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FLORIDA CHRISTIAN UNIVERSITY MASTER OF ARTS IN EDUCATION WITH FOCUS IN PRINCIPLED EDUCATION JULIANA POMPEO HELPA ED 5407 - NEUROCIÊNCIA APLICADA À EDUCAÇÃO Orlando, Florida

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FLORIDA CHRISTIAN UNIVERSITY

MASTER OF ARTS IN EDUCATION WITH FOCUS IN PRINCIPLED EDUCATION

JULIANA POMPEO HELPA

ED 5407 - NEUROCIÊNCIA APLICADA À EDUCAÇÃO

Orlando, Florida

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FLORIDA CHRISTIAN UNIVERSITY

MASTER OF ARTS IN EDUCATION WITH FOCUS IN PRINCIPLED EDUCATION

JULIANA POMPEO HELPA

Trabalho apresentado conforme exigência do

programa de Master of Arts in Education with focus in

Principled Education, para o curso ED 5407 -

Neurociência Aplicada à Educação in

Christian Counseling da Florida Christian University.

Prof: PHD Rosana Alves

Orlando, FL

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RESUMO

Esta pesquisa apresenta uma breve reflexão acerca dos conceitos fundamentais da neurociência

aplicada à educação.

O estudo contempla a concepção histórica da neurociência, destacando o avanço das pesquisas

nas últimas décadas e a sua contribuição na área educacional.

A seguir, são descritos os conceitos de neurociência, processos de aprendizagem, memória,

emoção e aprendizagem significativa.

A conclusão relaciona elementos de neurociências ao Programa de Educação Para a Vida que

tem como alvo a consolidação da aprendizagem de crianças em situação de vulnerabilidade

social no Brasil, Angola e Guiné Bissau.

PALAVRAS-CHAVES

Neurociência, educação, aprendizagem, memória, emoção, aprendizagem significativa.

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO 1

II. DESENVOLVIMENTO 1

1. O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA NEUROCIÊNCIA 1 2. NEUROCIÊNCIA E A EDUCAÇÃO 2 3. PROCESSOS DE APRENDIZAGEM 3 3.1 PLASTICIDADE CEREBRAL 4 3.2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A APRENDIZAGEM 5 4. O PAPEL DA MEMÓRIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM 5 4.1 A CONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA 6 5. EMOÇÃO E A APRENDIZAGEM 7 6. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 8 7. EDUCAÇÃO PARA A VIDA E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA 9 7.1. POR QUE EDUCAR PARA A VIDA? 10 7.2. O QUE É EDUCAR PARA A VIDA? 11 7.3. COMO EDUCAR PARA A VIDA? 11 7.4. EDUCAÇÃO PARA A VIDA COM EMBASAMENTO DA NEUROCIÊNCIA 13

III. CONCLUSÃO 15

IV. BIBLIOGRAFIA 16

V. ANEXOS 17

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I. INTRODUÇÃO

Os avanços de pesquisas na área da neurociência aplicada à educação contribuem

significativamente para a avaliação e descobertas de novas práticas pedagógicas que reconhecem

a importância do estudo sobre o cérebro, como o órgão responsável pela aprendizagem.

Esta pesquisa contempla a concepção histórica da neurociência e sua relação multidisciplinar

de contribuição para a aprendizagem significativa.

Para fins pedagógicos, descreveremos os conceitos de neurociência, processos de

aprendizagem, memória, emoção e aprendizagem significativa.

A última parte desta pesquisa relaciona sete elementos de neurociências ao Programa de

Educação Para a Vida para a aprendizagem de crianças em situação de vulnerabilidade social.

A conclusão deste trabalho apresenta a inserção dos elementos da neurociência aplicados à

educação como contributo para a nossa prática educacional no Brasil, Angola e Guiné Bissau.

II. DESENVOLVIMENTO

1. O desenvolvimento histórico da neurociência

Segundo CARVALHO D. e FLOR D., desde a Pré História, no Egito e na Mesopotâmia

era comum a prática da trepanação, que consistia em perfurar à mão, um buraco e 2,5 a 3,5

cm de diâmetro no crânio de uma pessoa viva, com o objetivo de eliminar maus espíritos no

paciente. Com o passar do tempo, em 3000 aC, o coração e não o cérebro era considerado

como a sede da alma e um repositório das memórias.

