UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS
Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de
Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.
Volta Redonda/RJ
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
MARCELLUS HENRIQUE RODRIGUES BASTOS
Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de
Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Administração do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da
Universidade Federal Fluminense, como requisito para
conclusão do Curso de Mestrado Profissional em
Administração.
Orientadora:Prof.ªDr. CECILIA TOLEDO HERNÁNDEZ
Volta Redonda/RJ
2015
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca do Aterrado de Volta Redonda da UFF
B327 Bastos, Marcellus Henrique Rodrigues
Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de Instituições de
Ensino Superior da cidade de Volta Redonda / Marcellus Henrique
Rodrigues Bastos. – 2015. 126 f.
Orientador: Cecilia Toledo Hernández
Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Instituto de
Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Fluminense, Volta
Redonda, 2015.
1. Empreendedorismo . 2. Ensino de Empreendedorismo. 3. Perfil
Empreendedor. I. Hernández, Cecilia Toledo, orientador. II. Título
CDD 658.421
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
Titulo: Um estudo sobre o perfil empreendedor de estudantes de
Instituições de Ensino Superior da cidade de Volta Redonda.
Autor :Marcellus Henrique Rodrigues Bastos
Apresentação em: 19/ 08 /2015. Nota:
Dedico este trabalho aos meus pais Marcos Luiz
Bastos e Mirce e Fatima Rodrigues Bastos, que são
o motivo de minha vida e força, e a meu tio Pedro
Silva, exemplo de minha vida e inspiração a minha
profissão de professor
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS acima de tudo por ter me dado a oportunidade de estar vivo, lutando por
mais uma estrada, feitas de sorrisos e lágrimas, de compreensão e realizações, e por todos os
desafios que me deu e tem dado a cada instante de minha vida, sem elas estaria sem a fé que
tenho no pai e em mim para vencer as batalhas do dia-a-dia.
Agradeço aos meus pais Marcos e Mirce , por terem me dado base moral e caráter para vencer
e superar os desafios quando estive quase a cair, entendendo a cada dia e noite, o esforço, as
horas sem comer, o nervosismo, as noites mal dormidas em frente aos livros, e principalmente,
ao ombro de carinho e conforto nos momentos mais difíceis.
A minha orientadora queridíssima Cecilia, que mais que uma orientadora, uma mãe e uma
amiga, que acreditou no meu propósito de pesquisa, que me apoiou a cada investigação, que
me cobrou com um carinho ímpar os prazos, e que acima de tudo, me ensinou muito mais que
números e métodos multicritérios de tomada de decisão, me ensinou que a vida de um estudante
e de um pesquisador é feita de esforço, nas quedas e nas vitórias, e que podemos sim, a cada
segundo, virar o jogo da vida com verdade, dedicação e árduo estudo.
A minha eterna amiga, irmã e companheira de mestrado Teofânia, que foi até o fim dessa
caminhada, inseparável nos estudos, longas noites de artigos e aulas um apoio e de um coração
único, sua amizade e sorriso são boa parte dessa vitória.
Agradeço a meu amigo e irmão Rafael Fagundes, por ter sido um companheiro nos momentos
de desabafo, pela amizade e sinceridade dura, mas correta e pontual, e por ser um incentivador
nos momentos difíceis.
A minha amiga Luciane, que segurou os momentos mais complicados e que todo carinho e
respeito me auxiliou com palavras gentis e carinhosas. Serei eternamente grato aos “dezembros,
janeiros e fevereiros“ de virada de noites onde a vitória e o sorriso vieram de novo a minha
vida.
Aos meus amigos do mestrado MPA - UFF 01, carinhosamente chamados de “Os Vingadores”
que foram heróis na vida real no momento de queda e vitória, que incentivaram, caminharam e
estenderam a mão a cada segundo A cada um de vocês - Capitão, DP, Mari, Vivi, Max, Sheila,
Nardini, Miller, Ju, Fefa, Marcelo, Aline. Um grupo em que não se acaba no fim desse mestrado,
pois laços assim se tornam fortes não pelo título, mais pelo brilhar nos olhos de cada um.
Aos meus tios Pedro e Elane, que sempre apoiaram meus estudos, professores carinhosos que
tenho como pais em minha vida.
Aos meus mestres do mestrado, que sempre tiveram a paciência e carinho desde meu início
como graduando na UFF de Administração, e que vem acompanhando meu crescimento como
pessoa e profissional, que mostram a cada dia em seu trabalho um esforço, carinho e dedicação
para ensinar e transmitir o conhecimento de forma prática e aplicada.
Aos amigos que me acompanham nos trabalhos da casa de caridade, que entenderam as minhas
faltas aos sábados e domingos que não pude auxilia-los nos trabalhos aos carentes, mas que
mesmo assim mantiveram suas orações e vibrações para que pudesse chegar a esse dia.
Pois o que é um homem, o que ele possui?
Senão ele mesmo, então ele não tem nada para
dizer as coisas que ele sente de verdade e não as
palavras de alguém que se ajoelha. Os registros
mostram, eu levei golpes e eu fiz do meu jeito.
Frank Sinatra- My Way
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 19
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 19
1.2 FORMULAÇÃO DA PESQUISA 23
1.2.1 Objetivo Geral 24
1.2.2 Objetivos Específicos 24
1.3 ESTRUTURA DO DOCUMENTO 24
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25
2.1 O EMPREENDEDORISMO – CONCEITOS 25
2.2 PERFIL EMPREENDEDOR 27
2.3. O ENSINO DE EMPREENDEDORISMO 33
2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de empreendedorismo 36
2.3.2 Avaliação do ensino de empreendedorismo 41
2.4. MÉTODOS DE TOMADA DE DECISÃO COM MÚLTIPLOS CRITÉRIOS (MCDM). 44
2.4.1 ANALYTIC HIERACHY PROCESS - AHP 45
2.4.2 Ratings 48
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 51
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 51
3.2 PROCEDIMENTOS DE BUSCA BIBLIOGRÁFICA 52
3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 54
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS 56
4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO 59
4.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS GRUPOS PESQUISADOS 59
4.2 MEDIÇÃO DAS DIMENSÕES E VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR 61
4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings . 63
4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “A” 63
4.2.4 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “B” 69
4.2.5 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “C” 75
4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 80
4.3.1 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor 80
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 89
6. REFERÊNCIAS 94
7. APÊNDICES 102
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AEFE - Atividades Educacionais De Formação Em Empreendedorismo
AIJ - Aggregation of Individual Judgement
AHP - Analytic Hierarchy Process
ANP - Analytic Network Process
CCE - Características do Comportamento Empreendedor CCE
DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais
ELECTRE - Elimination and Choice Translating Reality
GEM - Global Entrepreneurial Monitor
IES – Instituição de Ensino Superior
MACBETH - Measuring Attractiveness by a categorical based Evaluation Technique
MCDM - Multiple Criteria Decision Making - Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos
Critérios
MPES - Micro e Pequenas Empresas
MUSA -Multicriteria Satisfaction Analysis
PMEs - Pequenas e Médias Empresas
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PROMETHEE - Preference Ranking Method for Enrichment Evaluation
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas
TOPSIS - Technique for Order Preference by Similarity to Ideal Solution
WoS - Web of Science
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1- ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 24
FIGURA 2 - ESTÁGIOS DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA ................................... 38
FIGURA 3 - EXEMPLO DE ESTRUTURA HIERÁRQUICA ................................................................. 47
FIGURA 4 - MODELO DO AHP COM RATINGS ............................................................................. 50
FIGURA 5 - QUADRO ESQUEMÁTICO DOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................ 58
FIGURA 6 -ESTRUTURA HIERÁRQUICA ....................................................................................... 62
GRÁFICO 1 - NÚMERO DE ARTIGOS PULICADOS NO PERÍODO DE 2004 A 2014 SOBRE O TEMA
ENTREPRENEURIAL PROFILE + ENTREPRENERSHIP EDUCATION .................................................... 53
GRÁFICO 2 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “A” ....... 81
GRÁFICO 3 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “B” ........ 82
GRÁFICO 4 - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR PARA A IES “C” ........ 83
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1- FATORES PSICOSSOCIAIS, AMBIENTAIS E ECONÔMICOS DE COMPORTAMENTOS,
ATITUDES E AÇÕES EMPREENDEDORAS. ..................................................................................... 28
QUADRO 2 - CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCE'S ................... 29
QUADRO 3 - OUTRAS ABORDAGENS SOBRE CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS
EMPREENDEDORAS – CCES ....................................................................................................... 31
QUADRO 4 - CARACTERÍSTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR ...................................................... 32
QUADRO 5 - MÉTODOS, TÉCNICAS E RECURSOS PEDAGÓGICOS UTILIZADAS AO ENSINO DE
EMPREENDEDORISMO ................................................................................................................. 39
QUADRO 6 - ESCALA DE VALORES PARA A COMPARAÇÃO POR PARES NO MÉTODO AHP. ........... 47
QUADRO 7- PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 52
QUADRO 8 - CARACTERÍSTAS DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CADA IES ......................... 59
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESPONDENTES POR GRUPO E IES PESQUISADA ...................................................... 60
TABELA 2 - RESUMO DA INFORMAÇÃO OBTIDA COM AS RESPSTAS DO BLOCO III (VALORES
PERCENTUAIS) ........................................................................................................................... 60
TABELA 3 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO DAS INTENSIDADES DOS RATINGS .................................. 63
TABELA 4 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR DO
GRUPO I DA IES “A” ................................................................................................................. 64
TABELA 5 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “A” ................................................................... 65
TABELA 6 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “A” ......................................................................................... 65
TABELA 7 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “A” .............................................................................. 65
TABELA 8 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “A” .................................................................................. 65
TABELA 9 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “A” .......................................................................... 65
TABELA 10 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “A” ................................................................................... 66
TABELA 11 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “A” .................... 66
TABELA 12 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR
(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “A” ....................................................................................... 67
TABELA 13 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “A” .................................................................. 68
TABELA 14 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “A” ........................................................................................ 68
TABELA 15 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “A” ............................................................................. 68
TABELA 16 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “A” ................................................................................. 68
TABELA 17 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “A” ........................................................................ 68
TABELA 18 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “A” .................................................................................. 68
TABELA 19 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “A” ................... 69
TABELA 20 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR
(CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “B” ........................................................................................ 70
TABELA 21 -AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “B”.................................................................... 70
TABELA 22 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “B” ......................................................................................... 71
TABELA 23 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “B” .............................................................................. 71
TABELA 24 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “B” .................................................................................. 71
TABELA 25 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “B” .......................................................................... 71
TABELA 26 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “B” ................................................................................... 71
TABELA 27 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “B” ..................... 72
TABELA 28 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR
(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “B” ....................................................................................... 73
TABELA 29 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “B” .................................................................. 73
TABELA 30 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “B” ........................................................................................ 73
TABELA 31 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “B” ............................................................................. 73
TABELA 32 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “B” ................................................................................. 74
TABELA 33 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “B” ......................................................................... 74
TABELA 34 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “B” .................................................................................. 74
TABELA 35 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “B” ................... 74
TABELA 36 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR
(CRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “C” ........................................................................................ 75
TABELA 37 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO I DA IES “C”.................................................................... 76
TABELA 38 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO I DA IES “C” ......................................................................................... 76
TABELA 39 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO I DA IES “C” .............................................................................. 76
TABELA 40 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO I DA IES “C” .................................................................................. 76
TABELA 41 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO I DA IES “C” .......................................................................... 77
TABELA 42 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO I DA IES “C” ................................................................................... 77
TABELA 43 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO I DA IES “C” ..................... 77
TABELA 44 - MATRIZ DE COMPARAÇÃO PAREADA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR
(CRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “C” ....................................................................................... 78
TABELA 45 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
AUTORREALIZAÇÃO (C1) DO GRUPO II DA IES “C” .................................................................. 78
TABELA 46 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
LÍDER (C2) DO GRUPO II DA IES “C” ........................................................................................ 79
TABELA 47 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
PLANEJADOR (C3) DO GRUPO II DA IES “C” ............................................................................. 79
TABELA 48 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
INOVADOR (C4) DO GRUPO II DA IES “C” ................................................................................. 79
TABELA 49 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
ASSUME RISCOS (C5) DO GRUPO II DA IES “C” ......................................................................... 79
TABELA 50 - AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) RELACIONADOS COM A DIMENSÃO
SOCIÁVEL (C6) DO GRUPO II DA IES “C” .................................................................................. 79
TABELA 51 - RANKING DAS VARIÁVEIS (SUBCRITÉRIOS) DO GRUPO II DA IES “C” ................... 80
TABELA 52 - RESUMO DA IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR ............... 84
TABELA 53 - DISCIPLINAS QUE INCORPORAM O TEMA DE EMPREENDEDORISMO ........................ 86
TABELA 54 - PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES PRÁTICAS SOBRE EMPREENDEDORISMO ............... 87
LISTA DE APÊNDICE
APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE ENTREVISTAS COM COORDENADORES DAS IES ...................... 102
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DA PESQUISA COM ALUNOS DAS IES ........................................ 103
APÊNDICE C - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES A......................................................... 106
QUADRO - C01-BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR-
GRUPO I – IESA.....................................................................................................................106
QUADRO- C02 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO
I – IESA...................................................................................................................................107
QUADRO - C03 - BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR -GRUPO
II – IES A.................................................................................................................................110
QUADRO - C04 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO
II –IES A.................................................................................................................................112
APÊNDICE D - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES B.................................................. .......114
QUADRO- D01- BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I
– IES B....................................................................................................................................114
QUADRO - D02- BLOCO II- IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I
– IES B....................................................................................................................................115
QUADRO-D03-BLOCO I- IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II
– IES B....................................................................................................................................116
QUADRO- D04 - BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO
II– IES B..................................................................................................................................118
APÊNDICE E - COLETA DE DADOS GRUPO I E II - IES C ..................................................... ....120
QUADRO-E01- BLOCO I - IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO I
– IES C....................................................................................................................................121
QUADRO- E02-BLOCO II - IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR - GRUPO I
– IES C....................................................................................................................................122
QUADRO-EO3- BLOCO I- IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II
– IES C....................................................................................................................................123
QUADRO EO4-BLOCO II-IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS DO PERFIL EMPREENDEDOR- GRUPO II-
IES C.......................................................................................................................................125
RESUMO
O empreendedorismo vem sendo discutido no meio acadêmico em diferentes áreas de pesquisa
devido ao seu papel como agente influente na economia e no desenvolvimento regional. Uma
peça integrante e de suma importância para o desenvolvimento do empreendedorismo é o
sujeito empreendedor. O empreendedor possui características próprias que podem acompanhá-
lo desde o nascimento, e outras, que podem ser adquiridas ou desenvolvidas por meio de
programas de Educação Empreendedora. Neste sentido, o ensino do Empreendedorismo
destaca-se como um dos recursos utilizados para a formação de novos empreendedores. Porém
observa-se certa dificuldade na hora de se avaliar a eficiência do ensino-aprendizagem desse
tema. Existem vários modelos de avaliação com particularidades específicas e a escolha
depende de múltiplos fatores, onde tipo de sujeito a ser pesquisado tem importante peso. Assim,
o objetivo deste trabalho foi hierarquizar quais são as características melhor desenvolvidas do
perfil empreendedor de alunos ingressantes e concluintes de cursos de Administração na cidade
de Volta Redonda, para dessa forma avaliar o ensino de Empreendedorismo. Esta alteração será
analisada com base na importância que os grupos pesquisados atribua às dimensões e variáveis
do perfil empreendedor, utilizando para isto Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos
Critérios, especificamente o Analytic Hierarchy Process. Como resultado identificaram se
comportamentos diferentes, quanto à importância das características empreendedoras inerêntes
ao perfil empreendedor para cada Instituição de Ensino Superior, o que pode evidenciar que o
tema do empreendedorismo é abordado de forma diferente. O estudo mostrou também valores
baixos de importância para aspectos que devem ser relevantes em empreendedores e valores
mais elevados para outros presentes no perfil de administradores de empresas. Com isto pode
se concluir que é necessária uma maior integração entre a proposta da formação do perfil do
novo bacharel em Administração com a proposta de formação do perfil empreendedor.
Palavras-chave: Ensino de Empreendedorismo; Perfil Empreendedor; Analytic Hierarchy
Process
ABSTRACT
Entrepreneurship has been discussed in academic circles in different areas of research because
of its role as an influential agent in the economy and regional development. An integral part
and very important for the development of entrepreneurship is the subject entrepreneur. The
entrepreneur has its own characteristics that can accompany you from birth, and others that may
be acquired or developed through the Entrepreneurial Education Programs. In this sense, the
teaching of entrepreneurship stands out as one of the resources used for the training of new
entrepreneurs. However there is some difficulty in the time to evaluate the teaching and learning
of this issue of efficiency. There are various valuation models with specific features and the
choice depends on multiple factors, which kind of subject being researched has significant
weight. The objective of this study was to prioritize what are the best features developed the
entrepreneurial profile of students entering and graduating from Management courses in the
city of Volta Redonda, to thereby evaluate the teaching of entrepreneurship. This change will
be analyzed based on the importance that the groups surveyed assign dimensions and variables
of entrepreneurial, using for this Decision Making Methods with Multiple Criteria, specifically
the Analytic Hierarchy Process. As a result identified is different behaviors, the importance of
entrepreneurial characteristics inherent to entrepreneurial profile for each institution of higher
education, which may show that entrepreneurship theme is approached differently. The study
also showed low values of importance to aspects that should be relevant for entrepreneurs and
higher values for other gifts in enterprise administrators profile. With this it can be concluded
that greater integration between the proposal of the formation of the new bachelor profile in
Business Administration with a proposal for the formation of the entrepreneur profile is
required.
Keywords: Entrepreneurship Education; Entrepreneur Profile; Analytic Hierarchy Process
19
1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo são estabelecidas as premissas básicas da pesquisa, objetivos, estrutura do
trabalho, assim como aspectos gerais sobre o tema de estudo.
1.1 Contextualização
O termo empreendedorismo vem sendo discutido em diferentes áreas de pesquisa devido
ao seu papel na economia e no desenvolvimento regional e, por conta de sua
peculiaridade, que é tratar da criação de negócios por sujeitos empreendedores (DEGEN,
2009; HISRICH et al., 2009; MARTES, 2010).
O empreendedorismo surge através da percepção do sujeito empreendedor das
oportunidades de criação de novos produtos e serviços que sejam economicamente fortes
e relevantes tanto para a ciência quanto para a sociedade (BARON; SHANE, 2007). Os
empregos e a geração de renda criados pela abertura de novas empresas mostram que o
empreendedorismo move interesses de governos e sociedade que buscam alternativas
para a promoção do crescimento econômico, e o consequente combate ao desemprego.
(ROCHA; FREITAS, 2014).
O sujeito empreendedor, a partir do processo de criação, torna-se a peça central da
natureza do empreendedorismo. Estudos sugerem que os sujeitos empreendedores
apresentam características e comportamentos comuns (CASSON, 1982). McClelland
(1961) classifica os empreendedores como: confiantes, perseverantes, diligentes,
habilidosos, criativos, visionários, versáteis e perceptivos. Estudos posteriores de
McClelland e Winter (1971) expõem que, para uma pessoa ser empreendedora deve trazer
consigo determinadas características comportamentais empreendedoras (CCEs):
Independência, autoconfiança, persuasão, rede de contatos, monitoramento e
planejamento, estabelecimento de metas, busca de informações, exigência de qualidade e
eficiência, correr riscos calculados, busca de oportunidade, iniciativa e comprometimento
Morais (2000) defende que alguns indivíduos nascem empreendedores, outros necessitam
de maior esforço para desempenhar tal papel. Tal afirmação pressupõe a ideia de que as
CCEs são qualidades e valores que acompanham o sujeito empreendedor durante a sua
vida, porém há outras características que podem ser adquiridas. A partir dessa definição,
o ensino de empreendedorismo e seu foco na capacitação torna-se relevante para o
entendimento do perfil de indivíduos interessados em empreender.
20
De acordo com Souza et al. (2004) o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no
processo do ensino e aprendizagem. Esse desenvolvimento se dá mediante a capacitação
do aluno para que crie, conduza e programe o processo criativo no sentido da elaboração
de novos planos de vida, de trabalho, de estudo, de negócios, sendo responsável pelo seu
próprio desenvolvimento e de sua organização.
O ensino do empreendedorismo é tido mais como um processo de desenvolvimento de
habilidades e atitudes do que como um processo de transmissão de conhecimento. Neste
aspecto, a educação empreendedora direciona seus esforços ao aprendizado do
empreendedorismo nos diferentes níveis de ensino, com ênfase no ensino superior.
Lavieri (2010) aborda que a origem do ensino de empreendedorismo está associada aos
cursos de Administração de empresas como uma necessidade prática. Segundo Paiva e
Cordeiro (2002), o enfoque utilizado pelas escolas de Administração quanto à formação
de empreendedores é voltado, em sua maioria, à orientação dos alunos para a formação
de executivos e gerentes de organizações, em detrimento do estímulo à abertura de novos
negócios para o atendimento das necessidades da realidade social e econômica do país.
Contudo, surge outra visão, diferente da visão única da formação de administradores para
grandes corporações a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN),
promulgada em 2005 (ROCHA, 2012).
As DCN expuseram certas características do perfil empreendedor, incluindo o novo perfil
do egresso, sendo estas tratadas tanto no perfil do administrador, quanto no do
empreendedor. Segundo Rocha (2012), habilidades e competências como determinação,
criatividade e disposição para mudanças foram inseridas no perfil dos administradores.
Lopes (2010) argumenta que, por ter proposições semelhantes no desenvolvimento dessas
habilidades e competências, o ensino de Empreendedorismo tende a se tornar mais
relevante nos cursos de Administração.
As perspectivas na formação de empreendedores têm ocasionado à busca de modelos
pedagógicos que atendam à formação empreendedora e que se aproximem das atitudes
do perfil empreendedor (LOPES, 2010). Estudos apontam as diferenças entre a formação
tradicional, que traz uma abordagem mais teórica e expositiva e a formação
empreendedora, que tem sua abordagem numa base teórica complementada com
atividades práticas (RUSKOVAVARA et al., 2010, PETERSON; LIMBU, 2010).
Diferentes opções pedagógicas se apresentam com a finalidade do desenvolvimento da
21
formação empreendedora, como aulas expositivas, apresentação de plano de negócios,
jogos de empresas, estudos de caso, uso de filmes, vídeos, simulações (DOLABELA,
2008; HENRIQUE; CUNHA, 2008; KURATKO, 2005).
O ensino do empreendedorismo é mais do que a existência de uma disciplina na grade
curricular de um determinado curso. Rocha e Freitas (2014) expoem um conjunto de
métodos, técnicas e recursos válidos no ensino de empreendedorismo, portanto é mais
conveniente pensar num conjunto de atividades de formação ou educação empreendedora
para o ensino do empreendedorismo.
A maneira de avaliar o ensino de empreendedorismo não tem obtido consenso entre
estudiosos do tema. São encontradas literaturas com vários modelos e critérios de
medição na avaliação da efetividade da educação empreendedora, como, por exemplo,
abertura de empresas, intenção de iniciar um novo negócio, perfil empreendedor,
orientação empreendedora, aptidão e potencial empreendedor (MCGEE et al., 2009;
WILSON et al., 2007; SILVA et al., 2009; CUBICO et al., 2010; SCHMIDT;
BOHNENBERGER, 2009).
Dentre esses modelos, os mais usados para avaliar o ensino do empreendedorismo em
estudantes são: a intenção de iniciar um novo negócio e o modelo do perfil empreendedor.
Quanto ao primeiro, Carvalho e González (2006) propõem um modelo explicativo sobre
a intenção empreendedora, com ênfase nos elementos acadêmicos, demográficos e os
envolventes, familiar e social, mas somente explicam as relações diretas entre esses
elementos e colocam como limitação o estudo das relações indiretas. Boyles (2012)
comenta que o enfoque dos modelos que utilizam a intenção de abrir novos negócios
ultrapassa as barreiras das Instituições de Ensino Superior (IES), porque podem ser
incluídos outros fatores, tais como ambientais, pessoais, parentesco com empreendedores,
nível social e educacional, isto faz com que esse modelo não seja o mais adequado para
avaliação da aprendizagem do empreendedorismo de estudantes de graduação.
Quanto ao segundo modelo, o perfil empreendedor estuda características comuns que
podem ser encontradas em um conjunto de empreendedores. Ferreira e Matos (2003)
propuseram um modelo que contempla seis (6) critérios de avaliação do perfil
empreendedor. Schmidt e Bohnenberger (2009) propuseram outro modelo, com seis (6)
fatores ou critérios e 22 características que permitem aprofundar na medição do perfil
empreendedor. Rocha (2012) e Rocha e Freitas (2014) utilizaram o modelo proposto por
22
Schmidt e Bohnenberger (2009) para avaliar o perfil empreendedor de estudantes de
cursos de Administração, demonstrando a validade e versatilidade do modelo. Os
referidos autores chegaram a estabelecer diferenças entre algumas características do perfil
empreendedor tomando com base dois grupos de estudantes (um grupo que participou de
atividades de formação empreendedora e o outro grupo que não participou ou participou
em menor medida) isto torna este resultado interessante para o presente trabalho.
O exposto por Rocha (2012), quanto às semelhanças entre o perfil do administrador e do
empreendedor no âmbito das DCN de 2005 para os cursos de Administração, fez que essa
pesquisa objetiva-se avaliar o ensino de Empreendedorismo em cursos de Administração
utilizando para isto a escala desenvolvida por Schmidt e Bohnenberger (2009) e validada
por Rocha (2012). Desta maneira, abre-se a possibilidade de avaliação do perfil
empreendedor do estudante de Administração, o que pode contribuir para um melhor
entendimento por parte das IES sobre o seu público, o estudante, e a sua vontade de
empreender e sobre como as formas de ensino do Empreendedorismo podem contribuir
para tal fim.
A pesquisa foi realizada entre estudantes de graduação de três (3) cursos em
Administração localizados em Volta Redonda, cidade importante na região Sul-
Fluminense devido ao número de empresas e pequenos empreendimentos na região que,
por sua localização geográfica, entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São
Paulo, agrega valor aos cursos de Administração das IES estudadas.
Segundo a pesquisa do GEM - Global Entrepreneurial Monitor (2013) o crescimento das
atividades empreendedoras na região Sudeste é o mais alto dentre as regiões brasileiras.
