dr j h reyner medicina psionica
TRANSCRIPT
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Dr. J. H. Reyner
Colaboradores:
Dr. GeorgeLaurence
Dr. Carl Upron
MEDICINA PSINICAEstudoeTratamentodosFatoresCausativosdaDoena
Traduo
GILSON CSAR CARDOSO DE SOUSA
EDITORA CULTRIX
SoPaulo
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Sumrio
Concluso.....................................................................................................199
BibliografiaSelecionada................................................................................203
LeiturasRecomendadas 208
Agradecimentos .
Introduo(peloProfessorErvin Laszlo) .
Preficio TerceiraEdio .
Preficio SegundaEdio .
Preficio Primeira Edio .
Parte 1 A Cincia e a FilosofUzda Medicina Psinica .
Captulo1:UrnaNovaDimensonaMedicina .Captulo2:A Hiptesedo CampoPsi:AlgumasConsideraes .Captulo3:MedicinaOrtodoxa- Do SistemaFilosficoCincia .Captulo4: CorposSutiseMedicinaPsinica .Captulo5:Homeopatia- A MedicinaSutil .Captulo6:MiasmaseToxinas .Captulo7:A TeoriaUnitriadaDoena .Captulo8: Intuio,PercepoExtra-SensorialeFenmenosPsi .
Parte 2 Histria e Prtica da Medicina Psinica .
Captulo 9:A HistriadaRabdomanciaedaRadiestesia .Captulo10:RabdomanciaPrtica .Captulo11:A AbordagemPsinica .Captulo12:A MedicinaPsinicanaPrtica .Captulo13:O MtodoPsiniconaOdontologia .Captulo14:A MedicinaVeterinriaPsinica .
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Agradecimentos
Inmeraspessoascontribuemparaaelaboraodeumlivro.Eugostariadeagrade-ceraJ. H. Reyner,aGeorgeLaurenceeaCarlUptonpornosdaremeste.Agra-deotambmaoDr. GordonFlint,presidentedo InstitutodeMedicinaPsinica,peloprefcio;aoDr. FarleySpink,diretordoInstitutodeMedicinaPsinica,pelocaptulosobreMiasmaseToxinas,e aoDr. Mark Elliott,primeiroveterinrioaaplicara tcnicapsinica,pelocaptulosobrePrticadaVeterinriaPsinica.
Todaa minhagratido Ora. PamTatham,atualsecretriado InstitutodeMedicinaPsinica,eaoDr. GeoffreyGoodyear,secretrioanterior,porseusco-mentriosa respeitodo manuscrito.AgradecimentostambmaoscolegasOra.CarolBrierly,Sr.DavidHooper,Dr. VincentMainey,Dr. PeterMansfield,Dr.LeonWymaneDr. DavidWilliams,pelasidiasexaradasemseusartigosepales-tras.Sougratoigualmente Ora.AnneWynne-Simmons,associadadelongadatae incentivadoradaMedicinaPsinica.
O apoiodaSociedadeMdicaPsinicafoidevalorinestimvel.Agradeo,emparticular,aSir CharlesJessel,presidentedaSociedade,peloseuinabalvelentu-siasmo,ajudae liderana.SougratoaindaaoDr. SolveigMcIntosh,vice-presi-dentedaSociedade,Sr.John Fryer,secretrio,eSr.EdwinBarelay,tesoureiro.OmesmoseaplicaaosmembrosdaSociedadeMdicaPsinicapeloseuinteresseeapoioaomtodo.
Um agradecimentoespecialaomeuamigoecolega,QuincyDayRabt,comquemmantivetantasetoagradveisconversassobremedicinaenergticaeMedi-cinaTradicionalChinesa.
AgradeoefusivamenteaoprofessorErvinLaszlo,patronodaSociedadeM-dicaPsinica,por tercomtantaeloqnciadescritosuavisodanovacincia,formuladacomimensaerudioemsuaHiptesedo CampoPsi,quecompeosegundocaptulodo livro.
Minha gratidoaosnossoseditores,The C. W DanielCo. Ltd.,que,comosempre,fizeramparecermuitofcilapublicaodeumaobra.
Finalmente,agradeoaMollie,Rachel,Kate,RutheAndrew,respectivamen-teme,esposaefilhos,porsuportaremcompacinciamaisoutroprojetoeditorial.
K. S.
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Introduo(peloProfessorErvin Laszlo)
verdadeiramenteprazerosoescrevera Introduoparaumlivroquedtorara
e significativacontribuioao nossobem-estarindividuale coletivo.MedicinaPsinica:Estudoe TratamentockJsFatoresCausativosdaDoenacolocao leitorapardanaturezaerealizaesdesseramonotavelmentedesenvolvidodacinciadacura
queostentao nomedeMedicinaPsinica.Tive o privilgiodeconheceremprimeiramoaeficciadessaformademe-
dicina,pois estivesobcuidadosmdicospsinicosdurantequaseumadcada.
Minha experinciapessoalconfirmaumateseaquechegueiindependentemente,fazendoinfernciasa partirdosltimosachadosdascinciasfsicase biolgicas.Segundoessatese,o organismovivo no um simplesmecanismoou sistemabioqumico,masumaarticulaocomplexadecomponentesmoleculares,celula-resedecampo.Issobastantepertinente,dadoqueaMedicinaPsinicanoatuasobreasmolculasou clulasdo organismoesimsobreo campoquegovernaosprocessosmolecularesecelulares.
Postularum campocomoelementobsicono organismovivo no coisanovanahistriadabiologiado sculoXX. J em 1925,o bilogovienensePaul
Weiss,inspiradopelateoriadaGestaltdeWolfgangKoehler,aplicouo conceitodecampoaosprocessosderegeneraodemembrosnosanfbios,estendendo-omaistardea todasasformasdeontognese.Fiando-seemseutrabalhoexperimental,Weissconcluiuqueo aparecimentodergosetecidosduranteo desenvolvimen-to indicaqueaspartesemergentesestabelecemrelaesespaciaispadronizadasexibidasemtraosgeomtricosdeposio,proporoeorientao.Essas,dizele,so"aesdecampo".Cadaespcietemo seuprpriocampomorfogentico;eocampomorfogenticodecadaindivduo umasucessohierrquicadecampossubsidirios.
De igualmodo, na dcadade 1920,o bilogorussoAlexanderGurwitchobservouqueo papeldasclulasindividuaisnaembriognesenodeterminadonempelassuaspropriedadesintrnsecasnempelassuasrelaescom asclulas
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10 MEDICINA PSIONICA
vizinhas,massim por um fatorquepareceenvolvertodo o sistemade desenvolvi-
mento.Trata-se,afirmaele,de um amplo camposistmicode fora criado pelo
efeitomtuo dos camposde fora individuaisem associaocom asclulas.Os
limitesdo campode um embrio,por exemplo,no coincidemcom os limitesdo
prprio embrio:voalm.A embriognese,sustentaGurwitch, ocorredentrodo
campomorfogenticodo embrio.
Em 1934, Conrad Waddington introduziu a idia dos "campos de indi-
viduao",que atuam na formaodos rgos,e em 1957 estendeua tesedo
campo aos"creodos",que soos rumos evolutivosda embriognese.Essanoo
foi elaboradapor RenThom emmodelosmatemticosquerepresentamo estado
parao qual o organismoavana,mediante"baciasdeatrao"dentrodoscampos
morfogenticos.Na dcadade 1950, Harold Saxton Burr, da Universidadede
Yale, avaliouaspropriedadeseletromagnticasdo que chamoude campoL (life,
"vida"),ao mesmotempo que seuscolaboradoresmostravamque essecampose
desvanececom a morte do organismo.Embora asteoriasdo campobiolgicosurgissemnosanosde 1920ealcanas-
semenormepopularidadeem meadosdo sculo,aspropriedadesfsicasdoscam-
pos no estavambem definidase, nas dcadasseguintes,deixaramde suscitar
interesse.Na embriologia,por exemplo,os mtodosbioqumicosno possibilita-
ramaospesquisadoresdescobrira naturezadoscamposquegovernama polarida-
de dosmembros,a esquematizaoneural,a induode lentee outrosprocessos
dedesenvolvimento.Os conceitosdecampopassaramaservistoscomopuramen-
te especulativose, em anosrecentes,apenasuns poucos pesquisadoresinsistiam
em elaborarteoriasdo campo biolgico. Em geral,os bilogos transferiramsua
atenoparaa bioqumica demecanismosgenticosespecficos,abordagemvigo-
rosaque ensejouuma sriede aplicaesprticas.Nas ltimas dcadas,porm, emboramenosconhecidosque a pesquisados
mecanismose cdigosgenticos,osconceitosde campovoltaram tona,na van-
guardada pesquisabiolgica.O bilogo canadenseBrian Goodwin sugeriu,com
baseno campo,um conceitoderegeneraoereproduo,processosnosquaisum
todo geradopor uma parte. Isso, afirma ele,no pode ser consideradounica-
menteem termosde plasmagerminale DNA, mastambmcomo produto das
propriedadesde campodos organismosvivos.Os camposbiolgicosengendram
ordensespaciaisque influenciama atividadedos genes,enquantoa atividadege-
nticainfluenciapor suavezoscampos.O campo a unidadedeformae organi-
zao,ao passoqueasmolculaseclulasqueconstituemo corpo soasunidades
decomposio:oscamposestruturam-nasaseguirnaordemqueir caracterizaro
organismo.A vida uma "danasagrada"de clulasdentro dosorganismose dos
organismosem seumeio,onde oscamposbiolgicosmantma cadnciados pa-
res.RupertSheldrake,por seuturno,apresentoua"hiptesedacausaoformativ',
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segundoaqual oscamposmrficosestoassociadosa todososorganismosvivose
soresponsveispor suaperptuamorfognese.
Sem dvida, a presenade camposcomplexosassociados matriacelular
jamais foi contestadaem biologia - a prova oriunda da biofsica no admite
contradio.Contudo, nascinciasbiolgicasortodoxas,o papele a funo dos
camposmagntico,eltrico,etc.,associados matriacelular,no foramconside-
radosimportantesparao funcionamentodo organismo:elesseriammerosefeitos
secundrios, produzidos bioquimicamente por clulas, tecidos e rgos
comunicantes.A recenteredescoberta dos campos biolgicos representauma
mudanafundamentalde nfase.Lembrao "desvioforma-panodefundo" descri-
to pelospsiclogosda Gestalt,onde a percepovisualde uma imagemavanaerecuana medidaemquesevum deseusaspectoscomoformaou panodefundo.
Na biologiaenamedicinaortodoxas,a formao conjuntodemolculasorgnicas
queconstituema clula,enquantoos camposproduzidospelacomunicaocelu-
lar - seso levadosem conta- sovistoscomo um pano de fundo real,mas
psicolgicaemedicamenteinsignificante.Em contrapartida,tantona pesquisade
pontaquanto na medicinaalternativa,a forma o campo;asmolculas,clulase
rgossobreasquaiso campoatuasoo pano de fundo.
O atual desvio-Gestaltocorre em virtude da descobertaexperimentaldeinteraoamplae quaseinstantneadentro do organismoe, tambm,da desco-
bertapor partedamedicinaalternativada interaosutil, masefetiva,entremdi-
co e paciente.Parecequeo organismovivo um sistemade interconexoinstan-
tneaquesemantmem seuprprio meio como um todo, sofredanoscomo um
todo, maspodetambm,como um todo,curar-se.Essesaspectosdependemabso-
lutamenteda coordenaode campodo grandenmero e da amplavariedadede
processosmolecularese celularesdo organismo.
Reconheceraprimaziadoscamposnamanutenoerestabelecimentodasa-
de fundamentalparaa medicinacontempornea.Segundoesseconceito,o fun-
cionamentodo organismono lembraa atividadedeuma mquina,devezqueas
merasmanipulaescinticass tm valor corretivoem casosespecficoscomo,
por exemplo,os da aladados quiroprticos.O funcionamentodo organismo
tambm no plena e adequadamenterepresentadopelo conceito de sistema
bioqumico, motivo pelo qual os tratamentosalopticosprescritospelamedicina
ocidentalortodoxatmaplicaolimitada.O complementodo tratamentomec-
nico e bioqumico a terapiabaseadano campo,convincentementerepresentada
pelamedicinapsinica.
O lema da medicinapsinica,"TOlteCausam"(Procurea Causa),justifica-se
plenamente.Tratar o campo do organismosignifica trataro aspectobsicoda
condioviva, aqueleque, no sentidociberntico,"govern'a interaoorques-
INTRODUO 11
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12 MEDICINA PSIONICA
tradadosincontveiscomponentesbioqumicosdo organismo.A doenanopassadocomprometimentodaintegridadedocampoquegovernao organismoe,comotal,prpriae eficazmentetratada.Em compensao,tratarosprocessosbioqumicosdo pacientesignificatratarasconseqnciasinevitveisdo compro-metimentodeseubiocampoenoacausadomal,queodesgastedocampoemsi.A terapiaconvencional,ilustradaporexemplopelousodeantibiticosdelargoespectro,envolvemedidasdesnecessariamentedrsticas;seriaomesmoquealvejarmosquitoscombalasdecanho.Cuidardo campoquegovernao organismobemmenosinvasivoemuitomaiseficaz.
