edicao 212 - diagramacao - arquidiocesedegoiania.org.br acólitos e coroinhas foto: roberto júnior...

8
Romaria do Pai Eterno começa em 22 de junho e vai até 1º de julho Revista apresenta fatos marcantes dos 80 anos da Catedral O Batismo abre-nos a porta para uma vida nova pág. 6 pág. 3 pág. 7 T CATEQUESE DO PAPA ARQUIDIOCESE VIDA CRISTÃ semanal Edição 212ª - 10 de junho de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos págs. 4 e 5 Capa: Ana Paula Mota EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 1 06/06/2018 19:13:34

Upload: ngohanh

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Romaria do Pai Eternocomeça em 22 de junho

e vai até 1º de julho

Revista apresentafatos marcantes dos80 anos da Catedral

O Batismo abre-nosa porta para uma

vida novapág. 6pág. 3 pág. 7

T CATEQUESE DO PAPAARQUIDIOCESE VIDA CRISTÃ

semanalEdição 212ª - 10 de junho de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos

págs. 4 e 5

Capa

: Ana

Pau

la M

ota

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 1 06/06/2018 19:13:34

Page 2: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Junho de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Editorial

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Jane GrecoDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiárias: Isabella Garcia e Claudia Cunha(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Roberto JúniorTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

A Mensagem do papa Francisco para o 52º Dia Mundial das Comuni-cações Sociais, que foi celebrado no dia 13 de maio não tem prazo de validade. É um documento para ser lido e relido quantas vezes forem necessárias para que saibamos como nos orientar acerca do fenômeno das fake news, ou melhor, das notícias falsas. A profusão de redes sociais digitais e aplicativos em mãos erradas e com propósitos de divisões, tem levado a sociedade a se tornar cada vez mais distante e os laços mais

frios. Na reportagem de capa desta edição trazemos um conteúdo que explica como se alimentam e se re-produzem as notícias falsas e o que podemos fazer para combatê-las. Ainda neste número, apresentamos uma síntese da homilia do Dom Wa-shington Cruz, na Missa de Corpus Christi, celebrada na Praça Cívica, no dia 31 de maio. Confi ra também nossas coberturas do fi m de semana.

Boa leitura!

ProgramaEncontro Semanal

Assista pela PUC TV, todo sábado, às 8h30(Reprise aos domingos, 17h15, edição reduzida)

Marca da PUC TV

Canais: 24.1 HD / 22 Net / 324 SKY, Vivo e Claro HDTV

Marca da Arquidiocese

Muitos membros, um só corpo

Programa

ENCONTRO SEMANAL

Assista pela PUC TV,todo sábado, às 8h30

Canais: 24.1 HD / 22 Net324 SKY, Vivo e Claro HDTV

Reprise aos domingos, às 17h15

Jesus, na última ceia, de Quinta--feira Santa, prestes a partir para o Pai, pronto a dar toda a sua vida por nós, quis fi rmaruma aliança, um pacto de ami-

zade conosco! E essa aliança foi se-lada e celebrada com o seu próprio Corpo e Sangue, isto é, com a sua própria vida, entregue até ao fi m por todos nós! “Isto é o meu Corpo entregue. Isto é o meu Sangue derra-mado”. Como se Jesus nos disses-

se: “Assim sou Eu. Dou-vos a minha vida inteira. Olhai: este pão é o meu corpo desfeito por vós; este vinho é o meu sangue derramado por todos. Não me esqueçais nunca. Fazei isto em memória de mim”.

Percebemos, assim, pelo Evangelho, que este encontro misterioso com Jesus na Ceia é importante e decisivo, para a qualidade e vitalidade da nossa amizade com Ele! Por isso, na Eucaristia, têm particular importância os ritos que nos preparam de imediato para a comunhão: a começar pela oração do Pai-Nosso, que aviva o nosso espírito de família e nos faz suplicar pelo pão e pelo perdão; também o gesto da paz, se destina a contagiar o amor de Deus e não pode reduzir-se a um cumprimento banal e ainda por cima fora de hora.

A invocação “Senhor, eu não sou digno” é o último ges-to da fé humilde, com que respondemos ao convite e nos preparamos para estender a mão ao dom do pão eucarísti-co. É um convite que alegra e ao mesmo tempo leva a um exame de consciência, iluminado pela fé. Também volta-mos nosso olhar para o Cordeiro de Deus que tira os pe-cados do mundo e o invocamos: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei apenas uma palavra e eu serei salvo”.

