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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL
EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO
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Corrida de Barreiras Definição: corrida de velocidade em que o corredor tem de ultrapassar um conjunto de 10 obstáculos – barreiras – em sucessão para se atingir a meta.
NA CORRIDA DE BARREIRAS A BARREIRA NÃO SE SALTA, TRANSPÕE-SE
A corrida de barreiras tem de ser desenvolvida segundo duas técnicas:
A técnica de transposição das barreiras
A técnica de corrida entre barreiras
Componentes Críticas
DA PARTIDA À PRIMEIRA BARREIRA
Após a partida, o atleta deverá adquirir uma postura vertical de modo a que chegue à primeira barreira com a maior velocidade possível.
O ritmo de 8 apoios (4 passadas) permite entrar facilmente no ritmo entre barreiras; TRANSPOSIÇÃO DAS BARREIRAS
a) ATAQUE
Elevação do Joelho Orientar o pé na vertical “mostrar a sola da sapatilha” Realizar a extensão da perna de ataque Inclinar o tronco em frente
b) TRANSPOSIÇÃO DA BARREIRA
Após a passagem da perna de ataque, a coxa da perna de impulsão/transposição passa rasante e paralelamente à barreira.
A coxa cria um ângulo de 90 º com o tronco. O pé passa rasante e paralelo á barreira. O tronco está orientado para a frente, ligeiramente inclinado à frente.
c) RECEPÇÃO
Contactar o solo com a parte anterior do pé; O apoio deve ser activo e breve. a) b) c)
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CORRIDA ENTRE BARREIRAS
Corrida contínua sem quebra acentuada da velocidade; Deve usar-se sempre o mesmo número de passadas para transpor as barreiras com a
mesma perna de ataque; Ritmo de passada mais utilizado é o de 4 apoios (3 passadas).
APÓS PASSAGEM DA ÚLTIMA BARREIRA
Corrida terminal até à meta
Lançamento do Peso O lançamento do peso pode ser dividido em quatro fases fundamentais: a preparação, o deslizamento, o lançamento propriamente dito ou arremesso e a recuperação do equilíbrio.
A fase da preparação tem início quando o atleta se coloca na parte posterior do círculo de
lançamento, de costas para o local para onde vai lançar. Nesta fase, é importante apoiar o peso
na base do maxilar, mantendo o cotovelo alto e o membro superior livre descontraído. Os apoios
devem ser colocados na mesma linha, com o peso do corpo sobre a perna correspondente ao
braço do lançamento, que deve estar fletida.
O deslizamento consiste na realização de um pequeno salto que origina o deslocamento à
retaguarda. Este deslocamento deve ser rápido e rasante, e resulta de uma impulsão para trás da
perna de impulsão. Os ombros mantêm-se virados para o ponto de partida. Após a impulsão, os
pés apoiam-se rapidamente um a seguir ao outro (primeiro o pé de impulsão e depois o da perna
livre) e juntos rodam na direção do lançamento.
A fase do lançamento tem início quando os dois pés se encontram em apoio no solo, após
o deslizamento. O peso do corpo é suportado pela perna de impulsão e o tronco mantém-se um
pouco arqueado. De seguida, a bacia roda para a frente, através da extensão rápida da perna de
impulsão, acompanhada pela extensão da perna livre e do bloqueio da bacia. O cotovelo deve
manter-se elevado. A recuperação do equilíbrio acontece após o lançamento do engenho, e
caracteriza-se pela execução de um salto, colocando a perna de impulsão para a frente.
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Salto em Comprimento
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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL
EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADE DIDÁCTICA DE GINÁSTICA
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CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE
A Ginástica que se pratica na Escola consiste num conjunto de exercícios, com e sem
aparelhos, que permite aos alunos conhecer o seu corpo e desenvolver as capacidades físicas e
mentais.
Em termos competitivos os atletas executam elementos gímnicos em aparelhos variados.
