edição 20 - revista de agronegócios - março/2008

28
1 R E V I S T A A T T A L E A A G R O N E G Ó C I O S Março de 2008

Upload: revista-agronegocios

Post on 31-Mar-2016

269 views

Category:

Documents


44 download

DESCRIPTION

Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

1

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Page 2: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

2

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Page 3: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

3

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Page 4: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

4

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

CartasEditora Attalea Revista de Agronegócios

Rua Profª Amália Pimentel, 2394.CEP 14.403-440, Franca (SP) ou

[email protected].

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal da Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com distribuição gratuita,reportagens atualizadas e foco regionalizado

na Alta Mogiana, Triângulo, Sule Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEA REVISTADE AGRONEGÓCIOS LTDA.CNPJ nº 07.816.669/0001-03

Inscr. Municipal 44.024-8Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José

CEP: 14.403-440 - Franca (SP)Tel. (16) 3723-1830

[email protected]

DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

[email protected]

DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

(16) [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves MtB 42.081 - SP

PUBLICIDADEAdriana Silva Dias (16) 9967-2486

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

CTP E IMPRESSÃOCristal Gráfica e Editora

Rua Padre Anchieta, 1208, CentroFranca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200

www.graficacristal.com.br

CONTABILIDADEEscritório Contábil Labor

Rua Campos Salles, 2385, Centro,Franca (SP) - Tel (16) 3722-3400

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTALDE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS

ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidosem matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA

ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa:

OIMASAFRANCA

Trator MF 275Franca (SP).

Números estimulam produção agrícolaNúmeros estimulam produção agrícolaNúmeros estimulam produção agrícolaNúmeros estimulam produção agrícolaNúmeros estimulam produção agrícola

FO

TO

: E

dito

ra A

tta

leaA recuperação do setor produtivo

de grãos, de café e o avanço crescenteda cana-de-açúcar refletiu diretamenteem diversos setores da produção agrí-cola regional e brasileira.

A consolidação da indústria de má-quinas agrícolas, com previsão de vendasem torno de 15%, deve superar o me-lhor ano do setor, que foi 2004.

Envolvidos diretamente neste pro-cesso de crescimento, já que são as vi-trines das principais atividades agrope-cuárias da região e do país, as exposiçõestecnológicas e as agropecuárias vem sedespontando. No começo de março, aFEINCO - Feira Internacional de Capri-nos e Ovinos, realizada em São Paulo(SP), quebrou todos os recordes (em13leilões movimentaram mais de R$ 10milhões, superando em 145% a marcado ano anterior, que foi de R$ 4,2milhões.

Para o mês de maio, a comissão orga-nizadora da 39ª Expoagro - ExposiçãoAgropecuária de Franca (SP), teve queampliar o período de exposição deanimais, visto o interesse das associaçõese dos núcleos de criadores. O evento es-tá resgatando, ainda, o Torneio Leiteirode Gado Gir.

Na cafeicultura, o maior destaquefica por conta da 11ª Expocafé, que serárealizada de 18 a 20 de junho, em TrêsPontas (MG). A UFLA - UniversidadeFederal de Lavras, promotora do even-to, espera duplicar os negócios e opúblico visitante, que no ano passadoalcançaram, respectivamente, R$ 112milhões em negócios, com um públicode 30 mil pessoas.

A Expocafé será ainda o primeiroevento em comemoração do cente-nário da UFLA.

A tecnologia é o nosso assunto prin-cipal, destacando-se os númerospositivos de vendas na indústria, bemcomo os lançamentos de máquinas eimplementos da Massey Ferguson e daAgritech-Yanmar.

Na cadeia produtiva do leite, váriossão os destaques: leilão de gado GirLeiteiro na Fazenda Santa Gemma eParaíso; a produção leiteira na regiãode Carmo do Rio Claro (MG); e o lança-mento do produto BLOC - um eficienteanestésico pré e pós-operatório - da JAProdutos Veterinários, empresa sediadaem Patrocínio Paulista (SP)

Publicamos também um artigosobre o controle biológico em cana-de-açúcar, mostrando a importância eco-nômica do controle alternativo de pra-gas e doenças, bem como a importânciade práticas naturais na agropecuária.

Boa leitura a todos!

Page 5: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

5

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

R

Mudas de café

certificadas pelo

Ministério da Agricultura

Mudas de café produzidas no sistema

convencional (saquinhos), tubetões

e mudões para replantio.

Att

ale

a

FO

TO

S:V

iveiro

Monte

Ale

gre

TEMOS

TAMBÉM MUDAS

DE EUCALIPTO

SOB ENCOMENDA

Com o tema “Café com Res-Café com Res-Café com Res-Café com Res-Café com Res-ponsabilidade Ambientalponsabilidade Ambientalponsabilidade Ambientalponsabilidade Ambientalponsabilidade Ambiental”, a UFLA -Universidade Federal de Lavras estarápromovendo de 18 a 20 de junho próxi-mo, a 11ª EXPOCAFÉ.EXPOCAFÉ.EXPOCAFÉ.EXPOCAFÉ.EXPOCAFÉ. O evento serárealizado na Fazenda Experimental daEpamig - Empresa de Pesquisa Agro-pecuária de Minas Gerais, no municípiode Três Pontas (MG).

Desde o final da Expocafé em 2007,já era anunciado o interesse dos exposito-res em garantir seu espaço para este ano,o que esgotou imediatamente a locaçãodos estandes e plots. Para garantir a per-manência dos expositores e ampliar onúmero de parceiros na feira, foi precisoaumentar o espaço, ampliar a área degrandes animais, modificar o estaciona-mento e expandir o número de dinâmicasde campo.

A EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ EXPOCAFÉ é a única feira de ex-posição do Agronegócio Café, registradano Calendário Brasileiro de Exposições eFeiras - uma síntese das principais feiras eexposições do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior doano de 2008.

Como nas edições anteriores, a feiraconta com a parceria da Prefeitura Mu-nicipal de Três Pontas, Emater, Epamig,IMA, Sebrae e cooperativas como Coca-trel e Unicoop.

Durante esses três dias, as atenções dosmercados cafeeiros nacional e interna-cional se voltam para a EXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ,que vem obtendo recorde de público enegócios a cada ano.

São esperadas várias autoridades paraa abertura da feira que deverão tambémparticipar de palestras e debates junto aos

Page 6: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

6

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Av. Wilson Sábio de Mello, 1945

Distrito Industrial - Franca (SP)

Av. Wilson Sábio de Mello, 1945

Distrito Industrial - Franca (SP)

Tel. (16) 3701-3342Tel. (16) 3701-3342

“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”

expositores e visitantes. A feira oferece apossibilidade de estreitar relacionamen-tos entre diversas cadeias do setorprodutivo, troca de experiências, mostrasde inovações tecnológicas e negócios.

AtividadesAtividadesAtividadesAtividadesAtividades

A edição 2008 da EXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ fazparte do calendário de comemoraçõesda UFLA, que este ano completa 100 anosde existência e de importante contribui-ção para o setor agropecuário nacional.

Para este ano, a EXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ anun-cia aumento das atividades de campo,com demonstrativos de defensivos e defertilizantes, áreas de culturas, dinâmicade máquinas no campo que transportampara o cafezal da Fazenda da Epamig,estudantes, cafeicultores, profissionaisinteressados que aplicam os conhecimen-tos ali adquiridos em suas propriedades.

O objetivo da feira é levar aos empre-sários rurais tecnologias disponíveis eessenciais à competitividade e sustenta-bilidade do sistema produtivo e mostraraos visitantes e interessados, as diferentesoportunidades no agronegócio café.

Ao visitar a EXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ, o produtorrural certamente encontrará a maiordiversidade em produtos e serviços parasua propriedade e lavoura. Poderá co-nhecer técnicas e novidades para secagemdo café, melhorias do solo, fungicidas,adubação. Encontrará trituradoras, arru-adores de café, tratores, peças e imple-mentos, sacarias e técnicas de produção,abanadores de café, lavadores mecânicos,despolpadores, além de vestuário, uten-sílios, veículos, produtos de construçãocivil, perfumaria e muito mais.

O cafeicultor conhecerá as novidadespara o controle de pragas e doenças docafezal. Encontrará também soluçõesecologicamente corretas como insumosorgânicos, biológicos e alternativos.

Garota EXPOCAFÉGarota EXPOCAFÉGarota EXPOCAFÉGarota EXPOCAFÉGarota EXPOCAFÉ

Uma das novidades apresentadasdurante a EXPOCAFÉ-2008EXPOCAFÉ-2008EXPOCAFÉ-2008EXPOCAFÉ-2008EXPOCAFÉ-2008 será aeleição da “Garota Expocafé”. Trata-sede um evento social que tem como obje-tivo maior integração entre os municípiosparticipantes, que terão a oportunidadede divulgar seus costumes e negócios, emmomento de entretenimento, beleza edescontração.

Mais detalhes sobre o evento e oregulamento estarão disponíveis no sitewww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.br.

Sabores e brindesSabores e brindesSabores e brindesSabores e brindesSabores e brindes

Está sendo esperado um públicosuperior a 40 mil pessoas. Quem visitar aEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ estará concorrendo a sor-teios de brindes além de poder degustare aprender as deliciosas receitas produzi-das pela Cozinha Experimental do Senac,do Centro de Formação Profissional deVarginha (MG) e experimentar a grandevariedade de café servido com os maisdiversos complementos em todos osestandes, como bolos, biscoitos, tortas.

Negócios e palestrasNegócios e palestrasNegócios e palestrasNegócios e palestrasNegócios e palestras

Uma grande promessa de bonsnegócios durante a EXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ, alémda diversidade de produtos nos estandes,é a presença do Sebrae-MG que anunciapara este ano, a duplicação do estandepara a Rodada de Negócios, que na ediçãoanterior superou R$60 milhões duranteos três dias.

Como na edição anterior, aEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉEXPOCAFÉ estará disponibilizando umcirco/estande para palestras e debates,buscando maior integração e divulgaçãode idéias, propostas e apresentação deprodutos.

No ano de 2007, foram contabiliza-dos cerca de R$112 milhões em negóciose um público de 30 mil pessoas. A feira,com entrada franca, não tem finslucrativos.

Para maior facilidade de escolha dasúltimas unidades de estandes, o interes-sado deve fazer contato pelo telefone:(35) 3829.1674, com a secretaria daEXPOCAFÉ, ou pelo e-mail [email protected]@[email protected]@[email protected]. Mais informações no sitewww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.brwww.expocafe.com.br.

FO

TO

S:

Div

ulg

açã

o

Att

alea

Page 7: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

7

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

E

Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São JoaquimAv. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

Tel. (16) 3402-7026 / 3402-70273402-7028 / 3402-7029

Tel. (16) 3402-7026 / 3402-70273402-7028 / 3402-7029

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

NOVOS TELEFONESNOVOS TELEFONES

Cocapec divulga levantamento de safraCocapec divulga levantamento de safraCocapec divulga levantamento de safraCocapec divulga levantamento de safraCocapec divulga levantamento de safra

Área de Cultivo (ha)Área de Cultivo (ha)Área de Cultivo (ha)Área de Cultivo (ha)Área de Cultivo (ha)

CapetingaClaravalCristais Pta.FrancaIbiraciItirapuãJeriquaraPatrocínio Pta.PedregulhoRestingaRib. CorrenteRifainaS. José B. VistaTOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL

Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. Tabela 2. - Levantamento de área de cultivo decafé nas áreas atendidas pela Cocapec.

04/0504/0504/0504/0504/05 05/0605/0605/0605/0605/06 06/0706/0706/0706/0706/07 07/0807/0807/0807/0807/082.4881.7984.7836.3507.6301.9452.4742.7948.3621.6533.986

801.113

45.45645.45645.45645.45645.456

2.6381.8094.9076.4147.7131.9572.5262.8268.8161.6533.986

801.113

46.43746.43746.43746.43746.437

2.7451.5544.7986.2017.6441.9632.4002.1748.4081.6453.966

35939

44.47144.47144.47144.47144.471

3.0151.6184.7986.4808.0082.0062.4222.2498.9211.7084.185

351.046

46.49046.49046.49046.49046.490

MunicípiosMunicípiosMunicípiosMunicípiosMunicípios

Produção Total (sacas)Produção Total (sacas)Produção Total (sacas)Produção Total (sacas)Produção Total (sacas)

CapetingaClaravalCristais PaulistaFrancaIbiraciItirapuãJeriquaraPatrocínio PaulistaPedregulhoRestingaRibeirão CorrenteRifainaS. José da Bela VistaTOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. - Estimativa de Safra de Café nas áreas atendidas pela Cocapec.

