UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE VETERINÁRIA DO CEARÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
MAURÍCIO FRANCISCO VIEIRA NETO
EFEITO DA FLUNIXINA MEGLUMINE NA ATIVIDADE ESPERMÁTICA DE
MACHOS OVINOS E CAPRINOS
FORTALEZA - CEARÁ
2017
MAURICIO FRANCISCO VIEIRA NETO
EFEITO DA FLUNIXINA MEGLUMINE NA ATIVIDADE ESPERMÁTICA DE
MACHOS OVINOS E CAPRINOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade
de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará,
como requisito parcial para a obtenção ao título de
Mestre em Ciências Veterinárias.
Área de Concentração: Reprodução e Sanidade
Animal.
Linha de pesquisa: Reprodução de Pequenos
Ruminantes
Orientador: Prof. Dr. Airton Alencar de Araújo
FORTALEZA - CEARÁ
2017
.
Aos meus pais, João Alves e Maria Celma,
pelos bons ensinamentos: dedico.
AGRADECIMENTOS
A Deus, soberano Mestre e orquestrador da vida, que me guiou e protegeu em cada passo
dado, e me livrou de cada emboscada que o destino me reservara.
A Nossa Senhora, Maria de Nazaré, por toda a interseção e proteção nesses anos de estrada,
dos 13, ao sair de casa, até aqui. E Que assim permaneça.
A meus pais, “João da Lelé” e Maria Celma, pelos anos de dedicação a mim e minha
formação pessoal e profissional, por todas as abdicações feitas em prol do meu crescimento e
pela formação moral que me concederam
À Universidade Estadual do Ceará, em especial à FAVET, que me permitiu essa capacitação
até atingir o grau de mestre.
A meu Orientador, Professor Airton Alencar, pelas conversas, paciência, ensinamentos,
puxões de orelhas e risadas soltas: muito obrigado, mesmo!
À minha banca, pessoas que considero e respeito: Professor Nunes, Dra. Gorete Flores (uma
flor à parte) e Dra. Aline Maia (o mundo vai ouvir falar muito esse nome).
À equipe que possibilitou a execução de meu experimento: Aderson Martins, Inti Rodrigues,
Jaqueline Leles, Felipe Viana, Érica Araujo, e ao Prof. Dr. Pedro Zione, que me cedeu os
animais para o estudo.
À mãe que cada aluno da Veterinária ganha quando se matricula: Joélia Carlota.
Aos professores da FAVET que me incentivaram nessa estrada: Prof. Claudio Cabral, Lucia
Lopes, Verônica Campello, Vicente José, Janaina Evangelista e Fátima Teixeira.
A todos os meus familiares, em especial Franciane Gomes, Aline Moreira, Franzé Lima e
Nagyla Maria (por último, mas não menos importante).
Aos meus amigos de estrada, destacando: Camila Goersch, Iury Lima, Natália Pereira,
Eduardo Azevedo, Bruno Galvão, Camila Lacerda, Marcio Araripe, Filipe Freitas, Valesca
Lima, Caio Vitor, Graciely Carlos, Monalyza Cadori, Paulo Ricardo, Gleyciane Bezerra,
Victor Lacerda, José Nery, Ana Clara Sarzedas, meus amigos do LFCR e todos os meus
estagiários.
Aos animais, que sempre foram as criaturas mais sinceras que vi no meu caminho.
A todos aqueles que de forma direta ou indireta, com ações ou orações, me desejaram esse
grau atingido: meu cordial obrigado.
RESUMO
A principal causa de infertilidade de machos ovinos e caprinos é a degeneração testicular, um
processo multifatorial que pode ocorrer devido a injúrias térmicas, infecciosas, idade
avançada e diversos outros fatores. É de interesse da produção animal prevenir ou pelo menos
retardar esse processo por intermédio de drogas comerciais. A Flunixina Meglumine é um
anti-inflamatório amplamente utilizado nas biotécnicas reprodutivas em fêmeas, porém pouco
estudada em machos. Assim, este trabalho objetivou avaliar o possível efeito benéfico da
Fluxinina Meglumine sobre a qualidade seminal de machos ovinos e caprinos que apresentem
quadro espermático desfavorável à reprodução. Para tanto, foram selecionados seis bodes com
idade média de sete anos e quatro carneiros com média de oito anos, pertencentes à
Universidade Federal do Ceará, cujo sêmen não atendia aos critérios do Colégio Brasileiro de
Reprodução Animal (CBRA). Foram realizados três exames andrológicos completos em uma
semana, em seguida os animais foram tratados com três doses de Flunixina Meglumine a 2,2
mg/Kg intervaladas em 48 horas a partir do D0. Uma vez por semana o sêmen dos animais foi
avaliado durante o período entre os dias D21 e D35 e uma vez por quinzena no período entre
os dias D49 e D63. Os parâmetros seminais, a circunferência escrotal e o percentual de
espermatozoides com defeitos foram comparados entre o momento antes do tratamento e os
dois que o sucediam, e após a verificação da normalidade, os dados foram avaliados por
ANOVA a 5% de probabilidade. O teste de Tukey foi empregado para as comparações entre
os momentos para cada espécie. Durante o período não ocorreu variação na circunferência
escrotal, no entanto houve melhora significativa nos dados de cinética espermática e na
morfologia dos espermatozoides, com redução de defeitos menores e maiores, que
permaneceu mesmo após cessar o tratamento. Assim, a Flunixina Meglumine apresentou uma
ação benéfica para o sêmen de machos ovinos e caprinos com quadro espermático
desfavorável, o que faz com que o uso do fármaco seja aconselhado em reprodutores hígidos
com indícios de declínio da qualidade seminal por estarem em via de senilidade.
Palavras-Chave: Exame Andrológico. Qualidade Seminal. Farmacoterapia Reprodutiva.
ABSTRACT
The main cause of infertility in male sheep and goats is testicular degeneration, which is a
multifactorial process that may occur due to several injuries, such as thermal, infectious, age-
related or other diverse factors. Preventing or slowing this process is important for animal
production, usually performed with commercial drugs. Flunixin meglumine is an anti-
inflammatory drug widely used in female reproductive biotechniques and with scarce studies
in males. Therefore, this study aimed to evaluate possible beneficial effect of flunixin
meglumine on seminal quality of male sheep and goats with spermatic characteristics
unfavorable for reproduction. In order to do so, six goats with average age of seven years and
four sheep aged eight years from the Federal University of Ceará were selected for not
meeting the criteria established by the Brazilian College of Animal Reproduction (CBRA).
Three complete andrological examinations were performed in a week. Then, animals were
treated with three applications of flunixin meglumine at 2.2mg/kg in intervals of 48h starting
at day zero (D0). Once a week, semen from the animals was collected and evaluated between
the period from D21 to D35 and once every two weeks in the period from D49 and D63.
Seminal parameters, scrotal circumference and percentage of spermatozoids with defects were
compared between the moment before treatment and the other two periods afterwards. After
verification of normality, data was analyzed by ANOVA with 5% of probability and Tukey
test was used to compare between periods in each species. During the experiment, there was
no variation in scrotal circumference. However, there was significant improvement in sperm
cell kinetics and morphology with reduction of minor and major defects, which persisted even
after ceasing the treatment. Therefore, flunixin meglumine presented a beneficial effect on the
semen of male goats and sheep that presented unfavorable spermatic characteristics. These
results indicate the use of this drug for healthy breeders with decline in seminal quality due to
advanced age.
Keywords: Andrological Examination. Seminal Quality. Reproductive Drug Therapy.
LISTA DE FIGURAS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 1 - Evolução da motilidade espermática em carneiros de acordo
com a idade em semanas ..............................................................
19
Figura 2 - Ocorrência de patologias espermáticas em ovinos jovens de
acordo com a idade em semanas....................................................
19
CAPÍTULO 1
Figura 1 - Diagrama dos eventos ocorridos no experimento utilizando
ovinos e caprinos...……………………………………………..
42
LISTA DE TABELAS – CAPÍTULO 1
Tabela 01 - Parâmetros de motilidade espermática de machos ovinos e
caprinos submetidos ao tratamento com Flunixina
Meglumine .............................................................................
42
Tabela 02 - Circunferência escrotal e parâmetros quantitativos do sêmen
de machos ovinos e caprinos submetidos ao tratamento com
Flunixina Meglumine ...................................................................
43
Tabela 03 - Porcentagem de espermatozoides normais, defeitos menores e
defeitos maiores do sêmen de machos ovinos e caprinos
submetidos ao tratamento com Flunixina Meglumine ............
43
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AINE
COX
IA
IBGE
IM
Kg
mg
PGE
PGF
SPRD
Anti-inflamatório não esteroidal
Ciclo-oxigenase
Inseminação Artificial
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Intramuscular
Quilograma
Miligrama
Prostaglandina E
Prostaglandina F
Sem Padrão Racial Definido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................. 12
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 14
2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA TESTICULAR.............................................. 14
2.2 TRÂNSITO ESPERMÁTICO EPIDIDIMÁRIO.......................................... 15
2.3 PLASMA SEMINAL DE OVINOS E CAPRINOS .................................... 17
2.4 INFLUÊNCIA DA MATURIDADE SEXUAL SOBRE A QUALIDADE
SEMINAL.......................................................................................................