Segundo dados da Receita Federal, divulgados no Portal Brasil em novembro de 2013, o
número de Empreendedores individuais no Brasil cresceu, sendo o estado do Rio de
Janeiro o segundo em número de trabalhadores que atuam por conta própria – 426.621
empreendedores individuais registrados, perdendo apenas para São Paulo, com 735.993
empreendedores individuais. Nesse número de registros de empreendedores individuais
no estado do Rio de Janeiro, a região Sul – Fluminense representou em 2013, 8,63% do
número de profissionais cadastrados no estado, sendo aproximadamente 36.826 pessoas
no último ano que decidiram criar ou formalizar seu próprio negócio.
Isto reforça a pertinência do estudo. Logo, a pesquisa justificou-se pela busca da
verificação e discussão que venha inicialmente explorar o perfil empreendedor dos
23
estudantes para ajudar na concepção do ensino de Empreendedorismo nas IES estudadas.
Futuramente essa vertente de pensamento poderá auxiliar às proposições de conteúdos,
metodologias e laboratórios de aprendizagem empreendedora, além de possibilitar as IES
realizar projetos e parcerias com as Pequenas e Médias Empresas (PMEs).
1.2 Formulação da pesquisa
Na prática, observa-se que a identificação do problema de pesquisa não é uma questão
muito simples, pois, para tanto, há a necessidade de percorrer diversos ciclos para
formular perguntas preliminares até a delimitação do problema e a definição da questão
central (CRESWELL, 2007).
Aqui parte se do pressuposto que o perfil empreendedor pode ser desenvolvido no
processo do ensino e aprendizagem (SOUZA et al., 2004; MORAES, 2000. ROCHA,
2012; ROCHA, FREITAS, 2014). Portanto responder o seguinte questionamento: “Existe
diferença em relação ao perfil empreendedor entre estudantes iniciantes e concluintes dos
cursos de administração das IES estudadas?”, torna se o ponto de partida para avaliar o
ensino de empreendedorismo em cada IES.
Esta diferença foi analisada com base na importância que cada grupo pesquisado
(estudantes iniciantes – estudantes do 1o e 2o período e estudantes concluíntes –
estudantes do 7º e 8º período) atribua às dimensões e variáveis propostas no modelo de
perfil empreendedor de Schmidt e Bohnenberger (2009).
O método de pesquisa utilizado foi o misto que incorpora características de estudos
qualitativos, onde as questões podem ser amplamente esclarecidas, possibilitando que a
lacuna seja preenchida de mais de uma maneira. A incorporação de um caráter
quantitativo a uma parte do estudo, se evidencia mediante a utilização de Métodos de
Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (MCDM).
Tendo como base as conclusões do trabalho de Rocha e Freitas (2014) que mostra
diferenças para algumas características do perfil empreendedor entre estudantes que
participaram e não partciparam de atividades de formação empreendedora, pretendeu-se
com este estudo, ampliar esses resultados mostrando em qual estágio, dos definidos por
Andrade e Torkomian (2001) referente à formação e educação empreendedora, se
encontrava cada IES pesquisada. Neste sentido, e sem fazer generalizações, o resultado
24
final contribuirá com a avaliação da efetividade da educação empreendedora somente nas
IES estudadas, sendo esta uma limitação da pesquisa.
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar as diferenças existentes no perfil empreendedor de estudantes que participaram
de atividades de formação empreendedoras e estudantes que não participaram com o
intuito de avaliar o ensino de empreendedorismo em cursos de Administração de 3 (três)
IES da cidade de Volta Redonda.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para tanto, com o intuito de atingir o objetivo geral, a presente pesquisa desdobrou- se
nos seguintes objetivos específicos:
- Medir a importância das dimensões ou critérios que definem o perfil
empreendedor segundo a percepção de cada grupo de estudantes mediante o
uso de Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM;
- Determinar as prioridades das variáveis que compõem cada dimensão, para
cada grupo de estudantes pesquisado, mediante o uso de Métodos de Tomada
de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM;
- Caracterizar o estágio da formação e educação empreendedora em cada IES.
1.3 Estrutura do Documento
Para dar cumprimento aos objetivos, o presente trabalho estruturou-se da forma mostrada
na Figura 1:
Figura 1- Estrutura do Trabalho
Fonte: Elaborado pelo autor (2015)
Na primeira parte do trabalho aparece a introdução, com a contextualização e justificativa
da relevância da pesquisa. Seguindo, é apresentado o referencial teórico com os tópicos
abordados no trabalho. A terceira parte trata dos procedimentos metodológicos utilizados
na pesquisa. A quarta parte mostra os resultados com a devida análise. Por último,
asconclusões e recomendações para futuros trabalhos.
IntroduçãoReferencial
TeóricoProcedimentos Metodológicos
Resultados da Pesquisa e análise dos resultados
Conclusões
25
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo foram analisados diferentes aspectos sobre o tema de pesquisa, origens,
conceitos e modelos de ensino e de avaliação do empreendedorismo a partir dos enfoques
predominantes que existem na literatura. Completa a pesquisa, o estudo de métodos de
tomada de decisão que auxiliarão no cumprimento dos objetivos desta Dissertação.
2.1 O empreendedorismo – conceitos
Segundo Venkataraman (1997), o empreendedorismo é o campo de estudo que busca a
compreensão de como oportunidades podem gerar novos produtos e serviços, como essas
oportunidades são descobertas, criadas e exploradas, e quais podem ser suas
consequências posteriores à sua inserção no mercado. Ferreira et al., (2002) já interpretam
o empreendedorismo como a disposição de um indivíduo de instituir negócios que gerem
empregos, que satisfaçam algumas necessidades com a exploração de oportunidades e
que mantenham a inovação sistemática no negócio, tendo diferenciações e mantendo a
mesma competitividade.
Maximiano (2004) estabelece os seguintes pressupostos sobre o empreendedorismo:
estímulo à iniciativa, responsabilidade e tomada de decisão, condescendência a falhas e
falta de êxito, flexibilidade no uso dos recursos e tempo organizacional, formação de
equipes multifuncionais capazes de detectar oportunidades no ambiente, capacidade de
explorar e transformar tais oportunidades em negócios reais.
Longenecker et al., (1997) identificaram três elementos que seriam a essência do
empreendedorismo: a inovação, o risco e a autonomia. Para uma atividade
empreendedora, a liberdade ou autonomia é um fator fundamental para a concretização
dos objetivos do empreendimento, aliado aos recursos, às estratégias de ação, como
também à busca de oportunidades relevantes ao negócio.
Baron e Shane (2007) entram no campo da discussão e defendem que o
empreendedorismo é definido como um processo que se move por fases distintas, mas
intimamente relacionadas, que são: o reconhecimento de oportunidades, a decisão de ir
em frente e reunir os recursos básicos para o inicio do processo, lançar um novo
empreendimento, fazer a concepção de sucesso desse empreendimento e ter as
recompensas sobre ele. O empreendedorismo ocorre, portanto, quando quatro condições
básicas são alcançadas: motivação frente às tarefas, conhecimento, expectativa de ganho
pessoal e, suporte do ambiente externo (BULL; WILLARD, 1993).
26
Schumpeter (1985), defensor da corrente econômica do empreendedorismo, enfatiza a
importância dos empreendedores para o processo de desenvolvimento econômico, com a
criação de novos negócios e geração de empregos, fundamentando parte da essência
inovadora e de mudança que envolvem o ato de empreender, ao utilizar a expressão
destruição criativa. O autor considera, ainda, a inovação como a mola propulsora da
criação de novos produtos, novos mercados e novas concepções de produção, tudo isso,
atuando de forma direta no desenvolvimento da economia capitalista.
Dois conceitos são importantes para explicar o empreendedorismo: o empreendedorismo
por necessidade e o empreendedorismo por oportunidade.
O empreendedorismo por oportunidade surge segundo Shane (2003) como uma sequência
de passos, a partir da verificação da existência de uma oportunidade. O indivíduo
empreendedor, dadas as suas características e habilidades pessoais, decide pela
exploração da oportunidade. A partir desse ponto observado, o indivíduo empreendedor
parte para a busca dos recursos necessários, após o qual estabelece a sua estratégia e,
posteriormente, a executa.
Baron (2004) em seus estudos sobre o empreendedor cita que esse indivíduo reconhece
as oportunidades e que tal reconhecimento tem uma ligação direta com o seu nível de
conhecimento. Esse reconhecimento demanda do empreendedor a percepção coerente
entre fatores que possam parecer desconexos, como: tecnológicos, econômicos, políticos
e sociais; e, para tanto, esse empreendedor precisa de um conhecimento anterior que
conecte todos esses pontos. Também cabe argumentar que esse conhecimento, sendo
acessado pelo empreendedor, o permite formular ideias de negócios originais ou bem
mais práticos do que os existentes.
No empreendedorismo por necessidade, segundo Block e Wagner (2010), os indivíduos
se engajam em atividades autônomas, pois as opções de trabalho são ausentes ou
insatisfatórias. Esta é a definição mais conhecida de empreendedorismo por necessidade.
Outros autores, no entanto, identificam a palavra “necessidade” como vontade do
indivíduo de empreender. Na busca por conhecer as necessidades que motivam um
indivíduo a empreender, Birley e Westhead (1994), entrevistaram cerca de mil
empresários em 11 países para identificar aspectos que caracterizavam sua personalidade,
sendo encontradas:
27
- Aprovação: busca a aprovação por seus comportamentos, com isso deseja
conquistar alta posição na sociedade, ser respeitado pelos amigos, pela família,
ser reconhecido;
- Independência: o empreendedor busca na independência impor seu próprio
enfoque no trabalho, flexibilidade na vida pessoal e profissional, controlar seu
tempo;
- Desenvolvimento pessoal: um novo empreendimento oferece inúmeras situações
para que o empreendedor desenvolva seus conhecimentos e habilidades, inove,
transforme ideias em produtos, aprenda continuamente;
- Segurança: necessidade do empreendedor de se proteger de perigos reais ou
imaginários, físicos ou psicológicos; geralmente espera que sua empresa lhe
permita rendimentos suficientes para manter uma vida digna para si e sua família;
- Autorrealização: necessidade de maximizar seu potencial pessoal, é o querer
desenvolver a capacidade de superar seus próprios limites.
O conceito de empreendedor por necessidade, quando a necessidade é entendida como
motivação ou vontade para empreender, é importante para determinar as características
dos empreendedores. Portanto, entender as razões que movem um indivíduo
empreendedor – já seja por necessidade ou oportunidade – torna-se relevante para o
estudo do ensino de empreendedorismo. A partir da compreensão dos fatores externos e
internos que podem influenciar no comportamento ou modelar o perfil empreendedor, o
ensino do empreendedorismo pode estar em consonância com o mesmo. Entendendo os
fatores, sejam eles exógenos ou endógenos, as IES podem modelar um programa de
ensino de empreendedorismo que auxilie ou contribua com o desenvolvimento do perfil
do discente que tem a vontade de ser um futuro empreendedor.
2.2 Perfil empreendedor
Pesquisas sobre a identificação dos traços mais fortes e características da personalidade e
comportamento empreendedor têm sido estudadas por diferentes pesquisadores para
determinar o perfil de um possível indivíduo empreendedor.
Nesse aspecto, a definição do perfil empreendedor é composta por características
empreendedoras, que podem variar dependendo da visão e abordagem de cada autor.
Segundo Dutra (2002), devido à diversidade de características citadas por diferentes
estudos e autores, existe uma dificuldade para a descrição do perfil empreendedor ou até
28
mesmo atribuir apenas um foco de estudo com base na literatura existente. Um exemplo
desse tipo de pesquisa, é a possibilidade de categorizar essas características
empreendedoras em fatores psicossociais e fatores ambientais e econômicos, sendo tais
determinantes nas atitudes, comportamentos e ações empreendedoras. O Quadro 1 lista
as categorias dos fatores psicossociais e os fatores ambientais que são determinantes a um
perfil empreendedor.
Quadro 1- Fatores psicossociais, ambientais e econômicos de comportamentos, atitudes
e ações empreendedoras.
Fatores psicossociais Fatores ambientais e econômicos
Iniciativa e independência Capacidade de trabalhar grupos de apoio
Criatividade Capacidade de buscar investidores
Persistência Capacidade de superar obstáculos pela conjuntura econômica
Visão de longo prazo Capacidade de trabalhar com escassez financeira
Autoconfiança e otimismo Capacidade de superar obstáculos burocráticos do meio externo
Comprometimento Capacidade para boa escolha da localização
Padrão de excelência Maior utilização de tecnologia
Persuasão Conhecimento do mercado e capacidade de utilizá-lo
Necessidade de realização Construção de rede de informação e capacidade de utiliza-la
Coletividade Capacidade de se trabalhar em conjunto
Formação Capacidade ou conhecimento adquirido com o tempo por meio
de educação
Fonte: Dutra (2002), adaptado de Degen (1989); Drucker (1987); Filion (1991); Schumpeter (1978);
Dolabela (1999).
Duas abordagens se destacam nos estudos sobre empreendedorismo e o perfil do
empreendedor: a abordagem econômica e a abordagem comportamental. A abordagem
econômica é associada à inovação, representada por Schumpeter (1982). Segundo o autor,
os empreendedores promovem a chamada “destruição criativa”, sendo esse processo
definido como o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor
capitalista, criando constantemente novos produtos, novos modos de produção e novos
mercados, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros. Já a
abordagem comportamental está associada às características dos indivíduos
empreendedores, representado por McClelland (1972), ao relacionar o conceito de
29
empreendedor à necessidade de sucesso, de reconhecimento, de poder e controle. A
corrente, composta pelos comportamentalistas, a qual será a base deste estudo, volta seus
esforços de pesquisa a respeito do indivíduo empreendedor, as suas características no
campo da psicologia e sociologia, observando seus aspectos, suas ações, hábitos e as
atividades que o caracterizam.
McClelland (1961), identificou um forte elemento psicológico que denota os
empreendedores bem-sucedidos: a “motivação por realizações” ou um “impulso para
aprimoramentos”. Isso resultou em uma abordagem do empreendedorismo como um
conjunto de comportamentos e práticas que podem ser observados e adquiridos. A
abordagem comportamentalista do empreendedorismo sugere que tais comportamentos e
práticas podem ser significativamente fortalecidos nos indivíduos por meio de
treinamento. Em seus estudos, as chamadas características comportamentais do
empreendedor -CCEs- foram delimitadas em três necessidades ou categorias: a de
autorrealização, em que as pessoas testam seus limites no desejo de executar um bom
trabalho e têm necessidade de feedback; as de planejamento, em que necessitam
estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com outras pessoas; e
as de poder, em que há forte necessidade e preocupação em exercer o poder sobre outras
pessoas, além de apresentar a necessidade de ser influente e de causar impactos sociais.
Estudos posteriores realizados por McClelland e Winter (1971) e McClelland (1972)
foram a base para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD-,
visando a capacitação de empreendedores, lançado oficialmente em 1988. O projeto
identificou dez principais características comportamentais do empreendedor, ou
competências comportamentais empreendedoras – que fazem parte da caracterização do
perfil do empreendedor em programas de treinamento do SEBRAE - Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – são apresentadas no Quadro 2:
Quadro 2 - Características Comportamentais Empreendedoras – CCE'S
AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES
CATEGORIA: REALIZAÇÃO
CCE: Busca de oportunidades e iniciativa. Comportamentos:
Faz as coisas antes de solicitado forçado pelas circunstâncias;
Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços;
Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos,
equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência.
30
AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES
CCE: Exigência de qualidade e eficiência. Comportamentos:
Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato;
Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência;
Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o
trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
CCE: Persistência. Comportamentos:
Age diante de um obstáculo significativo;
Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo;
Faz um sacrifício pessoal ou desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa.
CCE: Independência e autoconfiança. Comportamentos:
Busca autonomia em relação a normas e controles de outros;
Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;
Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um
desafio.
CATEGORIA: PLANEJAMENTO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
CCE: Correr riscos calculados. Comportamentos:
Avaliam alternativas e calcula riscos deliberadamente;
Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados;
Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados.
CCE: Busca de informações. Comportamentos:
Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes
Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço;
Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
CCE: Estabelecimento de metas. Comportamentos
Estabelecem metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
Define metas de longo prazo, claras e específicas;
Estabelece objetivos mensuráveis e de curto prazo.
CCE: Planejamento e monitoramento sistemáticos. Comportamentos:
Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;
Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças
circunstanciais;
Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.
CATEGORIA : INFLUÊNCIA (RELAÇÃO COM AS PESSOAS)
31
AS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS – CCES
CCE: Comprometimento. Comportamentos:
Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos;
Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho;
Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo,
acima do lucro a curto prazo.
CCE: Persuasão e redes de contato. Comportamentos:
Utiliza pessoas chave como agentes para atingir seus próprios objetivos;
Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros;
Age para desenvolver e manter relações comerciais.
Fonte: adaptado para o SEBRAE/Empretec de McClelland, D. C., Winter, D. J. Motivating economic
achievement . New York: Free Press, 1971 & McClelland, D. C. A sociedade competitiva: realização e
progresso social . Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972
Numa tentativa de unificação das abordagens citadas, a comportamentalista e a
econômica, Filion (1999) apresenta uma teoria denominada “teoria visionária”. Para o
autor, o empreendedor é visto como aquele que imagina e desenvolve visões, além de ser
uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e de
inovar, mantendo um nível de consciência do ambiente em que vive e utilizando-o para
detectar oportunidades de negócios.
Morais (2000) argumenta, em relação às características comportamentais, que os
empreendedores possuem atitudes inteligentes. Eles aproveitam as oportunidades, não
esperam as oportunidades surgirem repentinamente. Por terem o sucesso como objetivo,
eles esperam sempre o melhor desempenho. Os empreendedores não focam em fracassos,
sabem que existem os obstáculos e possuem disposição e coragem para enfrentá-los.
Conseguem ter uma atitude mental direcionada para a realização de suas vitórias,
possuem bons canais de comunicação com a sua equipe, baseados na confiança recíproca.
Outros autores também delinearam seus estudos em relação às características
empreendedoras, advindo dos estudos comportamentalistas iniciados por McClelland
(1961). O Quadro 3 apresenta uma compilação das características e seus autores.
Quadro 3 - Outras abordagens sobre características comportamentais empreendedoras –
CCEs
Fonte: Elaborado pelo autor (2014)
A partir dos referenciais teóricos citados (Quadro 3) sobre as características que formam
o perfil empreendedor, Schimidt e Bohnenberger (2009), extraíram características e
32
atitudes comuns, presentes diretamente ou indiretamente na personalidade
empreendedora. Estas características foram conceituadas com o intuito de sustentar o
processo de elaboração de um instrumento de medição. O Quadro 4 mostra as
características do perfil empreendedor inicialmente definidas por Schmidt e
Bohnenberger (2009).
Quadro 4 - Características do perfil empreendedor
CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO
Auto-eficaz (AE)
É a estimativa cognitiva que uma pessoa tem das suas capacidades de mobilizar
motivação, recursos cognitivos e cursos de ação necessários para exercitar
controle sobre eventos na sua vida.
AUTOR CARACTERÍSTICAS
Ângelo (2003)
1. Criatividade e inovação
2. Habilidade ao aplicar a criatividade
3. Força de vontade e fé
4. Foco na geração de valor
5. Correr riscos
Dolabela (2008)
1. Perseverança
2. Iniciativa
3. Criatividade
4. Protagonismo
5. Energia
6. Rebeldia de padrões
7. Capacidade de diferenciar-se
8. Comprometimento
9. Capacidade incomum de trabalho
10. Liderança
11. Orientação para o futuro
12. Imaginação
13. Pro atividade
14. Tolerância a riscos moderados
15. Alta tolerância à ambiguidade e incertezas
Dornelas (2008)
1. Visionários
2. Sabem tomar decisões
3. Agregam valor ao que fazem
4. Explora ao máximo as oportunidades
5. Determinados e dinâmicos
6. Dedicados
7. Otimistas
8. Independentes
9. Geram riqueza
10. Líderes e formadores de opinião
11. Bem relacionados
12. Organizados
13. Planejadores
14. Abertos ao conhecimento
15. Assumem riscos calculados
16. Criam valor para a sociedade
33
CARACTERISTICAS DESCRIÇÃO
Assume Riscos
calculados (AR)
Pessoa que, diante de um projeto pessoal, relaciona e analisa as variáveis que
podem influenciar o seu resultado, decidindo, a partir disso, a continuidade do
projeto.
Planejador (PL) Pessoa que se prepara para o futuro
Detecta oportunidades
(DO)
Habilidade de capturar, reconhecer e fazer uso efetivo de informações abstratas,
implícitas e em constante mudança.
Persistente (PE) Capacidade de trabalhar de forma intensiva, sujeitando-se até mesmo a
privações sociais, em projetos de retorno incerto.
Sociável (SO) Grau de utilização da rede social para suporte à atividade profissional
Inovador (IN) Pessoa que relaciona idéias, fatos, necessidades e demandas de mercado de
forma criativa.
Líder (LI) Pessoa que, a partir de um objetivo próprio, influencia outras pessoas a
adotarem voluntariamente esse objetivo.
Fonte: Schimidt e Bohnenberger (2009).
Posteriormente, os próprios autores Schmidt e Bohnenberger (2009), analisaram e
reduziram a seis (6) as características do Quadro 4 e elaboraram um instrumento de
avaliação do perfil empreendedor com a nova proposta mostrada a seguir:
Autorrealização (formada pelas características Auto-eficaz, Persistente e Detecta
oportunidades), Líder, Planejador, Inovador, Assume riscos e Sociável.
2.3. O ensino de empreendedorismo
Entre as diferentes questões que envolvem o ensino de empreendedorismo, cabe a
discussão sobre a orientação que as Instituições de Ensino Superior –IES - têm oferecido
aos estudantes na formação de novos empreendedores. Relacionado a esse pensamento,
Paes de Paula (2001), cita que as instituições de ensino brasileiras atuam como
disseminadoras de ideias, teorias e modismos produzidos fora do país, não dando aos
estudantes a criação de um cenário local, assim, não relativizando a importância do
universo das Micro e Pequenas Empresas - MPES.
34
Dornelas (2001) cita que há alguns anos poderia ser considerado errôneo um recém-
formado se lançar no mercado como criador de um negócio próprio, em detrimento de
oportunidades em empresas privadas e públicas, sendo ambas com melhores benefícios,
altos salários e prestígio diante a sociedade.
Dornelas (2001) ainda argumenta que o ensino nos cursos de Administração esteve
voltado para a formação de empregados e mão-de-obra especializada, direcionada,
principalmente, para as grandes empresas. Com o cenário econômico e social em
mudança, onde o direcionamento passou a ser na criação de empresas, boa parte das
universidades não estavam preparadas para o ensino do empreendedorismo.
Dolabela (1999) explica que se faz necessário que as IES, no intuito de formar seus
estudantes, transpassem a fronteira da criação de novos negócios, e que criem relações e
associações com diferentes classes de entidades, como autarquias, instituições de crédito,
sindicatos, associações comerciais, governos locais, estaduais e federais, órgãos de
fomento e todos aqueles que, de alguma forma auxiliem e que possam, no futuro, fazer
parte, direta ou indiretamente, do empreendedor.
Filion (2001) defende a importância do ensino de empreendedorismo nas Instituições de
ensino, contudo, o mesmo não pode ser ensinado como outras matérias isoladas. O autor
argumenta que, para ensinar o empreendedorismo, é necessário o desenvolvimento de
programas e cursos como sistemas de aprendizado e experimentação, que sejam
adaptados a esse campo de estudo, proporcionando ao estudante a estrutura de contextos
reais, que o auxilie na compreensão das diferentes etapas de seu desenvolvimento.
Estudos realizados por Martin et al., (2013) mostram que a formação do capital humano
a respeito das atividades de educação e treinamento voltada para o empreendedorismo
pode ter relação com a criação e o desenvolvimento de empresários. Em suas pesquisas,
numa visão mais ampla, o mesmo contempla as relações positivas dos ativos de capital
humano com a educação empreendedora, podendo esta educação e treinamento voltados
para o empreendedorismo ter ligações, diretas ou indiretas, com os ativos de formação de
capital humano.
Kuratko (2005) e Weaver et al., (2006) mostram uma ligação importante entre o
empreendedorismo voltado aos resultados e a educação para o empreendedorismo e
treinamento. Outro ponto levantado na revisão bibliográfica no estudo de Martin et al.,
(2012), mostra que o ensino de empreendedorismo e treinamento é dividido em duas
35
vertentes: a do ensino direcionado de curta duração, moldado ao treinamento de
empresários; e o ensino de empreendedorismo acadêmico, onde essas forças estão
voltadas às universidades.
No primeiro caso, o estudo mostra uma relação significativamente positiva, onde os
cursos e ensino de empreendedorismo de curta duração estão direcionadas ao
desenvolvimento das competências empreendedoras voltados ao surgimento e criação de
empreendimentos particulares em uma determinada localidade. Já a área acadêmica do
ensino de empreendedorismo tem seu foco na compreensão de conceitos sobre o
empreendedorismo, como a identificação das oportunidades de empreendimento, as
formas de tomada de decisão em situações que possam ser ambíguas e relações de causa
e efeito mediante a ações preconizadas pelos indivíduos empreendedores. (LEE et al.,
2004).
O estudo de Martin et al., (2013), de forma geral, argumenta que a área de pesquisa e
estudo sobre o empreendedorismo, mais especificamente o ensino, está em amplo
crescimento. Contudo, em relação aos programas de ensino de empreendedorismo e suas
abordagens qualitativas cabe a verificação de que tais estudos podem ter “equívocos”,
principalmente, em relação aos impactos sobre resultados na formação de
empreendedores.
Segundo Martin et al., (2013) um bom número de estudos e pesquisas abordam um
resultado positivo no ensino de empreendedorismo e na formação e desenvolvimento de
empreendedores, porém há um número significativo de estudos e pesquisas que
apresentam resultados negativos, ou que não têm relação direta entre o ensino de
empreendedorismo e o desenvolvimento de empreendedores, assim, não deixa claro se a
relação do ensino de empreendedorismo pode ser determinante para formar um
empreendedor bem sucedido.
A busca pela qualidade e resultados satisfatórios do ensino empreendedor torna-se um
ponto de relevância no ensino de empreendedorismo. Contudo, essa busca pela eficiência
e pela qualidade no ensino de empreendedorismo, especificamente no Brasil, tem
encontrado dificuldades devido à carência de docentes especializados nesta área.