20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005 20062006200620062006 20072007200720072007 2008*2008*2008*2008*2008*

32.54224.34052.330

112.944107.12522.04117.44030.69094.67628.30327.4292.0609.534

562.489562.489562.489562.489562.489

47.80425.995

100.529176.188221.504

87.58955.45169.592

210.18859.627

135.2542.449

17.5691.209.7441.209.7441.209.7441.209.7441.209.744

22.39033.449

128.952109.179137.81729.80848.27935.973

157.80029.39860.871

81628.309

823.048823.048823.048823.048823.048

63.26354.978

153.261208.466257.745

81.46356.052

102.836253.049

89.397172.917

2.13532.493

1.528.0551.528.0551.528.0551.528.0551.528.055

34.93227.97166.07198.902

115.84423.27246.54117.308

116.60911.58138.014

54512.065

609.655609.655609.655609.655609.655

91.89051.161

182.849224.440341.276

63.53654.42486.144

230.75775.672

148.8011.455

32.2041.584.6091.584.6091.584.6091.584.6091.584.609

MunicípioMunicípioMunicípioMunicípioMunicípio

FONTE: GIS Cocapec

FONTE: GIS Cocapec

A diretoria da Cocapec - Cooperativa deCafeicultores e Agropecuaristas, sediada emFranca (SP), divulgou no final do mês de fevereiroa Estimativa de Safra de Café na região deatuação da cooperativa.

A previsão é que os 13 municípios produzamjuntos mais de 1,5 milhão de sacas (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).“É uma safra grande, mas poderia ter sido maiorse a região não tivesse sofrido com estiagens ealtas temperaturas até novembro do ano pas-sado, o que provocou queima do botão floral,resultando em queda acentuada de frutos nocomeço de 2008”, explica Engº Agrº MaurícioMiarelli, diretor-presidente da Cocapec.

Os municípios mais atingidos pela seca fo-ram Pedregulho (SP), Jeriquara (SP) e RibeirãoCorrente (SP). Além de reduzir a safra, a secatambém deverá atrasar a colheita, já que aflorada ocorreu com pelo menos 35 dias deatraso. “Tradicionalmente, a colheita inicia apartir de maio, mas este ano a maioria iniciarãoem junho e se estenderão até setembro”, afirmao Engº Agrº Roberto Maegawa, responsável pelodepartamento técnico da cooperativa.

Para o Engº Agrº Ricardo Lima de Andrade,diretor-secretário da Cocapec, “os fatores climá-ticos podem ter comprometido a safra de muitosprodutores, o que é de se lastimar. Mas, demaneira global, como o Brasil é o maior produ-tor de café do mundo, uma super-safra poderiacomprometer sobremaneira todo o mercadonacional e internacional”.

A região de Franca (SP) é a maior produtorade café do Estado de São Paulo, representando35% da produção estadual.

Att

alea

Page 8: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

8

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

GPS e a agriculturaGPS e a agriculturaGPS e a agriculturaGPS e a agriculturaGPS e a agriculturaRubens Ribeiro Cardoso FilhoRubens Ribeiro Cardoso FilhoRubens Ribeiro Cardoso FilhoRubens Ribeiro Cardoso FilhoRubens Ribeiro Cardoso Filho11111

O desenvolvimento e implementaçãodo sistema de agricultura de precisão épossível a partir da combinação doSistema de Posicionamento Global (GPS)com os sistemas de Informações geo-gráficas (GIS). Essas tecnologias permitema junção da coleta de dados em temporeal com informações precisas de posição,possibilitando uma eficiente manipulaçãoe analise de grandes quantidades de dadosgeoespaciais.

As aplicações baseadas no GPS deagricultura de precisão estão sendousadas para o planejamento de plantio,mapeamento em campo, amostragem desolo, direcionamento do trator , inspeçãoda colheita, tempos variáveis de apli-cação e o mapeamento da produção. OGPS permite aos agricultores traba-lharem durante condições de baixa visi-bilidade do campo, como chuva, poeira,névoa, e escuridão.

No passado, era difícil para osagricultores correlacionar técnicas deprodução e os resultados da colheita comas variações da terra. Isso limitava suashabilidades para desenvolver estratégiasmais efetivas de gerencia do solo/plantaque pudesse aumentar suas produções.Hoje em dia, a aplicação mais precisa depesticidas, herbicidas e fertilizantes e ummelhor controle da dispersão destassubstâncias químicas são possíveis atravésda agricultura de precisão,consequentemente reduzindo despesas,produzindo um rendimento mais alto ecriando uma fazenda ambientalmentemais amigável.

A agricultura de precisão estámudando o modo como os agricultores

e os empresários agrícolas estãovisualizando a terra da qual retiram seuslucros. A agricultura de precisão consisteem coletar informações geoespaciaissobre requisitos relativos ao conjuntosolo-planta-animal e prescrever e aplicarações especificas e localizadas paraaumentar a produção e proteger o meioambiente.

A agricultura de precisão estáganhando popularidade em grande escaladevido à introdução de ferramentastecnológicas resistentes na comunidadeagrícola que são mais precisas, com custosadequados e fáceis de usar. Muitas dasnovas inovações contam com aintegração de computadores de bordo,sensores coletores de dados, e sistemas deposicionamento e de contagem de tempodo GPS.

Muitos acreditam que os benefíciosda agricultura de precisão só podem serobtidos em grandes propriedadesagrícolas com tecnologias de infor-mações. Isso não é verdadeiro. Existemmétodos e técnicas de baixo custo e fáceisde usar e que podem ser desenvolvidospara serem usados por todos osagricultores. Por meio do uso do GPS,GIS e transmissão remota, podem sercoletadas as informações necessárias parao aperfeiçoamento do uso da terra e daágua.

Agricultores podem obter benefíciosadicionais fazendo uma combinação domelhor do uso de fertilizantes e outrascorreções de solo, determinando oslimites econômicos para o tratamento deinfestações de pragas e erva daninhas, eassim protegendo os recursos naturaispara uso futuro.

Os fabricantes de equipamentos GPSdesenvolveram várias ferramentas paraajudar os agricultores e empresários

agrícolas a se tornarem mais produtivose eficientes nas suas atividades deagricultura de precisão. Hoje, muitosagricultores usam produtos derivados doGPS para melhorar seus negóciosagrícolas. As informações de localizaçãosão coletadas por receptores do GPS paramapear limites da terra, estradas, sistemasde irrigação, e áreas de plantação comproblemas, como ervas daninhas oupragas. A acuracidade do GPS permiteque os agricultores criem mapas doterreno de cultivo com medidas precisasde cada área, localização das estradas edistancias entre locais de interesse. O GPSpermite ao agricultor navegar comprecisão por locais específicos de suaterra, ano após ano, para coletar amostrasdo solo ou monitorar as condições deplantação.

Os consultores agrícolas usam deequipamentos com grande capacidadede coleta de dados com GPS, para o posicionamento preciso para delimitar nocampo as infestações de pragas, insetos eervas daninhas. As áreas infestadas porpragas nas plantações podem serdelimitadas com precisão e mapeadaspara futuras decisões gerenciais eformulação de recomendações. Osmesmos dados do campo podem serusados por aeronaves agrícolas,permitindo a pulverização precisa daterra sem o uso de seres humanos parasinalizar e guiá-los.

Os pulverizadores equipados comGPS podem fazer vôos precisos sobre ocampo, aplicando substâncias químicasapenas onde é necessário, minimizandoo derramamento de produtos químicos,reduzindo a necessidade de aplicação deprodutos químicos e, assim, beneficiandoo meio ambiente. (Publicado emwww.comciência.brwww.comciência.brwww.comciência.brwww.comciência.brwww.comciência.br)

Vice-presidente da Fundação Serviços deDefesa e Tecnologias de Processos - SDTP.Email: [email protected]@[email protected]@[email protected]

TECNOLOGIA

Att

alea

Page 9: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

9

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

F U N D A Ç Ã OEDUCACIONAL

GEOPROCESSAMENTO e

GEOREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS

AGRONEGÓCIO e

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL e

RESPONSABILIDADE SOCIAL

AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

AGROENERGIA e SUSTENTABILIDADE

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA e

COMERCIALIZAÇÃO

CERTIFICAÇÃO e RASTREABILIDADE

DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

DURAÇÃO

12 MESES LETIVOS

AULAS QUINZENAIS

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO

(IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE)

Att

alea

Page 10: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

10

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

ABCGil e Prefeitura organizam Torneio ABCGil e Prefeitura organizam Torneio ABCGil e Prefeitura organizam Torneio ABCGil e Prefeitura organizam Torneio ABCGil e Prefeitura organizam TorneioLeiteiro de Gado Gir na Expoagro de FrancaLeiteiro de Gado Gir na Expoagro de FrancaLeiteiro de Gado Gir na Expoagro de FrancaLeiteiro de Gado Gir na Expoagro de FrancaLeiteiro de Gado Gir na Expoagro de Franca

A Comissão Organizadora daExpoagro - Exposição Agropecuáriade Franca (SP) divulgou a programa-ção de atividades para a 39ª edição dafeira, que acontecerá de 16 a 25 demaio de 2008, no recinto do Parquede Exposições “Fernando Costa”.

Competência e superação. Estassão as qualidades da administraçãomunicipal que, ao lado de parceirosdeterminados, como as associações deprodutores, núcleos de criadores e oSindicato Rural de Franca, conse-guem a cada ano fortalecer este tradi-cional evento.

Heitor de Lima, diretor da Divi-são de Atividades Produtivas, da Pre-feitura de Franca, ressalta que são vá-rias as atrações para este ano. “Tere-mos julgamentos de bovinos Nelore,Brahman, Girolando e Gir Leiteiro; equi-nos Mangalarga e Árabe e os ovinos SantaInês e Morada Nova. Estamos aindanegociando com o núcleo de criadores

de Gado Nelore e de Gado Brahman paraa realização de leilões. Por outro lado,confirmamos a realização do TorneioLeiteiro de Gado Gir”, afirma Heitor.

O torneio acontecerá do dia 22 a 24

de maio, com apoio da ABCGil - Asso-ciação Brasileira dos Criadores de GirLeiteiro.

Para o primeiro final de semana,o recinto do parque abrigará a expo-sição e o julgamento de Gado Neloree de Cavalo Mangalarga. A tradicionalprova de hipismo clássico, promovi-do pela Sociedade Hípica de Franca,acontecerá no domingo, na gramadoprincipal. Para o segundo turno, tere-mos exposição e julgamento de GadoBrahman, Gado Girolando, Gado Gire do Cavalo Árabe.

A exposição de ovinos Santa Inêse Morada Nova está novamente ran-queada pela Aspaco - AssociaçãoPaulista dos Criadores de Ovinos eacontecerá durante todo o período

da feira. A data de julgamento ainda estápor ser definida, o mesmo acontece como nome do jurado.

No último domingo será realizada atradicional exposição de cães.

Heitor de Lima, responsável pela organiza-Heitor de Lima, responsável pela organiza-Heitor de Lima, responsável pela organiza-Heitor de Lima, responsável pela organiza-Heitor de Lima, responsável pela organiza-ção técnica da Expoagro Franca.ção técnica da Expoagro Franca.ção técnica da Expoagro Franca.ção técnica da Expoagro Franca.ção técnica da Expoagro Franca.