18
2.5 AVALIAÇÃO SEMINAL............................................................................. 19
2.6 ORIGEM DAS PROSTAGLANDINAS SEMINAIS.................................... 22
2.7 AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS................... 22
2.8 EFEITOS DA FLUNIXINA MEGLUMINE PARA A REPRODUÇÃO
ANIMAL ........................................................................................................
23
3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 25
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA .......................................................................... 26
5 OBJETIVOS.................................................................................................. 27
5.1 GERAL........................................................................................................... 27
5.2 ESPECÍFICOS................................................................................................ 27
6 CAPÍTULO 1 - EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE FLUNIXINA
MEGLUMINE SOBRE AS CARACTERÍSTICAS SEMINAIS DE
MACHOS OVINOS E CAPRINOS ........................................................
28
7 CONCLUSÃO............................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 45
12
1 INTRODUÇÃO
A região nordeste possui os maiores rebanhos ovino e caprino do Brasil,
contendo, respectivamente, 60,6% e 92,7% dos efetivos do país (IBGE, 2015). Em ovinos, há
predomínio de raças deslanadas, sendo que os mais prevalentes são os animais Morada Nova,
Somalis, Santa Inês, seus respectivos mestiços e animais sem padrão racial definido (SPRD)
(MAIA et al., 2015). As raças caprinas mais comumente encontradas são aquelas de pelo
curto, como as nativas Moxotó, Mambrina e Canindé, e raças exóticas como a Anglo-Nubiana
e seus mestiços.
Bons resultados na criação desses animais são intrinsecamente dependentes da
eficiência reprodutiva dos progenitores, o que está diretamente ligado à capacidade
fecundante de machos e fêmeas, de maneira sincronizada. Quaisquer problemas envolvendo
um ou ambos os progenitores podem acarretar em insucesso no quadro reprodutivo do
rebanho. Assim, inúmeras variáveis podem afetar a reprodução, dentre elas: doenças
infecciosas e metabólicas, fatores nutricionais, estresse térmico, idade, injúrias inflamatórias,
traumas etc.
O desempenho andrológico de reprodutores pode ser comprometido por diversas
patologias, sendo a degeneração testicular a principal causa de subfertilidade dos machos das
espécies domésticas. Essa alteração é atribuída a fatores como intempéries climáticas, estresse
térmico e aumento da temperatura intratesticular, toxinas, inflamações, distúrbios hormonais,
afecções na pele escrotal, assim como traumas e neoplasias testiculares (CAVALCANTE et
al., 2014).
Animais expostos a estresse térmico apresentam diferentes graus de
comprometimento na libido por interferência na produção de testosterona, além de diversas
alterações na morfologia espermática, que comprometem sua fertilidade (ARMENGOL et al.,
2015). Tais indivíduos costumam apresentar redução da espermiogênese, por terem as células
do epitélio germinativo afetadas pelo aquecimento testicular (MOREIRA; MOURA;
ARAUJO, 2001). O plasma seminal desses reprodutores também sofre mudanças em sua
composição, que são observadas através do perfil proteico nos ejaculados, o que pode
comprometer a proteção espermática, maturação e o potencial fecundante espermático
(ROCHA et al., 2015).
A temperatura ambiente é uma variável que sempre deve ser considerada, uma vez
que o animal pode sofrer estresse tanto pela sua termólise insuficiente quanto pela intensidade
dos fatores climáticos, independente de haver adaptação ou não. Isso é mais frequentemente
13
evidenciado em rebanhos de raças exóticas submetidas à criação sem conforto térmico em
ambiente desfavorável (ARMENGOL et al., 2015), mas também pode ser observado em
rebanhos nativos criados em instalações inadequadas.
Assim, a raça ou tipo racial também deve ser considerado. Animais nativos ou
naturalizados sofrem menos efeitos de estresse por fatores ambientais. Na ovinocultura de
corte do nordeste brasileiro tem-se introduzido raças exóticas como a Dorper e a Bergamácia,
com o intuito de promover melhor ganho de peso das crias de ovelhas Santa Inês (MAIA et
al., 2015) e na caprinocultura leiteira, cada vez mais tem-se adicionado genética europeia, em
especial a Saanen, muitas vezes de maneira não orientada.
A idade do animal é um fator limitante para a reprodução, visto que machos muito
jovens, mesmo que já púberes, apresentam baixos índices reprodutivos (VIU et al., 2006;
SOUZA, 2007), enquanto que, em contrapartida, animais idosos também apresentam sêmen
de qualidade progressivamente inferior (HAFEZ; HAFEZ, 2004). Assim, tem-se
recomendado que a idade limite para a permanência do macho ovino ou caprino na atividade
reprodutiva seja de oito anos (AZEVEDO; CAMPELO, 2004).
O monitoramento da qualidade seminal de reprodutores deve ser realizado através
de exames andrológicos periódicos, onde são também consideradas a libido, a circunferência
escrotal e as patologias espermáticas de ordem maior e menor (CBRA, 2013). Em acréscimo,
visando uma maior fidedignidade nos resultados, programas computadorizados como o
Computer Assisted Sperm Analisys (CASA) são aconselhados para se obter os valores
relativos à cinética espermática (ALVES, 2014).
Por fim, em busca de melhorar os índices produtivos e reprodutivos em machos e
fêmeas tem-se utilizado recursos como o uso de fármacos que reduzam os efeitos das injúrias
sofridas pelos animais, sejam elas de natureza ambiental, nutricional, infecciosa ou mecânica.
A exemplo disso, o anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) Flunixina Meglumine vem sendo
amplamente utilizado por prolongar a fase luteal do ciclo estral de fêmeas submetidas a
manipulação reprodutiva por biotecnias, para reduzir a secreção de prostaglandinas uterinas e
aumentar os índices de concepção (CARDOSO, 2009).
O uso desse fármaco em machos é ainda pouco estudado, mas sabe-se que ele tem
capacidade de melhorar e aumentar a taxa de reação acrossomal in vitro em carneiros, o que é
associado à modulação da concentração de prostaglandina E2 - PGE2 (ARCHBALD, 1990).
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA TESTICULAR
As gônadas masculinas dos ruminantes são estruturas situadas fora do abdômen,
inseridas no saco escrotal e revestidas pela túnica vaginal, que é uma extensão do peritônio.
Os espermatozoides produzidos deixam os testículos através do ducto eferente, que se
comunica com o ducto deferente, onde parte das secreções das glândulas acessórias é
adicionada ao ejaculado. O restante da secreção que compõe o sêmen é adicionado na porção
pélvica da uretra (HAFEZ; HAFEZ, 2004).
O testículo é um órgão que funciona como glândula endócrina e exócrina, com
duas funções essenciais: a espermatogênese e a produção hormonal (THIBAULT;
LEVASSEUR, 2001). Os túbulos seminíferos produzem de forma cíclica os gametas
masculinos e essa capacidade de produção está intimamente relacionada às dimensões
testiculares e, naturalmente, ao seu volume e peso. O testículo tem capacidade de produzir até
19 milhões de espermatozoides por grama do órgão, diariamente, o que permite que um
carneiro saudável seja capaz de produzir a cada dia o equivalente à quantidade de células
necessárias a dois ejaculados (JONES; DACHEUX, 2007).
O epitélio seminífero tem uma produção constante de células espermáticas
(HAFEZ; HAFEZ, 2004). O tempo total necessário à produção de um espermatozoide a partir
da espermatogônia varia segundo a espécie, sendo de 42 a 53 dias na espécie ovina
(MOREIRA; MOURA; ARAUJO, 2001) e de 50 a 53 na espécie caprina (HAFEZ; HAFEZ,
2004).
Vale ressaltar que o estudo de Moreira, Moura e Araujo (2001) evidenciou que o
estresse térmico interfere negativamente nos primeiros estágios da espermatogênese,
principalmente nas fases de multiplicação das espermatogônias e o início da divisão meiótica.
Isso se reflete no ejaculado, onde podemos encontrar redução do volume, da concentração
espermática, do vigor, da motilidade massal e do percentual de espermatozoides móveis
(COELHO, 2006).
A constância da espermatogênese está relacionada à ação de hormônios, como a
testosterona secretada pelas células de Leydig, ou células intersticiais. Tais secreções são
escoadas e alcançam níveis sistêmicos através das veias testiculares e também vasos linfáticos
(HAFEZ; HAFEZ, 2004).