Dornelas (2001) argumenta que a popularidade do tema no país surgiu, principalmente,
devido à criação de inúmeras MPEs com uma elevada taxa de mortalidade. De forma
contrária, nos países desenvolvidos, o surgimento do ensino de empreendedorismo foi
36
gradativo, possibilitando aos docentes uma melhor adequação aos temas vigentes e a uma
melhor qualificação na abordagem do tema.
Para Oliveira (2012), é possível ensinar empreendedorismo, sendo que tal aprendizado
deve ser adaptado à lógica do campo de estudo. Muitos estudantes que se matriculam
nessa disciplina não querem se tornar empreendedores, mas vários querem descobrir o
universo empreendedor.
Oliveira (2012) também estabelece a diferença entre universitários e empreendedores,
visto que universitários tendem a priorizar elementos de conceitualização e abstração,
enquanto os empreendedores preferem algo mais concreto. O autor ainda argumenta que
pesquisas recentes indicam que não existe nenhuma ligação entre o nível de aprendizado
e o sucesso nos negócios, porém numa visão mais acurada, essa pesquisa foi única e
exclusiva, isso se deve ao fato de que boa parte dos empreendedores estudados tem um
grau de escolaridade e trabalha em áreas vinculadas à tecnologia, área esta em que as
condições de sucesso e fracasso são muito variadas. Então, a questão de avaliar a relação
entre o ensino de empreendedorismo em estudantes universitários e o desenvolvimento
de negócios pelos mesmos, torna-se difícil e as conclusões tem que ser cautelosas e não
generalizadoras, porque outros fatores podem interferir.
No âmbito das discussões sobre as formas e maneiras direcionadas ao ensino do
empreendedorismo, deve-se considerar as pesquisas feitas por Guimarães (2002) em
escolas Americanas, onde o autor verifica as principais metodologias de ensino e os
conteúdos programáticos mais utilizados para a disciplina de empreendedorismo. A
pesquisa aborda que, predominantemente, são conteúdos voltados ao planejamento e à
criação de novas empresas que analisam o perfil, as habilidades e o comportamento dos
empreendedores para a viabilização do processo. Quanto às metodologias para o ensino
do empreendedorismo, são usados depoimentos de empreendedores de sucesso, estudos
de caso e planos de negócios, aspectos estes que serão explicitados no próximo tópico.
2.3.1. Métodos, técnicas e recursos pedagógicos para o ensino de
empreendedorismo
O ensino de empreendedorismo se apresenta de diferentes formas no seu processo
pedagógico. Neste sentido destacam-se duas abordagens pedagógicas: a primeira
direcionada à educação sobre empreendedorismo, e a segunda trata da educação para o
empreendedorismo (LAUTENSCHALAGER; HAASE, 2011).
37
Nas atuais literaturas sobre o tema “ensino de empreendedorismo” destacam-se mais os
estudos voltados com maior preocupação e o ímpeto referentes à segunda abordagem, o
da educação para o ensino de empreendedorismo, no intuito de formação de
empreendedores atuantes. (GIOVANELA et al., 2010; CHEUNG; AU, 2010)
Em seus estudos, Leutenschlager e Haase (2011) reforçam que existem aspectos do
empreendedorismo que podem sim, ser fáceis de ensinar, outros já não são possíveis.
Habilidades e competências como criatividade, inovação, ações proativas, tomada de
decisões e riscos são aspectos ainda não trabalhados da melhor forma por metodologias
de ensino. Pesquisadores e estudiosos da educação empreendedora, defendem uma linha
de trabalhos pedagógicos mais direcionados à prática como a mais apropriada ao ensino
de empreendedorismo. A aula tradicional pode ser usada para transferência de
conhecimentos teóricos e utilizar, além disso, recursos pedagógicos mais práticos e
dinâmicos para o desenvolvimento do empreendedor. (HOINIG, 2004; RUSKOVAARA
et al., 2010; PETERSON; LIMBU, 2010)
Uma das visões que se deve ter em relação ao ensino de empreendedorismo está no
conceito de Andrade e Torkomian (2001), que mostram os estágios de programas para o
desenvolvimento da educação empreendedora. Os autores estabelecem que a Educação
Empreendedora é o processo que tem como objetivo o desenvolvimento do ser humano
no âmbito da identificação e aproveitamento de oportunidades e sua posterior
transformação em realidade, contribuindo assim para a geração de valores financeiros,
sociais e culturais para a sociedade na qual está inserido.
Segundo Andrade e Torkomian (2001) podem ser mensurados diferentes estágios de
evolução de uma formação e educação empreendedora, principalmente em função de
aspectos internos das IES (cultura, infraestrutura), e externos (influência do mercado de
trabalho, diretrizes políticas). O entendimento desses estágios é importante para que a
estruturação de programas posteriores voltados ao empreendedorismo seja coerente com
a realidade presente na instituição. Esses estágios evolutivos podem ser vistos na Figura
2.
38
Figura 2 - Estágios de programas de educação empreendedora
Fonte: Adaptado de Andrade e Torkomian (2001)
A compreensão dos estágios sobre a educação empreendedora defendida por Andrade e
Torkomian (2001), modela o pensamento da forma e metodologias de ensino que podem
5. Centro de Empreendedorismo:
Este estágio apresenta um elevado grau de estímulo à cultura empreendedoradentro da instituição. Algumas características observadas são a integração com acomunidade empresarial, presença de incubadoras de empresas, empresas juniores,prestação de serviços para a comunidade envolvendo consultoria, assessoria etreinamento em aspectos relacionados à criação e gestão de empresas, vivênciaempresarial dos alunos na comunidade e uma integração entre o corpo docente dainstituição no que diz respeito ao estímulo à cultura empreendedora nas ementasdas disciplinas do programa de graduação.
4. Cultura empreendedora nas disciplinas do programa de graduação:
Caracteriza-se pelo direcionamento das atividades previstas nas disciplinas doprograma de graduação - como um todo - para o estímulo à cultura empreendedora.O corpo docente apresenta-se sensibilizado e capacitado para essa atuação.Asdisciplinas técnicas e não relacionadas ao ambiente de negócios procuramdesenvolver seus temas específicos utilizando associações e exemplos, objetivandoo desenvolvimento indireto de aspectos da cultura empreendedora.
3. Conjunto de disciplinas específicas:
É feita uma análise de programa do curso de graduação e a inserção de diversasdisciplinas dentro de uma estratégia de formação empreendedora caracterizam esteestágio. As disciplinas podem ter foco em negócios, aspectos comportamentais,análises técnicas, desenvolvimento de pesquisas, entre outros.
2. Disciplina específica:
Existe a formalização do estímulo à cultura empreendedora disponibilizada atravésde uma disciplina constante da programação do curso de graduação, podendo serobrigatória ou eletiva. Essa disciplina, genericamente, aborda conceitos de plano denegócios, aspectos de mercado, aproveitamento de oportunidades na área deformação, entre outros assuntos.
1. Atividades isoladas:
Caracterizada por atividades isoladas, geralmente informais, demandadas pelosalunos ou estimuladas por professores. Estas atividades normalmente se referem ainformações ou projetos sobre criação de empresas, mercado de trabalho etendências de mercado
39
ajudar, tanto os discentes quanto aos docentes, a desenvolver uma educação
empreendedora, seja na fase teórica, seja na prática do desenvolvimento posterior do
perfil empreendedor.
Uma das questões que caracterizam o ensino do empreendedorismo é sua
multidisciplinariedade (BOYLES, 2012). Para que se alcancem os diferentes objetivos do
ensino de empreendedorismo, faz-se necessário traçar um plano que adapte a metodologia
pedagógica ao contexto de aprendizado que se quer atingir. Observando tal aspecto,
diferentes metodologias, técnicas e recursos são encontrados na literatura como forma de
desenvolver o processo de ensino e de aprendizado do empreendedorismo (DEGEN,
2009; DOLABELA, 2008; DORNELLAS, 2008; HISRICH et al., 2009; ILANDER,
2010; KNOTTS, 2011; SCHIMIDT et al., 2012). O Quadro 5 resume estas formas,
segundo a visão de Rocha e Freitas (2014).
Quadro 5 - Métodos, técnicas e recursos pedagógicos utilizadas ao ensino de
empreendedorismo
Métodos, técnicas e recursos. Aplicações
Aula expositiva
Transferir conhecimentos sobre o empreendedorismo, as caracteristicas
pessoais do empreendedor, os processos de inovação, fontes de recursos,
financiamentos e aspectos legais de pequenas empresas.
Visitas e contatos com
empresas
Estimular o network e iniciar o estudante a sair dos limites das IES para
entender o funcionamento de mercado na vida real. Desenvolver visão
de mercado.
Planos de negócios
Desenvolver as habilidades de planejamento, estratégia, marketing,
contabilidade, recursos humanos, comercialização. Desenvolver a
habilidade de avaliação do novo negócio, analisando o impacto da
inovação no novo negócio, analisando o impacto da inovação no novo
produto ou serviço. Construir habilidade de avaliar e dimensionar riscos
do negócio pretendido
Estudos de casos
Construção da habilidade de pensamento crítico e de avaliação de
cenários e negócios. Desenvolver a habilidade de interpretação e
definição de contextos associados ao empreendedorismo.
Trabalhos teóricos em grupo
Construção da habilidade de aprender coletivamente. Desenvolver a
habilidade de pesquisar, dialogar, integrar e construir conhecimento,
buscar soluções e emitir juízos de valor na realização do documento
escrito.
40
Métodos, técnicas e recursos. Aplicações
Grupos de discussão
Desenvolver a habilidade de testar novas idéias. Desenvolver a
capacidade de avaliar mudanças e prospectá-las como fonte de
oportunidades.
Brainstorm
Construção da habilidade de concepção de ideias, prospecção de
oportunidades, reconhecendo-as como oportunidades empreendedoras.
Estimular o raciocínio intuitivo para a criação de novas combinações de
serviços ou produtos, transformando-as em inovações.
Seminários e palestras com
empreendedores
Transferir conhecimentos das experiências vividas por empreendedores
desde a percepção a criação do produto, abertura do negócio, sucessos e
fracassos ocorridos na trajetória empreendedora.
Criação de empresas
Transpor as informações do plano de negócios e estruturar os contextos
necessários para a formalização. Compreender várias etapas da evolução
da empresa. Desenvolver a habilidade de organização e planejamento
operacional.
Aplicação de provas
dissertativas
Testar os conhecimentos teóricos dos estudantes e sua habilidade de
comunicação escrita
Atendimento individualizado
Desenvolver a habilidade de comunicação, interpretação, iniciativa e
resolubilidade. Aproximar o estudante do cotidiano real vivido nos
pequenos negócios
Trabalhos teóricos individuais
Construção de habilidade de geração de conhecimento individualizado,
estimulando a autoaprendizagem. Estimula a capacidade laboral e de
auto realização.
Trabalhos práticos individuais
Construção da habilidade da aplicação dos conhecimentos teóricos
individuais, estimulando a autoaprendizagem. Estimular a capacidade
laboral e de auto realização
Criação de produto Desenvolver habilidades de criatividade, persistência, inovação e senso
de avaliação.
Filmes e vídeos
Desenvolver a habilidade do pensamento crítico e analítico, associando
o contexto assistindo com o conhecimento teórico. Estimular a discussão
em grupo e debate de idéias.
41
Métodos, técnicas e recursos. Aplicações
Jogos de empresas e
simulações
Desenvolver a habilidade de criar estratégias de negócios, solucionar
problemas, trabalhar e tomar decisões sob pressão. Aprender pelos
próprios erros. Desenvolver tolerância ao risco, pensamento analítico,
comunicação intra e intergrupais.
Sugestão de leituras Prove ao estudante teoria e conceitos sobre o empreendedorismo.
Aumentar a conscientização do ato empreendedor.
Incubadoras
Proporcionar ao estudante espaço de motivação e criação da nova
empresa, desenvolvendo múltiplas competências, tais como habilidade
de liderança, organizacionais, toada de decisão e compreender as etapas
do ciclo de vida das empresas. Estimular o fortalecimento de network
com financiadores, fornecedores e clientes.
Competições de planos de
negócios
Desenvolver habilidades de comunicação, persuasão e estratégia.
Desenvolver capacidade de observação, percepção e aplicação de
melhorias no padrão de qualidade dos planos apresentados. Estimular a
abertura de empresa mediante os planos vencedores.
Fonte: Rocha e Freitas (2014)
2.3.2 Avaliação do ensino de empreendedorismo
A avaliação do ensino de empreendedorismo é abordada em diferentes áreas de estudo.
Tal fato tem sua importância, pois, tratar de diferentes visões sobre o ensino de
empreendedorismo enriquece proposições e pode auxiliar os futuros pesquisadores para
novos estudos, metodologias e formas de avaliação.
Bastos e Peñaloza (2005), em seus estudos para avaliar o ensino de empreendedorismo,
o relacionaram à inserção profissional, verificando se o perfil de discentes de um curso
de Administração de uma IES possuem alguma característica empreendedora ou intenção
empreendedora. A pesquisa se propôs a entender o perfil do discente que está deixando a
IES para ingressar no mercado de trabalho. Para compreender esse universo de pesquisa,
os autores optaram por dividir a visualização desse universo pesquisado em três etapas: a
primeira buscou entender o perfil socioeconômico do discente, a segunda aborda o
conhecimento da opinião desse discente sobre os conteúdos programáticos do curso de
Administração, e a terceira relacionada com o âmbito central da pesquisa, que trata de
conhecer as aspirações profissionais dos discentes, a opinião sobre determinados fatores
na profissão e se existem tendências empreendedoras. O resultado demonstrou que 86,8%
desses discentes mostraram interesse em cursar a disciplina de empreendedorismo como
42
disciplina optativa, sendo que os fatores associados foram: a possibilidade de aplicar os
conhecimentos num empreendimento próprio (72,9%) e possibilidade de fazer um plano
de negócios (75%), ambas consideradas como “muito importante”. Mesmo assim esse
resultado não foi coerente porque, quando perguntados sobre quais eram seus objetivos
profissionais de curto ou médio prazo, apenas 22,1% dos discentes responderam que
tinham como objetivo abrir um negócio próprio, sendo que o objetivo profissional mais
citado era a carreira no setor público, seguido da opção de conseguir emprego na carreira
privada.
Avaliar apenas esses fatores isoladamente, não faz com que se chegue a uma conclusão
robusta sobre o tema da carreira a ser seguida pelos discentes ou se o perfil empreendedor
foi ou não bem desenvolvido durante a sua formação universitária.
Tal perfil pode sim, estar presente no discente que queira posteriormente à sua formação
seguir outro tipo de carreira, seja esta pública ou privada, visto que a análise do perfil
empreendedor não foi contemplada na pesquisa.
Outros estudos realizados por Schoon e Duckworth (2012) promoveram a discussão e
análise dos empreendedores com a idade entre 16 a 34 anos na Grã-Bretanha. Este estudo
longitudinal, foi feito contando com várias hipóteses a serem testadas para compreender
se as experiências de vida e o ambiente social em que um individuo se encontra podem
influenciá-lo a ser um empreendedor.
Os resultados dos estudos mostraram que os jovens que estão inseridos nessa realidade
empreendedora são influenciados nas escolhas desde a família, e que as características
individuais do jovem por si só não são suficientes para tornar-se um empreendedor, sendo
necessário estudo, e que as características de sociabilização do individuo são muito
importantes para que o mesmo tenha possibilidade de se tornar um empreendedor.
Outra forma de avaliação do ensino de empreendedorismo está no estudo apresentado por
Souitaris et al.,(2007). Os autores tratam da abordagem da relação do perfil empreendedor
com o ensino de empreendedorismo para o desenvolvimento de atitudes empreendedoras
em um curso de engenharia. Esta pesquisa abordou duas questões: se os programas de
ensino de empreendedorismo aumentam a intenção das atitudes empreendedoras, e, quais
seriam esses programas. O resultado da pesquisa mostrou que programas de inspiração
que motivam o discente a se tornar empreendedor, tiveram maior significância.
43
Em outra pesquisa realizada por Carvalho e Zuanazzi (2003) foram avaliadas as CCEs
em discentes de Administração e sua relação com as expectativas do ensino de
empreendedorismo. O estudo foi realizado com estudantes do curso de Administração de
uma universidade de Santa Catarina, que ainda não tiveram contato com a disciplina de
empreendedorismo para tentar identificar as CCEs predominantes nesse grupo.
Os resultados mostraram que, aqueles estudantes que têm um negócio próprio ou têm a
intenção de abrir um negócio se interessaram mais pela disciplina de empreendedorismo
e apresentaram maiores índices de CCEs em aspectos como correr riscos calculados,
quando comparados com aqueles que não têm a intenção de abrir negócio próprio ou
estavam desempregados.
Porém, esses estudantes com níveis baixos de características empreendedoras podem sim
se tornar empreendedores, tendo em vista a sua necessidade financeira e busca por
rendimentos, com base nos dados da última pesquisa da GEM de 2013, que denotam o
Brasil com grande índice de abertura de novos negócios pela necessidade de empregos.
O estudo da literatura corrobora o que foi colocado anteriormente com respeito à
diversidade de fatores que incidem e/ou contribuem com a formação de empreendedores
e com as múltiplas formas de avaliar o ensino do empreendedorismo. Cada pesquisa
analisada chega à conclusões que envolvem somente o grupo pesquisado, sendo esta uma
limitação das mesmas, mas pode ser verificado as relações entre características de
empreendedores, influências de fatores ambientais, sociais e familiares que permitem
conduzir os estudos utilizando alguma das vertentes estudadas.
A utilização do perfil empreendedor no presente trabalho será o foco de pesquisa e
avaliação do ensino de empreendedorismo, sendo que essa forma proposta para
averiguação da relação do ensino com o desenvolvimento do perfil empreendedor dos
discentes se baseia no modelo de perfil empreendedor de Schmidt e Bohnenberger (2009).
Há vários trabalhos na literatura que têm estudado a relação entre o perfil empreendedor
e o ensino de empreendedorismo. Esta relação tem sido usada: na avaliação de grupos,
ambientes e gêneros (GUIMARÃES, 2002; ROCHA; FREITAS, 2014; PEÑALOZA et
al., 2008), na análise de relacionamentos (CORREIA; VALE, 2014), para fazer
comparações entre práticas pedagógicas do ensino em diferentes países (FERREIRA et
al., 2006), para avaliar modelos de processos acadêmicos (WOOD, 2011), para identificar
44
os impactos do ensino do empreendedorismo e motivações (OOSTERBEEK, et al.,
2011).
Alguns desses trabalhos publicados utilizaram métodos de Tomada de Decisão com
Múltiplos Critérios. Razaei et al., (2013) encontraram algumas aplicações no campo de
empreendedorismo e inovação utilizando o Método de Análise Hierárquica (AHP).
Han et al., (2012) desenvolveram um modelo de avaliação baseado na lógica Fuzzy e no
AHP e aplicaram em 11 regiões na Província Hebei na China, para avaliar o ambiente
empreendedor. Como resultado obteve uma ferramenta eficaz no suporte de tomada a
decisão.
Somsuk e Laosirihongthong (2013) identificaram fatores relacionados a recursos internos
que influenciam no sucesso de University Business Incubators (UBIs) na Tailândia, e
também utilizaram a lógica Fuzzy e AHP para categorizar e priorizar 14 fatores
encontrados.
2.4. Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (MCDM).
Métodos Tomada de Decisão por Múltiplos Critérios - Multiple Criteria Decision Making
- MCDM- é uma das metodologias de decisão mais usadas nos ramos de ciências,
negócios e engenharia. Métodos MCDM auxiliam na melhora da qualidade da decisão
promovendo um processo mais explícito, racional e eficiente (DENG et al., 2011). Ele se
baseia em selecionar a melhor alternativa tendo como referência critérios e alternativas
específicos (TRIANTAPHYLLOU, 2000).
Na década de 70, surgiram os primeiros métodos MCDM. O objetivo dos mesmos é
resolver um problema específico que possui diferentes critérios a serem atendidos
simultaneamente. É importante salientar, entretanto, que o enfoque por múltiplos critérios
não visa encontrar uma única solução para o problema apresentado e, sim, sugerir ações
mais apropriadas ao tomador de decisão. (GOMES et al., 2004),
A abordagem dos métodos MCDM tem a finalidade uma maior transparência e
sistematização do processo de decisão, caracterizando-se pela representação
multidimensional do problema. Outros aspectos colocados por (MOREIRA, 2007) como
finalidade no uso de métodos MCDM são:
- A busca pela identificação de informações / regiões críticas para análise do
processo decisório;
45
- A melhoria do entendimento das dimensões do problema;
- A aceitação da possibilidade de diferentes formulações para o mesmo problema;
- Aceitar a representação da comparabilidade entre alternativas como importantes
para o processo decisório.
As representações explícitas podem ser melhores para trabalhar do que as numéricas, que
são artificialmente definidas. Existem vários métodos MCDM que promovem uma
melhor escolha e qualidade no processo decisório, como o TOPSIS (Technique for Order
Preference by Similarity to Ideal Solution), O PROMETHEE (Preference Ranking
Method for Enrichment Evaluation), o MUSA – (Multicriteria Satisfaction Analysis),
ELECTRE (Elimination and Choice Translating Reality), o MACBETH (Measuring
Attractiveness by a categorical based Evaluation Technique) , o método ANP (Analytic
Network Process) ,e o AHP (Analytic Hierachy Process)
Contudo, o AHP, método este a ser utilizado no presente trabalho, é um dos métodos
MCDM mais utilizados no campo da tomada de decisão em diversos ramos da
Administração, como na área de marketing (MACHADO, et al, 2008), logística reversa
(MAGALHAES et al., 2011; HERNÁNDEZ, 2011) análise de custos (PAMPLONA,
1997; MATOS; MOURA, 2003), decisões gerenciais (MARINS et al., 2009), cadeia de
suprimentos (SANTOS et al., 2009).
2.4.1 Analytic Hierachy Process - AHP
O método AHP foi criado em 1980 por Thomas Saaty, sua ampla utilização deve-se ao
fato de incorporar em sua análise critérios quantitativos e qualitativos. Quando medidas
de propriedades intangíveis são observadas, torna-se necessário deduzir as escalas
relativas, por meio de comparação por pares, utilizando estimações a partir de outra escala
numérica e de organização destas escalas relativas mediante estruturas hierárquicas
(SAATY, 2008). Esta visão foi a utilizada por Saaty (1980) para o desenvolvimento do
AHP, que é uma ferramenta simples na busca por respostas para problemas complexos.
O AHP auxilia a estabelecer modelos de decisão através de processos com componentes
tanto qualitativos quanto quantitativos.
Na visão qualitativa, o AHP ajuda na formação de níveis hierárquicos, sendo esta uma
maneira conveniente de decomposição de um problema complexo, numa pesquisa voltada
para respostas de causa-efeito, em passos que formam uma cadeia linear (SAATY, 2008).
46
No âmbito quantitativo, utiliza-se pares de comparação no cálculo de pesos dos elementos
envolvidos em cada nível e determina seu peso final (desempenho global) considerando
todos os critérios (SAATY, 2008).
Oliveira e Belderrain (2008) evidenciam os principais aspectos do AHP, que são:
- O método visa orientar o processo intuitivo (baseado no conhecimento e na
experiência) de tomada de decisão;
- Ele depende dos julgamentos de especialistas ou dos decisores quando não há
informações quantitativas sobre o desempenho de uma variável em função de
determinado critério;
- Resulta numa medida global para cada uma das ações potenciais ou alternativas,
priorizando-as ou classificando-as.
Segundo Colin (2007) a aplicação do AHP pode ser dividida em quatro etapas mostradas
a seguir:
- Representação da hierarquia: desenvolvimento da hierarquia de decisão vinculada
aos vários níveis relacionados. Esta etapa é fundamental para definir a meta ou
objetivo global desejado, colocado no primeiro nível hierárquico, que decomposto
em objetivos secundários, chamados de critérios e alternativas, permitem formar
uma estrutura hierárquica de três ou mais níveis. A Figura 3 mostra uma
representação dessa estrutura hierárquica.
47
Objetivo Geral
Critério 1 Critério 2 Critério 3
Alternativa 1 Alternativa 3Alternativa 2 Alternativa 4
Figura 3 - Exemplo de estrutura Hierárquica
Fonte: Elaborado pelo autor
- Comparação de pares: análise de preferências com relação a cada elemento de
decisão de cada nível de hierarquia. Nesta etapa é muito importante que os
participantes (especialistas ou tomadores de decisão) consigam declarar realmente
a importância, ou a força de suas preferências quanto aos critérios ou alternativas
em análise. Esta comparação pode ser realizada usando medidas absolutas ou
relativas.
O Quadro 6 mostra a escala proposta por Saaty, chamada de Escala Fundamental de
Saaty.
Quadro 6 - Escala de valores para a comparação por pares no método AHP.
Valor Definição
1 Igual importância entre os elementos i e j
3 Fraca importância de um elemento sobre o outro
5 Forte importância
48
Valor Definição
7 Importância muito forte de um elemento sobre o outro
9 Importância absoluta
2, 4, 6, 8 Valores intermediários entre dois julgamentos adjacentes
Fonte: Adaptado de Saaty (2001).
- Cálculo dos pesos relativos dos elementos do modelo: o método estima os pesos
relativos dos elementos de decisão em cada nível de hierarquia e avalia a
consistência (CR-Consistency Ratio) da comparação por pares. O CR é um
indicador da coerência dos julgamentos, que considera o afastamento entre
(autovalor máximo) e n (número de critérios), conforme a Equação 1, e considera
também um erro aleatório associado à ordem da matriz de julgamento dado pelo
Índice de Coerência Aleatória (RI-Random Consistency Index).
RInnCR 1/ (1)
- Agregação das prioridades: agregação das prioridades relativas para avaliar o
resultado obtido em relação ao objetivo.
2.4.2 Ratings
Duarte Junior (2005) define ratings como um conjunto de níveis de intensidade (ou
categorias) que servem como base para avaliar o desempenho das alternativas em termos
de cada critério e/ou subcritério. As categorias que formam ratings devem ser definidas
de uma forma clara e o menos ambígua possível para descrever adequadamente o
critério/subcritério/alternativas. O rating é considerado adequado na medida em que os
decisores o consideram como uma ferramenta apropriada à avaliação das alternativas.