Em 460 a 377 aC, Hipócrates designa o cérebro como órgão envolvido com as sensações

e a inteligência. Ele é considerado o pai da medicina ocidental e precursor da neurociência.

Entre 130 e 200 aC, Claudio Galeno, um médico cirurgião romano entra para a história

da neurociência ao afirmar que o cérebro está amplamente conectado com as sensações e a

percepção e o cerebelo é um centro primário de controle dos movimentos. Suas conclusões

perduraram por mais de 1500 anos.

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Nas últimas décadas, houve um avanço considerável na neurociência, que possibilita a

interface com a educação. Após 1980, a partir do desenvolvimento da tomografia por emissão de

pósitrons, após os anos 80, descobriu-se a estrutura funcional do cérebro humano.

Em 1990, houve a organização modular com sinal BOLD da ressonância magnética

funcional. Neste mesmo período, ocorreram início de estudos com camundongos transgênicos

para compreensão de novas maneiras de abordar mecanismos bioquímicos e fisiológicos no

sistema nervoso.

Segundo Alves R., recentemente a ativação ou inibição de neurônios pela modulação por luz

de canais iônicos optogeneticamente modificados e imageamento ultra-rápido da dinâmica

neuronal com tecnologia de laser, tem possibilitado o desenvolvimento de novas pesquisas nesta

área.

A partir do ano 2000, ocorreu a intensificação entre as relações dos estudos de neurociência e

da aprendizagem. Numa abordagem multidisciplinar, esta área da ciência coopera para o

aprimoramento do conhecimento acerca de como a memória e a atenção contribuem para a

aprendizagem do ser humano.

2. Neurociência e a educação

Os atuais avanços na área científica permitem que educadores e cientistas dialoguem acerca

dos mecanismos de desenvolvimento do processo de aprendizagem do ser humano.

Neste sentido, as pesquisas recentes na área da neurociência, possibilitam que educadores

conheçam os mecanismos de desenvolvimento do órgão responsável pela aprendizagem, ou seja,

o Sistema Nervoso.

As neurociências são ciências naturais, que descobrem os princípios da estrutura e do funcionamento neurais, proporcionando compreensão dos fenômenos

observados. A. Educação tem outra natureza e sua finalidade é criar condições

(estratégias pedagógicas, ambiente favorável, infra-estrutura material e recursos

humanos) que atendam a um objetivo específico, por exemplo, o desenvolvimento

de competências pelo aprendiz, num contexto particular.1

1 Disponível em: interlocucao.loyola.g12.br/index.php/revista/article/view/91/74, acesso 17/09/2014 às 20h44.

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Segundo Alves R., a neurociência é um guia para a elaboração de estratégias de ensino para

cientistas educacionais, portanto fornece um embasamento importante para a modelagem de

novas práticas educacionais por profissionais da área pedagógica.

3. Processos de aprendizagem

CONSENSA E GUERRA (2011), afirmam que do ponto de vista neurobiológico,

a aprendizagem se traduz pela formação e consolidação das ligações entre as

células nervosas. É fruto de modificações químicas e estruturais no sistema

nervoso de cada um, que exigem energia e tempo para se manifestar. Professores

podem facilitar o processo, mas em última análise, a aprendizagem é um

fenômeno individual e privado e vai obedecer às circunstâncias históricas de cada

um de nós. 2

O cérebro aprende para bem estar do ser humano e para garantir a sua sobrevivência nas

mais variadas condições de vida. Comportamentos dependem de processos que ocorrem no

cérebro.

MORA (2004) define a aprendizagem como o processo em virtude do qual se associam

coisas ou eventos no mundo, graças à qual adquirimos novos conhecimentos.

O sistema nervoso se modifica durante toda a vida, no entanto dois momentos são

fundamentais para o seu desenvolvimento: o nascimento e a fase da adolescência.