Outroaspectodamedicinapsinicaquemerececomentrioo seufunciona-mentopor distnciasfinitasatagoranoavaliadas.Issoque primeiravistapareceumsofisma,umdiagnsticoadistncia- emesmo,emcertoscasos,umacuraadistncia- seexplicaquandoreconhecemosqueo campoquepermeiaegovernao organismocelularoumulticelularum campoquntico.No setratadeumaconclusoad hoc.decorredadescobertadequeo lequedacoernciabio-lgicatranscendeo lequedatransmissodossinaisbioqumicos,mesmoquandoasinalizaobioqumicaserevelanotavelmenteeficiente.A coernciaexibidapelosorganismosvivos(acorrelaosimultneaequaseinstantneadaspartesentresi)umaformadecoernciaquntica,dotipoquessepodeexplicarporrefernciaaosconceitose leisdateoriadosquanta.Os bilogosdarecentedisciplinadabiologiaqunticafalamdeuma"funodeondamacroscpicado organismo"econsideramo tecidovivoumaespciedecondensadodeBose-Einstein,no qualefeitosanlogos superfluideze supercondutividadeocorrema temperaturasnormais.
Teoriase conceitosquesedestacamna biologiade pontaindicamqueobiocampodo organismoconstituiumamanifestaoespecficade um campoqunticomaisfundamental- umcampoqueensejaainteraonanaturezafsi-ca.O biocampo umaestruturalocaldentrodeum campomaisvastoe maisbsico:ocampoque,independentementeunsdosoutros,esteescritoreosfunda-doresdaMedicinaPsinicadenominaram"campopsi".Minhateoriado campopsi ofereceumadescriodecincianaturaldatransmissode informaoquetranscendeo tempoeo espao,nascidadaprticadamedicinapsinica.
A MedicinaPsinicaanunciao adventodeumanovaerano exerccioda
profissomdica,compotenciaisdecuraemanutenodasadequerepresentamimportantecontribuioaorepertriodo tratamentodesenvolvidonamedicinabioqumica.Na MedicinaPsinica,o fatorcrticonoaqumicanema inter-venocirrgica- emborataismtodosaindadevamserindicadosemcertoscasos- esimas"informaes"sutisqueafetamo biocampodopaciente.O livroqueo leitororatememmosproporcionaumavisonotavelmenteclaraeconcisa
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do quevemasermedicinapsinica,comofuncionaeporquemereceo tipodeatenoquehojeemdiaapenasosavanosnombitodasmolculasedagenticatmrecebido.Fazjus ao interessesrioe urgentetantodosleigosquantodosprofissionaisdamedicina.
INTRODUO 13
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Prefcio TrceiraEdio(peloDr. GordonFlint)
paramim umahonrae um privilgiotersidoconvidadoparaescreveresteprefciocuidadosarevisofeitapeloDr. KeithSouterdasduasediesanterioresde Medicna Psinica.
Umadaspalavrasmaisimportantesdessanovaobra"interconexo"- eoleitorcertamenteapreciarserlevadoaolongodahistriadamedicina,dostem-posantigosondeimperavaa filosofiaoriental,viaHipcratese a culturamaisocidentalizada,ato sculoXXI eamedicinaenergtica,qualnosdedicamos,auxiliadospelaspesquisasdoprofessorErvinLaszloesuaHiptesedoCampoPsi.
Todo aspirante prticapsinicabem-sucedidacontribuiparaelacomsuaprpriahabilidadeatual,graasao treinamentorecebidonascinciasmdica,odontolgicae veterinria,secundadopor anosdeexperinciaclnica,primeironamedicinaortodoxa,maistardenahomeopticae finalmentenastcnicasdaprticapsinica,alm,talvez,do tratocomoutrosramosdacinciaereascomoacupunturaehipnosemdica.
A primeiraemaisimportantehabilidadedevesero usodenossosentidodarabdomancia,o qual,comooscincobsicos,j possumosaonascer.No entanto,seempoucosanosadquirimosboadosedeprofidncianainterpretaodoambi-enteimediatopormeiodaviso,audio,olfato,paladaretato,svezessoneces-sriasdcadasparapodermosfazerusoprticodenossacapacidaderabdomntica.Comosepodenotarnumquadrodedistribuiopadronizado,cercade10%daspessoasrevelaroconsidervelhabilidade,10%nadarealizarodenotveleo res-to,comaprtica,conseguiralcanarnveisbastanteaceitveis,medidaqueessesentidofor setornandotoconfivelquantoosoutroscinco.
TiveahonradeestudarcomCarlUpton,aquemdissecertafeita:"GostariadeterconhecidoaMedicinaPsinicahdezanosatrs."Suarespostainstantneafoi:"MeucaroGordon,hdezanosvocnoestavaprontoparaela."Tinharazo,claro.
No quedizrespeitoHomeopatia,umbomconhecimentoeumaboaexperi-nciadafilosofiabsica,princpioseprtica,taisquaispreceituadospor Samuel
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16 MEDICINA PSIONICA
Hahnemann,soessenciais.Semprequepossvel,cumprefreqentarcursosdeinstruonosdiversoscentrosdeensinodopas.No obstante,nenhumdostrsgrandesnomesda MedicinaPsinica- Laurence,Upton e Wesdake- temqualificaesespecficasnessarea,eo Dr. FarleySpink,nossoatualdiretor,foi oprimeiroaempregarseutalentonaexperimentaodahomeopatiaclssica,paraenormeproveitodenstodos.
Mark Elliott,nossoprimeiroveterinrio,deuespecialcontribuioaoconhe-cimentogeraldaprticapsinicaie elesabequalpodersero contedodeumafuturaediodopresentelivro.
Nestemomentodereavaliaoerevalidao,acreditamosserconvenienteres-tringiro adestramentono mtodopsinicoa mdicos,dentistase veterinrios.Mas,numfuturoprevisvel,quandosefalarmuitodealimentosgeneticamentemodificados(oumutilados),talvezprecisemosrecorrer ajudadeoutrasfontes:abotnicaeaagronomia,porexemplo.
J. E. R. McDonagh,cujasidiasetrabalhostantoincentivaramnossofunda-dor-presidente,GeorgeLaurence,sustentavaqueo pontodepartidamaisimpor-tanteerao solo,o solosaudvel,com "clima"microbiolgicosadio.Essesologarantiriacolheitassaudveis,gadosaudvelegentesaudvel.Isso,nemprecisodizer,incluigualimpaepotvel,no-contaminadaporresduoseaditivospoten-cialmentevenenosos.
O treinamentoinicialemMedicinaPsinicadutarpelomenosum ano,afimdeseadquirirexperincia.Da pordiante,aprticacontnuagerarumsigni-ficativograudesatisfaoprofissional,medidaqueosvriosdesafiosapresenta-dospelospacientes,emsuamaneiranicaeindividual,nosencorajaradetermi-nar,comoLaurence,por que aspessoasadoecem.
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Prefcio SegundaEdio(peloDr. Carl Upton)
AlexisCarrel,ex-membrodo InstitutoRockefellerdePesquisaMdica,escreveuemseulivroO Homem,esseDesconhecido,queexistemdoistiposdesade:anatu-raleaartificial.A medicinacientfica,disseele,deuaohomemasadeartificiale
a proteocontramuitasdoenasinfecciosas.Foi um dommaravilhoso.O ho-mem,porm,nodeveriaterdeconfiarnamedicaocontnua,comsuasdietasespeciaiseseusprodutosqumicossintticos.Secorpoementeestiverememhar-monia,o organismofuncionardemaneiranaturalmentesaudvel.H,comefei-to, certosindivduosqueparecempossuirurnaimunidadeintrnseca,quenoapenasresiste infecocornoretardaavelhice.Ternosdedescobriro seusegredo.
GeorgeLaurenceendossariadebomgradoessaviso.A medicinaconvencio-nal considerao corpournamquinafalvel,daqualaspeaspodemquebraraqualquermomento,necessitandodefreqentesreparosou mesmodesubstitui-o.Laurence,contudo,via-acornournaestruturasuperiormenteinteligente,animadaporumpadroapropriado,emborainvisvel,deforavital.Todavia,porurnasriedecausas,algumasherdadas,outrasadquiridaspor acidenteou usoincorreto,essepadrosubjacentepodesedistorcer,da resultandoum dis-tanciamentodoestadonaturaldesade.
Suagrandefaanhafoi a descobertadeum meiodecomunicaocomessepadroinvisvele o aperfeioamentoda tcnicaqueelechamoudeMedicinaPsinica,pelaqualosdesarranjosdaforavitalpodemserdetectadosepossivel-mentecorrigidos.Laurenceconseguiu,graasaurnaanlisesimplesedireta,pres-creverremdioshomeopticosadequadosque,segundodescobriu,atuavamdeum modoharmnicoeatxico,removendoascausassutise freqentementeen-tranhadasdadoena.Seguiuessecaminhoinspiradoatquaseo fimdesualongavida.Faleceua 11deoutubrode 1978,poucodepoisdeseunonagsimooitavoaniversrio.
claramentedesejvelqueos mdicosfamiliarizadoscoma verdadedessasidiaspossamseradestradosnastcnicasbsicasdaabordagemmdicapsinica,paraquecomecemaaplicarosmtodos.Isso,emverdade,jestacontecendono
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InstitutodeMedicinaPsinica,emboranosemproblemas.Mora adificuldadedeaceitardesviosdehbitosestabelecidos,exigem-sesacrifciosdetempoe di-nheiroparaoaprendizadodashabilidadesnecessrias.Mas,adespeitodisso,nota-secrescenteinteressedapartetantodosmdicosquantodo pblico,sendoquemilharesdepacientesj foramtratadoscomsucesso.
A MedicinaPsinicanaturale requer,conjuntamente,o empregodaintui-oedavastaprovisodosremdiosproporcionadospelanatureza.No setratadeumamedicina"radical",masdeummtodosingularmenteprticoqueurilizaos recursosnaturaisparaidentificare debelarascausasocultasdasdoenasqueafligemahumanidadehojeemdia.
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Prefcio PrimeiraEdio(peloDr. GeorgeLaurence)
Acho gratificantequeum cientistada estaturado Sr. Reynerestejatoprofunda-
menteconvencidodo valor dos mtodospsinicosde diagnose.
Mdico h mais de sessentae cinco anos,estoudesapontadocom o pouco
progressoregistradona medicina,sobretudoquando comparadoaosavanosna
cirurgiae outrasreasafins.Todos os dias,soanunciadosincontveistratamen-
tos e curas,que em geralbaseiam-seem novassubstnciasqumicassintticas-
ignorando as causas.O princpio psinico investigaa causado desvioda sadenormal antesde haver-secom os sintomas.
Esperoque o livro aguceo interessepor esseramo to importanteda cinciamdica.
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PARTE 1
A CINCIA E A FILOSOFIADA MEDICINA PSINICA
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UmaNovaDimensonaMedicina
A Naturezaabominao vdcuo.
- Franois Rabelais (c. 1494-1553)
Hpocas,nahistriamdica,emquea tendnciado conhecimentosealteraconsideravelmente.Podemoscitaro tratadoclssicodeHarveysobrea circulaosangunea,em1628,ou osestudosmicrobiolgicosdeLouisPasteureadescobertadosraiosX porWilhelmRntgen,nosculoXIX.O sculoXX presenciouadescobertadapenicilinaporFleming,em1928,aleitu-radocdigodoDNA porWatsoneCrick,em1953,eo primeirotransplantedecoraopeloOr.ChristianBarnard,em1967.No inciodosculoXXI, oscientis-tasseempenhamnadecifraodogenomahumano.
Ao mesmotempo,ampliou-seemmuitoo conhecimentodaconstituiofsi-cadamatriaviva,tantono quetoca complexaestruturadasclulasquantocomunicaoentreelas,emconseqnciadoqueaprticamdicapdevislum-brarnovostratamentosparainmerosachaquesdocorpo,svezescomresultadosespetaculares.Essesmesmossucessos,no entanto,fomentaramumaconfianaindevidanosaspectosmateriaisdamedicina,dadaacrenadequeoplenoconhe-cimentodosmecanismosfsicospermitiria,nofim,acuradetodosossofrimentosdacarne.Na verdade,abiologiamoleculareaengenhariagenticaestoprogre-dindotorapidamenteque,segundoseacredita,empoucasdcadasteremosachavedabasegenticademuitasformasdecnceredoenascrnicas.Masissoilusrioporque,emboraumaaplicaointeligentedoconhecimentomaterialpossaacarretarumamelhoriade condies,os sintomasclnicossoapenasa provafsicadealgumdistrbiodaenergiavitaldocorpo.Essatesenoconstitui,emsi,umanovafilosofia,poistemsidocultivada,senoreconhecida,hpelomenosdoismilequinhentosanos.De fato,Hipcrates,consideradoo PaidaMedicina,sustentouqueadoenanosemanifestapuramentecomomolstia(pathos),mas
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24 MEDICINA PSIONICA
tambmcomo esforo(ponos)do corpo para restauraro equilbrio de suasnm-es.Esse poder de cura intrnseco conhecido como VisMedicatrixNaturae,sendoqueo mdicoesclarecidosabemuito bemqueseuverdadeiropapelconsiste
apenasem estimul-locriando as circunstnciasadequadasparaque eleopereo
mais livrementepossvel.
