiro /
Associação Brasileira de Alzheimer; Nildo Manoel da Silva Ribeiro / Universidade Federal da
Bahia;
Resumo: Introdução: Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), há cerca de 1,2
milhão de pessoas com doença de Alzheimer (DA). A DA é uma condição neurodegenerativa e
progressiva caracterizada por prejuízo cognitivo e posterior limitação na execução das
atividades de vida diária. A internação hospitalar deste paciente pode acarretar em desfechos
negativos à saúde e o quadro de demência compromete o manejo terapêutico durante a
hospitalização. Objetivo: Relatar os índices de morbidade e mortalidade de pessoas com
doença de Alzheimer internadas em hospitais brasileiros entre os anos de 2008 a 2018,
descrevendo os dados sociodemográficos, número de internações hospitalares, média de
permanência e taxa de mortalidade desta população. Método: Trata-se de um estudo
ecológico descritivo, com análise quantitativa de dados sobre morbidade e mortalidade de
pessoas com doença de Alzheimer hospitalizadas no Brasil no período de janeiro de 2008 a
dezembro de 2018, informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foram registradas 12.150 internações hospitalares
tendo como causa a doença de Alzheimer. Houve predominância do sexo feminino com 7842
(64,54%) casos e 6738 (55,45%) possuíam mais de 80 anos. Os dados sociodemográficos
apontam para uma incidência mais elevada de internações entre pessoas de cor branca 6063
(49,9%). A média da permanência hospitalar foi de 27,4 dias. A taxa de mortalidade no período
estudado foi de 17,4 por 100 mil habitantes, com a região Sudeste ocupando o primeiro lugar
com 19,67 por 100 mil habitantes, seguida pela região Nordeste com 19,04 por 100 mil
habitantes. No total foram registrados 2.114 óbitos dos quais 1.410 ocorreram na região
sudeste, que apresentou o maior índice entre as cinco regiões brasileiras, seguido pela região
sul com 393 casos. A ocorrência de óbitos foi maior nas pessoas acima de 80 anos (1.374 -
64,99%). Conclusão: Nos últimos 10 anos, a doença de Alzheimer foi responsável por 12.150
internações no Brasil, com predominância de pessoas brancas, do sexo feminino e na faixa
etária acima de 80 anos. A mortalidade foi em maior número na região sudeste. Os dados
sobre o número de internações de pessoas com doença de Alzheimer no Brasil podem estar
subdiagnosticados devido à dificuldade de diagnóstico e ao registro da doença como motivo
de internação.
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88409 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: POSSÍVEIS FUNÇÕES DA VITAMINA D NO DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO DA
DOENÇA DE PARKINSON
Autores: Jaqueline Kalleian Eserian / Instituto Adolfo Lutz; Eugênia Aparecida Kalleian /
Universidade Federal de São Paulo;
Resumo: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva e crônica
que causa perda progressiva de neurônios dopaminérgicos na substância negra. Estudos
demonstraram que a vitamina D regula a sinalização neurotrófica através da regulação do
fator de crescimento derivado de células gliais (GDNF), que é um importante modulador do
desenvolvimento, sobrevivência e função de neurônios dopaminérgicos. Devido à propriedade
de regular esses fatores neurotróficos, alguns estudos sugerem que a vitamina D atue como
uma substância neuroprotetora. O objetivo deste estudo foi discutir o potencial papel da
vitamina D no desenvolvimento e tratamento da DP. Realizou-se um levantamento
bibliográfico sobre o tema em bases de dados científicas. Estudos epidemiológicos indicam
uma relação entre os níveis séricos de vitamina D e a incidência da DP. É possível observar uma
diminuição de 65% na incidência da DP em indivíduos com níveis séricos de vitamina D maiores
ou iguais a 50 nmol/L ao comparar-se com indivíduos com níveis séricos menores ou iguais a
25 nmol/L. Entretanto, é preciso considerar que a própria DP faz com que os pacientes não
tenham muita atividade ao ar livre, devido à debilidade que causa, diminuindo assim a síntese
cutânea de vitamina D e consequentemente seus níveis séricos. A administração de 6-
hidroxidopamina, que é um composto sintético neurotóxico utilizado para induzir a DP em
modelos experimentais, leva à diminuição da função celular dopaminérgica, aumento da
morte celular dopaminérgica e diminuição do conteúdo dopaminérgico nos tecidos. Observou-
se que o tratamento prévio com vitamina D diminuiu essas respostas, levando também a um
aumento de GDNF. Um estudo de caso demonstrou que o tratamento da DP com vitamina D
levou à melhora dos sintomas de rigidez e acinesia, possibilitando a diminuição da dose de
levodopa administrada ao paciente, droga considerada padrão-ouro no tratamento da DP. A
suplementação com vitamina D é uma opção de tratamento bastante atrativa, pois é segura,
simples e barata; entretanto, se a vitamina D for adotada como tratamento para a DP,
provavelmente será utilizada como terapia complementar em conjunto com outros
medicamentos. Apesar das evidências mostrarem indícios de associação entre a vitamina D e a
DP, ainda não é possível caracterizar uma relação causal entre as mesmas.
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87035 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PROGRESSIVE SUPRANUCLEAR PALSY AND PROGRESSIVE NON-FLUENT APHASIA: THE
IMPORTANCE OF RECOGNIZING OVERLAP BETWEEN NEURODEGENERATIVE DISORDERS - CASE
REPORT
Autores: Marianna de Souza Neves Cruz Pedreira / Universidade Salvador; Laura Araújo
Paulino / Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; Felipe Oliveira Costa / Universidade
Salvador;
Resumo: Introduction: Progressive supranuclear palsy (PSP) is a classically described tauopathy
characterized by postural instability, vertical gaze paresis and cognitive deficit. However, it is
already known that the clinical spectrum of PSP is broader. The presentation marked by
progressive non-fluent aphasia is considered uncommon, with no epidemiological data or the
proportion between cases of PSP, only reports and series of cases. Objective: To report a case
of PSP with progressive non-fluent aphasia and its clinical characteristics and complementary
exams. Case report: The male patient started at 72 years of age and presented a reduction in
verbal production, progressively. In consultations, aphasia was identified with significant
deficit of fluency and repetition, maintaining good comprehension, and verbal apraxia. The
writing presented important limitation. In addition, parkinsonism (bradykinesia, rigidity and
postural instability), as well as multidirectional gaze paresis and global hyperreflexia were
identified. Cognitive screening with the Montreal Cognitive Assessment identified low
performance (score 8/30), scoring only on naming animals and orientation. He denied relevant
family history as well as consanguinity. Regarding the complementary exams, he presented
mild dysphagia to videofluoroscopy of swallowing; Normal EEG. Magnetic resonance imaging
of the brain showed: mesencephalic atrophy, thinning of the corpus callosum and
questionable left temporal atrophy. Cerebrospinal fluid showed absence of cells, without
inflammatory signs, with normal levels of beta-amyloid 42, tau protein and phospho-tau.
Laboratory tests were normal. Discussion: The patient‘s findings are consistent with those
found in the literature reports. It stands out the ample presence of other cognitive and non-
cognitive symptoms, which tends to make the diagnosis difficult. One study reports a greater
delay in the diagnosis of PSP patients presenting in the form associated with parkinsonism,
with latency around 2 years - the same time since the onset of the patient‘s symptoms and the
diagnosis in the case. Conclusion: It is important to know the full range of variations of the PSP,
especially its cognitive components, highlighting, in the case reported, the language changes.
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88526 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: RELAÇÃO ENTRE DEPÓSITO DE BETA-AMILÓIDE, METABOLISMO CEREBRAL E PERFIL
NEUROPSICOLÓGICO EM UMA COORTE DE IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO SUBJETIVO E
SUPERIDOSOS
Autores: Adalberto Studart-neto / Department of Neurology, Hospital das Clinicas HCFMUSP,
Faculdade de Medicina, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Natália Cristina Moraes
/ Department of Neurology, Hospital das Clinicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina,
Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Mônica Sanches Yassuda / Department of
Neurology, Hospital das Clinicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade de Sao Paulo,
Sao Paulo, SP, BR.; Sônia Maria Dozzi Brucki / Department of Neurology, Hospital das Clinicas
HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Carlos
Alberto Buchpiguel / Department of Radiology and Oncology, Hospital das Clinicas HCFMUSP,
Faculdade de Medicina, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Ricardo Nitrini /
Department of Neurology, Hospital das Clinicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina,
Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Camila de Godoi Carneiro / Department of
Radiology and Oncology, Hospital das Clinicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade
de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, BR.; Artur Martins Coutinho / Department of Radiology and
Oncology, Hospital das Clinicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade de Sao Paulo,
Sao Paulo, SP, BR.;
Resumo: Introdução: Diversos estudos epidemiológicos vêm demonstrando que indivíduos
com declínio subjetivo experimentam maior risco de progressão para demência pela doença
de Alzheimer. Adicionalmente, há evidências de maior prevalência de biomarcadores positivos
para amiloidose e neurodegeneração. Por outro lado, há o grupo de idosos denominados
como “superidosos” ou “SuperAgers”, que se constituem de octa e nonagenários cujo
desempenho em testes de memória iguala-se a de indivíduos 20 a 30 anos mais jovens.