Os cuidados na primeira infância e a interação do bebê com o meio em que vive são

fundamentais para o intenso desenvolvimento do sistema nervoso. Nesta fase, as redes neurais

são mais sensíveis às mudanças quando novos comportamentos são aprendidos

progressivamente.

Na fase de educação infantil, a exposição a estímulos emocionais, sensoriais, motores e

sociais variados, contribuirá para a manutenção das sinapses já estabelecidas e para a formação

de novas sinapses gerando novos comportamentos.

A falta de estímulo nos primeiros anos de vida pode levar a perda de sinapses e a futura

dificuldade de aprendizagem, porque o cérebro delas ainda não teve a oportunidade de utilizar

todo o potencial de reorganização de suas redes neurais.

2 Referido de: books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=BEIkPQD6leUC&oi=fnd&pg=PA6&dq=linha+do+tempo+%2B+neuroci%C3%AAncia+%2B+educa

%C3%A7%C3%A3o&ots=pY6o4RC4Ei&sig=qvFsW4qn6mFSmS7qfc5RDyl20Gg#v=onepage&q&f=false, acesso

18/09/2014 às 12h11

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As modificações ocorridas na adolescência preparam o indivíduo para a fase adulta.

Aprendizes são indivíduos em transformação. Seus cérebros, portanto, estão sempre em

processo de gradual mudança. O cérebro do adolescente ainda está em desenvolvimento,

principalmente na chamada área pré-frontal, parte mais anterior do lobo frontal, envolvida com

as funções executivas, ou seja, com a elaboração das estratégias de comportamento para solução

de problemas e auto-regulação do comportamento (Herculano-Houzel, 2005).

Nesta fase da vida há uma diminuição da taxa de aprendizagem de novas informações,

mas a capacidade de usar e elaborar o que já foi aprendido serão expandidas.

3.1 Plasticidade cerebral

Em todas as fases da vida há possibilidades de aprendizagem e de aquisição de novos

comportamentos. A plasticidade cerebral é a capacidade de fazer e desfazer ligações com os

neurônios como consequência das interações constantes com o ambiente interno e externo do

corpo. Treino e a aprendizagem possibilitam a criação de novas sinapses durante toda a vida e a

inatividade ou doenças podem ter feito inverso.

A grande plasticidade entre o fazer e desfazer associações entre as células nervosas é a

base da aprendizagem e permanece ao longo de toda a vida.

CONSENSA E GUERRA (2011), declaram que a neuroplasticidade é a

propriedade de “fazer e desfazer” conexões entre neurônios. Ela possibilita a

reorganização da estrutura do SN e do cérebro e constitui a base biológica da

aprendizagem e do esquecimento. Preservamos as sinapses e, portanto, redes

neurais relacionadas aos comportamentos essenciais à nossa sobrevivência.

Aprendemos o que é significativo e necessário para vivermos bem e esquecemos

aquilo que não tem mais relevância para o nosso viver.

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3.2 Fatores que contribuem para a aprendizagem

Contribuem para a aprendizagem do ser humano os seguintes fatores: um lar saudável com

ambiente familiar adequado, bons exemplos e uma boa escola.

Além disso, segundo CONSENSA E GUERRA (2011), fatores relacionados à comunidade,

família, escola, ao meio ambiente em que vive a criança e à sua história de vida interferem

significativamente na aprendizagem.

Para o desenvolvimento da aprendizagem, faz-se necessário considerar os aspectos culturais,

sociais, econômicos e também pelas políticas públicas de educação. Nesse sentido, as

neurociências oferecem mais uma contribuição para a abordagem da aprendizagem.

4. O papel da memória no processo de aprendizagem

Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informação. A

aquisição é também chamada de aprendizagem: só se 'grava' aquilo que foi

aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança,

recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido

(Izquierdo, 2002, p. 9)4

3 Referido de: books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=BEIkPQD6leUC&oi=fnd&pg=PA6&dq=linha+do+tempo+%2B+neuroci%C3%AAncia+%2B+educa

%C3%A7%C3%A3o&ots=pY6o4RC4Ei&sig=qvFsW4qn6mFSmS7qfc5RDyl20Gg#v=onepage&q&f=false, acesso

18/09/2014 às 12h11 4 Disponível em: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462010000300012&lang=pt, acesso

17/09/2014 às 21h10

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CARVALHO, F. (2010) menciona que "percepção é a capacidade de associar as

informações sensoriais à memória e à cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo,

sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento" (Lent, 2001, p. 557).

