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MP3 e MP4 Trimestral • Outubro/Novembro/Dezembro 2011 • n.º 45 • Distribuição gratuita R m Revismarket O mercado Electro em revista www.rmelectro.com Que futuro para as grandes superfícies especializadas Geração G (generosidade), uma tendência de consumo que veio para ficar Face à evolução do clima económico, com a perda do poder de compra e a instabilidade do emprego, aliada a uma cidadania cada vez mais participante, catalisada pelas redes sociais, o actual modelo de negócio das grandes superfícies especializadas vê-se questionado O pior Natal dos últimos 32 anos?

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Que futuro para as grandes superfícies especializadas?

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• MP3 e MP4

Trimestral • Outubro/Novembro/Dezembro 2011 • n.º 45 • Distribuição gratuita

RmRevismarket O mercado Electro em revista

REVISMARKET

www.rmelectro.com

Que futuro para as grandes superfícies especializadas

Geração G (generosidade), uma tendência de consumo que veio para ficar

Face à evolução do clima económico, com a perda do poder de compra e a instabilidade do emprego, aliada a uma cidadania cada vez mais

participante, catalisada pelas redes sociais, o actual modelo de negócio das grandes

superfícies especializadas vê-se questionado

O pior Natal dos últimos 32 anos?

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro/Dezembro 2011 3

[ Editorial ][ Ficha Técnica ]

N.º 45 Outubro/Novembro/Dezembro 2011

www.rmelectro.comwww.rmdeco.com

Propriedade:Revismarket - Edição de Publicações, Lda.Rua Peixinho Júnior, N.º 2, 1.º E2770-135 Paço de ArcosTel.: +351 214 413 277Fax: +351 214 413 478

Editor:Jorge [email protected]

Direcção:Cidália [email protected]

Redacção:Carina [email protected]

Área Comercial:[email protected]@revismarket.com

Paginação:[email protected]

Impressão:MulembeiraRua Vasco da Gama, nº. 362685-244 Portela de Loures

Distribuição gratuita e por assinatura

Tiragem: 3.000 exemplares

Depósito Legal n.º 236.204/05

Publicação registada no Instituto da Comunicação

Social com o n.º 124843

Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito.

Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores.

A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsá-vel perante os seus leitores.

A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.

Cidália RibeiroDirectora

Escrevo esta carta ao leitor para a revista de Natal, na véspera do dia em que faço 46 anos, 18 dos quais ligada ao mercado de electrodomésticos. Assim, sendo uma data tradicionalmente “lamechas”, resolvi fazer um pequeno balanço e agradecer tudo o que tenho recebido e aprendido com este sector no qual passei quase 40% da minha existência.

• Obrigada a todos os que gostam de nós e apreciam o nosso trabalho, com eles aprendi que podemos sempre fazer melhor• Obrigada aos que não gostam de nós, pois, sempre que falam mal, publicitam-nos e dão-me novas ideias• Obrigada por todos os erros cometidos, aprendi com cada um deles• Obrigada aos anunciantes que nos têm apoiado e obrigada aos que nos ignoram, assim sei que passamos bem sem eles • Obrigada a quem participa nos nossos artigos e obrigada a quem nunca res-ponde, pois fazem-me perceber quem tem algo a esconder ou não tem nada para dizer• Obrigada aos comerciantes e profissionais que lutam diariamente para dignificar este sector e também um obrigada muito especial aos que minaram tanto o merca-do que tiveram que fechar portas e não fazem cá falta nenhuma• Obrigada a todos os profissionais que por cá passaram e que, por circunstâncias alheias à sua competência, tiveram de se afastar• Obrigada a quem se preocupa em pagar a horas e obrigada a quem se “esquece”, pois assim sabemos em quem podemos confiar e de quem devemos desconfiar• Obrigada pela organização de muitas empresas com quem trabalhamos e que facilitam o nosso trabalho diariamente• Obrigada pela desorganização de outras, sempre as mesmas, que nos fazem prever e antecipar problemas antes que aconteçam• Obrigada pela sinceridade e preocupação de todos os que nos ajudaram a fazer melhor• Obrigada pela falta de transparência e pelas mentiras que me contaram ao longo de todos estes anos, pois graças a elas desenvolvi competências extraordinárias que me permitiram chegar até aqui; se tivesse acreditado em metade das histórias que ouvi, já estaria no desemprego há muito• Obrigada pelas grandes amizades que fiz neste sector com profissionais que fazem hoje parte do meu leque de amigos mais chegados• Obrigada também pelos inimigos de estimação que a minha franqueza e, por ve-zes, falta de papas na língua me fizeram ganhar, também eles ajudam a apimentar a minha vida

Para finalizar, obrigada a todos por me permitirem fazer parte das vossas vidas durante tanto tempo e, quer gostem ou não, espero continuar a estar por cá mais um pouco...Até para o ano!

Cartaao leitor

Nota da redacção:A Rm-Revismaket informa os seus leitores que optou por manter a grafia pré acordo ortográfico nas suas edições em papel e online.

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[ Índice ]

Tema de capa Que futuro para as grandes superfícies especializadas? 6

Procura por grandes domésticos

atinge os 395 milhões de unidades

em 2015Quem são 20

Geração G (generosidade), uma tendência de consumo que veio para ficar 22

E se a Starbucks começasse a vender máquinas de café? 26

2012: Internacionalização como resposta ao fraco crescimento interno 27

Tempo de pausa 28

Como redigir um CV? 31 Portugueses compram menos jogos, consolas e vídeos 32

Procura por grandes domésticos atinge os 395 milhões de unidades em 2015 33

Whirlpool celebra 100.º aniversário 34

Novidades 36

Especial Natal 2011 38

Teka Hydroclean®, um novo sistema de limpeza ecológica

Portugueses compram menos jogos, consolas e vídeos

Whirlpool celebra 100.º aniversário

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[ Destaque ]

Rm-Revismarket - Julho/Agosto 2010 29

[ Destaque ]

FreestandingCollection 2011/2012

[email protected] Tlf.: 22 616 73 00

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[ Tema de capa ]

Que futuro para as grandes superfícies especializadas?

[ Tema de capa ]

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[ Tema de capa ] Texto: Carina RodriguesFotos: DR

Que futuro para as grandes superfícies especializadas?

A actual situação financeira que se vive, não só em

Portugal mas um pouco por toda a Europa, está a reflectir-se inexoravelmente nos hábitos

de consumo. Desde 2008 que parece ter-se entrado numa nova era pautada pela retracção. Os dados da

GfK Portugal, referentes ao segundo trimestre deste ano, confirmam esta tendência, indicando uma queda de 12,8 por cento no índice TEMAX. A facturação do mercado nacional

de bens tecnológicos no segundo trimestre foi de 530 milhões de euros. Face à evolução do clima económico, com a perda do poder de compra e a instabilidade do emprego, aliada a uma cidadania cada vez mais participante, catalisada pelas

redes sociais, o actual modelo de negócio das grandes superfícies especializadas vê-se questionado e estes espaços instados a se reorganizarem e adaptarem aos novos padrões de consumo

e à evolução da sociedade.

[ Tema de capa ]Texto: Carina Rodrigues

Fotos: Dreamstime

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[ Tema de capa ] [ Tema de capa ]

‘‘ ‘‘ “Num mercado tão competitivo como o retalho, só se consegue conquistar e manter a confiança dos clientes com uma atitude de constante inovação, de contínua vontade de fazer melhor e de encontrar melhores parceiros, sempre focado nas suas necessi-dades”, sublinha Miguel Osório, administrador de Marketing da Sonae MC.