Saaty (2006 e 2008) e Salomon et al., (2009) comentam que a diferença entre o AHP
usando ratings e o AHP tradicional é que, o uso de ratings permite estabelecer
comparações para mais do que nove (9) alternativas, pois trabalha com medição absoluta.
Ou seja, neste caso, as alternativas são comparadas de acordo com os níveis de
intensidade associados a cada critério/subcritério/alternativas.
49
Salomon et al. (2009) apresentam propostas para obtenção dos valores numéricos dos
ratings (vetores de prioridades):
- Primeiramente, níveis de importância ou intensidade são estabelecidos e
comparados entre si. Gomes et al., (2003) apud Duarte Junior (2005) apresentam
algumas formas práticas para obtenção dos valores numéricos dos ratings (vetores
de prioridades). Em especial recomenda-se o processo de comparação, par a par,
(AHP) para definir as prioridades. Estes níveis de intensidade são definidos pelo
tomador de decisão, segundo o caso específico a ser analisado, Ex. Nada
Importante, Pouco Importante, Medianamente Importante, Muito Importante e
Totalmente Importante (que será a escala utilizada no presente trabalho);
- Posteriormente, valores de desempenho das alternativas podem ser obtidos
associando-as aos níveis descritos, e um vetor de desempenho é obtido mediante
um processo de normalização ou idealização. Para a normalização cada
componente de desempenho é dividido pela soma de todos os componentes. Na
idealização cada componente de desempenho é dividido pelo seu máximo. Saaty
(2006) aconselha que, ao trabalhar com ratings, os vetores de prioridades sejam
idealizados, onde a melhor categoria recebe o valor igual a 1 e, as outras, seriam
proporcionalmente menor;
- Por último, a síntese dos resultados, ou seja, as prioridades finais das
alternativas/subcritérios são encontradas a partir da multiplicação do peso das
alternativas pelo vetor de prioridades dos critérios.
No método AHP com ratings a estrutura de avaliação é planejada (fixa) e cada alternativa
é avaliada de acordo com seu desempenho em cada critério/subcritério/alternativa. Sua
principal vantagem é diminuir o número de comparações necessárias quando o número
de alternativas é grande. A Figura 4 mostra a estrutura hierárquica do AHP com ratings.
50
SU
BC
RIT
ÉR
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BJE
TIV
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RA
TIN
GS
CR
ITÉ
RIO
S
OBJETIVOS
CRITÉRIO 1 CRITÉRIO 2
SUBCRITÉRIO 6
CRITÉRIO 3
SUBCRITÉRIO 1 SUBCRITÉRIO 2 SUBCRITÉRIO 3 SUBCRITÉRIO 4 SUBCRITÉRIO 5
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
RATINGS
Figura 4 - Modelo do AHP com Ratings
Fonte :elaborado pelo autor (2015)
51
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste Capítulo são apresentados os métodos, procedimentos e instrumentos de pesquisa
utilizados no desenvolvimento da Dissertação.
3.1. Classificação da pesquisa
Ao realizar uma pesquisa científica é necessário se posicionar quanto às escolhas
metodológicas destacando os métodos e procedimentos utilizados.
Nesta pesquisa, o objetivo foi analisar as diferenças existentes no perfil empreendedor de
estudantes que participaram de atividades de formação empreendedora e estudantes que
não participaram com o intuito de avaliar o ensino de empreendedorismo em cursos de
Administração. Para isso, foi necessária a familiarização com o fenômeno para alcançar
a compreensão e segundo Mattar (1996), nesse estágio a pesquisa exploratória pode ser
usada como um passo inicial do processo de estudo. Pesquisas exploratórias podem usar
métodos qualitativos, quantitativos ou mistos.
Nesta pesquisa procurou-se entender a importância do ensino do empreendedorismo, pela
ótica do perfil empreendedor a partir da revisão bibliográfica e pela análise das respostas
dos questionários aplicados aos diferentes grupos de estudantes universitários. Também,
a análise das respostas às entrevistas dos coordenadores de cada curso de Administração
permitiram realizar avaliações qualitativas sobre os estágios de formação empreendedora
em cada IES.
Com respeito às estratégias quantitativas adotou-se a forma de levantamento por meio de
questionários, por ter como vantagens fundamentais o progresso rápido na obtenção dos
dados e na identificação de atributos, a partir de um pequeno grupo de pessoas
(CRESWELL, 2007).
O uso de verbos que mantêm a investigação aberta como “determinar”, “caracterizar” e
de outros que permitem estabelecer “relação entre” ou “medição de importância” mostra
a coexistência das abordagens qualitativas e quantitativas (CRESWELL, 2007).
Como delimitação o presente estudo teve um corte transversal, uma vez que os dados aqui
informados foram coletados em uma única vez em cada IES estudada, representando o
instantâneo do momento da coleta (COOPER; SCHINDLER, 2003).
52
Para continuar explicando os procedimentos metodológicos, este trabalho será dividido
em três etapas: Procedimentos de busca bibliográfica, Procedimentos de coleta de dados
e Procedimentos de análise de dados.
3.2 Procedimentos de busca bibliográfica
A primeira etapa teve o objetivo de identificar publicações científicas sobre o tema
“ensino de empreendedorismo” e “perfil empreendedor”, com a intenção apenas de
quantificar e mostrar o universo dos duas vertentes de pesquisas e mensurar se as mesmas
tem algum tipo de correlação no meio de pesquisas acadêmicas A principal fonte de
pesquisa bibliográfica foi a base do Web of Science –WoS.
Segundo Chen (2013), esta base de dados tem uma maior abrangência e cobertura. Esta
abrangência se deve ao fato de ser gratuito o acesso às instituições públicas de pesquisa
brasileira (FERREIRA et al., 2012). As técnicas bibliométricas, como citam Bufrem e
Prates (2005), são necessárias e importantes na identificação de tendências da pesquisa e
crescimento do conhecimento em diferentes ramos de disciplinas, assim como identificar
produções e autores. O Quadro 7 mostra o número de citações e artigos para cada palavra
chave pesquisada na Web of Science. A busca começou com palavras bem gerais sobre o
tema de Empreendedorismo, até ir refinando para assuntos relacionados mais
especificamente com os temas “Ensino de Empreendedorismo” e “Perfil Empreendedor”.
Este levantamento foi realizado do ano 2004 ao de 2014:
Quadro 7- Pesquisa bibliográfica
Fonte: elaborado pelo autor (2014)
Pesquisa plataforma ISI Web of Science – Palavras Chaves da
pesquisa - Ensino de Empreendedorismo e Perfil
Empreendedor
Número de
citações
Número de
artigos
1 Entrepreneurship 9899 6360
2 Entrepreneurial 7778 5219
3 Entrepreneurship + entrepreneurial 3492 2341
4 Entrepreneurship education 1412 677
5 Entrepreneurial profile 166 103
6 Entrepreneurship + entrepreneurial profile 94 54
7 Entrepreneurial profile + entrepreneurship education 30 10
53
Como pode ser apreciado no Quadro 7, o tema empreendedorismo vêm sendo bem
explorado nos últimos dez anos. O número de artigos vai diminuíndo na medida que a
pesquisa vai sendo refinada até que são unidos os dois termos específicos “ensino de
empreendedorismo” e “perfil empreendedor” - Entrepreneurial profile +
entrepreneurship education. Nesta caso pode ser apreciado que o número de artigos
publicados é o menor, quando comparado aos outros termos pesquisados (10 no total).
Na Figura 5 observa-se que, a partir do ano 2008, começa o interesse sobre o tema e o
mesmo cresce significativamente a partir do ano de 2011, onde passa a ser abordado com
maior frequência.
Gráfico 1 - Número de artigos pulicados no período de 2004 a 2014 sobre o tema Entrepreneurial profile
+ entreprenership education
Fonte – Web of Science – pesquisa realizada em jan./2015
Por fim, a interpretação quantitativa e qualitativa dos dados permitiu a identificação dos
principais aspectos que estão sendo estudados sobre os temas pesquisados.
Quantitativamente a pesquisa bibliográfica demonstra que, mesmo tendo um
comportamento irregular, o número de artigos publicados nos últimos anos está
aumentando o que significa que o tema está começando a ser pesquisado.
Qualitativamente observou-se que o sujeito empreendedor pesquisado varia muito,
incluindo estudantes de diferentes níveis, empresários e jovens empreendedores tornando
difícil fazer comparações, portanto preferiu-se procurar as referências bibliográficas mais
0
1
2
3
4
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Artigos publicados por ano -Entrepreneurial profile + entrepreneurship education
54
citadas nos artigos e que estivessem relacionadas especificamente com o tema da
Dissertação.
3.3 Procedimentos de coleta de dados
A segunda etapa da pesquisa permitiu levantar dados sobre o perfil empreendedor dos
estudantes. O estudo foi realizado em três (3) IES da cidade de Volta Redonda que
ministram o curso de Administração. A escolha das IES foi motivada por serem centros
de ensino que ministram os cursos de Administração há vários anos, portanto, podem ter
experiência nos processos de ensino e aprendizagem.
Quando se realiza uma pesquisa, precisa-se de um instrumento de coleta de dados que,
muitas vezes, requer da aplicação prévia de várias técnicas para a identificação dos
elementos que o compõem e as escalas que serão usadas. Creswell (2007) propõe algumas
recomendações quanto aos aspectos a serem incluídos no instrumento de coleta de dados:
- Tipos de questões: abertas e/ou fechadas;
- Tipos de dados: formas múltiplas contemplando várias possibilidades;
- Forma de análise: estatísticas, informações numéricas utilizando escalas,
informações de texto.
Neste trabalho foram usadas entrevistas e questionários com perguntas abertas e fechadas
que permitiram análises numéricas e de texto. Para elaborar o questionário primeiramente
foram entrevistados os coordenadores dos cursos de Administração das IES estudadas
(Ver Apêndice A). Isto possibilitou obter as características dos cursos para poder definir
a aplicabilidade do questionário a ser usado, assim como as mudanças que seriam
necessárias realizar no instrumento de coleta de dados.
A informação obtida com estas entrevistas auxiliou no direcionamento posterior para a
divisão dos grupos de alunos que participaram da pesquisa, os quais foram denominados
como Grupo I (Iniciantes) e Grupo II (Concluintes). O Grupo I formado por alunos do 1o
e 2o período, chamados de alunos iniciantes porque ainda não participaram ou
participaram em menor medida de atividades de formação empreendedora. O Grupo II,
formado pelos alunos do 7o e 8o período, chamados de alunos concluintes porque já
participaram de atividades de formação em empreendedorismo. Em cada IES foram
pesquisados ambos os grupos. Estas entrevistas também foram decisivas para buscar
55
explicações sobre o comportamento observado no levantamento de dados junto aos
estudantes.
O questionário utilizado para o levantamento de dados junto aos estudantes utilizou como
base o modelo composto por seis (6) características e 22 variávies para medir o perfil
empreendedor proposto e validado por Schmidt e Bohnenberger (2009), através de pré-
testes, e utilizado posteriormente por Rocha (2012) e por Rocha e Freitas (2014).
Nesse questionário foram adicionadas várias perguntas necessárias para o cumprimento
dos objetivos da pesquisa e foi modificada a escala Likert utilizada (de 7 aspectos para
5), mas manteve-se a mesma estrutura de perfil empreendedor formulada por Schmidt e
Bohnenberger (2009). O objetivo ao mudar a escala foi simplificar o intervalo de
autoavaliação facilitando a aplicação do AHP com ratings que foi o Método de Tomada
de Decisão com Múltiplos Critérios escolhido, pois permite medir importância de
critérios e subcritérios do perfil empreendedor, objetivos estes da presente Dissertação.
Inicialmente, pensou-se em utilizar diretamente a Escala Fundamental de Saaty no
próprio questionário para formar as matrizes pareadas, mas os estudantes pesquisados não
estão familiarizados com o uso da mesma o que poderia dar resultados não coerêntes ou
não consistêntes. Desta forma manteve se a Escala Likert com as mudanças comentadas
e posteriormente o próprio pesquisador formou as matrizes pareadas e de avaliação de
intensidades para utilizar ratings.
Esse questionário inicial foi aplicado como pré-teste para um grupo de 20 alunos dos
cursos de Administração que iam participar da pesquisa, e, depois de analisar as respostas
e ver o entendimento dos alunos sobre o tema pesquisado ficou definido o questionário
mostrado no Apêndice B.
O mesmo está dividido em 3 blocos de perguntas, os dois primeiros blocos utilizam a
escala Likert para definir a importância das dimensões e variáveis que determinam o perfil
empreendedor:
- Bloco das dimensões/critérios (I) – são identificadas as dimensões do perfil
empreendedor;
- Bloco das variáveis/subcritérios (II) – aparecem definidas as variáveis que
permitem medir o perfil empreendedor;
- Bloco de perguntas gerais (III) – permitem identificar as características do
grupo participante da pesquisa.
56
A informação obtida com a aplicação dos questionários foi de grande importância para
os próximos passos a seguir, quanto aos procedimentos quantitativos a utilizar, sendo que
estes devem complementar e aprofundar os resultados anteriores.
3.4 Procedimentos de análise de dados
As respostas às perguntas dos blocos I e II permitiram hierarquizar os critérios e
subcritérios, ou seja, determinar a importância que os grupos pesquisados atribuem às
dimensões e variáveis (chamadas de critérios e subcritérios respectivamente, quando
utilizado o AHP) que definem o perfil empreendedor. As respostas às perguntas do bloco
III permitiram caracterizar a amostra de estudantes quanto às características específicas e
envolvimento com atividades empreendedoras dentro do processo de ensino.
Após a coleta inicial junto aos estudantes, os dados foram submetidos à análise detalhada
em cada grupo pesquisado em cada IES de origem. Como neste caso participam vários
estudantes por cada grupo, é necessário sintetizar os resultados a partir da agregação dos
mesmos. De acordo com Forman e Peniwati (1998), quando os especialistas (neste caso
os estudantes pesquisados) que participam pertencem a grupos similares, o princípio de
agregação em grupo utilizado é a Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso
da média geométrica para sintetizar os valores. Este procedimento foi aplicado para
sintetizar as respostas das perguntas dos blocos I e II para posterior análise por parte do
pesquisador. As respostas das perguntas do bloco III foram tratadas mediante o uso de
estatísticas descritivas. Neste ponto buscou se complementar estas respostas com o
resultado das entrevistas de cada coordenador de curso para encontrar as possíveis
explicações do comportamento de cada grupo e dessa forma encontrar resultados
plausíveis ao presente estudo.
Mesmo combinando critérios qualitativos e quantitativos, o AHP é classificado como
método qualitativo quando utilizado para explicar um fenômeno ou caso específico. Neste
trabalho, a ênfase foi na análise da relação entre dimensões e variáveis do perfil
empreendedor (critérios e subcritérios) e não na seleção de alternativas. Segundo
Salomon (2010), se o ênfase for nos resultados da aplicação do AHP para corroborar
alguma coisa que já se tinha em mente, como neste caso, então a abordagem a seguir é a
quanti-qualitativa, o que explica a utilização do termo “método misto” de pesquisa.
Na aplicação tradicional do AHP, quando os critérios a comparar são qualitativos, utiliza-
se a medição relativa onde as alternativas são comparadas por pares. Quando o número
57
de comparações é muito grande pode ser utilizada a medição absoluta ou ratings para a
aplicação do AHP. Neste estudo existem 22 variáveis a serem analisadas, portanto, o
método utilizado foi AHP com ratings. A Figura 6 detalha minuciosamente todas as
etapas do trabalho, desde o processo da classificação da pesquisa até os procedimentos
de análise de dados.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Pro
ced
imen
tos d
e c
ole
ta d
e d
ado
sC
lass
ific
aç
ão
da p
esq
uis
a
Pro
ced
imen
tos
de
an
áli
se d
e
da
do
s
Pro
ced
imen
tos
de
bu
sca
bib
lio
grá
fic
a
Phase
DEFINIÇÃO DO OBJETO
DE PESQUISAFAMILIARIZAÇÃO COM
O FENOMENOPESQUISA
EXPLORATORIA
ESTRÁTÉGIASQUANTITATIVO
ESTRATÉGIAS QUALITATIVA
QUESTIONÁRIO
QUESTÍONÁRIO E
BIBLIOMETRIA
IDENTIFICAÇÃO DO PANORAMA
CIENTIFICO
PESQUISA BIBLIOGRAFICA – BANCO DE DADOS WEB OF SCEINCE
NÚMERO DE ARTIGOS DE TERMOS GERAIS + ESPECIFICOS
NÚMERO DE CITAÇÕES DOS TERMOS GERAIS +ESPECÍFICOS
LEVANTAMENTO DE DADOS DO PERFIL
EMPREENDEDOR DOS ESTUDANTES
IES A
IES B
IES C
GRUPO 1NÃO CURSARAM
DISCIPLINAEMNPRENDEDORISMO
GRUPO 2CURSARAM DISCIPLINAEMNPRENDEDORISMO
MEDIÇÃO- ESCALA LIKERT
BLOCO CRITÉRIOS DIMENSÕES DO
PERFIL EMPREENDEDOR
6 CRITÉRIOS
BLOCO DAS VARIÁVEIS/SUBCRITÉRIOS DO
PERFIL EMPREENDEDOR
22 VARIÁVEIS
BLOCO IIIPERGUNTAS
GERAISESTATISTICA
GERAL, INNFORMAÇÕES
ANALISE POR MEIO DO AHP
+RATING
LEVANTAMENTO DOS COORDENADORES DO
ENSINO DE EMPREENDEDORISMO
Figura 5 - Quadro esquemático dos procedimentos metodológicos
Fonte: Elaborado pelo autor (2015).
4. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO
Este capítulo aborda os principais resultados da pesquisa.
4.1 Caracterização geral dos grupos pesquisados
No Apêndice A aparece o roteiro de entrevista utilizado junto aos coordenadores de cadas
IES para identificar as características de cada curso de Adminstração. A seguir é
apresentado um resumo com algumas das características do referido curso em cada IES
(Quadro 8).
Quadro 8 - Característas dos cursos de Administração de cada IES
IES Características
A
O curso tem aproximadamente 10 anos de atividades.
A matriz curricular conta com duas disciplinas específicas de
empreendedorismo que são ministradas no 4o e 5o períodos.
B
O curso tem 12 anos de atividades.
Na matriz curricular atual não existem disciplinas específicas de
empreendedorismo.
Existem outras disciplinas da grade curricular que incorporam
conceitos de empreendedorismo (1⁰, 6⁰ e 7⁰ períodos).
C
O curso tem 10 anos de atividades.
A matriz curricular conta com uma disciplina específica de
empreendedorismo ministrada no 2o período.
Diferentes disciplinas (obrigatórias e optativas) contemplam
atividades de formação empreendedora. Fonte: Elaborado pelo autor (2015)
No Apêndice B aparece o questionário utilizado para o levantamento de dados. Este
questionário foi aplicado nos dois grupos (Grupo I e Grupo II) de cada uma das três IES
participantes (representadas aqui com as letras A, B e C). A aplicação do questionário se
deu em sala de aula com a participação do pesquisador e de um professor responsável de
cada IES e foi explicado o que se pretendia obter com cada resposta.
Com a análise dos dados obtida com a aplicação do questionário do Apêndice B (resposta
às perguntas do bloco III) foi possível particularizar as características de cada IES e da
amostra pesquisada. A Tabela 1 mostra a quantidade de alunos matriculados nos períodos
e o percentual de alunos respondentes por IES por grupo pesquisado.
60
Tabela 1 - Respondentes por grupo e IES pesquisada
IES
GRUPO I -
Total de alunos
matriculados no
1° e 2° periodos
Total de alunos
respondentes do 1° e 2°
períodos
GRUPO II -
Total de alunos
matriculados 7°
nos 8° períodos
Total de alunos
respondentes do 7° e 8°
períodos
A 72 57 68 44
B 43 35 93 68
C 80 38 56 52
Fonte: elaborado pelo autor (2014)
Como pode ser apreciado o número de pesquisados varia pois depende da quantidade de
alunos de cada curso. O menor valor percentual de respondentes se concentra no Grupo I
da IES “C” isto será levado em consideração na avaliação dos resultados posteriores.
A seguir a Tabela 2 resume a informação obtida com algumas das respostas às perguntas
do Bloco III, Estas respostas permitem caracterizar de manera geral a amostra de
estudantes pesquisados (as respostas as outras perguntas do Bloco III serão discutidas na
análise de resultados).
Tabela 2 - Resumo da Informação obtida com as respostas do Bloco III (valores percentuais)
IES
Gru
po
Sexo Idade Participação
em atividades
empreendedo
ras dentro do
curso
Experiência
Profissional Intenção
de abrir
negócio
Masc Fem. >20 20-
25
25-
30
30-
35 <35
Negócio
Próprio
Negócio
Familiar
A
I 40,35
%
59,65
%
61,40
%
28,07
%
7,02
%
3,51
%
0,00
% 8,77% 12,28% 61,40% 78,95%
II 36,36
%
63,64
%
0,00
%
68,18
%
27,27
%
2,27
%
2,27
% 79,55% 20,45% 70,45% 68,18%
B
I 48,57
%
51,43
%
20,00
%
40,00
%
25,71
%
11,43
%
2,86
% 22,86% 14,29% 45,71% 77,14%
II 35,29
%
64,71
%
0,00
%
29,41
%
41,18
%
10,29
%
19,12
% 67,65% 17,65% 63,24% 69,12%
C
I 50,00
%
50,00
%
42,11
%
31,58
%
10,53
%
7,89
%
7,89
% 21,05% 13,16% 55,26% 78,95%
II 42,31
%
57,69
%
31,58
%
59,62
%
28,85
%
1,92
%
1,92
% 34,62% 53,85% 53,85% 51,92%
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As características socioacadêmicas dos estudantes respondentes revelam que o sexo
feminino é predominante entre os estudantes que participaram da pesquisa sendo esse o
comportamento geral dos cursos de Administração analisados. A idade varia, tanto para
os Grupos I e II, quanto para as IES. A IES “A” e “C” tem comportamento similar, nos
Grupos I a idade de até 20 anos é a mais representativa e nos Grupos II é até 25 anos. Na
IES “B” a idade é um pouco maior, para o Grupo I, a maioria dos estudantes tem atè 25
61
anos e para o Grupo II a maioria tem atè 30 anos.
A participação dos estudantes em atividades de formação empreendedora varia dentro de
cada grupo para cada IES devido a que existem diferenças na matriz curricular. Na IES
“A” existem disciplinas específicas sobre empreendedorismo a partir do 4º e 5º período
quanto que nas IES “B” e “C” as disciplinas específicas ou com conteúdos relacionados
com o tema de empreendedorismo se iniciam nos primeiros períodos, por esse motivo os
valores do Grupo I são maiores.
Quanto à experiência profissional dos alunos dos Grupos I e II, foi analisado se possuiam
algum tipo de empreendimento próprio ou familiar. Observa se que os valores percentuais
da experiência profissional (negócio próprio em todas as IES para o Grupo I) são menores
quando comparados com o valor percentual da experiência profissional (negócio
familiar). Este mesmo comportamento é mantido para o Grupo II somente nas IES “A” e
“B”. No Grupo II da IES “C” o mesmo valor percentual, (53,85%) de cada grupo, relata
ter experiência em negócio próprio e familiar. A idade dos estudantes pode ter certa
influência nestes resultados, a maioria são jovens entre 20 e 25 anos portanto a
probabilidade de ter negócios próprios é menor.
Quanto à intenção empreendedora, pretendeu-se investigar se os alunos tinham alguma
intenção de abrir negócio num futuro, no caso da verificação de possíveis futuros
empreendedores oriundos de cada curso. Os resultados mostram valores elevados para
todos os grupos e IES, destacando que o maior interesse é mostrado pelos alunos dos
Grupos I que correspondem aos alunos iniciantes do curso de Administração.
4.2 Medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor
A medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor foi realizada a partir das
etapas mostradas na secão 2.4.1 (definição da estrutura hierárquica, comparação por
pares, cálculo dos pesos e agregação de prioridades) incluíndo um procedimento adicional
para determinar as intensidades quando se trabalha com AHP com ratings.
4.2.1 Definição da estrutura hierárquica
O objetivo do problema foi determinar a importância que os grupos pesquisados atribuem
às dimensões (critérios) e variáveis (subcritérios) que definem o perfil empreendedor. Os
critérios utilizados são: Autorrealização (C1), Líder (C2), Planejador (C3), Inovador (C4),
62
Assume riscos (C5) e Sociável(C6). Os subcritérios são as 22 varáveis que caracterizam
o perfil empreendedor segundo o modelo de Schmidt e Bohnenberger (2009) (ver
Apêndice B).
Considerou-se que todos os critérios/subcritérios do problema são independentes, como
preconiza o método AHP. Foi usado o método AHP com ratings, dado a quantidade de
subcritérios a serem analisados. Neste caso não é interesse selecionar alternativas,
portanto a estrutura hierárquica não inclui este aspecto. A Figura 7 mostra esta estrutura.
Figura 6 -Estrutura Hierárquica
Fonte: Elaborado pelo autor (2015)
A hierarquia se inicia pelo objetivo global “Definir o Perfil Empreendedor”. No segundo
nível, os critérios (identificados pelas dimensões do perfil empreendedor) e no último
nível encontram-se os subcritérios (variáveis que definem o perfil empreendedor), que
estão relacionados aos seus respectivos critérios. Por sua vez, cada subcritério está
associado com a categoria que o descreve. A avaliação é realizada a partir de níveis de
intensidades (categorias dos ratings) atribuídos a cada subcritério, ao invés de avaliar as
comparações par a par.
Todos os subcritérios foram representados com as mesmas categorias. As cinco categorias
consideradas são: Totalmente Importante (TI), Muito Importante (MI), Medianamente
Importante (MdI), Pouco Importante (PI) e Nada Importante (NI). As prioridades destas
63
cinco categorias foram determinadas usando o processo de comparações par a par do
método AHP.
4.2.2 Construção das matrizes de comparação para os ratings .
Para obtenção dos valores numéricos dos ratings foi utilizada a comparação realizada por
Silva et. al., (2010) mostrada na Tabela 3. O valor do CR se manteve menor do que o
valor recomendado (0,1) o que indica consistência nos julgamentos do decisor. Para todas
as aplicações posteriores será utilizado o vetor idealizado recomendado por Saaty (2006).