MORA (2004) denomina memória o processo pelo qual conservamos esses

conhecimentos ao longo do tempo. Os processos de aprendizagem e memória modificam o

cérebro e a conduta do ser vivo que os experimenta.

Segundo LENT, o processo de aquisição de novas informações que vão ser retidas

na memória é chamado aprendizagem. Através dele nos tornamos capazes de

orientar o comportamento e o pensamento. Memória, diferentemente, é o processo

de arquivamento seletivo dessas informações, pelo qual podemos evocá-las

sempre que desejarmos, consciente ou inconscientemente. De certo modo, a

memória pode ser vista como o conjunto de processos neurobiológicos e

neuropsicológicos que permitem a aprendizagem (Lent, 2001, p. 594).

As múltiplas redes neurais podem ser estimuladas por meio de estratégias pedagógicas

que utilizem recursos multissensoriais. A repetição do estímulo produz sinapses mais

consolidadas, gerando aprendizagem e transformação do comportamento resultante de registros

transitórios da memória de longa duração.

4.1 A consolidação da memória

A consolidação da memória ocorre durante o período de sono, no qual o cérebro reorganiza

suas sinapses, eliminando as que estão em desuso e fortalecendo as importantes para

comportamentos do cotidiano do indivíduo.

Para que a aprendizagem ocorra de maneira duradoura, é necessário que haja a re-exposição

aos conteúdos e às diferentes vivências em complexidade crescente e em forma espiral.

Os demais fatores importantes para a consolidação da memória são:

- Exercícios físicos aumentam a quantidade de fatores neurotróficos que contribuem para

estabilização das sinapses e para manutenção e formação de memórias.

- Dieta balanceada, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras, sais minerais e vitaminas,

possibilita o funcionamento das células nervosas, a formação de sinapses e a formação da

mielina, estrutura que participa da condução das informações entre redes neurais.

- Adequada atividade respiratória, pois problemas respiratórios perturbam o sono.

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- Ausência de anemia, pois a mesma reduz a oxigenação dos neurônios.

- Ausência de dificuldades auditivas e visuais, pois se não forem facilmente detectadas

podem dificultar a aprendizagem.

Resumidamente, é importante o aprendiz estar em boas condições de saúde para aprender

bem.

5. Emoção e a aprendizagem

Segundo a neurociência, as emoções também desempenham um papel decisivo para o

sucesso da aprendizagem.

Posner e Raichle (2001), retomando os estudos de Friedrich e Preiss, lembram que

o sistema límbico, formado por tálamo, amígdala, hipotálamo e hipocampo, avalia

as informações, decidindo que estímulos devem ser mantidos ou descartados,

dependendo a retenção da informação no cérebro da intensidade da impressão

provocada nele. A consciência da experiência vivenciada é atingida quando, ao

passar pelo córtex cerebral, compara-se a experiência com reflexões anteriores.

Assim, quando conseguimos estabelecer uma ligação entre a informação nova e a

memória preexistente, são liberadas substâncias neurotransmissoras - como a

acetilcolina e a dopamina - que aumentam a concentração e geram satisfação.

É dessa maneira que emoção e motivação influenciam a aprendizagem. Os

sentimentos, intensificando a atividade das redes neuronais e fortalecendo suas

conexões sinápticas, podem estimular a aquisição, a retenção, a evocação e a

articulação das informações no cérebro. Diante desse quadro, os autores defendem

a importância de contextos que ofereçam aos indivíduos os pré-requisitos

necessários a qualquer tipo de aprendizado: interesse, alegria e motivação.

Conforme Lent, "a razão é fortemente relacionada com a emoção. De um modo

ou de outro, nossos atos e pensamentos são sempre influenciados pelas emoções"

(Lent, 2001, p. 671).

