VISÃO GLOBAL DO SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino ajuda a integrar e controlar as funções corporais
Proporciona estabilidade ao meio interno do corpo
Regula crescimento, desenvolvimento, reprodução, adaptações ao estresse...
Manutenção da homeostasia, modulando equilíbrio ácido-básico e eletrolítico
VISÃO GLOBAL DO SISTEMA ENDÓCRINO
Os principais órgãos incluem: Hipófise Tireóide Paratireóides Supra-renais Hipotálamo Testículos e ovários Outros
VISÃO GLOBAL DO SISTEMA ENDÓCRINO
Organização: Órgão hospedeiro = glândula Mensageiros = hormônios Órgão alvo = receptores
Endócrinas x exócrinas
HORMÔNIOS
Substâncias químicas sintetizadas por uma glaândula específica
Secretados para o sangue e transportados pelo corpo
Existem 2 categorias: Derivados dos esteróides (sintetizados pela
adrenal e gônadas, a partir do colesterol) Derivados dos aminoácidos (polipeptídeos, a
partir de proteínas)
HORMÔNIOS
A principal função do hormônio consiste em alterar as velocidades das reações celulares
4 formas: Alterando a velocidade de síntese protéica
intracelular Mudando o ritmo da atividade enzimática Modificando o transporte através da membrana
plasmática Induzindo a atividade secretora
HORMÔNIOS
A ligação hormonio-receptor é a 1ª etapa que inicia a ação hormonal
O grau de ativação de uma célula alvo por um hormônio depende de seus níveis séricos, do nº de receptores e da força de união entre hormônio e receptor
2 tipos de resposta: ascendente e descendente
HORMÔNIOS
Ascendente: A célula alvo forma mais receptores específicos para um tipo de hormônio, de acordo com a demanda
Descendente: Menor vigor à estimulação hormonal devido a exposição prolongada a altas concentrações desse hormônio (dessensibilização dos receptores)
FATORES QUE DETERMINAM OS NÍVEIS HORMONAIS
A secreção hormonal raramente é constante
Ajusta-se rapidamente, de forma a atender as demandas impostas pelo organismo
2 fatores determinam a concentração hormonal: Quantidade de hormônio produzida Quantidade de hormônio lançada na circulação
As glândulas são controladas pelos estímulos hormonal, humoral e neural
Hormonal: Os hormônios influenciam a secreção de outros (Ex: hipófise)
Humoral: Oscilações nos níveis de íons e nutrientes (Ex: glicemia x insulina)
Neural: Ativação do simpático no estresse (Ex: catecolaminas)
Hipófise anterior
Localizada abaixo do cérebro, secreta ao menos 6 hormônios diferentes entre si
Controlada pelo hipotálamo
Secreta a pro-opiomelanocortina (POMC) – molécula precursora, fonte do ACTH e de alguns opiáceos, como a beta-endorfina
Hormônio do crescimento Atividade fisiológica generalizada divisão
de células e proliferação celular
Facilita síntese protéica, aumentando o transporte de aminoácidos através das MP, atuando na síntese protéica
Também promove: queda no fracionamento dos CHO e mobilização e utilização de gordura como fonte energética
Hormônio do crescimento
No repouso, sua secreção é influenciada pelo GHRH (fator liberador de GH) hipotalâmico
Sofre influencia de situações como ansiedade, estresse, exercício, etc
Mulheres normalmente têm nível de GH maior em repouso (essa diferença desaparece no EF)
Hormônio do crescimento Um período agudo de atividade física estimula
liberação de GH
Ao aumentar a intensidade, observa-se um aumento brusco na síntese e secreção total de GH
Essa resposta é benéfica para o crescimento muscular, ósseo e tecidual
Ainda não foi esclarecido como o GH e o EF interagem para aumentar síntese protéica (hipertrofia muscular)
Hormônio do crescimento Para modular a resposta ao exercício, o GH
estimula a liberação de gorduras a partir do tecido adiposo
Ao mesmo tempo, inibe a captação de glicose pelas células (poupa glicose importante nos exercícios prolongados)
Sedentários mantém níveis circulantes elevados por mais tempo após término do EF
Tireotropina (TSH)
Mantém o crescimento e desenvolvimento da tireóide
Aumenta a atividade metabólica das células
Secreção de TSH aumenta durante EF (principalmente pelo importante papel dos hormônios tireoideanos no metabolismo)
Esse aumento não é constante
Corticotropina (ACTH)
Regula a produção dos hormônios secretados pelo córtex adrenal
Age diretamente exacerbando a mobilização das gorduras a partir do tecido adiposo, acelera a gliconeogênese e estimula o catabolismo protéico
Dados limitados sugerem que o ACTH aumente com a duração do EF, se a intensidade for maior que 25% da capacidade aeróbia
Prolactina (PRL)
Inicia e facilita a produção e secreção do leite