Tabela 3 - Matriz de comparação das intensidades dos ratings
Categorias/ Intensidades TI MI MdI PI NI Vetor Normalizado Vetor Idealizado
TI 1 3 5 7 9 0,513 1,000
MI 1 3 5 7 0,261 0,510
MdI 1 3 5 0,129 0,252
PI 1 3 0,063 0,124
NI 1 0,034 0,065
Fonte: Silva, A.; Belderrain, M. C.; Pantoja, F. C. (2010).
Como pode ser observado os valores numéricos dos ratings respeitam uma escala
numérica decrescente de Totalmente importante para Nada importante. Esse valor dos
ratings será utilizado em todos os casos de análise.
Para continuar com a aplicação do método e determinar o peso dos critérios/subcritérios
e a agregação do resultado com o cálculo das prioridades finais, se faz necessário
particularizar o estudo em cada grupo de cada IES.
4.2.3 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “A”
- Grupo I IES “A”
O Quadro C01 do Apêndice C mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta
no estudo.
Dada a quantidade de alunos participantes na pesquisa e o desconhecimento ou pouca
familiaridade com a comparação pareada utilizada no AHP, prefiriu se utilizar uma escala
mais simples para realizar o levantamento de dados. Para agregar os valores utilizou-se o
critério de Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso da média geométrica
para sintetizar os resultados (FORMAN; PENIWAT, 1998). Posteriormente o analista
64
(pesquisador) utilizou os valores agregados para construir as matrizes de comparação
pareadas.
No Quadro C01 do Apêndice C podem ser vistas as médias geométricas para cada
dimensão do perfil empreendedor (critério) a partir desse resultado o pesquisador de
forma qualitativa realizou a comparação pareada dos elementos utilizando a Escala
Fundamental de Saaty. Este critério foi seguido de igual forma para a análise dos critérios
de todos os grupos e IES pesquisadas.
A Tabela 4 mostra a matriz de comparação das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo I da IES “A”.Para todos os cálculos (em todos os grupos e IES),
quando usada a Escala de Saaty de comparação relativa foi usado o software Super
Decisions 2.2.6, versão disponível para download em http://www.superdecisions.com.
Tabela 4 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor do
Grupo I da IES “A”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 1 1/3 1/2 4 5 0,16050
C2 1 1/3 1/2 3 4 0,14367
C3 1 3 4 5 0,38154
C4 1 4 4 0,20889
C5 1 1 0,05721
C6 1 0,04819
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,04248 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
Como resultado pode ser apreciado que a maior importância é para a dimensão Planejador
(C3), seguido das dimensões Inovador (C4) e Autorrealização (C1) que tem uma
diferença bem pequena com respeito à dimensão Líder (C2).
Posteriormente procedeu-se a avaliar as variáveis do perfil empreendedor (subcritérios).
O Quadro C02 do Apêndice C mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das variáveis do perfil empreendedor. Neste caso utilizou se o mesmo
critério de Aggregation of Individual Judgement (AIJ) com o uso da média geométrica
para sintetizar o resultado de cada subcritério.
Diferente das dimensões (critérios), as variáveis (subcritérios) foram avaliadas
65
diretamente pelo pesquisador em função dos julgamentos agregados usando o AIJ e
utilizando para isto o nível de intensidade calculado para as categorias dos ratings. As
Tabela 5, 6, 7, 8, 9 e 10 mostram o valor da intensidade para cada variável (subcriterio) e
o vetor resultante da multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de
prioridade das dimensões (critérios) para o Grupo I da IES “A”.
Tabela 5 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “A”
C1 (0,1605) Vetor
S1 Muito Importante (0,51) 0,0819
S2 Pouco Importante (0,124) 0,0199
S3 Medianamente Importante (0,252) 0,0404
S4 Medianamente Importante (0,252) 0,0404
S5 Totalmente Importante (1,000) 0,1605
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 6 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo I da IES “A”
C2 (0,14367) Vetor
S6 Muito Importante (0,51) 0,0733
S7 Pouco Importante (0,124) 0,0178
S8 Medianamente Importante (0,252) 0,0362
S9 Muito Importante (0,51) 0,0733
S10 Totalmente Importante (1,000) 0,1437
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 7 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo I da IES “A”
C3 (0,38154) Vetor
S11 Totalmente Importante (1,000) 0,3815
S12 Muito Importante (0,51) 0,1946
S13 Medianamente Importante (0,252) 0,0966
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 8 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Inovador
(C4) do Grupo I da IES “A”
C4 (0,20889) Vetor
S14 Muito Importante (0,51) 0,1065
S15 Medianamente Importante (0,252) 0,0526
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 9 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo I da IES “A”
C5 (0,05721) Vetor
S16 Medianamente Importante (0,252) 0,0144
S17 Pouco Importante (0,124) 0,0071
S18 Pouco Importante (0,124) 0,0071
S19 Pouco Importante (0,124) 0,0071
66
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 10 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo I da IES “A”
C6 (0,04819) Vetor
S20 Pouco Importante (0,124) 0,006
S21 Medianamente Importante (0,252) 0,0122
S22 Medianamente Importante (0,252) 0,0122
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) podem ser vistas na
Tabela 11. A coluna “Total” representa a pontuação final da variável (subcritério) (valores
dos vetores mostrados nas Tabelas 5, 6, 7, 8, 9 e 10). A coluna “Normal” é resultado da
normalização da coluna “Total”. A coluna “Ideal” é obtida dividindo-se todos os
elementos da “Total” pelo seu maior valor.
Tabela 11 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “A”
Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,0819 0,05166215 0,2146789 7º
S2 0,0199 0,01255283 0,0521625 12º
S3 0,0404 0,02548414 0,1058978 10º
S4 0,0404 0,02548414 0,1058978 10º
S5 0,1605 0,10124267 0,4207077 3º
S6 0,0733 0,04623731 0,1921363 8º
S7 0,0178 0,01122816 0,0466579 13º
S8 0,0362 0,02283479 0,0948886 11º
S9 0,0733 0,04623731 0,1921363 8º
S10 0,1437 0,0906453 0,376671 4º
S11 0,3815 0,24064846 1 1º
S12 0,1946 0,12275279 0,5100917 2º
S13 0,0966 0,06093484 0,253211 6º
S14 0,1065 0,06717971 0,2791612 5º
S15 0,0526 0,03317984 0,1378768 9º
S16 0,0144 0,00908345 0,0377457 14º
S17 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º
S18 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º
S19 0,0071 0,00447865 0,0186107 16º
S20 0,006 0,00378477 0,0157274 17º
S21 0,0122 0,0076957 0,031979 15º
S22 0,0122 0,0076957 0,031979 15º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
67
Dentre as variáveis do Grupo I da IES “A” as mais importantes foram a S11 e S12
ocupando o 1º e 2º lugar respectivamente, ambas pertencem à dimensão Planejador (C3).
A variável S11 teve como argumentação “No meu trabalho, sempre planejo muito bem
tudo o que faço” e a S12 “Sempre procuro estudar muito a respeito de cada situação
profissional que envolva algum tipo de risco.” A 3a colocada com maior grau de
importância está dentro da dimensão Autorrealização (C1), e se relaciona com a variável
S5 “Sempre encontro soluções muito criativas para problemas profissionais com os quais
me deparo”. A 4a variável com maior peso está na dimensão Líder (C2) e se relaciona
com S10 “Me relaciono muito facilmente com outras pessoas”. No 5º lugar aparece a
variável S14 “Prefiro um trabalho repleto de novidades a uma atividade rotineira.”
- Grupo II (alunos concluintes da IES “A”)
De igual forma foi realizado o tratamento dos dados do Grupo II da IES “A”. Os Quadros
C03 e C04 do Apêndice C mostram as respostas dos alunos quando perguntados sobre a
importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As Tabelas 12, 13, 14,
15,16,17 e 18 mostram a comparação pareada dos critérios e a avaliação dos subcritérios
realizada pelo pesquisador.
Tabela 12 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo II da IES “A”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 3 1/4 3 5 7 0,22383
C2 1 1/5 1/2 4 6 0,10252
C3 1 5 6 8 0,46339
C4 1 5 7 0,13951
C5 1 3 0,04525
C6 1 0,02550
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,09115 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
Como resultado pode ser apreciado que a maior importância continua sendo para a
dimensão Planejador (C3). As dimensões Autorrealização (C1) e Inovação (C4) ocupam
a 2a e 3a posição quanto a importância, valores estes invertidos quando comprados com o
Grupo I. A dimensão Líder (C2) continua na mesma posição.
68
Tabela 13 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “A”
C1 (0,22383) Vetor
S1 Medianamente importante (0,252) 0,00564
S2 Pouco Importante (0,124) 0,02775
S3 Pouco Importante (0,124) 0,02775
S4 Medianamente importante (0,252) 0,05641
S5 Medianamente importante (0,252) 0,05641
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 14 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo II da IES “A”
C2 (0,10252) Vetor
S6 Muito Importante (0,51) 0,05229
S7 Pouco Importante (0,124) 0,01271
S8 Pouco Importante (0,124) 0,01271
S9 Medianamente importante (0,252) 0,02584
S10 Totalmente Importante (1,000) 0,10252
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 15 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo II da IES “A”
C3 (0,46339) Vetor
S11 Muito Importante (0,51) 0,23633
S12 Medianamente importante (0,252) 0,11677
S13 Pouco Importante (0,124) 0,05746
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 16 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Inovador (C4) do Grupo II da IES “A”
C4 (0,13951) Vetor
S14 Medianamente importante (0,252) 0,03516
S15 Pouco Importante (0,124) 0,01730
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 17 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo II da IES “A”
C5 (0,04525) Vetor
S16 Pouco Importante (0,124 0,00561
S17 Pouco Importante (0,124 0,00561
S18 Medianamente importante (0,252) 0,01140
S19 Muito Importante (0,51) 0,02308
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 18 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo II da IES “A”
C6 (0,02550) Vetor
S20 Nada Importante (0,065) 0,00166
69
C6 (0,02550) Vetor
S21 Pouco Importante (0,124) 0,00316
S22 Medianamente importante (0,252) 0,00643
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo II da IES “A”
podem ser vistas na Tabela 19.
Tabela 19 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “A”
Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,00564 0,006267288 0,023867 18º
S2 0,02775 0,030839034 0,117442 9º
S3 0,02775 0,030839034 0,117442 9º
S4 0,05641 0,062672875 0,238672 5º
S5 0,05641 0,062672875 0,238672 5º
S6 0,05229 0,058095107 0,221239 7º
S7 0,01271 0,014125085 0,053791 14º
S8 0,01271 0,014125085 0,053791 14º
S9 0,02584 0,028705818 0,109318 11º
S10 0,10252 0,113911975 0,433802 3º
S11 0,23633 0,262589658 1 1º
S12 0,11677 0,129750184 0,494118 2º
S13 0,05746 0,063845329 0,243137 4º
S14 0,03516 0,039063096 0,148761 8º
S15 0,01730 0,019221524 0,0732 13º
S16 0,00561 0,006234492 0,023742 19º
S17 0,00561 0,006234492 0,023742 19º
S18 0,01140 0,012670096 0,048251 16º
S19 0,02308 0,025641861 0,09765 12º
S20 0,00166 0,001841681 0,007014 22º
S21 0,00316 0,00351336 0,01338 21º
S22 0,00643 0,007140054 0,027191 17º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As variáveis (subcritérios) mais importantes voltam a ser S11 e S12 ocupando o 1º e 2º
lugar. A variável S10 “Me relaciono muito facilmente com outras pessoas” pertencente à
dimensão Líder (C2) foi a 3a colocada em importância pelos alunos concluintes (Grupo
II). Neste caso aparece uma nova variável, a S13 “Tenho os assuntos referentes ao
trabalho sempre muito bem planejados”, pertencente à dimensão Planejador (C3)
colocada nas primeiras posições de importância o que não aconteceu no Grupo I.
4.2.4 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “B”
70
- Grupo I (alunos iniciantes da IES “B”)
O Quadro D01 do Apêndice D mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta
no estudo. A Tabela 22 mostra a matriz de comparação das dimensões (critérios) do
Grupo I da IES “B” a qual foi obtida seguindo os mesmos procedimentos explicados na
seçaõ 4.2.3.
Tabela 20 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo I da IES “B”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 3 1/4 ½ 3 6 0,15030
C2 1 1/5 1/3 1 5 0,07582
C3 1 5 6 8 0,47630
C4 1 4 6 0,19635
C5 1 6 0,07491
C6 1 0,02633
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,008082 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
Pode-se apreciar que a maior importância continua sendo para a dimensão Planejador
(C3), seguido das dimensões Inovador (C4) e Autorrealização (C1). As dimensões Líder
(C2) e Assume riscos (C5) tiveram o mesmo peso de importância.
O Quadro D02 do Apêndice D mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das variáveis do perfil empreendedor. As Tabela 21, 22, 23, 24, 25 e 26
mostram o valor da intensidade para cada variável (subcritério) e o vetor resultante da
multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de prioridade das
dimensões para o Grupo II da IES “B”.
Tabela 21 -Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “B”
C1 (0,15030) Vetor
S1 Medianamente Importante (0,252) 0,037876
S2 Muito Importante (0,51) 0,076653
S3 Totalmente Importante (1,000) 0,1503
S4 Muito Importante (0,51) 0,076653
S5 Totalmente Importante (1,000) 0,1503
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
71
Tabela 22 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo I da IES “B”
C2 (0,07582) Vetor
S6 Totalmente Importante (1,000) 0,07582
S7 Medianamente Importante (0,252) 0,019107
S8 Muito Importante (0,51) 0,038668
S9 Totalmente Importante (1,000) 0,07582
S10 Totalmente Importante (1,000) 0,07582
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 23 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo I da IES “B”
C3 (0,47630) Vetor
S11 Totalmente Importante (1,000) 0,4763
S12 Totalmente Importante (1,000) 0,4763
S13 Muito Importante (0,51) 0,242913
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 24 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Inovador (C4) do Grupo I da IES “B”
C4 (0,19635) Vetor
S14 Muito Importante (0,51) 0,100139
S15 Medianamente importante (0,252) 0,04948
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 25 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo I da IES “B”
C5 (0,07491) Vetor
S16 Muito importante (0,51) 0,038204
S17 Pouco Importante (0,124) 0,009289
S18 Medianamente importante (0,252) 0,018877
S19 Pouco Importante (0,124) 0,009289
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 26 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo I da IES “B”
C6 (0,02633) Vetor
S20 Nada Importante (0,065) 0,001711
S21 Medianamente importante (0,252) 0,006635
S22 Medianamente importante (0,252) 0,006635
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo I da IES “B”,
podem ser vistas na Tabela 27.
72
Tabela 27 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “B”
Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,037876 0,01711668 0,07952 9º
S2 0,076653 0,0346409 0,160934 5º
S3 0,1503 0,06792333 0,315557 3º
S4 0,076653 0,0346409 0,160934 5º
S5 0,1503 0,06792333 0,315557 3º
S6 0,07582 0,03426445 0,159185 6º
S7 0,019107 0,00863464 0,040115 10º
S8 0,038668 0,01747487 0,081185 8º
S9 0,07582 0,03426445 0,159185 6º
S10 0,07582 0,03426445 0,159185 6ª
S11 0,4763 0,21524872 1 1º
S12 0,4763 0,21524872 1 1º
S13 0,242913 0,10977685 0,51 2º
S14 0,100139 0,04525443 0,210242 4º
S15 0,04948 0,02236101 0,103885 7º
S16 0,038204 0,01726513 0,08021 11º
S17 0,009289 0,0041978 0,019502 13º
S18 0,018877 0,00853101 0,039633 12º
S19 0,009289 0,0041978 0,019502 13º
S20 0,001711 0,00077344 0,003593 15º
S21 0,006635 0,00299855 0,013931 14º
S22 0,006635 0,00299855 0,013931 14º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Dentre as variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “B”, a maior importância continua
sendo para S11, S12 e S13 que pertencem à dimensão Planejador (C3), sendo que as
variáveis (subcritérios) S11 e S12 empataram em 1º lugar, e a S13 ficou em 2º lugar de
importância. De igual forma as variáveis S2 e S5 “Creio que tenho uma boa habilidade
em detectar oportunidades de negócio no mercado” e “Sempre encontro soluções muito
criativas para problemas profissionais com os quais me deparo”, localizadas na dimensão
Autorrealização (C1) ficaram em 3º lugar de importância o que da um elevado peso a esta
dimensão.
- Grupo II (alunos concluintes da IES “B”)
Os Quadros D03 e D04 do Apêndice D mostram as respostas dos alunos quando
perguntados sobre a importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As
Tabelas 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34 mostram os resultados da comparação pareada entre
73
os critérios e da avaliação direta dos subcritérios.
Tabela 28 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo II da IES “B”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 1/3 1/4 ½ 3 5 0,11203
C2 1 1/3 1 4 6 0,20365
C3 1 3 5 8 0,40694
C4 1 4 6 0,18590
C5 1 4 0,06251
C6 1 0,02897
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,04968 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
Como resultado pode ser apreciado que a maior importância é para a dimensão Planejador
(C3), seguida da dimensão Líder (C2) tendo esta uma pequena diferença com respeito à
dimensão Inovador (C4).
Tabela 29 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “B”
C1 (0,11203) Vetor
S1 Muito Importante (0,51) 0,057135
S2 Muito Importante (0,51) 0,057135
S3 Muito Importante (0,51) 0,057135
S4 Muito Importante (0,51) 0,057135
S5 Totalmente Importante (1,000) 0,11203
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 30 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo II da IES “B”
C2 (0,20365) Vetor
S6 Totalmente Importante (1,000) 0,20365
S7 Muito Importante (0,51) 0,103862
S8 Muito Importante (0,51) 0,103862
S9 Totalmente Importante (1,000) 0,20365
S10 Totalmente Importante (1,000) 0,20365
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 31 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo II da IES “B”
C3 (0,40694) Vetor
S11 Totalmente Importante (1,000) 0,40694
S12 Muito Importante (0,51) 0,207539
74
S13 Medianamente importante (0,252) 0,102549
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 32 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Inovador (C4) do Grupo II da IES “B”
C4 (0,18590) Vetor
S14 Totalmente Importante (1,000) 0,1859
S15 Medianamente importante (0,252) 0,046847
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 33 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo II da IES “B”
C5 (0,06251) Vetor
S16 Medianamente importante (0,252) 0,015753
S17 Pouco Importante (0,124) 0,007751
S18 Medianamente importante (0,252) 0,015753
S19 Pouco Importante (0,124) 0,007751
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 34 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo II da IES “B”
C6 (0,02897) Vetor
S20 Pouco Importante (0,124) 0,003592
S21 Medianamente importante (0,252) 0,0073
S22 Medianamente importante (0,252) 0,0073
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo II da IES
“B”, podem ser vistas na Tabela 35
Tabela 35 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “B”
Variável/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,057135 0,026278528 0,140402 7º
S2 0,057135 0,026278528 0,140402 7º
S3 0,057135 0,026278528 0,140402 7º
S4 0,057135 0,026278528 0,140402 7º
S5 0,11203 0,051526525 0,275299 5º
S6 0,20365 0,093665776 0,500442 3º
S7 0,103862 0,047769546 0,255226 6º
S8 0,103862 0,047769546 0,255226 6º
S9 0,20365 0,093665776 0,500442 3º
S10 0,20365 0,093665776 0,500442 3º
S11 0,40694 0,187165976 1 1º
S12 0,207539 0,095454648 0,51 2º
S13 0,102549 0,047165826 0,252 8º
S14 0,1859 0,085501929 0,456824 4º
75
Variável/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S15 0,046847 0,021546486 0,11512 9º
S16 0,015753 0,007245136 0,03871 10º
S17 0,007751 0,003565067 0,019048 11º
S18 0,015753 0,007245136 0,03871 10º
S19 0,007751 0,003565067 0,019048 11º
S20 0,003592 0,001652216 0,008828 13º
S21 0,0073 0,003357728 0,01794 12º
S22 0,0073 0,003357728 0,01794 12º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Continuam sendo as variáveis (subcritérios) S11 e S12 as mais importantes para os
estudantes integrantes desse grupo, seguidos das variáveis S6, S9 e S10, estas últimas
localizadas no grupo da dimensão Líder (C2). Esse resultado mostra uma mudança na
importância das variáveis (subcritérios) e destaca a dimensão Líder na opinião dos 68
alunos concluintes da IES “B”.
4.2.5 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor na IES “C”
- Grupo I (alunos iniciantes da IES “C”)
O Quadro E01 do Apêndice E mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das dimensões do perfil empreendedor utilizando a escala Likert proposta
no estudo. A Tabela 36 mostra a matriz de comparação das dimensões do perfil
empreendedor (critérios) do Grupo I da IES “C” segundo procedimento descrito na seção
4.2.3.
Tabela 36 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo I da IES “C”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 4 1/2 3 3 7 0,28899
C2 1 1/3 2 2 6 0,14178
C3 1 3 3 8 0,34430
C4 1 1 5 0,09851
C5 1 5 0,09851
C6 1 0,02791
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,04470 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
76
A maior importância é para a dimensão Planejador (C3), seguida da dimensão
Autorrealização (C1). As dimensões Inovador (C4) e Assume riscos (C5) tiveram
importâncias com o mesmo peso.
O Quadro E02 do Apêndice E mostra as respostas dos alunos quando perguntados sobre
a importância das variáveis do perfil empreendedor. As Tabela 37, 38, 39, 39, 40, 41 e 42
mostram o valor da intensidade para cada variável (subcritério) e o vetor resultante da
multiplicação da intensidade da variável (subcritério) pelo vetor de prioridade das
dimensões (critérios) para o Grupo I da IES “C”.
Tabela 37 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo I da IES “C”
C1 (0,28899) Vetor
S1 Muito Importante (0,51) 0,147385
S2 Medianamente Importante (0,252) 0,072825
S3 Pouco Importante (0,124) 0,035835
S4 Muito Importante (0,51) 0,147385
S5 Medianamente Importante (0,252) 0,072825
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 38 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo I da IES “C”
C2 (0,14178) Vetor
S6 Muito Importante (0,51) 0,072308
S7 Pouco Importante (0,124) 0,017581
S8 Pouco Importante (0,124) 0,072308
S9 Medianamente Importante (0,252) 0,035729
S10 Muito Importante (0,51) 0,072308
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 39 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo I da IES “C”
C3 (0,34430) Vetor
S11 Totalmente Importante (1,000) 0,3443
S12 Totalmente Importante (1,000) 0,3443
S13 Muito Importante (0,51) 0,175593
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 40 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Inovador (C4) do Grupo I da IES “C”
C4 (0,09851) Vetor
S14 Muito Importante (0,51) 0,05024
S15 Medianamente importante (0,252) 0,024825
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
77
Tabela 41 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo I da IES “C”
C5 (0,09851) Vetor
S16 Muito Importante (0,51) 0,05024
S17 Pouco Importante (0,124) 0,012215
S18 Medianamente importante (0,252) 0,024825
S19 Pouco Importante (0,124) 0,012215
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 42 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo I da IES “C”
C6 (0,02791) Vetor
S20 Nada Importante (0,065) 0,001814
S21 Medianamente importante (0,252) 0,007033
S22 Muito Importante (0,51) 0,014234
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
As prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do Grupo I da IES “C”,
podem ser vistas na Tabela 43.
Tabela 43 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo I da IES “C”
Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,147385 0,081503659 0,428071 3º
S2 0,072825 0,040272396 0,211518 4º
S3 0,035835 0,019816576 0,10408 7º
S4 0,147385 0,081503659 0,428071 3º
S5 0,072825 0,040272396 0,211518 4º
S6 0,072308 0,03998612 0,210014 5º
S7 0,017581 0,009722115 0,051062 10º
S8 0,072308 0,03998612 0,210014 5º
S9 0,035729 0,019757848 0,103772 8º
S10 0,072308 0,03998612 0,210014 5º
S11 0,3443 0,190397455 1 1º
S12 0,3443 0,190397455 1 1º
S13 0,175593 0,097102702 0,51 2º
S14 0,05024 0,02778271 0,14592 6º
S15 0,024825 0,013727927 0,072101 9º
S16 0,05024 0,02778271 0,14592 6º
S17 0,012215 0,006755012 0,035478 12º
S18 0,024825 0,013727927 0,072101 9º
S19 0,012215 0,006755012 0,035478 12º
S20 0,001814 0,001003223 0,005269 14º
S21 0,007033 0,003889417 0,020428 13º
S22 0,014234 0,007871439 0,041342 11º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
78
As variáveis (subcritérios) S11, S12 e S13 foram as mais importantes. Este
comportamento foi similar ao alcançado no Grupo I da IES “B”. A diferença fundamental
é que a variável S4 “Profissionalmente, me considero uma pessoa muito mais persistente
que as demais”, aparece pela primeira vez dentro as variáveis mais importantes ocupando
a 3a posição em importância junto com a variável S1, ambas pertencentes à dimensão
Autorrealização (C1).
- Grupo II (alunos concluintes da IES “C”)
De igual forma foi realizado o tratamento dos dados do Grupo II da IES “C”. Os Quadros
E03 e E04 do Apêndice E mostram as respostas dos alunos quando perguntados sobre a
importância das dimensões e variáveis do perfil empreendedor. As Tabelas 44, 45, 46,
47, 48, 49 e 50 mostram os resultados da comparação pareada dos critérios e da avaliação
direta dos subcritérios.
Tabela 44 - Matriz de comparação pareada das dimensões do perfil empreendedor
(critérios) do Grupo II da IES “C”
Dimensões/Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Vetor
C1 1 3 1/2 3 5 7 0,27027
C2 1 1/4 1 3 4 0,11569
C3 1 4 7 8 0,40767
C4 1 3 5 0,12069
C5 1 3 0,05470
C6 1 0,03098
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O valor do CR foi igual a 0,003079 portanto os julgamentos foram consistentes ou
coerentes.
Como resultado observa-se que a maior importância é para a dimensão Planejador (C3).
A dimensão Autorrealização (C1) foi a segunda com maior peso. A dimensão Inovador
(C4) é a 3a com maior importância no Grupo II de respondentes. Este comportamento
muda a posição das dimensões C1 e C4 com respeito ao resultado dos respondentes do
Grupo I.