As emoções orientam a aprendizagem. As emoções como raiva, medo, ansiedade, prazer,

alegria, mantêm conexões com neurônios de áreas importantes para formação de memórias. A

aprendizagem significativa que desencadeia emoções positivas no educando favorecem o

estabelecimento de memórias.

As emoções negativas, por outro lado, podem impedir a adequada aprendizagem.

Podemos concluir que o processo de aprendizagem depende da saúde como um todo do

indivíduo e não apenas do sistema nervoso.

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6. Aprendizagem significativa

Estudos afirmam que a aprendizagem ocorre em conexão com experiências pré-existentes e

que façam sentido no cotidiano do educando. O cérebro seleciona o que é necessário para

sobrevivência e o bem estar e retém o conhecimento à estrutura cognitiva do aprendiz.

GUERRA (2011) afirma que dificilmente um aluno prestará atenção em

informações que não tenham relação com o seu arquivo de experiências, com seu

cotidiano ou que não sejam significativas para ele. O cérebro seleciona as

informações mais relevantes para nosso bem estar e sobrevivência e foca atenção

nelas. Memorizamos as experiências que passam pelo filtro da atenção. Memória

é imprescindível para a aprendizagem.5

Para AUSUBEL (1963, p. 58), a aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por

excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias e informações representadas

em qualquer campo de conhecimento.6

Aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova informação

(um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e substantiva

(não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz. É no curso da aprendizagem

significativa que o significado lógico do material de aprendizagem se transforma

em significado psicológico para o sujeito. 7

NOVAK destaca que uma teoria de educação significativa, precisará considerar que os

aprendizes pensam, sentem e agem e deve possibilitar novas e melhores maneiras por meio das

quais os seres humanos podem fazer isso, ampliando a consciência do aprendiz.

Um evento educativo, segundo Novak, é uma ação para trocar significados (pensar) e

sentimentos entre aprendiz e professor.

Outros fatores também influenciam a aprendizagem (ROTTA; OHLWEILER;

RIESGO, 2006). Aprendizes privados de material escolar adequado, de ambiente

para estudo em casa, de acesso a livros e jornais, de incentivo ou estímulo dos

pais e/ou dos professores, e pouco expostos a experiências sensoriais, perceptuais, motoras, motivacionais e emocionais essenciais ao funcionamento e

reorganização do SN, podem ter dificuldades para a aprendizagem, embora não

sejam portadores de alterações cerebrais.

5 Referido de: www.interlocucao.loyola.g12.br/index.php/revista/article/view/91/74, acesso 17/09/2014 às 20h52

6 Referido de: www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf, acesso 17/09/2014 às 21h41

7 Referido de: www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf, acesso 17/09/2014 às 21h41

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7. Educação Para a Vida e a aprendizagem significativa

Por meio do conhecimento descrito nesta pesquisa acerca de neurociência e aprendizagem,

podemos destacar resumidamente, sete elementos fundamentais para a ocorrência da

aprendizagem significativa:

1) Planejar o conhecimento de forma espiral, com novas oportunidades de revisão dos

assuntos abordados.

2) Proporcionar boas condições de saúde para o aprendiz.

3) Proporcionar práticas de aprendizagem que despertem as emoções do aprendiz, tais como

histórias, música, artes, literatura, dança e poesia.

4) Utilizar recursos multisensoriais para o ensino.

5) Partir do conhecimento prévio do aprendiz, relacionando-o de maneira não arbitrária e

substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do mesmo.

6) Propor práticas pedagógicas relacionadas ao contexto cotidiano do aprendiz.

7) Proporcionar materiais e ambiente escolar propícios para o aprendizado.

Com base neste conhecimento teórico, pretende-se descrever a seguir o contexto educacional

no qual atuamos para aprendizagem significativa de crianças em situação de vulnerabilidade

social. Nosso alvo é executar um Programa de Educação fundamentado num sólido

embasamento teórico que possibilite a aprendizagem significativa entre aprendizes em condições

precárias de vida e educação e baixos índices de desenvolvimento humano no Brasil, Angola e

Guiné Bissau.

Descrevemos a seguir o Programa de Educação Para a Vida que está em execução desde

2012, respondendo a três perguntas:

- Por que Educar para a Vida?