Os consumidores portugueses são dos mais pessimistas na Europa e compram apenas os artigos ne-cessários para o dia-a-dia, adian-

do, sempre que possível, aquisições de maior monta. A sondagem “Consumer Climate”, realizada pela GfK, indica que a disposição para comprar em Portugal flutuou apenas ligeiramente nos últimos meses e encontra-se actualmente nos 49,6 pontos negativos. “Margens diminuídas, tráfego de clientes e facturação cada vez menores, competitivida-de cada vez maior, o consumidor com medo do futuro, com maior atenção e racionalização das suas compras. Por outro lado, cada vez mais rigoroso e esclarecido, menos tolerante e exigente de maior especialização e rapidez de resposta. É este o cenário com o qual as grandes superfícies especializadas lidam dia-riamente”, analisa Carlos Maia, director geral da Staples em Portugal. As perspectivas para os próximos anos não são animadoras. “A falta de liquidez dos ban-cos afecta o nível de concessão de crédito, restringindo ainda mais o poder de compra daquelas pessoas que ainda têm margem de endividamento e cortando por completo àque-las que estão com taxas de esforço acima do desejável”, nota Paulo Lourosa, director de Consumer Credit – Auto and Sales Finance; Credit Cards na Pastor Serfin. Com o desem-prego a crescer, a emigração a aumentar, a imigração a baixar e o rendimento das famí-lias em forte quebra por acção do aumento dos impostos, a consequência natural é uma redução do chamado “mercado natural”. “Se este encolhe, o expectável é que cada entida-de venda menos para acomodar este novo mercado mais exíguo, sendo necessário

efectuar ajustes na estrutura que estava pre-parada para volumes bastantes superiores”, acrescenta. Na opinião deste profissional, algumas em-presas não irão resistir à pressão da quebra das vendas. “Quem conseguir aguentar os próximos 18 meses poderá aproveitar-se de vendas efectuadas pelos retalhistas que vão fechando portas”. A Confederação do Comér-

cio e Serviços de Portugal (CCP) antecipa mesmo um completo desastre no comércio já a partir de Dezembro, que atingirá, sobretudo, os electrodomésticos e o mobiliário. “Estamos à espera de uma hecatombe, que vai começar em breve devido ao corte parcial do próximo subsídio de Natal, que era tradicionalmente usado para a aquisição ou pagamento da pri-meira prestação desses bens de maior valor”, afirma João Vieira Lopes, presidente da con-federação, numa entrevista à Lusa. De acordo com a CCP, grande parte dos cem estabeleci-mentos comerciais que encerram diariamente em Portugal “dificilmente voltarão a abrir”. O futuro das grandes superfícies especializa-das depende assim de uma necessária rees-truturação dos operadores. A percepção é de que alguns retalhistas até poderão resistir

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‘‘ ‘‘ Barry Wacksman, CEO da R/GA, uma das melhores agências digitais no mundo, disse inclusivamente na conferência da APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes, que o digital é mesmo o “caminho certo”. “Costumo ver televisão, mas já não vejo anúncios. E grande parte do que vejo sobre as marcas é através do YouTube, redes sociais ou outras plataformas online

‘‘‘‘

Na opinião de Paulo Lourosa, algumas empresas não irão aguentar a pressão da quebra das vendas. “Quem conseguir aguentar os próximos 18 meses poderá aproveitar-se de vendas efec-tuadas pelos retalhistas que vão fechando portas”.

“Diria que os formatos das cadeias especializadas, que iniciaram a sepultura do comércio tradicional, vão também terminar liquidados por formatos sem lojas e outros que entretanto surgirão”, analisa António Costa.

“Tenho muita pena de o dizer, enquanto cidadão e enquanto português, mas a dimensão sub-jugará o que estiver de permeio”, reforça Carlos Maia. “Ou seja, nem grande, nem pequeno, mas com a mania das grandezas”.

mais do que outros, mas não irão aguentar uma nova vaga de retalho. No entender des-tes profissionais, a grande realidade é que os novos formatos de vendas irão progressiva-mente tomar conta do mercado e as grandes superfícies tenderão a reduzir a sua exposi-ção ou a fechar, como aconteceu, por exem-plo, com a Singer. “Diria que os formatos das cadeias especializadas, que iniciaram a se-

pultura do comércio tradicional, vão também terminar liquidados por formatos sem lojas e outros que entretanto surgirão”, analisa An-tónio Costa, antigo profissional do sector. No seu entender, irão manter-se alguns formatos de larga dimensão que consigam manter ni-chos de mercado mas, de forma alguma, com os crescimentos ou expansão para novos mercados anteriormente verificados. Vere-

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‘‘ ‘‘ “Independentemente de que sector da economia estejamos a falar, não é sustentável manter a loucura desenfreada, na palavra e acção, do consumismo”, concorda João Medeiros, director geral da BestSell. Diria que, em termos de análise dos canais de distribuição, se a situação não é favorável para o ‘tradicional’, a grande distribuição que se cuide.

“Na situação actual de mercado e, mais importante, na conjuntura menos favorável dos próximos anos, as estruturas em todas as suas vertentes terão claramente de se redimensionar e repensar, muito certamente para formatos de menor dimensão, de maior influência local, mas obviamente com marcas de projecção nacional, cadeias de custos competitivas e flexíveis, capazes de se diferenciar da concorrência por algo mais que o preço”, defende Hugo Silva, director geral da Whirlpool.

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‘‘ “O primado do preço faliu. Prepare-se para assistir, em Portugal, ao fecho puro e duro de duas ou três insígnias que só apostaram no preço”, avança João Catalão, “partner” da SalesUp.

“Tem de haver uma mudança importante no modo de negociar, de expor, de vender”, sublinha João Paulo Ferreira, director geral da Candy-Hoover.

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mos no futuro situações de concentração ou recuo, como o recente exemplo da Best Buy no Reino Unido. “Tenho muita pena de o di-zer, enquanto cidadão e enquanto português, mas a dimensão subjugará o que estiver de permeio”, reforça Carlos Maia. “Ou seja, nem grande, nem pequeno, mas com a mania das grandezas”. O grande desafio que estes espaços agora en-frentam passa então por ir mais além na sua oferta, transformando o seu modelo de negó-cio. “Num mercado tão competitivo como o retalho, só se consegue conquistar e manter a confiança dos clientes com uma atitude de constante inovação, de contínua vontade de fazer melhor e de encontrar melhores parcei-ros, sempre focado nas suas necessidades”, sublinha Miguel Osório, administrador de Marketing da Sonae MC. A inovação, a dife-renciação, o acrescentar valor, através de for-

mas diferenciadoras, são então a única saída. “Tanto os fornecedores terão que adaptar a sua oferta, como as próprias superfícies terão que se ‘empenhar’ no cliente”, sustenta Paula Resende, directora geral da Malo Clinic SPA. “Estas superfícies poderão encontrar novos nichos de mercado que atraiam os consumi-dores para dentro das suas lojas, por exemplo através da venda de serviços e produtos em cartão-oferta, à semelhança do que já se faz

nos Estados Unidos da América”, detalha a profissional.

Uma década de transformação profundaSegundo o estudo “O futuro do comércio visto pelos seus actores”, realizado pelo CRE-DOC junto de vários profissionais da distri-buição francesa, os próximos dez anos serão marcados por grandes acelerações e transfor-mações do sector. Apenas oito por cento dos

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Mais de 80% dos portugueses que pesquisam produtos de retalho na Internet concluem a compra offlineOito em cada dez portugueses que procuram informação na In-ternet sobre produtos de retalho acabam por concretizar a com-pra numa loja, segundo um estu-do da Google Portugal. Antes da compra, os consumidores fazem pesquisas online que acabam por conduzir maioritariamente a uma compra offline. “O actual contexto económico tem levado os consumidores a intensifica-rem a procura de informação antes de tomarem uma decisão de compra e a adoptarem atitu-des cada vez mais racionais e fundamentadas. Este facto acaba por multiplicar as oportunidades para os retalhistas comunicarem com o seu público-alvo”, explica Carlos Paulo, Industry Leader da Google Portugal.De entre as categorias de pro-dutos que revelam maiores índi-ces de pesquisa online antes da compra destaca-se a electrónica de consumo, com 91 por cento, seguindo-se os grandes domés-ticos (72%) e os pequenos do-mésticos (65%).

‘‘ A adaptação à evolução antecipada das expectativas dos consumidores passará também por um conhecimento profundo dos seus gostos e apetências, criando ofertas específicas e diferencia-doras. Em última análise, um comércio mais segmentado, especialista e diferenciado, o que, na opinião de Eugénia Dias, directora de Marketing da Moviflor, poderá ser também a grande oportunidade para a sustentabilidade futura das grandes superfícies especializadas.