Respeito pela LiturgiaHoje, corre-se o risco de uma secularização rastejante, tam-

bém no interior da Igreja, que se pode traduzir num culto euca-rístico formal e vazio, em celebrações sem aquela participação do coração, que se expressa em veneração e respeito pela liturgia. É sempre forte a tentação de reduzir a oração a momentos superfi -ciais e apressados, deixando-se subjugar pelas atividades e pre-ocupações terrenas” (Bento XVI, Homilia no Corpus Christi 2009). Sintomas disto mesmo são, por exemplo, a falta de pontualidade na celebração; a facilidade com que se deixa tocar e se atende o celular em plena Missa; a leviandade com que certas pessoas se aproximam da comunhão, qua-se arrastado ou por imitação; a falta de decoro no modo como se recebe a sagrada hóstia na mão.

Conscientes de sermos indignos, por causa dos peca-dos, mas com a necessidade de nos alimentarmos no sacra-mento eucarístico, renovemos, a nossa fé, na real presença de Cristo, vivo e ressuscitado, na Santíssima Eucaristia! Guardemos fi elmente o segredo da aliança: Jesus fi ca co-nosco, através da Eucaristia, e nós aceitamos o convite e o desafi o a estar com Ele! A sala do encontro é a Igreja paroquial ou a comunidade. A mesa do banquete é o altar da Eucaristia!

Ser fi el à aliança de Jesus conosco, e à nossa aliança com Jesus, passa também por não faltar a esse encontro. Que nós saibamos corresponder a esse amor de Jesus, por nós, respondendo, como numa só voz: “Faremos tudo o que o Senhor disse e obedeceremos!” (Ex 24,7).

(Resumo da Homilia na Solenidade de Corpus Christi,Goiânia, 31 de maio de 2018)

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

JESUS FICA CONOSCOPARA SEMPRE NA SAGRADA EUCARISTIA

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 2 06/06/2018 19:13:38

Page 3: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Junho de 2018Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Após um intenso trabalho de pesquisa, organização e produção de conteúdo, a Catedral Metropolitana

de Goiânia lança sua revista histó-rica por ocasião dos 80 anos de cria-ção da Paróquia Nossa Senhora Au-xiliadora e 50 anos de Dedicação do templo, celebrados no fi m de 2017.

Com 110 páginas, a publicação traz também aspectos históricos da fundação da cidade de Goiânia,

Dando continuidade ao ciclo de formações sobre o tema “Defesa da Vida”, a União dos Juristas Católicos da Arquidiocese de Goiânia (Unijuc), promoveu palestras sobre o assunto, no dia 2 de junho, na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, na Vila Itatiaia, em Goiânia.

Na abertura do evento, o pároco, padre Marcos Rogério, deu uma bên-ção e as boas-vindas a todos os pre-sentes. A Dra. Rita de Cássia Machado, vice-presidente Unijuc, falou sobre a atuação da entidade em questões do mundo contemporâneo, sob a ótica dos princípios da ética católica. “O pa-pel da União de Juristas é a discussão e o enfoque dos valores da família, da vida, da dignidade humana e do bem comum, à luz da doutrina católica, defendendo e protegendo a vida hu-mana desde a concepção até a morte natural”.

A Dra. Liliana Bittencourt tratou sobre questões fundamentais do en-sino moral da Igreja. O tema de sua

Aconteceu no domingo (3) o 6º Encontro de Acólitos e Coroinhas da Arquidiocese de Goiânia, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF). O evento, organizado pela Pastoral Vo-cacional arquidiocesana, contou com a participação de cerca de 800 crianças e jovens. O diácono Rodrigo Lacerda, que coordena a Pastoral Vocacional da Arquidiocese, disse que o ministé-rio dos acólitos e coroinhas é um celei-ro de vocações e, por isso também, o evento se faz importante e necessário. “O ministério dos acólitos e coroinhas é um celeiro das mais diversas voca-ções para a nossa Igreja, por isso aqui dedicamos alguns momentos para fa-lar sobre discernimento vocacional”.

Além do momento de bate-papo vocacional, o encontro conta também com formação e espiritualidade, a Santa Missa e a adoração ao Santís-simo Sacramento. A parte da tarde é dedicada à descontração e confrater-nização, com a realização de várias dinâmicas e a prática de esportes.

O arcebispo Dom Washington Cruz, presidiu a Santa Missa e, em

que tem a sua proteção sob o man-to de Nossa Senhora Auxiliadora. Ainda, uma seção especial sobre nosso pastor, Dom Washington Cruz, desde que chegou à Arqui-diocese de Goiânia, bem como os dados biográfi cos dos bispos au-xiliares Dom Levi Bonatt o e Dom Moacir Silva Arantes, e a história do segundo arcebispo, Dom An-tonio Ribeiro de Oliveira, falecido ano passado.