- O que é Educar Para a Vida?

- Como Educar Para a Vida?

Em seguida faremos uma breve avaliação e propostas de ajustes ao Programa à luz dos

conceitos fundamentais de neurociências descritos nesta pesquisa.

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7.1. Por que Educar Para a Vida?

Em tempos de globalização, temos acesso às mais variadas fontes de informações acerca do

desenvolvimento da criança e da infância. Facilmente podemos conhecer a realidade da criança

de diferentes classes sociais e contextos culturais. No entanto, obter informações acerca da

realidade de crianças em relatórios da UNICEF, se difere grandemente em conviver com esta

realidade face a face.

Nossa caminhada na área educacional entre crianças em situação vulnerável, teve início em

1992, mas nos últimos anos, alguns marcos históricos importantes ocasionaram a elaboração do

Programa de Educação Para a Vida, a partir de agosto de 2012.

O primeiro marco decorreu do convívio diário em comunidades do Rio de Janeiro, no ano de

2010, ocasião em que nos deparamos com parte da realidade da criança de grandes centros

urbanos. Vimos e ouvimos relatos das crianças que convivem diariamente com a violência

urbana. A observação silenciosa de professores agressivos, gestores irresponsáveis e igrejas

alienadas, consolidou em nossos corações a indignação com uma sociedade que continua a

perpetuar silenciosamente a realidade desigual e injusta entre crianças em situação de

vulnerabilidade pessoal, social, econômica, intelectual, emocional e espiritual.

O segundo marco ocorreu quando estivemos em Angola, pela primeira vez em 2011, em

contato com a realidade da criança que se alimenta com apenas uma refeição, todos os dias e faz

parte do percentual de crianças em maior vulnerabilidade social do país.

A constatação dessas realidades aliadas ao estudo na área de gestão e planejamento da

educação ocasionou a pesquisa e a elaboração do Programa Educacional designado Educação

Para a Vida. Desde então, o Programa tem sido aplicado no Brasil e em Angola, no contraturno

escolar.

Recentemente, em 2014, o terceiro marco importante em nossa trajetória ocorreu na

República da Guiné Bissau, ocasião em que implantamos pela primeira vez o Programa

Educacional em turno escolar, entre crianças em situação mais vulnerável do país.

Encontramos, neste contexto, crianças em ambiente com situações precárias para a adequada

aprendizagem. Além das questões de infraestrutura e saúde, conhecemos uma realidade na qual a

violência contra a criança é permitida, tolerada e incentivada nas escolas públicas ou privadas.

Cristãs ou mulçumanas.

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Portanto, o Programa de Educação Para a Vida existe para instruir uma nova geração por

meio de uma aprendizagem significativa, capaz de formar líderes servidores que irão transformar

a realidade na qual estão inseridos a partir de sua realidade pessoal, familiar, social e global.

Atualmente ele tem sido aplicado no Brasil, Angola e Guiné Bissau.

7.2. O que é Educar Para a Vida?

Educação Para a Vida é um Programa educacional que atua em aliança com a família, a

igreja e/ou escola e/ou associações, para a aprendizagem significativa e a formação da identidade

da criança numa educação pautada em princípios bíblicos. O Programa ocorre em turno ou

contraturno escolar, numa abordagem de crescimento integral do aprendiz.

Esperamos vivenciar uma transformação da realidade atual da criança, formando uma

geração de líderes éticos e empreendedores. A metodologia do programa possui 3 pilares:

- Educação Por Princípios

- Protagonismo infanto-juvenil

- Contextualização e interdisciplinariedade

A cada encontro, são contempladas etapas de aprendizagem, baseadas em um princípio

norteador. Todo o conhecimento é abordado de forma interdisciplinar a partir de histórias e

contextualizado à realidade da criança na realidade cultural na qual está inserida.

7.3. Como Educar Para a Vida?

Educação Para a Vida é um Programa educacional baseado numa perspectiva cristã. O

Programa ocorre em turno ou contraturno escolar, em parceria com instituições locais. O

Programa é composto por:

- Formação dos Educadores;

- Material e recursos didáticos;

- Assessoria pedagógica.