Sejamosclarosnesseponto:soosprpriosmecanismosdecurado indivduo
que realmentearrostama doena,no osdo cirurgio,do clnico ou de qualquer
outro profissionalde sadeenvolvido.O cirurgiopode removerum tumor, mas
o corpo quecuraa ferida.De igualmodo, o clnico podeprescreveruma droga,
mas o corpo do pacienteque respondea ela.
Os mecanismosdecura,chamadosemfisiologiade "homeostticos"ou auto-
reguladores,funcionampermanentementeparadaro melhorao indivduo. Regu-
lam processoscomo metabolismo,temperatura,equilbrio fluido e mineral,qu-
mica sangunea,e produo e distribuio de clulas.Quando o corpo se v
pressionadode algumamaneira,essesmecanismostentamautomaticamenteres-
taurarcertonveldeequilbrio.No raroo indivduo percebetaismudanascomo
incomuns ou desagradveis.Trata-sedos sintomasda doena,com o corpo pro-
curandocorrigiro problema.A questo quenemsempreosmecanismosvoltam
completamente normalidade.Embora as funesretomem ao "servioquase
normal", issotemum custo,quepodesera reduodafuno,suaalteraoou a
da estrutura. Essencialmente,na maioria dos casos,o que ocorre no um
reequilbrioe sim uma compensao.A medicinaocidentalortodoxabaseia-sesolidamentenummodeloreducionista.
Semdvida,issologrou xitoemdiversoscampos,mastemlimitaesbvias.Ela
rejeitao conceitodo "princpiovital" e considerao corpo umaintegraocomple-
xa de clulas,tecidos,rgose sistemascontroladosbioquimicamentee supervi-
sionadospor um computador biolgico interno, o crebro.Em muitos outros
sistemasmdicosbem-sucedidos(e,globalmente,a medicinae a cirurgiaociden-
tais ortodoxasaparecemapenasem quarto lugar na provisode cuidadosmdi-
cos),o princpio vital constituio cernedesuafilosofia.Um nmerocrescentede
mdicos,e maior ainda de pacientes,acreditaque essalimitao francamente
prejudicialao progressoda medicina.
Controle bioqumico ou biofsico
Em basespuramente lgicas, as limitaes do modelo predominantemente
bioqumico soclarssimas.O corpo humano compostode um nmero muito
grandede clulasque trabalhamde diferentesmaneiras,segundoo tipo de tecido
a que pertencem.Para qualquerescolar, uma velhahistria o fato de o corpo
renovar-sea cadaseteanos.Isso significaque, nesseperodo, todasasclulasdos
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A pirmide da medicina
Considerando-seque a medicina uma prticato imemorialquanto a prpria
humanidade,convmutilizar um modeloparafigurarao mesmotemposuaanti-
guidadee suaevoluo:a pirmide.
Em qualquerlivro de histriada medicinavoclerque asbasesdessesaber
cientficoforamlanadasquandoo homemcomeoua en~endera estruturaorg-
nicapor meiodadissecaoedo estudoda anatomia.A observaoeaexperimen-taoconduziram em seguidaa deduessobreo funcionamentodos rgose
suasestruturasanatmicas.Da nasceua cinciadafisiologia.Graas crescente
sofisticaodos instrumentose aplicaodo conhecimentoqumico, desenvol-
veu-sea bioqumica.O papelda menteem relaoao corpo sempreconstituiuuma questodelicada,mas em conseqnciado aperfeioamentoda Medicina
Corpo-Mente ou psiconeuroimunologia(PNI),l j comeamosa perceberque os
processosmentaispodemafetarasfunesneurolgica,hormonalou imunolgica.
tecidoslisossosubstitudaspelo menosumavez.Com efeito,h sempredeter-
minado grau de crescimento,reparo,reproduoe eliminaode clulasmortas
no organismo.Um controlebioqumico dessacomplexidade,paramantero bom
equilbrio e assim preservara integridadedo sistemainteiro, simplesmenteabsurdo.
No: seoscontrolesqumicosque conhecemosconseguemindubitavelmente
explicaratcertoponto como asclulasdo corpo seintegram,temosde postular
outro controle maisabrangente- um tipo de sistemade informaoenergtico
ou campode energia,talvez.
Dissemosacima que o princpio vital estno cernede diversossistemasde
medicina.Os chineseschamam-node chi e os ioguesindianos, deprana.Afora
isso,foi aventadoou "redescoberto"por muitos estudiososao longo da histria.
Por exemplo,Paracelsodenominava-omunia; para os alquimistas,era o fluido
vita~e o baroVon Reichenbach,o qumico alemoque descobriuo creosoto,dava-lheo nome de odyle.No sculoXX, Wilhelm Reich chamou-o de orgone,
Rudolph Steinerdeforaformativaetricae outrosde bioplasma,plasmabiolgico
ou biocampo.Em todos essescasos,emborahaja uma interpretaoligeiramentediferente,
o princpio vital vistocomo umaformadeenergiaquepermeiaascriaturasvivas
e constituiparteintegrantede seuser.Trata-sede um campo,localizadodentroe
ao redordo organismo,que produz uma espciede corpoetrico.
Esse "corpo" de energiaparecefuncionar como um sistemade informao,
fazendoasvezesde moldeparao desenvolvimentofetale o crescimentoposterior,
almde organizaros tecidose repar-Ios.
25UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
-
26 MEDICINA PSIONICA
As quatrocinciasformam,pois,achamadapirmidedamedicina. crenage-neralizadaqueesseedifciodeconhecimento,tidocomoomelhorqueacapacida-
de humanapdeproduzir,explicatudosobreo corpoe suasnecessidades.Asreaesbioqumicasnasclulasesclareceriamdequemodoelastrabalhamparaasseguraro funcionamentofisiolgicodasestruturasanatmicasdo corpo.E, claro,amentepoderiaatuarpor intermdiodoscanaisdePNI.
No entanto,comoindicamosacima,issomaisumamastabri-queumapir-mide(Figura1).E aindaassim,comoasmastabasdoAntigoEgito,desempenhouatcertopontosuafuno.Foi necessrio,primeiro,ergueressasestruturasparacompreenderedepoisplanejaraconclusodo edifcio.
Parecebastanteapropriado,aqui,apresentarograndeImhotepe(c. 2800a.c.),sumo-sacerdotedeR,arquitetoreal,mdicopessoalegro-vizirdo faraDjoser,daTerceiraDinastia.SirWilliamOsler,decanodosmdicosdosculoXX, escre-
veuqueelefoi "aprimeirafiguradeclnicoadestacar-senitidamentedasbrumasdaantiguidade".Em sculosposteriores,acaboudeificadocomoumdeusdacuraeidentificadopelosgregoscomAsclpio.Parareceberhontasdivinas,devecerta-menteterdesenvolvidoaprticadamedicinadeummodonotvel.Almdisso,na qualidadedearquitetodo faraDjoser,eleglorificouo Egitopor milnios.RedesenhouamastabadeDjoserecriouafamosapirmideescalonadadeSacar,dandoassimaomundoesseconedaantigasabedoria.
FISIOLOGIA
ANATOMIA
Figura 1
Assim,pode-senotarqueo modelobioenergtico umaextensolgicadomodelobioqumicoaceitopelamedicinaortodoxa,anlogo transformaodamastabaempirmide.As cinciastradicionaisconduziram-nosmuitolonge,masdeixaram-noslamentavelmenteprivadosdaverdadeiracompreenso.De fato,precisamosacrescentarum vrtice nossapirmide.Essevrtice a energiaorganizadoraou bioenergiae suacinciaapropriadasero quepor enquantochamaremosdemedicinaenergtica(Figura2).
-
o campo energticoA regenerao,modopeloqualosorganismosreproduzempartesdanificadasouperdidas,umadasreasquesempreintrigouosbi610goseserevelouumafasci-nantereadepesquisano inciodosculoxx.Em 1907,o w610goH. V.Wilsonrealizouo experimentocapitalemregeneraoaoforarumapequenaesponjaapassarporumapeneirafina,separandoassimasclulasedestruindoaorganizaointercelulardo organismo.Ap6s a separao,no entanto,as clulasisoladasperambularamdurantealgumtempoatsereunirnovamentenumagregadocon-fuso,queempoucassemanasseremodelounumaesponjado tipooriginal.
Na dcadade 1920,AlexanderGurwitchpostulouaexistnciadeum campogeradordaformaou morfogentico,queexplicariaodesenvolvimentoembriol6gicodosorganismos.Supunhaelequeessecampoorganizador,umaespciedediagra-maevolutivo,determinavao papeldecertasclulasduranteaembriogneseenosuaspropriedadesindividuais.
Nas dcadasseguintes,vrioscientistaspesquisaramo conceitode biocampo,capazderegularo crescimentoe o desenvolvimentotantodasclulasquantodostecidosdentrodoscorpos.Entreeles,destacou-seo bi610godeYale,Dr. HaroldSaxtonBurr,quenumperododemaisdequarentaanosconduziunumerososexpe-rimentosemorganismos,demixomicetosaopr6priohomem.Burrconcluiuqueobiocampo,aquechamoudeL-field (Lift-fie/d.,"campovital"),erao esquemabsicodavidaequetodoorganismotemum,oqualorganizaeorientasuaestruturageral.
Usandoequipamentoeletrnicodealtasofisticao,Burr demonstrouqueocampovital podiasermedidoe mapeado.Mais: suaspesquisascom humanosprovaramqueascondiesfsicasementaisdeterminavammodificaesnasme-didasdo campo.
Fatointeressante:em 1950,usandoum "testedemensuraoeltrica"basea-
donotrabalhodeBurr,o Dr. LouisLangman,doDepartamentodeObstetrciae
27
ANATOMIA
FISIOLOGIA
Figura 2
UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
-
GinecologiadaUniversidadedeNovaYork, publicou um estudoondeindagavase
a mediodasforasde campoem mulheresteriaalgumvalor diagnsticoparaa
detecode cnceres.Ele e sua equipe concluram que tais testeseram de fato
bastanteacurados,simplesde realizare merecedoresde maisestudoe pesquisa.
Outro de seuscolaboradores,Leonard Ravitz, sustentouque o campovital
desaparecepoucoantesdamortefsica,desorteque,quandoaforaorganizacional
cessa,a vida no pode sermantida.
Nos anosde 1960algunsbiofsicos,lideradospor Viktor Inyushin emAlma-
Ata, ex-UnioSovitica,levarama caboextensasinvestigaescom o quechama-
ram de "corpo energtico".O que maisestimulouessapesquisafoi a descoberta
do "efeito Kirlian" por Semyon Kirlian em 1939. Tratava-sede um processo
eletrogrficoque geravafotografiasda aurado corpo. Notou-se que o estadoda
auravariavaconformeascondiesde sadeda pessoa.
Inyushinconcluiuqueo corpoenergticopossuiumabasefsica,umaconstela-
oelementarsemelhanteao plasmaconstitudapor partculasionizadas,a quedeu
o nomedeplasmabiolgicoou bioplasma.Esseplasmaseria,disseelenumaformula-
oda Teoriado BiopkJsma,o substratofinal dosprocessostantoqumicosquanto
eletrnicos,almdeveiculartodasasinformaesdentrodo sistema.Explicandoo
efeitoKirlian, elededuziuque,comoo bioplasmaexistenossistemasvivos,poderia
serluminescenteem certascircunstncias- comoquandoum campopoderosoe
de altafreqnciaeraaplicadoaosistema,tal qualocorriana fotografiaKirlian.
Nos anos de 1980, o bilogo Rupert Sheldrakeprops sua revolucionria
teoriados camposmrficos.Com basena palavragregamorphe,quesignifica"for-
m', Sheldrakepostulou um campo de forma, padro,ordem e estrutura.Esses
campos,acreditaele, organizamno apenasas entidadesvivas,mas tambma
conformaodos cristaise dasmolculas.Assim, cadatipo de molcula,sejaela
uma protena, uma hemoglobinaou um complexo cristal inorgnico, tem seu
prprio campomrflco. Alm disso,todo organismo,todaespciede instinto ou
comportamentopossuemum campo.Os camposmrficos so,pois, percebidos
como oscamposorganizadoresda natureza.At o queJung chamoudeinconsci-
entecoletivopode enquadrar-sena teoriados camposmrficos.Sheldrakeanimou-sea desenvolversua teoriaem facedos inmerosfenme-
nos intrigantesdanaturezaqueaqumicapuraeosgenesnoconseguemexplicar.
Por exemplo,emborauma nica clulacontenhatodaa informaogenticane-
cessria suamultiplicaonum organismocompleto,vegetalou humano, por
quea forma final semprea mesma?
