dr j h reyner medicina psionica

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Dr. J. H. Reyner Colaboradores: Dr. George Laurence Dr. Carl Upron MEDICINA PSIÓNICA Estudo e Tratamento dos Fatores Causativos da Doença Tradução GILSON CÉSAR CARDOSO DE SOUSA EDITORA CULTRIX São Paulo

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  • Dr. J. H. Reyner

    Colaboradores:

    Dr. GeorgeLaurence

    Dr. Carl Upron

    MEDICINA PSINICAEstudoeTratamentodosFatoresCausativosdaDoena

    Traduo

    GILSON CSAR CARDOSO DE SOUSA

    EDITORA CULTRIX

    SoPaulo

  • Sumrio

    Concluso.....................................................................................................199

    BibliografiaSelecionada................................................................................203

    LeiturasRecomendadas 208

    Agradecimentos .

    Introduo(peloProfessorErvin Laszlo) .

    Preficio TerceiraEdio .

    Preficio SegundaEdio .

    Preficio Primeira Edio .

    Parte 1 A Cincia e a FilosofUzda Medicina Psinica .

    Captulo1:UrnaNovaDimensonaMedicina .Captulo2:A Hiptesedo CampoPsi:AlgumasConsideraes .Captulo3:MedicinaOrtodoxa- Do SistemaFilosficoCincia .Captulo4: CorposSutiseMedicinaPsinica .Captulo5:Homeopatia- A MedicinaSutil .Captulo6:MiasmaseToxinas .Captulo7:A TeoriaUnitriadaDoena .Captulo8: Intuio,PercepoExtra-SensorialeFenmenosPsi .

    Parte 2 Histria e Prtica da Medicina Psinica .

    Captulo 9:A HistriadaRabdomanciaedaRadiestesia .Captulo10:RabdomanciaPrtica .Captulo11:A AbordagemPsinica .Captulo12:A MedicinaPsinicanaPrtica .Captulo13:O MtodoPsiniconaOdontologia .Captulo14:A MedicinaVeterinriaPsinica .

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  • Agradecimentos

    Inmeraspessoascontribuemparaaelaboraodeumlivro.Eugostariadeagrade-ceraJ. H. Reyner,aGeorgeLaurenceeaCarlUptonpornosdaremeste.Agra-deotambmaoDr. GordonFlint,presidentedo InstitutodeMedicinaPsinica,peloprefcio;aoDr. FarleySpink,diretordoInstitutodeMedicinaPsinica,pelocaptulosobreMiasmaseToxinas,e aoDr. Mark Elliott,primeiroveterinrioaaplicara tcnicapsinica,pelocaptulosobrePrticadaVeterinriaPsinica.

    Todaa minhagratido Ora. PamTatham,atualsecretriado InstitutodeMedicinaPsinica,eaoDr. GeoffreyGoodyear,secretrioanterior,porseusco-mentriosa respeitodo manuscrito.AgradecimentostambmaoscolegasOra.CarolBrierly,Sr.DavidHooper,Dr. VincentMainey,Dr. PeterMansfield,Dr.LeonWymaneDr. DavidWilliams,pelasidiasexaradasemseusartigosepales-tras.Sougratoigualmente Ora.AnneWynne-Simmons,associadadelongadatae incentivadoradaMedicinaPsinica.

    O apoiodaSociedadeMdicaPsinicafoidevalorinestimvel.Agradeo,emparticular,aSir CharlesJessel,presidentedaSociedade,peloseuinabalvelentu-siasmo,ajudae liderana.SougratoaindaaoDr. SolveigMcIntosh,vice-presi-dentedaSociedade,Sr.John Fryer,secretrio,eSr.EdwinBarelay,tesoureiro.OmesmoseaplicaaosmembrosdaSociedadeMdicaPsinicapeloseuinteresseeapoioaomtodo.

    Um agradecimentoespecialaomeuamigoecolega,QuincyDayRabt,comquemmantivetantasetoagradveisconversassobremedicinaenergticaeMedi-cinaTradicionalChinesa.

    AgradeoefusivamenteaoprofessorErvinLaszlo,patronodaSociedadeM-dicaPsinica,por tercomtantaeloqnciadescritosuavisodanovacincia,formuladacomimensaerudioemsuaHiptesedo CampoPsi,quecompeosegundocaptulodo livro.

    Minha gratidoaosnossoseditores,The C. W DanielCo. Ltd.,que,comosempre,fizeramparecermuitofcilapublicaodeumaobra.

    Finalmente,agradeoaMollie,Rachel,Kate,RutheAndrew,respectivamen-teme,esposaefilhos,porsuportaremcompacinciamaisoutroprojetoeditorial.

    K. S.

  • Introduo(peloProfessorErvin Laszlo)

    verdadeiramenteprazerosoescrevera Introduoparaumlivroquedtorara

    e significativacontribuioao nossobem-estarindividuale coletivo.MedicinaPsinica:Estudoe TratamentockJsFatoresCausativosdaDoenacolocao leitorapardanaturezaerealizaesdesseramonotavelmentedesenvolvidodacinciadacura

    queostentao nomedeMedicinaPsinica.Tive o privilgiodeconheceremprimeiramoaeficciadessaformademe-

    dicina,pois estivesobcuidadosmdicospsinicosdurantequaseumadcada.

    Minha experinciapessoalconfirmaumateseaquechegueiindependentemente,fazendoinfernciasa partirdosltimosachadosdascinciasfsicase biolgicas.Segundoessatese,o organismovivo no um simplesmecanismoou sistemabioqumico,masumaarticulaocomplexadecomponentesmoleculares,celula-resedecampo.Issobastantepertinente,dadoqueaMedicinaPsinicanoatuasobreasmolculasou clulasdo organismoesimsobreo campoquegovernaosprocessosmolecularesecelulares.

    Postularum campocomoelementobsicono organismovivo no coisanovanahistriadabiologiado sculoXX. J em 1925,o bilogovienensePaul

    Weiss,inspiradopelateoriadaGestaltdeWolfgangKoehler,aplicouo conceitodecampoaosprocessosderegeneraodemembrosnosanfbios,estendendo-omaistardea todasasformasdeontognese.Fiando-seemseutrabalhoexperimental,Weissconcluiuqueo aparecimentodergosetecidosduranteo desenvolvimen-to indicaqueaspartesemergentesestabelecemrelaesespaciaispadronizadasexibidasemtraosgeomtricosdeposio,proporoeorientao.Essas,dizele,so"aesdecampo".Cadaespcietemo seuprpriocampomorfogentico;eocampomorfogenticodecadaindivduo umasucessohierrquicadecampossubsidirios.

    De igualmodo, na dcadade 1920,o bilogorussoAlexanderGurwitchobservouqueo papeldasclulasindividuaisnaembriognesenodeterminadonempelassuaspropriedadesintrnsecasnempelassuasrelaescom asclulas

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  • 10 MEDICINA PSIONICA

    vizinhas,massim por um fatorquepareceenvolvertodo o sistemade desenvolvi-

    mento.Trata-se,afirmaele,de um amplo camposistmicode fora criado pelo

    efeitomtuo dos camposde fora individuaisem associaocom asclulas.Os

    limitesdo campode um embrio,por exemplo,no coincidemcom os limitesdo

    prprio embrio:voalm.A embriognese,sustentaGurwitch, ocorredentrodo

    campomorfogenticodo embrio.

    Em 1934, Conrad Waddington introduziu a idia dos "campos de indi-

    viduao",que atuam na formaodos rgos,e em 1957 estendeua tesedo

    campo aos"creodos",que soos rumos evolutivosda embriognese.Essanoo

    foi elaboradapor RenThom emmodelosmatemticosquerepresentamo estado

    parao qual o organismoavana,mediante"baciasdeatrao"dentrodoscampos

    morfogenticos.Na dcadade 1950, Harold Saxton Burr, da Universidadede

    Yale, avaliouaspropriedadeseletromagnticasdo que chamoude campoL (life,

    "vida"),ao mesmotempo que seuscolaboradoresmostravamque essecampose

    desvanececom a morte do organismo.Embora asteoriasdo campobiolgicosurgissemnosanosde 1920ealcanas-

    semenormepopularidadeem meadosdo sculo,aspropriedadesfsicasdoscam-

    pos no estavambem definidase, nas dcadasseguintes,deixaramde suscitar

    interesse.Na embriologia,por exemplo,os mtodosbioqumicosno possibilita-

    ramaospesquisadoresdescobrira naturezadoscamposquegovernama polarida-

    de dosmembros,a esquematizaoneural,a induode lentee outrosprocessos

    dedesenvolvimento.Os conceitosdecampopassaramaservistoscomopuramen-

    te especulativose, em anosrecentes,apenasuns poucos pesquisadoresinsistiam

    em elaborarteoriasdo campo biolgico. Em geral,os bilogos transferiramsua

    atenoparaa bioqumica demecanismosgenticosespecficos,abordagemvigo-

    rosaque ensejouuma sriede aplicaesprticas.Nas ltimas dcadas,porm, emboramenosconhecidosque a pesquisados

    mecanismose cdigosgenticos,osconceitosde campovoltaram tona,na van-

    guardada pesquisabiolgica.O bilogo canadenseBrian Goodwin sugeriu,com

    baseno campo,um conceitoderegeneraoereproduo,processosnosquaisum

    todo geradopor uma parte. Isso, afirma ele,no pode ser consideradounica-

    menteem termosde plasmagerminale DNA, mastambmcomo produto das

    propriedadesde campodos organismosvivos.Os camposbiolgicosengendram

    ordensespaciaisque influenciama atividadedos genes,enquantoa atividadege-

    nticainfluenciapor suavezoscampos.O campo a unidadedeformae organi-

    zao,ao passoqueasmolculaseclulasqueconstituemo corpo soasunidades

    decomposio:oscamposestruturam-nasaseguirnaordemqueir caracterizaro

    organismo.A vida uma "danasagrada"de clulasdentro dosorganismose dos

    organismosem seumeio,onde oscamposbiolgicosmantma cadnciados pa-

    res.RupertSheldrake,por seuturno,apresentoua"hiptesedacausaoformativ',

  • segundoaqual oscamposmrficosestoassociadosa todososorganismosvivose

    soresponsveispor suaperptuamorfognese.

    Sem dvida, a presenade camposcomplexosassociados matriacelular

    jamais foi contestadaem biologia - a prova oriunda da biofsica no admite

    contradio.Contudo, nascinciasbiolgicasortodoxas,o papele a funo dos

    camposmagntico,eltrico,etc.,associados matriacelular,no foramconside-

    radosimportantesparao funcionamentodo organismo:elesseriammerosefeitos

    secundrios, produzidos bioquimicamente por clulas, tecidos e rgos

    comunicantes.A recenteredescoberta dos campos biolgicos representauma

    mudanafundamentalde nfase.Lembrao "desvioforma-panodefundo" descri-

    to pelospsiclogosda Gestalt,onde a percepovisualde uma imagemavanaerecuana medidaemquesevum deseusaspectoscomoformaou panodefundo.

    Na biologiaenamedicinaortodoxas,a formao conjuntodemolculasorgnicas

    queconstituema clula,enquantoos camposproduzidospelacomunicaocelu-

    lar - seso levadosem conta- sovistoscomo um pano de fundo real,mas

    psicolgicaemedicamenteinsignificante.Em contrapartida,tantona pesquisade

    pontaquanto na medicinaalternativa,a forma o campo;asmolculas,clulase

    rgossobreasquaiso campoatuasoo pano de fundo.

    O atual desvio-Gestaltocorre em virtude da descobertaexperimentaldeinteraoamplae quaseinstantneadentro do organismoe, tambm,da desco-

    bertapor partedamedicinaalternativada interaosutil, masefetiva,entremdi-

    co e paciente.Parecequeo organismovivo um sistemade interconexoinstan-

    tneaquesemantmem seuprprio meio como um todo, sofredanoscomo um

    todo, maspodetambm,como um todo,curar-se.Essesaspectosdependemabso-

    lutamenteda coordenaode campodo grandenmero e da amplavariedadede

    processosmolecularese celularesdo organismo.

    Reconheceraprimaziadoscamposnamanutenoerestabelecimentodasa-

    de fundamentalparaa medicinacontempornea.Segundoesseconceito,o fun-

    cionamentodo organismono lembraa atividadedeuma mquina,devezqueas

    merasmanipulaescinticass tm valor corretivoem casosespecficoscomo,

    por exemplo,os da aladados quiroprticos.O funcionamentodo organismo

    tambm no plena e adequadamenterepresentadopelo conceito de sistema

    bioqumico, motivo pelo qual os tratamentosalopticosprescritospelamedicina

    ocidentalortodoxatmaplicaolimitada.O complementodo tratamentomec-

    nico e bioqumico a terapiabaseadano campo,convincentementerepresentada

    pelamedicinapsinica.

    O lema da medicinapsinica,"TOlteCausam"(Procurea Causa),justifica-se

    plenamente.Tratar o campo do organismosignifica trataro aspectobsicoda

    condioviva, aqueleque, no sentidociberntico,"govern'a interaoorques-

    INTRODUO 11

  • 12 MEDICINA PSIONICA

    tradadosincontveiscomponentesbioqumicosdo organismo.A doenanopassadocomprometimentodaintegridadedocampoquegovernao organismoe,comotal,prpriae eficazmentetratada.Em compensao,tratarosprocessosbioqumicosdo pacientesignificatratarasconseqnciasinevitveisdo compro-metimentodeseubiocampoenoacausadomal,queodesgastedocampoemsi.A terapiaconvencional,ilustradaporexemplopelousodeantibiticosdelargoespectro,envolvemedidasdesnecessariamentedrsticas;seriaomesmoquealvejarmosquitoscombalasdecanho.Cuidardo campoquegovernao organismobemmenosinvasivoemuitomaiseficaz.