Tabela 45 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Autorrealização (C1) do Grupo II da IES “C”
C1 (0,27027) Vetor
S1 Medianamente importante (0,252) 0,068108
S2 Pouco Importante (0,124) 0,033513
79
S3 Pouco Importante (0,124) 0,033513
S4 Pouco Importante (0,124) 0,033513
S5 Medianamente importante (0,252) 0,068108
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 46 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Líder
(C2) do Grupo II da IES “C”
C2 (0,11569) Vetor
S6 Medianamente importante (0,252) 0,029154
S7 Pouco Importante (0,124) 0,014346
S8 Pouco Importante (0,124) 0,014346
S9 Muito Importante (0,51) 0,059002
S10 Totalmente Importante (1,000) 0,11569
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 47 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Planejador (C3) do Grupo II da IES “C”
C3 (0,40767) Vetor
S11 Muito Importante (0,51) 0,207912
S12 Muito Importante (0,51) 0,207912
S13 Medianamente importante (0,252) 0,102733
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 48 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Inovador (C4) do Grupo II da IES “C”
C4 (0,12069) Vetor
S14 Medianamente importante (0,252) 0,030414
S15 Pouco Importante (0,124) 0,014966
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 49 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão Assume
riscos (C5) do Grupo II da IES “C”
C5 (0,05470) Vetor
S16 Medianamente importante (0,252) 0,013784
S17 Pouco Importante (0,124) 0,006783
S18 Pouco Importante (0,124) 0,013784
S19 Pouco Importante (0,124) 0,013784
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Tabela 50 - Avaliação das variáveis (subcritérios) relacionados com a dimensão
Sociável (C6) do Grupo II da IES “C”
C6 (0,03098) Vetor
S20 Pouco Importante (0,124) 0,003842
S21 Pouco Importante (0,124) 0,003842
S22 Medianamente importante (0,252) 0,007807
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
A Tabela 51 mostra as prioridades ou importância final de cada variável (subcritério) do
Grupo II da IES “C”.
80
Tabela 51 - Ranking das variáveis (subcritérios) do Grupo II da IES “C”
Variáveis/Subcritérios Total Normalizado Ideal Ranking
S1 0,068108 0,06209393 0,327582 4º
S2 0,033513 0,03055415 0,161191 6º
S3 0,033513 0,03055415 0,161191 6º
S4 0,033513 0,03055415 0,161191 6º
S5 0,068108 0,06209393 0,327582 4º
S6 0,029154 0,02657952 0,140222 8º
S7 0,014346 0,01307881 0,068998 10º
S8 0,014346 0,01307881 0,068998 10º
S9 0,059002 0,05379188 0,283783 5º
S10 0,11569 0,10547428 0,556438 2º
S11 0,207912 0,18955257 1 1º
S12 0,207912 0,18955257 1 1º
S13 0,102733 0,09366127 0,494118 3º
S14 0,030414 0,02772826 0,146283 7º
S15 0,014966 0,01364406 0,07198 9º
S16 0,013784 0,0125672 0,066299 11º
S17 0,006783 0,00618386 0,032623 13º
S18 0,013784 0,0125672 0,066299 11º
S19 0,013784 0,0125672 0,066299 11º
S20 0,003842 0,0035023 0,018477 14º
S21 0,003842 0,0035023 0,018477 14º
S22 0,007807 0,00711759 0,037549 12º
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Como pode ser observado, as variáveis (subcritérios) S11 e S12 ficaram com a 1a posição
na importância, esta posição é mantida para todos os grupos e IES participantes da
pesquisa. Isto coloca a dimensão Planejador (C3) como a mais importante.
Mesmo com estes resultados, ainda podem ser verificados alguns aspectos como a
variação dos valores de importância por cada Grupo e IES e como as características
socioacadêmicas podem ter influência nestes valores.
4.3 Análise dos resultados
4.3.1 Dimensões e variáveis do perfil empreendedor
Com as informações que brindam as Tabelas 4,12,20,28,36 e 44 foram construidos 3 (três)
gráficos: o Gráfico 2 (para a IES “A”), o Gráfico 3 (para a IES “B”) e o Gráfico 4 (para a
IES “C”) que mostram o comportamento das dimensões do perfil empreendedor.
81
Como pode ser apreciado no Gráfico 2, a dimensão C3 é a mais importante para ambos
os grupos, mas as dimensões C1, C2 e C4 mudam a ordem do Grupo I para o Grupo II,
C2 e C4 diminuem a importância quanto a importância de C1 aumenta.
Gráfico 2 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “A”
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Nesta IES “A” são oferecidas a disciplinas de Empreendedorismo no 4o e 5o período, o
coordenador explica que não existe transversalidade de conteúdos sobre
empreendedorismo entre as diferentes disciplinas e que a abordagem do tema se dá
fundamentalmente mediante atividades isoladas que dependem da iniciativa dos
professores. É avaliado como positivo as atividades de extensão que acontecem durante
toda a vida acadêmica dos estudantes, fundamentalmente palestras coordenadas pela
Associação Comercial Industrial e Agropastoril de Volta Redonda –ACIAP-VR onde é
incentivado o planejamento pessoal e a busca pela identificação das necessidades de
capacitação para poder identificar oportunidades.
Isto explica em certa medida o resultado obtido, as dimensões C3 e C1 tem um incremento
na importância do Grupo II (alunos concluintes), desta forma as atividades educacionais
desenvolvidas pela IES “A” podem estar contribuindo para o desenvolvimento destas
duas características.
82
No Gráfico 3 da IES “B” pode ser observado que a dimensão C3 continua sendo a mais
importante na opinião dos estudantes de ambos os grupos pesquisados, mas
diferentemente das outras IES o valor de importância para os alunos concluintes, Grupo
II, é menor que para os alunos iniciantes, Grupo I. Também a dimensão C2 tem um
comportamento diferente porque aumenta seu valor de importância de 7,58% do Grupo
I, para 20,36% no Grupo II, sendo esta a maior mudança de importância que se manifesta
em todos as dimensões.
Gráfico 3 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “B”
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Procuradas as possíveis causas desse comportamento, verificou-se que na IES “B” a
matriz curricular do curso de Administração, também tem diferenças quando comparada
com as IES “A” e “C”. Não existe disciplina específica de Empreendedorismo que aborde
os conceitos gerais do tema, mas no 1⁰, 6⁰ e 7⁰ períodos existem disciplinas que abordam
este tema com um conteúdo mais específico. Se inicia pela disciplina “Plano de
Negócios” no 1⁰ período onde é destacado a necessidade do planejamento do negócio,
isto pode influenciar no resultado de importância da dimensão C3 para o Grupo I que está
formado por alunos do 1⁰ e 2⁰. Posteriormente tem as disciplinas de “Gestão de Projetos”
e “Orçamento e Custos” no 6⁰ e 7⁰ período em que voltam a retomar alguns temas de
empreendedorismo e formular novos conceitos, o que pode contribuir a destacar outras
características do perfil empreendedor como a dimensão C2 e a variável S14 como será
83
visto posteriormente. O aspecto de destaque do currículo desta IES é que incorpora o
conceito de transversalidade ministrando conteúdos de empreendedorismo em diferentes
disciplinas. Esses conteúdos aparecem inicialmente de uma forma simples e continuam
de forma mais prática e adicionando complexidade e interdependência com os conteúdos
já vistos anteriormente. Como aspecto negativo, destaca-se a baixa quantidade de
atividades de extensão ou extracurriculares que apoiem a formação empreendedora dos
estudantes, sendo as palestras com empreendedores o principal meio utilizado.
O Gráfico 4 mostra a situação da IES “C” com respeito às dimensões do perfil
empreendedor. A dimensão C3 é a mais importante para ambos os grupos, com um valor
maior para o Grupo II. As dimensões C1, C2 e C4 mudam a ordem do Grupo I para o
Grupo II, C1 e C2 diminuem a importância quanto a importância de C4 aumenta. No
intuito de verificar este comportamento, analisou a matriz curricular e as características
do curso colocadas pelo o coordenador.
Gráfico 4 - Importância das dimensões do perfil empreendedor para a IES “C”
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Na IES “C” a discussão sobre o tema de Empreendedorismo inicia-se no 2⁰ período, mas
existe todo um conjunto de atividades curriculares e extracurriculares que abordam
temáticas relacionadas ao assunto durante todo o período de formação. Alguns conteúdos
84
de diferentes disciplinas (obrigatórias e optativas), contemplam atividades de formação
empreendedora. O destaque fundamental desta IES é que existem projetos que de alguma
forma incorporam aspectos de empreendedorismo, mas não todos os alunos participam,
portanto a formação dos alunos pode ser diferenciada.
Analisando os Gráficos anteriores (2, 3 e 4), observa-se que as dimensões Assume riscos
(C5) e Sociável (C6) são as menos importantes para o perfil segundo a opinião de todos
os grupos e IES. Especificamente a C5, para o Grupo II, em todas as IES tem menor
importância do que para o Grupo I. Este resultado é contraditório se levado em
consideração a opinião da maioria dos autores pesquisados e referenciados neste trabalho,
que consideram que assumir riscos é uma característica determinante no perfil dos
empreendedores.
A respeito das variáveis que medem o perfil empreendedor, um resumo com a ordem de
importância das cinco (5) primeiras colocadas para cada grupo e IES pode ser observada
na Tabela 52.
Tabela 52 - Resumo da importância das variáveis do perfil empreendedor
IES GRUPO 1a Posição 2a Posição 3a Posição 4a Posição 5a Posição
A
I S11 S12 S5 S10 S14
II S11 S12 S10 S13 S5
B
I S11, S12 S13 S3, S5 S14 S2, S4
II S11 S12 S9, S10, S6 S14 S5
C
I S11, S12 S13 S1, S4 S2, S5 S6, S8, S10
II S11, S12 S10 S13 S1, S5 S9
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
Pode ser apreciado que as primeiras posições se concentram nas variáveis S11, S12 e S13
relacionados diretamente com a dimensão Planejador (C3). Este resultado era o esperado
dado que esta dimensão foi a de maior importância para todos os grupos com diferenças
positivas elevadas quando comparada às outras dimensões.
Nos cursos de Administração os conteúdos de gestão e planejamento estão incorporados
em muitas disciplinas desde os primeiros períodos e normalmente tendem a aumentar na
85
segunda metade do curso, portanto esta característica ganha importância
independentemente do estudante participar ou não de atividades de formação
empreendedora.
As outras variáveis mais importantes estão relacionados com as dimensões de
Autorrealização (C1) e Líder (C2). Quanto às variáveis relacionados com C2 (S6, S8, S9
e S10) elas tiveram uma mudança positiva considerável na IES “B” mas algumas delas
também estão ocupando importância elevada nas outras IES. Já o comportamento das
variáveis relacionadas com a dimensão C1 (S1, S2, S3, S4, S5), também era esperado
dado que a importância desta dimensão foi elevada na maioria dos grupos e IES quando
comparada às outras dimensões, embora somente aumentasse do Grupo I para o Grupo II
na IES “A”.
Em última posição está a variável S14 relacionada com a dimensão Inovador (C4) ela
aparece na 4a e 5a posição para alguns dos grupos pesquisados, sendo o maior destaque na
IES “B” onde ocupa a mesma posição (4a ) nos dois Grupos (I e II), mas com valores de
importância que aumentam para o Grupo II (21,02% Grupo I e 45,68% Grupo II). Esta
variável está associada à preferência por trabalhos repletos de novidades e desafios e
mesmo com uma diminuição do valor percentual em um (1) ponto da dimensão C4 para
a IES “B”, o aumento do valor dessa variável é evidente, o que pode estar relacionado
com a forma em que os conteúdos de formação empreendedora são tratados.
De maneira geral, os resultados anteriores mostram mudanças no perfil empreendedor
dos estudantes quando comparados entre grupos e IES. A importância atribuída às
dimensões e variáveis do perfil empreendedor muda de um grupo para outro e IES, o que
pode evidenciar que o tema do empreendedorismo é abordado de forma diferente.
Para aprofundar nestes resultados foi realizada uma análise com os dados mais relevantes
obtidos com as respostas do Bloco III do questionário do Apêndice B.
Na Tabela 2 (seção 4.1) observa se que os alunos inciantes, Grupo I, de todas as IES
apresentam uma média maior na intenção de abrir negócio, muitas vezes esta é a
expectativa ao escolher um curso de Administração. Na medida que o curso avança e
novos conhecimentos são adquiridos, são abertas novas possibilidades que fazem
diminuir esta intenção. Este comportamento coincide com o encontrado por Graevenitz
et al. (2010), mas é contrario ao observado por Rocha (2012), onde a participação dos
86
estudantes de curso de graduação em Administração em atividades de formação
empreendedora aumentou a intenção de se abrir um negócio comparado com os que não
participaram.
Conforme Filion (1999), o desejo de ter um próprio negócio pode ser um fator comum
entre empreendedores e não empreendedores. Isso pode justificar o motivo porque certo
percentual de estudantes de Administração intencionaram abrir ou ter o próprio negócio.
Também existe o critério, entre vários outros pesquisadores, que os cursos de
Administração preferenciam a formação de gerentes ou Administradores de empresas.
(DORNELAS, 2001; DOLABELA,1999; FERRERA, FONSECA, PEREIRA, 2002)
Quanto ao impacto que podem ter os diferentes tipos de atividades de formação
empreendedora na mudança do perfil empreendedor, já o estudo de Rocha (2012) não
tinha encontrado qualquer tipo de atividade de formação empreendedora com maior ou
menor impacto entre os estudantes. Por este motivo, preferiu-se neste trabalho somente
abordar o assunto a partir da descrição do percentual de respostas dos estudantes.
A Tabela 53 mostra os valores percentuais das respostas para cada grupo e IES, quando
perguntados sobre a existência de disciplinas específicas de Empreendedorismo ou de
outras que incorporam estes temas em seus conteúdos.
Tabela 53 - Disciplinas que incorporam o tema de empreendedorismo
IES Grupo
Disciplinas que incorporam o tema de empreendedorismo
Disciplina de Empreendedorismo Conjunto de disciplinas que incorporam
temas de empreendedorismo.
A I 0,00% 3,51%
II 45,45% 11,36%
B I 5,71% 8,57%
II 41,18% 17,65%
C I 5,26% 5,26%
II 17,31% 7,69%
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
87
No caso da IES “A”, observa se que os alunos do Grupo I (1o e 2o período) não tem
disciplina específica e os conceitos de empreendedorismo são pouco abordados em outras
disciplinas. Na IES “B”, poucos estudantes identificam a disciplina de “Plano de
Negócios” que é ministrada nos primeiros períodos, somente como uma disciplina de
Empreendedorismo, mas observa-se como os conceitos de empreendedorismo são
abordados em outras. Os menores incrementos nos valores percentuais do Grupo I para o
Grupo II aparecem na IES “C”, como já tinha sido colocado, poucos estudantes do Grupo
I responderam o questionário, e o maior percentual de respostas em branco também se
corresponde com essa IES no Grupo II.
A Tabela 54 mostra os valores percentuais das respostas para cada grupo e IES, quando
perguntados sobre a participação em atividades práticas de empreendedorismo (aqui foi
definido no questionário que eram atividades promovidas pelas IES).
Tabela 54 - Participação em atividades práticas sobre empreendedorismo
IES Grupo
Participação em atividades práticas sobre empreendedorismo
Elaboração
de planos
de
negócios
Criação
de
produto
Incubadoras
de
empresas
Projetos
Criação
de
empresa
Jogos de
empresas
e
simulados
Palestras de
especialistas
Aulas
práticas
A I 0,00% 0,00% 0,00% 3,51% 0,00% 0,00% 3,51% 0,00%
II 29,55% 6,82% 4,55% 2,27% 9,09% 0,00% 15,91% 4,55%
B I 5,71% 0,00% 0,00% 2,86% 8,57% 0,00% 5,71% 2,86%
II 14,71% 1,47% 0,00% 0,00% 2,94% 17,65% 16,18% 2,94%
C I 5,26% 2,63% 0,00% 10,53% 0,00% 2,63% 2,63% 2,63%
II 9,62% 1,92% 1,92% 11,54% 1,92% 11,54% 3,85% 1,92%
Fonte: elaborado pelo autor (2015)
O resultado aqui é bem diferente para cada grupo e IES. A “Elaboração de plano de
negócio” é um tema abordado em cada IES, por esse motivo aumenta para o Grupo II. A
“Participação em projetos (pesquisa e extensão)” somente tem destaque na IES “C”. Este
comportamento já tinha sido colocado pelo coordenador. Os valores não são altos porque
são atividades que somente envolvem alguns estudantes, mas demonstra que a IES “C”
trabalha este aspecto. Os “Jogos de empresas e simulados” fazem parte de conteúdos de
88
outras disciplinas, mas os estudantes que participam reconhecem a importância para
desenvolver o perfil empreendedor. As “Palestras com especialistas” são atividades
realizadas com maior frequencia nas IES “A” e “B”. Também neste caso, os
coordenadores dos cursos de graduação entrevistados tinham colocado estas atividades
como positivas na formação de características empreendedoras nos referidos cursos. De
maneira geral, os resultados mostram pouca participação dos estudantes em atividades
práticas de formação empreendedora.
Pesquisa de Rocha (2012) chegou a mesma conclusão quanto a quantidade de atividades
práticas sobre o tema de Empreendedorismo, destacando que a aula tradicional (teórica e
expositiva) tem sido o modelo mais usado de forma geral nos cursos de graduação.
89
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo são confrontados os resultados da pesquisa com os objetivos propostos.
De tal forma, são apresentados comentários que tem a intenção de esclarecer como a
questão fundamental da pesquisa foi respondida e mostrar as sugestões para futuras
pesquisas.
No que concerne ao referencial teórico sobre o ensino de empreendedorismo, observou-
se que existem opiniões controversas sobre o impacto que este ensino provoca na
formação e desenvolvimento de empreendedores. Martin et al., (2013) argumenta que
existe um número significativo de pesquisas que mostram resultados positivos e outras
que mostram resultados negativos, ou simplesmente que não têm relação direta entre o
ensino de empreendedorismo e o desenvolvimento de empreendedores. Portanto qualquer
conclusão tem que ser cautelosa e não generalizadora, pois vários fatores podem
interferir, entre eles: os métodos, técnicas e recursos utilizados no processo de ensino –
aprendizagem desta temática.
Ainda neste tema, observou-se a existência de diferentes modelos para avaliar o ensino
do empreendedorismo, sendo os mais utilizados o modelo de intenção empreendedora e
o modelo de perfil empreendedor. Neste estudo, optou-se pelo modelo de perfil
empreendedor desenvolvido por Schmidt e Bohnenberger (2009), e utilizado por Rocha
(2012) em estudo similar ao da presente dissertação.
Na escolha dos procedimentos metodológicos, optou-se pelo método misto com
preferência de abordagem qualitativa, para poder entender e explicar o resultado da
medição das dimensões e variáveis do perfil empreendedor.
O processo da coleta de dados foi trabalhoso. As entrevistas individuais com os
coordenadores dos cursos de Administração das IES pesquisadas foram determinantes em
dois momentos da pesquisa: primeiramente, para complementar o questionário que foi
usado para o levantamento dos dados junto aos estudantes, e, posteriormente, contribuiu
para a análise dos dados quantitativos.
Quanto ao processamento dos dados quantitativos para aplicar o método AHP com
ratings, utilizou-se um software de livre acesso, o Super Decisions versão 2.2.6, o qual
poupou tempo, que seria gasto com o desenvolvimento de fórmulas, cálculos com
matrizes, e consulta a tabelas, evitando, também, erros de cálculos.
90
Analisando o objetivo geral da pesquisa, verificou-se que existem diferenças no perfil
empreendedor dos estudantes quando comparados entre grupos e IES. A importância
atribuída às dimensões e variáveis do perfil empreendedor muda de um grupo para outro
dentro de cada IES o que pode ser evidência de que o tema do empreendedorismo é
abordado de forma diferente.
Estudos de Ferreira e Matos (2003) e de Rocha (2012), mostram crescimento das médias
dos atributos ou dimensões que formam o perfil do empreendedor em estudantes que
participaram de atividades de formação empreendedora. Nesta dissertação em particular,
os métodos utilizados não são os mesmos dos outros pesquisadores, mas os resultados
mostram que existem mudanças na importância atribuída às dimensões do perfil
empreendedor (aumento ou diminuição) de um grupo para outro. Este resultado permite
mostrar quais dimensões podem estar sendo melhor tratadas por cada curso e quais
precisam serem melhoradas para o ensino do Empreendedorismo.
Quanto aos objetivos específicos, todos foram cumpridos, como mostrado a seguir:
- Medir a importância das dimensões ou critérios que definem o perfil
empreendedor segundo a percepção de cada grupo de estudantes mediante o
uso de métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM.
Primeiramente, o método MCDM escolhido, o AHP com ratings, mostrou se pertinente
para o estudo e permitiu medir a importância e as prioridades das dimensões e variáveis
que definem o perfil empreendedor.
A dimensão do perfil empreendedor que teve mais importância (maiores valores dos
vetores de importância) para todos os grupos e IES foi a C3 (Planejador). Conteúdos de
gestão e planejamento fazem parte das diferentes disciplinas do curso, portanto não
necessariamente estão relacionados diretamente com o desenvolvimento de atividades
empreendedoras. Mesmo assim, o peso desta dimensão além de ser o maior, aumentou
do Grupo I para o Grupo II para as IES “A” e “C”, o que demonstra que está dimensão
está sendo melhor desenvolvida.
O comportamento das dimensões Autorrealização (C1), Inovador (C4) e Líder (C2)
manifestou mudanças para cada grupo e IES pesquisada, mas a ordem de importância foi
diferente em cada IES. Isto pode estar influenciado pelas diferenças na matriz curricular
91
de cada IES ou pelo impacto que podem ter os diferentes tipos de atividades de formação
empreendedora. Neste último aspecto não se aprofundou por não encontrar evidências
desta influência em estudos de outros pesquisadores.
As dimensões Assume riscos (C5) e Sociável (C6) são as menos importantes segundo a
opinião de todos os grupos e IES. Especificamente, este resultado na dimensão C5 é o
mais preocupante quanto a efetividade do ensino empreendedor em todas as IES. Na
opinião da maioria dos autores pesquisados e referenciados neste trabalho, assumir riscos
é uma característica determinante no perfil dos empreendedores, portanto, valores baixos
de importância nesta dimensão e, ainda valores menores no Grupo II formado por alunos
que já participaram de atividades de formação empreendedora é um indicador de alerta a
ser analisado.
- Determinar as prioridades das variáveis que compõem cada dimensão, para
cada grupo de estudantes pesquisado, mediante o uso de métodos de Tomada
de Decisão com Múltiplos Critérios – MCDM.
Para dar cumprimento a este objetivo, o presente trabalho limita-se a analisar as
prioridades das variáveis que formam o perfil empreendedor segundo o modelo de
Schmidt e Bohnenberger (2009), ou seja, analisam-se as mesmas variáveis do modelo e
não se faz nenhuma colocação sobre se devem permancer ou não dentro da dimensão
original.
Os alunos pesquisados mostram maior prioridade nas características do perfil
empreendedor relacionadas com a dimensão Planejador (variáveis S11, S12 e S13). Esta
preferência se evidência nos graus de importância com que as mesmas são avaliadas
diretamente quando aplicado o questionário (Totalmente Importantes, Muito Importantes
e, em menor medida, Medianamente Importantes). Posteriormente, quando aplicado o
AHP, o valor aumenta ainda mais, pois leva em consideração o peso da dimensão à qual
pertencem (Planejador tem o maior peso entre todos os pesquisados).
Esse mesmo comportamento de grupo observa-se nas variáveis (S1, S2, S3, S4 e S5) e
nas variáveis (S6, S8, S9 e S10), pertencentes às dimensões Autorrealização e Líder. Elas
são importantes dentro de cada dimensão e posteriormente quando aplicado o AHP, o
valor de importância aumenta.
92
Já a variável S14 mostra um comportamento diferente, é a única que se destaca dentro de
sua dimensão (Inovador), e está associada à preferência por trabalhos inovadores e não
rotineiros.
Não foram encontrados na literatura estudos similares que permitam uma comparação
e/ou validação destes resultados, pois o trabalho de Rocha (2012) foca na detecção de
alterações nos agrupamentos de variáveis, portanto não pode ser usado como ponto de
referência.
- Caracterizar o estágio da formação e educação empreendedora em cada IES.
Mesmo que, o perfil empreendedor dos estudantes mostrou mudanças de um grupo para
outro, este comportamento foi diferente em cada IES. Como já colocado, isto pode ser
um indicador das diferenças curriculares de cada curso de Administração e do nível ou
estágio em que a formação e educação empreendedora esteja inserida no processo de
ensino e aprendizagem.
Segundo a classificação proposta por Andrade e Torkomian (2001), as atividades de
formação empreendedora começam por estágios ou níveis inferiores onde as atividades
isoladas (geralmente informais, demandadas pelos alunos e/ou estimuladas por
professores) são as mais comuns até chegar a um nível de aprofundamento maior que
exige integração, multidisciplinaridade e transversalide de conteúdos.
Na presente Dissertação observam-se diferenças entre as IES, quanto ao estágio em que
o ensino de empreendedorismo se encontra:
- Na IES “A”, prevalecem as atividades isoladas (palestras com empreendedores)
com a incorporação de uma disciplina de Empreendedorismo começando no 6o
período;
- Na IES “B”, existem atividades acadêmicas isoladas (palestras com
empreendedores), mas os conceitos de empreendedorismo são abordados em
disciplina específica de Plano de Negócios e em outro conjunto de disciplinas da
grade curricular, colocando em prática o conceito de transversalidade, entendido
este como uma forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas
e eixos temáticos (neste caso de Empreendedorismo) são integrados às outras
disciplinas.
93
- Na IES “C” também existe uma preferência das atividades isoladas, mas a
diferença com as duas IES anteriores radica em que estas atividades tem caráter
mais prático e estão mais associadas a projetos de pesquisa e extensão que
beneficiam poucos alunos. Também nesta IES existe uma disciplina de
Empreendedorismo oferecida no 2o período.
Em geral, a pouca participação dos estudantes em atividades práticas de formação
empreendedora (aproximadamente o 44% de todos os respondentes acredita ter
partcipidado em algum tipo de atividade) prevalece em todas as IES, colocando-as nos
estágios primários de formação empreendedora.
Como aspecto interessante da pesquisa, destaca-se a existência de mudanças no perfil
empreendedor, mesmo com atividades diferentes. O perfil empreendedor não se forma
apenas com uma concepção única de grade curricular. Métodos, técnicas e recursos
pedagógicos que preferenciem atividades práticas, o “saber fazer”, são muito importantes
para desenvolver as características empreendedoras nos estudantes.