15
2.2 TRÂNSITO ESPERMÁTICO EPIDIDIMÁRIO
Os gametas produzidos nas gônadas seguem para a maturação epididimária. De
acordo com Hafez e Hafez (2004), o epidídimo é um órgão dividido em três porções: cabeça,
corpo e cauda. Histologicamente são distintos os três segmentos de ductos epididimários, no
decorrer dos quais os estereocílios vão progressivamente reduzindo em altura. Nos dois
primeiros, ocorre a maturação espermática propriamente dita, enquanto o segmento terminal
destina-se ao armazenamento de espermatozoides, que pode comportar até 80% do número de
células armazenadas no epidídimo (HAFEZ; HAFEZ, 2004). Para Jones e Dacheux (2007), o
epidídimo do carneiro é capaz de comportar o equivalente a 28 vezes a capacidade de
produção espermática diária do testículo do animal.
É por volta da trigésima semana de vida que o epidídimo e outros segmentos do
trato reprodutivo masculino do ovino passam a influenciar consideravelmente nos aspectos da
função espermática, momento este que antecede o pico de concentração de testosterona na
circulação periférica (SOUZA et al., 2003). Até então, cordeiros podem apresentar células
espermáticas com discreta mobilidade, no entanto a motilidade progressiva só é alcançada
posteriormente (SOUZA, 2007).
Diversas funções são atribuídas ao epidídimo, como a reabsorção de fluídos dos
túbulos seminíferos, promovendo a concentração do sêmen, o transporte dos espermatozoides,
a eliminação das células espermáticas defeituosas, a maturação e o armazenamento dos
gametas masculinos (MURADÁS et al., 2006). A eliminação de espermatozoides defeituosos
é uma importante função deste órgão, também citada por Moreira, Moura e Araújo (2001).
O armazenamento espermático na cauda do epidídimo preserva sua viabilidade
por semanas, desde que haja a manutenção da termorregulação e da atuação da testosterona
(HAFEZ; HAFEZ, 2004). Segundo Muradás et al. (2006), a função de armazenamento é
ilustrada pelo fato dos espermatozoides ejaculados sobreviverem por 24 horas ou mais fora do
epidídimo, enquanto os que são mantidos na cauda do epidídimo (in vivo) permanecem vivos
por mais de 15 dias.
De acordo com Jones e Dacheux (2007), o trânsito espermático epididimário na
espécie ovina pode requerer um período de até 16,4 dias para se completar. No entanto, a
média de dias para esse trânsito costuma ser de 9 a 13 dias, e é nesse percurso que o gameta se
torna maturo (HAFEZ; HAFEZ, 2004). A funcionalidade do epidídimo está relacionada à
manutenção de um metabolismo com baixa atividade espermática, prevenindo a ativação
prematura dos espermatozoides (MURADÁS et al., 2006).
16
Segundo Jones e Dacheux (2007) a manutenção de um baixo pH e a reduzida
concentração de bicarbonato no plasma seminal são asseguradas pelos ductos epididimários.
Contudo, acredita-se que em animais submetidos a estresse térmico ocorre mudança na
composição bioquímica dos ejaculados, tanto nas secreções testiculares como epididimárias,
além da morte de espermatozoides, fatores esses responsáveis pela elevação do pH do fluido
seminal (MOREIRA; MOURA; ARAUJO, 2001).
Durante a passagem dos espermatozoides por este segmento do trato reprodutivo
masculino, ocorre uma série de modificações que configuram a maturação espermática
(JONES; DACHEUX, 2007). É no corpo do epidídimo que eles adquirem potencial para
movimento unidirecional e vigoroso e, ao chegarem à cauda recebem fatores que propiciam a
fertilização, sendo esse o motivo para que os espermatozoides dessa região sejam
naturalmente mais fecundantes que os demais (HAFEZ; HAFEZ, 2004).
É no curso desse trânsito que ocorrem diversas alterações na célula espermática
para que a mesma adquira habilidade fecundante, podendo ser destacadas: desenvolvimento
de potencial para sustentar a motilidade progressiva, alteração dos padrões metabólicos e
organização estrutural de organelas, alterações na cromatina nuclear, mudanças na natureza da
superfície da membrana plasmática, movimento e perda da gota citoplasmática e, em algumas
espécies, podem ocorrer modificações na forma do acrossomo (HAFEZ; HAFEZ, 2004).
É possível que o colesterol excretado pelas células epididimárias contribua para a
maturação dos espermatozoides em trânsito (SAEZ et al., 2011). Segundo Cross (1998), as
mudanças que ocorrem na célula espermática durante o processo de capacitação são
dependentes da forma como o colesterol está arranjado na membrana plasmática. O mesmo
atua ainda na integridade do espermatozoide. O colesterol é um fator decapacitante, que
estabiliza a membrana plasmática espermática durante o trânsito no epidídimo e evita as
interações intermoleculares que levam à capacitação (DAVIS, 1980).
Em diferentes espécies animais, a proporção de colesterol presente na membrana
plasmática do espermatozoide altera durante o trânsito epididimário. Pode ocorrer uma
redução de 50% em ratos (REJRAJI et al., 2006), hamsters (AWANO et al., 1993) e carneiros
(PARKS; HAMMERSTEDT, 1985). Na espécie caprina, o teor de colesterol aumenta durante
essa maturação (RANA et al., 1991) enquanto que, em suínos permanece constante
(NIKOLOPOULOU et al., 1985).
17
2.3 PLASMA SEMINAL DE OVINOS E CAPRINOS
O plasma seminal do ejaculado é o composto resultante das secreções do testículo,
epidídimo, ducto deferente e glândulas sexuais acessórias (vesiculares, bulbouretrais e
próstata) (EVANS; MAXWELL, 1990). Ele desempenha um papel crítico na capacidade de
fertilização dos espermatozoides, já havendo mais de 700 proteínas identificadas em sua
composição. Esse composto contém íons inorgânicos, açúcares, sais orgânicos, lípidos,
enzimas, prostaglandinas, proteínas e vários outros fatores (SOLEILHAVOUP et al., 2014).
As proteínas adicionadas ao plasma seminal durante o percurso do sêmen pelo
trato reprodutivo estão associadas a inúmeros aspectos da função reprodutiva em ruminantes
(BELLIN et al., 1994; SPROTT et al., 2000; MOURA, 2005). Ao longo do desenvolvimento
reprodutivo do carneiro Santa Inês, o perfil proteico do plasma seminal sofre alterações
significativas, refletindo a associações com a função espermática e outros aspectos da
maturidade sexual (SOUZA, 2007).
Essas alterações podem ser mais bruscas quando da ocorrência de insultos, como
no estresse térmico. Nesses casos, foram identificados no plasma seminal elementos como a
proteína Dj-1 (PDJ-1) e a proteína de choque térmico HSP70.3, além da proteína C-reativa,
que é encontrada em casos de dano celular e inflamação. A ocorrência desses fatores é
concomitante a mudanças nos parâmetros do sêmen, o que compromete a proteção
espermática, maturação e potencial fecundante espermático (ROCHA et al., 2015).
No sêmen caprino, naturalmente pode-se encontrar enzimas que interagem com os
fosfolipídios de alguns diluentes seminais. Segundo Gibbons (2002), a EYCE é uma
Fosfolipase A secretada pela glândula bulbouretral que possui atividade coagulante sobre os
lipídios da gema de ovo, um dos principais crioprotetores adicionados a diluentes seminais
nessa espécie. Uma vez na presença de cálcio, essa enzima catalisa e hidrolisa a lecitina da
gema de ovo, produzindo lisolecitina e ácidos graxos, e induzindo no espermatozoide a reação
acrossomal e a descondensação da cromatina.
Outra fração proteica do ejaculado caprino, também originada nas bulbouretrais, é
a SBU III, que interage com diluentes à base de leite, provocando inibição da motilidade,
ruptura do acrossoma e morte celular espermática. O efeito deletério dos diluentes seminais
ricos em lipídios, como os do leite e da gema de ovo, na espécie caprina, é conferido pela
interação entre essas enzimas presentes no ejaculado dessa espécie e os fosfolipídios
adicionados durante a diluição, e pode resultar na morte dos espermatozoides colhidos
(NUNES, 1982).
18
2.4 INFLUÊNCIA DA MATURIDADE SEXUAL SOBRE A QUALIDADE SEMINAL
Em um estudo realizado com biometria testicular e qualidade de sêmen de touros
Nelore em diferentes faixas etárias, foi observado que a partir da puberdade até o início da
vida adulta ocorre um aumento da circunferência escrotal, do peso e do volume testicular
proporcional ao aumento do peso vivo dos animais. Aliado a isso, foi evidenciado, com o
avançar desse período, uma melhoria das características morfológicas dos espermatozoides
obtidos nos ejaculados colhidos durante do experimento. A esse avanço de idade foi
percebido uma simultânea modificação do formato testicular, ficando este gradativamente
mais ovalado (VIU et al., 2006).