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir Leiteiro

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir LeiteiroGIR LEITEIRO - FRANCA/SP

Proprietária:- MARIA TEREZA LEMOS (Tóla)Rodovia João Traficante (Franca/Ibiraci), km 3,5 - Franca (SP) - Tel (16) 8155-4444Email:- [email protected] - Site:- www.fazendaparaiso.com.br

Att

alea

FABEL NOBRE BALEIA

(Nobre x Finesa de Brasília)

FABEL NOBRE BALEIA

(Nobre x Finesa de Brasília)

ARAPONGA

(C.A. Sansão x Fabel Nobre Baleia)

ARAPONGA

(C.A. Sansão x Fabel Nobre Baleia)

FO

TO

: E

dito

ra A

tta

lea

Page 11: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

11

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Venda de máquinas agrícolas segue em altaVenda de máquinas agrícolas segue em altaVenda de máquinas agrícolas segue em altaVenda de máquinas agrícolas segue em altaVenda de máquinas agrícolas segue em altae projeta crescimento de 15% em 2008e projeta crescimento de 15% em 2008e projeta crescimento de 15% em 2008e projeta crescimento de 15% em 2008e projeta crescimento de 15% em 2008

TECNOLOGIA

As vendas de máqui-nas agrícolas podemalcançar a marca de 42,5mil unidades em 2008, oque representaria um au-mento de 14,9% sobre ascerca de 37 mil máquinasque devem ser comer-cializadas este ano. A pro-dução está projetada em69 mil unidades, com au-mento de 9,5% ante as 63mil unidades de 2007. Aavaliação é da Anfavea -Associação Nacional dosFabricantes de VeículosAutomotores.

Somente no mês de janeiro deste ano,o setor comercializou 2.870 máquinas,representando 2,9% mais que em dezem-bro passado e 59% superior ao primeiromês de 2007 - mesmo sendo um dos últi-mos meses do período de recessão que omercado de máquinas passou.

Segundo Gilberto Zago, vice-presi-dente da Anfavea para o setor máquinasagrícolas, o crescimento de cerca de 48%nas vendas internas em 2007 surpreendeua indústria. O firme crescimento foiatribuído ao aumento dos preços decommodities agrícolas e ao segmento de

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir LeiteiroGIR LEITEIRO - FRANCA/SP

FABEL NOBRE BALEIA

(Nobre x Finesa de Brasília)

ARAPONGA

(C.A. Sansão x Fabel Nobre Baleia)

agroenergia, com demanda maior paragrãos, por conta do etanol produzido nosEstados Unidos e, em especial, pela expan-são da cana-de-açúcar no Brasil.

A Anfavea avalia que, mesmo comcrescimento esperado em 2008, a indús-tria não deve ter necessidade de novosinvestimentos, já que a capacidade ins-talada é de produção de 98 mil máquinas.Zago estima que só o segmento agro-energia deve apresentar aumento de ven-da, que varia entre 10% e 15%, puxadopela demanda de cana e oleaginosas. “Omelhor ano da indústria de máquinas foi

2004, em que tínhamosapenas a soja com bonspreços. Mas o para esteano, justifica-se o oti-mismo, já que o cenáriode bons preços se esten-de a todos os grãos”,afirma.

O executivo obser-vou ainda que háespaço para mecaniza-ção nas lavouras bra-sileiras. “O leque de me-canização está maisacessível aos produtores,graças aos programasestaduais e federais que

tornam viáveis financiamentos para ospequenos produtores”.

As vendas de colheitadeiras tambémcresceram em janeiro deste ano (126%),na comparação com janeiro do anopassado. “O mercado está aquecido,sobretudo os clientes produtores degrãos”, diz Zago.

O empresário não acredita eminadimplência com este alto consumo eafirma que as renegociações das dívidascontribuíram muito para a retomada decrédito e o consequente crescimento dasvendas no setor.

O SACI – Sistema de Amostrageme Coleta de Informações é um novoequipamento que torna o trabalho decoleta de amostras de solo mais rápidoe de maior qualidade.

Desenvolvido pela empresa Geo-Tecno Soluções em Automação Agrí-cola (www.geotecno.com.brwww.geotecno.com.brwww.geotecno.com.brwww.geotecno.com.brwww.geotecno.com.br), oSACI é um equipamento portátil e ali-mentado por bateria que realiza a cole-ta de amostras com velocidade até dezvezes maior que a do método conven-cional sem requerer grande esforço dooperador.

Alguns detalhes do equipamentoasseguram a qualidade da amostragem:

a coleta é realizada sem contato manualcom a amostra, evitando a contamina-ção, os volumes retirados são padroniza-dos e o equipamento conta com um limi-tador de profundidade, que garante aretirada da amostra na profundidadecerta. O corpo do amostrador do SACIé de alumínio, garantindo leveza e resis-tência, e seu torque permite o trabalhoem todos os tipos de solo, inclusive os maiscompactados.

O sistema assegura a retirada deamostras em diferentes profundidadesem um mesmo ponto de análise,contando com um protetor contracontaminações para evitar o risco de

mistura das amostras. Além do uso dabateria, a conexão de engate rápidopermite a adaptação do sistema a car-ros, tratores e motocicletas.

A utilização do SACI facilita e tornamais ágil a realização da amostragemde solo, além de garantir um trabalhode qualidade. Ao realizar uma coletacom critério e qualidade para análisede solo, o agricultor tem muito a ganhar.Ao conhecer com exatidão as carênciasdo terreno e passar a aplicar a dosagemadequada de fertilizantes, ele deixa degastar com a compra de produtos des-necessários e pode obter maior produ-tividade.

Novo equipamento torna trabalho de coleta deNovo equipamento torna trabalho de coleta deNovo equipamento torna trabalho de coleta deNovo equipamento torna trabalho de coleta deNovo equipamento torna trabalho de coleta deamostras de solo mais rápido e de maior qualidadeamostras de solo mais rápido e de maior qualidadeamostras de solo mais rápido e de maior qualidadeamostras de solo mais rápido e de maior qualidadeamostras de solo mais rápido e de maior qualidade

FO

TO

S:

Div

ulg

açã

o

Page 12: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

12

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Nova Série MF 200 Advanced, oNova Série MF 200 Advanced, oNova Série MF 200 Advanced, oNova Série MF 200 Advanced, oNova Série MF 200 Advanced, otrator do tamanho do Brasiltrator do tamanho do Brasiltrator do tamanho do Brasiltrator do tamanho do Brasiltrator do tamanho do Brasil

A família da Nova SérieNova SérieNova SérieNova SérieNova SérieMF 200 Advanced MF 200 Advanced MF 200 Advanced MF 200 Advanced MF 200 Advanced compre-ende mais de 500 versões entreos 11 modelos de 50 a 130 cv,que permitem atender uma am-pla gama de aplicações agrícolas,das operações mais comuns àsespeciais.

A agricultura avançou emnovas culturas e em novas prá-ticas que requerem dos tratoresum novo desempenho e carac-terísticas específicas para atenderestas atividades, cada vez maissofisticadas.

A Nova Série MF 200 Ad-vanced atende ainda a outraimportante necessidade dosagricultores: a de utilizar uma configu-ração mais simples, que possa ser empre-gada de forma eficaz com baixo custo.Dessa forma, a Nova Série MF 200Advanced atende às necessidades de todosos níveis tecnológicos com o melhorcusto-benefício do mercado.

A nova família de tratores MasseyFerguson é uma nova geração da SérieMF 200 Advanced, que é líder absolutade mercado há mais de 30 anos. Foramincorporados à nova série quatro novosmodelos: MF 255, MF 291, MF 298 eMF 292 Carregador Cana.

TECNOLOGIA ÚTILTECNOLOGIA ÚTILTECNOLOGIA ÚTILTECNOLOGIA ÚTILTECNOLOGIA ÚTIL

TransmissãoTransmissãoTransmissãoTransmissãoTransmissão – Os diferentes tipos detransmissão que podem configurar osmodelos da Nova Série MF 200 Advancedpermitem a escolha adequada para as maisvariadas aplicações dos tratores. São dotipo sincronizadas, engrenamentoconstante, engrenamento deslizante ereversão. Operações de pátio ou em áreasde dimensões restritas podem serrealizadas com ganho de tempo atravésde câmbios com reversão de qualquermarcha.

Tomada De Força -TDFITomada De Força -TDFITomada De Força -TDFITomada De Força -TDFITomada De Força -TDFI –Projetada para transmitir toda a forçadisponível no motor o sistema é de fácilengate e preciso na transmissão da força.A opção entre 540 ou 1000 rpm permiteescolher o modo mais econômico deoperação. A indicação da velocidade no

painel de instrumentos facilita o ajuste dasrotações no nível desejado.

Acessos – Acessos – Acessos – Acessos – Acessos – O acesso aos pontos deverificação de rotina do trator é extre-mamente fácil e rápido de executar, nãoé necessário articular ou mover tampas,tudo está ao fácil alcance da mão e dosolhos. A lataria é firmemente fixada, pro-tegendo de forma segura as partes emmovimento do contato acidental. Adicio-nalmente o operador está protegido de

desconfortos que possam vir dasrodas ou da natureza do trabalho.

Filtragem do arFiltragem do arFiltragem do arFiltragem do arFiltragem do ar – O pré-filtro de ar de admissão para omotor apresenta uma inovaçãoadicional, além de eliminar asimpurezas primárias ele faz issosem nenhuma necessidade demanutenção rotineira. A sujeiraé devolvida ao meio ambienteenquanto o ar está sendo filtrado,dispensando o coletor e o respec-tivo esvaziamento. Assim o motorganha ar mais limpo e o tempogasto para manutenção é menor.MotorMotorMotorMotorMotor – os motores que equi-pam os tratores da Nova SérieMF 200 Advanced são genuina-

mente projetados para aplicação emtratores. Entre as características impor-tantes desses motores estão a baixa rota-ção na potência máxima e elevado torquena rotação máxima. Essas duas carac-terísticas dão desempenho superior aostratores com manutenção da velocidadede trabalho. Tanques de poliuretano dãoexcelente autonomia e conservam a qua-lidade de combustível, livre de oxidaçãoe corrosão.

A Massey Ferguson promoveutambém o lançamento de uma sériecompleta de Plantadoras e Semeadorasde 2 a 30 linhas de plantio e doismodelos de Plataformas de Milho comvariações de 4 a 12 linhas de colheita.São implementos desenvolvidos comcaracterísticas singulares, adequadas à topografia, solo e clima de cada regiãoprodutora. São quatro modelos dePlantadoras de Plantio Direto para asculturas de verão e inverno:- Série 200para a agricultura familiar; Série 500para médias propriedades; Série 600voltada para cultivo de trigo e soja; eSérie 700 para as grandes lavouras doCentro-Oeste.

Ganha destaque ainda a novacolheitadeira axial MF 9790 ATR, umamáquina de grande porte, com grandecapacidade de colheita e que representa

TECNOLOGIA

a entrada da Massey Ferguson nosegmento de colheitadeiras axiais; acolheitadeira MF 32 Advanced, pro-jetada para atender as lavouras de médioporte com alto nível tecnológico agre-gado e o trator MF 8480 CVT (290cv) omaior trator de pneus ofertado para omercado agrícola.

O grande diferencial do MF 8480 ésua transmissão exclusiva Dyna VT porvariação contínua, que possibilita aooperador trabalhar de 0 a 40 km/hora,sem escala de marchas, nas mais diversase àrduas tarefas.

A nova linha expande nossa ofertade produtos, mantendo a tradição daMassey Ferguson de atender às maisdiversas culturas e diferentes tamanhosde propriedades no Brasil e exterior”, dizFábio Piltcher, diretor de marketing daMassey Ferguson.

Plantadeiras, colheitadeiras e tratorPlantadeiras, colheitadeiras e tratorPlantadeiras, colheitadeiras e tratorPlantadeiras, colheitadeiras e tratorPlantadeiras, colheitadeiras e trator

FO

TO

S:

Div

ulg

açã

o

Page 13: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

13

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Agritech lança trator equipado comAgritech lança trator equipado comAgritech lança trator equipado comAgritech lança trator equipado comAgritech lança trator equipado commotor de 16 válvulas a biodieselmotor de 16 válvulas a biodieselmotor de 16 válvulas a biodieselmotor de 16 válvulas a biodieselmotor de 16 válvulas a biodiesel

A Agritech Lavrale, fabricante dostratores Yanmar Agritech, apresentouna Expodireto Cotrijal 2008 (Não-Me-Toque/RS) as vantagens do seu maisrecente lançamento: o modelo 1175, oprimeiro trator brasileiro commotor de 16 válvulas.

A máquina, que colocou aempresa no mercado de tratorescom maior capacidade, tempotência de 70 cavalos, apesarde manter o tamanho compacto.“Ele foi inteiramente desen-volvido pela Agritech com aqualidade da tecnologia japonesados motores Yanmar. É umaopção mais acessível ao pequenoagricultor que precisa realizartrabalhos mais pesados nocampo”, explica Manuel Mar-tines Cano, gerente industrial daempresa.