    Outroaspectodamedicinapsinicaquemerececomentrioo seufunciona-mentopor distnciasfinitasatagoranoavaliadas.Issoque primeiravistapareceumsofisma,umdiagnsticoadistncia- emesmo,emcertoscasos,umacuraadistncia- seexplicaquandoreconhecemosqueo campoquepermeiaegovernao organismocelularoumulticelularum campoquntico.No setratadeumaconclusoad hoc.decorredadescobertadequeo lequedacoernciabio-lgicatranscendeo lequedatransmissodossinaisbioqumicos,mesmoquandoasinalizaobioqumicaserevelanotavelmenteeficiente.A coernciaexibidapelosorganismosvivos(acorrelaosimultneaequaseinstantneadaspartesentresi)umaformadecoernciaquntica,dotipoquessepodeexplicarporrefernciaaosconceitose leisdateoriadosquanta.Os bilogosdarecentedisciplinadabiologiaqunticafalamdeuma"funodeondamacroscpicado organismo"econsideramo tecidovivoumaespciedecondensadodeBose-Einstein,no qualefeitosanlogos superfluideze supercondutividadeocorrema temperaturasnormais.

    Teoriase conceitosquesedestacamna biologiade pontaindicamqueobiocampodo organismoconstituiumamanifestaoespecficade um campoqunticomaisfundamental- umcampoqueensejaainteraonanaturezafsi-ca.O biocampo umaestruturalocaldentrodeum campomaisvastoe maisbsico:ocampoque,independentementeunsdosoutros,esteescritoreosfunda-doresdaMedicinaPsinicadenominaram"campopsi".Minhateoriado campopsi ofereceumadescriodecincianaturaldatransmissode informaoquetranscendeo tempoeo espao,nascidadaprticadamedicinapsinica.

    A MedicinaPsinicaanunciao adventodeumanovaerano exerccioda

    profissomdica,compotenciaisdecuraemanutenodasadequerepresentamimportantecontribuioaorepertriodo tratamentodesenvolvidonamedicinabioqumica.Na MedicinaPsinica,o fatorcrticonoaqumicanema inter-venocirrgica- emborataismtodosaindadevamserindicadosemcertoscasos- esimas"informaes"sutisqueafetamo biocampodopaciente.O livroqueo leitororatememmosproporcionaumavisonotavelmenteclaraeconcisa

  • do quevemasermedicinapsinica,comofuncionaeporquemereceo tipodeatenoquehojeemdiaapenasosavanosnombitodasmolculasedagenticatmrecebido.Fazjus ao interessesrioe urgentetantodosleigosquantodosprofissionaisdamedicina.

    INTRODUO 13

  • Prefcio TrceiraEdio(peloDr. GordonFlint)

    paramim umahonrae um privilgiotersidoconvidadoparaescreveresteprefciocuidadosarevisofeitapeloDr. KeithSouterdasduasediesanterioresde Medicna Psinica.

    Umadaspalavrasmaisimportantesdessanovaobra"interconexo"- eoleitorcertamenteapreciarserlevadoaolongodahistriadamedicina,dostem-posantigosondeimperavaa filosofiaoriental,viaHipcratese a culturamaisocidentalizada,ato sculoXXI eamedicinaenergtica,qualnosdedicamos,auxiliadospelaspesquisasdoprofessorErvinLaszloesuaHiptesedoCampoPsi.

    Todo aspirante prticapsinicabem-sucedidacontribuiparaelacomsuaprpriahabilidadeatual,graasao treinamentorecebidonascinciasmdica,odontolgicae veterinria,secundadopor anosdeexperinciaclnica,primeironamedicinaortodoxa,maistardenahomeopticae finalmentenastcnicasdaprticapsinica,alm,talvez,do tratocomoutrosramosdacinciaereascomoacupunturaehipnosemdica.

    A primeiraemaisimportantehabilidadedevesero usodenossosentidodarabdomancia,o qual,comooscincobsicos,j possumosaonascer.No entanto,seempoucosanosadquirimosboadosedeprofidncianainterpretaodoambi-enteimediatopormeiodaviso,audio,olfato,paladaretato,svezessoneces-sriasdcadasparapodermosfazerusoprticodenossacapacidaderabdomntica.Comosepodenotarnumquadrodedistribuiopadronizado,cercade10%daspessoasrevelaroconsidervelhabilidade,10%nadarealizarodenotveleo res-to,comaprtica,conseguiralcanarnveisbastanteaceitveis,medidaqueessesentidofor setornandotoconfivelquantoosoutroscinco.

    TiveahonradeestudarcomCarlUpton,aquemdissecertafeita:"GostariadeterconhecidoaMedicinaPsinicahdezanosatrs."Suarespostainstantneafoi:"MeucaroGordon,hdezanosvocnoestavaprontoparaela."Tinharazo,claro.

    No quedizrespeitoHomeopatia,umbomconhecimentoeumaboaexperi-nciadafilosofiabsica,princpioseprtica,taisquaispreceituadospor Samuel

    15

  • 16 MEDICINA PSIONICA

    Hahnemann,soessenciais.Semprequepossvel,cumprefreqentarcursosdeinstruonosdiversoscentrosdeensinodopas.No obstante,nenhumdostrsgrandesnomesda MedicinaPsinica- Laurence,Upton e Wesdake- temqualificaesespecficasnessarea,eo Dr. FarleySpink,nossoatualdiretor,foi oprimeiroaempregarseutalentonaexperimentaodahomeopatiaclssica,paraenormeproveitodenstodos.

    Mark Elliott,nossoprimeiroveterinrio,deuespecialcontribuioaoconhe-cimentogeraldaprticapsinicaie elesabequalpodersero contedodeumafuturaediodopresentelivro.

    Nestemomentodereavaliaoerevalidao,acreditamosserconvenienteres-tringiro adestramentono mtodopsinicoa mdicos,dentistase veterinrios.Mas,numfuturoprevisvel,quandosefalarmuitodealimentosgeneticamentemodificados(oumutilados),talvezprecisemosrecorrer ajudadeoutrasfontes:abotnicaeaagronomia,porexemplo.

    J. E. R. McDonagh,cujasidiasetrabalhostantoincentivaramnossofunda-dor-presidente,GeorgeLaurence,sustentavaqueo pontodepartidamaisimpor-tanteerao solo,o solosaudvel,com "clima"microbiolgicosadio.Essesologarantiriacolheitassaudveis,gadosaudvelegentesaudvel.Isso,nemprecisodizer,incluigualimpaepotvel,no-contaminadaporresduoseaditivospoten-cialmentevenenosos.

    O treinamentoinicialemMedicinaPsinicadutarpelomenosum ano,afimdeseadquirirexperincia.Da pordiante,aprticacontnuagerarumsigni-ficativograudesatisfaoprofissional,medidaqueosvriosdesafiosapresenta-dospelospacientes,emsuamaneiranicaeindividual,nosencorajaradetermi-nar,comoLaurence,por que aspessoasadoecem.

  • Prefcio SegundaEdio(peloDr. Carl Upton)

    AlexisCarrel,ex-membrodo InstitutoRockefellerdePesquisaMdica,escreveuemseulivroO Homem,esseDesconhecido,queexistemdoistiposdesade:anatu-raleaartificial.A medicinacientfica,disseele,deuaohomemasadeartificiale

    a proteocontramuitasdoenasinfecciosas.Foi um dommaravilhoso.O ho-mem,porm,nodeveriaterdeconfiarnamedicaocontnua,comsuasdietasespeciaiseseusprodutosqumicossintticos.Secorpoementeestiverememhar-monia,o organismofuncionardemaneiranaturalmentesaudvel.H,comefei-to, certosindivduosqueparecempossuirurnaimunidadeintrnseca,quenoapenasresiste infecocornoretardaavelhice.Ternosdedescobriro seusegredo.

    GeorgeLaurenceendossariadebomgradoessaviso.A medicinaconvencio-nal considerao corpournamquinafalvel,daqualaspeaspodemquebraraqualquermomento,necessitandodefreqentesreparosou mesmodesubstitui-o.Laurence,contudo,via-acornournaestruturasuperiormenteinteligente,animadaporumpadroapropriado,emborainvisvel,deforavital.Todavia,porurnasriedecausas,algumasherdadas,outrasadquiridaspor acidenteou usoincorreto,essepadrosubjacentepodesedistorcer,da resultandoum dis-tanciamentodoestadonaturaldesade.

    Suagrandefaanhafoi a descobertadeum meiodecomunicaocomessepadroinvisvele o aperfeioamentoda tcnicaqueelechamoudeMedicinaPsinica,pelaqualosdesarranjosdaforavitalpodemserdetectadosepossivel-mentecorrigidos.Laurenceconseguiu,graasaurnaanlisesimplesedireta,pres-creverremdioshomeopticosadequadosque,segundodescobriu,atuavamdeum modoharmnicoeatxico,removendoascausassutise freqentementeen-tranhadasdadoena.Seguiuessecaminhoinspiradoatquaseo fimdesualongavida.Faleceua 11deoutubrode 1978,poucodepoisdeseunonagsimooitavoaniversrio.

    claramentedesejvelqueos mdicosfamiliarizadoscoma verdadedessasidiaspossamseradestradosnastcnicasbsicasdaabordagemmdicapsinica,paraquecomecemaaplicarosmtodos.Isso,emverdade,jestacontecendono

    17

  • InstitutodeMedicinaPsinica,emboranosemproblemas.Mora adificuldadedeaceitardesviosdehbitosestabelecidos,exigem-sesacrifciosdetempoe di-nheiroparaoaprendizadodashabilidadesnecessrias.Mas,adespeitodisso,nota-secrescenteinteressedapartetantodosmdicosquantodo pblico,sendoquemilharesdepacientesj foramtratadoscomsucesso.

    A MedicinaPsinicanaturale requer,conjuntamente,o empregodaintui-oedavastaprovisodosremdiosproporcionadospelanatureza.No setratadeumamedicina"radical",masdeummtodosingularmenteprticoqueurilizaos recursosnaturaisparaidentificare debelarascausasocultasdasdoenasqueafligemahumanidadehojeemdia.

    18 MEDICINA PSIONlCA

  • Prefcio PrimeiraEdio(peloDr. GeorgeLaurence)

    Acho gratificantequeum cientistada estaturado Sr. Reynerestejatoprofunda-

    menteconvencidodo valor dos mtodospsinicosde diagnose.

    Mdico h mais de sessentae cinco anos,estoudesapontadocom o pouco

    progressoregistradona medicina,sobretudoquando comparadoaosavanosna

    cirurgiae outrasreasafins.Todos os dias,soanunciadosincontveistratamen-

    tos e curas,que em geralbaseiam-seem novassubstnciasqumicassintticas-

    ignorando as causas.O princpio psinico investigaa causado desvioda sadenormal antesde haver-secom os sintomas.

    Esperoque o livro aguceo interessepor esseramo to importanteda cinciamdica.

    19

  • PARTE 1

    A CINCIA E A FILOSOFIADA MEDICINA PSINICA

    21

  • UmaNovaDimensonaMedicina

    A Naturezaabominao vdcuo.

    - Franois Rabelais (c. 1494-1553)

    Hpocas,nahistriamdica,emquea tendnciado conhecimentosealteraconsideravelmente.Podemoscitaro tratadoclssicodeHarveysobrea circulaosangunea,em1628,ou osestudosmicrobiolgicosdeLouisPasteureadescobertadosraiosX porWilhelmRntgen,nosculoXIX.O sculoXX presenciouadescobertadapenicilinaporFleming,em1928,aleitu-radocdigodoDNA porWatsoneCrick,em1953,eo primeirotransplantedecoraopeloOr.ChristianBarnard,em1967.No inciodosculoXXI, oscientis-tasseempenhamnadecifraodogenomahumano.

    Ao mesmotempo,ampliou-seemmuitoo conhecimentodaconstituiofsi-cadamatriaviva,tantono quetoca complexaestruturadasclulasquantocomunicaoentreelas,emconseqnciadoqueaprticamdicapdevislum-brarnovostratamentosparainmerosachaquesdocorpo,svezescomresultadosespetaculares.Essesmesmossucessos,no entanto,fomentaramumaconfianaindevidanosaspectosmateriaisdamedicina,dadaacrenadequeoplenoconhe-cimentodosmecanismosfsicospermitiria,nofim,acuradetodosossofrimentosdacarne.Na verdade,abiologiamoleculareaengenhariagenticaestoprogre-dindotorapidamenteque,segundoseacredita,empoucasdcadasteremosachavedabasegenticademuitasformasdecnceredoenascrnicas.Masissoilusrioporque,emboraumaaplicaointeligentedoconhecimentomaterialpossaacarretarumamelhoriade condies,os sintomasclnicossoapenasa provafsicadealgumdistrbiodaenergiavitaldocorpo.Essatesenoconstitui,emsi,umanovafilosofia,poistemsidocultivada,senoreconhecida,hpelomenosdoismilequinhentosanos.De fato,Hipcrates,consideradoo PaidaMedicina,sustentouqueadoenanosemanifestapuramentecomomolstia(pathos),mas

    23

  • 24 MEDICINA PSIONICA

    tambmcomo esforo(ponos)do corpo para restauraro equilbrio de suasnm-es.Esse poder de cura intrnseco conhecido como VisMedicatrixNaturae,sendoqueo mdicoesclarecidosabemuito bemqueseuverdadeiropapelconsiste

    apenasem estimul-locriando as circunstnciasadequadasparaque eleopereo

    mais livrementepossvel.