Por último, é importante destacar as limitações deste trabalho. Primeiramente, a pesquisa
limitou-se apenas à estudantes dos cursos de Administração de 3 (três) IES no município
de Volta Redonda, em um corte transversal, portanto a generalização dos resultados não
é recomendada. Em segundo lugar, a pesquisa se baseou nas percepções e opiniões gerais
de graduandos onde o valor percentual dos que tinham negócio próprio era baixo,
diferentes de pesquisas já realizadas com empreendedores e com graduandos que
possuíam seus empreendimentos.
Mesmo que, os resultados apresentados aqui mostrem evidências de mudanças do perfil
empreendedor nos estudantes, existe todo um conjunto de outras variávies como: perfil
sociocultural, ambiente familiar, situação financeira, ambiente universitário, relações
sociais dentro e fora da universidade que poderiam ser analisadas e aprofundadas em
estudos posteriores. Assim, novas pesquisas podem ser de grande auxilio na busca da
compreensão do perfil empreendedor e das melhores maneiras de se mensurar a eficácia
da aprendizagem do ensino de Empreendedorismo.
94
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102
7. APÊNDICES
Apêndice A – Formulário de entrevistas com coordenadores das IES
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
Instituição de Ensino: __________________________________________
Estimado Coordenador,
Você está participando de uma pesquisa de campo na mensuração sobre a
avaliação do perfil empreendedor em estudantes do Curso de Graduação em
Administração. Todas as informações aqui prestadas são anônimas e confidenciais, tendo
apenas o objetivo de validação dos procedimentos científicos de nossa pesquisa.
Responda de forma calma, franca, sincera e objetiva, avaliando cada questão. Desde já,
agradecemos sua participação.
1. A estrutura curricular do curso de Administração contempla Atividades de Formação Empreendedora?
2. Quais são essas atividades?
( ) Disciplina de Empreendedorismo
( ) Atividades de extensão
( ) Conjunto de disciplinas que incorporam temas de empreendedorismo
( ) Empresas juniores
( ) Prestação de serviços à comunidade mediante consultorias que envolvam estudantes
3. Em que período a discussão sobre o empreendedorismo é iniciada na universidade?
4. Quais são as formas e métodos de ensino de utilizadas pelos docentes para desenvolver as Atividades de
Formação Empreendedoras?
( ) Aulas expositivas
( ) Aulas práticas
( ) Palestras de especialistas
( ) Jogos de empresas e simulados
( ) Incubadoras de empresas
( ) Planos de negócios
5. Existem projetos de empreendedorismo sendo desenvolvidos pela universidade ou projetos voltados para
o desenvolvimento empreendedor dos alunos nos últimos anos? Quais?
6. Existe o conhecimento dos docentes sobre alunos empreendedores no curso?
7. Existe alguma formalização ou parcerias com sindicatos, associações ou grupos de empreendedores
locais da cidade ou região com a universidade que discutem ou incentivam práticas empreendedoras?
8. Na sua opinião em qual estágio de educação empreendedora encontra se o curso de administração que
você coordena:
( ) Atividades isoladas: Geralmente informais demandadas pelos alunos e/ou estimuladas pelos
professores
( ) Disciplina específica sobre empreendedorismo (pode ser obrigatória ou eletiva)
( ) Conjunto de disciplinas específicas que abordem aspectos de formação empreendedora
Obrigado pela sua participação!
103
Apêndice B– Questionário da pesquisa com alunos das IES
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
Instituição de Ensino: __________________________________________
Estimado estudante,
Você está participando de uma pesquisa de campo na mensuração sobre a
avaliação do perfil empreendedor em estudantes do Curso de Graduação em
Administração. Todas as informações aqui prestadas são anônimas e confidenciais, tendo
apenas o objetivo de validação dos procedimentos científicos de nossa pesquisa.
Responda de forma calma, franca, sincera e objetiva, avaliando cada questão. Desde já,
agradecemos sua participação.
Bloco I (dimensões/critérios)
Considerando as diferentes dimensões do perfil empreendedor propostas por
Schmidt e Bohnenberger (2009), assinale um número de 1 a 5, nos parênteses à direita
dos ítens, utilizando a escala abaixo, para indicar quão importante você considera cada
dimensão/critério para definir uma personalidade empreededora.
1–Nada
Importante
2–Pouco
Importante
3–Medianamente
Importante
4–Muito
Importante
5–Totalmente
Importante
Dimensões/Critérios Graus de
Importância
Autorrealização
(C1)
É a estimativa cognitiva que uma pessoa tem das suas
capacidades de mobilizar motivação, recursos cognitivos
e cursos de ação necessários para exercitar controle sobre
eventos na sua vida. Tem a habilidade de capturar,
reconhecer e fazer uso efetivo de informações abstratas,
implícitas e em constante mudança.
( )
Líder (C2) Pessoa que, a partir de um objetivo próprio, influencia
outras pessoas a adotarem voluntariamente esse objetivo. ( )
Planejador (C3) Pessoa que se prepara para o futuro ( )
Inovador (C4) Pessoa que relaciona idéias, fatos, necessidades e
demandas de mercado de forma criativa. ( )
Assume riscos (C5)
Pessoa que, diante de um projeto pessoal, relaciona e
analisa as variáveis que podem influenciar o seu
resultado, decidindo, a partir disso, a continuidade do
projeto.
( )
Sociável (C6) Grau de utilização da rede social para suporte à atividade
profissional ( )
104
Bloco II (variáveis/subcritérios)
A seguir, temos uma série de afirmações sobre suas percepções acerca do perfil
empreendedor. Pedimos que seja apontado o quanto você acha importante à presença
dessas características para definir cada dimensão do seu perfil empreendedor. Para isso
assinale um número de 1 a 5, nos parênteses à direita dos ítens, utilizando a escala abaixo. 1–Nada
Importante
2–Pouco
Importante
3–Medianamente
Importante
4–Muito
Importante
5–Totalmente
Importante
Dimensões/Crité
rios Variáveis/Subcritérios
Graus
de
Importâ
ncia
Autorrealização
(C1)
S1) Frequentemente detecto oportunidades de negócio no
mercado. ( )
S2) Creio que tenho uma boa habilidade em detectar
oportunidades de negócio no mercado. ( )
S3) Tenho controle sobre os fatores para minha plena realização
profissional. ( )
S4) Profissionalmente, me considero uma pessoa muito mais
persistente que as demais. ( )
S5) Sempre encontro soluções muito criativas para problemas
profissionais com os quais me deparo. ( )
Líder (C2)
S6) Tenho um bom plano da minha vida profissional. ( )
S7) Frequentemente sou escolhido como líder em projetos ou
atividades profissionais. ( )
S8) Frequentemente as pessoas pedem minha opinião sobre
assuntos de trabalho. ( )
S9) As pessoas respeitam minha opinião. ( )
S10) Me relaciono muito facilmente com outras pessoas. ( )
Planejador (C3)
S11) No meu trabalho, sempre planejo muito bem tudo o que
faço. ( )
S12) Sempre procuro estudar muito a respeito de cada situação
profissional que envolva algum tipo de risco. ( )
S13) Tenho os assuntos referentes ao trabalho sempre muito bem
planejados. ( )
Inovador (C4)
S14) Prefiro um trabalho repleto de novidades a uma atividade
rotineira. ( )
S15) Gosto de mudar minha forma de trabalho sempre que
possível. ( )
Assume riscos
(C5)
S16) Me incomoda muito ser pego de surpresa por fatos que eu
poderia ter previsto. ( )
S17) Eu assumiria uma dívida de longo prazo, acreditando nas
vantagens que uma oportunidade de negócio me traria. ( )
S18) No trabalho, normalmente influencio a opinião de outras
pessoas a respeito de um determinado assunto. ( )
S19) Admito correr riscos em troca de possíveis benefícios. ( )
Sociável (C6)
S20) Meus contatos sociais influenciam muito pouco a minha
vida profissional. ( )
S21) Os contatos sociais que tenho são muito importantes para
minha vida pessoal. ( )
S22) Conheço várias pessoas que me poderiam auxiliar
profissionalmente, caso eu precisasse. ( )
105
Bloco III (perguntas gerais)
Questões sobre as condições sócio-acadêmicas. Por favor, a partir deste ponto,
responda as questões marcando um X na resposta correta. 1) Você participou de alguma atividade empreendedora educacional promovida por sua
Instituição?
□ Sim □ Não
2) Como você classificaria a atividade empreendedora educacional que você participou em sua
Instituição? Caso tenha marcado não na questão 1, passe para a questão 4.
□ Disciplina de Empreendedorismo.
□ Atividades de extensão.
□ Conjunto de disciplinas que incorporam temas de empreendedorismo.
□ Empresas juniores.
□ Prestação de serviços à comunidade mediante consultorias que envolvam estudantes .
3) Caso tenha participado de alguma atividade prática sobre empreendedorismo, marcar uma
das opções que tenha participado.
□ Elaboração de planos de negócios □ Criação de empresa
□ Criação de produto □ Jogos de empresas e simulados
□ Incubadoras de empresas □ Palestras de especialistas
□ Aulas expositivas □ Aulas práticas
□ Outros :cite:__________
4) Qual o período que você se encontra atualmente?
□ entre1º e 2º período □ entre 7º e 8º período
5) Na sua opinião, qual disciplina das já cursadas tem maior relacionamento com o
empreendedorismo?
6) Você participa de algum projeto ou atividade de empreendedorismo dentro da universidade?
Se sim, qual?
□ Sim . Qual? □ Não
7) Qual seu gênero?
□ Masculino □ Feminino
8) Qual sua idade?
□ Até 20 anos □ Acima de 20 até 25 anos
□ Acima de 25 até 30 anos □ Acima de 30 até 35 anos
□ Acima de 35 anos
9) Você tem um negócio próprio
□ Sim □ Não
10) Na sua Família existe alguém que possua um empreendimento familiar
□ Sim □ Não
11) Pretendo iniciar um negócio próprio após minha graduação em administração de empresas.
□ Sim □ Não
Obrigado pela sua participação!
106
Apêndice C - Coleta de dados GRUPO I e II - IES A
Quadro - C01 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor GRUPO I
– IES A
IES A -GRUPO I
ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 5 4 5 5 5 5
2 4 4 3 5 3 4
3 5 4 5 4 4 4
4 5 4 5 2 4 3
5 4 3 5 4 4 4
6 5 1 5 5 5 5
7 4 4 5 4 5 4
8 3 4 5 5 4 5
9 5 5 5 5 5 3
10 5 4 5 4 3 3
11 3 4 5 4 5 2
12 4 4 5 5 5 4
13 4 4 5 3 3 3
14 5 4 5 5 5 4
15 3 4 5 5 3 4
16 5 4 4 4 3 5
17 5 5 5 5 5 5
18 5 4 5 4 4 3
19 4 5 4 4 3 5
20 3 3 3 3 3 3
21 4 5 5 5 5 5
22 5 5 5 5 5 4
23 3 4 4 4 4 4
24 3 5 4 4 3 3
25 4 5 4 5 3 5
26 4 4 5 5 4 3
27 5 4 5 5 5 3
28 3 3 5 4 3 2
29 3 4 3 3 4 4
30 4 5 5 5 5 4
31 5 5 5 5 1 4
32 5 5 5 5 3 3
33 5 4 4 5 5 5
34 5 4 5 4 3 2
35 2 3 4 4 4 3
36 5 4 3 4 4 4
107
IES A -GRUPO I
ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
37 4 4 4 4 3 4
38 4 4 5 4 3 5
39 5 5 5 5 5 3
40 4 3 5 5 5 3
41 4 5 5 5 5 4
42 5 4 5 5 5 5
43 5 4 5 5 5 4
44 4 4 4 4 3 3
45 4 4 5 5 3 5
46 4 5 4 4 3 4
47 4 3 4 5 4 4
48 5 5 5 5 4 5
49 4 5 5 4 3 3
50 4 4 5 5 4 3
51 4 4 4 3 4 4
52 3 3 3 3 3 3
53 5 5 5 5 4 4
54 4 4 3 5 2 4
55 4 5 4 4 3 4
56 4 5 5 3 4 3
57 5 3 5 5 5 4
Média geométrica 4,129644 4,002839 4,511271 4,284665 3,741101 3,710536
108
Quadro - C02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I
– IES A
IES A-GRUPO I
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
1 5 4 4 4 4 1 4 1 4 5 5 5 4 3 3 5 5 4 4 3 3 3
2 3 2 4 4 4 5 1 2 2 3 5 4 5 2 3 5 5 3 3 5 5 4
3 4 3 3 3 3 5 2 2 3 3 5 5 4 2 2 1 1 3 4 2 2 4
4 5 4 3 5 4 5 3 4 4 3 3 4 3 3 3 4 5 3 2 1 5 5
5 3 3 4 4 5 3 2 3 2 5 1 2 2 3 4 1 5 4 4 5 5 5
6 4 4 3 4 4 4 3 5 5 5 4 4 3 3 3 5 3 4 4 4 4 3
7 4 4 4 3 4 5 3 3 4 4 4 5 4 5 4 2 2 2 2 4 4 4
8 5 3 5 5 5 5 2 3 4 5 4 4 4 3 3 1 3 2 2 2 3 5
9 3 3 5 3 5 3 2 5 5 5 4 5 3 5 5 3 5 4 4 5 5 3
10 4 2 5 5 5 3 3 4 4 2 4 3 3 4 5 5 3 3 4 3 3 5
11 4 2 3 3 4 5 5 5 5 5 5 5 5 3 4 3 3 5 5 1 2 1
12 4 4 3 3 4 4 3 5 4 5 5 5 5 3 5 4 3 3 3 2 5 4
13 5 5 3 4 5 4 3 2 3 4 3 2 5 5 5 3 4 3 3 4 5 3
14 3 4 5 3 3 3 4 4 4 5 4 4 4 5 5 3 3 4 4 5 5 5
15 3 2 3 2 3 4 4 4 5 5 5 3 4 2 3 5 5 5 5 1 4 3
16 5 4 3 2 3 4 5 1 1 5 3 4 4 3 5 5 3 4 4 4 2 3
17 5 4 4 5 5 4 4 3 4 5 5 5 5 2 2 5 5 4 4 3 4 2
18 4 4 5 3 4 4 4 5 5 5 5 5 2 4 5 4 5 4 5 3 3 3
19 5 5 4 4 4 5 3 2 4 4 5 4 4 2 5 5 4 3 4 3 4 3
20 3 4 4 5 4 5 5 5 5 4 5 5 5 4 3 5 3 5 3 4 4 5
21 4 4 4 4 4 3 2 2 3 3 3 3 3 5 4 5 3 3 4 5 4 3
22 4 4 5 5 5 3 3 3 3 4 3 3 1 5 4 5 2 1 3 3 4 3
23 4 4 3 3 4 3 4 4 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 4 3 3 3
24 4 4 4 4 4 4 3 5 5 5 4 3 3 5 3 3 5 2 1 4 5 5
25 5 5 5 5 5 5 4 3 4 5 5 5 4 2 5 5 3 1 4 4 4 4
26 4 5 5 5 5 5 3 4 4 5 5 5 4 5 3 4 4 4 3 1 2 2
27 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 5 5 5 4 3 5 4 5 5 1 5 1
28 3 3 3 4 4 3 4 5 4 5 5 5 5 4 3 3 3 5 3 3 3 3
29 5 5 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 5 5 4 3 2 2 5 5 5
30 5 5 5 4 5 5 4 3 3 5 5 3 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4
31 5 4 3 3 5 5 4 3 4 4 5 5 5 5 4 1 2 1 3 4 5 5
32 4 4 5 4 5 3 4 4 4 5 3 2 2 3 3 5 3 1 1 4 4 4
33 4 4 4 3 5 5 3 4 4 5 5 5 5 5 3 3 5 5 3 5 3 5
34 1 3 4 2 2 5 4 4 4 4 4 3 3 4 3 4 4 4 3 3 3 3
35 5 4 5 3 5 5 3 5 5 5 5 5 3 3 3 4 3 3 3 3 3 2
36 5 4 3 3 3 3 3 3 4 5 3 4 4 3 3 3 2 2 3 4 5 3
37 4 4 4 4 5 3 4 3 3 3 3 3 3 5 4 3 2 4 4 3 4 4
38 5 3 5 5 4 5 3 4 5 5 5 4 5 5 4 4 5 3 4 5 1 5
39 3 3 4 3 4 4 3 4 5 5 4 4 3 2 3 5 3 4 2 5 2 1
109
IES A-GRUPO I
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
40 3 3 4 4 3 5 5 3 5 2 5 4 4 3 4 2 4 3 4 4 4 5
41 4 3 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 2 4 3 3 4 4
42 3 3 4 4 3 4 3 4 4 3 3 5 3 5 5 3 1 2 4 4 4 4
43 3 4 3 3 5 3 3 5 4 5 5 4 5 5 5 3 5 4 3 4 4 4
44 2 2 3 3 3 5 4 4 4 4 5 4 3 5 5 5 1 4 2 5 5 5
45 4 3 5 4 4 3 5 5 5 3 5 4 4 5 4 4 3 4 3 3 2 5
46 4 3 4 2 3 5 5 5 5 4 5 5 4 4 5 5 3 4 4 2 3 5
47 5 3 5 5 5 5 3 4 5 5 5 5 5 4 4 1 2 1 3 3 3 3
48 5 3 4 4 5 5 2 3 3 5 4 3 3 5 5 4 1 3 4 1 5 5
49 5 3 3 3 5 4 3 5 5 5 4 3 3 3 3 5 1 3 1 4 3 3
50 4 3 3 4 5 4 1 1 5 5 4 5 5 5 3 5 4 5 3 4 4 5
51 5 4 3 3 3 5 3 3 4 4 5 5 5 5 4 4 4 4 4 2 5 5
52 5 3 4 3 5 4 3 4 4 3 4 5 4 5 5 4 4 5 5 2 2 2
53 4 4 5 4 3 1 2 4 4 1 5 3 4 2 5 4 5 5 5 1 5 4
54 3 3 4 3 3 4 4 3 3 4 4 5 4 4 4 4 1 2 2 2 5 4
55 4 3 4 4 4 5 5 5 4 3 4 4 4 3 3 3 5 5 3 2 2 3
56 5 3 4 4 5 5 4 5 5 5 5 5 3 3 4 4 3 5 5 4 4 3
57 4 3 4 3 5 5 3 4 4 5 5 3 2 5 5 3 3 4 4 2 3 4
110
Quadro - C03 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor -GRUPO
II – IES A
IES A -GRUPO II
ID.DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 5 4 4 4 3 4
2 5 4 5 5 4 3
3 2 3 5 5 3 2
4 4 3 5 5 3 4
5 4 4 5 4 4 4
6 5 4 4 4 3 4
7 5 4 5 4 4 4
8 5 4 4 3 4 4
9 3 3 5 3 4 3
10 2 4 4 5 3 1
11 4 3 5 5 2 3
12 4 2 2 3 3 2
13 4 5 5 5 2 3
14 5 4 5 4 5 3
15 5 3 3 4 3 3
16 4 5 5 5 5 4
17 4 5 5 4 3 3
18 5 5 4 5 4 5
19 4 5 5 4 4 3
20 4 5 3 1 2 5
21 5 4 4 4 4 3
22 5 5 5 5 5 5
23 5 4 4 3 4 4
24 4 5 5 5 4 4
25 4 3 3 5 4 3
26 4 4 5 4 4 3
27 5 3 5 5 3 3
28 5 4 5 2 5 3
29 5 4 4 3 5 2
30 3 5 4 5 4 4
31 4 5 5 1 5 4
32 5 5 5 5 5 2
33 4 5 5 5 4 4
34 4 4 5 4 3 3
35 4 4 4 4 4 3
36 5 3 4 4 1 2
37 4 5 5 4 4 3
38 3 3 3 3 3 4
39 3 2 4 4 4 4
111
IES A -GRUPO II
ID.DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
40 4 5 5 5 5 5
41 4 4 5 5 4 4
42 5 4 4 3 3 3
43 3 4 5 4 3 3
44 4 4 3 5 2 4
Média Geométrica 4,089044 3,923342 4,325968 3,869193 3,481102 3,249882
112
Quadro - C04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO
II – IES A
IES A-GRUPO II
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
1 4 5 4 3 3 4 4 4 5 5 5 5 4 2 2 3 2 4 4 1 5 5
2 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4
3 2 2 2 3 2 4 3 1 1 5 3 1 3 5 3 5 5 4 4 5 4 4
4 4 2 5 3 4 5 1 2 4 5 4 3 3 2 5 5 5 4 4 1 5 2
5 5 5 3 4 5 5 4 3 5 5 5 4 5 3 3 4 4 4 3 3 3 5
6 4 4 3 5 4 2 5 4 4 3 3 3 3 4 2 3 4 4 4 2 4 5
7 5 4 4 3 3 4 3 4 4 5 4 4 4 4 3 5 3 4 5 3 4 3
8 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 2 3 2 3 3 4
9 5 4 3 4 5 4 3 3 4 4 5 4 5 5 4 4 4 5 5 1 5 3
10 4 2 3 5 4 4 3 3 3 5 4 4 3 5 3 5 5 4 5 3 3 4
11 1 2 3 4 5 5 2 3 1 4 3 5 4 5 4 2 2 3 3 5 2 5
12 2 2 3 2 2 4 3 3 4 5 5 4 3 5 3 3 4 2 3 3 4 4
