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Viajar através da Língua Portuguesa
• Semântica Ortografia
• Morfologia
• Léxico Sintaxe
Viajar através da Língua
Portuguesa
Semântica: Sinónimos e antónimos
• As palavras que estabelecem entre si relações de semelhança ou equivalência chamam-se sinónimas; aquelas que estabelecem relações de oposição, expressando ideias contrárias, são antónimas.
Morfologia: determinante
• O determinante: subclasses• Os determinantes agrupam-se nas seguintes
classes: - artigos definidos e indefinidos - possessivos - demonstrativos - indefinidos -interrogativos - numerais
Sinais de pontuação
. / ; O ponto final e o ponto e vírgula marcam, respetivamente, o fim de uma frase e de uma oração. Enquanto o primeiro implica uma pausa absoluta, o segundo marca uma pausa maior do que a vírgula , quando se enunciam diferentes aspetos de uma mesma ideia.
, A vírgula assinala uma pequena pausa no interior da frase. Existem algumas regras a atender no seu uso: o sujeito e o predicado nunca se separam por vírgulas, nem o predicado e o complemento direto. Por outro lado, o vocativo é sempre seguido por uma vírgula.
: Os dois pontos empregam-se para anunciar o discurso diretos, para introduzir uma citação e para dar início a uma enumeração e explicação.
? O ponto de interrogação usa-se para formular uma pergunta diretamente.
! O ponto de exclamação usa-se, geralmente, no final da frase exclamativa, quando se denunciam sentimentos ou emoções.
Sinais de pontuação
! O ponto de exclamação usa-se, geralmente, no final de uma frase exclamativa, quando se denunciam sentimentos ou emoções.
… As reticências indicam a interrupção de uma frase, a suspensão de uma ideia, pensamento ou sentimento.
_ O travessão serve para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos ou, ainda, para isolar palavras ou expressões num texto.
( ) os parênteses usam-se para intercalar, num texto, uma determinada palavra ou expressão que, não pertencendo propriamente ao discurso, é necessária para a clarificação do mesmo.
“ “ As aspas usam-se para as transcrições de excertos de outros autores; salientam ainda uma determinada palavra ou expressão, sobretudo, quando esta não faz parte do nosso código linguístico.
Morfologia: nome• O nome: subclasses• Próprios – individualizam as pessoas, os animais ou as coisas. Ex: Pedro, França,
Natal.• Comuns – servem apenas para designar, não individualizam, nem distinguem. Ex:
rapaz, país, festa.• Podem ser em número Contável/Contável coletivo/Não Contável/Não Contável
coletivo• Concretos – designam pessoas, animais ou coisas pertencentes ao mundo físico.
Ex. mochila, casa, máquina.• Abstratos- designam realidades que não pertencem ao mundo físico, ações,
qualidades ou estados.• Ex. confiança, tristeza, força.• Coletivos – no singular, designam um conjunto de seres ou de coisas da mesma
espécie.Ex. cardume, pomar, frota
Morfologia: nome
• Notas sobre o nome• O nome é uma palavra variável que serve para designar
pessoas, animais ou coisas.• Apresenta formas diversas de flexão: em género, em
número e em grau.
• Regra geral, o feminino dos nomes obtém-se substituindo o- o final da forma masculina por – a; por sua vez, o plural dos nomes terminados em vogal obtém-se acrescentando um –s.
• O nome apresenta cinco subclasses: próprios, comuns, concretos, abstratos e coletivos.
Morfologia: verbo
• Verbo: tempos simples• Modo Indicativo tem seis tempos simples:
presente, pretérito imperfeito, pretérito mais –que-perfeito, futuro.
• Modo conjuntivo tem três tempos simples:- presente, pretérito imperfeito e futuro.
• Modo imperativo tem apenas um tempo: presente.• Obs-deverás consultar uma gramática ou o teu
manual para estudar bem a flexão verbal.