Descrição do Programa em contraturno escolar:

- São mobilizados dois educadores e formada uma turminha com doze crianças.

- Os encontros são compostos por três horas de aulas numa abordagem de crescimento

integral da criança: físico, emocional, espiritual e intelectual.

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- A cada encontro, são contempladas cinco etapas de aprendizagem, baseadas num princípio

norteador: Mordomia, União, Caráter, Autogoverno, Semear e Colher, Individualidade,

Soberania.

- O conteúdo é abordado de forma interdisciplinar e baseado em histórias.

Desde agosto de 2012, implementamos as primeiras turminhas e atualmente estamos no

Brasil e em Angola. O Programa ocorre semanalmente no Complexo da Maré/RJ; Morro do

Fubá/RJ; Vargem Grande/RJ, Jardim Urano/PR; Castro/PR e na Província de Benguela, em

Angola.

Descrição do Programa em turno escolar:

- Realização da formação do professore regente da turma.

- Aulas são compostas por quatro horas numa abordagem de crescimento integral da criança:

físico, emocional, espiritual e intelectual.

- A cada aula são contempladas dez etapas de aprendizagem, baseadas num princípio

norteador: Mordomia, União, Caráter, Autogoverno, Semear e Colher, Individualidade,

Soberania.

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- O conteúdo é abordado de forma interdisciplinar e baseado em histórias.

Atuamos recentemente no turno escolar, em Guiné Bissau, em parceria com escolas cristã.

Ao entrevistar uma criança, participante do Programa Educação Para a Vida no Rio de

Janeiro, perguntamos “O que você tem aprendido no Programa que tem sido significativo para

você?”. Ela disse “O princípio de autogoverno, porque quando eu me irrito não tem quem me

segure. O autogoverno tem me mostrado como eu tenho que me controlar”.

Esta, como muitas outras crianças estão inseridas num contexto de violência, abandono,

carência, no entanto, ao serem ensinadas a raciocinar biblicamente, percebemos a transformação

gradual em seu caráter, produzida pelo Espírito de Deus, capaz de transformar vidas e

proporcionar novas realidades para o ser humano. Esta é a nossa esperança!

7.4. Educação Para a Vida com embasamento da neurociência

A seguir apresentamos uma análise do Programa Educação Para a Vida com base nos sete

elementos identificados nesta pesquisa de neurociência aplicada à aprendizagem. O quadro conta

com uma avaliação de como cada elemento está sendo aplicado ao Programa e inclui propostas

de aplicação dos elementos de aprendizagem da neurociência ao Programa de Educação Para a

Vida.

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ELEMENTOS DE

NEUROCIÊNCIAS

DE QUE MANEIRA ESTÁ

SENDO REALIZADO

PROPOSTA DE APLICAÇÃO

NO PROGRAMA

1. Planejar o conhecimento de

forma espiral, com novas

oportunidades de revisão dos

assuntos abordados.

- Esta forma de abordagem da

aprendizagem não está

contemplada no currículo do

Programa

Elaboração do planejamento do

currículo de forma espiral,

contemplando todos os

conteúdos necessários para o

desenvolvimento cognitivo da

criança em cada faixa etária.

2. Proporcionar boas condições

de saúde para o aprendiz.

- O momento de Higiene e Saúde

contempla este quesito dentro do

Programa, com aplicação em

todos os encontros.

Elaboração de uma campanha de

práticas de higiene e melhor

instrução entre as famílias das

crianças.

3. Proporcionar práticas de

aprendizagem que despertem as

emoções do aprendiz, tais como

histórias, música, artes,

literatura, dança, teatro e poesia.

- A aprendizagem é realizada a

partir de histórias que despertam

a emoção das crianças.

- Há leitura de poesias no

currículo.

- Há desenvolvimento de

atividades de literatura e artes no

currículo.

- É necessário ampliar a

utilização de recursos como

dança, teatro e música.

- É possível realizar a

culminância das produções

culturais envolvendo os pais nas

apresentações das crianças.

4. Utilizar recursos

multisensoriais para o ensino

- São utilizado poucos recursos

multisensoriais no ensino.

