dtas(higiene e legislação dos alimentos)

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DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA) Faculdade Estácio de São Luís Coordenação do Curso de Nutrição Profª Hérika Polyana S. Martin Rabêlo

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  • DOENAS TRANSMITIDAS

    POR ALIMENTOS (DTA)

    Faculdade Estcio de So Lus

    Coordenao do Curso de Nutrio

    Prof Hrika Polyana S. Martin Rablo

  • CONCEITO DTAs

    So todas as ocorrncias clnicas

    decorrentes da

    contaminados por

    ingesto de al imentos ou gua

    microrganismos

    patognicos, por substncias qumicas ou que

    sejam compostos por estruturas naturalmente

    txicas.

    (SILVA JUNIOR, 2005)

  • CONCEITO DE SURTO

    Quando duas ou mais pessoas apresentam

    sintomas clnicos semelhantes depois de

    ingerirem alimentos de mesma procedncia.

  • CONCEITO DE CASO DE DTA

    Uma pessoa afetada depois do

    consumo de alimentos. Um surto de

    DTA pode envolver um nmero

    varivel de casos.

  • Nos

    alimentos

    surtos de

    envolvidos

    DTAs, os

    com mais

    freqncia so os de origem animal.

    ALIMENTOS FREQUENTEMENTE

    ENVOLVIDOS

  • Pesqui sa do Ministrio da Sade (MS) divulgada na revista eletrnica Fantstico no dia 31/08/08, apontou os principais alimentos envolvidos nas DTAS:

    Ranking dos alimentos que mais causaram DTAS,

    1) Ovos mal cozidos ou crus (maionese caseira) 2) Alimentos mistos (lasanhas, panquecas) 3) Carnes vermelhas 4) Sobremesas 5) gua 6) Alimentos compostos (po com queijo) 7) Leite e derivados 8) Carne de aves 9) Farinceos

    10) Legumes e verduras 11) Pescados 12) Bebidas 13) Frutas

  • Locais onde mais ocorrem os casos DTAS:

    1) Residncias 2) Restaurantes

    3) Insti tuies de ensino

    4) Refeitrios

    5) Outros

    6) Festas

    7) Unidades de sade

    8) Ambulantes

    Pesqui sa do Ministrio da Sade (MS) divulgada na

    revista eletrnica Fantstico no dia 31/08/08, apontou os principais alimentos envolvidos nas DTAS:

  • Indisposies e doenas: de leve at a morte

    Para a empresa

    Prejuzo por perda do produto Divulgao pela mdia

    Custos hospitalares

    Custos com processos, multas e indenizaes Fechamento da

    empresa

    Perda de mercado

    Para o consumidor

  • Correio Brasiliense, 15/01/2003 Jornal O GLOBO, 17/08/2002

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  • A notificao de DTAs no Brasil compulsria:

    Portaria 1461, artigo 2 M.S. de 22/12/1999.

    Todo e qualquer surto ou epidemia, assim como a ocorrncia de agravo inusitado,

    independente de constar na lista de doenas de

    notificao compulsria, deve ser

    notificado, imediatamente s Secretarias

    Estadual e Municipal de Sade e Fundao

    Nacional de Sade (FUNASA)

  • PANORAMA EPIDEMIOLGICO

    NO BRASIL

  • CLASSIFICAO

    DAS DTAS

  • ALIMENTO

    Resulta da ingesto de alimentos

    contendo microrganismos patognicos

    (vrus, bactrias, parasitas) que se multiplicam no

    trato gastrointestinal, produzindo toxinas ou

    agredindo e epitlio.

    Strepto co cc us e

    INFECO TRANSMITIDA POR

    Ex.: Salmonella sp, Shigella sp, vrus da

    hepatite A, Escherichia coli,

    Trichinella spirallis .

  • Ocorre quando toxinas de bactrias ou de

    bolores e esto presentes (pr-formadas) no

    alimento ingerido.

    Ex.: Clostridium

    Staphylococus aureus,

    INTOXICAO (TOXINOSE) CAUSADA

    POR ALIMENTO

    botulinum,

    Bacillus cereus

  • conteenndo

    TOXI-INFECO

    CAUSADA POR ALIMENTO

    microrganismos que produziro ou liberaro

    toxinas ao esporular.

    Ocorre colonizao e ao de toxinas.

    Ex.: Vibrio cholerae e Clostridium

    perfringens, Bacillus cereus.