    Sejamosclarosnesseponto:soosprpriosmecanismosdecurado indivduo

    que realmentearrostama doena,no osdo cirurgio,do clnico ou de qualquer

    outro profissionalde sadeenvolvido.O cirurgiopode removerum tumor, mas

    o corpo quecuraa ferida.De igualmodo, o clnico podeprescreveruma droga,

    mas o corpo do pacienteque respondea ela.

    Os mecanismosdecura,chamadosemfisiologiade "homeostticos"ou auto-

    reguladores,funcionampermanentementeparadaro melhorao indivduo. Regu-

    lam processoscomo metabolismo,temperatura,equilbrio fluido e mineral,qu-

    mica sangunea,e produo e distribuio de clulas.Quando o corpo se v

    pressionadode algumamaneira,essesmecanismostentamautomaticamenteres-

    taurarcertonveldeequilbrio.No raroo indivduo percebetaismudanascomo

    incomuns ou desagradveis.Trata-sedos sintomasda doena,com o corpo pro-

    curandocorrigiro problema.A questo quenemsempreosmecanismosvoltam

    completamente normalidade.Embora as funesretomem ao "servioquase

    normal", issotemum custo,quepodesera reduodafuno,suaalteraoou a

    da estrutura. Essencialmente,na maioria dos casos,o que ocorre no um

    reequilbrioe sim uma compensao.A medicinaocidentalortodoxabaseia-sesolidamentenummodeloreducionista.

    Semdvida,issologrou xitoemdiversoscampos,mastemlimitaesbvias.Ela

    rejeitao conceitodo "princpiovital" e considerao corpo umaintegraocomple-

    xa de clulas,tecidos,rgose sistemascontroladosbioquimicamentee supervi-

    sionadospor um computador biolgico interno, o crebro.Em muitos outros

    sistemasmdicosbem-sucedidos(e,globalmente,a medicinae a cirurgiaociden-

    tais ortodoxasaparecemapenasem quarto lugar na provisode cuidadosmdi-

    cos),o princpio vital constituio cernedesuafilosofia.Um nmerocrescentede

    mdicos,e maior ainda de pacientes,acreditaque essalimitao francamente

    prejudicialao progressoda medicina.

    Controle bioqumico ou biofsico

    Em basespuramente lgicas, as limitaes do modelo predominantemente

    bioqumico soclarssimas.O corpo humano compostode um nmero muito

    grandede clulasque trabalhamde diferentesmaneiras,segundoo tipo de tecido

    a que pertencem.Para qualquerescolar, uma velhahistria o fato de o corpo

    renovar-sea cadaseteanos.Isso significaque, nesseperodo, todasasclulasdos

  • A pirmide da medicina

    Considerando-seque a medicina uma prticato imemorialquanto a prpria

    humanidade,convmutilizar um modeloparafigurarao mesmotemposuaanti-

    guidadee suaevoluo:a pirmide.

    Em qualquerlivro de histriada medicinavoclerque asbasesdessesaber

    cientficoforamlanadasquandoo homemcomeoua en~endera estruturaorg-

    nicapor meiodadissecaoedo estudoda anatomia.A observaoeaexperimen-taoconduziram em seguidaa deduessobreo funcionamentodos rgose

    suasestruturasanatmicas.Da nasceua cinciadafisiologia.Graas crescente

    sofisticaodos instrumentose aplicaodo conhecimentoqumico, desenvol-

    veu-sea bioqumica.O papelda menteem relaoao corpo sempreconstituiuuma questodelicada,mas em conseqnciado aperfeioamentoda Medicina

    Corpo-Mente ou psiconeuroimunologia(PNI),l j comeamosa perceberque os

    processosmentaispodemafetarasfunesneurolgica,hormonalou imunolgica.

    tecidoslisossosubstitudaspelo menosumavez.Com efeito,h sempredeter-

    minado grau de crescimento,reparo,reproduoe eliminaode clulasmortas

    no organismo.Um controlebioqumico dessacomplexidade,paramantero bom

    equilbrio e assim preservara integridadedo sistemainteiro, simplesmenteabsurdo.

    No: seoscontrolesqumicosque conhecemosconseguemindubitavelmente

    explicaratcertoponto como asclulasdo corpo seintegram,temosde postular

    outro controle maisabrangente- um tipo de sistemade informaoenergtico

    ou campode energia,talvez.

    Dissemosacima que o princpio vital estno cernede diversossistemasde

    medicina.Os chineseschamam-node chi e os ioguesindianos, deprana.Afora

    isso,foi aventadoou "redescoberto"por muitos estudiososao longo da histria.

    Por exemplo,Paracelsodenominava-omunia; para os alquimistas,era o fluido

    vita~e o baroVon Reichenbach,o qumico alemoque descobriuo creosoto,dava-lheo nome de odyle.No sculoXX, Wilhelm Reich chamou-o de orgone,

    Rudolph Steinerdeforaformativaetricae outrosde bioplasma,plasmabiolgico

    ou biocampo.Em todos essescasos,emborahaja uma interpretaoligeiramentediferente,

    o princpio vital vistocomo umaformadeenergiaquepermeiaascriaturasvivas

    e constituiparteintegrantede seuser.Trata-sede um campo,localizadodentroe

    ao redordo organismo,que produz uma espciede corpoetrico.

    Esse "corpo" de energiaparecefuncionar como um sistemade informao,

    fazendoasvezesde moldeparao desenvolvimentofetale o crescimentoposterior,

    almde organizaros tecidose repar-Ios.

    25UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

  • 26 MEDICINA PSIONICA

    As quatrocinciasformam,pois,achamadapirmidedamedicina. crenage-neralizadaqueesseedifciodeconhecimento,tidocomoomelhorqueacapacida-

    de humanapdeproduzir,explicatudosobreo corpoe suasnecessidades.Asreaesbioqumicasnasclulasesclareceriamdequemodoelastrabalhamparaasseguraro funcionamentofisiolgicodasestruturasanatmicasdo corpo.E, claro,amentepoderiaatuarpor intermdiodoscanaisdePNI.

    No entanto,comoindicamosacima,issomaisumamastabri-queumapir-mide(Figura1).E aindaassim,comoasmastabasdoAntigoEgito,desempenhouatcertopontosuafuno.Foi necessrio,primeiro,ergueressasestruturasparacompreenderedepoisplanejaraconclusodo edifcio.

    Parecebastanteapropriado,aqui,apresentarograndeImhotepe(c. 2800a.c.),sumo-sacerdotedeR,arquitetoreal,mdicopessoalegro-vizirdo faraDjoser,daTerceiraDinastia.SirWilliamOsler,decanodosmdicosdosculoXX, escre-

    veuqueelefoi "aprimeirafiguradeclnicoadestacar-senitidamentedasbrumasdaantiguidade".Em sculosposteriores,acaboudeificadocomoumdeusdacuraeidentificadopelosgregoscomAsclpio.Parareceberhontasdivinas,devecerta-menteterdesenvolvidoaprticadamedicinadeummodonotvel.Almdisso,na qualidadedearquitetodo faraDjoser,eleglorificouo Egitopor milnios.RedesenhouamastabadeDjoserecriouafamosapirmideescalonadadeSacar,dandoassimaomundoesseconedaantigasabedoria.

    FISIOLOGIA

    ANATOMIA

    Figura 1

    Assim,pode-senotarqueo modelobioenergtico umaextensolgicadomodelobioqumicoaceitopelamedicinaortodoxa,anlogo transformaodamastabaempirmide.As cinciastradicionaisconduziram-nosmuitolonge,masdeixaram-noslamentavelmenteprivadosdaverdadeiracompreenso.De fato,precisamosacrescentarum vrtice nossapirmide.Essevrtice a energiaorganizadoraou bioenergiae suacinciaapropriadasero quepor enquantochamaremosdemedicinaenergtica(Figura2).

  • o campo energticoA regenerao,modopeloqualosorganismosreproduzempartesdanificadasouperdidas,umadasreasquesempreintrigouosbi610goseserevelouumafasci-nantereadepesquisano inciodosculoxx.Em 1907,o w610goH. V.Wilsonrealizouo experimentocapitalemregeneraoaoforarumapequenaesponjaapassarporumapeneirafina,separandoassimasclulasedestruindoaorganizaointercelulardo organismo.Ap6s a separao,no entanto,as clulasisoladasperambularamdurantealgumtempoatsereunirnovamentenumagregadocon-fuso,queempoucassemanasseremodelounumaesponjado tipooriginal.

    Na dcadade 1920,AlexanderGurwitchpostulouaexistnciadeum campogeradordaformaou morfogentico,queexplicariaodesenvolvimentoembriol6gicodosorganismos.Supunhaelequeessecampoorganizador,umaespciedediagra-maevolutivo,determinavao papeldecertasclulasduranteaembriogneseenosuaspropriedadesindividuais.

    Nas dcadasseguintes,vrioscientistaspesquisaramo conceitode biocampo,capazderegularo crescimentoe o desenvolvimentotantodasclulasquantodostecidosdentrodoscorpos.Entreeles,destacou-seo bi610godeYale,Dr. HaroldSaxtonBurr,quenumperododemaisdequarentaanosconduziunumerososexpe-rimentosemorganismos,demixomicetosaopr6priohomem.Burrconcluiuqueobiocampo,aquechamoudeL-field (Lift-fie/d.,"campovital"),erao esquemabsicodavidaequetodoorganismotemum,oqualorganizaeorientasuaestruturageral.

    Usandoequipamentoeletrnicodealtasofisticao,Burr demonstrouqueocampovital podiasermedidoe mapeado.Mais: suaspesquisascom humanosprovaramqueascondiesfsicasementaisdeterminavammodificaesnasme-didasdo campo.

    Fatointeressante:em 1950,usandoum "testedemensuraoeltrica"basea-

    donotrabalhodeBurr,o Dr. LouisLangman,doDepartamentodeObstetrciae

    27

    ANATOMIA

    FISIOLOGIA

    Figura 2

    UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

  • GinecologiadaUniversidadedeNovaYork, publicou um estudoondeindagavase

    a mediodasforasde campoem mulheresteriaalgumvalor diagnsticoparaa

    detecode cnceres.Ele e sua equipe concluram que tais testeseram de fato

    bastanteacurados,simplesde realizare merecedoresde maisestudoe pesquisa.

    Outro de seuscolaboradores,Leonard Ravitz, sustentouque o campovital

    desaparecepoucoantesdamortefsica,desorteque,quandoaforaorganizacional

    cessa,a vida no pode sermantida.

    Nos anosde 1960algunsbiofsicos,lideradospor Viktor Inyushin emAlma-

    Ata, ex-UnioSovitica,levarama caboextensasinvestigaescom o quechama-

    ram de "corpo energtico".O que maisestimulouessapesquisafoi a descoberta

    do "efeito Kirlian" por Semyon Kirlian em 1939. Tratava-sede um processo

    eletrogrficoque geravafotografiasda aurado corpo. Notou-se que o estadoda

    auravariavaconformeascondiesde sadeda pessoa.

    Inyushinconcluiuqueo corpoenergticopossuiumabasefsica,umaconstela-

    oelementarsemelhanteao plasmaconstitudapor partculasionizadas,a quedeu

    o nomedeplasmabiolgicoou bioplasma.Esseplasmaseria,disseelenumaformula-

    oda Teoriado BiopkJsma,o substratofinal dosprocessostantoqumicosquanto

    eletrnicos,almdeveiculartodasasinformaesdentrodo sistema.Explicandoo

    efeitoKirlian, elededuziuque,comoo bioplasmaexistenossistemasvivos,poderia

    serluminescenteem certascircunstncias- comoquandoum campopoderosoe

    de altafreqnciaeraaplicadoaosistema,tal qualocorriana fotografiaKirlian.

    Nos anos de 1980, o bilogo Rupert Sheldrakeprops sua revolucionria

    teoriados camposmrficos.Com basena palavragregamorphe,quesignifica"for-

    m', Sheldrakepostulou um campo de forma, padro,ordem e estrutura.Esses

    campos,acreditaele, organizamno apenasas entidadesvivas,mas tambma

    conformaodos cristaise dasmolculas.Assim, cadatipo de molcula,sejaela

    uma protena, uma hemoglobinaou um complexo cristal inorgnico, tem seu

    prprio campomrflco. Alm disso,todo organismo,todaespciede instinto ou

    comportamentopossuemum campo.Os camposmrficos so,pois, percebidos

    como oscamposorganizadoresda natureza.At o queJung chamoudeinconsci-

    entecoletivopode enquadrar-sena teoriados camposmrficos.Sheldrakeanimou-sea desenvolversua teoriaem facedos inmerosfenme-

    nos intrigantesdanaturezaqueaqumicapuraeosgenesnoconseguemexplicar.

    Por exemplo,emborauma nica clulacontenhatodaa informaogenticane-

    cessria suamultiplicaonum organismocompleto,vegetalou humano, por

    quea forma final semprea mesma?