‘‘

inquiridos antecipam mudanças inferiores às que aconteceram na última década, já de si particularmente rica em transformações. 37 por cento acreditam mesmo que o sector conhecerá uma transformação radical, vendo postos em causa os seus fundamentos, com uma amplitude equivalente à que caracterizou a nascença e desenvolvimento da grande dis-tribuição, na década de 60. O comércio electrónico, as tecnologias e a

abordagem multicanal serão o principal foco de mudança no entender destes profissionais. 63 por cento antecipam um grande desenvol-vimento deste eixo e estimam que o peso do comércio electrónico possa chegar aos 24 por cento em 2020. A presença das insígnias neste canal torna-se assim imperativa, inten-sificando-se pelas estratégias multicanal, que permitem, por um lado, estar presente na Internet, recuperando os negócios perdidos

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“Grande parte das superfícies de distribuição especializada apresenta resultados aquém das expectativas dos seus accionistas, consequência do elevado número de superfícies existentes versus o poder de compra no curto e médio prazo dos clientes”, defende Carlos Afonso, Regional Area Manager Ibérica da Mestre Maco. “As grandes superfícies apresentam custos de funcionamento, de pessoal e de stocks elevados que, face ao decréscimo da actividade, se tornam incom-portáveis. A curto prazo, terá de se verificar um ajustamento no mer-cado. Irão certamente encerrar muitos dos formatos existentes, surgir novas formas de comercializar produtos e novos formatos, mais peque-nos, de maior proximidade e de custos fixos mais reduzidos, com um incremento ao nível do serviço ao cliente”.

na loja, e por outro uma adaptação às novas necessidades dos consumidores. De acordo com um estudo do PIPAME, nalguns secto-res, o comércio electrónico poderá colocar em perigo as lojas e os especialistas, mas o seu principal impacto será pela necessidade de adaptação das lojas ao consumidor, que se transformou em cliente multicanal e utiliza massivamente os sites para preparar a visita à loja (ver caixa).A maioria dos inquiridos do CREDOC confia ainda na capacidade dos retalhistas em apro-veitarem as oportunidades proporcionadas por este canal, mas um em cada quatro colo-ca a hipótese de que este mercado seja com-pletamente dominado pelos “pure players”. Independentemente do cenário, o meio digital assume-se como o futuro. Barry Wacksman, CEO da R/GA, uma das melhores agências digitais no mundo, disse inclusivamente na conferência da APAN – Associação Portugue-sa de Anunciantes, que o digital é mesmo o “caminho certo”. “Costumo ver televisão, mas já não vejo anúncios. E grande parte do que vejo sobre as marcas é através do YouTube, redes sociais ou outras plataformas online. Há vídeos que encontramos online e que não conseguimos parar de ver, vemos vezes sem conta. E é assim que criamos uma ligação e potenciamos junto das pessoas uma maior consciência em relação a uma marca ou a um

serviço”. O crescimento futuro dos negócios deve ser alavancado nas novas tecnologias e na utilização do digital, de forma a criar valor para o consumidor.

Responder às expectativas de consumidores cada vez mais exigentesMas o estudo do CREDOC aponta outros factores onde as transformações também ditarão o futuro do comércio, nomeada-mente a área dos serviços, a persona-lização da relação entre o retalhista e o consumidor e o aconselhamento e oferta de soluções (37%). O preço parece ser

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O comércio do futuroMuitos acreditam no prognósti-co da morte das grandes super-fícies e no retorno ao comércio de proximidade. Mas, para o PIPAME, o que está em perigo é o modelo histórico das grandes superfícies, como os hipermer-cados que não são nem discount nem portadores de mais-valias. Os comerciantes tradicionais, que não adoptaram práticas mo-dernas de gestão e de marketing vão continuar a desaparecer. Em contrapartida, as lojas que ofereçam soluções terão, para o PIPAME, um futuro risonho.Fora do alimentar, o comércio electrónico será impulsionado pelas insígnias multicanal. Con-trariamente ao CREDOC, o PIPA-ME acredita que apenas alguns “pure players” que já atingiram uma dimensão considerável se irão manter. O preço continuará a ser uma grande razão para a compra através da Internet, mas este processo de compra irá ba-nalizar-se para além desta única motivação.

mesmo o factor menos valorizado. As mutações sociais são consideradas como um dos principais factores de influência na evolução do comércio. Foram-no até agora e continuarão a sê-lo. O aumento do conceito de individualismo faz com que o consumidor espere uma relação mais personalizada com

o retalhista e estes profissionais estão cons-cientes disso mesmo. O estudo do CREDOC revela que 60 por cento dos inquiridos defen-dem que a distribuição tem de ter a capaci-dade para criar uma relação mais profunda e rica com o cliente e 30 por cento centram-se na necessidade de um comércio justo, trans-‘‘

No entender destes profissionais, é aqui que o comércio dito tradicional poderá ter uma cartada forte a jogar. “Mas tem de agir agora, alerta Paulo Garrido, antigo profissional do sector. “Caso contrário, estes grandes operadores vão tentar vir para esse espaço e arrebatá-lo”.‘‘

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[ Tema de capa ] [ Tema de capa ]

parente, que se compromete e cumpre pro-messas. “Independentemente de que sector da economia estejamos a falar, não é susten-tável manter a loucura desenfreada, na pala-vra e acção, do consumismo”, concorda João Medeiros, director geral da BestSell. “Pelo contrário, a nova ‘filosofia’ será a sustentabi-lidade. Para quem vive, como nós, dos secto-res comerciais, é uma dura realidade, de difí-cil digestão, mas que não podemos ignorar. Diria que, em termos de análise dos canais de distribuição, se a situação não é favorável para o ‘tradicional’, a grande distribuição que se cuide. A mesma sustenta-se no volume, na ‘engenharia financeira’ e no crédito ao consu-mo, três áreas que no presente estão em per-feito desequilíbrio. Qual o futuro para quem se sustenta na mesmas? Dá que pensar”. A adaptação à evolução antecipada das ex-pectativas dos consumidores passará tam-bém por um conhecimento profundo dos seus gostos e apetências, criando ofertas es-pecíficas e diferenciadoras. Em última análise, um comércio mais segmentado, especialista e diferenciado, o que, na opinião de Eugénia Dias, directora de Marketing da Moviflor, po-derá ser também a grande oportunidade para a sustentabilidade futura das grandes super-fícies especializadas. “Por ser especialista em determinada área de negócio, pode comple-mentar a sua actividade com a prestação de

serviços de qualidade dedicados aos seus clientes. Na actual conjuntura económica, os serviços de qualidade tendem a gerar maior confiança numa marca, porque o cliente sente que conta com esta para além do momento de compra. O maior desafio é que esta capaci-dade de ser especialista seja suficientemente valorizada, que estes serviços sejam rentáveis e que a sua onerosidade não ponha em causa o próprio negócio”.

Crescer ajustando a dimensãoParece assim desenhar-se uma ruptura entre o que foi o modelo de negócio da última década e o seu futuro. O inquérito do CREDOC assi-nala que 69 por cento dos profissionais ante-cipam um reforço, nos próximos dez anos, do comércio de proximidade. “Na situação actual de mercado e, mais importante, na conjun-tura menos favorável dos próximos anos, as estruturas em todas as suas vertentes terão claramente de se redimensionar e repensar, muito certamente para formatos de menor dimensão, de maior influência local, mas ob-viamente com marcas de projecção nacional, cadeias de custos competitivas e flexíveis, ca-pazes de se diferenciar da concorrência por algo mais que o preço”, defende Hugo Silva, director geral da Whirlpool. “O consumo em Portugal está hoje, e infelizmente espera-se que se venha a manter, em níveis de há mais de uma década, pelo que não se pode fazer o mesmo que nos últimos anos, em que cresci-

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‘‘ De acordo com o estudo “O comércio do futuro”, realizado pelo PIPAME, acredi-tar no prognóstico do declínio dos grandes espaços e retorno ao pequeno comércio é uma “simpli-ficação abusiva”. O que está em perigo é o modelo de negócio das grandes superfícies que não são portadoras de mais valias.

O PIPAME defende que os pequenos comerciantes isolados que não adoptarem práticas modernas de gestão e marketing vão continuar a desaparecer ao mesmo ritmo do que até aqui.

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5 factores-chave para na sobrevivência e futuro do retalho O estudo “Retail 2020” da Jones Lang LaSalle identifica cinco factores-chave para todos os opera-dores e “players” empenhados na sobrevivência e futuro do retalho, apesar das mudanças acen-tuadas no sector. O nono capítulo, denominado “The New Retail Rulebook: 5 Key Lessons from the Future”, visa disponibilizar algumas soluções práticas para que os operadores e agentes do mercado se adaptem às mudanças previstas.