    Resulta da ingesto de alimento

    uma determinada quantidade de:

  • INTOXICAO QUMICA

    Decorre da ingesto

    qumicas nos alimentos,

    de substncias

    como pesticidas,

    raticidas, resduos de drogas veterinrias, metais

    pesados (mercrio, chumbo), micotoxinas,

    toxinas de algas, aminas biognicas (histamina).

  • A decompo sioo que

    inocuidaadde dos

    possa resultar

    em ameaa

    alimentos deve ser tratada como um

    perigo biolgico e ser evitada ou

    controlada por um programa HACCP.

  • CAUSADDOORRAS DE DTA

    ALGUMAS BACTRIAS

  • Habitam o trato intestinal do homem e dos animais, exceto dos peixes, moluscos e crustceos que podem se contaminar aps a pesca ou pela poluio das orlas com dejetos humanos ou de animais. Vegetais cultivados em solo com esterco animal ou de humanos ou i rrigados com gua contaminada.

    Salmonella typhi: bacteremia e febre tifide (fezes com muco, pus e sangue; hipotenso, choque e morte)

    Dose infectante: menor que 15-20 clulas

    PI: 12 a 36 horas

    Salmonella spp.

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  • Sintomas: nuseas, vmitos, clicas

    diarria, calafrios, febre e dor de cabea.

    Conseqncias crnicas: si Sintomas de

    abdominais,

    artrite que

    podem surgir de 3 a 4 semanas aps o incio dos

    sintomas agudos.

    Alimentos associados: carnes, frango, ovos, leite e

    laticnios, pescado, camaro, patas de r, molhos e

    temperos para saladas, misturas para bolos,

    sobremesas a base de creme, chocolate, pimenta do reino.

    Salmonella spp.

  • Medidas de controle:

    aquecimento do alimento at atingi r uma temperatura

    suficiente para eliminar a bactria, de 65 a 74C (149 a

    165F);

    conservar os alimentos em temperaturas inferiores a

    5C (41F);

    prevenir a contaminao cruzada aps o cozimento

    mani pulao de alimentos.

    Salmonella spp.

    evi tar que pessoas com si ntomas de

    salmonel ose ou portadores trabal hem com

  • Shigella spp.

    Encontrada no trato intestinal de humanos e em

    guas contaminadas com fezes humanas.

    A disenteria bacilar ou shiguelose varia desde formas

    assintomticas ou subclnicas at uma forma txica

    severa.

    Dose infectante: de 10 a 100 clulas.

    Sintomas: dor abdominal, clicas, diarria, vmito.

    Nos casos mais severos: desidratao, fezes com

    sangue, pus e muco, tenesmo (dor intestinal), febre,

    ulcerao da mucosa intestinal e sangramento retal.

    PI: 1 a 7 dias

  • Alimentos

    camaro, macarro

    associados: saladas

    e frango),

    (batata,

    vegetais

    atum,

    crus,

    l ati cni os e aves.

    Outras fontes de contaminao: guas pol udas

    com dejetos e hbitos

    mani puladores de alimentos.

    no hi ginicos dos

    Shigella spp.

  • Medidas de controle:

    evitar a contaminao dos suprimentos de gua com

    dejetos humanos;

    higiene pessoal

    boas prticas de higiene, limpeza e sanitizao

    adequadas no processamento de alimentos.

    Shigella spp.

  • Escherichia coli um habitante

    normal do intestino de todos os

    animais e do homem.

    indicador de contaminao

    fecal.

    Escherichia coli

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  • Escherichia coli

    Entero-hemorrgica (EHEC)

    sorotipo O157:H7

    Acomete preferenci almente crianas e i dosos

    Sintomas: clicas severas (dor abdomi nal) e di arria que i ni cialmente aquosa mas depois se torna

    sangui nolenta. Pode ocorrer vmi to. A febre baixa ou

    ausente.

    A doena pode levar perda permanente da funo renal .

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  • Escherichia coli

    Entero-hemorrgica (EHEC),

    sorotipo O157:H7

    Dose infectante: desconhecida

    PI: 3 a 9 dias

    Alimentos associados: de origem animal (carne bovina moda crua ou mal cozida: hambrguer,

    produtos lcteos, principalmente o leite cru)

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  • Escherichia coli

    Enteroinvasora (EIEC) Acomete j ovens e adul tos

    Sintomas: clica abdominal, diarria, vmito,

    febre, calafri os e mal estar generalizado, cefalia.