Com 110 páginas,a publicação traztambém aspectoshistóricos dafundação da cidadede Goiânia

FÚLVIO COSTA

palestra foi “À luz da verdade – a vida humana”. Ela se embasou na Carta En-cíclica Veritatis Splendor, de São João Paulo II, documento que completa 25 anos, em 2018.

Dr. Rodrigo Souza e Dra. Marina Ribeiro, por sua vez, trataram da des-misti� cação do aborto legal, demons-trando, com base na legislação brasi-leira, que não há legalidade nesse tipo de prática. “O que há, tão somente, são situações onde não se aplicam a pena pelo crime”, declarou Dr. Rodri-go. Durante suas falas, os juristas de-fenderam que não há qualquer direito de matar um inocente nas hipóteses do dispositivo penal. Citaram o ar-tigo 128, no qual não está contido o direito de abortar, mas tão somente uma aplicação da pena após o fato já consumado. “Isto porque, a expressão ‘não se pune’, que inicia o caput do ar-tigo, não nos permite ir além. É a par-tir da concepção que começa a prote-ção constitucional do direito à vida!”, justi� cou Dra. Marina.

sua homilia, refl etiu com os acólitos e coroinhas sobre o sentido do Domin-go. “O Domingo é o dia do Senhor, da família, da Igreja, da caridade, da alegria, da fé”. Ele pediu aos partici-pantes que repetissem várias vezes: “Guarda o Dia do Senhor”, com o objetivo de plantar no coração dos jo-vens o sentimento de respeito pelo dia que o Senhor fez para nós.

Fabrício Pereira de Sousa, 20 anos, que é acólito da Paróquia Nos-sa Senhora Rainha do Povo, da Vila Regina, em Goiânia, e participa do Encontro Arquidiocesano desde a primeira edição, comentou, em en-trevista, sobre a importância do evento: “O encontro nos aproxima dos outros acólitos e coroinhas e nos motiva a continuarmos no serviço ao altar do Senhor”. Já Yasmim Ribei-ro Silva, 16 anos, da Paróquia Santo Antônio, de Inhumas, afi rmou que o momento mais importante do encon-tro é a conversa sobre as vocações. “Eu gostei muito desse momento, pois nos ajuda a discernir o nosso ca-minhar cristão dentro da Igreja”.

Catedral lança revista comemorativapelos 80 anos de criação da Paróquia N. Sra. Auxiliadora

Unijuc promove palestrasobre Defesa da Vida

6º Encontro Arquidiocesano deAcólitos e Coroinhas

Foto

: Rob

erto

Júni

orFr

ame

de V

ídeo

: Pe.

War

len

Max

wel

l

ATUALIDADESobre a atualidade, a revista apresenta as pastorais em atividade, de-

poimentos de paroquianos e a presença da paróquia na internet, por meio de seu site e das redes sociais, com transmissões de missas ao vivo. A ampla reforma do templo, em suas estruturas de iluminação, climati-zação e pintura, é outro aspecto importante detalhado nas páginas da publicação.

A edição é do jornalista Fúlvio Costa, com auxílio do estudante de jorna-lismo, Marcos Paulo Mota Vaz; revisão de Jane Greco e fotogra� as de Rud-ger Remígio. A diagramação e o projeto grá� co são de Francisco Matias.

O exemplar pode ser adquirido na Secretaria da Paróquia, de 2ª a 6ª-feira, das 8h às 12h, e das 13h às 18h. Mais informações: 3223-4581. Whatsapp: (62) 98110-1351. Falar com a secretária Paula de Godoy.

Na parte histórica, a revista apre-senta também os padres que já con-duziram a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, desde 1937, e uma li-nha do tempo com fatos marcan-tes, como o lançamento da pedra fundamental da cidade, em 1933; a cerimônia de bênção da igreja ma-triz (templo antigo) – o primeiro de Goiânia, em 1937; a chegada do primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos, em 1957.

Foto

: PAS

COM

- Pa

róqu

ia N

. Sra

. da

Assu

nção

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 3 06/06/2018 19:13:45

Page 4: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

a internet, sobretudo com a adesão cada vez maior das pessoas ao uso de perfi s nas redes sociais digitais. Mas o que há de tão grave nas fake news a ponto de chamar a atenção da Igreja e levar o papa a escrever uma mensa-gem que orienta todas as pessoas de boa vontade sobre sua responsabili-dade na comunicação da verdade? Para falar sobre o assunto, o Encontro Semanal entrevistou o prof. Antônio Carlos Borges Cunha, coordenador do curso de Jornalismo da PUC Goi-ás. De acordo com ele, as consequên-cias da difusão de notícias falsas po-dem ser irreparáveis e isso é o que há de mais grave no compartilhamento desse tipo de conteúdo.