    Tambmo impressionavamos fenmenoscomportamentais,ondecolniasde

    organismosseparadosgeograficamentee semcontatopareciamapresentaratitudessemelhantes.Isso foi demonstradoem aves,smios e humanos.Uma colnia de

    28 MEDICINA PSIONICA

  • Vnculos culturais espontneos

    O estudiosoda histriaespanta-seanteo nmero decasosem queculturasintei-

    rasproduziramderepentealgumadescobertaquerevolucionoupor completosua

    sociedade.E issopareceter acontecidoespontaneamente,semnenhumaconexo

    bvia. De fato, pode atser que algumasdessasrealizaesocorreramsem que

    uma culturasequersoubesseda existnciada outra.

    ArtefatosdaIdadedaPedra,provenientesdomundointeiro,indicamporexemplo

    queasprimeirasferramentas,inclusiveo machado,surgiramao mesmotempo.

    As pirmidesgigantestambmaparecerampor todaparte,no Egito, naAm-

    rica do Sul e no Camboja. Escritorescomo Graham Hancock aventaramuma

    grandeteoria pancultural plausvel,com razesnuma civilizaoperdida. Mas,

    comoveremos,existeoutra explicao.

    O mais interessante,porm, o aperfeioamentode habilidades:preparao

    dealimentos,fabricaode queijose pes,produode lcool, cermica,cestaria

    e confecogeralde ferramentassimilaresparecemter ocorrido quasedenovo.

    macacos,isoladosnuma ilha, aprendeua lavaro alimentoantesde comer;outrascolnias,semcontatofsicoou meiosdesecomunicar,comearamafazero mesmo.

    Isso, supe Sheldrake,ocorre em virtude da ressonnciamrfiea,fenmeno

    pelo qual as estruturasprviasou a experinciade organismosde determinada

    espcieinfluenciamestruturase organismossimilares,contemporneosou subse-

    qentes.Graasaessaressonncia,o padroea informaoformativa,ou influn-

    cia, transmitem-seao longo do tempo e espao.Portanto,os membrosvivos de

    uma espcieestoligadosa membrosantigosdessamesmaespciee, dado que o

    fenmenoda ressonnciasefortalececom a repetio,uma atividadeou compor-

    tamentoadquirido, descobertoou laboriosamenteaprendidopor indivduos re-

    motos, serrapidamenteabsorvidopor outros.

    A teoriado campomdico explicataisfatoscombaseem doisprincpios,que

    constituemparteintegrantedessescampos.Em primeiro lugara criatividade;em

    segundo,o hbito.Tomemosabicicletaguisadeexemplo.H duzentosanosnoexistiambicicletas.Ento algumdesenvolveuo conceitoe elassurgiram.Essefoi

    o passocriativo.(E quantasvezesnovemosnovas"descobertas"sendorealizadas

    independentementequaseao mesmotempo?Logo voltaremosa esseponto.) Em

    seguida,as pessoascomearama aprendera andar de bicicleta,provavelmente

    com grandedificuldade.Hoje, porm,centenasde milhesaprendeme circulam

    semsequerdar muita atenoao processo. o hbito,a repetiono interior daespcie,que simplificao processode aprendizado.

    Em suma,diz Sheldrake,a naturezaessencialmenteumaformadoradehbi-

    tos e todos os seusaspectosse baseiamnesseprincpio. Poder-se-iaafirmar,em

    conseqncia,queasleis da naturezasooshbitosda natuteza.

    29UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

  • 30 MEDICINA PSIONICA

    omesmoseaplicaaosgrandespensadores.EmseulivroTheWhisperingPond,o professorErvinLaszlofaladaeclosodasculturasclssicashebraica,grega,chi-nesae indiana,todasnumlapsosurpreendentementecurtodetempo.Exemplosnofaltam:a descobertasimultneae independentedo clculopor NewtoneLeibnitz;aformulaoindependentedateoriadaevoluoporDarwineWallace;a invenodotelefoneporBelleGray,etc.

    A teoriasegundoa qualtodosnstemosacessoa algumtipo de "campo"torna-secadavezmaisatraente.E isso fundamentalparanossadiscussodaMedicinaPsinica.

    A Medicina Psinica

    O objetivoprincipaldaMedicinaPsinicaestimplcitono lemadaSociedadeMdicaPsinica:TO/teCausam,quesignifica"ProcureaCausa"dadoena.Embo-raamanifestaodadoenapossaocorrernaesferafsica,psicolgicaouemocio-nal,acausaresidemuitasvezesnonvelenergtico.Em outraspalavras,comoseelasecodificasseno interiordocampoenergtico,passandoaexercerseusefeitossobreo indivduopelarupturadoesquemaorganizacionaldessecampo.

    Mas,antesdeir alm,talvezsejaconvenientediscorrerumpoucomaisa res-peitodomdiconotvelquedesenvolveuessesistemademedicina,o qualintegraamedicinaortodoxa,ahomeopatiaea faculdaderadiestsica.

    GeorgeLaurenceformou-senoSt.George'sHospital,Londres,em1904,tendoestudadoanteriormentenaUniversidadedeLiverpool.E foi emLiverpoolqueelesofreua influnciadeSir OliverLodge,professordefsica, pocaum dosmaisdestacadospesquisadoresdaspropriedadesdasondaseletromagnticas.Depoisdetrabalharemdiversoshospitais,fezps-graduaono RoyalCollegeof Surgeons(Edimburgo)eumanomaistardeadquiriuumterodasaesdeumaclnicaemChippenham,Wutshire.Quaseimediatamenteseusdoissciosmaisvelhosforamconvocadosparaaguerraeeletevedeadministraraclnicasozinho,o queenvolveufuneshospitalareseconsultivasdurantepertodequarentaanos,entreasquaisadeoficial-mdicodoHospitaldaCruzVermelha,cirurgiodoCottageHospital,supe-rintendenteclnicodoIsolationHospital,FactorySurgeonevacinadorpblico.

    Duranteessetempo,no entanto,elefoi sesentindocadavezmaisinsatisfeitocomaobsessoortodoxaporsintomasedrogas.Em suasprpriaspalavras:

    Tiveopressentimentodequenemsempresabiao queestavarealmentefazen-do - ou antes,por queestavafazendo.Em suma,ignoravaasrazespelasquaisaspessoasadoeciam.

    Eramuitofciltratarmolstiasinfecciosascomunsoumalesagudos;mas,faceadistrbioscrnicoscomotumoresmalignos,reumatismo,perturbaes

  • nervosasdegenerativase outrasdoenasconsideradasincurveis,nenhum de

    ns sabiao "porqu"e via-sereduzidoa lidar com nomese rtulos, sinaise

    sintomas,semlobrigara causa.Assim, o alvio temporriodossintomaserao

    mximo queeu e meuscolegaspodamosfazerna poca.

    A patologia na Medicina Psinica

    A Medicina Psinicaconstitui,basicamente,um sistemaintegradoquejunta me-

    dicinaortodoxa,homeopatiae radiestesia(ou faculdaderabdomntica).A nfase

    principal recainasdoenascrnicas,isto , longase persistentes.

    Paraumaexplicaomelhor,reconsideremosnossasduas"pirmides"damedi-

    cina,na formacompletae incompleta.Em medicinaortodoxa,fazemosum diag-

    31UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

    Na tentativade descobrira causadasdoenas,Laurenceleu bastantee perce-

    beu que trs cientistaspareciamoferecer-lheas chaves.Primeiro, SamuelHah-

    nemanncomseumtodohomeoptico;segundo,Rudolph Steiner,sobretudopela

    suaconcepodasforasformadorasdanatureza;efinalmenteJ. E. R. McDonaghesuaTeoriaUnitria da Doena.(Adianteexaminaremosseustrabalhoscommais

    pormenores.)

    Por essapoca,entrou casualmenteem contatocom o Dr. Guyon Richardse

    inteirou-seda idiadarabdomanciamdica.Issomostrousera chavedaquiloque

    procurava,pois h muito estavaconvencidode queo corpo fsico apenasparte

    deumaestruturamaisvasta,irreconhecvelpelossentidoscomuns.Ele achavaque

    eranessaesferano-manifestaque as energiasvitais operavame descobriuque,

    graasao usodo pndulo,podia detectardesarranjosdasforasresponsveispelos

    distrbiosfsicose psicolgicos,os quais,por suavez,se traduziamem sintomasclnicos.

    Observouentoque,ampliandoa tcnica,conseguiaprescrevero tratamento

    adequado,aptoa restaurara harmoniavital - em geral,masno necessariamen-

    te, recorrendo medicaohomeoptica.Dessemodo, pelaprimeiravez,logrouformularum mtodocientficode diagnsticoe tratamentodascausasbsicasda

    doena.Com pacinciae assiduidade,aprimorou-o ao longo do tempo, tornan-

    do-o um sistemade medicinaquetemsemostradomuitssimoeficientenoslti-

    moscinqentaanos.No raro,possibilitaa detecodecausasocultase orientao

    especialistano tratamentoapropriadode inmerasdoenascrnicase suposta-menteincurveis.

    O sistema,em essncia,dependedo exercciodossentidosparanormais,3cuja

    realidadehojecientificamenteaceita;e,dadoquepor convenoa letragregapsi

    passoua associar-sea essaconotao,Laurencedeua seusistemao nomede Me-dicina Psinica.

  • 32 MEDICINA PSIONICA

    nsucoquegeralmentelevaemcontao efeitodadoenanaestrutura,na funo,na

    aberraobioqumicae na intuio (respectivamente,anatomia,fisiologia,bioqu-

    micaepsicologiaou PNI). A seguir,o tratamentoresume-sea afetaro nvelprinci-

    pal em que issoocorre.Se o problemafor de alteraoestrutural,a cirurgiaser

    indicada;sedefunoou aberraobioqumica,o tratamentomdicosefarneces-

    srio.Quando, porm,for consideradopsicolgico,entosedeverconsideraruma

    intervenopsicolgicaou psiquitrica.Obviamente,nos casosem que todos os

    nveissoafetados,como no cncer,recomendam-setodosos tiposde interveno.

    Ora, paramuitaspessoas,essaabordagempodeserexatamentea requerida.A

    condiodelasprecisaser controladade modo correto.Para outras,a condio

    nunca controladae elasvivemcom uma doenacrnicaou progressivaqueno

    respondes intervenesortodoxas.

    Em Medicina Psinica,o piceda pirmideda medicina visto como o lado

    energucodo indivduo, seucorpo energticoou campo de energia.Segundoa

    experinciadosprofissionaispsinicos,quandoo tratamentoconvencionalfalha

    porqueo problemaexistee persisteno esquemaenergtico,ou seja,no campode

    energiaorganizacionalquegovernao crescimento,a recuperaoe osmecanismos

    auto-reguladoresdapessoa.A menosqueessasmculassejamremovidas,o indiv-

    duo tersempreproblemasfsicos,emocionaise psicolgicos.Consideremosaforma maisextremadedoenafsica,o cncer.O tratamento

    ortodoxo envolverprovavelmentecirurgia pararemovero tumor e restauraras

    funes,seguidade quimioterapiae radioterapiapara mataras possveisclulas

    cancerosasremanescentes.Se, em etapaposterior,descobrir-seque o cncerpro-

    grediu,considera-seque a disseminaoocorreunum tecidoafetadoe no-elimi-

    nado pelaoperaoou devidoa clulascancerosasqueescaparam quimioterapia

    e radioterapia.

    Na Medicina Psinica,essarecorrnciano seratribuda excisoincomple-

    ta do tumor fsico, mas persistnciade algumprocessopatolgicono-combati-

    do. Tal processodeve-sea uma falhano campoenergucoe continuara operar

    at produzir uma espciede efeito de escoamentona pirmide. Portanto, a

    recorrnciano necessariamenteuma disseminaoe sim aseqnciado proces-

    so mrbido. Em suma,ocorrerporque a causano foi descobertanem tratada.

    Essencialmente,ignorandoataexistnciadovrticedapirmideeo ladoenergtico

    da pessoa,o tratamentoortodoxo da molstiacrnica quasenunca representa

    muito maisque um alvio temporrio.

    Essaexplicaosimplesaplica-sea todos os tipos de distrbios,do cncera

    outrasdoenasprogressivase degenerativas.

    A Medicina Psinicaprocurarastreara causadosmalescrnicosdeterminan-

    do a naturezada aberraopatolgicadentro do campoenergticodo indivduo.

  • As aberraespodemserherdadasdemuitasgeraesou adquiridasduranteavidadapessoa.

    Psi em Medicina Psinica

    A faculdadederadiestesiaourabdomanciaconstitui,no fundo,umEstadoAlte-

    radodeConscincia(EAC), emboranoo transecompletotalqualobtidograashipnoseoumeditao.A conscinciapreservadaparaqueoprofissionalpossaformularperguntasapropriadaseacuradasenquantose"descontrai"o suficienteparareceberrespostasmedianteumprocessoideomotor(involuntrio),queresul-tanummovimentopendular.