Objetivos: Analisar e comparar a presença de biomarcadores da doença de Alzheimer em uma
coorte de idosos normais, com declínio cognitivo subjetivo (DCS) e com desempenho cognitivo
excepcional (superidosos ou SI). Métodos: O DCS foi definido a partir do questionamento se o
sujeito sente que sua memória está piorando. Já o grupo SI foi definido como sujeitos com 80
anos ou mais cujo resultado da evocação tardia do Teste de Aprendizado Auditivo Verbal de
Rey (RAVLT) apresentasse-se acima do valor normativo para indivíduos de 50-60 anos. Eles
foram avaliados com a escala Miniexame do Estado Mental, Montreal Cognitive Assessment
(MoCA), Bateria Breve de Rastreio Cognitivo e uma bateria neuropsicológica padrão. Imagens
de 11C-PIB e 18F-FDG foram adquiridas em um equipamento híbrido PET / RM e analisadas
individualmente usando imagens transversais e com metodologia 3D-SSP. Para a comparação
entre grupos, usamos o software SPM. Resultados: Oitenta e nove idosos foram incluídos,
sendo 25 controles, 49 DCS e quinze SI. Para toda a amostra, a média de idade e escolaridade
foi de 75,1 ( 8,3) e 14,2 ( 4,4) anos, respectivamente. O grupo DCS teve mais ansiedade e
sintomas depressivos. Não houve diferenças significativas nos testes cognitivos entre DCS e
controles, mas o grupo SI apresentou melhor desempenho nos testes de memória, habilidades
visuoespaciais e funções executivas. O grupo DCS não apresentou diferenças significativas na
deposição de Aβ quando comparada com aos controles (11/42 vs. 4/17, respectivamente).
Cinco dos doze SA apresentaram amilóide positivo em análise visual. Na comparação do grupo,
corrigida por idade e escolaridade, os SI apresentaram maior metabolismo no córtex frontal e
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cíngulo anterior em relação aos controles. Conclusão: DCS e controles foram grupos
semelhantes. Houve maior prevalência de amilóides cortical entre SI em relação aos demais
grupos, porém os SI apresentaram maior metabolismo glicolítico em regiões corticais
anteriores.
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81610 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: SÍNDROME CORTICOBASAL - RELATO DE CASO
Autores: Anna Carolina Augusto Peres da Silva / Proter - Projeto Terceira Idade, do Instituto de
Psiquiatria da FMUSP; Fábio Henrique de Gobbi Porto / Proter - Projeto Terceira Idade, do
Instituto de Psiquiatria da FMUSP; Rita Cecília Reis Ferreira / Proter - Projeto Terceira Idade, do
Instituto de Psiquiatria da FMUSP; Tibor Rilho Perroco / Proter - Projeto Terceira Idade, do
Instituto de Psiquiatria da FMUSP; Camila Muniz de Souza Pedro / Proter - Projeto Terceira
Idade, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP; Tiago Tursi Ribeiro / Proter - Projeto Terceira
Idade, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP;
Resumo: Síndrome corticobasal, descrita pela primeira vez em 1967, caracteriza-se por um
conjunto de sintomas clínicos esporádicos, resultantes de diversas entidades patológicas.
Apesar de diversos fenótipos possíveis, didaticamente observamos três aspectos básicos:
demência progressiva, parkinsonismo e apraxia. Inicialmente dita como uma patologia do
movimento (dentro das síndromes parkinsonianas atípicas), atualmente sabemos que alguns
casos podem se iniciar com alterações comportamentais e cognitivas, ou mesmo não
evoluirem com sintomas motores. O diagnóstico histológico é possível apenas pós mortem,
sendo que a Degeneração cortico basal é encontrada em 50% dos casos, e os demais casos
podem ser devido a outras taupatias (como paralisia supranuclear progressiva) e, também à
doença de Alzheimer. Os exames de imagem cerebral são importantes no auxílio diagnóstico,
onde encontramos: Na ressonância nuclear cerebral - atrofia cortical parietofrontal
assimétrico; PET encéfalo - hipoperfusão cortical e subcortical contralateral assimétrica.
Descrevemos o relato de caso de um senhor (S.G.), de 87 anos, paciente no ambulatório de
psiquiatria geriátrica do Instituto de Psiquiatria do PROTER - FMUSP. Paciente com diagnóstico
de depressão grave, que evolui ao longo dos meses de acompanhamento ambulatorial com
sintomas parkinsonianos atípicos - lentificação motora e mental, desequilíbrio, tremor em
hemicorpo direito em repouso; além de mioclonias e apraxia ideomotora. Feito diagnóstico
clínico provável de síndrome corticobasal, realizado RNM encéfalo e PET encéfalo, com
evidência das alterações típicas da síndrome, fechando o diagnóstico.
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88607 - NEUROLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA HIPERGLICEMIA NA FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA DE
ALZHEIMER
Autores: Barbara Serrano da Silva / Faculdade de Medicina Santo Amaro; Fabiana Damiani
Korsakoff / Fauculdade de Medicina Santo Amaro; Aline Nielsen Braga / Fauculdade de
Medicina Santo Amaro; Rodrigo Rizek Schultz / Fauculdade de Medicina Santo Amaro;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é a doença degenerativa mais comum do
sistema nervoso, caracterizada por placas difusas e neuríticas em função do depósito beta
amiloide extracelular, e emaranhados neurofibrilares, constituídos pelo acúmulo intracelular
de proteína tau hiperfosforilada. Há alguns fatores de risco com destaque maior como
desencadeantes ou facilitadores da doença, como a diabetes tipo 2, associada a um aumento
substancial de risco para a DA. No Brasil, no ano de 2015, havia 14,3 milhões de brasileiros
com o diagnóstico de diabetes, estimando-se que esse valor irá aumentar para 23,3 milhões no
ano de 2040. Objetivo: Através de revisão literária e análise crítica do material obtido, o
estudo tem o objetivo de descrever como a fisiopatologia da diabetes estaria ligada aos fatores
de risco para desenvolvimento de DA, além de discutir formas de prevenção da DA no Brasil.
Método: Este estudo foi elaborado a partir de uma revisão de literatura acerca do tema nas
bases de dados do pubmed utilizando-se de 23 artigos do período de 2015 a 2019. Os
descritores utilizados foram diabetes mellitus, doença de Alzheimer, demência, hiperglicemia,
relação da diabetes com acúmulo de beta amiloide. Resultados: Foram levantados artigos de
metanálise, estudos de coorte e de revisão literária. Identificou-se que níveis mais elevados de
glicose foram associados a um risco aumentado de demência em populações com e sem
diabetes, sugerindo efeitos deletérios da glicose sobre o envelhecimento do cérebro. Estudos
com ratos e camundongos cronicamente alimentados com dietas ricas em gordura detectaram
níveis significativamente aumentados de ceramida em soros, fígados e cérebros em conjunto
com esteato-hepatite e resistência insulínica com neurodegeneração. Conclusão: A diabetes
constitui um fator de risco elevado no desenvolvimento de demências, como a DA, porém com
mecanismos ainda incertos. Portanto, seguir com estudos a respeito de sua fisiopatologia
relacionando-a com a DA é fundamental, e atuar proporcionando um maior controle da
hiperglicemia desde o início combatendo-se diversas comorbidades, na tentativa de prevenir a
evolução dos estágios da DA. Finalmente, desta forma contribui-se para chamar a atenção da
alarmante questão de saúde pública presente no Brasil, que irá tomar dimensões maiores com
o envelhecimento da população. Sendo assim, medidas específicas devem ser introduzidas o
quanto antes.
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88467 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ESPAÇO VIVA SEGURO: UTILIZAÇÃO DE UM AMBIENTE SIMULADO PARA A
REINTEGRAÇÃO DO IDOSO INTERNADO ÀS SUAS ATIVIDADES COTIDIANAS
Autores: Thalita Serafim Guerreiro de Castro / Hospital Nove de Julho; Rodrigo da Silva Lopes /
Hospital Nove de Julho;
Resumo: No Brasil, nas últimas décadas, nos deparamos com taxas de fecundidade e
mortalidade diminuídas, associada a expectativa de vida elevada transformando
aceleradamente o cenário demográfico. A população idosa tem projeção de aumentar em 160
% até 2060. A partir de 2020 teremos pela primeira vez na história o número de pessoas com
mais de 60 anos maior que o de crianças até cinco anos. Vida ativa, independência intelectual,
estilos de vida com formato social diferentes de uma família tradicional trazem a necessidade
de promovermos a independência do idoso (sempre respeitando suas limitações), quando essa
se torna prejudicada devido a fatores intrínsecos ou extrínsecos. Na internação, mais do que
promover um tratamento físico, temos o desafio de transformar o paciente em detentor do
seu próprio cuidado ou instrumentalizar o cuidador e familiar para este processo seguro em
casa. Um desfecho clínico de sucesso compreende a continuidade do cuidado em casa sem
reinternações frequentes. Pensando em todos estes fatores, idealizou-se um espaço intitulado
“Espaço Viva Seguro” cujo objetivo é reintegrar idosos internados às atividades cotidianas para
minimizar riscos após a alta, demonstrando de maneira imersiva e o mais próximo possível da
realidade. Trata-se da simulação de uma casa dentro do hospital, com quarto, sala, cozinha e
banheiro onde são realizadas as atividades de reabilitação para o paciente idoso ainda durante
sua internação preparando para alta. A proposta é demonstrar na prática como a casa deve ser
para a segurança dos idosos. Os profissionais assistentes tem a possibilidade de trabalhar com
o paciente os obstáculos que poderão ser encontrados em sua volta para casa após a alta,
tornando sua recuperação mais segura e efetiva.
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88595 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: “PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE CUIDADORES DA ABRAZ REGIONAL RIO DE JANEIRO
E A IMPORTÂNCIA SOCIAL DO CURSO
Autores: Yolanda Eliza Moreira Boechat / Universidade Federal Fluminense; Alba Maria da
Silva / ABRAz RJ; Aparecida Kazue Esaki / ABRAz-RJ; Clemente Augusto Alves / ABRAz-RJ; Eliana
Faria / ABRAz-RJ; Tamiris Nasser / Universidade Federal Fluminense; Tayssa Boechat Moreira /
Universidade Federal Fluminense; Vilma Duarte Camara / Universidade Federal Fluminense;
Resumo: Introdução: O presente trabalho trata-se de um estudo transversal, descritivo, que
visa descrever o perfil dos alunos de um Curso de Cuidadores de uma regional da ABRAz .