GINÁSTICA ARTÍSTICA
A Ginástica Artística implica todo um tipo de trabalho algo distinto se o comparamos
com outras modalidades desportivas, tanto de ordem física quer de ordem psicológica.
Por outro lado, os exercícios executados nos aparelhos e as diferenças existentes entre
estes condizem a um trabalho perfeitamente diferenciado caracterizando-se por movimentos a
partir da Suspensão e Apoio. A estética associada à performance conferem-lhe o qualificativo de
Artístico.
No aspecto competitivo, os exercícios executados nos diferentes aparelhos compõem-se
de elementos codificados segundo um determinado valor (Código de Pontuação), e que
analisados segundo a sua combinação e execução permitem um julgamento o mais completo
possível com um principio e fim perfeitamente definidos.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
Solo – Superfície com elasticidade formando
um quadrado com 12m de lado. Os Ginastas
executam um conjunto de elementos
demonstrando força, flexibilidade e
equilíbrio, combinando a execução e
expressão em saltos múltiplos (mortais) e
piruetas.
Cavalo com arções – Colocado a uma altura
de 1,05m, os Ginastas executa movimentos
contínuos e suaves sem apoiar as pernas,
como círculos e tesouras, percorrendo todas
as partes do aparelho.
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Argolas – Colocadas a uma altura de 2,55m,
os Ginastas incluem no seu exercício uma
variedade de movimentos demonstrando
apoios em força e equilíbrio e balanços à frente
e atrás, terminando com uma saída acrobática.
Cavalo – Este aparelho é colocado
longitudinalmente a uma altura de 1,35m. O
Ginasta, após uma corrida de aproximação de 25m,
executa um salto potente combinando movimentos
com uma ou mais rotações finalizando com uma
recepção controlada.
Paralelas – Constituídas por dois banzos
paralelos a uma altura de 1,75m. O Ginasta
executa exercícios onde predominam os
balanços, apresentando combinações de
elementos de força e equilíbrio. O Ginasta deve
percorrer os banzos tanto num plano superior
como inferior.
Barra fixa – O Ginasta executa contínuos
balanços, combinando elementos de
dificuldade superior à frente e atrás soltando
e agarrando a barra com as mãos, não
devendo tocar com o resto do corpo.
Colocada a uma altura de 2,55m, permite
uma saída acrobática espectacular.
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GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
Solo – Aparelho igual ao da Ginástica
masculina, no entanto a execução tem um
acompanhamento musical. A Ginasta
combina elementos Gímnicos com
movimentos de dança muito expressivos.
Trave olímpica – Colocada a uma altura de 1,25m, a
trave tem 5m de comprimento e 10cm de largura. A
Ginasta deve percorrer todo o espaço, executando uma
combinação artística de elementos Gímnicos, em corrida,
em marcha, sentada e deitada, demonstrando elegância,
flexibilidade, ritmo, equilíbrio, confiança e autocontrole.
Na saída do aparelho, executa elementos acrobáticos
espectaculares.
Paralelas assimétricas – Constituídas por dois banzos
paralelos a alturas diferentes, o superior a uma altura de
2,45m do solo e o inferior a 1,65m. Os balanços
predominam neste aparelho. As ginastas incluem
movimentos em ambas as direcções, executando elementos
com piruetas com passagens pelos dois banzos tanto pela
parte superior como inferior.
Cavalo – Aparelho e execução iguais ao da
ginástica masculina. Colocado transversalmente
a uma altura de 1,25m.
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APARELHOS DE GINÁSTICA
Banco sueco Boque
Plinto Trampolim sueco
Trampolim Reuther Barra Fixa
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Trave olímpica Mini-trampolim
Espaldares Colchão ou tapete
REGRAS DE SEGURANÇA
Hoje em dia, a segurança é vista como um ponto fundamental no ensino dos diferentes
elementos gímnicos. Encarada como um dos pontos a ter em conta na preparação e elaboração
das sessões, apresenta um vasto conjunto de regras que professor e alunos deverão seguir, para
que não se coloque em risco a sua integridade física.