O professor deu dois exemplos de situações em que as notícias falsas po-dem ser negativas. O primeiro se refe-re a notícias veiculadas sobre as cam-panhas de vacinação. “Há conteú- dos que confundem as pessoas para aquilo que deveria resguardá-las. Por exemplo: afi rmam que algumas vaci-nas em vez de fazer o bem, trazem o mal, adoecem as pessoas. Chegam até ao absurdo de declarar que algumas vacinas são produzidas para extermi-nar a população”, explicou.

O segundo, trata-se das notícias sobre o processo democrático que pode ser comprometido caso os ali-cerces de uma pauta pública sejam embasados em notícias falsas. “Para além do período de campanhas elei-torais em que as fake news aparecem com mais força, precisamos tam-bém ter cuidado e não achar que os problemas acabam, caso não tenha

eleição no país. Isso não é verdade porque o processo democrático vai além da escolha de candidatos po-líticos e podemos ter consequências graves que levem a um fi m que não é aquele que imaginávamos. Mas depois pode ser muito tarde”.

Antônio Carlos se referiu à inter-venção militar, bastante pedida nas últimas semanas quando houve a greve dos caminhoneiros em todo o país. “É preocupante ver alguns movimentos pedirem esse tipo de coisa, principalmente quando per-cebemos que não é só para colocar ordem, mas com viés realmente autoritário que nós já vivemos em nosso país. Se a situação se repete e

a sociedade se dá conta de que não é bem aquilo que queria, não há mais nada a ser feito a respeito. A história já aconteceu e foram necessários 21 anos para desfazer. Então as consequências do ponto de vista democrático são muito graves. Já do ponto de vista ético, observamos na Mensagem do papa Francisco o seu compromisso com a verdade e a co-munhão. Nesse sentido as fake news são muito danosas, porque rompem e fraturam laços de comunhão e a identifi cação de aspectos humanos. As fake news estão muito alicerçadas no preconceito de ordem religiosa, de gênero, de cultura, por isso de-vemos ter bastante cuidado”.

FÚLVIO COSTA

O papa Francisco trouxe como Mensagem para o 52º Dia Mundial das Co-municações Sociais, cele-

brado no mês de maio, o tema “A verdade vos tornará livres” (Jo 8,32). Fake news e jornalismo de paz”. No texto, ele questiona: “Que há de fal-so nas ‘notícias falsas’”? E logo em seguida responde: “a expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinfor-mação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informa-ções infundadas, baseadas em da-dos inexistentes ou distorcidos, ten-dentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar a objetivos prefi xados, infl uen-ciar opções políticas e favorecer lu-cros econômicos”.

A Igreja tem se preocupado com o tema. Embora as notícias falsas se-jam um problema que sempre exis-tiu, elas foram potencializadas com

“PARA DISCERNIR A VERDADE, É PRECISO EXAMINAR AQUILO QUE FAVORECE A COMUNHÃO E PROMOVE O BEM E AQUILO QUE, AO INVÉS, TENDE A ISOLAR, DIVIDIR E CONTRAPOR” (PAPA FRANCISCO, MDC-2018)

Notícias falsasNÃO CAIA NESSA ARMADILHA

ALIMENTAÇÃO X REPRODUÇÃO

CriaçãoHá pessoas ou organizações

que, de forma intencional, criam conteúdos falsos para serem com-partilhados com a fi nalidade de atingir o máximo de pessoas pos-síveis. O seu objetivo é muito claro e o conteúdo tem verossimilhança com notícias verdadeiras a ponto de confundir.

PropagaçãoAguns compartilham informa-

ções independentemente de sua natureza. Não se importam com o conteúdo e se apoderam do ma-terial intencionalmente criado em sites ou plataformas especializa-das nesse fi m. Há também aque-les que compartilham somente conteúdos que os agradam. Nesse caso, o critério adotado é o afeto e não a refl exão, a problematiza-ção. Há outros ainda que propa-gam notícias falsas por descuido e despreparo em averiguar se a informação é verídica.

A Mensagem do papa Francisco explica bem o papel do jornalismo consciente, conforme o profes-sor. Ele disse que a promoção da cultura da paz, se-gundo as palavras do papa, não acontece ao se ado-cicar ou tirar o rigor da apuração jornalística, mas ao se buscar constantemente a verdade, procurar redu-zir o preconceito, tendo como base o bom jornalismo que checa e contribui para que o mal despareça.