Objetivo: Identificar e descrever o perfil sócio-cultural dos alunos de uma regional da ABRAz.
Buscar extrapolar através do perfil encontrado a importância do curso no cuidado ao paciente
com demência. Metologia: Foi realizado um levantamento dos dados cadastrais dos alunos do
de um Curso de Cuidadores de uma regional da ABRAz realizado em parceria com uma
Universidade Federal, no período de abril de 2013 a julho de 2019, com apoio de voluntários
da desta regional da ABRAz e/ou do Serviço de Geriatria ligado ao Hospital Universtário e a
Faculdade de Medicina desta universidade. Resultados: A faixa etária de maior concentração
de alunos estava entre 40 e 59 anos de idade (74% sendo 37% de 40 a 49 anos e 37% de 50 a
59 anos); Analisando a distribuição dos alunos por ano, observou-se que a demanda pelo curso
aumentou a partir de 2017. A grande maioria dos alunos tinham um ótimo grau de
escolaridade (65% - 2º grau completo) sendo 28,6% deles já cuidadores, em busca de
instruções, ao ingressar no curso.Conclusão: O aumento da demanda a partir de 2017 e o alto
grau de escolaridade dos alunos sugere que a maior divulgação da demência nas mídias
sociais, assim como, o aumento do número de casos induziram mais pessoas a buscarem
informação e/ou formação, apontando o interesse, também, pela profissionalização. Isto
revela a necessidade e a importância social do Curso de Cuidadores na qualificação do cuidado
ao paciente com demência, assim como, na formação profissional do cuidador, dando maior
segurança ao seu papel.
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88606 - PSICOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: COGNITIVE TRAINING IN PARKINSON‘S DISEASE: EXPERIENCE IN A REHABILITATION
HOSPITAL
Autores: Nariana Mattos Figueiredo Sousa / Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação e
Doutoranda - Departamento de Neurologia (USP); Ana Cristina da Mata Neri / Rede SARAH de
Hospitais de Reabilitação; Ivar Viana Brandi / Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação; Sônia
Maria Dozzi Brucki / Universidade de São Paulo;
Resumo: Background: Parkinson‘s disease (PD) is a common neurodegenerative disorder,
characterized by motor and non-motor symptoms. Among the non-motor features PD,
cognitive impairment is one of the most troublesome problems. PD patients have a high risk of
developing mild cognitive impairment (MCI) and this is a predictor of dementia and worse
disease course. Pharmacological treatments, specifically for MCI, are lacking, and alternative
approaches have recently been implemented, including cognitive rehabilitation. Advances in
this area depend on selection of patients with a homogeneous cognitive phenotype as well as
definition of appropriate timing of intervention. Objective: To determine the impact of
cognitive training (CT) on cognitive and quality of life measures in patients with PD. Method:
Longitudinal and uncontrolled study. Intervention group, with up to 6 patients, previously
evaluated, in eight structured sessions, over 4 weeks, and standardized mediation. Before and
after the intervention, the questionnaire of quality of life (Parkinson‘s Disease Questionnaire-
PDQ-39), Addenbrooke’s Cognitive Examination III (ACE-III) and executive function tests (Digit
Span and Trail Making Test-TMT, A and B) were applied. Inclusion criteria: Hoehn and Yahr
stage (H&Y) until III score; scores in the Beck Depression and Anxiety Inventories, with minimal
and mild intensity (BDI ≤16 and BAI ≤15), have been not engaged in cognitive training
protocols within the year before the enrollment. Results: Twenty-five patients with PD-MCI (22
men), according to the Movement Disorder Society criteria were recruited. All patients
received stable therapy throughout the duration of the study. The mean age of the patients
64.4 years (max= 75, min= 52), mean schooling of 13.7 years, 6.5 years of disease progression,
H-Y stage I in 48%, II in 40% and III in 12%. The patients submitted to the program had
significant improvement in the ACE-III scores (mainly in attention, language and visuospatial
aspects). Conclusion: This study shows the benefits of cognitive rehabilitation strategies were
observed in patients with MCI in PD, with cognitive improvement and quality of life.
Engagement in cognitive activities is associated with better cognitive abilities in PD,
independent of education, age and duration of disease. It is an ongoing study with some
methodological adaptations, such as randomization and control group, in order to increase the
efficacy of these findings.
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88437 - PSICOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: MEMÓRIAS PRESERVADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER E OUTRAS DEMÊNCIAS
Autores: Rita Miranda / Autônomo;
Resumo: Muito se fala da perda de memória e os prejuízos na doença de Alzheimer de fato
isso está correto e é o que acontece em sua evolução, mas é possível através de estímulos
observarmos o que está preservado em sua memória e estimular o comportamento do idoso.
Alzheimer é uma doença que as memórias adquiridas ao longo da vida ficam esquecidas e
algumas vezes confusas, inibindo assim o funcionamento das funções executivas e
armazenamento da memória. Conhecer as fases da doença pode auxiliar nas atividades diárias
do idoso. A memória preservada tem livre ação no pensar é a capacidade de manter ativas as
funções cerebrais, já os esquecimentos constantes comprometem algumas funções cerebrais
como a linguagem e a atenção cognitiva. As memórias são diálogos construídos para facilitar a
interação humana, a linguagem, movimentos e sensações organiza todos os entendimentos
que o idoso precisa para viver socialmente. Na fase inicial muitas são as memórias
preservadas, os comportamentos confusos são sintomas que podem caracterizar a DA, que se
assemelham com esquecimento considerado natural, as memórias estão mantidas ativas e os
esquecimentos não são levados consideração, a falta de atenção faz com que o cérebro não
registre as atividades diárias, tornando repetitivo sem se dar conta, não há retorno em suas
lembranças, mas podendo estar preservada a linguagem e a capacidade cognitiva em
responder questões aprendidas com respostas assertivas sem prejuízo, recordações e historias
vivenciada são relatadas na integra, podendo apresentar certa lentidão do pensar, em algumas
vezes o processamento do raciono precisa se de auxilio, para resgatar alguma informação. A
atenção é a ação fundamental, podendo orientar e direcionar os pensamentos atrelados no
ato que auxilia no comportamento desejado e positivo. É possível identificar memórias
preservadas, também na fase moderada, a música auxilia no dialogo que possa construir a
interação com o meio e suas recordações. Na fase severa o toque pode ser considerado
interação prazerosa, que ao ser vivenciado acalma o idoso, sendo assim a expressão
respondida com o olhar e satisfação. Muitas serão as memórias preservadas a serem
reconhecidas por quem cuida e estimula as memórias do idoso com DA em todas as fases, ao
preserva-las melhor será a qualidade de vida e mais lento será a evolução da doença, recursos
lúdicos na relação auxilia juntamente com todo tratamento. Vivenciar as memórias
preservadas mesmo que seja sempre a primeira vez
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88584 - PSICOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: TREINO DE MEMÓRIA OPERACIONAL PARA IDOSOS: FORMATO INDIVIDUAL VERSUS
GRUPO
Autores: Paula Schimidt Brum / USP; Erika Borella / Università degli Studi di Padova; Barbara
Carretti / Università degli Studi di Padova; Mônica Sanches Yassuda / USP;
Resumo: O treinamento da memória operacional (MO) mostrou aumentar o desempenho dos
participantes em tarefas MO e em outras habilidades cognitivas, mas não há estudo
comparando diretamente o impacto do formato de treinamento (individual vs. grupo) usando
o mesmo protocolo. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar a eficácia do treino
idealizado por Borella et al. (2010) de três sessões de treinamento de MO verbal oferecido em
dois formatos diferentes nas tarefas alvo e de transferência. Este estudo foi realizado em duas
ondas. Na primeira onda, os participantes foram randomizados em treinamento individual (n =
11) e controle individual (n = 15). Na segunda onda, os participantes foram randomizados em
treinamento em grupo (n = 16) e controle em grupo (n = 17). O treinamento consistiu de três
sessões de exercícios de MO e os participantes da condição de controle ativo responderam
questionários durante o mesmo tempo que as sessões aconteciam no treino. Houve melhora
significativa nos grupos que realizaram treino tanto a curto prazo quanto a longo prazo para a
tarefa-alvo, outras tarefas do MO, velocidade de processamento e funções executivas. Os
resultados da ANOVA mostraram que os ganhos de treinamento não dependem do formato de
treinamento em MO. No entanto, as análises do tamanho do efeito sugerem que esta
intervenção pode ser mais eficaz, a curto e a longo prazo, quando fornecida individualmente.
Para concluir, este estudo mostrou que fornecer esse treinamento coletiva ou individualmente
não altera os benefícios do treinamento, o que aumenta as possibilidades de seu uso em
diferentes contextos.
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88151 - PSICOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: UM CÉREBRO QUE APRENDE A PARTIR DA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA: UMA
ABORDAGEM PSICOPEDAGÓGICA
Autores: Jojemima Mesquita / Espaço de Aprendizagem Psicopedagógico;
Resumo: Compreendendo que o cérebro necessita ser estimulado para o seu próprio
funcionamento e que as alterações da perda da memória derivam de uma série de fatores. O
trabalho aqui expresso tem como objetivo ativar o funcionamento do cérebro a partir de um
diálogo da psicopedagogia com o Alzheimer. A psicopedagogia se desenvolve em um cenário
onde a aprendizagem se materializa pelo desejo de querer conhecer e aprender em todas as
fases da vida, enfatizando a afetividade e a cognição como elementos essenciais para o
processo do aprender. Nessa perspectiva, a produção deste trabalho, vivenciado no espaço de
aprendizagem psicopedagógico, resulta da pesquisa e da intervenção psicopedagógica com
foco na estimulação cognitiva, como contribuição para ativar a memória e o desejo de
aprender de um cérebro com Alzheimer. Nesse campo da estimulação cognitiva é importante
ressaltar que a afetividade é o elemento de estruturação para o acolhimento do sujeito
aprendente, além de promover o funcionamento de um sistema emocional saudável na
recepção e realização das atividades. Considerando os resultados alcançados, observou-se que
durante o processo de vivência das intervenções com o recurso da estimulação cognitiva, as
pessoas com Alzheimer apresentaram um melhor funcionamento da arquitetura cerebral,
principalmente no que se refere à produção da atenção, a evocação e criação de novas
memórias, potencializando o exercício da autonomia diante das situações de atividades
diárias, revelando, ainda, um desejo de vida e da materialização da aprendizagem.