Actualmente, sabe-se que os materiais a utilizar apresentam um menor risco de acidentes,
devido à sua quantidade e, principalmente, à qualidade. No entanto, é necessário que se proceda
à sua correcta utilização, não descurando os factores de perigo que poderão estar subjacentes.
Utilização: cada aparelho só deve ser utilizado para fins a que se destina, não devendo, portanto,
utilizar-se sem respeitar as suas condições de montagem.
Transporte: Os aparelhos devem ser deslocados com cuidado para evitar a sua degradação e
para prevenir acidentes. Assim:
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Quando têm de ser suportados, devem ser transportados por um número suficiente de
alunos para não os arrastarem nem se magoarem; normalmente os aparelhos quadrados
são transportados com um aluno em cada extremidade.
Quando têm rodízios, estes devem ser postos a funcionar e os aparelhos deslocados com
moderação.
Quando são muito pesados, devem ser desmontados para se transportarem (se possível),
ou então devem ser levados por um maior número de alunos, e com a ajuda/orientação do
professor, para salvaguardar os acidentes e a saúde dos alunos.
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CONTEÚDOS
Rolamento à FRENTE SALTADO
Rolamento à RECTAGUARDA com pernas juntas e em extensão
Aspectos mais importantes na realização da habilidade gímnica
Flexão do tronco à frente, seguido de desequilíbrio à rectaguarda, com apoio inicial das mãos junto às coxas Apoio final das mãos junto à cabeça, executando repulsão dos membros superiores. Termina, de pé, na mesma direcção do ponto de partida, em equilíbrio, com as pernas unidas e em extensão (plano inclinado). Termina, de pé, na mesma direcção do ponto de partida, em equilíbrio, com as pernas unidas e em extensão (solo)
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Roda
POSIÇÕES DE FLEXIBILIDADE – PONTE
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POSIÇÕES DE FLEXIBILIDADE – AVIÃO
SALTO ENGRUPADO NO MINI-TRAMPOLIM
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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL
EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADE DIDÁCTICA DE VOLEIBOL
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William G. Morgan, que viria a ser um inventor do desporto hoje denominado Voleibol,
nasceu em Lockford, New York em 1870. O seu interesse pelas actividades físicas levou-o a obter o
diploma de Professor de Educação Física no Springfield College, indo exercer a sua actividade
profissional em Heiyoke, Massachussets nos Estados Unidos, dirigindo a secção de Educação Físico
da Young Men Cristian Association (YMCA).
Tinha a seu cargo classes de homens de negócios de idade pouco avançada, que através das
aulas de YMCA procuravam obter uma certa movimentação e recreação, como compensação para as
suas actividades profissionais. Procurando satisfazer estes objectivos, William G. Morgan utilizou
inicialmente o Basquetebol, que tinha surgido recentemente, considerando-o, porém, enérgico e
demasiado fatigante para os seus alunos, pensou no ténis. No entanto, o grande número de alunos e
as necessidades da material que implicava, obrigaram-no a pô-lo também de parte.
Na sua mente permaneceu sempre a ideia de rede a dividir o espaço do jogo, elevando-a a
uma altura aproximada de 1,90 metros e utilizando como bola a câmara de ar de uma bola de
Basquetebol, Morgan iniciou um novo jogo! Este consistia em manter a bola em movimento,
batendo-a com os mãos por cima da rede. Assim, surgiu, em 1895, uma nova modalidade desportiva,
inicialmente denominada “Minonette”’,
Como a bola utilizada de início era muito leve, e a bola normal de Basquetebol, igualmente
experimentada, era grande e pesada, Morgan deu conhecimento das suas dificuldades à empresa A.