Algumas das tendências previstas para a próxima década:• Em 2020, mais de 50 por cento de todas as transações de comércio não-alimentar serão digital-mente influenciadas nos mercados maduros;• Cerca de 15 por cento dos centros comerciais podem não ser vendáveis a partir de 2018 em alguns mercados;• Cerca de 30 por cento do espaço de retalho nos mercados desenvolvidos é potencialmente ob-soleto no seu formato actual.

O novo manual de regras identifica e analisa as consequências práticas das tendências previstas para o retalho, em cinco lições para retalhistas e investidores:

Abordar a tecnologia como uma forma de pensar e não apenas como uma ferramenta

Não existe maior força disruptiva no retalho hoje. Tem efeitos em todas as áreas, desde a estratégia dos canais de distribuição, à negociação do preço das rendas, à comunicação com os consu-midores. Os retalhistas e os proprietários têm de parar de ver a Internet como um concorrente externo e, em vez disso, incorporá-la na sua estratégia e ajustar os seus modelos de negócio em consonância.

A Sustentabilidade é um risco grande, mas também uma oportunidade para os investidores em retalho

Os mais recentes centros comerciais terão que oferecer um prémio “verde”. Um centro comercial bem desenhado e gerido deverá ser, na sua gestão, mais eficiente em termos de custos, com impac-to nas rendas. Assegurar que um centro é comprovadamente mais eficiente tornará o activo mais atractivo do que o seu vizinho não-verde e mais líquido em termos de produto de investimento.

Capacitar, fazer parcerias e diversificar para sobreviver

Os “players” com capital necessitarão, cada vez mais, de recorrer a gestores especializados, cuja influência se alargará rapidamente. As diferenças entre competências serão cada vez mais acentua-das, o que será particularmente importante na promoção e renovação, considerando a quantidade de stock de retalho que já está ou virá a estar obsoleto.

Conquistá-los e mantê-los

O princípio fundamental no comércio. Para a maioria dos centros comerciais, o marketing é o parente pobre e muitas vezes negligenciado. Os retalhistas e os proprietários necessitam de apostar na capa-citação e diversificação de competências para criar destinos diferenciados e vencedores, que se dão a conhecer aos consumidores, os mantêm interessados e, em última análise, os fazem gastar dinheiro.

Qualidade e verdadeira conveniência

A natureza da globalização, das comunicações electrónicas instantâneas, da ultra mobilidade, transformarão o retalho num mundo de extremos – melhor lazer, oferta super dominante, áreas de influência regionais e de-sign distinto. O consumidor tem expecta-tivas mais elevadas e, se um produto ou um imóvel de retalho não lhe oferece mais, existirão muitas outras opções concorrentes.

mentos sustentaram crescimentos”. Actualmente, o mercado não está equilibrado na vertente da oferta e da procura. “Grande parte das superfícies de distribuição especia-lizada apresenta resultados aquém das expec-tativas dos seus accionistas, consequência do elevado número de superfícies existentes versus o poder de compra no curto e médio prazo dos clientes”, defende Carlos Afonso, Regional Area Manager Ibérica da Mestre Maco. “As grandes superfícies apresentam custos de funcionamento, de pessoal e de stocks elevados que, face ao decréscimo da actividade, se tornam incomportáveis. A cur-to prazo, terá de se verificar um ajustamento no mercado. Irão certamente encerrar muitos dos formatos existentes, surgir novas formas de comercializar produtos e novos formatos, mais pequenos, de maior proximidade e de custos fixos mais reduzidos, com um incre-mento ao nível do serviço ao cliente”. Os estudos confirmam de resto que os gran-

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[ Tema de capa ] [ Tema de capa ]

des retalhistas mundiais têm apostado numa estratégia “getting big by going small” de for-ma a poderem continuar a crescer de forma sustentada. A Walmart, a maior retalhista do mundo, por exemplo, desde sempre assentou o seu modelo de negócio em grandes pontos de venda, mas está agora a enveredar pelo caminho dos pequenos formatos. O Planet Retail destaca que a nível europeu são várias as insígnias, sobretudo da área alimentar, que estão a redescobrir o centro das cidades testando novos formatos orientados para a conveniência. “Vejam-se as últimas soluções, na área alimentar, com as mercearias da Je-rónimo Martins e da Sonae, onde o comércio tradicional dá cartas”, destaca João Medeiros. “Há, na verdade, um caminho ainda a percor-rer, no que toca a ajustes de horários de aber-tura, ao nível da estética das lojas e formação nas áreas de atendimento e gestão. Mas os consumidores tendem a voltar a explorar as soluções de proximidade”. No entender destes profissionais, é aqui que o comércio dito tradicional poderá ter uma cartada forte a jogar. “Mas tem de agir ago-ra, alerta Paulo Garrido, antigo profissional do sector. “Caso contrário, estes grandes operadores vão tentar vir para esse espaço e arrebatá-lo”. Não se quer com isto dizer que as grandes superfícies irão, pura e simplesmente, “mor-rer. De acordo com o estudo “O comércio do futuro”, realizado pelo PIPAME, acreditar no prognóstico do declínio dos grandes espaços e retorno ao pequeno comércio é uma “sim-plificação abusiva”. O que está em perigo é o modelo de negócio das grandes superfícies que não são portadoras de mais valias. O estu-do defende que os espaços que saibam gerar valor continuarão a ser formatos dinâmicos, adaptados aos novos modos de consumo. A erosão dar-se-a nos formatos centrados ex-clusivamente no eixo preço/oferta/dimensão, que até foram o motor da modernização da distribuição, mas que estão em fim de ciclo. O PIPAME defende ainda que os pequenos comerciantes isolados que não adoptarem práticas modernas de gestão e marketing vão

continuar a desaparecer ao mesmo ritmo do que até aqui.

Qual será, então, o cenário para os próximos dez anos? Para os profissionais portugueses, em pleno cenário de desafio, a distribuição terá então de se adaptar à própria dimensão do país. Antecipam-se mais movimentos de concen-tração, fusões e trocas de participação. “De-cididamente, algumas cadeias irão mudar de mãos e a racionalização provocará mais desemprego, logo menos consumo e volta-mos ao início do ciclo”, defende Jorge Con-de, administrador da Florente. “Poderia ser algo de positivo se, com isso, aumentasse a competência dos ‘players’, mas viu-se com a saída do Carrefour, há uns anos, que não é assim que funciona. O maior problema da grande distribuição é a célebre lei de Pareto, dos 20/80, que limita a gama de artigos. E, sem gama, o cliente não se fideliza”. Uma das conclusões que salta logo à vista do estudo do CREDOC é a pouca importância que os profissionais do comércio dão às te-máticas tradicionais. A sensibilidade ao preço e as guerras entre insígnias parecem ser uma página virada. “O primado do preço faliu. Pre-pare-se para assistir, em Portugal, ao fecho puro e duro de duas ou três insígnias que só

‘‘ ‘‘ “Neste momento, pensamos que estamos uma vez mais na mudança de ciclo”, confessa Manuel Jorge, administrador da M.Jorge-Expert. “Talvez até o feitiço se esteja a virar contra o feiticeiro mas o segredo, se é que existe algum, é a capacidade de nos transformar-mos e percebermos como agir nos vários ciclos”.