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88473 - PSICOLOGIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: “QUEM CUIDA DE QUEM CUIDA?”: POSSIBILIDADES E ENCONTROS EM UM GRUPO DE
CUIDADORES FAMILIARES E IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER.
Autores: Corina Lopes Ribeiro / Secretaria de Saúde de Santos; Eliana Bruno Ferreira de
Almeida / Universidade Católica de Santos; Agnes Batista Lima Silva / Universidade Católica de
Santos; Rafael Carvalho Matias / Universidade Católica de Santos;
Resumo: O grupo “Quem cuida de quem cuida?” é produto da dissertação de mestrado,
intitulada “Cuidadores familiares de idosos com síndromes demenciais: narrativas sobre o
cuidado” que buscou compreender o significado do cuidado, identificando as dificuldades e
potencialidades da relação entre os cuidadores familiares e os idosos. Constatou-se que a
assistência dada reduzia-se às consultas médicas e avaliação neuropsicológica. Nesta
perspectiva, a rede de cuidado necessária precisava ser ampliada, possibilitando o
atendimento integral do idoso e da família. Com o início do grupo em outubro de 2018,
cuidadores perguntaram se o familiar poderia acompanhá-lo por não haver outro cuidador na
sua ausência. Essa nova demanda modificou a proposta inicial e, a partir da atuação dos
estagiários de Psicologia, determinou-se a condução, concomitantemente, de dois grupos: 1.
Cuidadores familiares; 2. Idosos com doença de Alzheimer e outras demências (grau leve e
moderado). Os objetivos dos grupos foram: propiciar espaço de acolhimento e apoio para os
cuidadores familiares, desenvolver intervenções de reminiscência com os idosos e promover a
integração entre os cuidadores e os idosos. Trata-se de um grupo aberto, sem inscrição prévia,
com no máximo 15 participantes. Os encontros são realizados semanalmente com duração de
1 hora e 30 minutos. A condução é realizada pela psicóloga e estagiários de Psicologia na
perspectiva fenomenológica. O público-alvo são os cuidadores familiares e os idosos com
doença de Alzheimer e outras demências, atendidos na rede pública de saúde de um município
do litoral de São Paulo. Ao final de cada encontro, os grupos reúnem-se para a socialização das
atividades desenvolvidas. No decorrer dos encontros, os cuidadores familiares relatam a
importância do grupo para compartilharem as dificuldades de ser cuidador, sentindo-se
acolhidos e expressando o que sentem. As reflexões são relevantes para o cuidado consigo
mesmo e na jornada de cuidado com o familiar idoso. As atividades propostas pelos estagiários
de Psicologia baseiam-se na terapia de reminiscência com músicas, jogos, fotografias e
sensações que conduzissem à memória autobiográfica. Além da estimulação cognitiva, o
resgate dessas memórias proporciona um espaço privilegiado, um mundo compartilhado entre
os seus participantes ao lançar outro modo de cuidado e coexistência entre os cuidadores
familiares, os idosos e os profissionais de saúde.
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88096 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ANÁLISE DA MORTALIDADE POR LESÕES AUTOPROVOCADAS INTENCIONALMENTE EM
IDOSOS NOTIFICADAS EM RORAIMA DE 2012 A 2017
Autores: João Pedro Soares de Macedo / Universidade Federal de Roraima; Thalia Inácia
Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: A lesão autoprovocada intencionalmente é compreendida por lesões ou
envenenamento autoinfligido propositalmente e as tentativas de suicídio. Nesse sentido, as
mortes, as sequelas das tentativas, o acometimento físico e emocional e as ideações são
importantes impactos do espectro do suicídio para a saúde do idoso. Entre esse grupo etário,
muitas vezes isolado pela sociedade e que encontra-se em franca expansão no Brasil, os dados
sobre eventos suicidas permanecem ainda relativamente escassos. Sabe-se, entretanto, que
há uma estreita correlação entre ideações, tentativas e suicídios consumados entre idosos,
segundo a Sociedade Americana de Suicidologia, o que agrava o problema. Em Roraima, um
dos cinco estados brasileiros com maiores índices de suicídio, é importante investigar a
situação, para que se crie uma prevenção eficiente de fato. Objetivo: Analisar a mortalidade
decorrente de lesões autoprovocadas intencionalmente em idosos notificadas em Roraima, no
período de 2012 a 2017. Metodologia: Foi realizado estudo transversal, do tipo descritivo, da
mortalidade em idosos (60 anos ou mais) decorrente de lesões autoprovocadas
intencionalmente entre 2012 e 2017, no Estado de Roraima. Os dados foram obtidos pelo
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados no portal do Departamento
de Informática do SUS (DATASUS). A pesquisa envolveu sexo, cor/raça, município de residência
e incluiu os códigos de X60 a X84 do CID-10, que compreendem juntos as lesões
autoprovocadas intencionalmente. Resultados: Foram notificados 18 óbitos entre 2012 e 2017
por lesões autoprovocadas intencionalmente entre idosos, sendo 5 em 2012 (27,78%), 2 em
2013 (11,11%), 3 em 2015 (16,67%), 2 em 2016 (11,11%) e 6 em 2017 (33,33%). Quanto ao
sexo, foram notificados óbitos de 12 homens (66,67%) e 6 mulheres (33,33%). A capital Boa
Vista concentrou 13 óbitos (72,22%), seguida de Bonfim, Cantá, Caracaraí, Rorainópolis e São
João da Baliza, todas com um óbito cada (5,56%). Quanto à cor, faleceram 12 pardos (66,67%),
2 pretos (11,11%), 2 indígenas (11,11%), um branco (5,56%) e em um caso foi ignorada a cor
(5,56%). Conclusão: A percepção nos dados aferidos de que as lesões autoprovocadas
vitimaram majoritariamente idosos homens, concentrados na capital e pardos pode nortear a
prevenção ao suicídio. Paralelamente, não percebe-se uma redução gradual no número de
óbitos no período analisado, sugerindo ainda mais a necessidade de ações em favor da
população em risco.
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88101 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ANÁLISE DAS HOSPITALIZAÇÕES DE IDOSOS COM TRANSTORNOS MENTAIS E
COMPORTAMENTAIS EM RORAIMA
Autores: Thalia Inácia Araújo Cardoso / Universidade Federal de Roraima; João Pedro Soares
de Macedo / Universidade Federal de Roraima;
Resumo: Introdução: Os transtornos mentais e comportamentais são de elevada prevalência e
prejudicam a vida diária e o engajamento social, cronificam-se e, quando não tratados,
maximizam a ocorrência de eventos graves com desfechos desfavoráveis. A OMS orienta, para
o enfrentamento dos problemas de saúde mental, o atendimento na atenção primária através
da identificação dos casos e adequado encaminhamento quando necessário. No Brasil, existe
nesse sentido um processo de desinstitucionalização dos pacientes, com a presença de
unidades ambulatoriais substitutivas à internação. Assim, a hospitalização é indicada apenas
em casos graves, dando preferência a hospitais gerais, justificando, portanto, estudos que a
avaliem. Objetivo: Analisar as hospitalizações por transtornos mentais e comportamentais em
idosos no Estado de Roraima, entre 2008 e 2018. Metodologia: Estudo descritivo, transversal,
com base nos dados oficiais do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponibilizados
pelo DATASUS. Houve recorte segundo as variáveis sexo, município de residência, diagnóstico
segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), cor e faixa etária. Resultados:
Foram notificadas 71 internações no período estudado. A maior parcela das pessoas
hospitalizadas foi do sexo masculino (61,97%), com idade entre 60 e 69 anos (74,64%),
residentes na capital do Estado (91,54%) e pardas (67,60%). Os diagnósticos mais frequentes
foram, em ordem: Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (46,47%),
Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool (28,16%) e Transtornos do
humor (afetivos) (15,49%). Conclusão: O sofrimento mental deve ser manejado através da
articulação dos níveis de atenção, objetivando prevenção, diagnóstico precoce, evitando
desfechos ruins ao longevo, sobretudo as incapacidades e mortalidade. Para além disso, é
importante estabelecer associações de causalidade e risco com relação ao perfil
epidemiológico encontrado, para otimizar a suspeição e o cuidado com o idoso com transtorno
mental.