G. Spalding & Brothers. Depois de vários testes, atendendo às sugestões de Morgan, a referida firma
fabricou uma bola cujas dimensões originais se têm mantido inalteráveis através dos tempos e que
sempre têm estado de acordo com o desenvolvimento e evolução do jogo; esta era uma bola de
couro, com câmara de ar em borracha, sendo as medidas da sua circunferência entre 63,5 e 686 cm e
com um peso entre 252 e 336 grs. Nos primeiros tempos a prática do jogo ficou restrita a HolYoke e,
particularmente, ao ginásio onde Morgan leccionava.
Pouco tempo depois, o Dr. Luther Suliek do Spingfield College, durante uma reunião de
professores de Educação Física realizada na referida Universidade, convidou Morgan a efectuar uma
demonstração. Este preparou duas equipas, cada uma formada por cinco jogadores, que realizaram
uma exibição que agradou plenamente ao grupo de professores que a presenciou. Depois desta
primeira apresentação publica, Morgan entregou o estudo das regras de jogo ao referido grupo de
professores, dando-lhes inteira liberdade para procederem a quaisquer alterações. Tendo observado o
novo jogo, o Dr. A. T. Halstead sugeriu que o seu nome fosse mudado para “Volley-ball” (bola no
ar), designação que perdurou e é universalmente aceite.
Estavam assim lançadas as bases de um jogo que, sofrendo variadas e profundas alterações,
em breve se iria expandir e popularizar por todo o mundo.
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O primeiro artigo publicado sobre este artigo foi escrito por J.Y. Carneron e dizia o seu autor:
“ o Voleibol é um novo jogo, exactamente apropriado para o ginásio ou recinto coberto, mas pode
também ser praticado ao ar livre. Qualquer número de pessoas o pode praticar. O jogo consiste em
conservar uma bola em movimento, sobre uma rede alta, de um lado para o outro”.
Ainda no seu artigo, Mr. Cameron oferece-nos uma amostra de como eram as primeiras regras:
1 – Game:
a) Um Game era composto por nove innings.
2 - Inning:
a) O inning consistia quando urna partida era jogada por um só jogador de cada lado e havia
um Serviço para cada um.
b) Quando três ou mais jogadores disputavam uma partida, havia três serviços para cada lado.
O servidor continuava com o serviço até que a sua equipa deixasse
de passar a bola para o campo contrário. Os serviços eram feitos por cada um dos jogadores com
rotação.
3- Dimensões do campo:
a) Largura - 7,625 metros
b) Comprimento - 15,35 metros
4 - Rede:
a) Largura - 0,61 metros
b) Comprimento - 8,235 metros
c) Altura - 1,98 metros
Expansão do Voleibol em Portugal
Tendo surgido pela primeira vez nos Estados Unidos, o Voleibol expandiu-se depois
praticamente por todo o mundo. Os países próximos foram os primeiros a serem influenciados, e
assim o Canadá iniciou a sua prática.
O México recebeu-o mais tarde, em 1917. Neste mesmo ano fez a sua aparição no Peru, por
intermédio dos membros de uma missão norte-americana encarregada de organizar os programas de
instrução primária naquele país. Daí irradiou por toda a América do Sul e Central, tendo surgido no
Brasil em 1917.
O Voleibol foi introduzido na Ásia em 1908, tendo sido as Filipinas e o Japão os primeiros
países Asiáticos a praticá-lo.
De um modo geral, a propaganda e a difusão do voleibol no Continente Americano e na Ásia
foi obra da Young Men Christian Association (YMCA), através dos seus núcleos internacionais
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existentes nos diversos países.
Durante a primeira guerra mundial as tropas norte-americanas deslocaram-se para a Europa e
nela estacionaram. Foram elas que deram a conhecer aos Europeus o Voleibol e foi neste Continente
que a sua aceitação e expansão se deu em maior escala. Adoptado e querido nos povos dos países do
Leste Europeu o Voleibol dispõe hoje, nestes países, de milhões de praticantes e neles se encontram
as melhores equipas mundiais.