    Aqui, trscoisassodignasdemeno.Primeira:noprocessodediagnstico,contata-seo campopsidopaciente,svezesa longadistncia,afim dedescobrirquaisdistrbiosestopresentes,quaissoimportantese por queestogerandodoena.Segunda:achaveparao campopsidopacientesuaamostradesangueou cabelo.No importaquodistanciadaestejaelado pacienteno espaoe notempo,subsisteumaconexoquerefleteoestadoenergticoatualdoindivduo.Eterceira:na prescriodo tratamento,fazem-seperguntasa um sistemainformacionalinfinitamentemaispassveldeconhecimentodoqueoprpriopro-

    33UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

    oque acontece na Medicina Psinica?Conformej mencionamos,aMedicinaPsinicaintegraaradiestesia(oufaculda-derabdomntica)prticaortodoxaehomeoptica.Paratanto,umaamostradopaciente,emgeralcabeloou sangue,ajudao profissionalasintonizar-secomocampopsido indivduo.Os instrumentosbsicos,no caso,soo pndulo,umatabela,umasriededadosdediagnsticoeumconjuntodeamostraspatolgicasou teraputicasemtubosdeensaio.

    O profissionalvale-sedesuaintuio,como pndulocomoindicador,paracompararaamostradopacientecomaspatolgicas.Dessemodo,fazendo-semen-talmenteasperguntascertas,elepode,semelhanadeumdetetive,lobrigarosfatorescausativosdadoena.A seguir,demodoparecido,farasperguntasapro-priadasparadeterminaro tratamentocorreto,queemgeralhomeoptico(poisseusremdiossodenaturezaenergtica,capazesdeafetaro corpodeenergia),eassimremoverastoxinaspatolgicas.Issopermiteaosmecanismosauto-regulado-resou autocurativosdo indivduoentrarememao.

    Portanto,nostermosdonossomodelodapirmide,quandoafalhasanada,o efeitodeescoamento(ou processomrbido)sedetm,fazendocomqueosmecanismosauto-reguladoresou autocurativosacalmemassensaes,corrijamaaberraobioqumica,melhorema funoe,possivelmente,retifiquemos danosestruturais.

  • 34 MEDICINA PSIONICA

    fissional.No se trata,em absoluto,de acessara memrialocalizadana prpria

    mentedo mdicoou em seucircuito neurolgico.

    como seo profissionalsesintonizassecom duascoisasnesseestadoligeira-mentealterado,sendoa primeirao campopsi do pacientee a segunda,um vasto

    sistemaou campode informaesque interconectao mdico,a amostrado paci-

    entee o paciente- ou entooscamposdetodoseles.A sintoniadepender,pois,

    da ligaoentrepacientee amostra.

    Como logoveremos,o conceitode um universointerconectadoexplicamuita

    coisaa respeitodesseramo fascinanteda medicina.

    Uma Teoria de Tudo ou Grande Teoria Unificada

    Quando falamosde diagnsticoou prescriode tratamentoa distncia, fcil

    pensarque utilizamosum paradigmamaisem consonnciacom a magiado que

    com a cincia.Isso implicariano sero processocientfico,o queno absoluta-

    menteo caso.Na verdade,a Medicina Psinicapodemuito bemreivindicaruma

    posiode vanguardana cinciae mesmona Nova Medicina. Penetremosagora

    no reino da fsicaterica,muito importanteparanossadiscusso.

    At osanosde 1990,eraconsensoquaseuniversalentreosfsicostericosque

    a matriaconsistiade tomose partculassubatmicas,mantidasjuntaspor qua-

    tro forasfundamentais.

    Havia, em primeiro lugar,aforagravitacionalque fixa nossospsno cho,

    impedindoo Sol deexplodireasgalxiasdedespencar.Em segundo,aforaeletro-

    magntica,fonte de energiaparanossaslmpadas,casase cidades.Em terceiro,a

    fora nuclearfraca, responsvelpelo desgasteradioativo.Utilizamo-Ia em medici-

    na nuclear,no rastreamentoradioativocom nossosequipamentosde diagnstico

    altamentesofisticados.E emquarto,afora nuclearforte,presenteno poderdo Sol

    e na energia interna do tomo. Na dcadade 1990, Sidney Sheldon, Steven

    WeinbergeAbdus Salammostraramquea foranuclearfracaea foraeletromag-

    nticaerammanifestaesde um nico fenmenochamadofora eletrofraca.

    O modocomoessastrsforasfundamentaisatuamdecapitalimportnciana

    cincia.Mas qualsersuaconexo?Poderoserunificadasnumanicasuperfora?

    Existemduasteoriasprincipais,que explicamparcialmentea naturezadelas.

    Uma a teoriaquntica;a outra, a teoriada relatividadegeralde Einstein. Contu-

    do, lidam com asextremidadesopostasdo espectro,pois a teoriaqunticalimita-

    seesfetado microcosmo,o mundo subatmico,aopassoquea relatividadegeral

    ocupa-sedo macrocosmo,da naturezado Big Bang, dasgalxiase dos buracos

    negros.A teoriaqunticaexplicaasforascomo pacotesou quantade energia;a

    relatividadegeralconsidera-asdeformaesdo espao-tempo.Coisa interessante,

    voc poderadotarqualquerdasduase dela derivartodasas leis da fsica e da

  • o universo interconectadoDesdeo comeo,houve inmerasinterpretaesconflitantesda teoriaquntica.

    Um paradoxocrucialfoi apresentadopor Werner Heisenberg,querecebeuo Pr-

    mio Nobel de 1943por uma obraque inclua a formulaodo princpio deincer-

    teza.Em essncia,isso significano ser possveldeterminarao mesmotempo a

    posiode uma partculae suavelocidade.

    Em 1964, outro marco foi alcanado com a publicao do teoremada

    interconexodeBelL O episdiorevolucionouo pensamentoporquemostrouque

    qumica.Sercapazde construiro edifcio cientfico inteiro a partir de uma dasteorias- masdasduas,no!

    Esse problema mortificante consumiu todos os esforosde Albert Einstein

    duranteos ltimos trinta anosde suavida. Ele perseguiuuma teoriaque nunca

    encontrou,masque seprops chamarde teoriado campounificado.Deveriaser,realmente,umaTeoriado Universo- e desdeentotemabsorvidoascarreirasdeincontveisfsicos tericos.

    Nos anosde 1970e 1980, admitiu-seque uma soluoestava vistacom o

    desenvolvimentoda teoriadasupercorda.A basedessateoria quetodamatriase

    compedesupercordas,ou linhas,aocuparum nico ponto no espao-tempoem

    dadomomento.Ela pareciacompatveltantocom a teoriaqunticaquantocom a

    relatividadegeral,excetopelo fato des funcionarcasoexistissemdezdimenses.

    Mas a teoriadeKaluza-Kleinensejaessapossibilidadeseasdimensesextras(alm

    dastrsespaciaise da do tempo)seentrosaremnum espaoinfinitamentepeque-

    no. Conjeturou-seentoque,poucoantesdo Big Bang,existiaum universovazio,

    mas com dez dimenses.Ele se partiu em dois fragmentos,nosso universode

    quatrodimensese outro deseis.O universodeu o saltoqunticoparaum novo,

    fazendocom que o de seisdimensesseencolhessee o de quatroseexpandisse.

    Essarpidadilatao,a dadaaltura,provocouo Big Bang- a GrandeExploso.

    Atualmente,pensa-seque, emvezde sero incio de tudo, issofoi na verdadeum

    choqueposteriorao colapsodo universode dezdimenses.

    Surgiramatagoracinco teoriasda "corda",queculminaramem suaunifica-

    ona teoriaM, de 1994. Esta,porm,s verdadeiraseexistiremonzedimen-

    ses.E os fsicos tericos j falam da possibilidade de uma dcima segundadimenso.

    Facea essasidiasmirabolantes(evidentementeno-testveis,pois impossvel

    medirdimensesmenoresqueo tomo),pareceriaqueumagrandeteoriaunificadora

    ouTeoriadeTudo foi encontrada- ou, pelomenos,umateoriasobreasorigensdo

    universo,a naturezadaspartculaselementareseasforasqueatuamsobreelas.Mas

    issoestariaaindamuito longede umaverdadeiraTeoriadeTudo, no ?

    UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA 35

  • 36 MEDICINA PSIONICA

    hconexesobjetivaseno-locaisnouniverso.Em palavrasmaissimples,quan-do duaspartculasorigindriasda mesmafonte entramemcontato,permanecemassimparasempre(comosesuasfunesde onda,umavezmisturadas,nomaisseseparassem).Portanto,duasdessaspartculas,mesmoapartadasporumadistnciagrandedemaisparaqueum sinalluminosotransiteentreelas,conti-nuarointeragindoeduasmedidaspoderoserrelacionadasinstantaneamente.H umainterconexono-local.DiversosexperimentosjconfirmaramoteoremadeBell.

    Issodeimportnciamonumental,poistodamatriaprovmdoBigBang,implicandoqueno nvelqunticoa esferafsicainteiraestinterconectada.

    O professorDavid Bohm,fsicotericoe discpulodeEinstein,escreveumuitoa respeitoda idiadeconexoe interconexo.Em seulivro O TOdoe aOrdemImplicada,propso conceitode"totalidadeindivisvel"comoaverda-deirarealidade.Nessestermos,o universonoseriaumconjuntodepartessepa-radas,aindaqueemparelhadas,masumacomplicadaredede "relaes"entrepartesdeumtodounificado.Bohmpostula,emsuma,queo universoobedeceaosmesmosprincpiosdoholograma,comtodaa informaoexistentecontidaemcadaumadesuaspartes.

    Segundoa teoriadeBohm,emboraosfenmenospareamdesconexoseiso-lados,issonopassadeumailusodenossapercepo.A verdadeirarealidadea"unidade",ondetodasascoisasseinterligameformamamesmaordemimplcita,apesardeosvnculosescaparemacuidadedenossossentidos.Portanto,o princ-pio daholografiapermeiaa natureza,4comoaspectodo universohologrfico.

    Em seulivro The WhisperingPond, o professorErvin Laszloafirmaque"oconceitobsico- o ponto alto- dasteoriasgenuinamenteunificadas ainterconexouniversal.Com efeito,aprpriapossibilidadedeumateoriadessasresidenadescobertadocampoque,nouniverso,ligariatomosegalxias,ratosehomens,crebroseespritos,transmitindoinformaodetodosparatodos".

    ocampo psiExisteminmerosparadoxosnascincias(fsicas,biolgicas,psicolgicasemes-mosociolgicas)quesimplesmentenopodemserexplicadosamenosqueaceite-mosumainterconexosutil.Somenteumcampouniversal,sejadequetipofor-um campodeinterconexo-, dariacontadetaisparadoxos.Mas qualpoderiasereondesesituaria?

    Na discussoacima,examinamosasidiasatuaissobreamatria.Agoradeve-mosconsideraro outroaspectoda realidade,isto, o espao.Por muitosanospensou-sequeo espaofosseapenasonada,ovcuo.A cinciadescobriuquenobemassim.O espao,naverdade,umplenum,querdizer,umespaopreenchi-

  • Notas

    1. A psiconeuroimunologia(PNI), chamadasvezesdepsiconeuroendocrinoimunologia(PNEI) umacinciaemdesenvolvimentoqueuneamente,ocrebro,oshormnioseo sistemaimunolgico.CandacePerr,umaneurocientistaquedescobriuo receptoropiato,fezpesquisaspioneirassobreo modocomoassubstnciasqumicasdenossoscorposestabelecemumacomunicaodinmicaentrea mentee o corpo.Como acomplexidadedo nomesugere,trata-sedeumadisciplinaquevematraindoespecia-listasdediversosramosdosaber.Ver"LeiturasRecomendadas".

    2. Mastaba:tumbainacabadaedecumeachatado,precursoradapirmideclssica.3. A expresso"sentidosparanormais",nestecontexto,refere-sesimplesmenteaosque

    estoalmdoscincoreconhecidos.VoltaremosaelesnocaptulosobreIntuio,Per-cepoExtra-sensorialeFenmenosPsi.

    doouquecontmalgumacoisa.Oscientistasagorafalamdelecomodeum vcuoquntico.

    O espaoestrepletodeconsidervelenergia,conhecidacomo"campopontozero"(CPZ). Paraalmdele,ousubjacenteaele,Laszlopostulaumcampofunda-mentaldo qualo CPZ seriaumamanifestao.Essecampo informacionalnosentidodequeregistratudoo queocorreemseuinterioreapresenta-seinteira-menteinterconectado., emconseqncia,hologrficoporquecadaparteestligadaa outra.Podeserchamado,commuitapropriedade,de holocampopontozerobaseadono vcuo.

    Laszlopressentiuquesemelhantenomenosoariamuitobeme, como"setrataaomesmotempodeum elementofundamentaldarealidadeedeum fatorqueentraemtodasasnossasinteraescomessarealidade,merecenadamenosqueumaletragrega".A letraqueeleescolheufoi o '1', ouPsi.

    A escolhadoPsinofoi aleatria.Ao faz-Ia,Laszlolevoutambmemconta

    queela"serefereaosfenmenospsietalvezosexplique.Isso,porm,ninharia:oholocampouniversalfazmuitomaisdoqueveicularalgumasvariedadesdeinfor-maoextra-sensorial;eletambmligaquantaeorganismos,crebroseespritos,povose culturas.O motivodo empregodo Psi vaialmda parapsicologia,dapsicologia,daneurofisiologiaeatdabiologiaou daecologia.Abarcaa fsicaeacosmologia,isto,o lequetotaldascinciascontemporneas".