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88628 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: CORRELAÇÃO ENTRE SINTOMAS DEPRESSIVOS E SUICÍDIO PELA ESCALA DE DEPRESSÃO
DE HAMILTON EM PACIENTES PARKINSONIANOS
Autores: Beatriz Valença Andrada / Universidade Católica de Pernambuco; Camilla Teixeira
Machado Rocha / Universidade Católica de Pernambuco; Danielle Leal Sales Martins /
Universidade Católica de Pernambuco; Rafaella Casé Lima / Universidade Católica de
Pernambuco; Mathias Regis Modesto / Universidade Católica de Pernambuco; Manuela
Barbosa Rodrigues de Souza / Universidade Católica de Pernambuco; Danielle Pontes Braga /
Universidade Católica de Pernambuco; Carla Núbia Nunes Borges / Universidade Católica de
Pernambuco;
Resumo: Introdução: Transtornos psiquiátricos como a depressão, são as principais
manifestações não-motoras da Doença de Parkinson, podendo existir uma correlação entre a
gravidade dos transtornos depressivos e o risco de suicídio nestes pacientes. Objetivos:
Correlacionar os transtornos depressivos com o risco de suicídio em pacientes diagnosticados
com Doença de Parkinson. Metodologia: Estudo de corte transversal, com 22 pacientes
diagnosticados com Doença de Parkinson acompanhados no Serviço Pró-Parkinson do Hospital
das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, após concordarem em assinar o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido. A aplicação da Escala de Depressão de Hamilton foi
monitorada por dois entrevistadores. Os dados foram classificados pelo grau dos sintomas
depressivos em, A.sem Depressão (<7 pontos), B.grau leve (7-17), C.grau moderado (18-24) e
D.grau grave (≧25). Avaliou-se o quesito 3 do questionário, que dispõe sobre o suicídio e o
classifica em 0.Ausente, 1.sente que a vida não vale a pena, 2.deseja estar morto ou pensa na
própria morte, 3.ideação suicida e 4.tentativa de suicídio, sendo considerado risco suicida a
partir do estágio 1. Resultados e Discussão: A prevalência de sintomas depressivos foi de 100%
com apenas 22,7% de grau grave. No quesito 3 da Escala, 86,36% optou pelo item 0 e 13,64%
se distribuíram igualmente entre os itens 1,2 e 3 (4,55% em cada item), não havendo relato de
tentativa de suicídio. Nota-se que o risco suicida não é tão fortemente evidente apesar da alta
prevalência de sintomas depressivos nesses pacientes, podendo estar relacionado à baixa
frequência do grau grave desses sintomas. Conclusão: O diagnóstico precoce das
manifestações psiquiátricas na Doença de Parkinson possibilita a proteção do paciente frente
aos riscos que podem oferecê-lo. Portanto, são necessárias mais pesquisas para descrever
profundamente o risco suicida em pacientes parkinsonianos. Palavras-chave: Doença de
Parkinson; Escala de Depressão de Hamilton; Risco Suicida;Transtornos Depressivos
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88417 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: EFEITOS DA ESTREPTOZOTOCINA EM RATOS WISTAR SUBMETIDOS À SEPARAÇÃO
MATERNA
Autores: Catia Melo / UFABC; Mariana Felix Cerqueira Balera / Unifesp / UFABC; Marcela
Bermudez Echeverry / UFABC; Daniel Carneiro Carrettiero / UFABC; Maria Camila Almeida /
UFABC;
Resumo: Introdução: A doença de Alzheimer (DA) é a demência mais prevalente na população
e pode apresentar em seu quadro clínico sintomas de depressão e de ansiedade. Entre os
modelos animais, o uso de estreptozotocina (STZ) intracerebroventricular é uma alternativa
para o estudo de comprometimentos em memória e aprendizado. Por outro lado, a separação
materna (SM) é amplamente usada como uma modelo experimental para o estudo de
depressão e de ansiedade. Objetivos: Avaliar a susceptibilidade de ratos Wistar submetidos à
SM aos efeitos deletérios da STZ. Método: Os filhotes de ratos Wistar foram randomicamente
alocados como tratados (submetidos à SM) ou controle. A SM ocorreu entre os dias pós natal 2
a 14. Após 60 dias do nascimento, os animais foram submetidos aos testes comportamentais
de Labirinto em Cruz Elevado (LCE), Campo Aberto (CA) e Natação Forçada (NF). Próximo ao
dia pós-natal 75, os animais foram submetidos a uma cirurgia estereotáxica com injeção
intracerebroventricular de STZ ou solução tampão. Após o procedimento cirúrgico, os animais
foram submetidos ao experimento Labirinto de Barnes (LB). Resultado: Em LCE os ratos
submetidos à SM permaneceram menor tempo nos braços abertos e realizaram um menor
número de head dipping, quando comparados aos controles. EM CA os ratos SM
permaneceram um tempo maior na periferia do aparato, realizaram menos rearing e mais
grooming em relação aos controles. Em NF os ratos SM tiveram um maior número de
imobilidade e menor número de natação nos dias de treino e de teste. Estes dados em
conjunto caracterizam sintomas análogos à ansiedade e depressão. EM LB os ratos SM
tratados com solução veículo apresentaram menor número de pokes na abertura alvo quando
comparados aos veículos controles. Não observou-se diferença entre os animais SM que
receberam solução tampão e STZ. Conclusão: A SM pode promover déficits cognitivos similares
ou tão relevantes quanto a STZ, mostrando uma relação importante da depressão e da
ansiedade na DA e trazendo novas considerações sobre a causalidade entre essas patologias.
Mais experimentos são necessários bem como as análises morfológicas e moleculares
encefálicas dos grupos.
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88583 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO RELACIONADOS À DEMÊNCIA NA AMÉRICA LATINA:
REVISÃO DE ESCOPO
Autores: Déborah Oliveira / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Fabiana Araújo
Figueiredo da Mata / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Elaine Mateus / Federação
Brasileira das Associações de Alzheimer (FEBRAZ); Cleusa P. Ferri / Universidade Federal de São
Paulo (UNIFESP); Hospital Alemão Oswaldo Cruz;
Resumo: Introdução: Pesquisas mostram que muitas pessoas com demência e seus familiares
sofrem estigma e discriminação. Tais experiências podem afetar o diagnóstico, o acesso a
serviços, a qualidade do cuidado recebido e a qualidade de vida destas pessoas. Objetivo: Esta
revisão de escopo teve por objetivo explorar os estudos sobre estigma e discriminação
vivenciados por pessoas com demência e seus familiares na América Latina. Método: Uma
revisão sistemática foi conduzida de acordo com os passos propostos por O’Malley e Arksey
(2005) e com o modelo PRISMA. Bases eletrônicas de dados em saúde foram consultadas
(PubMed, PsychINFO, Scielo, e Portal Regional da BVS). Estudos utilizando qualquer desenho
metodológico e publicados até junho de 2019, em periódicos revisados por pares, em idiomas
inglês, espanhol ou português, foram elegíveis. A seleção dos estudos e a extração dos dados
foram feitas por duas pesquisadoras de forma independente. Resultados: Dos 7,099 estudos
identificados, somente três foram selecionados. Um estudo foi conduzido no Brasil e dois na
Argentina. Um estudo psicométrico que validou um instrumento de avaliação de atitudes em
relação à demência mostrou que maiores níveis educacionais e contato prévio com pessoas
com demência foram associados a melhores atitudes em relação à demência. Outro estudo
avaliando os efeitos de diferentes mensagens midiáticas ao significado atribuído à demência
mostrou que as atitudes foram significativamente mais positivas após os indivíduos serem
expostos a discursos com características de ‘união entre corpo e mente’, enquanto o discurso
de ‘dualismo entre corpo e mente’ provocou tristeza e raiva. Um estudo transversal mostrou
que mais de 35% da amostra expressou idéias estereotipadas, preconceito ou discriminação, e
que mais de 14% da amostra expressou as três idéias. Aqueles com baixos níveis educacionais
tiveram 2.3 mais chances de expressarem estigma. Conclusão: Muito poucos estudos sobre
estigma e discriminação em relação à demência foram conduzidos na América Latina. Baixos
níveis educacionais e falta de contato com pessoas com demência podem estar relacionados a
visões mais estigmatizadas, e a promoção de uma visão ‘unificada’ entre corpo e mente em
campanhas de conscientização pode estimular visões positivas sobre a demência. Mais estudos
precisam ser conduzidos na América Latina para estabelecer os fatores relacionados ao
estigma, bem como suas consequências para pessoas com demência e seus familiares.
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88636 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: O PAPEL DA FRAGILIDADE NA ASSOCIAÇÃO DA DEPRESSÃO COM A MULTIMORBIDADE:
RESULTADOS DE UM ESTUDO TRANSVERSAL A PARTIR DE UMA COORTE PROSPECTIVA
Autores: Marcus Kiiti Borges / Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP); Alaise Silva Santos de Siqueira / Instituto de Psiquiatria
(IPq) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Marina Maria Biella /
Instituto Central, Hospital das Clínicas (ICHC), Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (FMUSP); Richard C Oude Voshaar / University Center for Psychiatry (UCP), University
Medical Center Groningen (UMCG); Ivan Aprahamian / Instituto Central, Hospital das Clínicas
(ICHC), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Faculdade de
Medicina de Jundiaí (FMJ);
Resumo: Introdução: O triângulo de interações entre depressão maior (DM), fragilidade e
multimorbidade em idosos permanece controverso. Também não está claro se a DM é uma
causa, comorbidade ou consequência da fragilidade, ou vice-versa. Semelhante a estes
achados, um estudo sugeriu uma potencial associação bidirecional entre DM e multimorbidade
nos idosos. Objetivos: Neste estudo, objetivamos explorar: (a) o efeito indireto da DM na
fragilidade; (b) o efeito indireto da fragilidade na multimorbidade; (c) efeito mediador da
fragilidade na relação entre DM e multimorbidade; e (c’) o efeito direto da DM como fator
preditor de multimorbidade numa amostra de idosos atendidos no ambulatório de Geriatria
de um hospital universitário. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 315 idosos. Os
participantes foram selecionados de um estudo de coorte em andamento - GIMMA (Group of
Investigation of Multimorbidity and Mental Health in Aging). A amostra foi estratificada em
três grupos: (1) grupo incluindo 63 idosos com DM; (2) 86 com depressão “subsindrômica”
(DSS) e (3) 166 sem sintomas depressivos clinicamente significativos denominado "grupo
controle". A presença de sintomas depressivos foi confirmada pelas escalas GDS-15 ≥ 6 e PHQ-
9 > 4. Transtornos depressivos foram avaliados de acordo com os critérios do DSM-5.