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apostaram no preço”, avança João Catalão, “partner” da SalesUp. “É evidente, e estamos a verificar agora, que quem só apostou no preço, quando o cliente não era só isso que procurava, está agora a sofrer as consequên-cias dessas decisões passadas, passando por grandes dificuldades e, em muitos casos, fechando portas ou fazendo ‘downsizings’ ra-dicais”, concorda Carlos Maia. “O operador inteligente terá que ter um olho no burro, o seu preço e o dos outros, e outro no cigano, ou seja, arranjar propostas de valor que sejam dificilmente copiáveis, seja ao nível do serviço seja do atendimento”. Afastado o cenário do “preço partido”, a com-petitividade será, sim, baseada na capacidade do comércio escutar e satisfazer as expectati-vas dos clientes. “Tem de haver uma mudança importante no modo de negociar, de expor, de vender”, sublinha João Paulo Ferreira, direc-tor geral da Candy-Hoover. “Os consumidores serão cada vez menos e o poder de compra mais concentrado, pelo que todas as oportu-nidades de contacto com os clientes devem ser aproveitadas”. Os actores do comércio estão hoje convencidos que este será ainda mais orientado para o cliente e trabalhará os mercados de forma cirúrgica, adoptando uma postura cada vez mais orientada para o ser-viço. De acordo com o director geral da Staples, a solução poderá passar por uma transformação no actual modelo de negócio, dos produtos para as experiências, procurando a diferen-

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ciação; uma maior personalização do espaço físico e a possibilidade de customizar a oferta de cada loja aos padrões de consumo locais. Prevê-se também uma alteração do “retail mix”, juntando, em combinações distintas das actuais, os eixos da conveniência, preço, gama, qualidade e modelos de distribuição. Outra tendência previsível é a ocupação de vários formatos pelos diferentes operadores e o “overlapping”, ou seja, criar diferentes posicionamentos sem perder os valores nu-cleares. “Talvez num futuro bem próximo, as grandes superfícies especializadas passem a grandes superfícies generalistas, alargando o leque de produtos e abrangendo uma gama ainda maior”, acrescenta Pompilio Vaccari, trabalhador liberal no Brasil.O que a crise está então a acelerar é o final de um ciclo para os agentes do comércio, do qual sairão as empresas que melhor souberam antecipar e adaptar-se à mudan-ça. O estudo do PIPAME destaca que mui-tos dos líderes de ontem não estão a con-seguir reinventar-se, conhecendo uma lenta erosão, seguida de um declínio acelerado. Os “players mais ágeis e segmentados to-marão a dianteira do negócio. “A situação actual do retalho e a sua relação com as di-vergências socio-económicas vividas pelos vários mercados faz-me lembrar um provér-bio muito interessante que explica as várias reacções que diferentes produtos têm ao serem confrontados com água a ferver. O esparguete era forte e quando entra dentro de água quente amolece; o café, sem sabor, fica saboroso e cheiroso; e o ovo, que era tão frágil, fica rijo e não quebra. Assim são os diferentes tipos de empresas que, em contacto com as mesmas dificuldades, têm tipos de reacções diferentes. Umas melho-ram, outras pioram e outras transformam-se completamente”, caracteriza Rui Neves, director geral da Targus Portugal. Perante isto, o retalho, tal como todas as empre-

sas, tem de se reorganizar e de redesenhar o seu modelo de negócio. “É difícil? Sim, é sem dúvida. Mas se há quem consiga, então novas formas de gestão empresarial, de parcerias e de associativismo tornam-se emergentes. E uma das novas tendências é a ligação dos sectores do comércio online com o dos transportes. Muitas das grandes insígnias estão a apostar estrategicamente neste modelo de negócio com custos mais baixos e maior optimização operacional”, destaca.Tudo na vida tem ciclos e são esses ciclos que ditam as tendências, consoante as conjuntu-ras sociais, económicas e financeiras. “Neste momento, pensamos que estamos uma vez mais na mudança de ciclo”, confessa Manuel Jorge, administrador da M.Jorge-Expert. “Tal-vez até o feitiço se esteja a virar contra o feiti-ceiro mas o segredo, se é que existe algum, é a capacidade de nos transformarmos e perce-bermos como agir nos vários ciclos”.“Cuidado com o leão surdo”, alerta Manuel Jorge, aludindo a uma parábola que sublinha, precisamente, a imperiosa necessidade de se estar atento à mudança e de conhecer os clientes e que transcrevemos como conclu-são deste artigo. “Era uma vez um caça-dor que recebeu de um feiticeiro uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçaria os animais, fazendo-os dançar. Entusiasmado, o caçador or-

ganizou uma caçada e convidou dois amigos. Logo no primeiro dia, o grupo deparou-se com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar flauta e o tigre, que já estava próximo de um dos seus amigos, começou a dançar, sendo abatido à queima-roupa. Ho-ras depois, foram atacados por um leopardo, que saltou de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal deixou de ser agressivo, tornou-se manso e dançou. Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros. Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou e, pelo contrário, atacou um dos ca-çadores e em seguida o outro. O tocador de flauta, desesperado, fazia soar as notas musi-cais, mas sem resultado, o leão não dançava. E, enquanto tocava, foi devorado. Isto aconte-ceu porque não percebeu que o leão era surdo e não ouvia o som mágico da flauta”.

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Que futuro para as grandes superfícies

especializadas?José António Rousseau Consultor e Docente Universitáriorousseau.com.pt

As grandes superfícies especializadas, também designadas na terminologia an-glo-saxónica como “category killers”, como por exemplo, a Staples, a Worten, a Decathlon ou a Fnac, são lojas altamente focadas numa só categoria de produtos e têm sido um dos expoentes do mercado de massas e de produtos de grande consumo. Os seus sortidos profundos, as agressivas políticas comerciais, as suas lojas de grandes dimensões e um grande conhecimento acumulado na gestão das respectivas categorias proporcionaram a estas empresas interessantes vantagens competitivas.Porém, estas até agora vantagens competitivas poderão deixar de o ser começan-do mesmo a gerar efeitos perversos e negativos sobre a operação e os resultados. Acredito que todo o retalho se encontra hoje num ponto de viragem, sendo os formatos especializados aqueles onde se podem percepcionar melhor os sinais da (r)evolução que está a acontecer.De facto, a produtividade das lojas retalhistas não alimentares está em queda desde o início da crise mundial de 2008, tornando imperativas e inevitáveis muitas mu-danças.Aproxima-se no horizonte uma onda gigante cujos efeitos poderão ser devastado-res se nada se fizer. Basta comparar a acentuada redução de vendas e do ROI no retalho clássico que opera com lojas físicas com o crescente e sustentado aumento de vendas realizadas através da Internet. As vendas online têm estado bastante concentradas em poucas categorias mas o seu efeito tem sido devastador nas lojas físicas que lutam cada vez com maiores dificuldades em justificar a alocação de espaço de venda para produtos que se tor-naram improdutivos pela transferência de vendas verificada para o “e-commerce”. Aliás, categorias como a música, o vídeo e os livros só existem hoje com efectivo significado nas lojas virtuais através das quais se realiza a esmagadora maioria das suas vendas.Mas este efeito começa também a sentir-se noutras categorias, como a dos equi-pamentos eléctricos e electrónicos, embora me pareça que a maioria das empresas desta área ainda não esteja a ver bem a fotografia na medida em que, de início e por um lado, as vendas perdidas para a Internet eram pequenas relativamente ao total do seu negócio e, por outro, foram lançando também os seus próprios sites de vendas pensando que esta solução poderia resolver o problema.Contudo, tal como na história da rã que lentamente vai morrendo na água quente sem dar por isso, também só demasiado tarde estas empresas se irão aperceber que os negócios das suas lojas, agora demasiado grandes, começam a ficar in-sustentáveis para os produtos que vendem e mesmo uma robusta recuperação económica não será suficiente para impedir a inevitável reestruturação do seu modelo de negócio.À medida que os consumidores se forem sentindo mais à vontade com as com-pras pela Internet, assim o número de categorias com penetração significativa no “e-commerce” irá igualmente subir. E mesmo nas categorias onde existe um único retalhista significativo como é o caso da Worten nos equipamentos eléctricos e electrónicos ou da Fnac nos livros e discos, o seu modelo de negócio especializado está bastante afectado. E, como que por ironia, a existência de lojas físicas está a ajudar as lojas virtuais na medida em que elas constituem uma excelente montra para os compradores online verem e experimentarem os produtos que depois irão comprar via net.Os retalhistas clássicos têm ainda que competir com a extrema eficiência demons-trada pelo modelo económico do retalho virtual, o qual possui elevados índices de rotação, baixos investimentos e preços de venda ao público com diferenças que podem chegar aos 20%, diferença esta que constitui sem dúvida alguma para os consumidores uma efectiva vantagem não desprezível que os leve a mudar o seu local de compra.Por outro lado, as mudanças nos hábitos de compra acelerarão ainda mais quando as gerações mais jovens se tornarem dominantes em termos de consumo, ou seja,

quando estes consumidores de amanhã se sentirem extremamente confortáveis a comprar online categorias de produto que para os seus pais ou avós ainda exigiam uma deslocação à loja.Em síntese, podemos afirmar que tal como as grandes superfícies especializadas foram afastando do mercado as lojas independentes também agora os novos re-talhistas sem loja estão a cavar a sepultura aos formatos de maior dimensão. As vantagens competitivas da Internet e a irresistível atracção dos consumidores por sortidos largos e profundos, preços baixos e uma efectiva conveniência estão a fazer toda a diferença.Mas também é certo que as lojas online não conseguem satisfazer os desejos de con-sumo imediato e de gratificação dos consumidores nem as experiências sensoriais e emocionais proporcionadas pela dramatização e encenação do ambiente de loja.No fundo, tudo dependerá do tipo de produtos ou de categorias, das tecnologias oferecidas aos clientes e da natureza de experiência de consumo que o retalhista consiga proporcionar nas suas lojas.Podemos, contudo, identificar algumas estratégias possíveis para os retalhistas clássicos, nomeadamente, as seguintes:

1. Nada fazer. Esta estratégia baseia-se na suposição que os consumidores não transferirão os seus hábitos de compra para o online. Acredita-se assim que o preço e a conveniência são ainda os únicos aspectos que o consumidor valoriza pelo que nada justificará a sua mudança para a Internet até porque a penetração desta em certas categorias de produtos, como os alimentares, é muito baixa. A insígnia ali-mentar alemã ALDI, para mal dos seus pecados, é a campeã desta estratégia.

2. Definição de um sortido único ou alargar os sortidos para outras categorias de produtos. Criar um sortido diferente, senão mesmo único, que possua apenas produtos não susceptíveis de serem encontrados através de outra via. Esta estraté-gia vai de encontro ao objectivo de fidelização e de impossibilidade de comparação de preços pelo que o casamento entre as lojas físicas e as virtuais pode ser deter-minante e poderoso.O alargamento do sortido visa compensar as perdas nas outras categorias e tornar mais atractivo o sortido tal como a Worten fez com a introdução de livros ou a Barnes & Noble que, ao contrário, acrescentou ao seu sortido online produtos de casa, electrodomésticos, jogos e brinquedos.

3. Apostar num ambiente de showroom. A criação de ambientes de showroom pode ser uma opção válida e determinante do sucesso. Serviço e conveniência serão os elementos-chave desta estratégia. Porém, o risco de oportunidade para fomentar “free-riders” é enorme, uma vez que os consumidores podem facilmente utilizar estes espaços para experimentação e contacto com os produtos e depois efectuar as suas compras, em regra com menos custos, pela via virtual.

4. Locação do espaço de venda. A locação de partes da área de venda pode ser uma oportunidade magnífica para a rentabilização das zonas de lojas mais ociosas ou com menor produtividade. Há muito que as lojas de departamento o fazem e cada vez mais os próprios hipers, veja-se o Carrefour Planet ou a FNAC com os espaços Apple e Microsoft nas suas lojas. Porque não todos os especialistas?

Está claramente a iniciar-se um novo ciclo para o retalho. Para conseguir com-petir com os seus concorrentes sem loja, os retalhistas clássicos necessitam de ser ágeis e inteligentes na eliminação das categorias que já não são produtivas ou acrescentam valor e na introdução de novas categorias que as possam aportar.Retalhistas deste mundo, convençam-se de uma vez por todas que nunca existiu, não existe nem nunca existirá qualquer crise! Sempre existiu, existe e sempre exis-tirá mudança. Já há quinhentos anos o dizia Camões. Ainda têm dúvidas?

Foto

: DR

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Paul Molyneux é o novo CEO da Sharp na Europa

Paul Molyneux é o primeiro director executivo não japonês no Conselho de Ad-ministração da Sharp Corporation e foi também nomeado CEO, director geral do grupo e presidente da Sharp Electronics Europe GmbH.Paul Molyneux desenvolveu a sua carreira na Sharp, ocupando vários cargos de direcção e liderança nas áreas das vendas e operações nos últimos sete anos. Antes desta nomeação, era director de operações da Sharp Europa.O até agora CEO da Sharp Europa, Hiroshi Sasaoka, passará a ocupar a direcção geral do grupo no Médio Oriente e África e a presidência da Sharp Middle East FZE (SMEF).

Carla Fernandes reeleita

presidente da APOL

Carla Fernandes foi reeleita como presidente da Associação Portuguesa de Operadores Lo-gísticos (APOL) para o triénio 2012-2014.A direcção recém-eleita é cons-tituída pela presidente Carla Fernandes, em representação da LOGIC, Sérgio Soares da SDF e Pedro Maurício da Rangel. O presidente da Assembleia Geral é Jorge Franco da Fiege.

Jorge Borges assume direcção ibérica de marketing da Toshiba

Jorge Borges, até ao momento director de marketing da Toshiba Portugal, foi nomeado Regional Mar-keting Director, assumindo a direcção de marketing da Toshiba para Portugal e Espanha.Esta nomeação vem no seguimento de uma reestruturação que a Toshiba Europa está a levar a cabo e que passa pela definição de cinco regiões de negócio e pela criação de uma nova unidade de negócio, que combina as anteriores divisões de computadores portáteis, TV, multimédia, software e serviços. Jorge Borges assume a direcção de uma dessas regiões e a gestão de marketing e de comunicação dos produtos dessa nova unidade de negócio.Na sequência desta reestruturação, o novo Regional Marketing Director terá assento no Marketing Board da Toshiba Europa, constituído pelos cinco directores regionais de mar-keting, ficando assim responsável por definir as principais linhas de orientação de marketing e de comu-nicação para toda a Europa e, em particular, a estratégia para Portugal e Espanha.

Patrícia Calvário é a nova directora de recursos humanos da HP Portugal

Patrícia Calvário assumiu a função de directora de recursos humanos da HP Portugal, ficando respon-sável por desenvolver toda a estrutura de gestão de recursos humanos da empresa.

Anteriormente, Patrícia Calvário desempenhou funções como gestora de recursos humanos no Grupo Inditex em Portugal e posteriormente responsável de recursos humanos na Diageo Portugal. Cumulativamente com esta função, assumiu também a função de Talent Development Manager para a Diageo Ibéria e, mais tarde, para a Diageo Brasil. Licenciada em Gestão de Recursos Humanos e Organização Es-tratégica no Instituto Superior de Línguas e Administração, Patrí-cia Calvário realizou ainda um programa avançado de Recursos Humanos na Universidade Católica Portuguesa.Por sua vez, Ilda Ventura, que desempenhou anteriormente a função de directora de recursos humanos na HP Portugal, abraça agora um novo projecto internacional dentro da empresa, assu-mindo a posição de Manager HR Management & Organizational Development na equipa de Growth Markets, que se dedica ao desenvolvimento e crescimento da HP nos países emergentes.

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Jorge Vicente nomeado director geral da Amb3E

Jorge Vicente é o actual director geral da Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos, a entidade responsável no país pela gestão de 75 por cento dos Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Mestre em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico (IST), Jorge Vicente trabalhou durante duas décadas em multinacionais como a Otis, Westinghouse Brakes e Kone, tendo passado por vários países da Europa e da Ásia antes de regressar a Portugal em 2002. Implementou vários programas inovadores de redução de custos, criando estratégias de negócio direcciona-das à satisfação do cliente e ao crescimento sustentável. Ingressou na área do ambiente como administrador-delegado da ETSA, empresa do Grupo Se-mapa.

Manuel Correia é o novo Country Manager

do Grupo de Sistemas Pessoais da HP Portugal

Manuel Correia é o novo Country Manager da área de PSG da HP e acumulará a responsabilidade da direcção comercial da área de Sistemas Pessoais.Licenciado em Engenharia Informática e de Computadores e com um Master em Gestão Comercial e Marketing, Manuel Cor-reia teve a responsa-bilidade da direcção comercial de Servi-ços na HP entre 2004 e 2007. Manuel Correia en-trou na HP em 2004 vindo da IBM, onde exerceu vários car-gos desde 1995, en-tre os quais director comercial de Servi-ços, director técnico e Systems Engineer.

António Carriço assume funções de director de Marca e Comunicação

da Vodafone PortugalAntónio Carriço acrescentou às suas funções de director de Marca da Vodafone Portugal as de director de comunicação, substituindo no cargo Luísa Pestana que, por seu turno, irá ocupar proximamente o lugar de directora de recursos humanos da empresa.