A novidade elevou de novepara 12 o número de marchasno câmbio do trator, o que ade-qua melhor a velocidade àsnecessidades do operador. Onovo produto também temmaior capacidade para levantarimplementos, que podem pesaraté duas toneladas. “Esse au-mento é um ganho para o agri-cultor, que economiza tempo narealização de serviços maisintensos”, acrescenta NelsonOkuda Watanabe, gerente devendas da Agritech.

Segundo ele, o trator tam-bém tem um motor econômicoque, além de fazer um apro-veitamento total do combustível,é apto para funcionar combiodiesel B5. “Acreditamos nasustentabilidade do projeto dobiodiesel e ele se encaixa emnossa filosofia de trabalho emdesenvolver produtos com baixaemissão de poluentes”, com-pleta Watanabe, para quem aentrada do biodiesel no mercado

nacional vai gerar uma expressivaeconomia para o país. “Podemos reduziras importações do diesel de petróleo,interferir menos no meio ambiente eainda promover a inclusão social de

TECNOLOGIA

Att

alea

milhares de brasileiros”, afirmaWatanabe.

Mais informações no site:www.agritech.ind.brwww.agritech.ind.brwww.agritech.ind.brwww.agritech.ind.brwww.agritech.ind.br ou no SamiMáquinas Agrícolas (Franca/SP)

Page 14: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

14

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Duque, J.C.M., Nishimori,Duque, J.C.M., Nishimori,Duque, J.C.M., Nishimori,Duque, J.C.M., Nishimori,Duque, J.C.M., Nishimori,C.T.D., Hellu, J.A.A., Horr, M.C.T.D., Hellu, J.A.A., Horr, M.C.T.D., Hellu, J.A.A., Horr, M.C.T.D., Hellu, J.A.A., Horr, M.C.T.D., Hellu, J.A.A., Horr, M.

A anestesia epidural caudal em bovi-nos é utilizada para promover anestesiana cauda, períneo, pênis, anus, reto,vagina e vestíbulo, mantendo o animalem posição quadrupedal. Além disso,também é útil em manipulações obsté-tricas (SKARDA, 1996). Tradicional-mente, os anestésicos locais têm sidoempregados, mas outros fármacos, comoos agonistas de receptores adrenérgicosalfa-2, cetamina e opióides, podem ofe-recer algumas vantagens. Por exemplo,os agonistas dos receptores adrenérgicosalfa-2 produzem menos fraqueza nosmembros pélvicos e analgesia maisabrangente e prolongada (SEGURA et al.,1998).

Entretanto, foram relatados efeitossistêmicos relacionados ao uso epiduraldesses fármacos em bovinos, entre eles,bradicardia, ligeira hipotensão, inibiçãoda motilidade ruminal e timpanismo. Poresse motivo, o uso de doses baixas destassubstâncias em associação com a lido-caína pode ser de maior utilidade, pois seprolonga e potencializa a anestesia cirúr-gica com menor incidência de efeitosadversos (SKARDA, 1996).

No estudo realizado foi avaliada a efi-ciência clínica e o possível aparecimentode quaisquer efeitos indesejáveis, após ainjeção epidural caudal de lidocaína,lidocaína associada à xilazina ou de umasolução pré-diluída de lidocaína e xilazina(BLOC®) em bovinos.

Material e MétodosMaterial e MétodosMaterial e MétodosMaterial e MétodosMaterial e Métodos

Foram utilizados 12 bovinos, 7 fêmease 5 machos, da raça Holandesa, mantidosnos currais do Setor de Grandes Animaisno Hospital Veterinário da Universidadede Franca – UNIFRAN.

Os animais receberam, pela viaepidural, através do espaço intercoccígeoC1-C2: lidocaína1 a 2% sem vasocons-

Anestesia epidural caudal com lidocaína,Anestesia epidural caudal com lidocaína,Anestesia epidural caudal com lidocaína,Anestesia epidural caudal com lidocaína,Anestesia epidural caudal com lidocaína,lidocaína associada à xilazina ou uma solução pré-lidocaína associada à xilazina ou uma solução pré-lidocaína associada à xilazina ou uma solução pré-lidocaína associada à xilazina ou uma solução pré-lidocaína associada à xilazina ou uma solução pré-diluída de lidocaína e xilazina (Bloc®) em bovinosdiluída de lidocaína e xilazina (Bloc®) em bovinosdiluída de lidocaína e xilazina (Bloc®) em bovinosdiluída de lidocaína e xilazina (Bloc®) em bovinosdiluída de lidocaína e xilazina (Bloc®) em bovinos

tritor (GL), na dose de 0,2 mg/kg (1 ml/100 kg); xilazina2 a 2%, 0,004 mg/kg, elidocaína a 2% sem vasoconstritor, 0,2mg/kg, (com volume final de 1 ml/100kg) (GLX); ou a solução pré-diluída delidocaína e xilaxina BLOC® (GB), novolume de 1 ml/100 kg (equivalente a0,004 mg/kg de xilazina e 0,2 mg/kg delidocaína).

ResultadosResultadosResultadosResultadosResultados

A duração da analgesia (maior graude analgesia - 3) foi maior em GLX e emGB (quadro 1quadro 1quadro 1quadro 1quadro 1).

Os tratamentos não ocasionaramalterações significativas nos valores defreqüência cardíaca (FC). A pressãoarterial sistólica diminuiu discretamente

Quadro -1. Quadro -1. Quadro -1. Quadro -1. Quadro -1. Peso médio (kg), período de latência (minutos) e duração do efeito (minutos)em bovinos que receberam lidocaína a 2% sem vasoconstritor (0,2 mg/kg), grupo GL; lidocaínaa 2% sem vasoconstritor (0,2 mg/kg) e xilazina a 2% (0,004 mg/kg), GLX; e a solução pré-diluída de lidocaína e xilazina BLOC® (1 ml/100kg, equivalente a 0,2 mg/kg de lidocaína e0,004 mg/kg de xilazina), pela via epidural. Universidade de Franca, Franca – SP, 2006.

no início das avaliações, mas se mantevedentro dos limites considerados normaispara espécie em GLX e GB. Não houvealterações significativas na motilidaderuminal.

DiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussão

O principal objetivo deste estudo foicomprovar a eficiência do BLOC® eprever seu possível comportamento narotina clínica. Não foram observados osefeitos adversos (sedação, ataxia, decú-bito, entre outros) comumente associa-dos com o uso epidural da xilazina emGLX nem em GB.

Provavelmente, isso se deva a que àdose utilizada (0,004 mg/kg) foi muitomenor à empregada por outros autores

Grupo Peso (kg) Latência (min)Grupo Peso (kg) Latência (min)Grupo Peso (kg) Latência (min)Grupo Peso (kg) Latência (min)Grupo Peso (kg) Latência (min) Duração (min)Duração (min)Duração (min)Duração (min)Duração (min)

GL GL GL GL GL 357±75,71 8,25±4,71 75±51,96GLX GLX GLX GLX GLX 302,25±41,83 11,5±3 285±90GIM GIM GIM GIM GIM 373,25±60,38 5,5±3,31 210±60

Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-nistração de lidocaína a 2% sem vaso-nistração de lidocaína a 2% sem vaso-nistração de lidocaína a 2% sem vaso-nistração de lidocaína a 2% sem vaso-nistração de lidocaína a 2% sem vaso-constritor, 1ml/100 kg.constritor, 1ml/100 kg.constritor, 1ml/100 kg.constritor, 1ml/100 kg.constritor, 1ml/100 kg.

Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-Áreas de analgesia obtidas pela admi-nistração de BLOCnistração de BLOCnistração de BLOCnistração de BLOCnistração de BLOC®®®®® (1ml/100 kg) (1ml/100 kg) (1ml/100 kg) (1ml/100 kg) (1ml/100 kg)

1 Cloridrato de lidocaína a 2% sem vaso-constritor. Hipolabor, Borges – MG, Brasil.2 Rompun. Bayer, São Paulo – SP, Brasil.

FO

TO

S:

Div

ulg

açã

o

Page 15: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

15

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Page 16: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

16

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

(0,03-0,05 mg/kg) (SKARDA et al., 1990;ALMEIDA et al., 2004), fazendo com quea dispersão cranial no canal medular e aredistribuição do fármaco desde o espaçoepidural para os sítios supra-espinhaisfosse mínima. Este aspecto reforça asegurança do produto, quando utilizadonas doses recomendadas.

A ausência de alterações na FC apoiaesta hipótese, pois a bradicardia e osbloqueios atrio-ventriculares de I e IIgraus são efeitos comuns da xilazina(THURMON et al., 1996).

Sem a mensuração das concentraçõesde xilazina no plasma ou no líquido cefa-lorraquidiano, talvez não seja apropriadoafirmar que não houve efeitos sistêmicos.Apesar de não ter ocorrido sedação evi-dente, os animais se mostraram mais dó-ceis e fáceis de manipular na primeira ho-ra de avaliação e foi observada ataxianum animal do GB.

Isso sugere que, embora mínima,pode ter ocorrido absorção e redistri-buição do fármaco desde o espaço epidu-ral para os centros supra-espinhais. O usoda associação de lidocaína e xilazina e doBLOC® provocou analgesia mais consis-tente e duradoura, pois no GL dois ani-mais mostraram analgesia assimétrica

desde o início das avaliações, o que nãoocorreu em GLX nem em GB.

Não se observaram diferenças signifi-cativas na qualidade nem na duração daanalgesia fornecida pela solução pré-diluída BLOC®, ao compará-la com o usoconjunto de xilazina e lidocaína emapresentações separadas.

Neste ensaio decidiu-se comparar oBLOC® (GB) com a administração de li-docaína isoladamente (GL) para verificarque o bloqueio anestésico realmente é demaior duração e mais uniforme, permi-tindo procedimentos prolongados semnecessidade de reaplicação e fornecendoanalgesia pós-operatória por períodos deaté 6 horas. Ao comparar os efeitosclínicos produzidos pela associação deapresentações comerciais de xilazina e delidocaína por separado (GLX), comaqueles observados após a administraçãoda solução pré-diluída (GB), os autoresquiseram verificar que a atividadefarmacológica do BLOC® fosse similar enão estivesse influenciada por fatorescomo o pH, o tempo de armazenamentoo uso do veículo e a estabilidade dasolução, entre outros.

A ausência de efeitos indesejáveis oude quaisquer intercorrências após o uso

de BLOC® nos bovinos, sugere que estasubstância pode ser utilizada com segu-rança, nas doses recomendadas, quandofor necessária a realização de procedi-mentos que precisem de mais de 90 a 120minutos de anestesia (tempo de duraçãodo efeito da lidocaína).

Também, pode-se indicar o uso doBLOC® nos casos em que se deseje for-necer analgesia no período pós-opera-tório imediato (duas a seis horas).

Até o final de 2009 a Nilza Alimen-tos terá uma unidade no município deAlfenas (MG). O investimento será deR$ 25 milhões e a fábrica produzirá20 derivados de leite como queijo,manteiga, leite condensado e em pó.

O presidente da Nilza, Adhemarde Barros Neto, informou que a novaunidade terá foco no mercado internoe atenderá, principalmente, os merca-dos mineiro e fluminense. Mas parteda produção também irá para omercado externo, sobretudo para ospaíses do Mercosul.

Tanto em Uberlândia (MG)como em outros municípiosmineiros, o programa BaldeCheio está atingindo o objetivode promover a melhoria darenda do produtor. No estado,são 40 municípios participantes,e está sendo articulada a partici-pação de outros.

Em Uberlândia, ele estásendo desenvolvido em parceriacom a Faemg - Federação daAgricultura e Pecuária do deMinas Gerais, o Senar Minas e aCALU - Cooperativa dos Produ-tores de Leite de Uberlândia.

Já são 54 fazendas assistidas, oitodelas servindo como unidades demons-trativas do projeto. “O Balde Cheio temtudo para ser bem-sucedido, pois ésimples e sustentável. Além disso, temgrande alcance social, porque estáatendendo basicamente a pequenosprodutores rurais”, ressalta o presidenteda Faemg, Roberto Simões. Os bonsresultados são confirmados pelo pro-

Balde Cheio: 54 fazendas assistidas em UberlândiaBalde Cheio: 54 fazendas assistidas em UberlândiaBalde Cheio: 54 fazendas assistidas em UberlândiaBalde Cheio: 54 fazendas assistidas em UberlândiaBalde Cheio: 54 fazendas assistidas em Uberlândia

dutor Roberto Pereira de Oliveira. Aprodução, que não passava de 70 litrosdiários no período das águas, aumentou50% já no primeiro mês.