Tambmo impressionavamos fenmenoscomportamentais,ondecolniasde
organismosseparadosgeograficamentee semcontatopareciamapresentaratitudessemelhantes.Isso foi demonstradoem aves,smios e humanos.Uma colnia de
28 MEDICINA PSIONICA
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Vnculos culturais espontneos
O estudiosoda histriaespanta-seanteo nmero decasosem queculturasintei-
rasproduziramderepentealgumadescobertaquerevolucionoupor completosua
sociedade.E issopareceter acontecidoespontaneamente,semnenhumaconexo
bvia. De fato, pode atser que algumasdessasrealizaesocorreramsem que
uma culturasequersoubesseda existnciada outra.
ArtefatosdaIdadedaPedra,provenientesdomundointeiro,indicamporexemplo
queasprimeirasferramentas,inclusiveo machado,surgiramao mesmotempo.
As pirmidesgigantestambmaparecerampor todaparte,no Egito, naAm-
rica do Sul e no Camboja. Escritorescomo Graham Hancock aventaramuma
grandeteoria pancultural plausvel,com razesnuma civilizaoperdida. Mas,
comoveremos,existeoutra explicao.
O mais interessante,porm, o aperfeioamentode habilidades:preparao
dealimentos,fabricaode queijose pes,produode lcool, cermica,cestaria
e confecogeralde ferramentassimilaresparecemter ocorrido quasedenovo.
macacos,isoladosnuma ilha, aprendeua lavaro alimentoantesde comer;outrascolnias,semcontatofsicoou meiosdesecomunicar,comearamafazero mesmo.
Isso, supe Sheldrake,ocorre em virtude da ressonnciamrfiea,fenmeno
pelo qual as estruturasprviasou a experinciade organismosde determinada
espcieinfluenciamestruturase organismossimilares,contemporneosou subse-
qentes.Graasaessaressonncia,o padroea informaoformativa,ou influn-
cia, transmitem-seao longo do tempo e espao.Portanto,os membrosvivos de
uma espcieestoligadosa membrosantigosdessamesmaespciee, dado que o
fenmenoda ressonnciasefortalececom a repetio,uma atividadeou compor-
tamentoadquirido, descobertoou laboriosamenteaprendidopor indivduos re-
motos, serrapidamenteabsorvidopor outros.
A teoriado campomdico explicataisfatoscombaseem doisprincpios,que
constituemparteintegrantedessescampos.Em primeiro lugara criatividade;em
segundo,o hbito.Tomemosabicicletaguisadeexemplo.H duzentosanosnoexistiambicicletas.Ento algumdesenvolveuo conceitoe elassurgiram.Essefoi
o passocriativo.(E quantasvezesnovemosnovas"descobertas"sendorealizadas
independentementequaseao mesmotempo?Logo voltaremosa esseponto.) Em
seguida,as pessoascomearama aprendera andar de bicicleta,provavelmente
com grandedificuldade.Hoje, porm,centenasde milhesaprendeme circulam
semsequerdar muita atenoao processo. o hbito,a repetiono interior daespcie,que simplificao processode aprendizado.
Em suma,diz Sheldrake,a naturezaessencialmenteumaformadoradehbi-
tos e todos os seusaspectosse baseiamnesseprincpio. Poder-se-iaafirmar,em
conseqncia,queasleis da naturezasooshbitosda natuteza.
29UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
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30 MEDICINA PSIONICA
omesmoseaplicaaosgrandespensadores.EmseulivroTheWhisperingPond,o professorErvinLaszlofaladaeclosodasculturasclssicashebraica,grega,chi-nesae indiana,todasnumlapsosurpreendentementecurtodetempo.Exemplosnofaltam:a descobertasimultneae independentedo clculopor NewtoneLeibnitz;aformulaoindependentedateoriadaevoluoporDarwineWallace;a invenodotelefoneporBelleGray,etc.
A teoriasegundoa qualtodosnstemosacessoa algumtipo de "campo"torna-secadavezmaisatraente.E isso fundamentalparanossadiscussodaMedicinaPsinica.
A Medicina Psinica
O objetivoprincipaldaMedicinaPsinicaestimplcitono lemadaSociedadeMdicaPsinica:TO/teCausam,quesignifica"ProcureaCausa"dadoena.Embo-raamanifestaodadoenapossaocorrernaesferafsica,psicolgicaouemocio-nal,acausaresidemuitasvezesnonvelenergtico.Em outraspalavras,comoseelasecodificasseno interiordocampoenergtico,passandoaexercerseusefeitossobreo indivduopelarupturadoesquemaorganizacionaldessecampo.
Mas,antesdeir alm,talvezsejaconvenientediscorrerumpoucomaisa res-peitodomdiconotvelquedesenvolveuessesistemademedicina,o qualintegraamedicinaortodoxa,ahomeopatiaea faculdaderadiestsica.
GeorgeLaurenceformou-senoSt.George'sHospital,Londres,em1904,tendoestudadoanteriormentenaUniversidadedeLiverpool.E foi emLiverpoolqueelesofreua influnciadeSir OliverLodge,professordefsica, pocaum dosmaisdestacadospesquisadoresdaspropriedadesdasondaseletromagnticas.Depoisdetrabalharemdiversoshospitais,fezps-graduaono RoyalCollegeof Surgeons(Edimburgo)eumanomaistardeadquiriuumterodasaesdeumaclnicaemChippenham,Wutshire.Quaseimediatamenteseusdoissciosmaisvelhosforamconvocadosparaaguerraeeletevedeadministraraclnicasozinho,o queenvolveufuneshospitalareseconsultivasdurantepertodequarentaanos,entreasquaisadeoficial-mdicodoHospitaldaCruzVermelha,cirurgiodoCottageHospital,supe-rintendenteclnicodoIsolationHospital,FactorySurgeonevacinadorpblico.
Duranteessetempo,no entanto,elefoi sesentindocadavezmaisinsatisfeitocomaobsessoortodoxaporsintomasedrogas.Em suasprpriaspalavras:
Tiveopressentimentodequenemsempresabiao queestavarealmentefazen-do - ou antes,por queestavafazendo.Em suma,ignoravaasrazespelasquaisaspessoasadoeciam.
Eramuitofciltratarmolstiasinfecciosascomunsoumalesagudos;mas,faceadistrbioscrnicoscomotumoresmalignos,reumatismo,perturbaes
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nervosasdegenerativase outrasdoenasconsideradasincurveis,nenhum de
ns sabiao "porqu"e via-sereduzidoa lidar com nomese rtulos, sinaise
sintomas,semlobrigara causa.Assim, o alvio temporriodossintomaserao
mximo queeu e meuscolegaspodamosfazerna poca.
A patologia na Medicina Psinica
A Medicina Psinicaconstitui,basicamente,um sistemaintegradoquejunta me-
dicinaortodoxa,homeopatiae radiestesia(ou faculdaderabdomntica).A nfase
principal recainasdoenascrnicas,isto , longase persistentes.
Paraumaexplicaomelhor,reconsideremosnossasduas"pirmides"damedi-
cina,na formacompletae incompleta.Em medicinaortodoxa,fazemosum diag-
31UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
Na tentativade descobrira causadasdoenas,Laurenceleu bastantee perce-
beu que trs cientistaspareciamoferecer-lheas chaves.Primeiro, SamuelHah-
nemanncomseumtodohomeoptico;segundo,Rudolph Steiner,sobretudopela
suaconcepodasforasformadorasdanatureza;efinalmenteJ. E. R. McDonaghesuaTeoriaUnitria da Doena.(Adianteexaminaremosseustrabalhoscommais
pormenores.)
Por essapoca,entrou casualmenteem contatocom o Dr. Guyon Richardse
inteirou-seda idiadarabdomanciamdica.Issomostrousera chavedaquiloque
procurava,pois h muito estavaconvencidode queo corpo fsico apenasparte
deumaestruturamaisvasta,irreconhecvelpelossentidoscomuns.Ele achavaque
eranessaesferano-manifestaque as energiasvitais operavame descobriuque,
graasao usodo pndulo,podia detectardesarranjosdasforasresponsveispelos
distrbiosfsicose psicolgicos,os quais,por suavez,se traduziamem sintomasclnicos.
Observouentoque,ampliandoa tcnica,conseguiaprescrevero tratamento
adequado,aptoa restaurara harmoniavital - em geral,masno necessariamen-
te, recorrendo medicaohomeoptica.Dessemodo, pelaprimeiravez,logrouformularum mtodocientficode diagnsticoe tratamentodascausasbsicasda
doena.Com pacinciae assiduidade,aprimorou-o ao longo do tempo, tornan-
do-o um sistemade medicinaquetemsemostradomuitssimoeficientenoslti-
moscinqentaanos.No raro,possibilitaa detecodecausasocultase orientao
especialistano tratamentoapropriadode inmerasdoenascrnicase suposta-menteincurveis.
O sistema,em essncia,dependedo exercciodossentidosparanormais,3cuja
realidadehojecientificamenteaceita;e,dadoquepor convenoa letragregapsi
passoua associar-sea essaconotao,Laurencedeua seusistemao nomede Me-dicina Psinica.
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32 MEDICINA PSIONICA
nsucoquegeralmentelevaemcontao efeitodadoenanaestrutura,na funo,na
aberraobioqumicae na intuio (respectivamente,anatomia,fisiologia,bioqu-
micaepsicologiaou PNI). A seguir,o tratamentoresume-sea afetaro nvelprinci-
pal em que issoocorre.Se o problemafor de alteraoestrutural,a cirurgiaser
indicada;sedefunoou aberraobioqumica,o tratamentomdicosefarneces-
srio.Quando, porm,for consideradopsicolgico,entosedeverconsideraruma
intervenopsicolgicaou psiquitrica.Obviamente,nos casosem que todos os
nveissoafetados,como no cncer,recomendam-setodosos tiposde interveno.
Ora, paramuitaspessoas,essaabordagempodeserexatamentea requerida.A
condiodelasprecisaser controladade modo correto.Para outras,a condio
nunca controladae elasvivemcom uma doenacrnicaou progressivaqueno
respondes intervenesortodoxas.
Em Medicina Psinica,o piceda pirmideda medicina visto como o lado
energucodo indivduo, seucorpo energticoou campo de energia.Segundoa
experinciadosprofissionaispsinicos,quandoo tratamentoconvencionalfalha
porqueo problemaexistee persisteno esquemaenergtico,ou seja,no campode
energiaorganizacionalquegovernao crescimento,a recuperaoe osmecanismos
auto-reguladoresdapessoa.A menosqueessasmculassejamremovidas,o indiv-
duo tersempreproblemasfsicos,emocionaise psicolgicos.Consideremosaforma maisextremadedoenafsica,o cncer.O tratamento
ortodoxo envolverprovavelmentecirurgia pararemovero tumor e restauraras
funes,seguidade quimioterapiae radioterapiapara mataras possveisclulas
cancerosasremanescentes.Se, em etapaposterior,descobrir-seque o cncerpro-
grediu,considera-seque a disseminaoocorreunum tecidoafetadoe no-elimi-
nado pelaoperaoou devidoa clulascancerosasqueescaparam quimioterapia
e radioterapia.
Na Medicina Psinica,essarecorrnciano seratribuda excisoincomple-
ta do tumor fsico, mas persistnciade algumprocessopatolgicono-combati-
do. Tal processodeve-sea uma falhano campoenergucoe continuara operar
at produzir uma espciede efeito de escoamentona pirmide. Portanto, a
recorrnciano necessariamenteuma disseminaoe sim aseqnciado proces-
so mrbido. Em suma,ocorrerporque a causano foi descobertanem tratada.
Essencialmente,ignorandoataexistnciadovrticedapirmideeo ladoenergtico
da pessoa,o tratamentoortodoxo da molstiacrnica quasenunca representa
muito maisque um alvio temporrio.
Essaexplicaosimplesaplica-sea todos os tipos de distrbios,do cncera
outrasdoenasprogressivase degenerativas.
A Medicina Psinicaprocurarastreara causadosmalescrnicosdeterminan-
do a naturezada aberraopatolgicadentro do campoenergticodo indivduo.
-
As aberraespodemserherdadasdemuitasgeraesou adquiridasduranteavidadapessoa.
Psi em Medicina Psinica
A faculdadederadiestesiaourabdomanciaconstitui,no fundo,umEstadoAlte-
radodeConscincia(EAC), emboranoo transecompletotalqualobtidograashipnoseoumeditao.A conscinciapreservadaparaqueoprofissionalpossaformularperguntasapropriadaseacuradasenquantose"descontrai"o suficienteparareceberrespostasmedianteumprocessoideomotor(involuntrio),queresul-tanummovimentopendular.
Aqui, trscoisassodignasdemeno.Primeira:noprocessodediagnstico,contata-seo campopsidopaciente,svezesa longadistncia,afim dedescobrirquaisdistrbiosestopresentes,quaissoimportantese por queestogerandodoena.Segunda:achaveparao campopsidopacientesuaamostradesangueou cabelo.No importaquodistanciadaestejaelado pacienteno espaoe notempo,subsisteumaconexoquerefleteoestadoenergticoatualdoindivduo.Eterceira:na prescriodo tratamento,fazem-seperguntasa um sistemainformacionalinfinitamentemaispassveldeconhecimentodoqueoprpriopro-
33UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
oque acontece na Medicina Psinica?Conformej mencionamos,aMedicinaPsinicaintegraaradiestesia(oufaculda-derabdomntica)prticaortodoxaehomeoptica.Paratanto,umaamostradopaciente,emgeralcabeloou sangue,ajudao profissionalasintonizar-secomocampopsido indivduo.Os instrumentosbsicos,no caso,soo pndulo,umatabela,umasriededadosdediagnsticoeumconjuntodeamostraspatolgicasou teraputicasemtubosdeensaio.