Fragilidade foi detectada pela FRAIL-BR (> 3) e pelo Índice de Fragilidade (IF) > 0,25. A
multimorbidade foi definida quando mais de duas doenças foram relatadas durante a
entrevista. As correlações entre essas variáveis de interesse foram analisadas pelo coeficiente
de correlação de Pearson. Valores de P < 0,05 foram considerados estatisticamente
significativos. Resultados: Ambos os efeitos indiretos (ab) e direto (c‘) mostraram diferenças
estatisticamente significativas nos diferentes grupos. (P < 0.05) Muitos idosos frágeis
apresentaram multimorbidade, mostrando uma correlação moderada para forte (b = 0,60
versus 0,62 versus 0,72). Além disso, houve uma interação significativa da fragilidade na
associação entre depressão e multimorbidade no grupo DM (c = 0,57) comparado com os
outros grupos DSS e Controle, respectivamente (c = 0,19 e c = - 0,06) (P < 0.001). Conclusão:
Portanto, este estudo sugere um potencial efeito mediador da fragilidade na associação entre
a DM e a multimorbidade. Isto implica que a associação entre DM e multimorbidade possa ser
diferente em idosos frágeis versus idosos não frágéis atendidos em ambulatórios
especializados.
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88635 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERFIL BRASILEIRO DOS ÓBITOS POR SUICÍDIO EM IDOSOS DE 2013 A 2017
Autores: Rômulo Kunrath Pinto Silva / UFPB; Luiz Felipe Diniz Cavalcanti / UFPB; Ana Helena
Cavalcanti Silva / UFPB; Breno Guedes de Melo / UFPB;
Resumo: INTRODUÇÃO: A transição demográfica, com consequente envelhecimento
populacional, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, ganha importância e reflete na
qualidade de vida relacionada à saúde. No tocante ao aspecto psíquico, o envelhecer é
acompanhado de situações conflitantes, com potencial para gerar quadros ansiosos e
depressivos, que podem culminar, inclusive, em pensamentos e atos suicidas. Nesse
panorama, na faixa etária geriátrica, o suicídio se relaciona ao contexto biopsicossocial e inclui
fatores de risco, como: doenças incapacitantes, conflitos familiares e rede de apoio frágil. Além
disso, difere das demais idades por apresentar: sinais menos evidentes, atos mais letais e
maior planejamento. OBJETIVO: Analisar perfil epidemiológico dos óbitos por suicídio em
idosos no Brasil ocorridos durante o intervalo de anos entre 2013 e 2017. MÉTODO: Trata-se
de um estudo ecológico, observacional e descritivo, com base em dados do DATASUS
compilados no Excel. Analisaram-se os óbitos por lesões autoprovocadas voluntariamente, no
período entre 2013 e 2017, em indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos a partir dos
seguintes critérios: sexo, cor da pele, estado civil e causa de morte. RESULTADOS: Entre 2013 e
2017, na população com idade igual ou superior a 60 anos, os óbitos por lesões
autoprovocadas voluntariamente representaram 6,4% das mortes por causas externas,
havendo predominância acentuada no sexo masculino (80,5%), em comparação com o sexo
feminino (19,5%). Com relação à cor da pele, 62,6% dos suicídios ocorreram em brancos,
enquanto cerca de 29,9% em pardos e 3,7% em pretos. Ademais, tal acontecimento, foi mais
comum em indivíduos casados (48,3%), do que em viúvos (16,6%), solteiros (15,2%) e
separados judicialmente (9,8%). Quanto ao meios utilizados, destacaram-se, em termos de
prevalência, os óbitos por enforcamento, estrangulação e sufocação (65,4%), seguidos pelos
provenientes de disparo por arma de fogo (10,8%), precipitação de um lugar elevado (4,4%) e
autointoxicação com pesticidas (4,2%). CONCLUSÃO: O suicídio é, atualmente, uma causa de
morte significativa na população geriátrica brasileira. Nessa faixa etária, destaca-se a
predominância de morte por lesões autoprovocadas voluntariamente em pessoas do sexo
masculino, brancas e casadas, sendo o enforcamento, a estrangulação e a sufocação os meios
mais utilizados.
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88639 - PSIQUIATRIA
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS MENTAIS E
COMPORTAMENTAIS DEVIDO AO USO DE ÁLCOOL EM IDOSOS NO BRASIL NO PERÍODO DE
2014 A 2018
Autores: Rômulo Kunrath Pinto Silva / UFPB; Luiz Felipe Diniz Cavalcanti / UFPB; Ana Helena
Cavalcanti Silva / UFPB; Breno Guedes de Melo / UFPB;
Resumo: INTRODUÇÃO: O álcool é uma droga lícita com uso amplamente difundido. O uso
indiscriminado gera impactos na saúde física e mental do indivíduo. No aspecto psíquico, a
droga pode influenciar de modo agudo e/ou crônico, podendo ser necessário internações, que
indicam estágios mais graves de sua utilização, remetendo a um comprometimento mais
acentuado da saúde mental. Tal realidade é ainda mais grave em idosos, representando um
sinal de alerta devido a possível presença de comorbidades relacionadas a idade. OBJETIVO:
Analisar o perfil epidemiológico das internações por transtornos mentais e comportamentais
devido ao uso de álcool em idosos no Brasil durante o período de 2014 a 2018. MÉTODO:
Trata-se de um estudo ecológico, observacional e descritivo, com base em dados do DATASUS
compilados no Excel. Foi analisado o perfil das internações por transtornos mentais e
comportamentais decorrentes do uso de álcool em indivíduos com idade igual ou superior a 60
anos, no período de 2014 a 2018. Os seguintes critérios foram analisados: sexo, raça (brancos,
pardos e pretos), caráter do atendimento e taxa internação por região brasileira. Dados sobre
a população de cada região foram obtidos a partir de projeções do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e utilizadas para cálculo da taxa de internação por 100 mil
habitantes de idade igual ou superior a 60 anos. RESULTADO: No período analisado, as
internações foram significativamente mais prevalentes no sexo masculino (90,2%) que no
feminino (9,8%). Aproximadamente metade das internações foram de indivíduos de cor branca
(49,7%), enquanto 21,1% foram de cor parda e 4,9% de cor preta. Com relação ao caráter do
atendimento, as internações de urgência foram significativamente maiores (85,1%) que
eletivas (14,9%). A média de taxa de internações durante o período analisado foi maior na
região Sul (46/100.000 habitantes), seguida por Centro-oeste (18,8/100.000 habitantes),
Sudeste (12,1/100.000 habitantes), Nordeste (8,65/100.000 habitantes) e Norte (2,88/100.000
habitantes). CONCLUSÃO: As internações pelo uso álcool não se limitam aos pacientes mais
jovens, acometendo também idosos. A internações do pacientes idosos por transtornos
mentais e comportamentais devido ao uso de álcool é majoritariamente de urgência,
principalmente em homens e de cor branca. A região Sul apresenta uma taxa
significativamente maior que as outras regiões, sendo importante maior atenção das políticas
públicas de prevenção na região.
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88461 - SERVIÇO SOCIAL
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: EXPERIÊNCIA E GESTÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
RIO GRANDE DO SUL, PARAÍBA E PERNAMBUCO
Autores: Elisângela Maia Pessoa / Unipampa/ UFPB; Ednalva Maciel Neves / UFPB;
Resumo: Dentre as doenças prevalentes no envelhecimento o Alzheimer é apontado como
tendo significância intensa, uma vez que afeta não somente o/a indivíduo mais toda
organização familiar. A pesquisa objetivou analisar como está estruturada a gestão da doença
de Alzheimer a partir de estudo comparativo entre os Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio
Grande do Sul. A pesquisa foi de tipo qualitativa com base na leitura de realidade com suporte
no método dialético crítico, onde os dados foram tratados via análise de conteúdo. Em
2018/2019 foram realizadas entrevistas com 8 gestores ligados a ABRAz, sendo que, a partir do
contato com os grupos de apoio foram entrevistadas 15 famílias na perspectiva de dar
visibilidade à fala dos/as indivíduos que convivem com o/a idoso/a. A partir da fala de
gestores/as e famílias fica evidente que o processo de gestão da doença de Alzheimer
perpassa questões de cunho clínico – a partir das indicações dos/as profissionais que atendem
os/as acometido/as –, renda e escolaridade – que influência no manejo e entendimento da
doença –, acesso a políticas públicas e/ou sociais – determinante na qualidade de vida e apoio
as famílias – e os mais diversos engajamentos – associações, movimentos sociais, ativismo, etc.
–. No que diz respeito a estrutura e funcionamento dos grupos de apoio da ABRAZ percebeu-se
padronização de ações com maior ou menor alcance. Quando trata-se de rede de atendimento
público fica evidente disparidade de acesso conforme prioridades da gestão pública. Conclui-se
de forma pontual, que existe necessidade de estabelecimento de atendimento legal igualitário,
embora exista legislação de atendimento a pessoa idosa e demais pessoas com DA, não
verifica-se homogeneidade no acesso. Fica evidente a importância dos grupos de apoio
enquanto aprendizado, informação, manejo da doença, troca de experiências, relaxamento e
incentivador de ações voltadas a biossociabilidade. Nesse sentido, torna-se mister promover
debates e reflexões quanto à importância da rede de atendimento via políticas públicas para
garantia de suporte necessário as demandas apresentadas, enquanto direito social de
preservação do corpo, portanto da vida. Urge necessidade de valorização dos grupos de apoio
– a exemplo dos formados pela ABRAz – enquanto suporte fundamental as famílias uma vez
que as mesmas indicam os grupos como “divisor de águas” em termos de resistência as
dificuldades que emergem no cotidiano de vivencia com a DA.