- Inserir recursos multisensoriais

na escrita dos planos de aulas

que compõem o currículo.

5. Partir do conhecimento prévio

do aprendiz, relacionando-o de

maneira não arbitrária e

substantiva (não-literal) à

estrutura cognitiva do mesmo.

- Realizamos atividades de

inspiração para introdução das

aulas que compõem o Programa,

partindo do conhecimento prévio

do aprendiz.

- Inserir mais elementos da

cultura local da criança na escrita

do currículo que compõem o

Programa

6.Propor práticas pedagógicas

relacionadas ao contexto

cotidiano do aprendiz.

- No currículo do contraturno, o

Momento Cultural contempla a

proposta de práticas pedagógicas

relacionadas ao contexto cultural

do aprendiz.

- Inserir práticas pedagógicas

relacionadas ao contexto

cotidiano do aprendiz no

Programa curricular de turno

escolar.

7. Proporcionar materiais e

ambiente escolar propícios para

o aprendizado.

- O Programa de turno escolar

contempla a necessidade de

estrutura e recursos necessários

para criação de um ambiente

propício ao aprendizado.

- Inserir no Programa de

contraturno escolar uma

estrutura mínima de recursos

necessários para criação de um

ambiente propício ao

aprendizado.

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III. Conclusão

Após breve estudo sobre a aplicação da neurociência no ambiente de aprendizagem,

concluo que há sete elementos fundamentais identificados nesta pesquisa que servem para

embasamento de práticas educacionais significativas e transformadoras:

1) Planejar o conhecimento de forma espiral, com novas oportunidades de revisão dos

assuntos abordados.

2) Proporcionar boas condições de saúde para o aprendiz.

3) Proporcionar práticas de aprendizagem que despertem as emoções do aprendiz, tais como

histórias, música, artes, literatura, dança e poesia.

4) Utilizar recursos multisensoriais para o ensino.

5) Partir do conhecimento prévio do aprendiz, relacionando-o de maneira não arbitrária e

substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do mesmo.

6) Propor práticas pedagógicas relacionadas ao contexto cotidiano do aprendiz.

7) Proporcionar materiais e ambiente escolar propício para o aprendizado.

Com base nestes elementos, avaliamos o Programa de Educação Para a Vida que visa à

aprendizagem significativa e transformadora de crianças em situação de vulnerabilidade

social com aplicação no Brasil, Angola e Guiné Bissau. Observamos que há práticas do

Programa que contemplam os elementos fundamentais de neurociências analisados nesta

pesquisa e sugerimos ampliação da aplicabilidade destes princípios em áreas deficitárias do

Programa.

Estamos certos de que a aplicação de tais elementos pesquisados na neurociência

contribuirão para a melhor aprendizagem das crianças integradas ao Programa. Esperamos de

fato contribuir para que o potencial cognitivo de cada criança inserida no Programa venha a

se desenvolver plenamente refletindo a imagem e semelhança do próprio Criador que as fez

únicas, inteligentes e capazes de se desenvolverem plenamente.

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IV. BIBLIOGRAFIA

Site

Carvalho, F. A. H. (2010) Neurociências e educação: uma articulação necessária

na formação docente. Scielo. Referido do

www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-

77462010000300012&lang=pt

Moreira, M.A., Caballero, M.C. e Rodríguez, M.L. (orgs.) (1997). Actas del

Encuentro Internacional sobre el Aprendizaje Significativo. Burgos, España. pp.

19-44. Referido do: www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigsubport.pdf

Guerra, L. B. (2011) O diálogo entre a neurociência e a educação: da euforia aos

desafios e possibilidades. Referido do:

www.interlocucao.loyola.g12.br/index.php/revista/article/view/91/74

Livros

Cosensa R.& Guerra L. (2011). Neurociência e Educação. Porto Alegre/RS.

Artemed.

Flor, D. & Carvalho T. (2012). Neurociência para o educador. São Paulo/SP.

Baraúna.

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V. ANEXOS

Educação Para a Vida no Brasil

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Educação Para a Vida em Angola

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Educação Para A Vida na Guiné Bissau

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