    Em MedicinaPsinicans,rotineiramente,sintonizamosa energiado pr-prio indivduo,ou o seucampopsipessoal,a fim dedeterminara naturezadasdistoresenergticasqueo afetamfsica,emocionalepsicologicamente.Fazemosissopormeiodeumaamostraque,emboraremovidadopaciente,aindamantmcomelecontigidadeouselheassociagraasaosvnculosno-locaisquediscuti-mos.Tambmpenetramosno grandecampopsiqueErvinLaszlodescreveutoelegantementeesobreo qualescrevernoprximocaptulo.

    37UMA NOVA DIMENSO NA MEDICINA

  • 38 MEDICINA PSIONICA

    4. Teoriahologrfieadamente:teoriapropostaporKarl Pribram,daFaculdadedeMedi-cinadeStanford.ElepartiudaobrarevolucionriadeKarl Lashley,segundoa qual,quandoseremovempartesdocrebrodosanimais,podemprever-sedanossfunesdaviso,apetite,sono,etc.,masno memria.Pribramrealizoudiversosexperi-mentossobrepercepoe concluiuqueo crebro,aocodificarumaimagem,f-Iomaneiradeumholograma.Pesquisasposterioresrevelaramqueoutrossentidos,comoaaudio,o olfatoeo tato,tambmpodemserprocessadosholograficarnente.

  • A Hiptesedo CampoPsi:AlgumasConsideraes

    ProfessorErvin Laszlo

    1. Consideraes bsicas

    A hiptesequeaquiadiantamosbaseia-seno conceitoholsticodo mundo passvel

    de conhecimentocientfico.Segundotal conceito,a realidadeno divisvelem

    camadasou nveisdivergentes.Os fenmenosobservveisconstituemo resultado

    de um processode desenvolvimentoseqenciale ocasionalmenteno-linearque

    ligaa esferafsicabsicada realidadea outrasesferasemergentescomo asdavida,

    da mentee da sociedade.Em conseqncia,todos os fenmenospossuembase

    material,o queentretantonoacarretaareduodo fenmenodavidaedamente

    a merosprocessosfsicos.A hipteseexigeapenasque as leis fundamentaise as

    regularidadesque governama evoluodas diversasesferasda realidadesejam

    universais- isto , aplicveisigualmenteaosfenmenosfsicos,biolgicos,psi-

    colgicose sociais.Dessemodo, os fenmenosquesemanifestamno soreduzi-

    dosssuasorigensfsicas:o quesefazsubmetersuasinteraesa leiseprocessos

    universais(querdizer,interdisciplinares).

    1.1.INTERCONEXES NO ESPAO E NO TEMPO

    O mbito emprico da fsica,como aliso da biologia e dascinciashumanas,

    aindano foi totalmenteexplorado;algunsachadospermanecemanmalospara

    as teorias convencionais.Pareceque grande parte dessasanomaliasdeve-seainterconexesentrefenmenosque no solevadosdevidamenteem contapelas

    concepesvigentes.1 Por exemplo:Na jlsica, descobriu-sequepartculaselementaresem estadoquntico idnti-

    co apresentamno-localidade:estoinstantaneamenteconectadaspor distncias

    finitase possivelmenteconsiderveis.Ftons emitidosum por um interferemuns

    comosoutros guisade ondassimultneas;eltrons,em supercondutores,fluem

    39

  • 40 MEDICINA PSIONICA

    de uma maneiraaltamentecoerente,assumindofunesde onda semelhantes;e

    apresentam-seinstantneae no-dinamicamenteligadosnasconchasenergticasdos ncleosatmicos.

    Em biologiapareceque,quandomudanasno ambienteexigemgrandesalte-

    raesno plano adaptativoda espcie,essasmudanassoproduzidasoportuna-

    mentegraasa mutaesgenticasmaciaseperfeitamentecoordenadas- isto ,

    no-aleatrias.Alm dissoa morfologia,e mesmoa informaogenticadeesp-

    ciesmuito diferentes,exibemimpressionantesisomorfias,absolutamenteincrveis

    num processode mutaocasuale desconexa,e de seleonatural nos quadros

    cronolgicosconhecidos.

    Na esferada menteeconscincia,asatuaispesquisasindicam queo alcanceda

    experinciahumanaexcedeo tradicionalmenteatribudoaosrgosdossentidos

    e ao crebro.Em determinadascircunstncias,os indivduosparecemcapazesde

    lembraruma ou todasassuasexperincias;e svezescomo queafetamos estados

    mentale corporaluns dos outrosatravsdo espaoe do tempo.

    Essase outrasanomaliasafins sugeremque os fenmenosdasesferasfsica,

    biolgica e psicolgica esto sutil, mas efetivamente ligados. Dadas essas

    interconexes,podemoscompreendercomo asmicropartculasconsegueminfor-

    mar-sedo que sepassacom asoutrasdentro de certossistemasde coordenadas;

    como o genomados organismosvivos se associaaos aspectoscapitaisdo meio

    ambiente;e como o crebroe a mentehumanasecomunicamentresi indepen-

    dentementedo tempoe do espao.

    1.2.A NOO DE UM CAMPO INTERCONECTADO

    Algumasconexesligampartesdeelementosde um mesmosistema;outras,siste-

    masdistintosno tempoe no espao.Seessasconexesforemreaise no ilusrias,

    terodeserexplicadaspelosmesmostiposdeconstrutosaplicveisaoutrasformas

    de interao- gravitacional,eletromagnticae nuclear-, ou seja,por forasdetroca universais.2

    Na fsicacontempornea,asforasde trocauniversaiscostumamserinterpre-

    tadascomo camposclssicos.Contudo, em facedasanomaliasacimamenciona-

    das,os camposclssicosno podem explicaro tipo de interconexesexigidas:as

    conexesque sugeremso anmalascom respeitoa eles.Assim, o campo que

    amparae interconectafenmenosprovavelmenteno sernem o eletromagnti-

    co, nem o gravitacional,nemo nuclearforteou fraco.E noser,semdvida,um

    construtopuramenteconceptualcomo os camposde probabilidade(no-clssi-

    cos)da mecnicaquntica.Ao contrrio,o conceitomencionadodevereferir-sea

    um campofisicamenterealcom propriedadesnovase talvezno-clssicas.

  • 1.3. O VCUO FUNDAMENTAL COMO O LOCUS DO CAMPO MENCIONADO

    A hipteseaquiapresentadapostulaqueo citadocampodeconexoentretempoe espaoconstituium aspectoou manifestaodovazioquntico.No estamosnosreferindoaocampopontozero(CPZ) talqualcostumeiramenteentendido,masa um campofundamentaldequeo CPZ nopassadeumamanifestaoespecfica.Presume-seque,paraalmdo CPZ eletromagntico,o vcuofunda-mentalpossuioutras,emboraaindanointeiramentecompreendidas,manifesta-esquegeram,interalia,asforasde inrciaegravitao,bemcomoasforassutisqueinterligampartculasesistemasconstrudoscomoconjuntosintegradosnoespaoeno tempo.

    O motivode se consideraro vazioqunticocomoo locusdo campodeinterconexopodeserfacilmentejustificado.O vcuocosmicamenteestendidoo estadodeenergiamaisbaixadeum sistemado qualasequaesobedecemmecnicaondulatriae relatividadeespecial.No entanto,segundoainterpreta-oontolgica,vaimuitoalmdisso.ConformeassinalouPaulDirac,toda"mat-ria"criadaapartirdessesubstratoquepermeiao espao-tempoe,emsi mes-mo,imperceptvel.No patamarde1027erg/cm3,partculasquantificadasemergemdovcuoaospares:uma,energizadapositivamente,passaparao espao-tempo,enquantoaoutra,energizadanegativamente,permaneceno campo.A densidadeenergticadesta,conformeaestimativadeJohnWheeler,chegaa 1094erg/cm3,ouseja,cercade 1040maior(nodizerdeDavidBohm)doqueaenergiacontidanamatriado universoobservvel.

    A fsicacontemporneareconhecequeaspartculasseoriginamdo vcuoetemprovaexperimentaldemuitasdesuasinteraes.Porexemplo,sabe-sequeoCPZ do vcuocriaumapressoradiativaemduasplacasmetlicascontguas;entreasplacas,algunscomprimentosdeondadocampodevcuosoexcludos,reduzindoassimsuadensidadeenergticarelativamenteaocampoexterior.Issogeraumapresso- conhecidacomoefeitoCasimir- queempurraasplacasumacontraaoutra.Sabe-setambmqueo CPZ atuasobreoseltronsquegiramemtornodosncleosatmicos.Os eltrons"saltam"deum estadodeenergiaparaoutroeosftonsqueemitemexibemaalteraoLamb,umafreqnciaque,devi-dopresenadoCPZ, temseuvalornormalligeiramentemodificado.Almdis-so,parecequeostomosestveispersistemno espao-tempograasa interaescomo CPZ. O eltrondostomosdehidrognio,porexemplo,emiteconstante-

    menteenergiae,seo quantumdeenergiaqueabsorvedovcuonocompensasseaenergiaperdidaemvirtudedeseumovimentoorbital,aproximar-se-iacadavez

    maisdoncleo.Conseqentemente,aestabilidadedohidrognio,comodetodosostomosdouniverso,deve-seemparteainteraescomo CPZ.

    A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES 41

  • H decertointeraesde vcuoquntico que a fsicatericaortodoxaainda

    no reconhece,emboraalgunscientistasj tenhamespeculadosobresuaocorrn-

    cia. Em 1968,Andrei Sakharovaventouquea gravitaotalvezsedevessea pro-

    cessosdinmicosno vcuoquntico,empresenadamatria.3A hiptesefoi pos-

    teriormentedesenvolvida,primeiropor Jnos Lajossye depoispor LszlGazdag,

    guisade teoria"ps-relatividade".4Nessateoria,o vcuo um meio fisicamente

    real,inobservvelemsi mesmo,mascapazdeproduzir efeitosvisveis.Possuipro-

    priedadessuperfluidas,desorteque,movendo-seuniformementepor ele,osobje-

    tos no experimentamsuapresena- ao passoqueo movimentono-uniforme

    produz fricoe, portanto, efeitosobservveis.Na proximidadedavelocidadeda

    luz, issod nascenaa infinitudesrelativistas.

    Em meadosda dcadade 1970,Paul Daviese William Unruh apresentaram

    uma hiptesebaseadana diferenaentre movimento uniforme e aceleradono

    vcuo.O movimento uniforme mostrariao espectrodo vcuocomo isotrpico,

    enquantoo movimentoaceleradoproduziriauma radiaotrmicacapazde rom-

    pera simetriadirecional.O efeitoDavies-Unruhlevoualgunsfsicosa investigarse

    o movimentoaceleradono CPZ produziriaefeitoscumulativos.E essaexpectativadeu frutos.

    1.4. INRCIA E GRAVITAO COMO PRODUTOS DE UM CAMPO DE VCUO SECUNDRIO

    Uma descobertarecente,que diz respeitoaos efeitosda interaono vcuo, a

    demonstraorealizadapor BernhardHaisch,Alfonso Ruedae Harold Puthoff de

    que a inrciapode serum produto da interaoentrepartculascarregadase v-

    cuo.A seuver,a inrciasurgecomo uma foraLorentz baseadano vcuo,que se

    origina do nvel dassubpartculase cria oposio aceleraodos objetosmateri-

    ais.5O movimentoaceleradodosobjetosno vcuogeraum campomagnticoe as

    partculasqueconstituemosobjetossodesviadaspor essecampo.Quanto maior

    o objeto, mais partculascontm:conseqentemente,quanto mais acentuadoodesvio,maior a inrcia.

    A interpretaopropostapor Haisch, Ruedae Puthoff derivaa massainercial

    mi pelaconsideraode que,nossistemasestacionrioe demovimentouniforme,

    a interaode uma partculacom o CPZ resultanum movimentooscilatrioale-

    atrio. Partculascarregadasflutuantesproduzemuma dispersobipolar do CPZ

    parametrizadapelo coeficienteespectralde dispersoh(w),que dependeda fre-qncia.Em virtude dastransformaesrelativistasdo CPZ, emsistemasacelera-

    dosa interaoentreumapartculaeo campotomaumadireo:a "disperso"da

    radiaodo CPZ engendrauma fora de resistnciadirecional.Essafora pro-

    porcional e contrriaaovetordeaceleraono casosub-relativista.Possui,pois,a

    adequadageneralizaorelativista.6

    MEDICINA PSIONICA42

  • Todavia, se a massainercial nasceda interaoentreo CPZ e aspartculas

    carregadas,ento o princpio da inrcia-gravitaoexigeque tambm a massa

    gravitacionaltenhaa mesmaorigem.Nessecaso,a gravitaosetorna uma fora

    oriunda de interaesentre CPZ e carga,o que lembraa tesede Sakharov.Essa

    hipteseconvincente,aindaqueo tratamentorelativistageraldagravitaocomo

    curvaturado espao-tempofuncione muitssimo bem: possvelmostrar,diga-

    mos, que existeuma interpretaoanaliticamenteequivalentesegundoa qual a

    gravitao uma forageradapelo movimentode partculascarregadasno CPZ.