JORNALISMO CONSCIENTE

REDES SOCIAIS

Para o professor Antônio, as fake news não são ge-radas pela internet, mas sim capilarizadas pelas re-des sociais. Segundo ele, nas redes esse fenômeno ga-nha dimensão e se propaga porque são diferentes dos meios de comunicação jornalísticos, que têm a fi gura do editor, tem fi ltros e mecanismos de checagem, apuração e investigação. Por isso, nas redes sociais, as notícias falsas se disseminam com mais facilidade.

Foto

: Rob

erto

Júni

or

Junho de 2018 Arquid iocese de Go iânia

CAPA4

Prof. Antônio Carlos Borges Cunha

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 4 06/06/2018 19:13:50

Page 5: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Em julho do próximo ano, a Ar-quidiocese de Goiânia vai sediar o Mutirão Brasileiro de Comunicação e, em preparação ao evento, está acontecendo no Regional Centro--Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Fe-deral), durante todo este ano, os Mu-tirões Diocesanos de Comunicação, que já foram realizados em Anápolis, Luziânia e Brasília. Em Anápolis e, na Mesa Redonda promovida pela Arquidiocese de Goiânia, durante a Jornada da Cidadania, no dia 25 de maio, o tema fake news também foi discutido. O jornalista e apresentador da TV Anhanguera, Matheus Ribeiro, explicou o conceito de notícias falsas e apresentou dados que dão conta da singularidade desse tipo de conteú-

do, como por exemplo, o modo como atingem as pessoas, pelo aspecto emocional, e a velocidade com que se propagam, 70% mais rápidas que as notícias verdadeiras, conforme pesquisa do MIT (Instituto de Tec-nologia de Massachusett s). Ainda na Mesa Redonda realizada pela Arqui-diocese, o prof. Eduardo Rodrigues, pró-reitor de Comunicação da PUC e diretor da PUC TV, participou da segunda parte da mesa e comentou que as fake news fazem parte do cará-ter humano e para combatê-las é in-dispensável formar as pessoas para além da técnica. “Quando formamos os profi ssionais e as pessoas, temos como frutos bons profi ssionais e um público mais consciente”, declarou.

Há alguns passos que podem ser seguidos no sentido de iden-tifi car como se alimentam e se reproduzem as fake news. O prof. Antônio Carlos elencou alguns critérios que caracterizam as notí-cias falsas e verdadeiras.

FAKE NEWS: Como identifi cá-las Identifi car de onde vem o

conteúdo, pois jornais e emissoras referenciadas têm, por natureza, a obrigação de dar explicação ao público. Se o conteúdo vem de veículos de expressão, o público tem mecanismos para cobrar.

Não ler apenas o título, pois o conteúdo veiculado pode ter desdobramentos. Compartilhar notícias após ler apenas o título pode implicar o erro de levar adiante uma notícia falsa.

Geralmente as notícias falsas têm tom alarmista, isto é, buscam causar impacto em quem as recebe.

FONTE

TÍTULO

ALARMISMO

1

2

3

As notícias verdadeiras, sobretudo publicadas por veículos de comunicação de prestígio, prezam o vocabulário correto. Portanto, se o conteúdo tem muitos erros gramaticais, a probabilidade de ser falsa é maior.

A maioria das notícias falsas não tem data de publicação. Outras ainda, embora tenham conteúdo verdadeiro, são publicadas fora de contexto, muito tempo depois que o fato aconteceu.

Se o conteúdo foi publicado em uma rede social e tem alguns dos quesitos já citados: sem data, erros gramaticais, tom alarmista e fonte não confi ável, busque uma fonte fora das redes, em sites de veículos de comunicação cuja natureza é a informação. Cuidado também com sites que não têm identifi cação e cujas matérias não apresentam o nome do autor.

Se depois de tudo isso ainda houver dúvidas, o critério fi nal é não compartilhar o conteúdo.

ERROS GRAMATICAIS

DATA DE PUBLICAÇÃO

REDES SOCIAIS

4

5

6

REPERCUSSÃO DA MENSAGEM DO PAPA

Foto

: Int

erne

t

CAPA

Junho de 2018Arquid iocese de Go iânia

5

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 5 06/06/2018 19:13:51

Page 6: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

do túmulo e do ventre materno, referidas à fonte, são muito incisi-vas para expressar o que acontece de grandioso através dos simples gestos do Batismo. Apraz-me citar a inscrição que se encontra no an-tigo Batistério romano do Latrão onde se lê, em latim, esta expressão atribuída ao Papa Sisto III: “A Mãe Igreja dá à luz virginalmente me-diante a água os fi lhos que conce-be pelo sopro de Deus. Quantos de vós renascentes desta fonte, esperai o reino dos céus” (“Virgineo fetu ge-nitrix Ecclesia natos / quos spirante Deo concipit amne parit. / Caelorum regnum sperate hoc fonte renati”). É bonito: a Igreja que nos faz nascer,

a Igreja que é um ventre, é a nossa Mãe por meio do Batismo.