Em Portugal, o Voleibol foi introduzido pelas tropas americanas que estiveram estacionadas
nos Açores em 1914. O Engenheiro António Cavaco, natural da Ilha de São Miguel, veio para
Lisboa cursar engenharia, e teve um papel preponderante na divulgação do Voleibol, nomeadamente
nas Escolas Superiores e Faculdades, com mais incidência na Associação de Estudantes do Instituto
Superior Técnico, equipa que dominou o Voleibol Nacional até à década de 60.
O interesse dos praticantes pela nova modalidade e a necessidade de organizar regularmente
competições, levaram à criação da Associação de Voleibol de Lisboa, em 28 de Dezembro de 1938,
presidida por José Morgado Rosa.
Seguidamente outras associações se criaram nas cidades do Porto, Coimbra, Funchal e mais
tarde em Portalegre. O primeiro clube a ser oficialmente filiado foi o de Campolide Atlético Clube
juntamente com a Associação Cristã da Mocidade, Os Belenenses, Sporting, Técnico, Benfica, Clube
Internacional de Futebol, A.A. Instituto Comercial, A. A. Faculdade de direito, Associação do Monte
Estoril, e outros.
O primeiro torneio de Voleibol, assim como o primeiro Campeonato de Lisboa organizado
pelo AVL realizaram-se em 1939/40 e tiveram como equipa vencedora a equipa do Técnico.
Portugal participou no primeiro Campeonato da Europa em Roma, em 1948, e classificou-se
em 4º lugar entre 6 equipas.
A antiga Mocidade Portuguesa ao incluir o Voleibol no programa das suas actividades
desportivas, em 1939, consagrou-o definitivamente. A sua evolução e prática estendeu-se por todo o
país. As Forças Armadas e, particularmente a extinta Escola de Educação Física do Exército.
contribuíram igualmente para a sua difusão. A antiga Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho
(FNAT), actual Inatel, em 1943, inclui o Voleibol no seu programa de actividades físicas para
trabalhadores. A expansão do Voleibol por todo o país, levou a caiação da Federação Portuguesa de
Voleibol a 7 de Abril de 1947.
O passo decisivo para o reconhecimento mundial do Voleibol, como desporto de competição
foi dado a 20 de Abril de 1947, com a criação da Federação Internacional de Voleibol. Portugal foi
um dos catorze países fundadores, juntamente com a Bélgica, Brasil, Egipto, França, Holanda,
Hungria, Itália. Polónia, Roménia, Checoslováquia, Uruguai, Estados Unidos e Jugoslávia. A estes
países juntaram-se outros em 1959 o número de filiações era superior a 40.
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Como facto prestigiante para o nosso país, é de notar que durante vários anos a vice-
presidência da Federação Internacional pertenceu a Portugal, tendo desempenhado esse cargo o
então Inspector de Desportos da Direcção Geral dos Desportos, Dr. Salazar Carreira.
Voleibol como modalidade Olímpica
Com a criação da Federação Internacional de Voleibol e como corolário da grande expansão
que o jogo tinha em todo o mundo, realizaram-se em 1949 os primeiros Campeonatos Mundiais de
Voleibol, que se efectuaram em Praga (Checoslováquia), sendo o título alcançado pela equipa deste
país. Outros se têm seguido e é interessante notar que os países Campeões Mundiais se situam no
Leste Europeu, prova concludente da aceitação que teve o Voleibol por parte destes países. O
primeiro campeonato mundial feminino realizou-se em 1952, em Moscovo e as representantes da
URSS sagraram-se campeãs.
Sendo o Voleibol praticado por milhões de pessoas, gerou um movimento no sentido da sua
inclusão no grupo dos desportos que fazem parte do programa Olímpico. Em 1957, realizou-se em
Sófia um torneio, a que assistiram os membros do Comité Olímpico Internacional, reunidos naquela
cidade, e foi então decidido permitir a participação do voleibol nos jogos Olímpicos.