O profissionalvale-sedesuaintuio,como pndulocomoindicador,paracompararaamostradopacientecomaspatolgicas.Dessemodo,fazendo-semen-talmenteasperguntascertas,elepode,semelhanadeumdetetive,lobrigarosfatorescausativosdadoena.A seguir,demodoparecido,farasperguntasapro-priadasparadeterminaro tratamentocorreto,queemgeralhomeoptico(poisseusremdiossodenaturezaenergtica,capazesdeafetaro corpodeenergia),eassimremoverastoxinaspatolgicas.Issopermiteaosmecanismosauto-regulado-resou autocurativosdo indivduoentrarememao.
Portanto,nostermosdonossomodelodapirmide,quandoafalhasanada,o efeitodeescoamento(ou processomrbido)sedetm,fazendocomqueosmecanismosauto-reguladoresou autocurativosacalmemassensaes,corrijamaaberraobioqumica,melhorema funoe,possivelmente,retifiquemos danosestruturais.
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34 MEDICINA PSIONICA
fissional.No se trata,em absoluto,de acessara memrialocalizadana prpria
mentedo mdicoou em seucircuito neurolgico.
como seo profissionalsesintonizassecom duascoisasnesseestadoligeira-mentealterado,sendoa primeirao campopsi do pacientee a segunda,um vasto
sistemaou campode informaesque interconectao mdico,a amostrado paci-
entee o paciente- ou entooscamposdetodoseles.A sintoniadepender,pois,
da ligaoentrepacientee amostra.
Como logoveremos,o conceitode um universointerconectadoexplicamuita
coisaa respeitodesseramo fascinanteda medicina.
Uma Teoria de Tudo ou Grande Teoria Unificada
Quando falamosde diagnsticoou prescriode tratamentoa distncia, fcil
pensarque utilizamosum paradigmamaisem consonnciacom a magiado que
com a cincia.Isso implicariano sero processocientfico,o queno absoluta-
menteo caso.Na verdade,a Medicina Psinicapodemuito bemreivindicaruma
posiode vanguardana cinciae mesmona Nova Medicina. Penetremosagora
no reino da fsicaterica,muito importanteparanossadiscusso.
At osanosde 1990,eraconsensoquaseuniversalentreosfsicostericosque
a matriaconsistiade tomose partculassubatmicas,mantidasjuntaspor qua-
tro forasfundamentais.
Havia, em primeiro lugar,aforagravitacionalque fixa nossospsno cho,
impedindoo Sol deexplodireasgalxiasdedespencar.Em segundo,aforaeletro-
magntica,fonte de energiaparanossaslmpadas,casase cidades.Em terceiro,a
fora nuclearfraca, responsvelpelo desgasteradioativo.Utilizamo-Ia em medici-
na nuclear,no rastreamentoradioativocom nossosequipamentosde diagnstico
altamentesofisticados.E emquarto,afora nuclearforte,presenteno poderdo Sol
e na energia interna do tomo. Na dcadade 1990, Sidney Sheldon, Steven
WeinbergeAbdus Salammostraramquea foranuclearfracaea foraeletromag-
nticaerammanifestaesde um nico fenmenochamadofora eletrofraca.
O modocomoessastrsforasfundamentaisatuamdecapitalimportnciana
cincia.Mas qualsersuaconexo?Poderoserunificadasnumanicasuperfora?
Existemduasteoriasprincipais,que explicamparcialmentea naturezadelas.
Uma a teoriaquntica;a outra, a teoriada relatividadegeralde Einstein. Contu-
do, lidam com asextremidadesopostasdo espectro,pois a teoriaqunticalimita-
seesfetado microcosmo,o mundo subatmico,aopassoquea relatividadegeral
ocupa-sedo macrocosmo,da naturezado Big Bang, dasgalxiase dos buracos
negros.A teoriaqunticaexplicaasforascomo pacotesou quantade energia;a
relatividadegeralconsidera-asdeformaesdo espao-tempo.Coisa interessante,
voc poderadotarqualquerdasduase dela derivartodasas leis da fsica e da
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o universo interconectadoDesdeo comeo,houve inmerasinterpretaesconflitantesda teoriaquntica.
Um paradoxocrucialfoi apresentadopor Werner Heisenberg,querecebeuo Pr-
mio Nobel de 1943por uma obraque inclua a formulaodo princpio deincer-
teza.Em essncia,isso significano ser possveldeterminarao mesmotempo a
posiode uma partculae suavelocidade.
Em 1964, outro marco foi alcanado com a publicao do teoremada
interconexodeBelL O episdiorevolucionouo pensamentoporquemostrouque
qumica.Sercapazde construiro edifcio cientfico inteiro a partir de uma dasteorias- masdasduas,no!
Esse problema mortificante consumiu todos os esforosde Albert Einstein
duranteos ltimos trinta anosde suavida. Ele perseguiuuma teoriaque nunca
encontrou,masque seprops chamarde teoriado campounificado.Deveriaser,realmente,umaTeoriado Universo- e desdeentotemabsorvidoascarreirasdeincontveisfsicos tericos.
Nos anosde 1970e 1980, admitiu-seque uma soluoestava vistacom o
desenvolvimentoda teoriadasupercorda.A basedessateoria quetodamatriase
compedesupercordas,ou linhas,aocuparum nico ponto no espao-tempoem
dadomomento.Ela pareciacompatveltantocom a teoriaqunticaquantocom a
relatividadegeral,excetopelo fato des funcionarcasoexistissemdezdimenses.
Mas a teoriadeKaluza-Kleinensejaessapossibilidadeseasdimensesextras(alm
dastrsespaciaise da do tempo)seentrosaremnum espaoinfinitamentepeque-
no. Conjeturou-seentoque,poucoantesdo Big Bang,existiaum universovazio,
mas com dez dimenses.Ele se partiu em dois fragmentos,nosso universode
quatrodimensese outro deseis.O universodeu o saltoqunticoparaum novo,
fazendocom que o de seisdimensesseencolhessee o de quatroseexpandisse.
Essarpidadilatao,a dadaaltura,provocouo Big Bang- a GrandeExploso.
Atualmente,pensa-seque, emvezde sero incio de tudo, issofoi na verdadeum
choqueposteriorao colapsodo universode dezdimenses.
Surgiramatagoracinco teoriasda "corda",queculminaramem suaunifica-
ona teoriaM, de 1994. Esta,porm,s verdadeiraseexistiremonzedimen-
ses.E os fsicos tericos j falam da possibilidade de uma dcima segundadimenso.
Facea essasidiasmirabolantes(evidentementeno-testveis,pois impossvel
medirdimensesmenoresqueo tomo),pareceriaqueumagrandeteoriaunificadora
ouTeoriadeTudo foi encontrada- ou, pelomenos,umateoriasobreasorigensdo
universo,a naturezadaspartculaselementareseasforasqueatuamsobreelas.Mas
issoestariaaindamuito longede umaverdadeiraTeoriadeTudo, no ?
UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA 35
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36 MEDICINA PSIONICA
hconexesobjetivaseno-locaisnouniverso.Em palavrasmaissimples,quan-do duaspartculasorigindriasda mesmafonte entramemcontato,permanecemassimparasempre(comosesuasfunesde onda,umavezmisturadas,nomaisseseparassem).Portanto,duasdessaspartculas,mesmoapartadasporumadistnciagrandedemaisparaqueum sinalluminosotransiteentreelas,conti-nuarointeragindoeduasmedidaspoderoserrelacionadasinstantaneamente.H umainterconexono-local.DiversosexperimentosjconfirmaramoteoremadeBell.
Issodeimportnciamonumental,poistodamatriaprovmdoBigBang,implicandoqueno nvelqunticoa esferafsicainteiraestinterconectada.
O professorDavid Bohm,fsicotericoe discpulodeEinstein,escreveumuitoa respeitoda idiadeconexoe interconexo.Em seulivro O TOdoe aOrdemImplicada,propso conceitode"totalidadeindivisvel"comoaverda-deirarealidade.Nessestermos,o universonoseriaumconjuntodepartessepa-radas,aindaqueemparelhadas,masumacomplicadaredede "relaes"entrepartesdeumtodounificado.Bohmpostula,emsuma,queo universoobedeceaosmesmosprincpiosdoholograma,comtodaa informaoexistentecontidaemcadaumadesuaspartes.
Segundoa teoriadeBohm,emboraosfenmenospareamdesconexoseiso-lados,issonopassadeumailusodenossapercepo.A verdadeirarealidadea"unidade",ondetodasascoisasseinterligameformamamesmaordemimplcita,apesardeosvnculosescaparemacuidadedenossossentidos.Portanto,o princ-pio daholografiapermeiaa natureza,4comoaspectodo universohologrfico.
Em seulivro The WhisperingPond, o professorErvin Laszloafirmaque"oconceitobsico- o ponto alto- dasteoriasgenuinamenteunificadas ainterconexouniversal.Com efeito,aprpriapossibilidadedeumateoriadessasresidenadescobertadocampoque,nouniverso,ligariatomosegalxias,ratosehomens,crebroseespritos,transmitindoinformaodetodosparatodos".
ocampo psiExisteminmerosparadoxosnascincias(fsicas,biolgicas,psicolgicasemes-mosociolgicas)quesimplesmentenopodemserexplicadosamenosqueaceite-mosumainterconexosutil.Somenteumcampouniversal,sejadequetipofor-um campodeinterconexo-, dariacontadetaisparadoxos.Mas qualpoderiasereondesesituaria?
Na discussoacima,examinamosasidiasatuaissobreamatria.Agoradeve-mosconsideraro outroaspectoda realidade,isto, o espao.Por muitosanospensou-sequeo espaofosseapenasonada,ovcuo.A cinciadescobriuquenobemassim.O espao,naverdade,umplenum,querdizer,umespaopreenchi-
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Notas
1. A psiconeuroimunologia(PNI), chamadasvezesdepsiconeuroendocrinoimunologia(PNEI) umacinciaemdesenvolvimentoqueuneamente,ocrebro,oshormnioseo sistemaimunolgico.CandacePerr,umaneurocientistaquedescobriuo receptoropiato,fezpesquisaspioneirassobreo modocomoassubstnciasqumicasdenossoscorposestabelecemumacomunicaodinmicaentrea mentee o corpo.Como acomplexidadedo nomesugere,trata-sedeumadisciplinaquevematraindoespecia-listasdediversosramosdosaber.Ver"LeiturasRecomendadas".
2. Mastaba:tumbainacabadaedecumeachatado,precursoradapirmideclssica.3. A expresso"sentidosparanormais",nestecontexto,refere-sesimplesmenteaosque
estoalmdoscincoreconhecidos.VoltaremosaelesnocaptulosobreIntuio,Per-cepoExtra-sensorialeFenmenosPsi.
doouquecontmalgumacoisa.Oscientistasagorafalamdelecomodeum vcuoquntico.
O espaoestrepletodeconsidervelenergia,conhecidacomo"campopontozero"(CPZ). Paraalmdele,ousubjacenteaele,Laszlopostulaumcampofunda-mentaldo qualo CPZ seriaumamanifestao.Essecampo informacionalnosentidodequeregistratudoo queocorreemseuinterioreapresenta-seinteira-menteinterconectado., emconseqncia,hologrficoporquecadaparteestligadaa outra.Podeserchamado,commuitapropriedade,de holocampopontozerobaseadono vcuo.
Laszlopressentiuquesemelhantenomenosoariamuitobeme, como"setrataaomesmotempodeum elementofundamentaldarealidadeedeum fatorqueentraemtodasasnossasinteraescomessarealidade,merecenadamenosqueumaletragrega".A letraqueeleescolheufoi o '1', ouPsi.
A escolhadoPsinofoi aleatria.Ao faz-Ia,Laszlolevoutambmemconta
queela"serefereaosfenmenospsietalvezosexplique.Isso,porm,ninharia:oholocampouniversalfazmuitomaisdoqueveicularalgumasvariedadesdeinfor-maoextra-sensorial;eletambmligaquantaeorganismos,crebroseespritos,povose culturas.O motivodo empregodo Psi vaialmda parapsicologia,dapsicologia,daneurofisiologiaeatdabiologiaou daecologia.Abarcaa fsicaeacosmologia,isto,o lequetotaldascinciascontemporneas".
Em MedicinaPsinicans,rotineiramente,sintonizamosa energiado pr-prio indivduo,ou o seucampopsipessoal,a fim dedeterminara naturezadasdistoresenergticasqueo afetamfsica,emocionalepsicologicamente.Fazemosissopormeiodeumaamostraque,emboraremovidadopaciente,aindamantmcomelecontigidadeouselheassociagraasaosvnculosno-locaisquediscuti-mos.Tambmpenetramosno grandecampopsiqueErvinLaszlodescreveutoelegantementeesobreo qualescrevernoprximocaptulo.
37UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA
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38 MEDICINA PSIONICA
4. Teoriahologrfieadamente:teoriapropostaporKarl Pribram,daFaculdadedeMedi-cinadeStanford.ElepartiudaobrarevolucionriadeKarl Lashley,segundoa qual,quandoseremovempartesdocrebrodosanimais,podemprever-sedanossfunesdaviso,apetite,sono,etc.,masno memria.Pribramrealizoudiversosexperi-mentossobrepercepoe concluiuqueo crebro,aocodificarumaimagem,f-Iomaneiradeumholograma.Pesquisasposterioresrevelaramqueoutrossentidos,comoaaudio,o olfatoeo tato,tambmpodemserprocessadosholograficarnente.
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A Hiptesedo CampoPsi:AlgumasConsideraes
ProfessorErvin Laszlo
1. Consideraes bsicas
A hiptesequeaquiadiantamosbaseia-seno conceitoholsticodo mundo passvel
de conhecimentocientfico.Segundotal conceito,a realidadeno divisvelem
camadasou nveisdivergentes.Os fenmenosobservveisconstituemo resultado
de um processode desenvolvimentoseqenciale ocasionalmenteno-linearque
ligaa esferafsicabsicada realidadea outrasesferasemergentescomo asdavida,
da mentee da sociedade.Em conseqncia,todos os fenmenospossuembase
material,o queentretantonoacarretaareduodo fenmenodavidaedamente
a merosprocessosfsicos.A hipteseexigeapenasque as leis fundamentaise as
regularidadesque governama evoluodas diversasesferasda realidadesejam
universais- isto , aplicveisigualmenteaosfenmenosfsicos,biolgicos,psi-
colgicose sociais.Dessemodo, os fenmenosquesemanifestamno soreduzi-
dosssuasorigensfsicas:o quesefazsubmetersuasinteraesa leiseprocessos
universais(querdizer,interdisciplinares).
1.1.INTERCONEXES NO ESPAO E NO TEMPO
O mbito emprico da fsica,como aliso da biologia e dascinciashumanas,
aindano foi totalmenteexplorado;algunsachadospermanecemanmalospara
as teorias convencionais.Pareceque grande parte dessasanomaliasdeve-seainterconexesentrefenmenosque no solevadosdevidamenteem contapelas
concepesvigentes.1 Por exemplo:Na jlsica, descobriu-sequepartculaselementaresem estadoquntico idnti-
co apresentamno-localidade:estoinstantaneamenteconectadaspor distncias
finitase possivelmenteconsiderveis.Ftons emitidosum por um interferemuns
comosoutros guisade ondassimultneas;eltrons,em supercondutores,fluem
39
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40 MEDICINA PSIONICA
de uma maneiraaltamentecoerente,assumindofunesde onda semelhantes;e
apresentam-seinstantneae no-dinamicamenteligadosnasconchasenergticasdos ncleosatmicos.
Em biologiapareceque,quandomudanasno ambienteexigemgrandesalte-
raesno plano adaptativoda espcie,essasmudanassoproduzidasoportuna-
mentegraasa mutaesgenticasmaciaseperfeitamentecoordenadas- isto ,
no-aleatrias.Alm dissoa morfologia,e mesmoa informaogenticadeesp-
ciesmuito diferentes,exibemimpressionantesisomorfias,absolutamenteincrveis
num processode mutaocasuale desconexa,e de seleonatural nos quadros
cronolgicosconhecidos.
Na esferada menteeconscincia,asatuaispesquisasindicam queo alcanceda
experinciahumanaexcedeo tradicionalmenteatribudoaosrgosdossentidos
e ao crebro.Em determinadascircunstncias,os indivduosparecemcapazesde
lembraruma ou todasassuasexperincias;e svezescomo queafetamos estados
mentale corporaluns dos outrosatravsdo espaoe do tempo.
Essase outrasanomaliasafins sugeremque os fenmenosdasesferasfsica,
biolgica e psicolgica esto sutil, mas efetivamente ligados. Dadas essas
interconexes,podemoscompreendercomo asmicropartculasconsegueminfor-
mar-sedo que sepassacom asoutrasdentro de certossistemasde coordenadas;
como o genomados organismosvivos se associaaos aspectoscapitaisdo meio
ambiente;e como o crebroe a mentehumanasecomunicamentresi indepen-
dentementedo tempoe do espao.
1.2.A NOO DE UM CAMPO INTERCONECTADO
Algumasconexesligampartesdeelementosde um mesmosistema;outras,siste-
masdistintosno tempoe no espao.Seessasconexesforemreaise no ilusrias,
terodeserexplicadaspelosmesmostiposdeconstrutosaplicveisaoutrasformas
de interao- gravitacional,eletromagnticae nuclear-, ou seja,por forasdetroca universais.2
Na fsicacontempornea,asforasde trocauniversaiscostumamserinterpre-
tadascomo camposclssicos.Contudo, em facedasanomaliasacimamenciona-
das,os camposclssicosno podem explicaro tipo de interconexesexigidas:as
conexesque sugeremso anmalascom respeitoa eles.Assim, o campo que
amparae interconectafenmenosprovavelmenteno sernem o eletromagnti-
co, nem o gravitacional,nemo nuclearforteou fraco.E noser,semdvida,um
construtopuramenteconceptualcomo os camposde probabilidade(no-clssi-
cos)da mecnicaquntica.Ao contrrio,o conceitomencionadodevereferir-sea
um campofisicamenterealcom propriedadesnovase talvezno-clssicas.
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1.3. O VCUO FUNDAMENTAL COMO O LOCUS DO CAMPO MENCIONADO
A hipteseaquiapresentadapostulaqueo citadocampodeconexoentretempoe espaoconstituium aspectoou manifestaodovazioquntico.No estamosnosreferindoaocampopontozero(CPZ) talqualcostumeiramenteentendido,masa um campofundamentaldequeo CPZ nopassadeumamanifestaoespecfica.Presume-seque,paraalmdo CPZ eletromagntico,o vcuofunda-mentalpossuioutras,emboraaindanointeiramentecompreendidas,manifesta-esquegeram,interalia,asforasde inrciaegravitao,bemcomoasforassutisqueinterligampartculasesistemasconstrudoscomoconjuntosintegradosnoespaoeno tempo.
O motivode se consideraro vazioqunticocomoo locusdo campodeinterconexopodeserfacilmentejustificado.O vcuocosmicamenteestendidoo estadodeenergiamaisbaixadeum sistemado qualasequaesobedecemmecnicaondulatriae relatividadeespecial.No entanto,segundoainterpreta-oontolgica,vaimuitoalmdisso.ConformeassinalouPaulDirac,toda"mat-ria"criadaapartirdessesubstratoquepermeiao espao-tempoe,emsi mes-mo,imperceptvel.No patamarde1027erg/cm3,partculasquantificadasemergemdovcuoaospares:uma,energizadapositivamente,passaparao espao-tempo,enquantoaoutra,energizadanegativamente,permaneceno campo.A densidadeenergticadesta,conformeaestimativadeJohnWheeler,chegaa 1094erg/cm3,ouseja,cercade 1040maior(nodizerdeDavidBohm)doqueaenergiacontidanamatriado universoobservvel.
A fsicacontemporneareconhecequeaspartculasseoriginamdo vcuoetemprovaexperimentaldemuitasdesuasinteraes.Porexemplo,sabe-sequeoCPZ do vcuocriaumapressoradiativaemduasplacasmetlicascontguas;entreasplacas,algunscomprimentosdeondadocampodevcuosoexcludos,reduzindoassimsuadensidadeenergticarelativamenteaocampoexterior.Issogeraumapresso- conhecidacomoefeitoCasimir- queempurraasplacasumacontraaoutra.Sabe-setambmqueo CPZ atuasobreoseltronsquegiramemtornodosncleosatmicos.Os eltrons"saltam"deum estadodeenergiaparaoutroeosftonsqueemitemexibemaalteraoLamb,umafreqnciaque,devi-dopresenadoCPZ, temseuvalornormalligeiramentemodificado.Almdis-so,parecequeostomosestveispersistemno espao-tempograasa interaescomo CPZ. O eltrondostomosdehidrognio,porexemplo,emiteconstante-
menteenergiae,seo quantumdeenergiaqueabsorvedovcuonocompensasseaenergiaperdidaemvirtudedeseumovimentoorbital,aproximar-se-iacadavez
maisdoncleo.Conseqentemente,aestabilidadedohidrognio,comodetodosostomosdouniverso,deve-seemparteainteraescomo CPZ.
A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES 41
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H decertointeraesde vcuoquntico que a fsicatericaortodoxaainda
no reconhece,emboraalgunscientistasj tenhamespeculadosobresuaocorrn-
cia. Em 1968,Andrei Sakharovaventouquea gravitaotalvezsedevessea pro-
cessosdinmicosno vcuoquntico,empresenadamatria.3A hiptesefoi pos-
teriormentedesenvolvida,primeiropor Jnos Lajossye depoispor LszlGazdag,
guisade teoria"ps-relatividade".4Nessateoria,o vcuo um meio fisicamente
real,inobservvelemsi mesmo,mascapazdeproduzir efeitosvisveis.Possuipro-
priedadessuperfluidas,desorteque,movendo-seuniformementepor ele,osobje-
tos no experimentamsuapresena- ao passoqueo movimentono-uniforme
produz fricoe, portanto, efeitosobservveis.Na proximidadedavelocidadeda
luz, issod nascenaa infinitudesrelativistas.
Em meadosda dcadade 1970,Paul Daviese William Unruh apresentaram
uma hiptesebaseadana diferenaentre movimento uniforme e aceleradono
vcuo.O movimento uniforme mostrariao espectrodo vcuocomo isotrpico,
enquantoo movimentoaceleradoproduziriauma radiaotrmicacapazde rom-
pera simetriadirecional.O efeitoDavies-Unruhlevoualgunsfsicosa investigarse
o movimentoaceleradono CPZ produziriaefeitoscumulativos.E essaexpectativadeu frutos.
1.4. INRCIA E GRAVITAO COMO PRODUTOS DE UM CAMPO DE VCUO SECUNDRIO
Uma descobertarecente,que diz respeitoaos efeitosda interaono vcuo, a
demonstraorealizadapor BernhardHaisch,Alfonso Ruedae Harold Puthoff de
que a inrciapode serum produto da interaoentrepartculascarregadase v-
cuo.A seuver,a inrciasurgecomo uma foraLorentz baseadano vcuo,que se
origina do nvel dassubpartculase cria oposio aceleraodos objetosmateri-
ais.5O movimentoaceleradodosobjetosno vcuogeraum campomagnticoe as
partculasqueconstituemosobjetossodesviadaspor essecampo.Quanto maior
o objeto, mais partculascontm:conseqentemente,quanto mais acentuadoodesvio,maior a inrcia.
A interpretaopropostapor Haisch, Ruedae Puthoff derivaa massainercial
mi pelaconsideraode que,nossistemasestacionrioe demovimentouniforme,
a interaode uma partculacom o CPZ resultanum movimentooscilatrioale-
atrio. Partculascarregadasflutuantesproduzemuma dispersobipolar do CPZ
parametrizadapelo coeficienteespectralde dispersoh(w),que dependeda fre-qncia.Em virtude dastransformaesrelativistasdo CPZ, emsistemasacelera-
dosa interaoentreumapartculaeo campotomaumadireo:a "disperso"da
radiaodo CPZ engendrauma fora de resistnciadirecional.Essafora pro-
porcional e contrriaaovetordeaceleraono casosub-relativista.Possui,pois,a
adequadageneralizaorelativista.6
MEDICINA PSIONICA42
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Todavia, se a massainercial nasceda interaoentreo CPZ e aspartculas
carregadas,ento o princpio da inrcia-gravitaoexigeque tambm a massa
gravitacionaltenhaa mesmaorigem.Nessecaso,a gravitaosetorna uma fora
oriunda de interaesentre CPZ e carga,o que lembraa tesede Sakharov.Essa
hipteseconvincente,aindaqueo tratamentorelativistageraldagravitaocomo
curvaturado espao-tempofuncione muitssimo bem: possvelmostrar,diga-
mos, que existeuma interpretaoanaliticamenteequivalentesegundoa qual a
gravitao uma forageradapelo movimentode partculascarregadasno CPZ.
