Conteúdo
• 3.1 – Inspeção da Qualidade
• 3.2 – Riscos e parâmetros
• 3.3 – Tipos de amostragem
• 3.4 – Planos de amostragem
• 3.5 – Inspeção Retificadora
Inspeção da Qualidade
• É parte da implantação do conceito de “adequação ao padrão”.
• Inspeção é uma atividade corriqueira.
• Muito utilizada.
Esquema Geral da Inspeção da Qualidade
• Uma atividade que verifica a qualidade de uma unidade de produto (no recebimento, durante a produção ou no final da linha) comparada com um padrão. Ou seja, se a partir do padrão a unidade de produto é aceita ou rejeitada.
• Objetivo - Verificar se o produto ou item que vai ser consumido está apto ou não para o consumo.
Processo Sensor Objetivo
Avaliador Atuador
1
4
2 5 3
Tipos de Inspeção
Inspeção
Inspeção 100%
Manual
Automatizada
Inspeção por amostragem
Sem critérios estatísticos
Com critérios estatísticos
Quando?
Quando?
Quando?
Riscos e Parâmetros
Risco do Produtor – α É a probabilidade de um lote “bom” ser rejeitado
Risco do Consumidor - β É a probabilidade de um
lote “ruim” ser aceito
NQA – Nível de Qualidade Aceitável
valor máximo de porcentagem de defeitos que é aceita no plano de
amostragem
NQI – Nível de Qualidade Inaceitável (Fração
Defeituosa Tolerável) valor da qualidade
insatisfatória que possa passar pelo plano
Curva Característica de Operação - CCO
• CCO ideal Uma vez definido que o nível máximo de defeitos aceitável no lote é de 1,5%, idealmente
todos os lotes com porcentagem de defeitos
menores ou iguais essa seriam aceitos e todos os outros
seriam rejeitados.
• Amostragem simples
• Amostragem dupla
• Amostragem sequencial
• Amostragem múltipla
Tipos de Amostragem
• NQA – Nível de Qualidade Aceitável
• O plano foi proposto por Dodge-Romig por volta de 1950 – MIL STD 105E
• Utilizado na inspeção de recebimento – procura atender o NQA estabelecido pelo comprador/consumidor.
• NBR 5426 – para atributos
• NBR 5429 – para variáveis
Plano NQA
• Três níveis gerais de inspeções, I, II, III.
• Quatro níveis especiais de inspeção - S1, S2, S3, S4 – para pequenas amostras e quando grandes riscos podem ser tolerados.
Plano NQA
Inspeção Retificadora
Inspeção
Recebimento de lotes
p0
Lotes aceitos
Lotes rejeitados
Inspeção retificadora
Lotes disponíveis
para uso
Fração de defeitos no lote p0
Fração de defeitos no lote zero - p1
Fração de defeitos no lote p1 < p0
Gestão de Planos de Amostragem
• CCO, QMR e ITM permite uma análise do desempenho de um plano de inspeção e uma melhor gestão do mesmo.
• QMR - proporção média de defeitos dos lotes disponíveis para o uso
• ITM - a quantidade média de itens a serem inspecionados
• Quando QMR é muito baixo e ITM muito alto?
O que são? • Aplicação prática dos conceitos e princípios da
Qualidade.
• Essenciais para a aceitação e difusão da Gestão da Qualidade.
• Técnicas simples para selecionar, implantar e avaliar alterações nos processos de produção.
• É preciso ter o objetivo bem definido.
• Diagnóstico - Foco em gerar melhorias.
As ferramentas servem como orientação para a ação do usuário.
Características • Facilidade de uso
• Lógica de operação
• Sequência coerente de ações
• Alcance visual
• Etapas de implantação
• Delimitação
• Implicações no atendimento ao cliente final
Identificar soluções e não apenas diagnósticar problemas!
Lógica de Operação
• Ciclo PDCA – foco na melhoria contínua.
• Executar o planejado
• Coletar dados
• Avaliar os resultados
• Metas X Resultados
• Definir o problema e o objetivo
• Definir o método
• Ações corretivas
• Ações de melhoria
• Ações preventivas
A P
D C
Ferramentas Básicas da Qualidade
1. Folha de Verificação
2. Histograma
3. Diagrama de Dispersão
4. Fluxograma
5. Diagrama de Causa e Efeito
6. Gráfico de Pareto
7. Gráfico de Controle
Técnicas utilizadas para facilitar o entendimento do processo e, assim, buscar melhorias.
1. Folha de Verificação
• Ferramenta utilizada para facilitar e organizar a coleta e registro de dados.
• Formulários impressos, ou digitais, utilizados para registrar e reunir dados de forma simples.
• Facilita o uso e a análise das informações.
• Não possui um padrão específico.
• Deve ser adequada para o processo em que será aplicada.
• Coleta dos dados deve ser segura e precisa.