Quando comparados os quadros seminais de carneiros jovens de um a dois anos
de idade com o de animais mais maduros, de quatro a cinco anos, evidencia-se que nos
animais mais velhos, há uma melhor qualidade seminal, que pode ser evidenciada inclusive
após o descongelamento do sêmen. O ejaculado de animais mais velhos não senis apresenta
melhores parâmetros, como motilidade, integridade de membrana e potencial de membrana
mitocondrial (LYMBEROPOULOS; TSAKMAKIDIS; KHALIFA, 2010). O mesmo é
postulado por Mandiki et al. (1998), onde relatam que a qualidade seminal de carneiros é
superior durante o terceiro ano de vida, quando comparado ao segundo.
Um exemplo de melhoria do potencial reprodutivo com a maturidade sexual foi
observado ao se acompanhar a evolução do quadro seminal de cordeiros Santa Inês, onde
percebeu-se que a produção dos primeiros espermatozoides inicia por volta de 23 semanas de
vida, mas que só em torno das 28 atingem a puberdade (SOUZA; MOURA; LIMA, 2001). É
notório que, mesmo iniciando a produção espermática bastante cedo, a percentagem de
espermatozoides móveis apresenta variações pequenas e graduais até cerca de 23 semanas
(Figura 01), com alterações mais acentuadas após esta fase. Já a motilidade progressiva só
começa a desenvolver-se mais intensamente após 25 semanas de idade e valores acima de
70% de espermatozoides móveis podem ser observados a partir de 30 semanas. Por fim, a
concentração espermática apresenta valores significativos somente às 42 semanas de idade,
quando os animais já são reprodutivamente maduros (SOUZA et al., 2003).
Carneiros muito jovens tem sua fertilidade comprometida por apresentarem um
maior percentual de espermatozóides anormais (Figura 02). Às 15 semanas de vida pode-se
encontrar defeitos em até 88% dos espermatozoides, enquanto às 36 semanas podem
apresentar menos de 16% (SOUZA et al., 2007).
19
Figura 1 – Evolução da motilidade espermática em carneiros de acordo com a idade em
semanas.
Fonte: Adaptado de Souza (2007).
Figura 2 – Ocorrência de patologias espermáticas em ovinos jovens de acordo com a
idade em semanas.
Fonte: Adaptado de Souza (2007).
2.5 AVALIAÇÃO SEMINAL
Segundo o Colégio Brasileiro de Reprodução Animal (CBRA), a avaliação da
qualidade seminal é conferida através de exame clínico-andrológico, acompanhado de
espermograma. A colheita de sêmen em pequenos ruminantes pode ser realizada através de
vagina artificial ou eletroejaculação. As características a serem estudadas são o volume do
Idade em semanas
Idade em semanas
Per
cen
tual
de
esp
erm
ato
zoid
es m
óve
is
Per
cen
tual
de
Pat
olo
gias
Esp
erm
átic
as
20
ejaculado, a cor, o aspecto, turbilhonamento, motilidade, vigor e a concentração espermática.
São ainda avaliadas as características morfológicas, por meio de esfregaço corado em lâmina
(CBRA, 2013).
De acordo com Maia (2010), após a colheita, o sêmen deve ser mantido em
banho-maria a uma temperatura constante de 37 °C e imediatamente ocorrer a avaliação
quanto ao volume, aspecto, turbilhonamento, motilidade e vigor espermático. Em acréscimo,
visando uma maior fidedignidade nos resultados, programas computadorizados como o
Computer Assisted Sperm Analisys (CASA) são aconselhados para se obter os valores
relativos à cinética espermática (ALVES, 2014).
O volume do ejaculado é medido em mililitros e, de acordo com CBRA (2013),
sofre influência do método de colheita do sêmen, do regime de serviços, do tempo de
excitação e de outros fatores. Segundo Hafez e Hafez (2004), o volume médio obtido a cada
ejaculação de pequenos ruminantes é em torno de 0,8 a 1,2 mL, mas quando a colheita é
realizada através de métodos como a eletroejaculação pode ocorrer estímulo de glândulas
acessórias, o que aumenta o volume e diluição do ejaculado (RODRIGUES, 2007).
A cor do ejaculado nas espécies ruminantes domésticas varia entre branco e
amarelo-marfim. O aspecto varia de acordo com a concentração de espermatozoides, podendo
ser cremoso grosso ou fino, leitoso, seroso ou aquoso (CBRA, 2013).
O turbilhonamento, ou movimento de massa, é um movimento em forma de ondas
observado em uma gota de sêmen puro, que é resultante da motilidade, do vigor e da
concentração espermática. Essa característica recebe a atribuição de notas através de escores
subjetivos que variam de zero a cinco (COLAS, 1980), onde zero corresponde à ausência de
turbilhonamento e cinco ao turbilhonamento máximo (MAIA, 2010). Isso pode ser feito com
uma gota de sêmen puro sobre uma lâmina de vidro (a 37 °C) e avaliada ao microscópio
óptico com uma ampliação de 100 vezes (MAIA, 2015).
A motilidade, por sua vez, representa o percentual de espermatozoides móveis
visualizados em lâmina. A avaliação da motilidade espermática deve ser feita com uma
pequena gota de sêmen depositada sobre uma lâmina de vidro limpa e aquecida (37 ° C),
diluída com uma gota de solução de citrato de sódio a 2,94% e coberta com lamínula e, em
seguida, examinada sob microscopia óptica (400x). A avaliação é também subjetiva e requer
que preferencialmente três campos sejam analisados por lâmina para que se estime a
percentagem de espermatozoides móveis (MAIA, 2015). Já o vigor representa a intensidade
do movimento espermático e é também classificado através de escores entre um e cinco
(CBRA, 2013).
21
De acordo com o CBRA (2013), a concentração espermática representa o número
de espermatozoides por milímetro (mm) ou centímetro (cm) cúbico (1 cm³ = 1 mL). O
procedimento mais comum para obtê-la é através da contagem de células em câmara de
Neubauer, mas pode-se usar ainda a espectrofotometria ou métodos computadorizados. A
diluição para a mensuração da concentração espermática pode ser variável de 1:100 a 1:400 e
o número total de espermatozoides do ejaculado é calculado pelo produto do volume pela
concentração espermática.
A avaliação das características morfológicas dos espermatozoides é feita a partir
de esfregaços de sêmen observados ao microscópio óptico ou preparação úmida, em
microscópio de contraste de fase ou de interferência diferencial, associados ou não (CBRA,
2013). Segundo Maia (2015), é interessante que a coloração da lâmina com essa finalidade
seja feita com a eosina-nigrosina, contudo, uma alternativa interessante é utilizar o azul de
bromofenol, que se assemelha à eosina-nigrosina na avaliação do porcentual de células e
vivas e mortas e de patologias espermáticas, sendo que se mostra mais eficiente à temperatura
ambiente, além de fornecer lâminas de melhor qualidade para a visualização de alterações de
cabeça espermática e integridade de membrana (MEDEIROS et al., 2006). A morfologia
espermática é determinada ao se avaliar 200 espermatozoides por lâmina e categorizar suas
anomalias em defeitos maiores e defeitos menores (MAIA, 2015).
O Manual do CBRA (2013) descreve que as patologias espermáticas podem ser
enquadradas na classificação de Blom, onde os defeitos são categorizados em maiores ou
menores e são ainda citadas a presença de células de descamação, leucócitos etc. Nesse
modelo de avaliação das células espermáticas, são considerados defeitos de ordem maior
algumas anomalias de cabeça e acrossomo, das peças intermediária e principal e algumas
formas teratológicas.
As patologias relevantes de cabeça e acrossomo são o subdesenvolvimento,
cabeça isolada de formato anormal, contorno anormal da célula, cabeça estreita na base,
piriforme, pequena anormal e as chamadas “pouch formation” (vacuolizações). Na peça
intermediária a gota citoplasmática proximal, peça rudimentar, fibrilação, edema, pseudogota
etc. O único defeito da peça principal considerável nesse modelo de avaliação é a cauda
fortemente dobrada. Toda e qualquer forma teratológica espermática também será considerada
um defeito maior. São considerados defeitos de ordem menor as apresentações de cabeça
delgada, gigante, curta larga e pequena normal (CLGP), cabeça isolada normal, defeitos de
implantação, cauda dobrada (“bent-tail”), gota citoplasmática distal e cauda enrolada na
porção terminal (MIES FILHO, 1987).
22
2.6 ORIGEM DAS PROSTAGLANDINAS SEMINAIS
As prostaglandinas são eicosanoides de síntese induzida, ou seja, cuja presença
não está vinculada ao armazenamento prévio. Sua biossíntese inicia a partir da liberação de
ácidos graxos membranares, como o ácido araquidônico, sob ação da fosfolipase A. Uma vez
que o ácido graxo é liberado, esse sofre ação das ciclooxigenases (COX), originando
prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos, importantes em processos inflamatórios
(PALERMO-NETO; ARRUDA; MADUREIRA, 2014).