Se os nossos pais nos geraram para a vida terrena, a Igreja regene-rou-nos para a vida eterna no Batis-mo. Tornamo-nos fi lhos no seu Filho Jesus (cf. Rm 8,15; Gl 4,5-7). Também sobre cada um de nós, renascidos da água e do Espírito Santo, o Pai celes-tial faz ressoar com amor infi nito a sua voz que diz: “Tu és o meu fi lho amado” (cf. Mt 3, 17). Essa voz pa-ternal, imperceptível ao ouvido, mas bem audível pelo coração de quem crê, acompanha-nos durante a vida inteira, sem nunca nos abandonar. Durante toda a vida, o Pai diz-nos:

Prezados irmãos e irmãs!

A catequese sobre o sacra-mento do Batismo leva--nos a falar hoje sobre o santo lavacro, acompa-

nhado pela invocação à Santíssima Trindade, ou seja, o rito central que propriamente “batiza” ‒ isto é, imer-ge ‒ no Mistério pascal de Cristo (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1239). O sentido desse gesto é evocado por São Paulo aos cristãos de Roma, primeiro perguntando: “Ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?”, e depois respondendo: “Fomos, pois, sepultados com Ele na sua morte pelo Batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós tam-bém vivamos uma vida nova” (Rm 6,3-4). O Batismo abre-nos a porta para uma vida de ressurreição, não para uma vida mundana. Uma vida segundo Jesus.

A pia batismal é o lugar em que se faz a Páscoa com Cristo! O ho-mem velho é sepultado com as suas paixões enganadoras (cf. Ef 4,22), para que renasça uma nova criatu-ra; verdadeiramente, passou o que era velho; eis que tudo se fez novo (cf. 2Cor 5,17). Nas “Catequeses” atribuídas a São Cirilo de Jerusa-lém é explicado assim aos neófi tos quanto lhes aconteceu na água do Batismo. É bonita esta explicação de São Cirilo: “No mesmo instante morreis e nasceis, e a mesma onda salutar torna-se para vós sepulcro e mãe” (n. 20, Mistagógica 2, 4-6: pág 33, 1079-1082). O renascimento do novo homem exige que seja reduzi-do a pó o homem corrompido pelo pecado. Com efeito, as imagens

Audiência Geral. Praça São Pedro,9 de maio de 2018

“Tu és o meu fi lho amado, tu és a minha fi lha amada”. Deus ama-nos muito, como um Pai, e não nos deixa sozinhos. E isto, desde o momento do Batismo. Somos fi lhos de Deus renascidos para sempre! Com efeito, o Batismo não se repete, porque im-prime um selo espiritual indelével: “Este selo não é apagado por peca-do algum, embora o pecado impeça o Batismo de produzir frutos de sal-vação” (CIC, n. 1272). O selo do Ba-tismo nunca se perde! “Padre, mas se alguém se torna um bandido, dos mais terríveis, que mata as pessoas, que comete injustiças, o selo desapa-rece?”. Não! Aquele fi lho de Deus é o homem que faz estas coisas para

a própria vergonha, mas o selo não se apaga. E ele continua a ser fi lho de Deus, que vai contra Deus, mas Deus nunca renega os seus fi lhos. Compreendestes? Deus nunca rene-ga os seus fi lhos. Repitamo-lo todos juntos? “Deus nunca renega os seus fi lhos”. Um pouco mais alto, pois eu, ou sou surdo, ou não entendi: [repetem mais alto] “Deus nunca renega os seus fi lhos”. Então, assim está bem!

Por conseguinte, incorporados a Cristo por meio do Batismo, os bati-zados são conformados com Ele, “o primogênito entre uma multidão de irmãos” (Rm 8,29). Mediante a ação

do Espírito Santo, o Batismo purifi -ca, santifi ca, justifi ca, para formar em Cristo, de muitos, um só corpo (cf. 1Cor 6,11; 12,13). Exprime-o a unção crismal, “que é sinal do sa-cerdócio real do batizado e da sua agregação à comunidade do povo de Deus” (Rito do Batismo das Crian-ças, Introdução, n. 18, 3). Portanto, o sacerdote unge com o sagrado crisma a cabeça de cada batizado, depois de ter pronunciado estas palavras que explicam o seu signi-fi cado: “É o próprio Deus quem vos consagra com o crisma de salvação para que, inseridos em Cristo, sa-cerdote, rei e profeta, sejais sempre membros do seu corpo para a vida eterna” (ibid., n. 71).