A explicaoalternativabaseia-senaconstataodequeo componenteeltricodo
CPZ faz aspartculascarregadasoscilare a oscilaod origema camposeletro-
magnticossecundrios.Em resultado,uma dadapartculaexperimentatanto as
foraseltricasdo campoponto zero,quea fazemoscilar,quanto asforassecun-
drias,que so acionadasno campo por outra partcula. O campo secundrio,
geradopelasegundapartcula, retroagesobrea primeira. O efeitobvio uma
forade atraoentreasduaspartculas.Portanto,a gravitaono passade uma
interaode longo alcanceentrepartculas,tal qual afora vanderWaals.7
Levando-se em conta o princpio da equivalncia das foras inercial e
gravitacional,asteoriasde inrciada interaoentreo vcuoe aspartculascarre-
gadassustentam-seou ruemjuntas.Embora suscitemcontrovrsias,suasimplica-
esem muito as recomendam.De fato, a gravitaoj no pareceuma fora
misteriosaatuanteentredoiscorposlargamenteseparadosum do outro no tempo
e no espao.Na fsica clssica,essafora passapor uma "aoa distnci' de
ordem metafsica,masna relatividadegeral mediadapelageometriado espao-
tempo. Embora no sesaibamuito bem como uma estruturageomtricapossa
criar ou deslocarum campofisicamentereal,a menosque o vejamoscomo um
meiodeespao-tempoetrico(visoparaa qualo prprio Einsteinseinclinou em
seusltimosanos),decrerqueagravitaonopressupesemelhantemeio.Isso
eliminaumaincmodaanomalia,pois,sea imensadensidadeenergticado vcuo
fosseassociada gravitao(por intermdioda equivalnciarelativistade energia
e massa),toda a massado universo imediatamenteregredirias dimensesde
Planck. Na teoria alternativada interaoCPZ/carga, tal no pode ocorrer: o
vcuono atuasobresi mesmo.A gravitaono dadano campodeponto zero
na ausnciade matria;elas criadapelo movimentodaspartculascarregadas.
Por conseqncia,seuvalor limita-sesmassasdessaspartculas,emvezde esten-
der-se equivalnciade massade todasaspartculasde fora(bsons)no vcuo.8
Vale notar que algumastentativasmatematicamenteelaboradasj referirama
inrciae agravitao,tal qualo efeitoCasimirea alteraoLamb,a interaescom
o campoponto zero do vcuo.Se essetrabalhocontemplarum fenmenofsico
verdadeiramentefundamental,deverservistocomodescriodeum efeitogeralde
A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES 43
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reaono vcuo.A implicao a presena,no vcuo,deum campointerativofundamental.Dentrodo campodevcuoprimrio,parecequeseengendraumcamposecundrio,oqualproduzosfenmenosdainrciaedagravitao.A presen-tehipteseindicaqueoscampossecundriosgeradosnovcuonoselimitamaoCPZ comseusefeitosgeradoresde inrciaegravitao,masincluemum campono-eletromagnticocujoefeitoprimordialconsisteeminterligarpartculasnoes-paoeno tempo.A tesedocampodevcuosecundriono-eletromagnticopodeexplicartodaumagamadefenmenosinterconectados,inclusivemutaesadaptativasimportantesembiologia,almdeefeitos"transpessoais"detranscendnciadetem-poeespaonaesferadamenteedaconscincia.
2. A base fsica do campo psi
As partculaselementaresnosoentidadesclassicamentedistintas,maselemen-tosintegrantesdovcuofundamental,talqualosslitonssoelementosintegran-tesde um fluidocomcaractersticasno-lineares.O movimentono-uniforme
dessaspartculasquebraa homogeneidadee a isotropiado vcuofundamental,engendrandocampossecundrios.Almdo CPZ eletromagntico,essescamposincluemo campono-eletromagnticoquechamaremosde campopsi. Ele noconsistedeondaseletromagnticasclssicas(transversais),masdeondasdecho-queescalares(longitudinais).9Seqnciasdeondasescalareschocam-see,pormeiodoshologramasdeSchrodingerresultantes,codificaminformaessobrealocaliza-oeo movimentodaspartculas(ousistemasdepartculas)queforamrespons-veispelasondas.lo
MEDICINA PSIONlCA
2.1.CONECTIVIDADE ESPACIAL POR INTERMDIO DO CAMPO PSI
As ondasescalaresapresentamumavelocidadedepropagaopotencialmentesu-perior daluz:necessrionadamenosqueissoparaexplicaraquaseinstanta-neidadedealgumasformasdeinterconexo.Num artigodecisivo,publicadoem1903,E. T. Whittakermostrouqueondaslongitudinaiscomoasescalarespropa-gam-senumavelocidadefinitaquepodesermaiorqueadaluz.A velocidadedepropagao proporcional densidadedemassado meiono qualasescalaresocorrem.A densidadedemassadovcuorepresentao parmetrocorreto:eladefi-ne o potencialescalareletrostticolocal.Trata-sedeumaquantidadevarivel,maioremregiesadensadas,nosplanetase estrelasou pertodeles,e menornoespaoprofundo(variaodevidaaoaumentodaintensidadedefluxodovcuoemconseqnciado acmulodemassascarregadas).l1Assim,asescalaresviajammaisdepressanasregiesadensadasdovcuodoquenovazioprofundo,talcomoasondassonorasdepropagaolongitudinalatravessammaisrpidoum meiodensodoqueo ar.
44
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Igualmenteimportante,asfrentesdasondasescalareschocam-seemvezdesepermearem,cornoocorrecomasondaseletromagnticasclssicas.As frentesdasondasdechoquecodificametransmiteminformao,cornosefossemhologramas.Conseqentemente,ahiptesedocampopsiestabelecequeasondasgeradasnovcuopelomovimentodaspartculascarregadassoescalarese queos padresproduzidospor elassohologramasdeSchrdinger,constitudosporpadresdechoqueescalares.
2.2.TRANSLAO ENTRE O MOVIMENTO DO ESPAO-TEMPO E O CAMPO PSI
A interaodepartculascarregadasouconjuntosdepartculascarregadascomocampodevcuosecundrio(deestruturaescalar)podeserdescritacornournatransformaoFourierdemodupla.O campopsi codificaos coeficientesdasfrentesdeondasdechoqueescalaresproduzidaspelomovimentodaspartculascarregadas;emseguida,essainformao decodificadapelaspartculasou siste-masdepartculasemestadosisomrficos.
As partculassemovemno espao-temporelativistae obedecemsleisdarelatividadegeral.Entretanto,asescalaresgeradaspor elasno campopsinosepropagamno espao-tempo,masnum domniosubjacentee essencialmenteespectralsemelhante,emboranoidntico, ordemimplcitade Bohm.Dessemodo,asescalarescriadaspelomovimentodaspartculasno camporepresentamumatranslaododomnioespcio-temporalparao domnioespectral:ouseja,omovimentodo espao-temposetransformaempadresdechoqueescalares.NatransformaoFourierinversa- dodomnioespectralparao espcio-temporal-,ospadresdechoquedocampopsirealimentamo movimentocorrespondentenoespao-tempo.(Aqui,concebe-seomovimentodoespao-tempocornomovimentonumespaoconfigurativodinmicoespcio-temporale noapenasconceitual.)Dadoqueastransformaesespectraisdo movimentoespcio-temporalconfigu-radorealimentampartculasanalogamentemveis- ouconjuntosanalogamenteconfiguradosdepartculas-, estesltimosso"informados"por seuprpriomovimentoespcio-temporalmenteconfigurado.
Numaexpressometafrica,maspertinente,podemosdizerquea transfor-maoFourierprogressiva- domovimentodoespao-tempoparao campopsi- constituiurnaleituradoprimeironosegundo,oqueresultanaestruturaodovcuofundamentalcomospadresdechoqueescalaresdocampopsi.Na trans-formaoFourierinversa,essespadresremontama partculasou sistemasdepartculasno espao-tempo,seguindoum processoquelembraa rksleituradospadrespelaspartculascorrespondenteseseusconjuntos.
45A HIPTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAES
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46 MEDICINA PSIONICA
2.3. CONECTIVIDADE TEMPORAL NO CAMPO PSI
A observaoj feitade que algumasformasde interconexoentrepartculase
sistemasde partculaspersistemao longo do tempo implica a existnciade um
"fator memria".Na hiptesedo campopsi, o substratode vcuodos objetos
considerado o fator pertinente. Isso foi corroborado por prova experimental.
Vladimir Poponin e colaboradoresdo Instituto deFsicaBioqumicadaAcademia
Russade Cincias,e maistardeuma equipedo Instituto Heartmath,nosEstados
Unidos, colocaramuma amostrademolculadeDNA numa cmaracom tempe-
raturacontroladae submeteram-naa um raio faser. Notaram queo campoeletro-
magnticoao redor da cmararevelavauma estruturaespecfica,maisou menos
como a esperada.Mas notaramtambmquea tal estruturapersistiamuito tempo
depoisde o DNA tersido removidodacmarade irradiaode faser. A impresso
do DNA nocampocontinuavavisvelemborao DNA noestivessemaisl!Poponin
e seuscolaboradoresconcluramqueumanovaestruturadecampoforaexcitadaa
partir do vcuo fsico. O campo extremamentesensvel;pode ser excitadopor
uma sriede energiasprximasa zero.O "efeitofantasma",dizemeles, a mani-
festaode uma subestruturade vcuoatentodescurada.12
Se o substratode vcuo geradono vcuopelo movimento das partculase
sistemasdepartculasnoseatenuasignificativamentecom o tempo,a "informa-
o" prestadapor ele funciona como memria:liga o presentedas partculase
sistemasde partculascom seupassado.
2.4. INTERAO DE SISTEMAS DE MACROESCALA COM O CAMPO PSI
Se quisermosjustificar todo o leque de conexesintersistmicasanmalas,a
interaocom o campo psi no poderlimitar-se a sistemasde microescalada
ordemdaconstantedePlanck.Essaampliaodosefeitospostuladosde interao
no vcuono exigeuma revisocompletados atuaisconceitosda fsica.Embora,
nos sistemasde macroescala,as flutuaesdo nvel qunticosejamminimizadas
por regularidadesde larga escalaobedientess leis dinmicas,a interaocom
padresdeondasdechoqueaindaassimpodeacontecer.Em primeirolugar,sabe-
sequeem populaesdepartculasasressonnciasPoincarsoamplificadas.Emsegundo,nosestadoscaticosou semicaticos,ossistemasde macroescaladepen-
demmuito dacondioinicial. Issosignificasensibilidadesflutuaesambientais,
que podemestender-sea padresondulatriossutisa propagar-seno vcuo.
Partculase sistemasde partculasmostram-sesensveis,primariamente,aos
seusprpriospadresondulatriosdo campopsi.No casodepartculasindividuais,
a sensibilidade(e, portanto, o efeito interativomanifesto)limita-seaosgrausde
liberdadedefinidospelo estadoquntico.No casode conjuntosde partculasem
macroescala,porm, a sensibilidade definida pelo espaoconfigurativo tridi-
-
3.1.O DOMNIOTRANSPESSOAL DA CONSCINCIA
Psiclogose psiquiatras,bemcomoestudiososdosestadosmeditativo,fsicoeextticodaconscincia,descobriramquepessoasemestadosalteradosdeconsci-ncia(EACs) tmacessoa contedosde conscinciaqueescapamaossentidos
3. Conexes transpessoais
Antigamente,asinterconexesquetranscendiamoslimitesconhecidosdeespaoetempoatraamaatenosobretudodemsticosemetafsicos.A partirdemeadosdo sculoXX, no entanto,tambmalgunscientistasimpuseram-sea tarefadeencontrarexplicaesaceitveis.Entreeles,hbom nmerodeftsicos (desejososdeprovara no-localidadequnticae a possibilidadedo teletransporte),algunsbilogos (interessadosna emergnciasimultneada ordememvriasesferasdanatureza)eunsquantospsiclogosepsiquiatrtlS (embuscadaschamadasexperin-cias"transpessoais").Nesseponto,a prticae os conhecimentosdos mdicos ecuradores,incluindomembrosdestacadosdaBritishPsionicMedicalSociety,for-necempistassignificativas.
47A HIPTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES
mensionaldosistemacomoum todo.Nos termosdahiptesedocampopsi,emestadosdinamicamenteindeterminados,tpicosdo caos,ossistemasemmacro-escalaso"in-formados"pelatransformaoFourierdecampopsidesuaprpriaconfiguraoespacialtridimensional.
A in-formaodesistemasemmacroescala,dotadosde padrespersistentesde choqueemisomorfiacomseuespaoconfiguracional,significaquemicro-partculase sistemasem macroescalasoconstantementein-formadospor seupassado.No entanto,essain-formaononecessariamentelimitadaaopassadodasentidadesemsi mesmas,porquantopartculasesistemasdepartculaspodemmostrar-sesensveisapadresondulatriosdecampopsiquenosoresquciosemformatodeondadeseuprpriomovimento,masrevelamisomorfiacomessesresqucios.Sealgunssistemasassumiremconfiguraesespaciaistridimensionaisidnticasouquaseidnticas,seromutuamentesensveisaosresquciosdecampopsi - e, portanto,in-formadospor eles.Podemosconcluirque,seestadosdepartculae configuraesespaciaissistmicassopraticamenteidnticos,entoain-formaotransmitidano campopsi no fardistinoentreambos.Conse-qentemente,a in-formaotransmitidano campopsigerarno-localidadeen-tremicropartculasquandopartculasqueantesassumiramestadosqunticosidn-ticossedesgarrarem.Conexesanlogasapareceroentresistemasdemacroescalaqueocuparemconfiguraesespaciaismuitoparecidas.Em virtudedavelocidadedaspropagaesondulatriasescalares,quesuperiordaluz,asconexesseropraticamenteinstantneas.