Ortografia: relação fonética e gráfica entre palavras
• Homónimas: palavras que se escrevem e leem da mesma maneira, mas têm significado diferente; Ex. são//são
• Homógrafas: palavras que têm a mesma grafia, mas pronúncia e significado diferentes. Ex. pregar//pregar
• Homófonas: palavras que têm grafia diferente, pronúncia igual e significado diferente. Ex. conselho//concelho
• Paronímia: significado diferente, pronúncia e grafia muito próximas. Ex. imigrar//emigrar
Morfologia: pronomes
• O pronome: subclasses• Pessoais. Ex. nós• Possessivos. Ex. tua• Demonstrativos. Ex. aquele• Interrogativos. Ex. Qual• Relativos. Ex que• Indefinidos. Ex. uns, outros
Morfologia: pronomes
• O pronome pessoal forma de complemento (direto ou indireto),sem proposição, segue, geralmente, a forma verbal. Ex. deu-lhe…
• Há situações em que o pronome precede o verbo:- Nas frases introduzidas por que (ex. a professora pediu
que lhe dessem o giz);- Nas frases negativas (ex. não o deixes mal estacionado) - Intercala-se na forma de futuro(ex. dar-te-ei a mão) .Segue o v. auxiliar, intercalando-se entre este e o
particípio passado (ex. tenho-te dito tudo)
Morfologia: pronomes
• Os pronomes o, a, os, as podem aparecer em variantes: lo, la, los, las. É o que acontece quando a forma verbal termina em –r,-s ou –z que são omitidos (exs. Vou comer o pão – vou comê – lo; amas a arte – ama-la; diz a verdade – di-la).
• Quando a forma verbal termina em m, os pronomes tomam as seguintes formas: no, na, nos,nas (ex. eles escrevem o livro – escrevem-no)
• Nota: Deves consultar uma gramática para aprofundares estes conhecimentos, sobretudo, quando estudares a conjugação pronominal (verbo conjugado com o pronome.
Morfologia: Adjetivo• 1. Flexão em género• 1.1. Variação em género – adjetivos biformes• Os adjetivos são, geralmente, biformes, apresentando uma forma para o
masculino e outra para o feminino.• 1.1.1. Regra geral de formação do feminino• • Substituição do índice temático masculino (terminação) -o, pelo índice
temático feminino (terminação) -a• Ex.: lindo > linda; honesto > honesta• Nota: Em alguns destes adjetivos, a distinção entre masculino e
feminino implica também uma diferença do timbre da• vogal tónica.• Ex.: formoso (o fechado) > formosa (o aberto)• grosso (o fechado) > grossa (o aberto)
Morfologia: Adjetivo• 1.2. Variação em género – adjetivos uniformes• Os adjetivos que apresentam uma só forma para o feminino e masculino são
uniformes. Geralmente, estes adjetivos• terminam:• • em -a• Ex.: hipócrita; celta; indígena; agrícola• • em -e• Ex.: triste; doce; humilde; constante• • em -ar e -or• Ex.: exemplar; ímpar; superior• • nas consoantes:• -l Ex.: amável; infiel• -m Ex.: comum; virgem• -s Ex.: simples; reles• -z Ex.: feroz; atroz
Morfologia: Adjetivo• 1.3. Variação em género – adjetivos compostos• Os adjetivos compostos, geralmente, variam em género, flexionando
apenas o segundo elemento.• Ex.: luso-brasileiro > luso-brasileira Excecionalmente, há adjetivos que apresentam flexão em todos os seus
elementos.• Ex.: surdo-mudo > surda-muda
----------------------------------------------------------------Adjetivos:Qualificativo: atribui uma qualidade/atributo a um nome – ex. raposa astuta;Relacional: deriva de um nome e coloca-se depois deste – ex. ambiente familiar:Numeral: indica ordem ou sucessão – ex. primeiro aluno.