Irmãos e irmãs, a vocação cristã consiste totalmente nisto: viver uni-dos a Cristo na santa Igreja, partí-cipes da mesma consagração para desempenhar a mesma missão neste mundo, dando frutos que perduram para sempre. Com efeito, animado pelo único Espírito, todo o Povo de Deus participa das funções de Jesus Cristo, “Sacerdote, Rei e Profeta”, e assume as responsabilidades de mis-são e serviço que disto derivam (cf. CIC, 783-786). O que signifi ca parti-cipar do sacerdócio real e profético de Cristo? Signifi ca fazer de si uma oferta agradável a Deus (cf. Rm 12,1), dando-lhe testemunho através de uma vida de fé e de caridade (cf. Lu-men Gentium, 12), colocando-a ao ser-viço dos outros, a exemplo do Senhor Jesus (cf. Mt 20,25-28; Jo 13,13-17).

Obrigado!

A pia batismal é o lugar em que se faza Páscoa com Cristo! O homem velhoé sepultado com as suas paixõesengandoras (cf. Ef 4,22), para querenasça uma nova criatura

Junho de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 CATEQUESE DO PAPA

A Igrejaregenerou-nospara a vidaeterna

NOBATISMO

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 6 06/06/2018 19:13:56

Page 7: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Com o tema “Pai Eterno, so-mos teus fi lhos”, acontece de 22 de junho a 1º de ju-lho, a Romaria do Divino

Pai Eterno 2018. Trata-se do maior evento religioso do Centro-Oeste, segundo do Brasil e a maior Festa do mundo dedicada ao Divino Pai Eterno.

De acordo com o reitor do San-tuário Basílica do Divino Pai Eter-no, padre Edinísio Pereira, a esco-lha do tema foi inspirada no Ano do Laicato, proclamado pela Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para 2018. “Dare-mos todo o destaque para a partici-pação e trabalho dos leigos dentro da Igreja, onde eles vivem a sua fé, mas de tal modo que ela estenda--se às suas famílias, aos locais de trabalho e a onde mais eles estão inseridos e exercem a extensão da sua vida de fé”, pontuou.

é o tema da Romaria de Trindade

Junho de 2018Arquid iocese de Go iânia

7VIDA CRISTÃ

Sobre a programa- ção prevista para os dez dias de Festa, o reitor destacou que mais um horário de missa foi in-cluído, a pedido dos próprios romeiros. “Se-guimos com a progra-mação dos anos anterio-res, com exceção de uma missa, que será celebra-da diariamente, às 22h. Então, teremos alvorada festiva, procissão da Pe-nitência, novenas, no-vena solene, missas de hora em hora, confi ssões o dia todo, Batismo e o Sacramento da Eucaristia”, disse.

Para o reitor, a Romaria sempre é tempo de oração e grandes refl e-xões sobre o trabalho da Igreja, bem como sobre as difi culdades vividas no mundo atual. “Acreditamos que o Pai Eterno traga mais esperan-ça para a Igreja, para a política, de modo geral no Brasil, e no mundo. Que todos venham a Trindade mo-vidos pela fé. Tracem seus objeti-vos espirituais para os dias de festa ao Pai Eterno. Sempre reforçamos, durante as Romarias, que venham, participem e sejam continuadores da mensagem do Evangelho que será transmitida aqui em Trindade.

Acolhemos a todos os que vêm de perto ou de longe, sejam bem-vin-dos, unidos pela fé e oração”, con-cluiu padre Edinísio.

A expectativa é que neste ano a festa atraia mais de 2,5 milhões de pessoas, segundo a organização. Con-

HISTÓRICOA história de fé em Trindade foi iniciada em 1840, quando o Medalhão

com a Imagem da Santíssima Trindade foi encontrado. A cidade nasceu e cresceu da fé no Divino Pai Eterno. Hoje, a Romaria movimenta a econo-mia e o comércio locais, principalmente pousadas, hotéis e restaurantes. É uma festa que movimenta o turismo religioso. É também a maior fonte de geração de renda e emprego da cidade.

“Pai Eterno, somos teus � lhos”

tribuem para que o evento aconteça, a Prefeitura de Trindade e o Governo do Estado por meio de instituições importantes como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Agetop, OVG e Secretaria de Saúde.