Licenciado em Engenharia de Te-lecomunicações pelo IST, António Carriço está na Vodafone Portugal desde 1997, tendo desempenhado desde então várias funções nas áreas do Marketing, Desenvolvi-mento de Novos Negócios, Servi-ços de Internet, Marca e CRM.O novo director de Marca e Co-municação da Vodafone Portugal possui um vasto currículo profis-sional sempre ligado às teleco-municações e, designadamente, ao marketing e à comunicação das empresas onde trabalhou, em Portugal e na Austrália.

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[ Mercado Tendências ]

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[ Mercado Tendências ]

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Reúne consumidores de todas as idades, de todos os locais, de todos os estratos sociais. A chamada geração “G”, em que “G” está para generosidade, é uma das mais recentes mega tendências de consumo identificada

pela Trendwatching no início deste ano e captura a crescente importância da generosidade na vida em sociedade e empresarial. As crises financeiras despertam um desejo de protecção por parte dos cidadãos, que anseiam por uma maior segurança em relação ao seu dinheiro, emprego e parceiros. Os consumidores estão cansados com

as demonstrações de ganância e ambição desmedida e as suas consequências ao nível económico. Na mente de todos está ainda a recente crise financeira causada por interesses especulativos e pela obsessão pelo lucro. As-sim, dar, doar, dividir e colaborar com a sociedade tornam-se exigências para as próprias empresas. Sites como a Wikipedia, o Flickr e o YouTube são grandes exemplos de distribuição gratuita de conhecimento, pois a própria

Web se tornou num local de colaboração e partilha de informação, traços típicos da geração “G”.

stas premissas de genero-sidade estendem-se agora às empresas, devido ao desejo que os consumi-

dores mostram pelo que é humano. E estas acções podem ser fórmulas eficazes para chegar a potenciais clientes, desde que as empresas apli-quem uma estratégia de generosidade que seja séria e sincera. Pode mesmo significar uma mudança de percepção por parte do consumidor, que passa a identificar essas empresas como soli-dárias e carismáticas. Mas a Trendwa-tching alerta. Mais do que simples-mente plantar árvores ou colaborar com esta ou com aquela instituição, as empresas devem começar a ac-tuar de forma generosa e a incorporar esses hábitos nos seus funcionários e até nos próprios clientes. Estudos realizados a nível internacional de-monstram até que as organizações com colaboradores mais felizes são mais sustentáveis.

Co-doaçãoAlgumas estratégias podem ser in-

corporadas nos planos das empre-sas sem que isso acarrete grandes custos operacionais. Uma delas é a co-doação, onde o próprio cliente é convidado a doar ou associar doa-ções à sua compra. Em Portugal, podemos encontrar um bom exem-plo na campanha “Banco Escolar” da Staples, lançada em 2010 e repetida no arranque deste ano lectivo. Um projecto desenvolvido em parceria com a Entrajuda, para a doação de material escolar a crianças carencia-das, o Banco Escolar da Staples re-correu também às redes sociais para equipar o maior número possível de salas de estudo. Para além dos vales que os clientes poderiam adicionar às suas compras, cujo valor era con-vertido em material escolar reforça-do por doações adicionais da própria insígnia, também era possível parti-cipar através do Facebook, via botão “like, da publicação no mural ou atra-vés do convite a amigos. Cada uma destas acções correspondia a um montante que a Staples convertia em material escolar.

Geração G (generosidade), uma tendência de consumo que veio para ficar

Texto: Carina Rodrigues e Cidália Ribeiro

Fotos: DR

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Também o Lidl contou com a colaboração dos seus clientes numa campanha de an-gariação de fundos no âmbito do projecto VIVA. Lançada em 2010, a campanha colo-cava à disposição de todos os clientes uma garrafa de 1,5 litros vazia, exposta junto a cada uma das caixas registadoras, simboli-zando a dificuldade de acesso à água potá-vel na Guiné-Bissau. Ao registar a garrafa, o cliente contribuía com um euro, para a abertura de furos artesianos, evitando as-sim que continuem as maratonas no acesso à água potável naquela região africana. Outro bom exemplo chega-nos do Brasil, de uma empresa de electrodomésticos cha-mada Latina, que é líder em purificadores. Esta empresa lançou a campanha “Saudável é ajudar quem precisa!”, em que cada se-guidor na sua página no Twitter equivale a um quilograma de alimentos doados a uma instituição de solidariedade social.

Eco-generosidadeOutra das estratégias para conquistar a ge-ração “G” identificada pela Trendwatching é a chamada “eco-generosidade”. Mais do que simplesmente neutralizar a sua própria pegada ecológica, esta estratégia convi-da as empresas darem um passo além no processo e a ajudar a corrigir a pegada de todos. E foi precisamente isto que fez a Electrolux com a sua iniciativa “Vac from the Sea”. Preocupada com o facto de que existem a flutuar nos oceanos autênticas

ilhas de plástico, algumas do tamanho do estado norte-americano do Texas, a Electro-lux começou a recolhê-lo e a transformá-lo em novos aspiradores. Esta campanha já foi, de resto, distinguida pela ONU, pelo seu contributo para a consciencialização dos ci-dadãos para a escassez de plásticos recicla-dos e para a importância da reciclagem.

Free loveO acto de dar gratuitamente produtos e ser-viços aos consumidores, sem que envolva compras, é outra das estratégias identifi-cadas pela Trendwacthing, que a denomina de “free love”. Neste âmbito integra-se a

maior iniciativa de voluntariado empresarial em Portugal, o Giro 2011, no qual partici-param várias empresas, incluindo a Indesit Company. Os seus colaboradores acom-panharam os mais de 400 voluntários das empresas associadas do GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania que, durante um dia, trocaram o seu local de trabalho por uma causa solidária. Também a campanha “Direito à Alimenta-ção” da Associação da Hotelaria, Restaura-ção e Similares de Portugal (AHRESP) é um bom exemplo, visto os restaurantes aderen-tes fornecerem refeições diárias a famílias carenciadas.

Mordomos da marcaQuando uma empresa ajuda o consumidor, divulgando-lhe o produto no acto da compra ou noutro local e tornando a sua vida mais fácil, torna este consumidor um “mordomo da marca”. Em 2007, a Braun instalou ten-das próprias em alguns festivais de Verão e outros eventos, permitindo aos visitantes experimentarem os seus produtos. Uma estilista Braun e os próprios participantes realizaram 85 novos penteados na acção Cruzer “Shave your Style”, que decorreu na Zambujeira do Mar.

PerkonomiaA “perkonimia” desenvolve uma nova forma de privilegiar os clientes. A designação vem de “perk”, expressão inglesa que traduz os

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Estas premissas de generosidade estendem-se agora às empresas, devido ao desejo que os consumidores mostram pelo que é humano. E estas acções podem ser fórmulas eficazes para chegar a potenciais clientes, desde que as empresas apliquem uma estratégia de generosidade que seja séria e sincera. Pode mesmo significar uma mudança de percepção por parte do consu-midor, que passa a identificar essas empresas como solidárias e carismáticas.

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Acção de voluntariado que envolveu os colaboradores da Indesit Company

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[ Mercado Tendências ]

agrados que causam bem-estar a uma pes-soa. Esta foi de resto a estratégia usada pela Lexus que patrocinou a tournée de 2008 da cantora Alicia Keys. Como parte do patrocí-nio, a marca oferecia estacionamento gra-tuito e passes VIP para qualquer pessoa da audiência que possuísse um Lexus. Outro bom exemplo foram as boleias para a praia proporcionadas pela Worten, no Ve-rão de 2010. Os veraneantes iam a bordo de um autocarro panorâmico de dois andares, com surpresas e diversão à mistura, e ainda podiam usufruir de descontos em música, filmes e jogos.

TryvertisingOutra acção da Worten, o WortenLAB, es-pelha na perfeição esta tendência, em que a experimentação é levada ao extremo e os produtos ou serviços são integrados na vida quotidiana dos consumidores. Lançado em 2010, o WortenLAB permite ao cliente tes-tar em sua casa, durante um mês, as novi-dades tecnológicas da Worten, partilhando depois as ideias e críticas com a restante comunidade do Facebook.