A síntese de prostaglandinas é possibilitada quando da maior liberação de
precursores, e isso pode ocorrer em processos degenerativos, onde ocorre maior
disponibilização de fosfolipídios devido ao desprendimento do epitélio seminífero
(CAVALCANTE et al., 2014)
O ejaculado de carneiros e bodes é naturalmente rico em diferentes tipos de
prostaglandinas produzidas principalmente pelas vesículas seminais, sendo as séries E e F as
mais comuns, e a diminuição da concentração de algumas delas está associada à redução da
fertilidade do reprodutor (MARLEY et al., 1997). Em contrapartida, um aumento na
concentração de prostaglandina E2 é associado a uma menor taxa de reação acrossomal por
parte do espermatozoide ovino, o que reduz a fertilidade do reprodutor (ARCHBALD et al.,
1990).
A adição de prostaglandina F2α ao plasma seminal pode causar redução da
fertilidade em touros e coelhos, visto que pode causar danos acrossomais e a liberação
precoce de transaminases e lactato desidrogenase. Já em ovinos, é observado que não ocorre
liberação de enzimas transaminases, fato este relacionado à resistência dessa espécie ao
agente (FAYED, 1996). Em equinos, a adição de prostaglandina ajuda a manter a motilidade
espermática e é uma ferramenta útil em animais idosos (ŞEN; AKÇAY, 2015).
2.7 AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS (AINES)
Os agentes anti-inflamatórios são fármacos capazes de reduzir os efeitos
conferidos pelas injúrias inflamatórias que afetam o organismo dos animais, através da
inibição de enzimas que atuam na via do ácido araquidônico. Dentro dessa classe de drogas,
há os Anti-Inflamatórios Não-Esteroidais (AINES). A exemplo desta categoria, temos a
Flunixina Meglumine, que possui potente ação analgésica, anti-inflamatória e anti-
endotoxêmica, que atua em distúrbios musculoesqueléticos (TASAKA, 2014).
23
De acordo com Andrade (2008), o efeito anti-inflamatório conferido pelos AINES
ocorre em virtude da inibição da via cicloxigenase (COX), o que impede o metabolismo do
ácido araquidônico. A enzima apresenta duas isoformas principais, sendo a COX-1
constitutiva dos tecidos e a COX-2 uma enzima de síntese induzida, produzida principalmente
pelos macrófagos e células envolvidas no processo inflamatório. Durante a fisiopatologia do
processo inflamatório, ao agir sobre o ácido araquidônico a COX origina prostaglandinas,
prostaciclinas e tromboxanos (ALENCAR; ROCHA; PINHEIRO, 2005).
AINES que atuam apenas sobre a COX-2 são classificados como COX-seletivos,
enquanto aqueles que inibem indiscriminadamente tanto a COX-1 quanto a COX-2, são
denominados COX não seletivos, e causam a maioria de seus efeitos colaterais (TASAKA,
2014). A maior parte desses efeitos indesejáveis está relacionada ao trato gastrintestinal e ao
sistema renal (ALENCAR; ROCHA; PINHEIRO, 2005).
A Flunixina Meglumine é classificada como um ácido aminonicotínico, não-
esteroidal e COX não seletivo (ALENCAR; ROCHA; PINHEIRO, 2005). A dose terapêutica
anti-inflamatória recomendada para o uso desse fármaco varia de acordo com a espécie, mas
em fêmeas caprinas a administração de a 1,1 a 2,2 mg/Kg, por via oral, intramuscular ou
intravenosa, costuma ser suficiente para suprimir a síntese de prostaglandinas inflamatórias
(KÖNIGSSON et al., 2003).
Por ser um AINE COX não seletivo, sua utilização deve ser cautelosa, pois o uso
indiscriminado da Flunixina Meglumine pode ser associado efeitos colaterais como alterações
renais e problemas gastrintestinais, uma vez que atua indiscriminadamente nas isoformas da
enzima (TASAKA, 2014).
2.8 EFEITOS DA FLUNIXINA MEGLUMINE NA REPRODUÇÃO ANIMAL
Na esfera reprodutiva, a maioria dos estudos que envolvem o uso de Flunixina
Meglumine está relacionada a seus efeitos em fêmeas e sua atuação tanto em nível de útero
quanto de ovário. No entanto, há pouco conhecimento científico acerca de sua atuação nas
gônadas masculinas (ARCHBALD et al., 1990).
Segundo Cardoso (2009), durante a manipulação do trato reprodutivo de fêmeas
bovinas ocorre liberação de PGF2α pelo endométrio, que pode comprometer as taxas de
prenhez. Quando elas são submetidas a biotecnias reprodutivas (a exemplo da transferência de
embriões) ocorre maior estímulo a tal liberação, que é responsável por reduzir o percentual da
taxa de prenhez.
24
Em um estudo onde foi avaliada a influência do uso de Flunixina Meglumine em
ovelhas submetidas à inseminação artificial (IA) por fixação cervical, viu-se que quando o
inseminador era hábil e causava mínima manipulação do trato reprodutor feminino, o uso da
droga não causa incremento significativo na taxa de prenhez alcançada (RASSABA, 2007).
Em éguas foi descrito um aumento nas taxas de prenhez quando utilizada a
Flunixina Meglumine concomitante ao cio, independente de se realizar a inseminação
artificial ou a monta natural (RISCO et al., 2009) o que, provavelmente, seja devido à redução
na liberação de PGF2α, que também ocorre nessa espécie. A literatura mostra resultados
distintos quando se estuda o efeito de inibidores da síntese de prostaglandinas sobre a taxa de
prenhez em bovinos, mas o uso da Flunixina Meglumine já é considerado um dos fatores
determinantes para o sucesso de biotecnias reprodutivas na espécie (CARDOSO, 2009). O
uso desse AINE é aconselhado em protocolos de sincronização de estro de fêmeas bovinas,
pois a redução do número de inseminações para se obter uma concepção, reduzindo ainda, as
despesas com repetições de protocolos (GUZELOGLU et al., 2007).
Além da redução na liberação de prostaglandinas, a Flunixina Meglumine atua
também no corpo lúteo, causando o prolongamento da fase luteínica do ciclo estral, que pode
ser evidenciado em ovelhas tratadas com o fármaco (AKÉ-LÓPEZ et al., 2005).
No tocante à atuação da Flunixina Meglumine sobre a qualidade seminal a
literatura apresenta pouco material científico. Em um estudo do efeito da droga sobre a
atividade espermática de carneiros foi sugerido que há uma relação inversa entre a
concentração plasmática de prostaglandina (PGE2) no sêmen e a reação acrossomal
espermática in vitro. Tendo em vista que o medicamento é capaz de reduzir tal concentração,
pode influenciar na qualidade seminal nesse parâmetro e favorecer a reprodução da espécie in
vitro (ARCHBALD et al., 1990).
25
3 JUSTIFICATIVA
A Flunixina Meglumine é um potente anti-inflamatório usado na clínica
veterinária para tratamento de distúrbios musculares, cólica em equinos, diarreia em bezerros
recém-nascidos e na Síndrome MMA (mastite-metrite-agalaxia) em suínos. No que diz
respeito à reprodução animal, há uma gama de informações acerca do uso da droga em fêmeas
de diferentes espécies (CARDOSO, 2009; RISCO et al., 2009; AKÉ-LOPEZ et al., 2005).
Contudo, há poucos trabalhos com o uso deste princípio ativo em machos das espécies ovina e
caprina, a exemplo do trabalho de Archbald et al. (1990), com o efeito do uso do anti-
inflamatório sobre a qualidade seminal de ovinos. Há necessidade de se estudar o efeito da
droga sobre as características seminais e adequar uma dose e protocolo de administração a
pequenos ruminantes, com a finalidade de melhorar a qualidade reprodutiva dos machos
dessas espécies. O uso do fármaco em reprodutores, já realizado por clínicos de campo, tem
surtido resultados satisfatórios. Até mesmo na atividade reprodutiva, há relatos da melhora do
quadro espermático de machos após algum estresse que venha interferir na atividade
testicular. Uma vez estabelecido um protocolo e corroborado o efeito benéfico, a droga pode
ser empregada na reversão de quadros seminais desfavoráveis à reprodução e no incremento
prévio do potencial reprodutivo de machos ovinos e caprinos, antes de iniciar a estação de
monta.
26
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA
A Flunixina Meglumine tem ação benéfica sobre o sêmen de ovinos e caprinos,
promovendo uma melhoria nas características seminais de reprodutores saudáveis que
apresentem um quadro espermático desfavorável à reprodução devido à senilidade.
27
5 OBJETIVOS
5.1 GERAL
Avaliar o efeito da Fluxinina Meglumine sobre a qualidade seminal de machos
ovinos e caprinos que apresentem quadro espermático desfavorável à reprodução em virtude
da senilidade.