13 3 3 4 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3
14 5 5 3 2 4 1 3 2 3 4 5 4 4 2 1 4 3 3 3 1 4 4
15 5 4 5 4 4 4 3 4 4 5 4 4 3 5 4 2 2 3 3 3 5 3
16 4 4 4 5 4 3 2 3 4 5 4 3 3 4 3 2 4 5 5 4 5 5
17 5 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 4 4 5 5 4 3 3 2 3 4 2
18 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 3 2 2 3 3 3 3 3
19 4 3 1 5 3 5 3 4 4 4 3 4 2 3 3 2 2 3 3 3 3 4
20 3 3 4 4 3 5 5 5 5 5 5 3 3 5 3 4 3 3 3 3 5 3
21 4 4 3 4 4 3 3 3 3 3 4 4 4 4 3 5 3 4 4 1 1 3
22 4 4 4 4 4 5 3 3 4 5 5 4 4 3 4 3 2 4 4 3 3 4
23 3 3 2 3 4 3 3 3 4 4 3 3 3 3 4 3 3 4 5 4 4 4
24 5 4 5 3 4 3 5 4 4 4 5 5 3 5 5 3 3 2 2 3 5 5
25 2 2 3 3 2 3 4 5 2 3 4 3 2 2 3 5 4 5 4 3 3 3
26 4 2 1 3 5 3 2 2 3 5 2 4 3 2 3 3 4 3 3 4 3 4
27 4 5 4 4 5 3 4 3 4 5 4 5 5 3 3 3 3 3 3 2 2 3
28 4 3 5 2 1 3 3 4 5 4 4 5 4 3 4 4 3 3 4 2 3 3
29 4 4 4 5 3 5 3 5 5 5 4 3 3 5 5 5 4 3 4 3 4 3
30 5 4 3 3 5 5 2 4 3 3 4 5 4 3 2 5 5 4 5 3 2 4
31 5 2 1 1 4 4 4 4 4 4 4 3 4 3 3 2 5 1 5 3 3 4
32 4 4 4 4 5 4 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3 4 4 1 5 3
33 5 4 2 2 2 3 4 3 4 4 4 2 2 4 5 3 5 3 4 2 4 5
34 5 5 2 4 5 4 3 3 4 3 4 5 4 4 4 1 1 3 2 4 1 2
35 4 3 4 3 3 5 3 3 5 4 4 4 4 3 1 3 4 3 4 1 1 1
36 4 4 4 5 5 5 5 5 4 4 3 4 4 5 5 5 3 3 3 4 4 5
37 4 4 3 3 5 4 5 4 3 5 5 4 3 4 3 2 1 4 4 1 2 3
38 3 3 4 3 3 4 2 4 4 4 4 4 3 4 4 4 4 4 3 4 4 4
39 3 3 2 5 4 4 4 5 4 5 5 3 4 4 3 2 5 4 5 3 5 4
113
IES A-GRUPO II
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
40 3 3 3 3 3 4 2 2 2 3 3 5 4 4 4 5 5 5 5 3 2 2
41 5 4 4 5 4 4 4 4 4 5 4 4 3 5 4 1 1 2 3 4 4 4
42 4 3 4 2 4 5 3 4 4 4 4 3 4 5 1 4 3 1 5 2 3 5
43 3 3 5 5 5 4 3 1 4 5 5 5 5 3 4 3 3 4 4 3 3 3
44 3 3 4 4 3 3 3 3 3 4 5 4 5 2 4 2 1 4 4 4 4 4
114
Apêndice D - Coleta de dados GRUPO I e II - IES B
Quadro - D01 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO
I – IES B
IES B - GRUPO I
ID. DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 5 3 3 5 4 5
2 5 4 5 5 5 5
3 5 5 5 5 5 5
4 4 3 5 5 5 5
5 2 3 4 3 5 2
6 4 5 5 4 4 3
7 4 4 5 4 4 4
8 1 3 5 4 1 1
9 4 4 5 4 5 5
10 4 5 4 5 3 3
11 5 4 5 5 4 4
12 5 5 5 5 5 4
13 5 3 4 5 4 5
14 5 5 4 4 4 3
15 4 4 5 5 5 4
16 5 5 5 4 3 3
17 4 3 5 3 4 4
18 5 4 5 4 3 3
19 4 5 5 4 4 5
20 5 5 5 3 4 4
21 5 5 4 5 5 2
22 5 5 4 5 5 3
23 5 3 5 4 3 4
24 4 4 5 4 3 5
25 3 2 5 4 5 4
26 5 2 5 4 3 2
27 4 5 3 4 5 3
28 4 4 5 4 4 4
29 4 5 5 4 4 3
30 5 4 4 4 4 3
31 5 4 5 5 3 3
32 5 5 5 5 5 5
33 4 4 4 4 4 4
34 3 4 4 5 5 3
35 5 5 4 5 4 3
Média Geométrica 4,15869 3,96857 4,5562 4,29421 3,94335 3,47647
115
Quadro - D02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I
– IES B
IES B-GRUPO I
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
1 3 3 4 3 4 4 4 4 4 4 4 5 3 5 4 4 3 4 4 3 4 5
2 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 2 1 3 4 5 4 4 4
3 3 3 4 4 4 5 4 4 5 5 4 4 4 3 4 5 5 5 5 2 5 5
4 5 5 5 4 5 1 1 1 1 1 5 4 5 4 5 1 1 1 1 4 4 4
5 4 5 4 3 5 5 4 2 3 4 5 5 5 3 2 4 5 5 3 4 4 4
6 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 4 5 5 4 4 2 3 3 3 4 3 5
7 3 4 4 2 4 3 4 4 4 3 5 5 4 4 4 5 4 4 3 3 3 4
8 4 4 4 4 5 5 5 4 5 4 5 4 4 4 4 4 4 5 3 2 3 3
9 4 4 2 3 4 5 4 3 4 3 3 4 4 3 3 5 5 4 5 1 5 5
10 3 3 4 4 3 5 4 4 4 5 4 5 4 4 1 3 4 3 4 2 2 2
11 3 3 4 4 3 5 3 4 4 5 5 3 3 3 3 5 2 4 4 3 4 5
12 2 3 5 4 5 5 5 4 3 5 3 5 4 3 3 5 3 5 4 2 3 4
13 1 4 5 5 4 4 3 4 4 5 5 5 4 3 3 5 3 4 4 1 3 3
14 4 4 4 5 5 5 4 4 5 5 5 5 4 5 4 3 4 2 3 1 3 4
15 4 4 4 4 3 5 5 5 5 5 4 4 4 5 5 4 4 4 4 5 4 5
16 5 4 4 4 5 4 5 4 5 5 5 5 5 3 3 5 3 3 1 1 5 5
17 5 5 4 3 3 4 3 4 4 4 5 3 2 4 2 5 4 2 2 5 3 3
18 5 5 4 5 5 5 5 5 3 5 3 5 5 5 5 5 5 4 1 2 2 2
19 3 4 3 4 5 4 2 3 4 5 5 3 4 3 4 5 5 1 3 2 5 5
20 3 4 4 5 5 3 4 5 5 4 5 5 5 4 4 4 3 3 4 5 5 5
21 5 5 5 5 5 4 5 5 5 5 4 4 4 4 5 5 3 4 3 3 2 3
22 2 3 4 4 5 4 3 4 4 3 4 3 4 5 3 4 5 3 3 4 5 5
23 4 5 4 3 5 4 4 4 5 4 4 3 4 5 5 4 4 4 4 1 5 5
24 4 5 5 4 4 3 3 5 5 4 5 4 4 4 3 3 2 2 3 4 4 5
25 5 4 4 4 4 5 4 4 4 3 5 3 3 5 5 3 2 2 3 3 3 3
26 3 4 3 3 4 5 2 5 5 3 5 4 4 5 4 5 5 4 5 4 4 5
27 4 4 4 5 5 4 5 5 4 4 3 3 3 4 4 3 3 4 3 1 3 4
28 5 4 5 4 5 5 4 5 4 5 4 5 5 5 5 5 4 4 4 3 4 4
29 3 3 4 3 4 4 3 3 4 4 4 4 4 5 4 4 3 3 3 2 5 5
30 4 4 4 3 4 4 4 4 3 5 4 5 4 3 3 5 2 3 2 3 2 2
31 2 3 4 4 5 4 2 3 4 5 5 4 3 2 3 2 3 3 2 1 1 1
32 1 1 1 1 1 3 5 5 4 5 1 1 1 1 1 5 4 5 5 4 4 4
33 5 5 4 5 4 3 3 3 3 4 5 4 5 4 5 4 3 4 4 5 1 5
34 5 4 5 5 5 5 3 3 4 5 5 5 5 4 4 1 3 5 2 2 4 5
35 3 4 4 5 5 4 3 4 4 3 5 5 5 4 4 5 2 3 3 4 2 1
116
Quadro - D03 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO
II – IES B
IES B -GRUPO II
ID. DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 5 3 4 4 3 5
2 4 5 4 5 4 5
3 5 5 5 5 5 3
4 5 5 5 5 3 4
5 5 5 5 5 4 3
6 3 5 5 3 5 2
7 3 5 5 3 5 2
8 2 3 3 2 3 2
9 4 4 4 3 4 5
10 4 4 5 5 5 5
11 4 4 5 5 3 5
12 4 4 4 5 5 5
13 5 5 5 5 5 5
14 5 5 4 4 5 5
15 5 4 4 5 3 3
16 4 5 4 3 4 3
17 4 2 4 4 5 4
18 4 5 5 4 4 4
19 5 5 3 5 4 4
20 5 4 5 5 3 3
21 5 5 4 5 5 3
22 4 4 5 5 4 3
23 4 3 5 4 3 1
24 4 5 5 4 4 5
25 4 4 5 4 4 4
26 4 5 5 5 4 4
27 4 4 5 5 4 4
28 4 5 5 4 4 3
29 4 4 5 4 5 4
30 5 5 4 3 3 3
31 4 5 4 3 4 3
32 4 4 5 4 4 3
33 5 5 4 5 4 3
34 4 5 4 4 3 3
35 3 4 5 4 5 3
36 4 4 5 4 3 4
37 4 5 5 4 4 5
38 5 3 5 5 4 4
39 4 4 5 4 4 3
117
IES B -GRUPO II
ID. DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
40 4 5 5 5 5 4
41 4 5 4 5 3 3
42 5 5 4 4 4 3
43 5 4 5 3 4 4
44 4 5 5 4 4 4
45 5 4 4 3 5 3
46 4 4 3 5 3 1
47 4 5 5 4 4 4
48 5 5 3 5 4 3
49 4 5 5 4 4 3
50 5 3 5 4 5 3
51 3 4 5 4 3 2
52 5 4 5 4 4 3
53 5 5 5 5 5 5
54 4 5 5 5 5 3
55 4 5 5 4 4 3
56 3 4 5 4 4 3
57 4 3 3 4 3 3
58 5 4 5 5 4 4
59 4 2 5 5 4 4
60 4 4 4 4 5 5
61 4 5 4 5 5 3
62 5 4 3 4 3 5
63 3 4 5 5 3 2
64 5 5 4 4 5 4
65 4 5 4 5 4 3
66 5 1 5 5 4 4
67 3 4 5 5 3 3
68 5 5 4 4 4 3
Média Geométrica 4,17253 4,25584 4,46135 4,22365 3,961 3,35447
118
Quadro - D04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO
II – IES B
IES B-GRUPO II
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
1 3 2 4 3 4 3 5 5 5 5 4 4 4 3 4 4 4 4 3 5 5 5
2 4 5 4 4 4 5 4 3 4 4 4 4 4 5 3 4 4 4 3 3 5 5
3 3 4 4 3 3 5 3 5 3 5 5 5 5 2 2 5 5 4 5 5 5 3
4 4 5 3 3 4 4 5 4 5 4 4 3 4 5 2 4 3 3 4 3 3 4
5 5 4 4 4 3 5 4 5 4 5 5 5 5 5 4 5 4 3 3 5 2 4
6 3 3 4 3 3 3 4 4 4 3 3 3 3 5 4 5 4 4 3 3 5 5
7 3 3 4 3 3 4 5 4 3 4 5 5 5 5 5 5 3 3 5 4 4 5
8 3 4 4 4 5 3 4 4 4 5 4 4 4 3 5 4 5 4 3 5 5 3
9 3 4 4 3 5 3 4 4 5 5 3 4 3 4 5 5 4 5 3 4 4 4
10 3 4 4 3 4 4 5 5 4 4 5 4 5 4 4 4 1 2 1 1 4 4
11 3 4 4 3 3 4 3 3 3 4 4 3 2 3 3 5 5 5 4 4 4 3
12 2 3 4 4 5 5 4 5 5 4 5 5 5 4 3 3 1 3 2 5 4 5
13 5 5 5 5 5 5 4 3 4 3 5 4 3 4 3 3 3 4 3 4 2 1
14 4 4 4 4 4 5 4 3 3 5 4 4 3 4 4 5 3 4 2 4 4 4
15 4 3 4 4 5 4 3 4 4 5 3 3 2 4 2 3 3 3 3 4 4 4
16 3 4 4 4 4 5 4 5 5 5 3 3 3 3 2 4 3 4 2 2 2 3
17 5 3 3 3 3 4 4 4 4 5 5 4 4 4 5 3 5 3 5 2 4 3
18 3 4 5 3 4 5 5 5 5 5 3 5 4 2 3 4 4 4 4 3 4 3
19 5 3 4 5 5 5 5 4 5 5 3 3 4 3 3 4 5 3 5 3 3 3
20 2 2 3 4 4 3 5 5 5 5 5 3 4 5 4 4 5 4 5 3 4 4
21 5 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 4 5 2 3 4 5 4 4 4
22 4 5 4 3 5 5 5 5 5 5 5 4 5 4 4 5 2 5 5 3 3 4
23 4 3 4 4 5 3 4 4 5 4 5 5 4 5 5 4 5 4 4 2 4 4
24 3 3 2 4 5 5 5 4 4 5 3 4 4 5 4 4 2 2 3 1 3 5
25 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 3 3 4 4 4 5 3 3 4 3 4
26 3 3 3 4 4 5 3 5 3 4 4 3 3 5 5 3 4 4 4 4 4 5
27 5 4 4 4 4 3 2 4 5 2 4 2 4 2 3 4 4 3 2 5 5 5
28 5 5 4 4 4 5 3 4 3 5 3 5 3 4 3 1 1 4 3 4 4 5
29 3 5 5 5 5 5 3 3 4 5 4 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5
30 5 4 2 1 3 3 4 2 4 3 3 3 3 4 3 5 4 3 4 4 5 3
31 5 3 4 3 4 5 2 5 5 3 4 4 3 5 5 3 3 4 2 2 4 5
32 3 3 3 4 4 5 4 5 5 3 3 4 4 5 5 4 4 3 3 4 5 3
33 5 4 4 5 5 5 3 4 5 5 5 1 2 4 2 3 3 4 3 3 4 3
34 5 4 5 2 2 4 5 5 4 5 4 4 4 4 4 5 3 3 4 4 3 3
35 4 4 3 5 5 3 5 5 3 5 5 5 5 5 5 3 3 3 3 3 3 4
36 5 4 5 5 4 5 4 4 4 5 5 5 3 5 3 5 4 3 3 2 3 5
37 4 4 3 5 5 5 5 5 3 3 4 4 3 4 4 4 3 3 4 3 3 3
38 2 2 4 4 4 4 2 2 4 4 3 5 4 5 3 4 4 4 3 3 4 5
39 4 4 3 3 4 3 5 1 2 4 4 4 4 3 2 2 3 5 3 5 2 2
119
IES B-GRUPO II
ID. DO
ALUNO S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
S
10
S
11
S
12
S
13
S
14
S
15
S
16
S
17
S
18
S
19
S
20
S
21
S
22
40 4 5 4 5 5 5 5 4 2 5 5 5 5 5 5 4 3 3 4 5 5 5
41 5 5 4 3 4 4 4 4 4 5 5 5 4 5 3 2 4 4 3 4 3 4
42 4 4 3 3 3 5 4 4 5 5 5 4 3 3 3 4 3 5 3 2 2 2
43 4 3 5 3 4 3 3 4 4 2 4 3 3 4 4 5 4 5 5 3 3 4
44 5 4 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 3 4 3 2 5 3
45 5 5 3 4 5 3 4 4 4 5 5 4 3 4 4 4 2 3 5 3 5 3
46 4 4 3 5 5 3 4 3 3 3 3 4 3 4 3 5 2 4 3 3 4 4
47 5 4 5 5 3 5 4 4 5 5 5 5 4 4 5 5 4 4 3 3 5 5
48 4 5 4 5 4 4 5 5 4 5 4 4 3 5 4 2 4 4 4 3 4 5
49 5 5 4 5 4 5 2 2 2 5 4 4 3 4 5 4 2 4 3 4 3 5
50 4 3 2 4 3 4 5 3 4 4 5 5 5 5 5 3 4 3 3 4 5 5
51 4 4 3 4 4 3 3 4 4 5 3 5 5 5 5 5 5 1 1 4 4 4
52 5 3 4 5 4 3 3 4 5 5 5 4 4 4 3 2 4 4 4 2 2 4
53 5 5 4 4 4 4 4 5 5 5 4 3 4 5 2 2 1 2 2 5 1 4
54 5 5 5 4 4 4 3 4 4 5 5 3 4 4 4 3 2 2 4 2 4 4
55 2 2 5 4 4 4 4 4 4 5 4 4 4 3 3 4 4 4 4 1 5 5
56 5 5 5 5 4 5 4 4 5 4 4 4 4 4 4 2 4 4 3 4 3 3
57 3 3 4 3 4 2 4 4 4 4 3 3 3 5 4 2 4 3 4 3 4 2
58 3 3 4 4 4 4 4 5 4 5 4 3 5 5 5 5 3 5 3 5 5 3
59 2 2 2 3 3 5 3 4 3 5 5 5 4 4 2 5 4 4 1 1 3 3
60 4 4 4 3 4 5 5 4 5 5 5 5 4 5 5 4 4 4 4 3 5 5
61 4 4 4 4 3 5 4 4 5 5 5 5 4 5 3 2 5 4 1 2 2 1
62 2 2 2 3 3 4 5 4 5 5 4 5 3 4 3 4 4 4 4 3 3 3
63 4 5 4 5 3 2 3 2 3 2 2 2 2 3 4 3 3 3 3 3 4 4
64 3 4 3 2 3 3 3 4 4 5 5 5 5 4 4 5 2 2 4 3 5 4
65 4 4 4 4 5 5 3 3 3 4 4 4 4 5 5 3 3 5 3 5 4 5
66 5 4 4 4 3 3 3 4 4 5 4 3 3 5 3 2 1 4 4 1 5 5
67 5 4 3 5 3 5 4 4 4 5 5 5 4 4 5 3 5 3 4 2 5 4
68 4 4 4 4 4 5 3 4 4 3 3 3 3 3 3 4 4 5 5 3 4 3
120
Apêndice E - Coleta de dados GRUPO I e II - IES C
Quadro - E01- Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO I
– IES C
IES C -GRUPO I
ID. DE ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 5 4 4 5 4 3
2 4 3 4 5 4 3
3 5 4 5 4 3 4
4 5 4 4 5 4 5
5 2 2 5 2 5 5
6 5 5 4 4 5 3
7 5 5 5 5 5 5
8 5 4 5 5 5 3
9 5 5 5 4 5 4
10 5 4 5 4 4 4
11 5 4 5 4 5 3
12 4 3 5 4 5 3
13 3 4 4 3 3 4
14 5 4 4 3 3 3
15 4 5 4 3 3 4
16 5 3 5 5 5 5
17 4 3 5 5 5 2
18 4 4 5 5 3 3
19 5 5 5 5 4 3
20 5 5 5 5 5 4
21 5 4 4 5 4 3
22 5 4 4 3 3 4
23 3 4 5 3 4 3
24 5 5 4 5 5 3
25 5 4 4 5 5 2
26 5 5 5 5 5 4
27 4 5 5 5 4 4
28 4 5 3 4 4 5
29 5 5 4 5 5 4
30 3 5 5 4 5 3
31 4 4 4 4 4 4
32 5 4 5 5 4 2
33 5 4 3 4 3 4
34 5 4 4 1 3 4
35 5 5 5 5 5 5
36 4 4 5 3 4 3
37 4 4 5 5 4 4
38 4 5 4 5 5 3
Média Geométrica 4,394714 4,137046 4,456971 4,069795 4,160175 3,501693
121
Quadro - E02 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO I
– IES C
IES C-GRUPO I
ID.
DO
ALUN
O
S
1
S
2
S
3
S
4
S
5
S
6
S
7
S
8
S
9
S
1
0
S
1
1
S
1
2
S
1
3
S
1
4
S
1
5
S
1
6
S
1
7
S
1
8
S
1
9
S
2
0
S
2
1
S
2
2
1 3 3 2 4 4 4 3 3 4 4 5 5 5 5 5 5 3 4 3 5 2 3
2 1 3 4 1 4 5 5 5 5 5 2 4 3 2 2 5 4 2 3 2 4 4
3 5 5 4 4 3 4 3 3 3 5 5 5 5 2 2 5 3 2 1 2 4 3
4 5 2 3 4 1 5 2 2 2 2 4 5 4 2 2 3 3 4 3 2 2 2
5 3 3 3 4 3 4 3 2 2 3 5 5 5 5 4 3 4 4 5 4 5 5
6 5 3 4 3 3 4 3 3 3 4 4 5 4 2 3 5 3 5 2 2 3 4
7 4 4 4 4 3 4 3 3 3 2 3 4 2 3 3 3 4 3 3 3 3 3
8 5 4 5 4 3 4 2 5 4 4 4 4 3 4 3 3 3 3 4 1 4 3
9 4 4 4 3 4 4 4 5 4 5 5 4 5 4 3 3 3 4 4 4 4 4
10 4 5 3 4 4 5 5 5 5 5 4 5 4 4 4 5 5 5 5 4 4 4
11 4 4 3 3 3 4 3 3 5 4 5 5 4 4 4 3 5 5 5 3 5 5
12 4 4 4 4 4 5 3 4 5 3 4 5 3 3 3 5 5 4 5 3 4 4
13 4 4 4 4 4 5 3 4 5 3 4 5 4 4 3 3 4 3 4 5 2 3
14 2 2 2 2 2 5 2 1 1 4 3 3 2 4 4 3 4 4 3 1 2 2
15 3 3 4 5 4 5 5 5 5 5 5 5 4 5 5 4 4 3 4 2 2 5
16 4 4 4 5 5 3 3 3 3 3 5 5 5 3 2 5 3 4 4 3 3 1
17 3 3 3 4 3 5 5 4 5 4 4 3 3 5 5 1 2 4 3 2 5 5
18 4 3 4 3 4 5 5 4 5 4 5 5 5 3 3 4 4 3 4 3 3 2
19 4 4 3 5 5 1 2 2 2 5 4 3 4 5 5 4 4 3 3 5 2 2
20 3 3 3 3 4 3 2 3 3 4 4 5 5 4 2 3 3 5 4 3 3 4
21 3 4 2 3 3 4 3 3 5 3 5 4 4 5 4 5 5 5 4 4 5 5
22 4 4 5 5 3 3 4 4 4 3 4 4 5 5 5 3 3 4 5 2 4 5
23 4 3 5 4 3 4 4 5 3 4 3 4 4 5 5 4 4 4 4 4 4 4
24 5 5 3 5 3 4 4 4 5 5 5 4 5 5 2 5 3 5 5 2 5 5
25 3 2 4 4 3 3 2 2 3 4 3 3 2 3 4 3 2 2 2 3 5 2
26 5 5 3 3 4 3 3 4 4 4 4 3 3 3 4 5 4 4 4 3 4 3
27 4 3 4 4 4 5 5 4 5 5 5 4 3 5 5 5 3 3 3 5 4 5
28 4 4 3 4 5 3 1 3 4 4 5 5 5 3 5 5 4 4 3 3 3 2
29 5 5 3 3 3 3 5 4 5 5 5 4 5 4 2 5 4 4 4 3 5 4
30 3 3 2 5 3 1 4 2 3 5 5 5 4 5 4 5 5 4 5 3 4 4
31 3 4 2 3 4 3 2 3 3 3 5 5 4 3 4 4 4 1 2 2 4 3
32 5 4 3 4 5 4 2 3 2 2 3 3 3 1 2 3 3 3 3 4 3 3
33 2 3 3 3 4 5 4 4 4 5 3 3 3 5 3 2 3 3 3 3 3 4
34 3 3 4 5 5 5 3 4 4 5 4 5 4 5 5 3 5 5 3 3 5 4
35 5 4 4 4 5 5 4 5 5 4 5 5 5 3 4 5 5 5 5 3 4 5
36 4 2 1 4 3 4 4 3 3 5 3 3 3 4 5 5 3 2 3 1 1 3
37 3 3 4 4 4 2 1 1 3 1 4 3 4 5 5 3 3 4 3 1 5 2
122
IES C-GRUPO I
ID.
DO
ALUN
O
S
1
S
2
S
3
S
4
S
5
S
6
S
7
S
8
S
9
S
1
0
S
1
1
S
1
2
S
1
3
S
1
4
S
1
5
S
1
6
S
1
7
S
1
8
S
1
9
S
2
0
S
2
1
S
2
2
38 4 3 4 5 4 4 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4
Quadro - EO3 - Bloco I - Importância das dimensões do perfil empreendedor - GRUPO
II – IES C
IES C-GRUPO II
ID. DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
1 4 4 4 3 3 2
2 5 5 5 4 5 3
3 4 5 5 5 5 4
4 4 4 5 3 4 3
5 5 4 4 4 5 4
6 5 3 4 3 3 4
7 5 3 2 4 2 4
8 4 5 5 4 4 3
9 5 5 4 3 4 2
10 5 4 5 5 5 4
11 4 5 5 5 5 4
12 4 5 3 4 3 4
13 3 3 5 3 3 4
14 4 5 4 3 3 3
15 4 3 4 5 4 4
16 4 3 4 3 4 4
17 4 3 4 3 4 5
18 4 4 5 4 3 3
19 5 4 4 4 5 3
20 5 4 4 5 3 3
21 5 3 5 5 4 4
22 5 4 5 5 4 5
23 2 4 4 5 3 3
24 5 4 5 4 4 4
25 3 5 4 3 5 5
26 5 4 5 4 4 4
27 5 4 5 5 4 5
28 5 5 3 3 2 1
29 5 5 5 5 5 3
30 4 4 4 3 3 2
31 5 4 5 5 4 4
32 4 5 5 5 4 3
123
IES C-GRUPO II
ID. DE
ALUNOS C1 C2 C3 C4 C5 C6
33 5 3 5 4 4 4
34 4 5 5 4 4 3
35 4 3 4 3 5 4
36 5 4 5 4 4 5
37 4 4 5 5 4 3
38 5 5 3 3 4 5
39 2 4 5 4 3 4
40 5 3 4 3 2 3
41 1 1 4 5 3 1
42 5 5 5 4 3 2
43 3 3 4 4 4 3
44 5 4 5 3 5 3
45 5 2 3 4 2 3
46 4 4 5 5 4 3
47 4 4 5 4 3 3
48 3 4 1 5 4 5
49 4 5 4 3 3 4
50 4 3 4 4 3 4
51 5 5 5 5 4 4
52 4 4 4 4 4 5
Média Geométrica 4,111 3,85193 4,20278 3,93821 3,6433 3,36828
124
Quadro - E04 - Bloco II - Importância das variáveis do perfil empreendedor - GRUPO
II – IES C
IES C - GRUPO II
ID.
DO
ALUN
O
S
1
S
2
S
3
S
4
S
5
S
6
S
7
S
8
S
9
S
1
0
S
1
1
S
1
2
S
1
3
S
1
4
S
1
5
S
1
6
S
1
7
S
1
8
S
1
9
S
2
0
S
2
1
S
2
2
1 5 5 5 4 3 3 1 2 2 5 4 4 3 5 4 3 5 2 5 5 4 4
2 3 3 4 3 5 3 2 3 4 3 2 4 4 3 2 3 4 3 3 3 5 5
3 4 4 3 4 4 3 4 2 3 2 3 2 3 5 5 5 1 1 1 3 2 3
4 5 5 3 2 5 5 3 4 3 5 2 3 2 3 3 2 4 4 3 1 5 5
5 3 3 3 4 4 4 4 3 3 3 5 5 5 5 1 4 3 3 5 3 1 3
6 4 3 3 3 2 4 2 3 3 5 4 5 4 5 5 3 3 5 3 2 4 4
7 4 4 3 3 3 2 1 3 4 5 3 2 2 5 5 5 3 4 3 2 3 3
8 5 5 3 3 5 3 5 3 5 5 3 2 3 4 3 4 1 4 3 4 4 5
9 3 3 4 4 4 3 1 3 4 4 5 3 3 3 3 4 3 3 3 3 5 3
10 5 4 4 4 4 4 3 4 4 4 5 5 3 3 3 4 3 3 4 3 3 5
11 2 2 5 2 3 4 2 3 4 4 4 4 4 3 3 4 4 4 3 3 4 5
12 4 4 4 3 4 4 3 4 4 4 5 5 4 3 3 1 2 4 5 3 3 4
13 4 4 3 3 3 3 4 4 4 4 4 2 2 5 4 3 4 3 3 3 4 4
14 4 2 1 4 3 3 3 4 4 5 5 5 5 5 5 3 3 3 3 3 1 2
15 4 4 4 4 4 4 3 4 4 5 5 4 4 2 2 1 2 4 3 4 2 4
16 1 1 4 3 4 3 3 2 1 2 4 5 3 5 4 2 3 3 3 2 2 4
17 4 4 3 4 4 5 4 3 4 4 5 4 4 4 3 2 5 4 3 3 3 3
18 5 4 3 4 4 1 2 4 3 5 2 2 5 3 4 4 4 3 3 3 3 4
19 1 1 1 1 5 5 4 3 4 4 5 5 5 5 3 3 2 4 3 4 3 1
20 4 5 4 3 5 4 4 3 4 4 3 4 3 2 1 5 4 4 3 4 4 4
21 4 2 3 3 2 5 3 3 4 5 4 5 4 4 1 5 5 3 3 3 5 3
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36 3 3 4 4 3 3 4 4 5 2 4 3 3 5 5 5 5 3 3 1 5 2
37 3 2 3 2 2 4 4 4 4 3 5 5 5 4 4 4 5 2 2 4 2 5
125
IES C - GRUPO II
ID.
DO
ALUN
O
S
1
S
2
S
3
S
4
S
5
S
6
S
7
S
8
S
9
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1
0
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1
1
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1
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3
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6
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1
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1
8
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1
9
S
2
0
S
2
1
S
2
2
38 5 5 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 3 5 5 3 3 3 4 3
39 5 4 5 3 3 3 2 1 3 5 5 5 5 3 3 2 2 2 3 3 2 3
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41 3 4 3 4 4 4 3 4 4 4 1 4 2 4 4 4 4 3 4 5 4 3
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43 3 2 4 4 3 5 5 4 5 4 5 4 3 5 4 5 4 4 3 5 4 4
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52 4 2 2 2 2 5 3 3 4 4 5 3 3 3 3 2 2 3 3 5 2 3