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Universidade Federal de Juiz de Fora –
Economia e a Estruturado Setor de Saúde Brasileiro
Eduany W. S. Callegaro
Res. Gestão Hospitalar – HU/UFJF
E-mail: [email protected]
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OMS
“Desenvolver - ao máximo possível - o nível de saúde de todos os povos.”
•Monitoramento;
•Apoio técnico;
•Normatização;
•Regulamentação;
•Políticas públicas;
•Indicadores, etc.
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OMS
“Saúde é o completo estado de bem estar físico,
mental e social e não meramente a ausência da
doença.”
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O Cenário da Saúde no Brasil
Sistema de saúde pluralista em termos institucionais, de fontes de financiamento e
de modalidades de atenção à saúde
(i) o Sistema Único de Saúde (SUS), de acesso universal, gratuito e financiado
exclusivamente com recursos públicos (impostos e contribuições sociais);
(ii) o segmento de planos e seguros privados de saúde, de vinculação eletiva,
financiado com recursos das famílias e/ou dos empregadores, composto por 1.174
operadoras de planos de assistência médico-hospitalar e 427de planos
exclusivamente odontológicos (BRASIL, ANS, 2012).
(iii) o segmento de atenção aos servidores públicos, civis e militares e seus
dependentes, de acesso restrito a essa clientela, financiado com recursos públicos
e dos próprios beneficiários, em geral atendidos na rede privada;
(iv) o segmento de provedores privados autônomos de saúde, de acesso direto
mediante pagamento no ato (RIBEIRO et al, 2005).
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USO IRRACIONAL (CMg = 0)
O uso irracional dos serviços de saúde deriva tanto do comportamento do
médico quanto do comportamento do usuário. Essas distorções levam aoaumento dos gastos e a perdas de eficiência das políticas de saúde.
Nesse contexto, um dos princípios básicos da economia da saúde é o de
adotar medidas racionalizadoras que propiciem redução de custos semque ocorram impactos negativos nos níveis de saúde.
Algumas medidas racionalizadoras: forma de pagamento dosmédicos, taxas moderadoras, co-pagamento, tetos máximos e etc.
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SUBFINANCIAMENTO DO SUS
As evidências internacionais mostram que todos os países que estruturaramsistemas universais de saúde, apresentam uma estrutura de financiamento em queos gastos públicos em saúde são, no mínimo, 70% dos gastos totais em saúde.
Por exemplo: Alemanha, 76,8%; Canadá, 71,1%; Itália, 77,6%; Holanda, 84,8%,Noruega, 85,5%; Reino Unido, 83,2%.
No Brasil, o gasto público como porcentual do gasto total em saúde é de, apenas,47%, inferior aos 53% que constituem o percentual de gastos privados em saúde.
Em geral, a segmentação dos sistemas de saúde se dá quando os gastos públicossão inferiores a 50% dos gastos totais em saúde.
Nos Estados Unidos, país emblemático do sistema segmentado, esse valor é de48,2%, bem próximo ao gasto público brasileiro.
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SUBFINANCIAMENTO DO SUS
A proposta avançada do SUS – que tem por princípios a
atenção universal, a equidade e a integralidade da atenção à
saúde –, sem a garantia de recursos, não se sustenta.
O subfinanciamento da saúde pública, por um lado, e o
excesso de incentivos governamentais para o mercado privado
de saúde, por outro, contribuem para que a participação do
gasto público com no gasto total com saúde seja menor que o
gasto privado, transformando o Brasil no único país com
sistema universal de saúde onde o gasto privado supera o
público.