Contato autor: [email protected]
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88481 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: A REESTRUTURAÇÃO DO AMBIENTE DE LAR DO IDOSO COM DOENÇA DE ALZHEIMER
Autores: Maria Carolina Dias de Azevedo / PUC-Rio; Vera Damazio / PUC-Rio; Helenice
Charchat / PUC-Rio;
Resumo: Estamos vivendo cada vez mais, mas não necessariamente melhor. Este trabalho
objetiva demonstrar a relevância do ambiente para o bem-estar do idoso portador de DA
através do cruzamento de três eixos: o idoso e sua identidade, a influência da Doença de
Alzheimer no seu cotidiano e a reestruturação ambiental como estratégia compensatória. O
maior fator de risco para a Doença de Alzheimer (DA) é o avanço da idade, que tem por
característica severos declínios da memória, de funções cognitivas e de autonomia para
desempenhar tarefas da vida cotidiana. Dentre as memórias menos comprometidas na DA, e
mais possíveis de serem acessadas, estão as Memórias Sensoriais, que abrangem cheiros,
toque, visão, gosto, música, sons; Memórias de Habilidade: dançar, desenhar, tricotar;
Memórias de Músicas; Memórias de Ambiente, como cores, objetos, texturas, atmosfera,
(ZEISEL, 2009) que estão associadas a um tipo de memória inconsciente, ou implícita.
(WINSON; WILSON; BATEMAN, 2017) A memória implícita é mais dificilmente afetada em
danos cerebrais, portanto, é a que pode ser usada para estabelecer novas rotinas e facilitar o
cumprimento de tarefas do cotidiano, e inclui a memória procedural, para procedimentos
motores, o priming, em que a informação é absorvida sem percepção consciente, o que facilita
a sua fixação após uma segunda exposição a ela, e a memória condicionada, na qual associa-se
uma coisa a outra sem ter consciência desta conexão. (WINSON; WILSON; BATEMAN, 2017) Há
dois tipos de estratégias para memória: as internas, que focam em novas formas de receber e
memorizar a informação recebida, e as externas, em que se usam aparatos que contém a
informação a ser lembrada. (WINSON; WILSON; BATEMAN, 2017) Incluímos o ambiente como
estratégia externa quando o entendemos como espaço no qual acontecem ações sociais e que
abarca seus aspectos materiais e subjetivos (QUADERI, 2017; ZEISEL, 2010). Este trabalho se
situa dentro de um estudo em andamento, e tem o objetivo de apontar a relevância de um
ambiente bem projetado na vivência de um idoso acometido pela DA. A metodologia escolhida
consiste em análise de situações do cotidiano por entrevistas semiestruturadas com
profissionais atuantes na área em conjunto com a revisão sistemática de artigos sob o mesmo
tema. O objetivo principal deste projeto é trazer a percepção de que um ambiente
compreensível para o idoso com DA é essencial em sua rotina de cuidados.
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88463 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: ATIVAMENTE - PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA NO TRABALHO COM IDOSOS
EM SAÚDE MENTAL.
Autores: Michelle dos Santos Campos / HOLISTE PSIQUIATRIA; Raissa Bonfim Silveira / holiste
psiquiatria;
Resumo: 1. Introdução As funções cognitivas, atuando associadas, conferem à pessoa a
capacidade de gerir sua própria vida. O envelhecimento ou presença de transtornos mentais
podem contribuir para o declínio cognitivo. Dessa forma, tornou-se interessante construir e
implantar um programa de estimulação e reabilitação cognitiva para sujeitos idosos, usuários
do serviço de saúde mental, que apresentam alterações no desempenho cognitivo, uma vez
que tais alterações influenciam diretamente na qualidade de vida do sujeito. 2. Objetivo
Contribuir para o envelhecimento saudável e ativo do sujeito através da prevenção e
reabilitação do declínio cognitivo. 3. Método O programa estrutura-se com a análise da
demanda do paciente através de testes de avaliação - que mensuram as capacidades
cognitivas - e entrevistas com o paciente e a família. A partir disso, é construído o
planejamento individual com estratégias orientadas por metas e objetivos a serem alcançados.
A aplicação dos exercícios é subdividida de acordo com os domínios cognitivos e realizada por
profissionais especializados. O programa se estrutura em um período mínimo de quatro
meses. O programa é realizado em nível ambulatorial, domiciliar ou na internação psiquiátrica.
4. Resultados Através das observações feitas pelos profissionais diante do trabalho
desenvolvido com idosos internados, o programa de estimulação cognitiva,atrelado ao
tratamento medicamentoso e outras especialidades,vem apresentando resultados
interessantes. Constata-se o avanço em habilidades de leitura/escrita/raciocínio;evolução do
desempenho, interesse e investimento na execução dos exercícios; aumento da capacidade de
armazenamento das informações; progresso na resolução de problemas; melhor qualidade na
comunicação e interação social, bem como maior disponibilidade nas relações afetivas;
redução da ansiedade provocada por falhas cognitivas decorrentes do envelhecimento;
melhora na autoestima; maior autonomia e independência na realização das atividades de vida
diária;contribuição no entendimento e na adesão dos tratamentos de saúde. 5. Discussão
Pequenas melhorias ou mesmo a estagnação do declínio cognitivo podem ser considerados
ganhos de saúde significativos. As ações desenvolvidas são capazes de criar um ciclo de fatores
e condições favoráveis que potencializam o envelhecimento saudável e ativo. 6. Conclusão A
inclusão das intervenções cognitivas em programas de cuidados dialoga de forma positiva com
a promoção da saúde do idoso.
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88416 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: GESTÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA – DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIAS EM MUTIRÃO
EM AMBULATÓRIO PÚBLICO ESPECIALIZADO EM SAÚDE DA PESSOA IDOSA
Autores: Marcia Maiumi Fukujima / SPDM - AME Idoso Sudeste; Bibiana Marie Semensato
Povinelli / SPDM - AME Idoso Sudeste; Eliana Tiemi Hayama / SPDM - AME Idoso Sudeste;
Eduardo Canteiro Cruz / SPDM - AME Idoso Sudeste; Joana D’arc Ricardo dos Santos / SPDM -
AME Idoso Sudeste; Andréa Aparecida Fonseca Monteiro / SPDM - AME Idoso Sudeste;
Resumo: INTRODUÇÃO. A rede pública de atenção à saúde demanda acesso para diagnóstico e
tratamento especializado de idosos com suspeita de demência, porém a oferta de serviço é
insuficiente. OBJETIVO. Descrever ações do Mutirão de Doença de Alzheimer (DA) para
pacientes da rede pública no nível secundário de atenção. MÉTODO. Foram ofertadas 40 vagas
de Mutirão de DA. Foram aplicados: Bateria de Rastreio Cognitivo Breve, Mini-exame do
Estado Mental e avaliação do domínio funcional (Atividades Básicas de Vida Diária - Katz e
Atividades Instrumentais da Vida Diária – Lawton) pela equipe multiprofissional antes das
consultas médicas neurológica e geriátrica. RESULTADO. Compareceram 26 pacientes, com
idades de 61 a 86 anos, 16 mulheres e 10 homens, 7 analfabetos. Dos 19 alfabetizados a média
de escolaridade foi de 4,8 anos de ensino formal. Resultado da Bateria Cognitiva Breve:
nomeação alterada em 58%, memória imediata em 69%, memória de aprendizado em 42%,
memória tardia e reconhecimento em 38%. Seis pacientes (23%) apresentaram todos os testes
alterados e 20 pelo menos um tipo de memória alterado. Teste de fluência verbal foi anormal
em 7 (78%) analfabetos com média de 7,3 palavras (animais) em 60 segundos (normal ≥9
animais) e em 15 (79%) dos alfabetizados com média de 7,5 palavras (normal ≥13 animais). O
teste do relógio teve pontuação máxima 10 em apenas 1 paciente (4%), 9 em 3 (11%), 8 em 1
paciente (4%) e <8 em 21 pacientes (81%). Mini-mental foi anormal com correção para
escolaridade em 22 pacientes (85%). Escala de Katz mostrou dependência importante em 3
(12%) casos, parcial em 3 (12%) e independência em 20 (77%). Escala de Lawton mostrou 3
(12%) casos completamente dependentes, 1 (4%) dependência grave, 8 (31%) dependência
moderada, 7 (27%) dependência leve e 7 (27%) independência. Diagnóstico de demência foi
constatado em 20 pacientes. Dos 6 (23%) sem critérios diagnóstico de demência, 2 tinham
Parkinson, 2 depressão, 1 sequela de trauma encefálico e 1 nenhum diagnóstico neurológico.
CONCLUSÃO. Planejamento de ações de diagnóstico e tratamento com abordagem
interdisciplinar e integral do cuidado do idoso deve fazer parte das metas e da rotina dos
gestores de saúde. Mutirão de DA foi importante para confirmação do diagnóstico e
diagnósticos diferenciais de demências. Os testes aplicados foram adequados e suficientes
junto com avaliação neurológica e geriátrica. Os principais diagnósticos diferenciais foram
Doença de Parkinson e depressão.