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48 MEDICINA PSIONICA
corporais.Em taisestados,podemvir tonaimagensanmalas,elocues,itensdeconhecimento,lnguascompletase mesmosriesintricadasdeacontecimen-tos.StanislavGrof pesquisouos EACs durantequasequarentaanosdeprticaclnicae concluiuquetodoprocessono universo,objetivamenteobservvelnoestadonormaldeconscincia,podesersubjetivamentevivenciadonoestadoalte-rado.13Sustentouqueacartografia-padrodamenteprecisasercompletadacomelementosadicionais:ao usualdomnio"biogrfico-rememorativo"dapsique,devemosacrescentarum domnio"perinatal"eumdomnio"transpessoal".14
3.2.CONEXES MENTE/CREBRO NO CAMPO PSI
OS achadosdeGrofexigemexplicaoemtermosconsistentescomosachadosdanovafsica.A hiptesedocampopsi,conformeoprprioGrofsalientou,malevel:possuiumconceitodeinterconexotantoespacialquantotemporal.No quetocaaosfenmenostranspessoais,o que se desejaexplicar, principalmente,ainterconexotemporal:aaparentecapacidadederecuperarexperinciasremotas.A memriadeverestender-senoapenassexperinciasdapessoa,masmuitoalm.Essamemria"transpessoal"implicaqueoscontedosmemorizadossejamextra-somticos,envolvendoumprocessodecodificaoedecodificaodeinfor-maesno campopsieapartirdele.Maisprecisamente,consistenotrnsitodospadresde choqueescalaresentreo campodevcuosecundrioe a estruturacerebraltridimensional.O trnsitoocorrequandoopadrodinmicodeestruturaeatividadenocrebrodosujeitoequipara-seaumpadrodechoquepresentenocampo.Talpadropodesero indciodaatividadecerebraldoprpriosujeitoouodaatividadecerebraldeoutrapessoacujaestruturacerebralapresenteisomorfiacomadosujeito.
A tesedequelembranasremotassoextradasdeummeioholograficamentecodificadod boamargem observao.Desdeos clssicosexperimentoscomanimaisdeKarl Lashley,reconheceu-sedeummodogeralqueamemrianosesituanotecidocerebral,masdistribui-seporvastasreasdocrebro.SegundoKarlPribram,asprincipaisregiesdocrebroparecem-secomfragmentosderecepto-reshologrficos.Quantoevocao,possuisemdvidapropriedadeassociativa:semprequeum fragmentodeinformaoregistradaapresentadoateno,eleagecomoumrecursomnemnicopararecuperarumvastolequedeinformaesassociadas(emconsistnciacomo fatodeque,numholograma,qualquerparteincluiatotalidadedainformaoregistrada).Em terceirolugar,aevocaoconsis-tenumconjuntocomplexodedados(visuais,acsticos,relacionais),muitasvezesnaformadesriesdedadosquevariamcomotempo("lembranasmovedias"),oqueapontaparamecanismosparecidosaosdaholografiamltipla.Finalmente,otempodeacessonocrebronoserelacionaaotempodevarreduradasexperin-
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3.3.IMPLICAES NA MEDICINA PSINICA
Os efeitostranspessoaistmimplicaessignificativasnamedicina,conformefi-coudemonstradopelaexperinciaeprticadaSociedadeMdicaPsinica.Quan-doaconscinciadomdicoseconcentranosestadoscorporaisdopaciente,comoauxliodeumaamostraorgnica(testemunha)deste,obtm-seinformaosobresuacondiofsicaatual.Issopermiteaomdicodiagnosticardisfunesepres-creverremdios.Dadoqueainformaolembrana,disfunesantigas(miasmas)remontandoaprogenitoreseoutrosindivduoscomespaossemelhantesdecon-figuraocorporaltridimensionaltambmpodemserdiagnosticadase tratadas.O fenmenocondizcomumachadobsicoreferenteaosfenmenostranspessoais:a informaotransmitidanosesujeitaslimitaesdo espaoedo tempo.Nahiptesedo campopsi,aconectividadequaseinstantneaelocalmenteindepen-denteexplica-sepelavelocidadedapropagaoondulatriaescalar,superiordaluz,nocampodevcuono-eletromagnticosecundrio,aopassoquearecupera-odeinformaoremotaasseguradapelapersistnciatemporaldospadresdeondasdechoquenocampo.
O examesatisfatriodabasefsicadosfenmenospsinicosexigeanlisemaisamplae profunda.A hiptesedo campopsi,aquiesboada,ofereceumabaseslidadepesquisa.
ciasarmazenadas,masdependesobretudodo nveldeatenodo sujeitoe daintensidadeemocionalqueacompanhaa lembrana.
Em conseqncia,a hiptesedo campopsi indicaquelembranasremotasenvolvema recuperaode informaoarmazenadasoba formade choqueondulatriono campoambiente.A evocaotranspessoaldeve-se,portanto,coincidnciadaestruturacerebraldo indivduocomadeoutrapessoa,prximaoudistante,vivaoumorta.O efeitosemanifestadevidopossibilidadeaumenta-dadequeaestruturacerebraldosujeitoseequiparedeoutrem.Essa"probabili-dadedeequiparao"crescecomo nmerodepessoascujocrebrotrabalhedemodosemelhante.Um grandenmerodeatividadescerebraisde determinadotipotornaprovvelqueumcrebrocapteosindciosondulatrioscodificadosnocampopelocrebrodeoutrapessoa.Quandoalgumcaptaumatransformaocoincidente,recuperao aspectocorrespondentedaexperinciaalheia.Em resulta-do,o itemdeexperinciacorrespondentesurgenaconscinciadaprpriapessoa.
A equiparaoentreosujeitoeoutrapessoapareceintensanocasodegmeosidnticos(o fenmenoda "dorgmea")e provavelmentepodeserinduzidaporvnculospessoaisestreitos(comoentremee filhos,maridoseesposas,amantes,etc.)ouporintencionalidade("envio"propositaldepensamentosou imagensnosexperimentostelepticos).
49A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES
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3.4. CONCLUSES
Fenmenosanmalos luz da cinciaortodoxasugerema existnciade conexes
temporaise espaciaissutis, mas efetivas,entre as entidadesdo mundo real em
todos os principais camposde pesquisa:fsico, biolgico e psicolgico.Os acha-
dospressupemum meio de interconexofsica,um campocom propriedadesde
transcendnciado espao-tempocorrespondentes.A hiptesedo campopsi pos-
tula essecampo.Note-sequea interaodepartculascom o vcuocriafrentesde
ondasdechoqueescalares(hologramasdeSchrodinger)querealimentamaspart-
culasnos mesmos(ou anlogos)estadosqunticos,e aossistemasde macroescala
nasmesmas(ouanlogas)configuraesdeespaotridimensionais.Em conseqn-
cia,partculasqueantesocupavamidnticosestadosqunticos(esistemasdemacro-
escalaque antesassumiamidnticasconfiguraesespaciais)continuama serin-
formadospor seupassadocomum. Como a realimentaoocorre a velocidades
superiores da luz, temosaqui uma basefsicaparauma sriede interconexes
anmalas,inclusiveasqueligammicropartculas,organismosvivos- eo crebroe a conscinciados sereshumanos.
Referncias
1. Paraum relatopormenorizado,verErvin Laszlo,Th( Creativ( Cosmos,Edimburgo,FlorisBooks,1993;Th( lnt(YconnectedUniv(YS(,CingapuraeLondres:WorldScientific,1995; Th( WhisperingPond, Rockport,ShaftesburyeBrisbane,1996.
2. ErvinLaszlo,"Is mereaninterconnectingfield?",Scienu Spectra5(1998),70-71.3. A. Sakharov,"Vacuumquantumfluctuationsin curvedspaceand the theoryof
gravitation",Sovi(t Physics- Dokiamy, 12,11(1968).4. LszlGazdag,A R(iativitsElmletenTl ("AlmdaTeoriadaRelatividade"),Szenci
MolnrTrsasg,Budapeste,1995;"Superfluidmediums,vacuumspaces",Sp(cuiationsin Scienu and uchnology,vol. 12,1, 1989;e "Combiningof megravitationalandelectromagneticfields",ibid., vol. 16,1, 1993.
5. BernhardHaisch,AlfonsoRuedaeH. E. Puthoff,"Inertiaasazero-point-fieldLorentzforce",PhysicalRevi(WA, 49.2(fevereirode1994);AlfonsoRuedaeBernhardHaisch,"Inertiaasreactionof thevacuumto acceleratedmotion",PhysicsL(tt(YSA, 240(30demarode1998).
6. BernhardHaischeAlfonsoRueda,"The Zero-PointFieldandmeNASA Challengeto CreatemeSpaceDrive",Joumal ofScientificExploration,vol. 11,n 4 (invernode1997).
7. A interpretaosugeridapor Pumoffet aL consisteemduaspartes.Na primeira,aenergiadasoscilaesultra-relativistas,chamadasdeZitt(rb(W(gungporSchrdinger,equivalemassagravitacionalm divididapor t!.Excetono casodeumfator2, isso
K
criaumarelaoentremassagravitacionale parmetroseletrodinmicosidnticosmassainercialacimapostulada,m,.Todavia,Puthoff (t aL mostramquea massagravitacionalm deveriaserreduzidapor um fator2, obtendo-seassimumaestrita
K
equivalnciaentrem;e m, entreforasdegravitaoe inrcia.A segundaparteda
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anlisedePuthoffderivaumaforadeatrao,dequadradoinverso,dainteraodevanderWaalsentredoisbipolososcilantes.Essaanlise reconhecidamenteincom-pletae exigeum desenvolvimentotericonosquadrosde um modeloplenamenterelativista.
8. No tocante inrcia,astentativasacimaprocuramderivarasequaesclssicasdomovimentodasequaesdaeletrodinmicadeMaxwell,considerandoa inrciacomoumaespciedeforadeempuxoeletromagntica,dependentedaaceleraoemvirtu-dedascaractersticasespectraisdo campopontozero.Aqui, o conceitodeeletrodin-micaestocstica(EDE) do vcuo muitomaispertinentequeo conceitousualdeeletrodinmicaquntica(EDQ). Entretanto,trabalhosemcursoindicamquediscre-pnciasentreEDE e EDQ nosoirremediveis,desortequealgumdia talvezseprovequeasduasabordagensgeramresultadosabsolutamenteidnticos.
9. Mais detalhesnaobrado autor Thr IntrrconnrctrdUnivrru,op.cito10. As escalares,ao contrriodasondasluminosase sonorasclssicas,nosatisfazem
equaode d'Alembert,cujacaractersticamarcante a ocorrnciade um segundotermo(derivadodotempo)daamplitudedeonda.Em geral,essetermoconseqn-ciadaspropriedadesinerciaisdamatria.Contudo,num campodeforadestitudode massacomoo vcuoquntico,taispropriedadesno seaplicam.Conseqente-mente,asondasdevcuOpodemserrepresentadaspor equaesfundamentaisquecontenhamapenastermos(derivadosdo tempo)de primeiraordem.Existes umtipodeequaesassim,governandopropagaesondulatriaslineares:asequaesdeondadeSchrodinger(cf. Thr IntrrconnretrdUnivmr,op. cit.).
11. E. T. Whinaker, "an the partialdifferentialequationsof mathematicalphysics",MathmzatischrAnnalm,57 (1903),333-355.
12. P.GariaeveV. P.Poponin,"VacuumDNA phantomeffectin vitro andits possibleracionalexplanation",Nanobiology(1995).
13. StanislavGrof, ThrAdvmturr ofSrlfdiscovrry,Albany:The StateUniversityofNewYork Press,1988.
14. StanislavGrof, ThrAdvmturrofSrlfdiscovery,op.cit.,xvi.
A HIP6TESE DO CAMPO PSI:ALGUMAS CONSIDERA6ES 51
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Medicina Ortodoxa-
Do SistemaFilosfico Cincia
ofilsofodevecomearpelamedicinaeo mdicodeveterminarpelafilosofia.
- Aristteles
AMedicina Psinica, sobretudo,umaabordagembaseadana energia.Noentanto,abebera-seamplamentena medicinaortodoxa. Cabe levarisso
em conta,pois nosetratade umavisoalternativae sim de umaexten-
sodo temaao campodaenergia.Em conseqncia,nadamaisapropriadodo que
acompanharo desenvolvimentoda medicinaortodoxadesdesuasorigens,comosistemafilosfico, atseusatuaisfundamentoscientficos.
Breve histria da medicina
Desdetemposimemoriais,o homemexcogitoumeiosde assistiros doentesbase-
ando seustratamentosnascrenasda poca.A partir de indcios arqueolgicos
sabemosque, para o homem primitivo, a vida eragovernadapor espritostanto
hostisquanto benevolentes.As doenasou osdistrbioseramatribudosposses-sodemonaca,sendotratadoscom ritos mgicos,usode amuletose talismsou,
svezes,tcnicasprimitivasde trepanao(aberturade um orifcio no crni