O Voleibol apareceu então pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964. É
importante salientar que esta foi a primeira modalidade a ter um quadro de participação masculina e
feminina em simultâneo, estando desde daí, presente nos restantes Jogos Olímpicos.
A primeira equipa campeã olímpica em Voleibol feminino foi a da URSS, enquanto o título
masculino foi conquistado pelo Japão.
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Definição
O voleibol é um jogo desportivo colectivo, jogado sobre um terreno de dezoito metros de
comprimento por nove metros de largura, dividido por uma rede em duas áreas de jogo iguais e
opondo duas equipas compostas por seis jogadores.
Objectivo e Filosofia de jogo
O objectivo do jogo é fazer a bola cair ou tocar no campo adversário, passando por cima da
rede e não deixar que ela caia no nosso campo. Daqui resulta a filosofia do jogo que envolve a luta
entre duas equipas, que implica:
• A interpretação comum das acções do adversário
• A apresentação (ao adversário) de uma gama de pontos fortes, procurando esconder os
fracos
• A procura de imposição do ritmo de jogo relativamente ao adversário e domínio estratégico
Caracterização do Voleibol face aos outros Desportos Colectivos
Quando se fala na caracterização de determinado desporto (neste caso o Voleibol), não se
pretende com isso elegê-lo como o melhor e mais indicado de todos os desportos conhecidos, antes
pelo contrário, pretende-se esclarecer sobre quais as vantagens e desvantagens que o mesmo implica,
para que, com o conhecimento destas, se possa agir de uma forma mais correcta e pedagógica.
Assim, dentro das vantagens mais notadas, apontamos:
Espaço de jogo pequeno, empregando um número relativamente grande de pessoas;
Instalação fácil e não dispendiosa;
A essência do jogo não se modifica se reduzir o número de jogadores ou o terreno de jogo;
A finalidade do jogo é simples e não se põe em perigo simplificar as regras, ou ao adoptar
estas ao nível técnico e táctico em cada fase de aprendizagem;
Em competição, não se pode jogar em superioridade numérica;
O Voleibol não permite uma rigidez e fixação de lugares ou funções;
O tipo de contacto do jogador com a bola é diferente de qualquer outro desporto;
A sustentação da bola é outra característica do Voleibol - a bola não pode ser agarrada nem
tocar no o solo;
Para além de não haver o factor tempo a intervir no desenrolar da partida, também não pode
haver empates;
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Regras Fundamentais do Jogo
Espaço
Dimensões da área de jogo:
O terreno de jogo é um rectângulo com l8m x 9m e com linha a 3 m da rede que delimita
a zona de ataque e a zona de defesa.
A zona de serviço tem 9m de largura e situa-se para além da linha de fundo.
Número de jogadores
O Voleibol tradicional é jogado com duas equipas de seis jogadores de cada lado e do
mesmo sexo. Eles podem ser substituídos, mas apenas uma vez em cada partida (set), embora o
número total de substituições, por partida, seja de seis.
O Voleibol pode também ser jogado com equipas (mistas, ou não) de dois, de três ou quatro
elementos, quer no interior, quer no exterior (Voleibol na Escola e Voleibol de praia).
Altura da rede
A altura oficial da rede, para os escalões de juniores e de seniores, é de 2.24 m para o sexo
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feminino e de 2.43 m para o sexo masculino. No entanto para os escalões mais baixos a altura da
rede é obviamente mais baixa.
O Início do Jogo
O jogo é iniciado com o serviço realizado por uma das equipas. O serviço é
considerado válido quando a bola passa directamente por cima da rede, podendo tocar nela, com o
jogador que o realizou atrás da linha final.