Hoje a produção diária é de 200 litrosde leite - sem ampliar o rebanho - com16 vacas em lactação. “Antes, não ano-távamos nada: não tínhamos noção dequanto ganhávamos e gastávamos ou dequanto uma vaca produzia. Agora,controlamos tudo”, disse o produtor.

Nilza investirá R$ 25Nilza investirá R$ 25Nilza investirá R$ 25Nilza investirá R$ 25Nilza investirá R$ 25milhões em unidademilhões em unidademilhões em unidademilhões em unidademilhões em unidade

em Alfenas (MG)em Alfenas (MG)em Alfenas (MG)em Alfenas (MG)em Alfenas (MG)

Segundo o presidente daCalu, Eduardo Dessimoni, o su-cesso do projeto é tanto que embreve deve dobrar o número depropriedades assistidas na região.

Para o presidente da Comis-são Nacional de Pecuária de Leiteda CNA - Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil,Rodrigo Alvim, os resultados doBalde Cheio irão se refletir demaneira significativa na pro-dução nacional, já que o projetoatende prioritariamente o pro-dutor de pequeno porte, catego-

ria que representa 75% do total depecuaristas de leite do país.

Em linhas gerais, o projeto consistena adoção de técnicas de manejo de pas-tagem do gado, controle zootécnico egestão da propriedade, com o acompa-nhamento minucioso das receitas e des-pesas, buscando a maior produção deleite na menor área possível e, conse-qüentemente, gerando mais lucro parao produtor.

Page 17: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

17

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Pesquisa contratadapela OCB - Organizaçãodas Cooperativas do Bra-sil, pela CBCL - Confe-deração Brasileira dasCooperativas de Latici-nios, pelo Sebrae - ServiçoBrasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Em-presas e pelo MDA - Mi-nistério do Desenvol-vimento Agrário divul-gada neste começo de ano,mostra que a produçãonacional de leite, queatualmente supera 26bilhões de litros por ano,tende a crescer continuamente nospróximos anos. O levantamento foirealizado em 2007.

Segundo o vice-presidente da OCB,Ronaldo Ernesto Scucato, a perspectivaé que o país dobre a produção nospróximos 15 anos sem a necessidade deampliar a área de exploração pecuária.

De acordo com Scucato, a produçãonacional cresceu 4,37% em média de2002 para cá. Esse desempenho permitiureverter a situação de importador paraexportador de leite e derivados. “Aindasomos pequenos exportadores, mas aexpectativa é de nos transformarmos em

Produção de leite deve crescer sem aumentar a áreaProdução de leite deve crescer sem aumentar a áreaProdução de leite deve crescer sem aumentar a áreaProdução de leite deve crescer sem aumentar a áreaProdução de leite deve crescer sem aumentar a área

grandes exportadores em poucos anos,pois se descortina um cenário favorávelna economia leiteira”, declarou.

Segundo o diretor de AssistênciaTécnica e Extensão Rural do Ministériodo Desenvolvimento Agrário, ArgileuMartins, mais de 60% da produçãonacional de leite provém de 1,6 milhãode pequenas propriedades.

A pesquisa “Cenários para o Leite em2020” foi realizada pela consultoriaAgriPoint, em parceria com a EmbrapaGado de Leite e o Instituto Ouro Verde.O trabalho, que teve consultoria da FIA/USP, envolveu ampla pesquisa com pro-

dutores, laticínios, coope-rativas e demais segmentosda cadeia produtiva.

De acordo com expec-tativa da maioria dos maisde 100 entrevistados “o ce-nário mais provável é decrescimento continuado,pelo menos em taxas histó-ricas, mas com possibi-lidade de crescimento maisacelerado devido à con-juntura favorável e inves-timentos públicos e priva-dos no setor”, enfatizou odiretor da AgriPoint, Mar-celo Pereira de Carvalho.

Ele salientou que os preços in-ternacionais dobraram nos últimos anose a demanda cresceu, principalmente nospaíses emergentes, o que possibilita oaumento do consumo externo.

Carvalho acredita que a exportaçãoatual, de mais de 600 milhões de litros deleite por ano, deve aumentar para pelomenos cerca de 5 bilhões de litros em2020. “No Brasil o setor mantém nívelde inovação suficiente para garantir acompetitividade e sustentação dos preçose não precisamos de área adicional paracrescer, basta aumento de produti-vidade”, avaliou.

FO

TO

: E

mbr

apa

CN

PG

L

Page 18: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

18

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Aconteceu, no último dia 15 de março, o “Leilão Berço do Gir & Convidados”, organizado por Tóla Lemos,Aconteceu, no último dia 15 de março, o “Leilão Berço do Gir & Convidados”, organizado por Tóla Lemos,Aconteceu, no último dia 15 de março, o “Leilão Berço do Gir & Convidados”, organizado por Tóla Lemos,Aconteceu, no último dia 15 de março, o “Leilão Berço do Gir & Convidados”, organizado por Tóla Lemos,Aconteceu, no último dia 15 de março, o “Leilão Berço do Gir & Convidados”, organizado por Tóla Lemos,Orlandinho Olivieri e Gê Bittar. O evento foi um sucesso de público e de vendas.Orlandinho Olivieri e Gê Bittar. O evento foi um sucesso de público e de vendas.Orlandinho Olivieri e Gê Bittar. O evento foi um sucesso de público e de vendas.Orlandinho Olivieri e Gê Bittar. O evento foi um sucesso de público e de vendas.Orlandinho Olivieri e Gê Bittar. O evento foi um sucesso de público e de vendas.

Nilo LemosNilo LemosNilo LemosNilo LemosNilo Lemos A família Lemos recebe os cumprimentos da platéia.A família Lemos recebe os cumprimentos da platéia.A família Lemos recebe os cumprimentos da platéia.A família Lemos recebe os cumprimentos da platéia.A família Lemos recebe os cumprimentos da platéia. Tóla Lemos e o criador Terso BernabéTóla Lemos e o criador Terso BernabéTóla Lemos e o criador Terso BernabéTóla Lemos e o criador Terso BernabéTóla Lemos e o criador Terso Bernabé

Reprodutor UNO DA SILVANIA. Filho de ‘Obelisco’Reprodutor UNO DA SILVANIA. Filho de ‘Obelisco’Reprodutor UNO DA SILVANIA. Filho de ‘Obelisco’Reprodutor UNO DA SILVANIA. Filho de ‘Obelisco’Reprodutor UNO DA SILVANIA. Filho de ‘Obelisco’(campeão nacional Gir Leiteiro/99), irmão paterno de(campeão nacional Gir Leiteiro/99), irmão paterno de(campeão nacional Gir Leiteiro/99), irmão paterno de(campeão nacional Gir Leiteiro/99), irmão paterno de(campeão nacional Gir Leiteiro/99), irmão paterno devárias campeãs de leite e de pista (incluindo ‘Unção’,várias campeãs de leite e de pista (incluindo ‘Unção’,várias campeãs de leite e de pista (incluindo ‘Unção’,várias campeãs de leite e de pista (incluindo ‘Unção’,várias campeãs de leite e de pista (incluindo ‘Unção’,que atingiu 10.488 kg leite). Sua filha ‘Rumba’ foi campeãque atingiu 10.488 kg leite). Sua filha ‘Rumba’ foi campeãque atingiu 10.488 kg leite). Sua filha ‘Rumba’ foi campeãque atingiu 10.488 kg leite). Sua filha ‘Rumba’ foi campeãque atingiu 10.488 kg leite). Sua filha ‘Rumba’ foi campeãnovilha (Expomilk/2005).novilha (Expomilk/2005).novilha (Expomilk/2005).novilha (Expomilk/2005).novilha (Expomilk/2005).

Garrote UNIÃO, filho de Uno da Silvania e Alvorada, deGarrote UNIÃO, filho de Uno da Silvania e Alvorada, deGarrote UNIÃO, filho de Uno da Silvania e Alvorada, deGarrote UNIÃO, filho de Uno da Silvania e Alvorada, deGarrote UNIÃO, filho de Uno da Silvania e Alvorada, deTóla Lemos foi adquirido no leilão pelo criador Lucas VieiraTóla Lemos foi adquirido no leilão pelo criador Lucas VieiraTóla Lemos foi adquirido no leilão pelo criador Lucas VieiraTóla Lemos foi adquirido no leilão pelo criador Lucas VieiraTóla Lemos foi adquirido no leilão pelo criador Lucas Vieira(Juiz de Fora/MG). O garrote trouxe nas costas a “capa”(Juiz de Fora/MG). O garrote trouxe nas costas a “capa”(Juiz de Fora/MG). O garrote trouxe nas costas a “capa”(Juiz de Fora/MG). O garrote trouxe nas costas a “capa”(Juiz de Fora/MG). O garrote trouxe nas costas a “capa”utilizada antes pelos reprodutores da Santa Gemma, emutilizada antes pelos reprodutores da Santa Gemma, emutilizada antes pelos reprodutores da Santa Gemma, emutilizada antes pelos reprodutores da Santa Gemma, emutilizada antes pelos reprodutores da Santa Gemma, emespecial, o “Guatambu (filho de Triunfo)”.especial, o “Guatambu (filho de Triunfo)”.especial, o “Guatambu (filho de Triunfo)”.especial, o “Guatambu (filho de Triunfo)”.especial, o “Guatambu (filho de Triunfo)”.

Alexandre e o criador Ênio Natal.Alexandre e o criador Ênio Natal.Alexandre e o criador Ênio Natal.Alexandre e o criador Ênio Natal.Alexandre e o criador Ênio Natal. Mário Roberto, Silvio Queiroz (ABCGil) e Lauriston Fernandes (Premix).Mário Roberto, Silvio Queiroz (ABCGil) e Lauriston Fernandes (Premix).Mário Roberto, Silvio Queiroz (ABCGil) e Lauriston Fernandes (Premix).Mário Roberto, Silvio Queiroz (ABCGil) e Lauriston Fernandes (Premix).Mário Roberto, Silvio Queiroz (ABCGil) e Lauriston Fernandes (Premix).

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Page 19: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

19

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Page 20: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

20

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Tradição e tecnologia estimulam aTradição e tecnologia estimulam aTradição e tecnologia estimulam aTradição e tecnologia estimulam aTradição e tecnologia estimulam aprodução de leite em Carmo do Rio Claroprodução de leite em Carmo do Rio Claroprodução de leite em Carmo do Rio Claroprodução de leite em Carmo do Rio Claroprodução de leite em Carmo do Rio Claro

Romilton Francisco, o filho Rodrigo e a esposa Roseli. Ao fundo, o empresárioRomilton Francisco, o filho Rodrigo e a esposa Roseli. Ao fundo, o empresárioRomilton Francisco, o filho Rodrigo e a esposa Roseli. Ao fundo, o empresárioRomilton Francisco, o filho Rodrigo e a esposa Roseli. Ao fundo, o empresárioRomilton Francisco, o filho Rodrigo e a esposa Roseli. Ao fundo, o empresárioLuiz Antonio da Silva (LWS). Em 7 alqueires, e atualmente com 6 vacas emLuiz Antonio da Silva (LWS). Em 7 alqueires, e atualmente com 6 vacas emLuiz Antonio da Silva (LWS). Em 7 alqueires, e atualmente com 6 vacas emLuiz Antonio da Silva (LWS). Em 7 alqueires, e atualmente com 6 vacas emLuiz Antonio da Silva (LWS). Em 7 alqueires, e atualmente com 6 vacas emlactação em duas ordenhas diárias, a propriedade tira hoje 100 litros/dia delactação em duas ordenhas diárias, a propriedade tira hoje 100 litros/dia delactação em duas ordenhas diárias, a propriedade tira hoje 100 litros/dia delactação em duas ordenhas diárias, a propriedade tira hoje 100 litros/dia delactação em duas ordenhas diárias, a propriedade tira hoje 100 litros/dia delei te .le i te .le i te .le i te .le i te .