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88414 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: INTERGERACIONALIDADE COMO ESTRATÉGIA EM CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO
SOBRE DOENÇA DE ALZHEIMER EM UMA INSTITUIÇÃO ESPECIALIZADA NO ATENDIMENTO DE
IDOSOS
Autores: Bibiana Marie Semensato Povinelli / SPDM - AME Idoso Sudeste; Eliana Tiemi Hayama
/ SPDM - AME Idoso Sudeste; Eduardo Canteiro Cruz / SPDM - AME Idoso Sudeste; Joana D’arc
Ricardo dos Santos / SPDM - AME Idoso Sudeste; Andréa Aparecida Fonseca Monteiro / SPDM
- AME Idoso Sudeste; Marcia Maiumi Fukujima / SPDM - AME Idoso Sudeste;
Resumo: Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência. Estima-se 47 milhões
de idosos com DA no mundo. O convívio intergeracional pode ser conflituoso devido às
diferenças de entendimento das questões, mas pode também ser cooperativo, quando houver
diálogo. Acredita-se que quebrar barreiras geracionais reduz preconceitos e discriminações
possibilita a construção do senso de coletividade e solidariedade. OBJETIVO: Descrever as
ações da Campanha de Conscientização sobre DA DESENVOLVIMENTO: Escolhemos trabalhar o
tema “Passos para prevenção de demências” usando a intergeracionalidade permeando todas
atividades do dia de abertura da campanha. Compareceram 11 crianças de 8 a 12 anos e 92
idosos. Todos usaram o laço roxo símbolo da campanha. Cada idoso recebeu uma folha com
figura de cérebro com orientações sobre os passos para prevenir demências e nome das 10
atividades, que serviu para controle da participação no circuito: 1. Sensibilização com breve
apresentação e vídeos explicativos e de apelo emocional. 2. Contação de história sobre DA por
crianças com projeção de slides 3. Amigos e companhia. Atividade de musicoterapia
abordando sequências de palavras e sons e brincadeira de roda 4. Prevenção de fatores de
risco cardiovasculares. Jogo de dados no tabuleiro gigante no chão abordando fatores de risco:
hipertensão arterial, obesidade, tabagismo e diabetes. 5. Controle da ansiedade. Atividade
prática de controle da respiração e técnicas de relaxamento para crianças e idosos mediada
por especialista 6. Prática de atividade física. Atividade com bola e orientação sobre atividade
física segura 7. Mente Ativa. Jogos de memória, sequências e cores 8. Dieta para prevenção de
demência. Atividade com alimentos e prato magnético. Orientação sobre alimentos benéficos
para prevenção de demências 9. Bom sono. Orientações sobre higiene do sono em papel com
formato de nuvens penduradas no teto, na altura dos olhos do leitor adulto 10. Comunicação e
audição. Brincadeira “Telefone sem fio” com dicas para melhorar comunicação para idosos e
crianças CONCLUSÃO: Atividade intergeracional atingiu o objetivo de promoção de saúde com
rica troca de experiências entre idosos, crianças e equipe profissional. A assimilação de
conteúdos por idosos, familiares e crianças foi facilitada pelos recursos lúdicos.
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88464 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: NÚCLEO DA TERCEIRA IDADE: ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DO
IDOSOEM SOFRIMENTO MENTAL
Autores: Michelle dos Santos Campos / HOLISTE PSIQUIATRIA; Raissa Bonfim Silveira / holiste
psiquiatria; Andre Gordilho Joaquim de Carvalho / holiste psiquiatria;
Resumo: 1. Introdução Com o aumento da expectativa de vida, doenças neurodegenerativas
(principalmente as demências), transtornos psiquiátricos (leves, moderados e graves) e
patologias clínicas são cada vez mais experienciados pelos idosos no seu processo de
envelhecimento, tornando necessário a implementação de métodos de oferta de cuidado em
saúde mental com estruturas criativas, inovadoras e propostas de ações diferenciadas que
possam proporcionar ao idoso um envelhecimento saudável, uma vez que tais fatores
influenciam diretamente na autonomia e na qualidade de vida do indivíduo. 2. Objetivo
Oferecer estratégias de cuidado em saúde mental ao idoso, tendo como pontos norteadores a
possibilidade da interdisciplinaridade e a especificidade do caso a caso diante do público em
questão. 3. Método A estrutura baseia-se em três eixos: diagnóstico, tratamento e assistência.
O paciente inicialmente é avaliado pelo psicogeriatrae pelo psicólogo que se utilizam de
ferramentas para definir o diagnóstico, levantar riscos e direcionar, em construção com a
equipeinterdisciplinar, o plano terapêutico individual. Durante o processo de tratamento
acontece o monitoramento da evolução e resposta do caso. Em paralelo, a assistência se
dispõe a psicoeducar pacientes, familiares e cuidadores sobre o gerenciamento do
envelhecimento e da doença, promovendo atendimentos individuais e em grupos. A proposta
realiza-se tanto nos modelos ambulatorial, domiciliar, internação psiquiátrica, quanto de
interconsultas. 4. Resultados O trabalho tem obtido maior eficácia no controle da evolução dos
quadros, solidez nas intervenções necessárias ao caso a caso, garantia de adesão ao
tratamento pelo paciente e pela família, evoluções positivas e em menor intervalo de tempo,
bem como a manutenção dos avanços conquistados. 5. Discussão O trabalho em equipe
suscita a criatividade e a construção ativa e continuada frente os casos, fatores essenciais no
tratamento do público idoso que abarca tantas peculiaridades e contingências. 6. Conclusão
Conclui-se que quanto mais o idoso é trabalhado de forma global, onde a análise de cada parte
agrega na comunicação entre elas, mais se alcança níveis satisfatórios de cuidado que
favorecem o envelhecimento saudável e com qualidade de vida, prezando pela autonomia do
paciente.
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88469 - SERVIÇOS PARA IDOSOS
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: O CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA DO PARÁ E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS VOLTADA À PESSOA IDOSA DEMENCIADA EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE NAS
RUAS: UM RELATO DE CASO.
Autores: Walquiria Cristina Batista Alves / Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do
Pará; Alba Lucia Alvares / Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Pará; Marta
Trindade / Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Pará;
Resumo: Tema: O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Pará e as Políticas
Públicas voltada à pessoa idosa demenciada em situação de vulnerabilidade nas ruas: Um
relato de caso. O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Pará , ciente de sua
missão institucional e compromissada com os princípios fundamentais de garantia de acesso
aos direitos humanos da pessoa idosa de forma integral ,especializada e humanizada , vem
participando da luta em defesa dos direitos fundamentais da pessoa idosa , orientando ,
acolhendo situações de pessoas idosas perdidas na rua com demência ou com possível
transtorno mental e encaminhando para os órgãos competentes para providências , no
entanto detectamos a fragilidade do atendimento e a falta de integração entre os serviços
disponíveis , assim como a constatação de inexistência de alguns serviços essenciais para
atender a pessoa idosa com qualidade. Desse modo , desde de novembro de 2016 , O
Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Pará criou o Grupo de trabalho da rede de
atendimento a pessoa idosa no Estado do Pará a fim de implantar um fluxograma de
atendimento a pessoa idosa ,em especial as pessoas idosas com demência ou com possível
transtorno mental . Desse modo, se faz necessário a efetivação do papel dos conselhos em
formular as políticas à Pessoa Idosa ,nesse sentido nossa proposta evidencia a importância da
implantação de uma casa transitória, como Casa de passagem para acolher essa pessoa idosa
perdida na rua ou abandonada pelos familiares em decorrência de suas sintomatologias e com
isso realizar as providências necessárias para que haja um encaminhamento e possível
atendimento do idoso em termos de saúde , fazer a busca ativa de parentes , encaminhar para
o seio familiar ou caso não tenha referência de família encaminhar para instituição de longa
permanência da pessoa idosa.
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86932 - TERAPIA OCUPACIONAL
Modalidade Aprovada: Pôster Impresso
Título: PROGRAMA PERSONALIZADO DE ATIVIDADES (TAP-BR): PROPOSIÇÃO DE UMA VERSÃO
AMBULATORIAL E AVALIAÇÃO DOS SEUS IMPACTOS
Autores: Isabela da Costa Francisco / Universidade Federal de São Paulo campus Baixada
Santista; Gabrielle Christine Pereira / Universidade Federal de São Paulo campus Baixada
Santista; Marcia Maria Pires Camargo Novelli / Universidade Federal de São Paulo campus
Baixada Santista;
Resumo: Introdução: O Programa Personalizado de Atividades (TAP-BR) é um programa de
intervenção em Terapia Ocupacional, que traz resultados promissores na redução dos
sintomas comportamentais e psicológicos na demência (SCPD). Objetivos: Propor uma versão
ambulatorial do TAP-BR, avaliar a aplicabilidade do programa nessa condição e os efeitos do
programa sobre os SCPD e sobre o estado emocional dos cuidadores. Materiais e Métodos: O
TAP-BR foi adaptado para uma versão ambulatorial e aplicado em um estudo piloto (n=4 pares
de idosos e seus cuidadores). A aplicabilidade foi avaliada pela percepção dos terapeutas
ocupacionais e pela percepção dos cuidadores familiares. Para avaliar os SCPD foi utilizado o
Inventário Neuropsiquiátrico (INPI) e para avaliar o estado emocional dos cuidadores foi
utilizada a Escala de Avaliação de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS). Resultados: A partir
do TAP-BR, a versão ambulatorial sofreu as seguintes adaptações: 1. Adequações nos materiais
utilizados no método (Manual Educativo para os Cuidadores, Manual de Intervenção e Pasta
de Documentação); 2. A remoção da sexta sessão (de contato telefônico); 3. Diminuição no
tempo das sessões; 4. A remoção da Avaliação Ambiental. A partir da aplicabilidade, na visão
dos terapeutas ocupacionais, o método se mostrou de fácil aplicação, sendo que alguns pontos
afetam a aplicabilidade do programa: a experiência do terapeuta e o envolvimento do
cuidador nas atividades e na leitura do material educativo. Na perspectiva dos cuidadores o
programa também se mostrou de fácil aplicação, sendo que o item de simplificação das
atividades foi o item de aplicação mais difícil. No pós teste observamos melhora nos SCPD dos
idosos (Cohen’s d= 0,22), na frequência (Cohen’s d= 0,24), intensidade (Cohen’s d= 0,16) e
desgaste (Cohen’s d= 0,27) dos SCPD. Os cuidadores relataram melhorias no seu estado
emocional (Cohen’s d= 0,34), com redução na depressão (Cohen’s d= 0,46), ansiedade
(Cohen’s d= 0,21) e estresse (Cohen’s d= 0,25). Conclusão: O programa adaptado apresentou
efeitos positivos em relação à diminuição dos SCPD, melhoria no estado emocional dos
cuidadores familiares e se mostrou de fácil aplicação.
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