A Pontuação
Um jogo de Voleibol é jogado à melhor de cinco partidas (sets), isto é, a equipa vencedora é
aquela que ganha três sets. Os 4 sets iniciais terminam aos 25 pontos com a diferença de 2 pontos,
enquanto que o último set, o 5º, termina aos 15 pontos com a diferença de 2 pontos.
A marcação de pontos é contínua (contagem directa), qualquer que seja a equipa a servir. É
ponto sempre que a bola cai no campo, dentro das linhas que o limitam, quando um jogador coloca a
bola fora do seu campo e do campo adversário ou quando um jogador comete uma falta.
Como regra da pontuação pode-se afirmar que “uma equipa pontua sempre que ganha uma
jogada”.
Rotação
Deve ser realizada quando a equipa ganha o serviço à
outra equipa e antes de o executar. A equipa em causa executa a
rotação na direcção dos ponteiros do relógio. Nos jogos (6x6) a
rotação é efectuada conforme mostra a figura.
Número de Toques
A cada equipa só é permitido realizar três toques e a cada jogador não é permitido realizar
dois toques consecutivos. Esta regra é alterada quando há uma situação de bloco, isto é, quando um
jogador efectua a acção técnica de bloco pode realizar outro toque logo de seguida e
consequentemente a equipa nesta situação poderá optar por dar quatro toques. Se a bola for tocada,
por um jogador, em duas partes distintas do seu corpo é falta, excepto, por exemplo, na recepção (em
manchete) ao serviço da equipa adversária.
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Área da Linha dos 3 Metros
Um jogador só pode realizar as acções técnicas remate e bloco acima do bordo superior da
rede se a chamada for realizada à frente da área da linha dos 3 metros e se estiver nas posições 2, 3
ou 4. Caso isto não se verifique o serviço é da equipa adversária.
Violação da Rede e da Linha Divisória
Penetração por Baixo da Rede
É permitido tocar o campo contrário com qualquer parte do corpo acima do pé, desde que
não interfira na jogada do adversário.
Contacto com a Rede
O contacto de um jogador com a rede não é falta, excepto se interfere com a jogada.
Os jogadores podem tocar os postes, cabos ou quaisquer outros objectos fora das varetas,
incluindo a própria rede, desde que essa acção não interfira na jogada.
Não há falta se a bola enviada à rede ocasiona o contacto desta com um jogador adversário.
Jogar a bola:
A bola deve ser batida. Não pode ser agarrada ou lançada.
A bola enviada para o campo adversário deve passar por cima da rede.
Cada equipa tem o direito a três toques para enviar a bola para o campo contrário
Um jogador não pode tocar duas vezes consecutivas na bola.
Uma equipa perde ponto ou o serviço quando a bola toca o solo fora do campo, é
agarrada ou transportada por um jogador, ou toca num objecto fora da área do jogo.
Cada equipa deve jogar sempre na sua área e espaço de jogo. Contudo, a bola pode ser
recuperada mesmo fora do campo.
Uma equipa perde o ponto ou o serviço quando o seu jogador toca na rede ou penetra no
campo adversário.
A bola, ao passar a rede, pode tocá-la.
O serviço tem que ser feito atrás da linha de fundo sem a pisar nem as linhas que a
delimitam.
No serviço, se a bola, depois de ter sido lançada ou largada pelo servidor, cai no solo
sem o ter tocado, é considerado tentativa de serviço.
Sempre que uma equipa executa a recepção ao serviço contrário e ganha a jogada tem
direito a servir, mas os jogadores devem efectuar uma rotação no sentido dos ponteiros do
relógio.
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Arbitragem
O jogo é dirigido por uma equipa de arbitragem, da qual se destacam:
Primeiro árbitro – dirige o jogo e as suas decisões são soberanas. Está colocado numa
cadeira, num plano superior à rede, de modo a dominar com mais facilidade a parte superior da rede
e a área de jogo.
Segundo árbitro – auxilia o primeiro árbitro sempre que este o solicite; informa-o de
qualquer falta que este não assinale. Coloca-se do lado oposto ao primeiro árbitro.