Níveis aumentam com as altas intensidades do EF, retornando ao basal dentro de 45 min de recuperação
Pode inibir os ovários e alterar o ciclo menstrual
Sua secreção também aumenta no jejum e com dieta rica em gorduras
Gonadotropinas
Estimulam os órgãos sexuais
Dados inconsistentes e complicados pela natureza da liberação das gonadotropinas
Hipófise posterior
ADH e ocitocina
Não sintetiza hormônios (são produzidos no hipotálamo e transportados pela circulação hipotálamo-hipofisária)
ADH: controla a excreção de água pelos rins Ocitocina: contração uterina e ejeção do leite
EF representa um poderoso estímulo para secreção de ADH (maior retenção hídrica) Conserva líquido (importante pp nos esportes em locais quentes)
Hormônios tireoideanos
Influenciados pelo TSH Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3 – forma ativa)
Elevação na secreção de T4 aumenta a taxa metabólica de todas as células (taxa metabólica basal termogênese)
O metabolismo corporal influencia a síntese dos hormônios tireoideanos
Se a TMB cai, há estímulo para liberação de TSH, consequentemente aumentando taxa metabólica
Hormônios tireoideanos
Logo, aumento na taxa metabólica tende a reduzir a produção de TSH, diminuindo o metabolismo
No EF, os níveis de T4L aumentam em 35% (resultante de aumento da temperatura central)
Hormônios adrenais
1) Medula:
Parte do sistema nervoso simpático Secreção de catecolaminas Fluxo anterógrado de impulsos neurais
vindos do hipotálamo estimula a secreção de catecolaminas
Agem no coração, vasos e glândulas
Adrenalina – estimula glicogenólise hepática e muscular, além da lipólise
Ne – estimula lipólise
Hormônios adrenais
A resposta simpatoadrenal ao EF está relacionada muito mais com a intensidade relativa do que com a intensidade absoluta do EF
Secreção aumenta de acordo com a intensidade e duração do esforço
2) Córtex:
Corticoesteróides (mineralo, glico e androgênios)
Aldosterona: essencial para controlar a concentração de Na+, assimc omo o volume extra-celular
Regula absorção de sódio nos túbulos distais dos rins
Durante o EF, a maior atividade do SNS acarreta constrição dos vasos renais, reduzindo seu fluxo estimula SRAA
A secreção de aldosterona aumenta progressivamente durante o EF (alcança níveis cerca de 6x acima do normal)
Glicocorticóides são apropriados para situações de estresse e esforço físico
aumentam secretção de ACTH, que levará a liberação de cortisol
O cortisol atua no metabolismo protéico e energético
Estimula o fracionamento das proteínas para aminoácidos, que são levados para o fígado e transformados em glicose
Facilita ação de outros hormônios (glucagon, GH – antagonistas da insulina)
Altas concentrações de cortisol, por período prolongado, acabam resultando em excessiva quebra de proteínas, desgaste tecidual e balanço nitrogenado negativo
Existe considerável variabilidade na resposta do cortisol ao EF
Depende de fatores como intensidade, duração, aptidão, estado nutricional e ritmo circadiano
Maior parte das pesquisas mostra aumento da produção de cortisol proporcional à intensidade do EF
Hormônios gonadais
Testosterona aumenta com EF, tanto em homens como em mulheres
Estradiol e progesterona também aumentam
Hormônios pancreáticos
Insulina e glucagon
Com o treinamento de endurance, os níveis são mantidos mais próximos aos valores de repouso
O estado treinado requer menos insulina em qualquer estágio (desde repouso até intensidades leves e moderadas)
EF eleva sensibilidade tecidual à insulina (necessita menos insulina para manter glicemia)
Hormônios pancreáticos
Indivíduo treinado pode reduzir o uso dos CHO através da utilização facilitada das gorduras como combustível energético
DM 1 : Ainda não se sabe ao certo os efeitos do EF
DM 2: Aumenta sensibilidade à insulina
Peptídeos opióides
Opióides, beta lipotrofina, beta endorfina e dinorfina
Efeitos variáveis
Produzem diminuição da secreção hipofisária de FSH e LH, tendo papel nos distúrbios mentruais
Aumentam liberação de GH e PRL
Peptídeos opióides As concentrações aumentam em resposta ao EF
(principalmente beta endorfinas e lipotrofina)
Para EF aeróbio, a intensidade é fator principal capaz de aumentar a secreção de beta endorfina
Nos resistidos, varia de acordo com o protocolo de treinamento usado
Os efeitos são incertos, porém parecem atuar benéficamente
“Alegria do exercício”: Euforia e jovialidade na medida em que progride a duração do EF (pp aeróbio, moderado a intenso)
Maior tolerância a dor, controle do apetite, redução da ansiedade, estresse, etc