Tipo de defeito 1 semana 2 semana 3 semana 4 semana
Arranhão IIIII IIIII IIIII IIIII II
Trinca IIIII I IIII IIIII IIII
Revestimento III III III II
Espessura IIII IIIII III IIIII II IIII
Mal acabado II IIII IIII IIIII
Outros II I III I
Total 22 25 33 19
Exemplos Folha de Verificação
2. Histograma
• Estrutura da Estatística que migrou para a Qualidade.
• Gráfico de barras no qual o eixo horizontal é dividido em classes, pequenos intervalos, apresenta os valores assumidos por uma variável.
• Identifica um padrão básico de comportamento dos dados.
• Dispõe as informações para a visualização da forma da distribuição de um conjunto de dados – utilizado para identificar a posição central e da dispersão dos dados.
Exemplo de Histograma Um estudo foi realizado em uma usina, sobre o tempo de descarregamento dos caminhões de cana de açúcar, dado em segundos. De acordo com os responsáveis pela operação, os caminhões estavam demorando tempo demais para descarregar e isso estava atrasando o processo de produção como um todo. Os resultados obtidos (tempo medido em segundos) são apresentados a seguir:
Exemplo de Histograma
0
2
4
6
8
10
12
14
16
[155 - 160)[160 - 165)[165 - 170)[170 - 175)[175 - 180)[180 - 185)[185 - 190)
3. Diagrama de Dispersão
• Também tem origem na Estatística – Correlação.
• Permite a identificação de relacionamento entre duas variáveis consideradas em análise.
• Não indica relação de causa e efeito.
• Avaliação visual sobre a relação de duas variáveis.
Exemplo de Diagrama de Dispersão
• Uma matéria prima utilizada na produção de fibra sintética está armazenada em um local sem controle de umidade. O gerente de produção desconfia que quanto mais úmido é o ambiente de armazenagem, mais defeitos aparecem no produto final. Para estudar a esta relação, o gerente coletou os dados de umidade e quantidade de defeitos e montou um gráfico de dispersão.
Umidade Defeitos
20 5
23 7
25 9
27 11
30 15
34 22
37 26
4. Fluxograma • Representação gráfica das etapas pelas quais passa
um processo.
• Fluxo de operações de um processo.
• Permite a rápida visualização dos pontos cruciais do processo.
não
não
não
sim
sim
Ligar a tv
Imagem Aparece?
O fio esta conectado?
Conectar o fio
Imagem aparece?
Imagem boa?
Operar ajustes Imagem boa?
Assistir a tv
Chamar um técnico
sim
não
não
sim
sim
Exemplo de Fluxograma
5. Diagrama de Causa e Efeito • Ishikawa, 1943.
• Diagrama de Ishikawa = Diagrama de Espinha de Peixe = Diagrama de Causa e Efeito
• Análise das operações dos processos produtivos em termos de causa e efeito.
• Foco na identificação de soluções!!
Exemplo de Diagrama de Causa e Efeito
Meio Ambiente Mão-de-obra Métodos
Máquina Materiais Medidas
PROBLEMA
META
CAUSAS PRINCIPAIS – POUCAS VITAIS EFEITO
Causas Secundárias
BRAINSTORMING
• O brainstorming é uma rodada de ideias, destinada a busca de sugestões através do trabalho de grupo.
• É usada para gerar ideias rápidas e em quantidade, que podemos utilizar em diversas situações.
• O Brainstorming pode ocorrer de duas formas: • Livre, onde cada um da sua opinião quando achar
conveniente;
• Direcionada, cada pessoa deve falar em uma ordem específica, todos devem contribuir dando sua opinião;
• Não deve haver julgamentos.
• Equipes multidisciplinares
6. Gráfico de Pareto • Criado pelo economista e sociólogo Wilfredo Pareto para
explicar a distribuição desigual da riqueza na Itália.
• Juran adaptou o conceito para desenvolver a Teoria da Distribuição Desigual das Perdas em Qualidade – Princípio de Pareto, ou 20-80.
• Identificar as causas vitais (poucas que causam grandes estragos) e priorizá-las.
• Uma pequena porcentagem das causas (20%) produz a maioria dos defeitos (80%).
• 20% dos clientes representam 80% do faturamento • 20% das empresas detêm 80% do mercado • 20% dos defeitos são responsáveis por 80% das
reclamações • 20% dos problemas representam 80% dos custos de
desperdícios
7. Gráficos de Controle
• Desenvolvido por Shewart na década de 20.
• Introduziu bases quantitativas para analisar processos.
• Identifica variações no processo.
Exemplos de Gráficos de Controle
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Gráfico de x
LIC LC LSC Acidez
Seminário de Caso Prático • As ferramentas são muito utilizadas no cotidiano
das empresas.
• Apresente como é o uso de uma ou mais ferramentas da qualidade na empresa em que vc (ou alguém do grupo) trabalha.
• Apresentações dia 14/04 (trazer uma cópia impressa para a professora).
• Use a aula do dia 12/04 para organizar e preparar sua apresentação.
• Trabalho em grupo (podem ser apresentados mais de um caso por grupo).