Morfologia: Adjetivo• 2. Flexão em número• 2.1. Variação em número – adjetivos biformes• A maior parte dos adjetivos do português são biformes, apresentando, por isso, uma forma para o singular e outra para o plural.
• 2.1.1. Regras de formação do plural• Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de formação do plural dos nomes (cf. ponto 2. da Flexão nominal).• Ex.: lindo > lindos; indolor > indolores; amável > amáveis• dócil > dóceis; capaz > capazes; natural > naturais
• 2.2. Variação em número – adjetivos uniformes• Os adjetivos uniformes apresentam apenas uma forma para o singular e para o plural.• Ex.: homem simples > homens simples
• 2.3. Variação em número – adjetivos compostos• • Os adjetivos compostos, geralmente, variam em número, flexionando apenas o segundo elemento. Ex.: luso-brasileiro > luso-brasileiros Excecionalmente, há adjetivos que apresentam flexão em todos os seus elementos. Ex.: surdo-mudo > surdos-mudos
• Flexão adjetival• • Os adjetivos compostos por um adjetivo e um nome, geralmente, não apresentam• variação no plural.• Ex.: camisola azul-bebé > camisolas azul-bebé
Morfologia: Adjetivo
• Flexão em grauNormal – fácilComparativo de superioridade- é mais fácil (do) que;Comparativo de igualdade – é tão fácil como/quanto;Comparativo de inferioridade – é menos fácil;Superlativo relativo de superioridade – é a mais fácil;Superlativo de inferioridade – é a menos fácil;Superlativo absoluto sintético – facílima;Superlativo absoluto analítico –
muito/bastante/deveras/excessivamente fácil.
AdjetivoComparativos e superlativos irregulares
Grau normal Comparativo de superioridade
SuperlativoRelativo de superioridade
Absoluto sintético
bom melhor O melhor ótimo
mau pior O pior péssimo
grande maior O maior máximo
pequeno menor O menor mínimo
Advérbio e Locução adverbialValores semânticos Exemplos
De afirmação: transmite a afirmação de uma ideia.
sim
De negação. Atribui valor negativo à frase não
De inclusão ou exclusão: indica se o constituinte que modifica se inclui ou não num dado conjunto
Muito, pouco, mais, menos, bastante,demasiado…
De predicado: transmite informações sobre o modo, o tempo e o lugar.
Ontem, ali,cá,bem,mal,agradavelmente…
De frase: transmite informações sobre o ponto de vista do falante, domínio ou área do saber.
Felizmente, matematicamente,Alegadamente…
Funções Exemplos
Interrogativo Onde, quando, porque…
Conectivo: estabelece uma ligação entre elementos frásicos ou entre frases.
Primeiramente, seguidamente, depois, finalmente, contudo, todavia,porém
Locução adverbial: duas ou mais palavras introduzidas por uma preposição que funciona como advérbio.
De novo, em silêncio, na verdade, com cuidado…
Processos morfológicos de formação de palavras
DERIVAÇÃO
Afixação(junção de um afixo a uma
forma base)
Prefixação: junção de um prefixo a uma forma base.
Re+pôr - repor
Sufixação: junção de um sufixo a uma forma base
Belo+eza - beleza
Prefixação e sufixação In+certo+eza - incerteza
Parassíntese: junção obrigatoriamente simultânea de um prefixo e de um sufixo; a junção ou eliminação de um originaria palavras sem sentido.
En+tarde+cer
*En+tarde –entarde
*tarde+cer - tardecer
Derivação não afixal: criação de nomes a partir de verbos, substituindo-se a terminação –ar, -er , -ir pela vogal –a, -e, ou –o Ex. cortar - corte
Conversão ou derivação imprópria: integração de uma palavra de uma classe ou subclasse, noutra diferente
chaves – nome comum Chaves – nome próprio
Processos morfológicos de formação de palavras
COMPOSIÇÃOComposição morfológica : associação de um ou mais radicais ou de um ou mais radicais e de uma palavra através da vogal de ligação –i ou -o
. retÍlineo
. Greco – romano
.afro –luso -brasileiro
Composição morfossintática :associação Autor-compositor; aluno-modelo; lava-louça.