Seja pequena, média ou grande pro-dução, a atividade leiteira está presenteem quase metade dos estabelecimentosexistentes no município de Carmo do RioClaro (MG), atualmente responsável pelaprodução de mais de 23 mil litros diários,de acordo com o Censo Agropecuário doIBGE de 2006.

Banhado pelo lago de Furnas, o muni-cípio possui uma pecuária forte e é reco-nhecida nacionalmente como uma gran-de bacia leiteira.

A tradição é a principal responsávelpor esta característica nas propriedadesdo município. “A atividade leiteira estápresente nesta região há muitas gerações.Começou com o avô do avô e permaneceaté hoje. A tradição é muito forte”, afir-ma Luis Antônio da Silva, proprietário da

LWS Equipamentos de Refrigeração. Luisinho, como é conhecido, possui

uma ligação mais que empresarial com omunicípio de Carmo do Rio Claro. Alémde ser também produtor de leite no mu-nicípio (Estância 21, às margens do Lagode Furnas), Luisinho conhece como nin-guém as dificuldades e as necessidades dosprodutores de leite da região.

Em cada propriedade em que visita-mos encontramos uma relação mais quede ‘negócio’ entre o empresário e os pro-dutores de leite.

O Sr. Romilton e D. Roseli,pequeno proprietário do mu-nicípio e na atividade leiteirahá mais de 30 anos, reconhe-cem a papel do empresário.“Ele foi muito importante pa-ra nós. E ainda é. E não es-tamos falando apenas do ladocomercial, de máquinas eequipamentos. Estamos fa-lando de conselhos, de ami-zade. Ele chegou num mo-mento difícil para nossa fa-mília. O lucro era pouco como leite e, para manter a casa,fomos obrigados a abandonara atividade para trabalhar

como diaristas em lavouras de café. Comas suas orientações, voltamos à atividadeleiteira e organizamos a nossa produção”,afirma Roseli.

De acordo com Luisinho, mesmocom a atividade leiteira apresentando umbaixo retorno financeiro, o produtor po-de viver e muito bem do leite. “Não pre-cisa investir alto demais para se produzirleite em quantidade e qualidade dese-jáveis. O que sobra da atividade leiteira épraticamente o que você gasta. Assim, oque o produtor precisa fazer é utilizartécnicas que facilitem o seu trabalho napropriedade e reduzam os custos deprodução. Sobra mais dinheiro e o pro-

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Page 21: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

21

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Bezerras sadias e mais resistentes aBezerras sadias e mais resistentes aBezerras sadias e mais resistentes aBezerras sadias e mais resistentes aBezerras sadias e mais resistentes acarrapatos e bernes.carrapatos e bernes.carrapatos e bernes.carrapatos e bernes.carrapatos e bernes.

dutor tem mais tempo para se dedicar àoutras atividades. Como é o caso do Ro-milton e da Roseli, que além dos 22 milpés de café da propriedade, ainda pres-tam serviços, na época de safra, paraoutros produtores”, explica Luisinho.

A propriedade adotou um sistema deordenha mecanizada produzido pelaLWS Equipamentos e Refrigeraçãoadaptado para pequenas propriedades,de baixo custo. “É o mesmo sistema deuma ordenhadeira canalizada conven-cional, com exceção da bomba de trans-ferência de leite. A transferência é feitade forma manual: simples e por gravi-dade”, explica o empresário.

Atualmente com um plantel de 15vacas holandesas, sendo que apenas 6estão em lactação, o Sr. Romilton produzdiariamente cerca de 100 litros de leite,

que são entregues para a cooperativa.A condição de pelagem dos animais

nos surpreendeu. Em plena época dechuvas, com o barro até no meio das ca-nelas dos animais, a vacas apresentavampêlos com um preto e branco vivo, bri-lhante, praticamente sem sinais de carra-patos ou bernes. “Utilizamos há algunsanos produtos homeopáticos para o con-trole destes parasitos. Antes gastávamosmuito com o controle químico. Reduziu

bem o nosso custo de produção e já ve-mos reflexo nas crias, que já nascem maisresistentes”, afirma Rodrigo, filho do casale um dos mais animados com a atividadeleiteira.

A propriedade paga pela assistênciatécnica em seus animais, mas recebeorientações sobre o uso da homeopatiade José Soté da Silva, da revenda Nafa-zenda Agronegócios, de Carmo do RioClaro (MG). “Mas a inseminação artifi-cial é feita pelo nosso próprio filho, quefoi treinado num curso organizado peloSenar aqui no município”, explicaRomilton.

No mercado desde 1978, a LWSEquipamentos de Refrigeração estásediada em Franca (SP), possui referêncianacional de qualidade no setor de meta-lurgia, na área de equipamentos em açoinox, como ordenhadeiras canalizadas,resfriadores para leite, torres e centraisde refrigeração, aquecedores de água epeças de reposição.

Nas próximas edições, a RevistaAttalea Agronegócios estará retratandooutras propriedades rurais no municípiode Carmo do Rio Claro (MG) produtorasde leite, como a do Sr. Renato e a D.Alessandra; e a do Sr. Ailton Freire (emtorno de mil litros); e a do Sr. MoizésLemos (acima de 8 mil litros).

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Att

alea

Page 22: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

22

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Agricultores apostam em clones de eucaliptoAgricultores apostam em clones de eucaliptoAgricultores apostam em clones de eucaliptoAgricultores apostam em clones de eucaliptoAgricultores apostam em clones de eucalipto

Eduardo Rodrigues e Silva, técni-Eduardo Rodrigues e Silva, técni-Eduardo Rodrigues e Silva, técni-Eduardo Rodrigues e Silva, técni-Eduardo Rodrigues e Silva, técni-co agrícola da AgroPL.co agrícola da AgroPL.co agrícola da AgroPL.co agrícola da AgroPL.co agrícola da AgroPL.

A uniformidade nos talhões de eucaliptos é aA uniformidade nos talhões de eucaliptos é aA uniformidade nos talhões de eucaliptos é aA uniformidade nos talhões de eucaliptos é aA uniformidade nos talhões de eucaliptos é acaracterística que mais atrai os agricultores.característica que mais atrai os agricultores.característica que mais atrai os agricultores.característica que mais atrai os agricultores.característica que mais atrai os agricultores.

A crecente demanda pormadeira vem promovendoprofundas alterações no ce-nário agropecuário da AltaMogiana, região no norteEstado de São Paulo.

Mas, diferentemente deregiões onde grandes empre-sas de papel e celulose explo-ram extensivamente o plantiode eucalipto, a região vem secaracterizando pelo plantioem áreas marginais, divisas depropriedades e também co-mo segunda ou terceira ativi-dade na propriedade.

De acordo com Álvaro Ri-cardo Cirilo, diretor da Pau-Brasil Consultoria - que prestaserviços para a AgroPL e oViveiro Pavão - o plantio deeucalipto tem se mostrado uma ex-celente fonte de renda para o agricultor.“A procura tem sido tão grande, quevárias empresas estão se especializandoem tecnologias e serviços para atenderesta demanda”, diz.

Para se ter idéia do mercado, apenaso Viveiro Pavão (Franca/SP) comercia-lizou - de outubro/2007 a março de 2008

- cerca de 600 mil mudas de eucalipto.“Deste total, 70% foram plantadas meca-nicamente”, ressalta Eduardo Rodriguese Silva, técnico agrícola da AgroPL, em-presa com sede em Ribeirão Preto (SP),especializada no plantio mecanizado demudas.

Para o ano agrícola 2008-2009, Ciriloafirma que a procura é grande e a pre-

ferência agora são para os clones. “Em2007, 80% do plantio da região fo-ram de mudas originárias de sementese apenas 20% de clones. Para este ano,mudou completamente. Foram en-comendadas 1,2 milhão de mudas clo-nadas e apenas 500 mil de semen-teiras”, afirma o consultor.

A uniformidade dos talhões é aprincipal característica dos clones,além de possibilitar o corte rentáveldas plantas com apenas 5 anos. “Asmudas originárias de sementes re-querem no mínimo 7 anos para ocorte”, explica Cirilo.

E o agricultor ainda pode esco-lher, de acordo com o tipo de solo ouregião de plantio. São 6 variedadesde clones e 3 variedades de semen-teiras.

A preferência pelo clone esbarra,porém no custo da muda. O milheirosai por R$ 200,00 no caso desementeiras e R$ 300,00 no caso declones.

O plantio mecanizado de mudasde eucalipto vem acompanhando atecnologia empregada nos últimos

Controle do matoControle do matoControle do matoControle do matoControle do matoInicialmente, quando a muda aindaInicialmente, quando a muda aindaInicialmente, quando a muda aindaInicialmente, quando a muda aindaInicialmente, quando a muda aindaé pequena e pode ser abafada peloé pequena e pode ser abafada peloé pequena e pode ser abafada peloé pequena e pode ser abafada peloé pequena e pode ser abafada pelomato, o controle é feito de formamato, o controle é feito de formamato, o controle é feito de formamato, o controle é feito de formamato, o controle é feito de formamecânica (coroamento).mecânica (coroamento).mecânica (coroamento).mecânica (coroamento).mecânica (coroamento).

Com o passar do tempo, pode-seCom o passar do tempo, pode-seCom o passar do tempo, pode-seCom o passar do tempo, pode-seCom o passar do tempo, pode-seutilizar herbicidas no coroamento,utilizar herbicidas no coroamento,utilizar herbicidas no coroamento,utilizar herbicidas no coroamento,utilizar herbicidas no coroamento,deixando cobertura verde nasdeixando cobertura verde nasdeixando cobertura verde nasdeixando cobertura verde nasdeixando cobertura verde nasentrelinhas e entre-plantas.entrelinhas e entre-plantas.entrelinhas e entre-plantas.entrelinhas e entre-plantas.entrelinhas e entre-plantas.

Mas como o eucalipto é sensível aoMas como o eucalipto é sensível aoMas como o eucalipto é sensível aoMas como o eucalipto é sensível aoMas como o eucalipto é sensível aoherbicida, é necessário eliminar osherbicida, é necessário eliminar osherbicida, é necessário eliminar osherbicida, é necessário eliminar osherbicida, é necessário eliminar osramos inferiores.ramos inferiores.ramos inferiores.ramos inferiores.ramos inferiores.

Plantio mecanizado de mudas de eucalip-Plantio mecanizado de mudas de eucalip-Plantio mecanizado de mudas de eucalip-Plantio mecanizado de mudas de eucalip-Plantio mecanizado de mudas de eucalip-to com equipamento da AgroPL.to com equipamento da AgroPL.to com equipamento da AgroPL.to com equipamento da AgroPL.to com equipamento da AgroPL.

SILVICULTURA

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Page 23: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

23

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

meses para a cafei-cultura. “É uma tec-nologia fantástica.Além de agilizar oplantio, reduz o custopor exigir menosm ã o - d e - o b r a ” ,afirma Eduardo.

Em apenas umhectare, adotando-seum espaçamento de3x2m, pode-se plan-tar até 1.600 mudasde eucalipto. “Ado-tando-se a mecani-zação e utilizando-seapenas 4 pessoas, po-demos plantar de 12a 15 mil plantas em um dia”, explicaCirilo.

O consultor afirma que a máquinapossui adaptação para o plantio nãosomente de eucalipto, mas também depinus, espécies nativas e também do pi-nhão-manso, muito utilizado ultima-mente para a produção de biodiesel.

DiferencialDiferencialDiferencialDiferencialDiferencial

A demanda por madeira tem sido ofator principal pela crescente procura

pelo plantio de mudas de eucalipto. MasCirilo ressalta que existe um diferencialimportante na parceria entre a Pau-Brasil,o Viveiro Pavão e a AgroPL. “Estou nomercado desde 1987, prestando asses-soria para grandes, médios e pequenosprodutores. Em todos os momentos sem-pre segui três itens importantes: a qua-lidade no produto, a qualidade no atendi-mento e bons preços. Sem isto, nenhumaempresa se sobressai”, finaliza.

SILVICULTURA

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

Álvaro Ricardo Cirilo mostra talhão uniforme comÁlvaro Ricardo Cirilo mostra talhão uniforme comÁlvaro Ricardo Cirilo mostra talhão uniforme comÁlvaro Ricardo Cirilo mostra talhão uniforme comÁlvaro Ricardo Cirilo mostra talhão uniforme comclones de eucalipto.clones de eucalipto.clones de eucalipto.clones de eucalipto.clones de eucalipto.