    Dose i nfectante: menor que 10 organismos

    PI: 8 a 44 horas

    Alimentos associados: alimentos contaminados

    com fezes de pessoas doentes, di retamente ou

    atravs de gua contaminada.

    Os surtos tm si do associados com

    hambrguer e l ei te no pasteuri zado.

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  • Acomete recm-nascidos e lactentes.

    Sintomas: diarria i nfantil aquosa, com muco, dores abdomi nai s, vmitos, cefalia, febre, desi dratao,

    desequi lbrio de eletrlitos e morte .

    Dose i nfectante: semelhante a outros col onizadores (mai or que 106).

    PI: 12 a 72 horas

    Alimentos associados: gua, carnes em geral , em especial frango cru

    Escherichia coli

    Enteropatognica (EPEC)

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  • Escherichia coli

    Enterotoxignica (ETEC)

    Causadora da diarria dos viajantes ou dos turistas e

    diarria i nfantil .

    Dose i nfectante: rel ati vamente alta (100 mil hes a 10

    bil hes de bactrias)

    PI: 8 a 72 horas.

    Alimentos associados: alimentos de origem animal e

    vegetal, gua contaminados com materi al fecal.

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  • Medidas de controle:

    aquecer os alimentos entre 65 e 74C

    manter os alimentos em temperatura i nferi or a

    5C

    evi tar a contaminao cruzada

    no permiti r que pessoas i nfectadas trabalhem

    com alimentos.

    hi giene pessoal, das instal aes e de equi

    pamentos

    Escherichia coli

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  • Sua patogeni ci dade mui to discuti da.

    A. hydrophila e A. sobria causam dois ti pos de

    diarria, uma semel hante ao clera, com di arria aquosa e febre moderada e a outra semel hante disenteria causada por Shigella, apresentando muco e sangue nas fezes.

    Alimentos associados: gua de beber e mariscos,

    frango e carne vermel ha, vegetais e l eite cru.

    Aeromonas

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  • Aeromonas

    Medidas de controle:

    saneamento bsico adequado

    cozziimeento aadeequaaddo dos alimentos,

    preveno da contaminao cruzada,

    boas prticas de higiene ambientaal e

    pessoal e sanitizao.

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  • Difundi do na natureza. As fontes de contaminao so o solo e poeiras, trato i ntestinal de animais e

    de seres humanos. Cereais e gros. Hortalias.

    Formador de esporos.

    Formas de gastroenterite: Ti po diarrico

    Sintomas da i ntoxicao alimentar diarria aquosa, clicas abdominais

    di arrica:

    e dor,

    nuseas. Vmitos raros e no ocorre febre.

    Alimentos associados: carnes, lei te, vegetais cozidos, pescado, brotos de vegetais crus, feijes.

    PI = 1 a 22 horas

    Bacillus cereus

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  • Tipo emtico

    Produz enterotoxi na

    Si n tom as d a i n tox i c a o a l i m en tar em t i c a: nusea e vmito, diarria rara e no h febre.

    Mesclas de alimentos como mol hos, pudi ns, sopas, produt os de pastel aria e saladas.

    Dose i nfectante: mais que 106 /g

    PI: 1 a 6 horas

    Bacillus cereus

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    Alimentos associados: produtos

    de arroz, outros

    alimentos amilceos, batata, pastas e queij o.

  • Medi das de controle:

    adoo de medi das efetivas para eli mi nar esporos,

    evi tar a germi nao de esporos em alimentos

    cozidos mantendo-os sob refrigerao

    Evitar o preparo de alimentos com muita antecedncia

    Evitar manter alimentos cozidos temperatura ambiente

    Resfriar, cozinhar, manter aquecido e reaquecer

    adequadamente

    Bacillus cereus

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  • Formador de esporos termorresistentes.

    Produtor de uma potente neurotoxi na que formada

    durante o crescimento do microrganismo.

    Anaerbio desenvol ve-se em embalagens a vcuo ou

    com atmosfera modi ficada.

    O organismo e seus esporos esto distribudos no solo,

    guas ambientais, i ntestino de herbvoros e peixes.

    Clostridium botulinum

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  • Categorias de botulismo humano:

    Botulismo de origem alimentar ingesto de alimentos contaminados com a toxina botulnica

    pr- formada.

    Botulismo infantil ingesto de esporos que germinam, colonizam e produzem neurotoxina no

    intestino de crianas com menos de 6 meses de idade.

    Botulismo por ferimento esporos que contaminam leses e produzem toxina no local.

    Clostridium botulinum

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