5.2 ESPECÍFICOS
1. Verificar a qualidade do quadro espermático de ovinos e caprinos submetidos ao
tratamento com Flunixina Meglumine através de exames clínico-andrológicos;
2. Verificar se a dose 2,2 mg/Kg de Flunixina Meglumine favorece a reversão de um quadro
de baixa qualidade seminal;
3. Verificar se a droga causa redução no número de patologias espermáticas dos ejaculados;
4. Verificar se ocorre alguma mudança nos parâmetros de cinética espermática, após o uso da
droga.
28
6 CAPÍTULO 1
Effect of the administration of Flunixine Meglumine on seminal caracteristics of sheep
and goats males.
Efeito da administração de Flunixina Meglumine sobre as características seminais de machos
ovinos e caprinos.
Artigo Submetido ao periódico: Semina: Ciências Agrárias
Qualis do Periódico: B1
Data de Submissão: 11/04/2017
Aceito para publicação em: 04 de Agosto de 2017.
29
Effect of Flunixin Meglumine administration on seminal characteristics of male sheep
and goat
Efeito da administração de Flunixina Meglumine sobre as características seminais de
machos ovinos e caprinos
Maurício Francisco Vieira Neto1*
; Inti Campos Salles Rodrigues2; Jaqueline da Silva Leles
2;
Érica Pinto de Araújo3; Aderson Martins Viana Neto
4; Felipe Viana de Carvalho
5; Maria
Gorete Flores Salles6; Airton Alencar de Araújo
7
Abstract: Testicular degeneration is a multifactorial process increasing the concentration of
prostaglandins in seminal plasma. Both increase and decrease of these hormones tend to
promote loss of seminal quality. Flunixin meglumine is a potent anti-inflammatory drug
capable of modulating the production of prostaglandins and is widely used in female
reproduction. However, it is rarely used in males with the same objective. Therefore, this
study aimed to evaluate the effects of this drug on seminal quality of male lambs and goats
with spermatic characteristics unfavorable for reproduction. To this end, a total of 15 breeding
animals were evaluated, of which six goats and four sheep with poor seminal quality were
selected according to the criteria established by the Brazilian College of Animal Reproduction
(CBRA). Three semen samples were collected from each animal. Then, the flunixin
meglumine treatment was initiated and ejaculates were collected at two different periods after
the drug was administered (from day 21 until day 35 and from day 49 to day 63).
Macroscopic and microscopic parameters were assessed in semen samples and scrotal
circumference and percentages of sperm pathologies were measured and compared between
the three periods. Data with normal distribution were analyzed using ANOVA at 5%
probability, and comparisons between periods within the same species were performed using
the Tukey test. An improvement was observed in the analyses of mass motility, percentage
motility, and sperm vigor. Scrotal circumference had no variation. Concerning sperm
pathologies, an increase in the number of normal spermatozoids was observed due to a
significant reduction in minor and major defects, and the latter remained low even after the
treatment was finished. Therefore, flunixin meglumine presented beneficial effects on seminal
parameters of male goats and lamb with unfavorable spermatic characteristics. These findings
indicate this drug may be used in the treating of males with testicular injuries or of breeders
with reduced seminal quality due to advanced age.
Key words: Andrology. Animal Reproduction. Prostaglandins. Seminal Quality.
1 Discente de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, PPGCV, Universidade Estadual do Ceará,
UECE, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Mestres Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, PPGCV, UECE, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail:
[email protected]; [email protected] 3 Discente de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, PPGZ, Universidade Federal do Ceará, UFC, Fortaleza,
CE, Brasil. E-mail: [email protected] 4 Discente de Doutorado, Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia, PDIZ, UFC, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail:
[email protected] 5 Discente de Graduação em Medicina Veterinária, UECE, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected] 6 Profa Adjunta, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, Redenção, CE, Brasil. E-
mail: [email protected] 7 Prof. Associado, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: [email protected]
*Author for corresponsdence
30
Resumo: A degeneração testicular é um processo multifatorial que leva ao aumento das
prostaglandinas no plasma do ejaculado, sendo que tanto seu acréscimo quanto a redução
baixam a qualidade seminal. A Flunixina Meglumine é um potente anti-inflamatório, capaz de
modular a produção de prostaglandinas, amplamente difundido na reprodução de fêmeas, mas
pouco utilizado em machos para esse fim. Por isso, esse trabalho buscou avaliar o efeito deste
fármaco sobre a qualidade seminal de machos ovinos e caprinos que apresentem quadro
espermático desfavorável à reprodução. Para tanto, um total de 15 reprodutores pertencentes à
Universidade Federal do Ceará foram avaliados, dos quais foram selecionados seis bodes e
quatro carneiros com sêmen de baixa qualidade, segundo os critérios do Colégio Brasileiro de
Reprodução Animal (CBRA). Foram realizadas três colheitas prévias de cada animal,
aplicado o tratamento com Flunixina Meglumine e, em seguida, foram colhidos ejaculados de
dois momentos posteriores à aplicação do fármaco (do D21 ao D35 e do D49 ao D63). Os
parâmetros espermáticos de natureza macro e microscópica, assim como a circunferência
escrotal e o percentual de patologias espermáticas foram comparados entre os três momentos
e os dados de distribuição normal foram avaliados por ANOVA a 5% de probabilidade e as
comparações entre os momentos dentro de cada espécie quando significativa foram feitas pelo
teste de Tukey. Houve melhora na motilidade massal, motilidade percentual e vigor
espermático. Não ocorreu variação da circunferência escrotal e, no tocante às patologias
espermáticas, observou-se um aumento no número de espermatozoides normais, devido a uma
redução significativa de defeitos menores e maiores, sendo que estes permaneceram menores
mesmo após cessar a influência do tratamento. Assim, a Flunixina Meglumine mostrou uma
ação benéfica sobre os parâmetros seminais de machos ovinos e caprinos com quadro
espermático desfavorável, sugerindo a indicação do fármaco para o tratamento de machos que
passaram por injúrias testiculares diversas ou reprodutores com declínio da qualidade seminal
devido à idade avançada.
Palavras-chave: Andrologia. Prostaglandinas. Qualidade Seminal. Reprodução Animal.
Introduction
Adult lamb presents better seminal parameters at four or five years of age than at one
or two years of age (LYMBEROPOULOS; TSAKMAKIDIS; KHALIFA, 2010). Mandiki et
al. (1998), reported better spermatic quality in 3-year-old lambs than in 2-year-old lamb.
However, several conditions can weaken sperm quality and homeostasis in the reproductive
tract, such as nutritional disorders, thermal stress, infectious and parasitic diseases and
advanced age (MOREIRA, MOURA; ARAUJO, 2001; ARMENGOL et al., 2015).
Testicular degeneration is the main cause of infertility in males (ALVES, 2016) and
is caused by factors influencing testicular thermoregulation and, consequently, the gonadal
germinal epithelium (SANTOS; SIMPLÍCIO, 2000). During degeneration, tissues release
membrane phospholipids, which, due to the activity of phospholipase-A, generate a number
of fatty acids. The most important of them is arachidonic acid, which becomes the main cause
31
for prostaglandins in presence of cyclooxygenases (COX). Prostaglandins, a type of
eicosanoid, are interesting to pharmacology due to their important biological functions, such
as inflammatory processes, local blood flow and reproduction (PALERMO-NETO et al.,
2014).
These eicosanoids are also found in seminal plasma. Lamb and goat ejaculates are
filled with different types of eicosanoids, but the reduction of some of the prostaglandins
levels is associated with low fertility in reproducers (MARLEY et al., 1997). However, an
uncontrolled increase is also harmful, as exemplified in a study reported by Archbald et al.
(1990), in which the level of E2 prostaglandin was inversely linked to the capacity of
acrosome reaction of lamb sperm cells.
Experimentally, the addition of F2α prostaglandin in seminal plasma may cause
fertility reduction in bulls and rabbits, due to acrosomal damage and early release of
transaminases and lactate dehydrogenase. On the other hand, in lambs, there was no release of
transaminases enzymes, which is related to this species’ resistance to the eicosanoid (FAYED,
1996). In horses, the addition of this prostaglandin helps to maintain sperm motility and is a
helpful resource for older animals (CEBİ ŞEN; AKCAY, 2015).
Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAI) are useful pharmaceuticals for
modulation of prostaglandin production since they inhibit COX (TASAKA, 2014). One
prostaglandin, Flunixin Meglumine, has stood out due to its modulation activity in the
production of PGF2α, which has been useful to extend the luteal phase in the estral cycle of
sheep (AKÉ-LOPEZ et al., 2005) and to assist biotechniques, such as embryo transfer in
bovines (CARDOSO, 2009) and to improve pregnancy rates in reproductive protocols of
heifers (GUZELOGLU et al., 2007).
However, there are few papers in the literature analyzing this drug for reproductive
purposes in males. Archbald et al. (1990) reported that its use in lambs can improve the
capacity of acrosomal reactions, associated with PGE reduction. However, there is still little
information on its impact on seminal quality. Therefore, considering the importance of the
effects of prostaglandin in sperm activity and the lack of research involving the use of
Flunixin Meglumine in the reproduction of male lamb and goats, the present study intends to
evaluate the effect of this drug on the seminal quality of males of these species presenting
spermatic characteristics unfavorable for reproduction.