    A explicaoalternativabaseia-senaconstataodequeo componenteeltricodo

    CPZ faz aspartculascarregadasoscilare a oscilaod origema camposeletro-

    magnticossecundrios.Em resultado,uma dadapartculaexperimentatanto as

    foraseltricasdo campoponto zero,quea fazemoscilar,quanto asforassecun-

    drias,que so acionadasno campo por outra partcula. O campo secundrio,

    geradopelasegundapartcula, retroagesobrea primeira. O efeitobvio uma

    forade atraoentreasduaspartculas.Portanto,a gravitaono passade uma

    interaode longo alcanceentrepartculas,tal qual afora vanderWaals.7

    Levando-se em conta o princpio da equivalncia das foras inercial e

    gravitacional,asteoriasde inrciada interaoentreo vcuoe aspartculascarre-

    gadassustentam-seou ruemjuntas.Embora suscitemcontrovrsias,suasimplica-

    esem muito as recomendam.De fato, a gravitaoj no pareceuma fora

    misteriosaatuanteentredoiscorposlargamenteseparadosum do outro no tempo

    e no espao.Na fsica clssica,essafora passapor uma "aoa distnci' de

    ordem metafsica,masna relatividadegeral mediadapelageometriado espao-

    tempo. Embora no sesaibamuito bem como uma estruturageomtricapossa

    criar ou deslocarum campofisicamentereal,a menosque o vejamoscomo um

    meiodeespao-tempoetrico(visoparaa qualo prprio Einsteinseinclinou em

    seusltimosanos),decrerqueagravitaonopressupesemelhantemeio.Isso

    eliminaumaincmodaanomalia,pois,sea imensadensidadeenergticado vcuo

    fosseassociada gravitao(por intermdioda equivalnciarelativistade energia

    e massa),toda a massado universo imediatamenteregredirias dimensesde

    Planck. Na teoria alternativada interaoCPZ/carga, tal no pode ocorrer: o

    vcuono atuasobresi mesmo.A gravitaono dadano campodeponto zero

    na ausnciade matria;elas criadapelo movimentodaspartculascarregadas.

    Por conseqncia,seuvalor limita-sesmassasdessaspartculas,emvezde esten-

    der-se equivalnciade massade todasaspartculasde fora(bsons)no vcuo.8

    Vale notar que algumastentativasmatematicamenteelaboradasj referirama

    inrciae agravitao,tal qualo efeitoCasimirea alteraoLamb,a interaescom

    o campoponto zero do vcuo.Se essetrabalhocontemplarum fenmenofsico

    verdadeiramentefundamental,deverservistocomodescriodeum efeitogeralde

    A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES 43

  • reaono vcuo.A implicao a presena,no vcuo,deum campointerativofundamental.Dentrodo campodevcuoprimrio,parecequeseengendraumcamposecundrio,oqualproduzosfenmenosdainrciaedagravitao.A presen-tehipteseindicaqueoscampossecundriosgeradosnovcuonoselimitamaoCPZ comseusefeitosgeradoresde inrciaegravitao,masincluemum campono-eletromagnticocujoefeitoprimordialconsisteeminterligarpartculasnoes-paoeno tempo.A tesedocampodevcuosecundriono-eletromagnticopodeexplicartodaumagamadefenmenosinterconectados,inclusivemutaesadaptativasimportantesembiologia,almdeefeitos"transpessoais"detranscendnciadetem-poeespaonaesferadamenteedaconscincia.

    2. A base fsica do campo psi

    As partculaselementaresnosoentidadesclassicamentedistintas,maselemen-tosintegrantesdovcuofundamental,talqualosslitonssoelementosintegran-tesde um fluidocomcaractersticasno-lineares.O movimentono-uniforme

    dessaspartculasquebraa homogeneidadee a isotropiado vcuofundamental,engendrandocampossecundrios.Almdo CPZ eletromagntico,essescamposincluemo campono-eletromagnticoquechamaremosde campopsi. Ele noconsistedeondaseletromagnticasclssicas(transversais),masdeondasdecho-queescalares(longitudinais).9Seqnciasdeondasescalareschocam-see,pormeiodoshologramasdeSchrodingerresultantes,codificaminformaessobrealocaliza-oeo movimentodaspartculas(ousistemasdepartculas)queforamrespons-veispelasondas.lo

    MEDICINA PSIONlCA

    2.1.CONECTIVIDADE ESPACIAL POR INTERMDIO DO CAMPO PSI

    As ondasescalaresapresentamumavelocidadedepropagaopotencialmentesu-perior daluz:necessrionadamenosqueissoparaexplicaraquaseinstanta-neidadedealgumasformasdeinterconexo.Num artigodecisivo,publicadoem1903,E. T. Whittakermostrouqueondaslongitudinaiscomoasescalarespropa-gam-senumavelocidadefinitaquepodesermaiorqueadaluz.A velocidadedepropagao proporcional densidadedemassado meiono qualasescalaresocorrem.A densidadedemassadovcuorepresentao parmetrocorreto:eladefi-ne o potencialescalareletrostticolocal.Trata-sedeumaquantidadevarivel,maioremregiesadensadas,nosplanetase estrelasou pertodeles,e menornoespaoprofundo(variaodevidaaoaumentodaintensidadedefluxodovcuoemconseqnciado acmulodemassascarregadas).l1Assim,asescalaresviajammaisdepressanasregiesadensadasdovcuodoquenovazioprofundo,talcomoasondassonorasdepropagaolongitudinalatravessammaisrpidoum meiodensodoqueo ar.

    44

  • Igualmenteimportante,asfrentesdasondasescalareschocam-seemvezdesepermearem,cornoocorrecomasondaseletromagnticasclssicas.As frentesdasondasdechoquecodificametransmiteminformao,cornosefossemhologramas.Conseqentemente,ahiptesedocampopsiestabelecequeasondasgeradasnovcuopelomovimentodaspartculascarregadassoescalarese queos padresproduzidospor elassohologramasdeSchrdinger,constitudosporpadresdechoqueescalares.

    2.2.TRANSLAO ENTRE O MOVIMENTO DO ESPAO-TEMPO E O CAMPO PSI

    A interaodepartculascarregadasouconjuntosdepartculascarregadascomocampodevcuosecundrio(deestruturaescalar)podeserdescritacornournatransformaoFourierdemodupla.O campopsi codificaos coeficientesdasfrentesdeondasdechoqueescalaresproduzidaspelomovimentodaspartculascarregadas;emseguida,essainformao decodificadapelaspartculasou siste-masdepartculasemestadosisomrficos.

    As partculassemovemno espao-temporelativistae obedecemsleisdarelatividadegeral.Entretanto,asescalaresgeradaspor elasno campopsinosepropagamno espao-tempo,masnum domniosubjacentee essencialmenteespectralsemelhante,emboranoidntico, ordemimplcitade Bohm.Dessemodo,asescalarescriadaspelomovimentodaspartculasno camporepresentamumatranslaododomnioespcio-temporalparao domnioespectral:ouseja,omovimentodo espao-temposetransformaempadresdechoqueescalares.NatransformaoFourierinversa- dodomnioespectralparao espcio-temporal-,ospadresdechoquedocampopsirealimentamo movimentocorrespondentenoespao-tempo.(Aqui,concebe-seomovimentodoespao-tempocornomovimentonumespaoconfigurativodinmicoespcio-temporale noapenasconceitual.)Dadoqueastransformaesespectraisdo movimentoespcio-temporalconfigu-radorealimentampartculasanalogamentemveis- ouconjuntosanalogamenteconfiguradosdepartculas-, estesltimosso"informados"por seuprpriomovimentoespcio-temporalmenteconfigurado.

    Numaexpressometafrica,maspertinente,podemosdizerquea transfor-maoFourierprogressiva- domovimentodoespao-tempoparao campopsi- constituiurnaleituradoprimeironosegundo,oqueresultanaestruturaodovcuofundamentalcomospadresdechoqueescalaresdocampopsi.Na trans-formaoFourierinversa,essespadresremontama partculasou sistemasdepartculasno espao-tempo,seguindoum processoquelembraa rksleituradospadrespelaspartculascorrespondenteseseusconjuntos.

    45A HIPTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAES

  • 46 MEDICINA PSIONICA

    2.3. CONECTIVIDADE TEMPORAL NO CAMPO PSI

    A observaoj feitade que algumasformasde interconexoentrepartculase

    sistemasde partculaspersistemao longo do tempo implica a existnciade um

    "fator memria".Na hiptesedo campopsi, o substratode vcuodos objetos

    considerado o fator pertinente. Isso foi corroborado por prova experimental.

    Vladimir Poponin e colaboradoresdo Instituto deFsicaBioqumicadaAcademia

    Russade Cincias,e maistardeuma equipedo Instituto Heartmath,nosEstados

    Unidos, colocaramuma amostrademolculadeDNA numa cmaracom tempe-

    raturacontroladae submeteram-naa um raio faser. Notaram queo campoeletro-

    magnticoao redor da cmararevelavauma estruturaespecfica,maisou menos

    como a esperada.Mas notaramtambmquea tal estruturapersistiamuito tempo

    depoisde o DNA tersido removidodacmarade irradiaode faser. A impresso

    do DNA nocampocontinuavavisvelemborao DNA noestivessemaisl!Poponin

    e seuscolaboradoresconcluramqueumanovaestruturadecampoforaexcitadaa

    partir do vcuo fsico. O campo extremamentesensvel;pode ser excitadopor

    uma sriede energiasprximasa zero.O "efeitofantasma",dizemeles, a mani-

    festaode uma subestruturade vcuoatentodescurada.12

    Se o substratode vcuo geradono vcuopelo movimento das partculase

    sistemasdepartculasnoseatenuasignificativamentecom o tempo,a "informa-

    o" prestadapor ele funciona como memria:liga o presentedas partculase

    sistemasde partculascom seupassado.

    2.4. INTERAO DE SISTEMAS DE MACROESCALA COM O CAMPO PSI

    Se quisermosjustificar todo o leque de conexesintersistmicasanmalas,a

    interaocom o campo psi no poderlimitar-se a sistemasde microescalada

    ordemdaconstantedePlanck.Essaampliaodosefeitospostuladosde interao

    no vcuono exigeuma revisocompletados atuaisconceitosda fsica.Embora,

    nos sistemasde macroescala,as flutuaesdo nvel qunticosejamminimizadas

    por regularidadesde larga escalaobedientess leis dinmicas,a interaocom

    padresdeondasdechoqueaindaassimpodeacontecer.Em primeirolugar,sabe-

    sequeem populaesdepartculasasressonnciasPoincarsoamplificadas.Emsegundo,nosestadoscaticosou semicaticos,ossistemasde macroescaladepen-

    demmuito dacondioinicial. Issosignificasensibilidadesflutuaesambientais,

    que podemestender-sea padresondulatriossutisa propagar-seno vcuo.

    Partculase sistemasde partculasmostram-sesensveis,primariamente,aos

    seusprpriospadresondulatriosdo campopsi.No casodepartculasindividuais,

    a sensibilidade(e, portanto, o efeito interativomanifesto)limita-seaosgrausde

    liberdadedefinidospelo estadoquntico.No casode conjuntosde partculasem

    macroescala,porm, a sensibilidade definida pelo espaoconfigurativo tridi-

  • 3.1.O DOMNIOTRANSPESSOAL DA CONSCINCIA

    Psiclogose psiquiatras,bemcomoestudiososdosestadosmeditativo,fsicoeextticodaconscincia,descobriramquepessoasemestadosalteradosdeconsci-ncia(EACs) tmacessoa contedosde conscinciaqueescapamaossentidos

    3. Conexes transpessoais

    Antigamente,asinterconexesquetranscendiamoslimitesconhecidosdeespaoetempoatraamaatenosobretudodemsticosemetafsicos.A partirdemeadosdo sculoXX, no entanto,tambmalgunscientistasimpuseram-sea tarefadeencontrarexplicaesaceitveis.Entreeles,hbom nmerodeftsicos (desejososdeprovara no-localidadequnticae a possibilidadedo teletransporte),algunsbilogos (interessadosna emergnciasimultneada ordememvriasesferasdanatureza)eunsquantospsiclogosepsiquiatrtlS (embuscadaschamadasexperin-cias"transpessoais").Nesseponto,a prticae os conhecimentosdos mdicos ecuradores,incluindomembrosdestacadosdaBritishPsionicMedicalSociety,for-necempistassignificativas.

    47A HIPTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES

    mensionaldosistemacomoum todo.Nos termosdahiptesedocampopsi,emestadosdinamicamenteindeterminados,tpicosdo caos,ossistemasemmacro-escalaso"in-formados"pelatransformaoFourierdecampopsidesuaprpriaconfiguraoespacialtridimensional.

    A in-formaodesistemasemmacroescala,dotadosde padrespersistentesde choqueemisomorfiacomseuespaoconfiguracional,significaquemicro-partculase sistemasem macroescalasoconstantementein-formadospor seupassado.No entanto,essain-formaononecessariamentelimitadaaopassadodasentidadesemsi mesmas,porquantopartculasesistemasdepartculaspodemmostrar-sesensveisapadresondulatriosdecampopsiquenosoresquciosemformatodeondadeseuprpriomovimento,masrevelamisomorfiacomessesresqucios.Sealgunssistemasassumiremconfiguraesespaciaistridimensionaisidnticasouquaseidnticas,seromutuamentesensveisaosresquciosdecampopsi - e, portanto,in-formadospor eles.Podemosconcluirque,seestadosdepartculae configuraesespaciaissistmicassopraticamenteidnticos,entoain-formaotransmitidano campopsi no fardistinoentreambos.Conse-qentemente,a in-formaotransmitidano campopsigerarno-localidadeen-tremicropartculasquandopartculasqueantesassumiramestadosqunticosidn-ticossedesgarrarem.Conexesanlogasapareceroentresistemasdemacroescalaqueocuparemconfiguraesespaciaismuitoparecidas.Em virtudedavelocidadedaspropagaesondulatriasescalares,quesuperiordaluz,asconexesseropraticamenteinstantneas.