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ELEVAÇÃO DOS GASTOS COM SAÚDE
“Há no mundo, uma tendência no aumento dos gastos com saúde. Esse
fenômeno é consequência, entre outros motivos, da elevação do padrão
de vida da sociedade e da introdução de novas e melhores técnicas
médicas. A elevação do padrão de vida da sociedade implica o
envelhecimento populacional que leva ao aumento da frequência de
utilização dos serviços médicos normalmente de maior complexidade. As
novas técnicas médicas geram demanda por serviços que não existiam
no passado e a possibilidade de tratamento de males antes intratáveis.Ambos levam a elevação das despesas médico-hospitalares”
(CECHIN, 2008, p.46)
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CAUSAS
- Extensão horizontal da cobertura (universalização
do acesso);
- Extensão vertical da cobertura (diversificação de
especialidades);
- Transição epidemiológica (doenças
infecto-parasitárias coexistem com doençascrônicas degenerativas)
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CAUSAS
- Aumento da procura por serviços de saúde, devido à
campanhas educativas.
- Envelhecimento da população;
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ECONOMIA DA SAÚDE
Brasil – 1989 – ES foi institucionalizada com a criação da ABRES (Associação Brasileira de
Economia da Saúde) http://www.abresbrasil.org.br/
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ECONOMIA – DEFINIÇÃO
Samuelson – "Economia é o estudo de como os homens e
a sociedade decidem empregar recursos produtivos
escassos, que poderiam ter aplicações alternativas, para
produzir bens/serviços.”
A aplicação do conceito de Economia, no setor saúde, é direta.
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ECONOMIA DA SAÚDE – DEFINIÇÃO
A Economia da Saúde é o grande encontro das áreas
profissionais – Economia e Saúde. É a aplicação do
conhecimento econômico ao campo das ciências da saúde,
no intuito de otimizar as ações em saúde, ou seja, a busca
por condições ótimas de alocação e distribuição dos recursos
disponíveis para proporcionar à população a melhor
assistência à saúde e o melhor estado de saúde possíveis –
levando em conta recursos escassos para atender a
necessidades ilimitadas.
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CONFLITOS – ECONOMIA e SAÚDE
•Ciências da saúde: concentra-se fundamentalmente na
ética individualista, segundo a qual a saúde não tem preço
e uma vida salva justifica qualquer esforço;
•Economia da saúde: fixa-se na ética social e do bemcomum - social.
A ES não trata de mais uma forma de conter custos, mas
de alocar os recursos disponíveis e escassos de forma
racional para maximizar os benefícios para a sociedade.
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CONFLITOS – ECONOMIA e SAÚDE
Os economistas puros precisam esforçar-se para entender
o campo da assistência à saúde.
Unidades de saúde não são apenas organizações distribuidoras de bens e serviços.
Assistência à saúde significa, também, auxiliar seres
humanos a ultrapassar dificuldades e inconvenientes da
vida, o que é quase impossível de traduzir em números.
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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:
-É possível diminuir o custo dos serviços e manter a
qualidade dos mesmos?
-Como é o comportamento da demanda e oferta de
serviços em saúde?
- Como financiar os gastos com saúde?
- Quanto um país deve gastar com saúde?
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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:
- Quais as necessidades de saúde da população?
- Quais as necessidade regionais de saúde?
- Quais são as prioridades?
- É preferível prevenir a curar em que condições?
- Quando e onde deve ser construído um hospital?
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A ES BUSCA RESPOSTAS PARA:
-Qual a melhor combinação de pessoal/tecnologia para
produzir o melhor serviço?
- Etc.
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ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE
São Unidades de diferentes densidades tecnológicas, prestado-
ras de ações e serviços de saúde que integradas por meio de
sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam ga-
rantir a integralidade da assistência à saúde da população.
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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
As Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada
preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nível de atenção primária.
Objetivo: atender até 80% dos problemas de saúde da popu-
lação, sem que haja a necessidade de encaminhamento para
hospitais.
Desafogar hospitais ►+ VAGAS
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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
RESOLUBILIDADE ► 80% ► ↓ custos
Custos UBS:
-Pessoal;
-Materiais diversos;
-Serviços diversos;
-Medicamentos;
-Etc.
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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
ACESSO ► SUS (universal e equânime)
- Grande quantidade;
-Geograficamente estratégicas;
-Proximidade c/ as residências.
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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
ACOMPANHAMENTO/EDUCAÇÃO ► PSF
Equipes:
- 1 médico;
- 1 prof. enfermagem;
- 2 aux. de enfermagem
- 4 a 6 ag. comunitários de saúde.