Material and Methods
32
This experiment was approved by the Animal Use Ethics Committee (CEUA) of the
University of the State of Ceará (UECE), process number 0533077/2016.
Location of experiment execution
This study was executed in the Goats and Sheep sector of the Department of Animal
Science, Federal University of Ceará (UECE). It is located in the Pici Campus, in the city of
Fortaleza - Ceará, Brazil. It lies at the geographical coordinated of 3°44'33.44"S latitude and
38°34'42.54"W longitude, and at an average altitude of 15.5 meters above sea level. The local
climate is Aw type (tropical with dry winter), according to the Köppen’s classification. The
rainy season occurs from January to March and has average annual rainfall of 1338 mm, and
average ambient temperature between 26 and 28 ºC.
Experimental animals
From a total of 15 reproducers, 10 half-breed males with no defined standard breed
were selected based on their sperm picture. Every animal was evaluated, but only those with
no ideal characteristics for reproduction were chosen. The criteria for this selection were
recommended by the Manual of the Brazilian College of Animal Reproduction (CBRA,
2013). Four adult lambs were selected, averaging 8 years of age and 45 kg. Six adult goats
were also selected, averaging 7 years of age and 45 kg. Animals were kept in individual stalls
and were given elephant grass (Pennisetum purpureum Schum) roughage as base feeding
along with 18% crude protein to fulfill NRC (2007) recommendations. Water and mineral salt
were also provided ad libitum.
Before selection, all individuals were submitted to clinical and laboratory exams to
guarantee health and to verify adaptability to the imposed conditions. No sick animals or
animals with any indication of physical or laboratory pathologies, in any of their systems,
were selected.
Previous andrological evaluation
In the week prior to treatment, the selected reproducers were submitted to clinical-
andrological exams and spermograms. Samples were collected every 72 hours using the
electroejaculation method, which consists of a 12 V device sending stimulation currents
33
between 200 mA and 300 mA at intervals of 2 to 5 seconds. During the experiment, before
each sample collection, animals went through quick clinical evaluations and their scrotal
circumferences were measured. All semen samples were evaluated for macroscopic aspects
(volume, color, and aspect) and microscopic aspects (mass motility, vigor, and percentage of
mobile sperm). Kinetic sperm parameters were measured by an experienced evaluator who
had worked with semen assessments for 27 years.
According to CBRA, adequate semen parameters for both goats and lambs are sperm
motility, equal or superior to 80%; vigor, higher or equal to 3; and percentage of
morphologically normal sperm, equal to or higher than 80%. For lambs, the acceptable
volume is about 0.5 to 3 mL; mass motility, equal or higher than 3; sperm concentration, from
1 to 3 billion per mL; and a total of 3 to 5 billion sperm per ejaculate. The same parameters
for goats are volume, from 0.5 to 1.5 ml; mass motility, equal to or higher than 4;
concentration, between 2 and 5 billion sperm per ml; and a total of 3 to 5 billion sperm per
ejaculate.
Sperm concentration was measured in a Neubauer chamber, using 1:400 dilution in a
formalin-saline solution. Microscopic slides to analyze morphological alterations were
prepared using bromophenol as a blue dye (MEDEIROS et al., 2011). Sperm morphology and
the percentages of major and minor defects were evaluated by counting 200 sperm cells per
slide for each ejaculate, according to the Blom classification (CBRA, 2013).
Drug administration
Flunixin Meglumine was applied to all animals intramuscularly. The first application
(D0) occurred after the third previous sample of semen was collected (Figure 1).
Administration of the drug occurred at two time periods: first, each animal received a
2.2 mg dose of Flunixin Meglumine per kg of live weight every 48 hours (D0, D2, and D4).
Twelve days after the third application (D16), the second period of the treatment began, in
which three 1.1 mg per kg of live weight doses were applied to each reproduction animal in a
one-week interval (D16, D23, and D30), which intended to maintain the results reached.
34
Figure 1. Diagram of the experiment, containing events that occurred to both goats and
lambs.
Week Monday Tuesday Wednesday Thursday Friday Saturday Sunday
1st
C C
2nd D0= C e
A D2= C e A
D4= C e
A
3rd
4th
D16= A’
5th
D21= C D23= A’
6th
D28= C D30= A’
7th
D35= C
8th
9th
D49= C
10th
11th
D63= C
*C: weekly collection; A: Dose application of 2.2 mg Kg-1
Flunixin Meglumine; A’: Dose
application of 1.1 mg Kg-1
.
Post-treatment sperm collection and assessment
Sample collection was resumed on D21, following the same evaluation and
collection methods used before Flunixin Meglumine applications.
Five samples, always on Mondays (D21, D28, D35, D49, and D63), were acquired
after treatment began to verify the seminal picture of the animals. The first three sample
collections coincided with the period in which applications of 1.1 mg Kg-1
of live weight were
being applied. The collective performance was monitored and assessed so the term of drug
effect on seminal quality could be measured. The time interval between collections on D35
and D49 was two weeks long, considered the second period after treatment, and no drug
applications happened during this time.
Statistical analysis
For this experiment, a systematic sampling by senility was used to select animals
with inferior sperm characteristics than those recommended by CBRA (2013) so male lambs
and goats could be andrologically evaluated.
35
Experimental delineation consisted of a 2x4 factorial, in which two species were
studied (goat and lamb) with evaluation of seminal characteristics data at three different
periods: before drug application, at the first period after application (from D21 to D35) and in
the second period (from D49 to D63).
The data, expressed in averages and standard mistakes, were submitted to a Shapiro-
Wilk normality test. Those showing non-normal distribution, even after transformed (log
(x+1)), were analyzed by the Kolmogorov-Smirnov non-parametric test. Data in which
normality was achieved were assessed by ANOVA testing (at 5% probability) and, when
significant, comparisons between periods within each species were made by the Tukey’s test.
Results and Discussion
The 17-day period, between the last day of treatment (D4) and the first post-
treatment collection (D21), was defined with the intention of providing enough time for sperm
already present in the tail of the epididymis to complete transit in the organ, allowing the
evaluation to be performed on sperms in seminiferous tubules during treatment. According to
Jones e Dacheux (2007), the literature states the maintenance period of sperm cells in
epididymal ducts is up to 16.4 days long when transformations of maturity occur.
Parameters of mass motility (MM), the percentage of mobile sperm (%) and vigor
were evaluated (Table 1) and show a considerable increase in all aspects from D21 to D35,
with significant variation (P<0.05), regardless of the species. In Lambs, this improvement was
no longer sustained after treatment. In goats, on the other hand, improvement remained after
drug application, with exception to sperm motility, which decreased significantly.
36
Table 1. Sperm motility parameters in goat and lamb males submitted to Flunixin Meglumine
treatment.
Species Periods MM (0-5) Motility percentage
of mobile sperm (%) Vigor (0-5)
Lamb
Before 2.06 + 0.67a 36.67 + 7.26
a 2.39 + 0.36
a
D21 – D35 3.55 + 0.29b 61.00 + 2.33
b 3.65 + 0.17
b
D49 – D63 2.58 + 0.68a 36.67 + 8.03
a 2.75 + 0.38
a
Goats
Before 2.50 + 0.31a 48.82 + 6.16
a 2.82 + 0.22
a
D21 – D35 3.50 + 0.21b 65.28 + 2.98
b 3.72 + 0.14
b
D49 – D63 3.83 + 0.19 b 58.75 + 5.91
a 3.79 + 0.18
b
Regardless of species
Before 2.35 + 0.30a 44.61 + 4.80
a 2.67 + 0.19
a
D21 – D35 3.52 + 1.17b 63.75 + 2.10
b 3.70 + 0.10
b
D49 – D63 3.42 + 0.29b 51.39 + 5.27
a 3.44 + 0.21
b
*Lowercase letters indicate statistical variation in the Tukey test (p<0.05) within each sub-column.
When individually evaluated, species mass motility and vigor parameters remained
similar in both periods after treatment, with a significant reduction (p<0.05) only in motility.
Results for sperm motility (MM, mobile % and strength) after the drug application are close
to what is considered “acceptable” by the CBRA (2013) for seminal quality evaluations in
male lamb and goats.
Scrotal circumference showed no significant alterations at the different times in
either for species, which demonstrates the lack of influence of the drug on this parameter
during experimentation periods (Table 2). Goat results obtained in the present study are
similar to those found by other authors studying native goats from the northeast region of
Brazil (SANTOS; SIMPLÍCIO, 2000). However, for lambs, the results obtained in this study
are inferior to those obtained by Maia et al. (2011) in half-breeds.
Semen volume of goats showed a significant increase (p<0.05) between D21 and
D35, and between D49 and D63. This increase may be due to the behavior of this species
during the electroejaculation collecting process since they feel more discomfort during the
process, which can interfere with drug activity. The volume increase is probably due to a
higher quantity of secretion in the accessory glands, which may have occurred when
electrostimulation was performed (RODRIGUES, 1997). Results from the first moment post-
treatment are close to those found by Santos and Simplício (2000) in goats and by Maia et al.