  • 48 MEDICINA PSIONICA

    corporais.Em taisestados,podemvir tonaimagensanmalas,elocues,itensdeconhecimento,lnguascompletase mesmosriesintricadasdeacontecimen-tos.StanislavGrof pesquisouos EACs durantequasequarentaanosdeprticaclnicae concluiuquetodoprocessono universo,objetivamenteobservvelnoestadonormaldeconscincia,podesersubjetivamentevivenciadonoestadoalte-rado.13Sustentouqueacartografia-padrodamenteprecisasercompletadacomelementosadicionais:ao usualdomnio"biogrfico-rememorativo"dapsique,devemosacrescentarum domnio"perinatal"eumdomnio"transpessoal".14

    3.2.CONEXES MENTE/CREBRO NO CAMPO PSI

    OS achadosdeGrofexigemexplicaoemtermosconsistentescomosachadosdanovafsica.A hiptesedocampopsi,conformeoprprioGrofsalientou,malevel:possuiumconceitodeinterconexotantoespacialquantotemporal.No quetocaaosfenmenostranspessoais,o que se desejaexplicar, principalmente,ainterconexotemporal:aaparentecapacidadederecuperarexperinciasremotas.A memriadeverestender-senoapenassexperinciasdapessoa,masmuitoalm.Essamemria"transpessoal"implicaqueoscontedosmemorizadossejamextra-somticos,envolvendoumprocessodecodificaoedecodificaodeinfor-maesno campopsieapartirdele.Maisprecisamente,consistenotrnsitodospadresde choqueescalaresentreo campodevcuosecundrioe a estruturacerebraltridimensional.O trnsitoocorrequandoopadrodinmicodeestruturaeatividadenocrebrodosujeitoequipara-seaumpadrodechoquepresentenocampo.Talpadropodesero indciodaatividadecerebraldoprpriosujeitoouodaatividadecerebraldeoutrapessoacujaestruturacerebralapresenteisomorfiacomadosujeito.

    A tesedequelembranasremotassoextradasdeummeioholograficamentecodificadod boamargem observao.Desdeos clssicosexperimentoscomanimaisdeKarl Lashley,reconheceu-sedeummodogeralqueamemrianosesituanotecidocerebral,masdistribui-seporvastasreasdocrebro.SegundoKarlPribram,asprincipaisregiesdocrebroparecem-secomfragmentosderecepto-reshologrficos.Quantoevocao,possuisemdvidapropriedadeassociativa:semprequeum fragmentodeinformaoregistradaapresentadoateno,eleagecomoumrecursomnemnicopararecuperarumvastolequedeinformaesassociadas(emconsistnciacomo fatodeque,numholograma,qualquerparteincluiatotalidadedainformaoregistrada).Em terceirolugar,aevocaoconsis-tenumconjuntocomplexodedados(visuais,acsticos,relacionais),muitasvezesnaformadesriesdedadosquevariamcomotempo("lembranasmovedias"),oqueapontaparamecanismosparecidosaosdaholografiamltipla.Finalmente,otempodeacessonocrebronoserelacionaaotempodevarreduradasexperin-

  • 3.3.IMPLICAES NA MEDICINA PSINICA

    Os efeitostranspessoaistmimplicaessignificativasnamedicina,conformefi-coudemonstradopelaexperinciaeprticadaSociedadeMdicaPsinica.Quan-doaconscinciadomdicoseconcentranosestadoscorporaisdopaciente,comoauxliodeumaamostraorgnica(testemunha)deste,obtm-seinformaosobresuacondiofsicaatual.Issopermiteaomdicodiagnosticardisfunesepres-creverremdios.Dadoqueainformaolembrana,disfunesantigas(miasmas)remontandoaprogenitoreseoutrosindivduoscomespaossemelhantesdecon-figuraocorporaltridimensionaltambmpodemserdiagnosticadase tratadas.O fenmenocondizcomumachadobsicoreferenteaosfenmenostranspessoais:a informaotransmitidanosesujeitaslimitaesdo espaoedo tempo.Nahiptesedo campopsi,aconectividadequaseinstantneaelocalmenteindepen-denteexplica-sepelavelocidadedapropagaoondulatriaescalar,superiordaluz,nocampodevcuono-eletromagnticosecundrio,aopassoquearecupera-odeinformaoremotaasseguradapelapersistnciatemporaldospadresdeondasdechoquenocampo.

    O examesatisfatriodabasefsicadosfenmenospsinicosexigeanlisemaisamplae profunda.A hiptesedo campopsi,aquiesboada,ofereceumabaseslidadepesquisa.

    ciasarmazenadas,masdependesobretudodo nveldeatenodo sujeitoe daintensidadeemocionalqueacompanhaa lembrana.

    Em conseqncia,a hiptesedo campopsi indicaquelembranasremotasenvolvema recuperaode informaoarmazenadasoba formade choqueondulatriono campoambiente.A evocaotranspessoaldeve-se,portanto,coincidnciadaestruturacerebraldo indivduocomadeoutrapessoa,prximaoudistante,vivaoumorta.O efeitosemanifestadevidopossibilidadeaumenta-dadequeaestruturacerebraldosujeitoseequiparedeoutrem.Essa"probabili-dadedeequiparao"crescecomo nmerodepessoascujocrebrotrabalhedemodosemelhante.Um grandenmerodeatividadescerebraisde determinadotipotornaprovvelqueumcrebrocapteosindciosondulatrioscodificadosnocampopelocrebrodeoutrapessoa.Quandoalgumcaptaumatransformaocoincidente,recuperao aspectocorrespondentedaexperinciaalheia.Em resulta-do,o itemdeexperinciacorrespondentesurgenaconscinciadaprpriapessoa.

    A equiparaoentreosujeitoeoutrapessoapareceintensanocasodegmeosidnticos(o fenmenoda "dorgmea")e provavelmentepodeserinduzidaporvnculospessoaisestreitos(comoentremee filhos,maridoseesposas,amantes,etc.)ouporintencionalidade("envio"propositaldepensamentosou imagensnosexperimentostelepticos).

    49A HIPOTESE DO CAMPO PSI: ALGUMAS CONSIDERAOES

  • 3.4. CONCLUSES

    Fenmenosanmalos luz da cinciaortodoxasugerema existnciade conexes

    temporaise espaciaissutis, mas efetivas,entre as entidadesdo mundo real em

    todos os principais camposde pesquisa:fsico, biolgico e psicolgico.Os acha-

    dospressupemum meio de interconexofsica,um campocom propriedadesde

    transcendnciado espao-tempocorrespondentes.A hiptesedo campopsi pos-

    tula essecampo.Note-sequea interaodepartculascom o vcuocriafrentesde

    ondasdechoqueescalares(hologramasdeSchrodinger)querealimentamaspart-

    culasnos mesmos(ou anlogos)estadosqunticos,e aossistemasde macroescala

    nasmesmas(ouanlogas)configuraesdeespaotridimensionais.Em conseqn-

    cia,partculasqueantesocupavamidnticosestadosqunticos(esistemasdemacro-

    escalaque antesassumiamidnticasconfiguraesespaciais)continuama serin-

    formadospor seupassadocomum. Como a realimentaoocorre a velocidades

    superiores da luz, temosaqui uma basefsicaparauma sriede interconexes

    anmalas,inclusiveasqueligammicropartculas,organismosvivos- eo crebroe a conscinciados sereshumanos.

    Referncias

    1. Paraum relatopormenorizado,verErvin Laszlo,Th( Creativ( Cosmos,Edimburgo,FlorisBooks,1993;Th( lnt(YconnectedUniv(YS(,CingapuraeLondres:WorldScientific,1995; Th( WhisperingPond, Rockport,ShaftesburyeBrisbane,1996.

    2. ErvinLaszlo,"Is mereaninterconnectingfield?",Scienu Spectra5(1998),70-71.3. A. Sakharov,"Vacuumquantumfluctuationsin curvedspaceand the theoryof

    gravitation",Sovi(t Physics- Dokiamy, 12,11(1968).4. LszlGazdag,A R(iativitsElmletenTl ("AlmdaTeoriadaRelatividade"),Szenci

    MolnrTrsasg,Budapeste,1995;"Superfluidmediums,vacuumspaces",Sp(cuiationsin Scienu and uchnology,vol. 12,1, 1989;e "Combiningof megravitationalandelectromagneticfields",ibid., vol. 16,1, 1993.

    5. BernhardHaisch,AlfonsoRuedaeH. E. Puthoff,"Inertiaasazero-point-fieldLorentzforce",PhysicalRevi(WA, 49.2(fevereirode1994);AlfonsoRuedaeBernhardHaisch,"Inertiaasreactionof thevacuumto acceleratedmotion",PhysicsL(tt(YSA, 240(30demarode1998).

    6. BernhardHaischeAlfonsoRueda,"The Zero-PointFieldandmeNASA Challengeto CreatemeSpaceDrive",Joumal ofScientificExploration,vol. 11,n 4 (invernode1997).

    7. A interpretaosugeridapor Pumoffet aL consisteemduaspartes.Na primeira,aenergiadasoscilaesultra-relativistas,chamadasdeZitt(rb(W(gungporSchrdinger,equivalemassagravitacionalm divididapor t!.Excetono casodeumfator2, isso

    K

    criaumarelaoentremassagravitacionale parmetroseletrodinmicosidnticosmassainercialacimapostulada,m,.Todavia,Puthoff (t aL mostramquea massagravitacionalm deveriaserreduzidapor um fator2, obtendo-seassimumaestrita

    K

    equivalnciaentrem;e m, entreforasdegravitaoe inrcia.A segundaparteda

    50 MEDICINA PSIONICA

  • anlisedePuthoffderivaumaforadeatrao,dequadradoinverso,dainteraodevanderWaalsentredoisbipolososcilantes.Essaanlise reconhecidamenteincom-pletae exigeum desenvolvimentotericonosquadrosde um modeloplenamenterelativista.

    8. No tocante inrcia,astentativasacimaprocuramderivarasequaesclssicasdomovimentodasequaesdaeletrodinmicadeMaxwell,considerandoa inrciacomoumaespciedeforadeempuxoeletromagntica,dependentedaaceleraoemvirtu-dedascaractersticasespectraisdo campopontozero.Aqui, o conceitodeeletrodin-micaestocstica(EDE) do vcuo muitomaispertinentequeo conceitousualdeeletrodinmicaquntica(EDQ). Entretanto,trabalhosemcursoindicamquediscre-pnciasentreEDE e EDQ nosoirremediveis,desortequealgumdia talvezseprovequeasduasabordagensgeramresultadosabsolutamenteidnticos.

    9. Mais detalhesnaobrado autor Thr IntrrconnrctrdUnivrru,op.cito10. As escalares,ao contrriodasondasluminosase sonorasclssicas,nosatisfazem

    equaode d'Alembert,cujacaractersticamarcante a ocorrnciade um segundotermo(derivadodotempo)daamplitudedeonda.Em geral,essetermoconseqn-ciadaspropriedadesinerciaisdamatria.Contudo,num campodeforadestitudode massacomoo vcuoquntico,taispropriedadesno seaplicam.Conseqente-mente,asondasdevcuOpodemserrepresentadaspor equaesfundamentaisquecontenhamapenastermos(derivadosdo tempo)de primeiraordem.Existes umtipodeequaesassim,governandopropagaesondulatriaslineares:asequaesdeondadeSchrodinger(cf. Thr IntrrconnretrdUnivmr,op. cit.).

    11. E. T. Whinaker, "an the partialdifferentialequationsof mathematicalphysics",MathmzatischrAnnalm,57 (1903),333-355.

    12. P.GariaeveV. P.Poponin,"VacuumDNA phantomeffectin vitro andits possibleracionalexplanation",Nanobiology(1995).

    13. StanislavGrof, ThrAdvmturr ofSrlfdiscovrry,Albany:The StateUniversityofNewYork Press,1988.

    14. StanislavGrof, ThrAdvmturrofSrlfdiscovery,op.cit.,xvi.

    A HIP6TESE DO CAMPO PSI:ALGUMAS CONSIDERA6ES 51

  • Medicina Ortodoxa-

    Do SistemaFilosfico Cincia

    ofilsofodevecomearpelamedicinaeo mdicodeveterminarpelafilosofia.

    - Aristteles

    AMedicina Psinica, sobretudo,umaabordagembaseadana energia.Noentanto,abebera-seamplamentena medicinaortodoxa. Cabe levarisso

    em conta,pois nosetratade umavisoalternativae sim de umaexten-

    sodo temaao campodaenergia.Em conseqncia,nadamaisapropriadodo que

    acompanharo desenvolvimentoda medicinaortodoxadesdesuasorigens,comosistemafilosfico, atseusatuaisfundamentoscientficos.

    Breve histria da medicina

    Desdetemposimemoriais,o homemexcogitoumeiosde assistiros doentesbase-

    ando seustratamentosnascrenasda poca.A partir de indcios arqueolgicos

    sabemosque, para o homem primitivo, a vida eragovernadapor espritostanto

    hostisquanto benevolentes.As doenasou osdistrbioseramatribudosposses-sodemonaca,sendotratadoscom ritos mgicos,usode amuletose talismsou,

    svezes,tcnicasprimitivasde trepanao(aberturade um orifcio no crni