Cadastro UBS.
Visitas mensais.
Responsabilidade sanitária por uma determinada região/população
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UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
SERVIÇOS REALIZADOS – UBS
-Vacinação;
-Consultas;
-Curativos;
-Medicação básica;
-Procedimentos de enfermagem;
-Eletrocardiograma;
-Coleta de exames laboratoriais;
-Entrega de exames;
-Saúde bucal;
-Marcação de consultas com especialistas, se necessário;
-Encaminhamento p/ outros níveis de atenção à saúde, se necessário.
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UPA – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
ORGANIZAÇÃO DO FLUXO ►triagem
Protocolo de Manchester
(gravidade/tempo espera)
- Vermelho – imediato;
- Laranja - 10 minutos;
- Amarelo - 60 minutos;
- Verde – 2h;
-Azul – 4h.
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UPA – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO
Atendimento:
-Pressão;
-Febre alta;
-Infarto;
-Fraturas;
-Cortes;
-Derrame;
-Etc.
Diminuir a fila em prontos socorros nos hospitais;
Resolubilidade - 97% dos casos encaminhados.
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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO
A atenção à saúde de nível terciário é integrada pelos serviços ambula-
toriais e hospitalares especializados. Ela é constituída por grandes hos-
pitais gerais e especializados, que concentram tecnologia de comple-
xidade e devem oferecer à população atendimento de excelência, ser-
vindo de referência para outros serviços, sistemas e programas em
saúde.
ESPECIALIDADES DIVERSAS, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS DE VANGUARDA
▼INSTITUIÇÕES DE ALTO CUSTO
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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO
SERVIÇOS OFERECIDOS
- Cardiologia
- Oncologia
- Medicina Nuclear
- Transplantes
- Parto de alto risco
- Terapias renais substitutivas
- Cirurgia bariátrica
- Cirurgia reparadora
- Cirurgia reprodutiva
- Medicamentos excepcionais
- Etc.
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HOSPITAIS – NÍVEL TERCIÁRIO
HOSPITAIS DE ENSINO
São estabelecimentos destinado ao diagnóstico e tratamento dedoenças, onde são praticados, também, a investigação e o ensino.
- Hospitais de ensino – exemplo/excelência.
ENSINO, PESQUISA E ASSISTÊNCIA
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HOSPITAIS DE ENSINO
DADOS HU-UFJF/EBSERH
Missão:
“Formar Recursos Humanos, gerar conhecimentos e prestar assistência de qualidade
na área de saúde à comunidade e região.”
Área de abrangência: 90 municípios
Equipe multiprofissional altamente qualificada:
- docentes;
- acadêmicos
- técnico-administrativo;
- residentes;
- voluntários;
- etc
Capacidade 148 leitos (em processo de expansão)
13.000 consultas/mês e 330 internações/mês
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HOSPITAIS DE ENSINO
MULTIPROFISSIONAIS
- Saúde;
- Hotelaria;
- Nutrição;
- Lavanderia;
- Farmácia;
- Laboratório;
- Limpeza;
- Administrativo/financeiro;
- Eng. Clínica
- Etc.
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HOSPITAIS DE ENSINO
MULTIPROFISSIONAIS
SINERGIA
Interação - compartilhamento de conhecimentos, experiências
Foco: assistência
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Ex.: TELEMEDICINA – TI – baixo investimento e grandes impactos
Transferência online de conhecimentos médicos de um grande cen-
tro especializado para unidades de saúde em zonas remotas.
- Acesso;
- Agilidade;
- Qualidade.
Impactos:
- Expressiva redução de custos com deslocamentos;
-Vidas salvas devido à agilidade – infarto do miocárdio, septicemia,
traumas acidentais.
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Ex.: TELEMEDICINA
Ações:
- Consultas online;
- Manipulação de imagens médicas;
- Diagnósticos/laudos;
- Encaminhamentos ágeis;
- Visita p/ pacientes graves – câmera;
- Permutação de conhecimentos médicos;
- Valorização – paciente atendido por vários especialistas.