37
(2011) in lambs and were in agreement with CBRA recommendations (2013) for andrological
exams in these species.
Table 2. Scrotal circumference (SC) and quantitative sperm parameters of male goats and lambs,
submitted to Flunixin Meglumine treatment.
Species Periods SC (cm) Volume
(mL)
Concentration (106
Sptz/mL)
Total
(106 Sptz)
Lamb
Before 30.39 + 0.64 0.53 + 0.06 1028.89 + 429.81a 608.67 + 262.10
a
D21 –
D35 30.03 + 0.46 0.86 + 0.17 3028.00 + 612.94
b 2846.00 + 725.86
b
D49 –
D63 30.08 + 0.55 0.52 + 0.05 3195.00 + 1327.30
b 1807.33 + 857.22
b
Goats
Before 26.52 + 0.68 0.77 + 0.09a 716.91 + 204.86
a 553.74 + 152.10
a
D21 –
D35 26.83 + 0.68 0.72 + 0.06
a 186.67 + 26.61
b 136.78 + 21.97
b
D49 –
D63 26.75 + 0.96 1.12 + 0.17
b 650.21 + 127.35
a 603.54 + 94.29
a
Regardless
of species
Before 27.86 + 0.61 0.69 + 0.07 824.90 + 197.24 572.75 + 131.6 a
D21 –
D35 27.97 + 0.55 0.77 + 0.07 1201.43 + 337.14 1104.56+354.02
b
D49 –
D63 27.86 + 0.76 0.92 + 0.13 1498.47 + 514.18 1004.81 + 307.93
b
*Lowercase letters indicate statistical variation in the Tukey test (p<0.05) within each sub-column.
Sperm concentration and total number of sperm per ejaculate presented significant
increase (p<0.05) between the period before and both periods after application, but reduced
once again after the second moment, which probably happened because male goats had
presented an important increase in seminal plasma quantity during this period, probably due
to the collection method (RODRIGUES, 1997), which resulted in lower sperm concentration.
Both species significantly increased (p<0.05) percentage of normal sperm between
the period before and the period after the first treatment. (Table 3). However, the percentage
of normal lamb sperm showed significant reduction between D49 and D63, coming close to
results presented before drug application. In goats, at the period between D49 and D63, the
percentage of normal cells showed no significant decrease, rather stayed close to the numbers
shown between D21 and D35, which suggests prolonged drug activity for this parameter in
goats. This also shows the same evolution seen in sperm motility parameters.
Major defects were significantly reduced in both species after Flunixin Meglumine
applications. The reduction was maintained until the period between D49 and D63 when drug
38
applications ceased. According to Moreira et al. (2001), these defects are mainly originated at
a testicular level and the obtained results suggest this drug might act in the final
spermatogenesis phases. This may also explain the maintenance of the condition even after
interrupting drug reinforcements.
Table 3. Percentage of normal sperm, minor defects and major defects of semen of male goats and
lambs, submitted to Flunixin Meglumine treatment.
Species Periods Normal (%) Major defects (%) Minor defects (%)
Lamb
Before 67.11 + 2.38a 9.89 + 1.15
a 23.00 + 2.40
a
D21 – D35 85.95 + 1.84b 2.10 + 0.76
b 11.95 + 2.00
b
D49 – D63 68.75 + 5.18a 3.17 + 0.81
b 28.08 + 4.67
a
Goats
Before 73.74 + 1.82a 6.59 + 0.61
a 19.68 + 1.60
a
D21 – D35 87.47 + 3.27b 1.64 + 0.34
b 10.89 + 3.22
b
D49 – D63 84.79 + 0.73b 1.83 + 0.32
b 13.38 + 0.76
b
Regardless of
species
Before 71.44 + 1.60a 7.73 + 0.64
a 20.83 + 1.34
a
D21 – D35 86.93 + 2.18b 1.80 + 0.34
b 11.27 + 2.17
b
D49 – D63 79.44 + 2.49c 2.28 + 0.36
b 18.28 + 2.28
a
*Lowercase letters indicate statistical variation in the Tukey test (p<0.05) within each sub-column.
Percentage of minor defects significantly reduced (p<0.05) between the period before
and the first period after the application. However, results obtained from all evaluations
increased once again when applications ceased. Therefore, minor defects reduction at the
period between D21 and D35 was followed by an increase during the period from D49 to
D63. These results are similar when analyzed without regarding the species. According to
Moreira et al. (2001), minor defects can be primarily originated in the epididymis, therefore,
at the end of treatment, improvement can be interrupted and continuous flow of sperm may
present new increase in defect proportions.
The post-treatment results shown here indicate a significant improvement of seminal
characteristics related to sperm motility and quantitative numbers of semen, and to normal
sperm and minor and major defects. Seminal characteristics were recovered from
unsatisfactory to nearly accepted values according to CBRA (2013).
Flunixin meglumine is a potent nonsteroidal anti-inflammatory commonly used in
39
the treatment of inflammatory processes of several origins (TASAKA, 2014), however, up to
now, there was no knowledge regarding the beneficial activity it may cause on male seminal
quality. In the reproductive sphere, its use is reported in studies related to female bovine,
reducing PGF2α production, increasing pregnancy rates in heifers (GUZELOGLU et al. 2007)
and increasing in vitro production of embryos (KIM et al. 2014).
In males, we found only one citation in which this drug was used for lambs and it
resulted in prostaglandin (PGE) reduction and increase of acrosomal reaction in sperm
(ARCHBALD et al. 1990). However, the authors reported no results of the activity on
seminal characteristics of sperm motility.
The positive effects of Flunixin Meglumine were observed accidentally for the first
time when researchers were treating animals with arthritis and submitted them to semen
collection in an artificial vagina. In such study, improvements in seminal characteristics were
repeatedly observed. Thus, throughout time, we obtained clinical experience in fertility
recovery of males going through senility, as well as recovery of males under thermal testicular
stress impact due to high ambient temperatures. Since the use of this drug improved fertility
of the males cited above, we decided to elaborate this research.
The beneficial effect can be explained based on the biochemical activity of Flunixin
Meglumine. Phospholipases and prostaglandins are known to be intimately connected to
inflammatory and degenerative processes and to increase concentrations in these situations
(HUDSON et al. 2016; YANG et al., 2017). In the reproductive field, the inflammatory
process of the endometrium in postpartum can be exemplified: the COX-2 enzyme is
responsible for mobilization of arachidonic acid for PGE production (HUDSON et al. 2016).
Similar activity may take place in the epididymis, involving an inflammatory or local
degenerative process, which begins cascade activation for PGE formation by phospholipase
A1 activity, which in turn, degrades membrane phospholipids of epididymal cells and releases
arachidonic acid, which, through COX-2 activity, is transformed into prostaglandins
(HUDSON et al. 2016). COX-2 inhibition using Flunixin Meglumine reduces the
concentration of prostaglandins in the epididymis.
The epididymis is an important forerunner organ for fertilization capability in sperm
and provision of motility, due to the production of several proteins throughout it
(DACHEUX; DACHEUX; DRUART, 2016). Therefore, in degenerative processes due to
40
senility or other damage, this organ provides an unfavorable environment for a full production
of viable sperm. Flunixin Meglumine activity in the epididymis enables the formation of a
satisfactory environment for sperm viability, which explains, in this study, the improvement
in the seminal quality of animal after drug application.
Conclusions
Based on the “in vitro” evaluation results of this study, we may report on the
beneficial impact of Flunixin Meglumine on seminal parameters of male goats and lambs
containing unfavorable sperm frames.
This benefit takes place mainly in the improvement of motility parameters (mass
motility, mobile cell % and strength), as well as in parameters linked to male fertility, such as
increase of normal cells and reduction of altered sperms.
Therefore, this drug can be indicated for male adult goats and lambs with testicular
injuries or for reproducers facing a decline in seminal quality due to advanced age. Additional
studies are required to evaluate “in vivo”, i.e. after natural mount or artificial insemination, the
fertility of males treated with this drug.
Acknowledgements:
Special thanks to Professor Ph.D. Pedro Zione, who is responsible for the Lamb and
Goat sector of the Federal University of Ceará, for providing the animals used in this
experiment.
41
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44
7 CONCLUSÃO
Reprodutores saudáveis e bem alimentados que apresentem baixo desempenho andrológico
podem ser tratados com protocolos utilizando Flunixina Meglumine na dose de 2,2 mg/kg,
sendo o seu efeito mais duradouro em caprinos que em ovinos. É aconselhável o uso droga em
machos com indícios de degeneração testicular devido à senilidade, o que confere melhores
índices de cinética espermática e redução do percentual de alterações morfológicas,
incrementando e prolongando a eficiência reprodutiva desses animais.
45
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