Sintaxe Constituintes da frase
Grupo nominal: tem como núcleo um nome ou pronome
Ex. a carta era comovente
Grupo verbal: tem como núcleo um nome ou pronome
O Luís comeu um bolo
Grupo adjetival: tem como núcleo um adjetivo
A flor é muito bonita
Grupo preposicional: tem como núcleo uma preposição
Ele entrou em casa
Grupo adverbial: tem como núcleo um advérbio
Nós chegamos agora
Funções sintáticasFunções sintáticas ao nível da frase Exemplos
Sujeito(desempenhado por GN ou certas orações)
Simples: apenas um GN ou oração
A Eva faz ioga.
Composto: mais de um GN ou oração coordenados
A Eva e o Luís ficaram de castigo.
Nulo: não se realiza lexicalmente
- Nulo subentendido: subentende-se pela flexão verbal
Vamos ao teatro hoje à noite.
- Nulo indeterminado: não se consegue especificar ou determinar
Dizem que esse livro é bom.
Predicado: desempenhado por um GV
O Pedro viu um filme ontem
Vocativo: desempenhado por um constituinte usado para interpelar o interlocutor e isolado por vírgulas dos outros elementos da frase
Pedro, come a sopa!
Modificador da frase:Desempenhado por um Gadv, GPrep ou por uma oração; transmite a opinião do falante ou refere uma área do saber, pode ser retirado ou movido sem que a frase perca o sentido.
Infelizmente, o concerto foi cancelado.
Cientificamente, o que ele diz faz sentido.
Funções sintáticas internas ao grupo verbal
Funções sintáticas internas ao grupo verbal
Exemplos
Complemento direto: desempenhado por um GN ou por uma oração selecionados pelo verbo, que podem ser substituídos pelos pronomes pessoais o,a,os,as ou pelo pronome demonstrativo o, respetivamente.
O palhaço tinha uma peruca
Complemento indireto: desempenhado por um Gprep selecionado pelo verbo; pode ser substituído pelos pronomes pessoais lhe, lhes.
A avó ofereceu uma prenda ao neto
Complemento oblíquo: desempenhado por um Gpre, Gadv ou pela coordenação de ambos, não podendo ser substituído por pronomes.
O Fábio mora em Leiria
Funções sintáticas internas ao grupo verbal
Complemento agente da passiva: desempenhado por um GPrep iniciado pela preposição por (simples ou contraída); exclusivo das frases passivas.
A boneca foi oferecida pela tia.
Predicativo do sujeito: desempenhado por um GN, Gadj, Gadv ou Gprep; exigido por um verbo copulativo (Ser, Estar, Ficar, Continuar, Parecer, Permanecer)
A bailarina continuava bonita
Predicativo do complemento direto: desempenhado por um GN, Gadj, Gadv ou Gprep; exigido por um verbo transitivo – predicativo ( transita diretamente para um Complemento direto)
Ele acha o Pedro inteligente
Modificador do GV: desempenhado por um Gadv, Gprep ou por uma oração não exigidos pelo verbo; pode ter um valor modal, espacial ou temporal; pode ser retirado ou movido sem que a frase perca o sentido.
O rapaz sentou-se ali.
Funções sintáticas internas ao grupo nominal
Modificador restritivo do nome: desempenhado por um Gadv, Gprep ou por uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva; restringe o nome a que se refere e não pode ser delimitado por vírgulas.
O rapaz de óculos é meu vizinho
Modificador opositivo do nome: desempenhado por um GN ou por uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa; introduz uma explicação adicional em relação ao nome e é, obrigatoriamente, delimitado por vírgulas.
A Ana, que tirou boas notas, entrou no quadro de honra.