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

O aumento da demanda mundialpor celulose, aliado ao fechamento deunidades industriais no hemisférionorte, fizeram com que o preço inter-nacional da celulose de Eucalipto em2007 alcançasse as maiores cotaçõesdos últimos 7 anos.

Em trabalho desenvolvido pelostécnicos da Silviconsult, os resultadosmostraram que a tendência de au-mento dos preços continuará forte em2008. Em relação a atratividade deplantios de Eucalipto no Brasil, éimportante analisar detalhadamente osdiversos fatores intervenientes aonegócio florestal.

De acordo com estudos desenvol-vidos pela Silviconsult em diversasregiões do país, a rentabilidade deprojetos florestais de Eucalipto podevariar entre 6% e 21%. Dessa forma, aelaboração de Business Plan como basepara a tomada de decisão de investi-mento é fundamental.

Entre os principais fatores críticospara o sucesso de um empreendimentoflorestal destacam se: configuração domercado regional, produtividades,modelo de negócio adotado, regimede manejo, regime tributário, receitaisadicionais potenciais (créditos decarbono e de reposição florestal) epreço de terra.

AumentamAumentamAumentamAumentamAumentamos preçosos preçosos preçosos preçosos preços

internacionaisinternacionaisinternacionaisinternacionaisinternacionaisda celuloseda celuloseda celuloseda celuloseda celulose

Page 24: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

24

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Controle biológico na cana-de-açúcarControle biológico na cana-de-açúcarControle biológico na cana-de-açúcarControle biológico na cana-de-açúcarControle biológico na cana-de-açúcarA cultura da cana-de-açúcar

expandiu vertiginosamente em to-dos os cantos do país, graças à cres-cente procura pelo etanol e, conse-quentemente, pelos altos inves-timentos dos empresários em novasusinas esmagadoras.

Mesmo com a recuperação dospreços de grãos (milho e soja) e aqueda no valor pago pelas usinas portonelada de cana produzida, aatividade vai se mantendo forte em todoo país.

Regiões tradicionais como o Nordeste,a região de Campos (RJ), Campinas (SP),Piracicaba (SP) e Ribeirão Preto (SP),agora dividem espaço com áreas ondepredominavam outras atividades agro-pecuárias (pecuária de corte e grãos). É ocaso da Alta Mogiana (Guaira, Ituverava,Igarapava, Batatais, Orlândia), SudoesteMineiro (Passos, Monte Santo de Minas),Triângulo Mineiro (Uberaba, Uberlân-dia) e cerrado de Goiás.

O crescimento da área plantada comcana-de-açúcar arrasta para cima outrossetores da economia nacional, como aprodução de fertilizantes e de agrotóxi-cos. Mas o uso indiscriminado e excessivodestes insumos, além de encarecer sobre-

maneira as atividades, interferem dire-tamente no meio ambiente.

Uma boa alternativa neste caso é aadoção do controle alternativo de pragase doenças. De acordo com o biólogoAlzimiro Marcelo Conteiro Castilho,diretor da Divisão Técnica da AgribioDefensivos Alternativos todas as pragas edoenças – inclusive da cana-de-açúcar –podem ser tratados com o controlealternativo, isto é, utilizando produtosbiológicos, rotação de cultura, inimigosnaturais, bem como mudas e variedadesresistentes à doenças.

Segundo Castilho, o controle biológico– principalmente o de insetos – vemsendo utilizado desde a Antiguidade. “Nadécada de 40, com a entrada dos com-postos químicos no mercado, o uso do

controle biológico diminuiu. Ressur-giu nos anos 60, devido aos pro-blemas ocasionados pelo uso indis-criminado de agrotóxicos, especial-mente às intoxicações e à resistênciados insetos aos inseticidas”, explica oempresário.

Atualmente estima-se que, parao controle de pragas e doenças – emtodo o mundo e em todas as ativi-dades agrícolas –, sejam consumidos

6 bilhões de dólares em agrotóxicos e queo retorno fica em torno de 3 a 5 dólarespara cada dólar gasto na compra deprodutos químicos. Segundo Castilho, oretorno pelo uso do controle biológicopode chegar a 25 dólares por dólar gasto,em um período de 5 anos e até 30dólares, num período de 10 anos. “Alémdos benefícios financeiros, devemosenglobar os benefícios ambientais naanálise custo-benefício do controlebiológico”, alerta Castilho.

ConceitoConceitoConceitoConceitoConceito

Controle Biológico nada mais é do queo controle natural de organismos vivosutilizando-se de outros organismos vivos.“Todas as pragas tem um complexo de

Franca sediou seminário de agricultura orgânicaFranca sediou seminário de agricultura orgânicaFranca sediou seminário de agricultura orgânicaFranca sediou seminário de agricultura orgânicaFranca sediou seminário de agricultura orgânicaAconteceu no último dia 06 de

março, no Anfiteatro do SESI, emFranca (SP), o II Seminário de Agricul-tura Orgânica da Região de Franca. Oevento foi organizado pelo EscritórioRegional do Sebrae Franca, através doPrograma SAI - Sistema AgroindustrialIntegrado, com o apoio da Unifran -

Universidade de Franca eda AERF - Associação dosEngenheiros Arquitetos eAgrônomos de Franca eRegião

Cerca de 125 pessoasacompanharam com inter-esse as cinco palestras doprograma, que abor-daram, “Homeopatia Ani-mal”, “Manejo de Pasta-gem em Sistema Orgâ-nico”, “Fertilidade do So-lo”, “Legislação Orgânica”e “Cafeicultura Orgânica”.

O objetivo principal do seminário foipromover a agricultura orgânica naregião, além de mostrar o trabalho járealizado pelo Sebrae com o grupo daAssociação dos Produtores de Orgânicos

de Franca e Região.O grupo, que recentemente elegeu

o Engº Agrº Fernando Sordi Taveiracomo presidente, organizou uma mesacom os principais produtos comercia-lizados semanalmente (quartas esábados), na feira de Produtos Orgâni-cos no Estacionamento da FarmáciaOficinal/Centro, em Franca (SP).

Mariana Amaral e Mônica Souza,Mariana Amaral e Mônica Souza,Mariana Amaral e Mônica Souza,Mariana Amaral e Mônica Souza,Mariana Amaral e Mônica Souza,respectivamente representante erespectivamente representante erespectivamente representante erespectivamente representante erespectivamente representante ediretora da SIGO Homeopatia.diretora da SIGO Homeopatia.diretora da SIGO Homeopatia.diretora da SIGO Homeopatia.diretora da SIGO Homeopatia.

Vespa Vespa Vespa Vespa Vespa Cotesia flavipes predando broca-da-cana predando broca-da-cana predando broca-da-cana predando broca-da-cana predando broca-da-canaF

OT

O:

Div

ulg

açã

o

FO

TO

S:

Ed

itora

Att

ale

a

Page 25: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

25

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

inimigos naturais que mantêm em equi-líbrio o seu nível populacional. Todas asvezes que as pragas são favorecidas e queseus inimigos naturais são desfavorecidos,ocorre um desequilíbrio biológico,geralmente acarretando um aumentopopulacional da praga. O uso deinseticidas, de forma indiscriminada, é umdesses fatores de desequilíbrio”, explicaCastilho.

No caso das doenças, o uso devariedades resistentes é o tipo de controlemais utilizado. “O Mosaico, o Raqui-tismo-da-Soqueira, o Carvão, a Podri-dão-Abacaxi, a Estria Vermelha, aEscaldadura, a Mancha-Ocular e aPodridão Vermelha são exemplos dedoenças em cana-de-açúcar que sãocontroladas com variedades resistentes”,diz o biólogo.

No caso de nematóides – princi-palmente os dos gêneros Meloidogyne ePratylenchus –, a Agribio indica o plantiode Mucuna-Preta (Stizolobium ater-rimum), leguminosa que, além decontrolar as infestações do nematóide,também é muito importante na adubaçãoverde.

Pragas da canaPragas da canaPragas da canaPragas da canaPragas da cana

Várias são as pragas que atacam acana-de-açúcar e que podem ser con-troladas com o uso do controle biológico.

B r o c a - d a - C a n a - d e - A ç ú c a rB r o c a - d a - C a n a - d e - A ç ú c a rB r o c a - d a - C a n a - d e - A ç ú c a rB r o c a - d a - C a n a - d e - A ç ú c a rB r o c a - d a - C a n a - d e - A ç ú c a r(Diatraea saccharalis e Diatraea spp.) é aprincipal praga da cana-de-açúcar emtodo o país e com o avanço da atividade,tem sido encontrado com grande fre-qüência também em culturas de grãos,como o milho e sorgo.

Uma mariposa adulta chega a botaraté 50 ovos nas folhas onde. As larvas sealimentam de folhas atéconseguirem penetrar nocolmo, onde começamrealmente a causar danospara a cultura, pois perma-necem se alimentando porcerca de 30 dias. Estes sãoos danos diretos do ataqueda broca e caracterizam-sepor: perda de peso (aber-tura de galerias no entre-nó), morte da gema apicalda planta (“coração mor-to”), encurtamento de en-trenó, quebra da cana,enraizamento aéreo egerminação das gemaslaterais.

Já os danos indiretos são causados pormicrorganismos que invadem o entrenóatravés do orifício aberto na casca pelalagarta. Esses microrganismos geral-mente são os fungos (Fusarium e Colleto-tricum), que invertem a sacarose arma-zenada na planta, provocando perdaspelo consumo de energia no metabolismode inversão e pelo fato dos açúcaresresultantes desse desdobramento não secristalizarem no processo industrial.Entretanto, quando a matéria-prima sedestina à produção de álcool, o problemaé mais grave, pois os microrganismos quepenetram no entrenó aberto contami-nam o caldo e concorrem com as leve-duras na fermentação alcoólica. Asperdas podem chegar a 35Kg de açúcar/ha, e a 30 litros de álcool/ha com apenas1% de colmos broqueados.

A partir do momento que a brocapenetra no colmo da cana, o controlequímico, com o uso de inseticidas, torna-se inviável devido ao alto custo e baixaeficiência dos produtos que são incapazesde atingir as lagartas no interior doscolmos. O controle desta praga tem sidofeito utilizando inimigos naturais, como

a Mosca-do-Amazonas (Metagonisty-lum minense), a Paratheresia claripalpis,a Lixophaga diatrae e a Cotesia flavipes.

Até a década de 1950, a broca-da-cana causava prejuízos consideráveis àatividade, atingindo frequentementeintensidade de infestação (relação entrenúmero de colmos danificados e sadios)superior a 25%. Com a implantação deprogramas de controle biológico, utili-zando-se de moscas nativas, a intensidadede infestação caiu e o índice se manteveao redor de 10%, o que era considerado,na época, muito bom.

Na década de 80, a vespinha Cotesiaflavipes (Apanteles flavipes) foi importadada Ásia para o Brasil e criada em grandequantidade em laboratórios em todo opaís. Após o início da liberação das vespasem campo, o índice de intensidade deinfestação caiu de 10% para 2%, ocasio-nando uma economia de mais de 80milhões de dólares por ano no setor cana-vieiro.

Esse foi considerado o maior progra-ma de controle biológico do mundo.

CigarrinhasCigarrinhasCigarrinhasCigarrinhasCigarrinhas = A cigarrinha-das-folhas (Mahanarva posticata) e a cigar-rinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata)provocam problemas sérios na região deRibeirão Preto (SP) e também de Campos(RJ). Tem como agente biológico de con-trole, o fungo Metarhizium anisopliae,muito utilizado em décadas anteriorespara a cigarrinha-das-pastagens.

Apesar de não ser tão extensamenteutilizado como a vespa, a cada ano maisagricultores tem vislumbrado as vanta-gens de utilizar o fungo no controle dacigarrinha. “A economia gerada pela uti-lização do fungo em relação aos inse-ticidas chega a ser maior do que a geradapela utilização das vespas. Entretanto, a

utilização do fungo re-quer maiores cuida-dos dos agricultoresquanto ao manuseio,conservação e apli-cação”, explica Cas-tilho.