Juízes de linha – estes estão colocados na zona livre, distanciados de 1 a 3 metros de
cada ângulo do terreno e em frente ao prolongamento da linha à sua responsabilidade. Utilizam para
os seus sinais uma bandeira. A pedido do primeiro árbitro, devem assinalar a bola fora ou dentro, e as
bolas que passam a rede por fora do espaço de passagem.
Marcador – está colocado numa mesa atrás do segundo árbitro e frontalmente ao
primeiro árbitro. A sua principal função é o preenchimento do boletim de jogo onde são registados
os nomes e os dos jogadores a ordem de rotação das equipas, os pontos, os tempos de repouso
pedidos, as substituições, ou seja, todos os acontecimentos que se tenham passado ao longo do jogo.
Sinais da Arbitragem
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Terminologia
Deslocamentos – Movimentação de locomoção do jogador.
P.B.F. (Posição Base Fundamental) – Posição e orientação do jogador que está preparado
para entrar no jogo.
Passe – Transmissão da bola com as mãos.
Serviço por baixo e por cima – Envio da bola para o meio campo opositor com o batimento
da mão e com acção do membro superior.
Remate – Batimento da bola com uma mão para o campo opositor.
Jogada – Tempo de jogo entre dois serviços
Partida (set) – Tempo de jogo até uma equipa atingir os 25 pontos, com a diferença de dois
pontos (a 5ª partida termina aos 15 pontos)
Jogo – Termina quando uma equipa vence três partidas
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POSIÇÃO BASE FUNDAMENTAL
A Posição Base
Definição:
Atitude preparatória que o jogador adopta, de modo a poder responder com mais
eficácia às várias situações de jogo e a permitir a intervenção tecnicamente mais adequada.
Componentes críticas:
Membros inferiores semi-flectidos e afastados a uma distância igual à largura dos ombros
Tronco ligeiramente inclinado à frente
Cotovelos junto à bacia, membros superiores à frente do corpo e palmas das mãos
viradas uma para a outra
Olhar dirigido para a bola
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PASSE POR CIMA/PASSE DE DEDOS
Definição:
Consiste na transmissão da bola com as duas mãos. É utilizado para projectar a bola
com precisão quando animada de pequena velocidade e no plano superior (relativamente à
testa). E o gesto técnico utilizado como preparação do ataque – passe de ataque.
Componentes críticas:
Deslocamento prévio do jogador de modo que a bola seja tocada à frente e acima do
plano da testa
Contacto na bola efectuado com os dedos, com os membros inferiores e superiores semi-
flectidos
Extensão de todos os segmentos corporais, acompanhado o movimento de batimento da
bola
Colocação da bola no campo adversário, de preferência numa zona previamente definida
Colocação da bola jogável num companheiro
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PASSE POR BAIXO (MANCHETE)
Definição:
O Passe por Baixo (manchete) é o gesto técnico que permite a recepção da bola do
campo adversário (serviço, envio da bola ou remate) e, ao mesmo tempo, passar a bola a um
companheiro.
Componentes críticas:
Membros inferiores em acentuada flexão e tronco inclinado à frente
Membros superiores colocados na posição correcta
Contacto com a bola ao nível da parte interior dos antebraços
Extensão de todos os segmentos corporais, acompanhando o movimento de batimento da
bola
Colocação da bola jogável num companheiro
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SERVIÇO POR BAIXO
Definição:
Envio da bola para o meio campo opositor com uma mão. É usado na reposição da
bola em jogo.
Componentes críticas:
Membros inferiores em flexão e ligeiramente afastados, com o pé contrário à mão
batedora avançado, e bola sustentada pela mão não batedora
Lançamento da bola na vertical
Movimento de trás para a frente do membro superior hábil (mão batedora), batendo na
bola com a mão aberta
Colocação da bola no campo adversário, de preferência numa zona previamente definida