Fonte: Associação Filhos do Pai Eterno – Afi pe

Foto

: Dan

ilo E

duar

doOs leigos que servema Igreja e a sociedadeserão o foco dascelebrações eintercessõesneste ano

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 7 06/06/2018 19:14:02

Page 8: EDICAO 212 - DIAGRAMACAO - arquidiocesedegoiania.org.br Acólitos e Coroinhas Foto: Roberto Júnior Frame de Vídeo: Pe. Warlen Maxwell ATUALIDADE Sobre a atualidade, a revista apresenta

Junho de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraNo presente livro, a autora Pollyana Ferrari, que é jornalista especializada em Comunicação Digital e professora da PUC-SP, dá a seguinte dica para combater as fake news: “pare, re� ita, averigue informações, pois a pressa é a maior inimiga da verdade”. O conteúdo do livro faz re� exões sobre os fenômenos das bolhas de informações e da rapidez com que as notícias falsas são compartilhadas sem checagem pelas redes sociais digitais. O excesso de informações em diferentes plataformas, conforme Pollyana, tem deixado as pessoas inquietas e isso é sinônimo de prejuízos, pois, “compartilhamos o que não lemos e aceitamos a sedução como verdade, pois ela nos conforta no momento de angústia”, diz trecho do livro.

Onde encontrar: Editora Educ e Armazém da CulturaAdquirir pelos sites: www.livrariacultura.com.br www.livrariada� sica.com.br

Abertos à graça

FÊNYKIS DE OLIVEIRA SILVA (SEMINARISTA)Seminário São João Maria Vianney

No próximo domingo, o Senhor nos apresentará, segundo o evangelista Marcos, imagens a que se assemelha o Reino de

Deus. Inicialmente vemos a imagem de al-guém que espalha sementes, mas que não sabe como nem quando ela cresce e dá fruto (cf. Mc 4, 26-28). Essa primeira ima-gem é peculiar e nos faz olhar para nós mesmos. Muitas vezes e de muitos modos nos arrogamos o direito de ter muita auto-nomia e independência; mas até que pon-to somos senhores de nossa vida?

Não quero, aqui, negar o dinamismo de nossa liberdade de escolha. Mas corremos sempre o risco de nos acharmos muito bons e agradáveis a Deus, sem levar em con-ta que Deus nos amou primeiro (1Jo 4,10 ); que d'Ele recebemos todos os bens (1Pe 4,10) e que não existe salvação fora d'Ele

“a semente germina e cresce” (Mc 4,27) Texto para oração: Mc 4,26-34 (páginas 1247 – Bíblia Edições CNBB)

1º Ambiente de oração: procure uma posição cômoda e um local agradável; silencie e invoque o auxílio do Espí-rito Santo;2º Leitura atenta da Palavra: leia o texto quantas vezes achar necessário, essas palavras têm de se tornar familia-res, comuns, próximas a você;3º Meditação livre: refl ita, calmamente, sobre o que esse texto diz a você, procure repetir frases ou palavras que mais lhe chamaram atenção para que elas caiam também em seu coração;4º Oração espontânea: converse com Deus, peça perdão. Louve, adore, agradeça; fale com Deus como a um amigo íntimo que quer lhe ouvir e estar com você;5º Contemplação: imagine Deus em sua vida e lembre-se daquilo que ele falou com você nessa Palavra que aca-bou de ler. Se possível, escreva os frutos dessa oração/contemplação;6° Ação: transforme a Palavra escutada e que iluminou a sua vida em uma oração a Deus. Escreva a oração, se achar melhor, e a coloque em prática em sua vida.

11° Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Palavra: Ez 17,22-24; Sl 91(92); 2Cor 5, 6-10; Mc 4,26-42

(Mt 19,25-26). Nossos méritos são, antes de tudo, dom do infi nito amor de Deus que quer a nossa salvação. E nesse sentido, nos-so maior mérito é estar abertos à graça de Deus, pois é Ele quem faz a semente cres-cer e dar frutos a seu tempo (Mc 4,28).

Deus nunca ferirá nossa liberdade, nem mesmo para nos salvar. Mas se nos abrimos, minimamente, à sua salvação, veremos os frutos de seu reino, já agora, e nos tornaremos sinais a tantos outros ir-mãos que, fatigados pela caminhada, pre-cisam renovar suas esperanças (Mc 4,32). E assim, verdadeiramente, o seremos; não por sermos os melhores, mas por que o Se-nhor realiza em nós maravilhas (Lc 1,49).

EDICAO 212 - DIAGRAMACAO.indd 8 06/06/2018 19:14:04