G o r g u l h o - d a -G o r g u l h o - d a -G o r g u l h o - d a -G o r g u l h o - d a -G o r g u l h o - d a -canacanacanacanacana (Sphenophoruslevis) é uma praga queocorre predominan-temente no Estado deSão Paulo e ataca asraízes e colmos, cau-sando importância lo-cal e esporádica. Po-dem ser controladospelos fungos Beauve-

• Venda de Bioprodutos (Trichobio, Beauveriobio, Metabio,Cladosbio e Bacillusbio);

• Biofertilizantes Líquidos e Caldas;• Assessoria Técnica;• Conversão de Agricultura Convencional para Orgânica

Tel. (21) 3787-4886Av. BR 465, km 47, Campus UFRuralRJ - Instituto de Tecnologia Seropédica

CEP 23.890-000 - Email: [email protected]

CONVÊNIO INEAGRO(Incubadora de Empresas

em Agronegócios) eUFRuralRJ

Esporos do fungo Esporos do fungo Esporos do fungo Esporos do fungo Esporos do fungo Metharizium anisopliaeF

OT

O:

Div

ulg

açç

ao

Att

alea

Page 26: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

26

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Como implantar oComo implantar oComo implantar oComo implantar oComo implantar ocontrole biológico nacontrole biológico nacontrole biológico nacontrole biológico nacontrole biológico na

propriedade rural?propriedade rural?propriedade rural?propriedade rural?propriedade rural?

1 - Novos empreendedores, que1 - Novos empreendedores, que1 - Novos empreendedores, que1 - Novos empreendedores, que1 - Novos empreendedores, quepretendem adquirir uma pro-pretendem adquirir uma pro-pretendem adquirir uma pro-pretendem adquirir uma pro-pretendem adquirir uma pro-priedade:-priedade:-priedade:-priedade:-priedade:-

Para estes, o primeiro passo consisteem procurar empresas ou profissionaisespecializados em agroecologia egestão agropecuária, a fim de obterorientação técnica sobre localizaçãoda propriedade, aptidão agrícola daárea, planejamento da produção eoutros aspectos fundamentais para seiniciar a atividade.

2 - Proprietários de áreas ainda2 - Proprietários de áreas ainda2 - Proprietários de áreas ainda2 - Proprietários de áreas ainda2 - Proprietários de áreas aindanão exploradas:-não exploradas:-não exploradas:-não exploradas:-não exploradas:-

Além de seguir os passos descritosacima (exceto a compra da área), estesprodutores devem realizar um diag-nóstico voltado para a produção agro-ecológica. Esse diagnóstico é feitoatravés de métodos modernos deanálise e avaliação da propriedade,comportando um grande número deinformações que, devidamente inter-pretadas, levarão o produtor a tomardecisões bastante seguras. A vantagemdesse instrumento é a rapidez e o baixocusto se comparado às vantagens quepropicia para o agronegócio a seriniciado.

3 - Proprietário de áreas agrí-3 - Proprietário de áreas agrí-3 - Proprietário de áreas agrí-3 - Proprietário de áreas agrí-3 - Proprietário de áreas agrí-colas em sistema convencional:-colas em sistema convencional:-colas em sistema convencional:-colas em sistema convencional:-colas em sistema convencional:-

Para iniciar a conversão do sistemaconvencional para o orgânico, estesprodutores, com o auxílio de empresase técnicos especializados, devemrealizar o já citado diagnóstico espe-cífico para propriedades agro-ecológicas. Concluindo o diagnósticoe respeitado o período de transição dosistema convencional para o orgânico,as áreas destinadas ao manejo orgânicodeverão estar isentas de agrotóxicos eoutra substância contaminantes (resí-duos de indústrias, garimpos, porexemplo).

Cabe ressaltar que, durante operíodo de transição o produtortambém deverá procurar entidadecertificadora para iniciar todo oprocedimento necessário à obtençãodo selo para produtos orgânicos.

ria bassiana e Metarhiziumanisopliae.

Cupins = Cupins = Cupins = Cupins = Cupins = Especialmente oHeterotermes tenuis, tambémpode ser controlado pelosfungos Beauveria bassiana eMetarhizium anisopliae.

VantagensVantagensVantagensVantagensVantagens

Pesquisas feitas no Centrode Tecnologia Canavieiracomprovam as vantagens docontrole biológico da broca-da-cana com o parasitóideCotesia flavipes. A cada 1% deinfestação com a brocadiminui-se a produção em0,77%. Com o uso do parasitóidereduziu-se o nível de infestação de 3%para 2,6% na safra de 2005/2006,obtendo-se um benefício econômico deR$ 2,5 milhões.

A grande vantagem de alguns agentesbiológicos de controle está relacionadacom a especificidade de atuação doagente biológico. Se forem aplicados emdoses elevadas, não provocam alteraçõesbiológicas no agroecossistema, não afetamparasitos, predadores e polinizadores.Portanto, os defensivos biológicos apre-sentam uma grande vantagem quandocomparados com os agrotóxicos de largoespectro, com relação aos inimigosnaturais, parasitos e predadores depragas.

“Podemos citar como exemplo ofungo Metharizium anisopleae que,quando aplicado em cana-de-açúcar,demonstra seletividade aos inimigosnaturais. Esta característica é de sumaimportância, uma vez que o controle depragas se baseia nos conceitos de MIP –Manejo Integrado de Pragas”, afirmaCastilho.

Esse controle utiliza a ação benéficade parasitas, predadores e de agentesbiológicos associados a outras medidas decontrole, inclusive aplicação de agro-tóxicos. Estes produtos são aplicados sobpopulações de pragas que atingiram onível de dano econômico, sob condiçõesinadequadas aos inimigos naturais.

Quando se emprega um agentebiológico de controle específico para secontrolar uma praga, o principal alvoatingido é o inseto praga e o controlenatural é feito por parasitos, predadorese agentes biológicos, sem afetar oagroecossistema.

Outras vantagens:

a) – Multiplicação e dispersão:- osagentes biológicos de controle possuemcapacidade de multiplicação e dispersãono ambiente através dos indivíduos dapopulação, isto é, os agentes biológicospodem permanecer na área, no solo;

b) – Efeitos secundários:- além damortalidade direta dos patógenos podemafetar as gerações seguintes diminuindoa oviposição, viabilidade dos ovos eaumentando a sensibilidade da populaçãoa outros agentes biológicos e químicos;

c) – Controle mais duradouro:- apóso estabelecimento do agente biológico decontrole em uma determinada área, oinseto dificilmente atinge níveis de danoseconômicos;

d) – Controle associado:- os agentesbiológicos de controle podem ser usadosjuntamente com inseticidas seletivosvisando um controle mais rápido e eficazda praga, sem os inconvenientes dassuperdosagens dos inseticidas químicos;

e) – Aplicação:- os agentes biológicosde controle podem ser aplicados com má-quinas convencionais, as mesmas empre-gadas para a aplicação de defensivosquímicos;

f) – Poluição e toxicidade:- os agentesbiológicos de controle não poluem oambiente, não são tóxicos para o homeme outros animais;

g) – Resistência:- os insetos dificil-mente poderão se tornar resistentes aosagentes biológicos de controle;

h) – Produção mais econômica;i) – Aumento da segurança alimentar;j) – Menor exposição do trabalhador

rural a substâncias tóxicas;k) – Reduz o impacto ambiental da

agricultura ao meio ambiente, evitandoo uso de agrotóxicos.

FO

TO

: D

ivu

lga

ção

Page 27: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

27

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08

Contrato de Pequeno PrazoContrato de Pequeno PrazoContrato de Pequeno PrazoContrato de Pequeno PrazoContrato de Pequeno PrazoCONTABILIDADE RURAL

O esforço da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA)para desburocratizar as relações detrabalho no campo obteve resultadopositivo com a criação do contrato detrabalho rural por pequeno prazo, pormeio da Medida Provisória (MP) nº 410,publicada no dia 28 de dezembro de2007.

Segundo as novas regras, ascontratações de natureza temporária -feita por pessoa física, com duração deaté dois meses – poderão ser feitas pormeio de um contrato escrito, semnecessidade de anotação na Carteira deTrabalho e Previdência Social ou emLivro de Registro de Empregados. Aremuneração e os direitos devem sercalculados dia-a-dia e pagos diretamenteao trabalhador mediante recibo.

Segundo o presidente da ComissãoNacional de Relações do Trabalho ePrevidência Social da CNA, RodolfoTavares, a MP atende a um antigo pleitodos produtores rurais (pessoa física) econtribui para reduzir a informalidadeno campo. “A medida possibilita aprestação de serviço sem burocracia,garantindo os direitos trabalhistas eprevidenciários”, avalia Tavares. Caso operíodo de prestação de serviço seestenda além de dois meses, a relaçãotemporária se converte em contrato detrabalho por prazo indeterminado.

“Sem dúvida, trata-se de um avanço

importante, propiciando ao empregadoruma nova modalidade de contratação,daquelas já conhecidas: contrato deexperiência, contrato de safra, contratopor prazo determinado e contrato porprazo indeterminado”, explica AntenorPelegrino Filho, diretor do PortalNacional de Direitos do Trabalho.

A CNA recomenda que produtores etrabalhadores rurais formalizem ocontrato escrito, pois este documentofacilitará a comprovação junto aoInstituto Nacional do Seguro Social(INSS) no momento da solicitação debenefício ou aposentadoria. “O contratodeve mencionar que é celebrado combase na MP nº 410 e, por cautela, deveter a assinatura de duas testemunhas ereconhecimento de firma. Esses cuidadosprecisam ser tomados para que nãoexistam dúvidas em relação à data doinício do trabalho e a questões comosalário e carga horária”, diz RodolfoTavares.

Pelegrino Filho recomenda, ainda,que seja instituído um RegulamentoInterno, para que ambas as partes tenhamo devido conhecimento de seus direitose deveres.

A MP nº 410 equipara os benefíciosda aposentadoria e pensões rurais dosegurado individual (trabalhador semvínculo empregatício) e do seguradoobrigatório (trabalhador com vínculoempregatício) aos do segurado especial.

CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R.,IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTOPESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS

33 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEISAOS PROPRIETÁRIOS RURAIS

Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila NicácioFranca (SP) - PABX (16) 3723-5022

Email: [email protected]

Escritório deContabilidade Rural

ALVORADA

NR 31 aindaNR 31 aindaNR 31 aindaNR 31 aindaNR 31 aindasuscita dúvidassuscita dúvidassuscita dúvidassuscita dúvidassuscita dúvidas

Três anos após a publicação daPortaria 86, do Ministério do Traba-lho e Emprego, ainda há dúvidas sobrea sua aplicação. A portaria tem tudo aver com as atividades rurais, pois apro-va a norma regulamentadora (NR 31)de segurança e saúde no trabalho emagricultura, pecuária, silvicultura,exploração florestal e aqüicultura.

A NR 31 é dividida em 23 itens,que definem desde os campos de apli-cação das normas, incluindo atividadesindustriais desenvolvidas em estabele-cimentos agrários (como beneficia-mento de hortaliças, frutas e legumes),até especificação de como devem seros alojamentos de empregados (tercama com colchões, armários indi-viduais, portas e janelas, entre outros)e os locais para preparo de refeições.

A norma é considerada histórica,pois concretiza a Lei 5.889, de 1973,que dispõe sobre saúde e segurança dotrabalho rural. ‘Em 1988, 15 anosdepois, surgiram as NRs 1, 2, 3, 4 e 5,que hoje estão revogadas. Agora, a NR31 substitui as anteriores, prevendotodas as medidas de prevenção à saúdee à segurança do trabalhador rural’,explica o diretor do Departamento deSegurança e Saúde no Trabalho doMTE, Rinaldo Marinho Costa Lima.

A NR 31 atinge todos os emprega-dores e trabalhadores rurais, semexceção. Mas existem faixas clarasquanto às exigências.

De acordo com a NR 31, todo esta-belecimento rural deve ser equipadocom material de primeiros socorros,mas, no caso de propriedades com dezou mais funcionários, é necessáriotambém ter uma pessoa treinada.

Para propriedades com até noveempregados, é dispensada a obrigato-riedade do item que determina acriação de Serviço Especializado emSegurança e Saúde no Trabalho Rural,(SESTR), que deve ser composto porengenheiro de segurança do trabalho,médico do trabalho, enfermeiro dotrabalho, técnico de segurança eauxiliar de enfermagem.

Att

alea

Page 28: Edição 20 - Revista de Agronegócios - Março/2008

28

R E

V I

S T

A

A T

T A

L E

AA

G R

O N

E G

Ó C

I O

SM

arço

de

20

08