Actos aleatórios de bondadeNada como surpreender os clientes com um presente relevante, associado a uma campanha que espelhe, mais que o desejo de vender, a boa vontade da empresa. No Reino Unido, o serviço de entrega de flores Interflora lançou uma campanha de media social para “animar” a vida dos seus utili-zadores do Twitter ao enviar-lhes flores. A Interflora monitorizava a rede social à pro-

cura de utilizadores que parecessem estar a precisar de um pouco de animação. Estes eram depois contactados por tweet e rece-biam um ramo de flores de surpresa. Outra campanha diferente, mas que se en-quadra nesta tendência, é a da companhia aérea holandesa KLM “How Happiness Spreads”, que decorreu em Novembro do ano passado. Assim que alguém fazia o check-in num balcão da KLM, a equipa entrava na Intranet para saber mais infor-mação sobre o passageiro e escolhia o pre-sente adequado, que lhe era oferecido antes do voo. Um dos passageiros, por exemplo, tinha colocado no Twitter que iria perder um jogo do PSV Eindhoven enquanto estivesse em Nova Iorque, pelo que a equipa da KLM lhe deu um guia de todos os bares nova-iorquinos que exibiam jogos de futebol.

(F)Rigid no moreTudo culmina com o acto de ultrapassar ou acabar com certas regras rígidas, em bene-fício do cliente. Por exemplo, cada vez mais hotéis já estão a dar a possibilidade dos clientes fazerem um “late check-out” gra-tuitamente, permitindo-lhes alargar o seu horário de saída do hotel até às 16 horas, em vez das tradicionais 12 horas, se houver disponibilidade por parte da unidade hote-leira. Ou, em última análise, recomendar um concorrente caso a empresa não seja capaz de ajudar aquele consumidor. A generosidade é uma tendência que veio para ficar e o consumidor está cada vez mais receptivo aos contributos sociais e ecológi-cos e aos genuínos actos de bondade. Tudo se resume a tratar o cliente como se gosta-ria de ser tratado. E isso não significa des-pender grandes quantias. Nem todos estes projectos implicam grandes orçamentos. São, na maioria da vezes, uma questão de atitude, da capacidade de encontrar os par-ceiros certos. Por seu turno, a oportunidade é, de acordo com a Trendwatching, imensa. Os clientes não só terão uma percepção mais positiva da empresa, como também estarão mais dispostos a recomendá-la e a colaborar com ela.

‘‘ A generosidade é uma tendência que veio para ficar e o consumidor está cada vez mais receptivo aos contributos sociais e ecológicos e aos genuínos actos de bondade. Tudo se resume a tratar o cliente como se gostaria de ser tratado. E isso não significa despender grandes quantias. Nem todos estes projectos implicam grandes orçamentos. São, na maioria da vezes, uma questão de atitude, da capacidade de encontrar os parceiros certos.

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[ Mercado Tendências ] [ Mercado Estratégias ]

A

E já começou! Março deste ano ficou marcado por uma aliança estratégica entre a Starbucks Corp. e a Green Mountain Coffee Roasters Inc., líder do mercado

de café em cápsulas nos Estados Unidos. Desde então, a “coffee shop” pas-sou a vender cápsulas Starbucks e Tazo para o sistema K-Cup da Keurig, cujas máquinas também são comercializadas nas suas lojas. A partir de

2012, as cápsulas Starbucks estarão ainda mais disponíveis, através dos sites da cadeia de Seatle e da Green Mountain. As empresas planeiam ainda alargar a distribuição das cápsulas ao retalho, já a partir deste

Outono. Esta parceria é válida para o mercado norte-americano, mas será que tem potencial noutras regiões, como por exemplo a Europa?

Euromonitor analisou este negó-cio e concluiu que, ao adicionar a Starbucks à gama K-Cup, que já inclui as marcas Folgers e Twi-

nings, a Green Mountain Coffee Roasters tem como objectivo aumentar as vendas das suas máquinas de café Keurig a médio prazo, especialmente porque a Starbucks irá proporcionar uma ampla rede de distri-buição. No âmago da questão, está a vonta-de da Green Mountain em ver crescer a sua quota no mercado do café em cápsulas.A Green Mountain entrou no segmento das máquinas de café com a aquisição da Keu-rig, empresa com a qual já tinha uma par-ceria de longa data. As máquinas de café são fabricadas na China, através de OEM,

e distribuídas na ampla rede da empresa no mercado norte-americano. Num esforço para consolidar a sua distribuição e entrar em novos territórios, a Green Mountain tem investido fortemente na aquisição de licenças, de forma a ganhar o controlo total sobre as K-Cups. A estratégia deu os seus frutos, com a Keurig a ser a marca de má-quinas de café com o mais rápido volume de crescimento, nos Estados Unidos, no período de 2005 a 2010. A inclusão da marca Starbucks pode adicionar uma nova dimensão às alianças anteriores e servir de catalisador do crescimento, dado que aquela é sinónimo de uma experiência de café premium para os norte-americanos. As máquinas de café Keurig serão vendidas

nas 11.700 lojas da Starbucks e, acautelan-do-se, a Green Mountain tomou medidas que inibem a “coffee-shop” de desenvolver a sua própria máquina ou estabelecer qualquer parceria com um concorrente. O que é que o futuro reserva? A Euromoni-tor acredita que o negócio irá influenciar o competitivo mercado de máquinas de café da América do Norte, indicando que, após uma década de tentativa e erro, os fabrican-tes podem finalmente esperar que este mer-cado floresça e cresça ainda mais no médio prazo. Apesar das dificuldades sentidas pela Nespresso para penetrar nos Estados Uni-dos, o sucesso obtido pelo sistema K-Cups da Keurig pode indicar que a percepção do que é uma experiência de café premium naquele mercado é claramente distinta da Europa Ocidental. Nesta mesma medida, a consultora acredita que será muito difícil para ambas as empresas norte-americanas entrarem no mercado europeu de café pre-mium, onde já estão vários “players” esta-belecidos. Resta esperar para ver.

E se a Starbucks começasse a vender máquinas de café?

‘‘‘‘ Apesar das dificuldades sentidas pela Nespresso para penetrar nos Estados Unidos, o sucesso obtido pelo sistema K-Cups da Keurig pode indicar que a percepção do que é uma experiência de café premium naquele mercado é claramente distinta da Europa Ociden-tal. Nesta mesma medida, a consultora acredita que será muito difícil para ambas as empresas norte-americanas entrarem no mercado europeu de café premium, onde já estão vários “players” estabelecidos. Resta esperar para ver.

Texto: Carina Rodrigues Fotos: DR

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[ Mercado Tendências ][ Mercado Tendências ]

A

A internacionalização será um dos temas fortes para o retalho em 2012. Segundo o novo estudo “What’s in store for European retail in 2012?” da Cushman & Wakefield (C&W), um número crescente de retalhistas e in-vestidores estão a reforçar a sua actividade além fronteiras e a apostar na internacionalização como resposta à debilidade dos seus mercados internos. Em Portugal até temos um exemplo bem recente, com o anúncio

da Jerónimo Martins de que vai expandir a sua actividade para a Colômbia.

consultora imobiliária espera ainda assistir a um acentuar desta expansão internacional em 2012, movimento, no en-

tanto, marcado pela cautela dos retalhis-tas no seu crescimento, pelos rigorosos objectivos de minimizar os custos e ma-ximizar as margens. O enfoque mantém-se nas localizações “prime”, sobretudo no comércio de rua das principais cidades. Também em Portugal o comércio de rua está em contraciclo com os restan-tes formatos de retalho, tendo registado, nos últimos anos, um crescimento signi-ficativo, especialmente em Lisboa, onde continua a haver procura por parte dos retalhistas internacionais. Com a redução do consumo a mar-car os próximos anos, a C&W salienta que a estratégia dos retalhistas deve-rá assentar na inovação, qualidade e diferenciação. A venda de produtos pela Internet tem sido uma das apos-tas, como forma de servir todo um país sem o respectivo investimento em lojas físicas. Tem sido notória a corrida dos retalhistas em adaptarem os seus mo-delos de negócio à nova tendência de comércio electrónico e “m-commerce”, melhorando a experiência do consu-midor com uma oferta multicanal. A consultora considera que estas novas formas de comércio serão mais repre-sentativas para o futuro e, se é certo que os aspectos culturais e legais, ao nível da segurança das transacções, influenciarão a penetração destes ca-nais, estas áreas terão de estar obriga-

toriamente na mente dos retalhistas. De acordo com o estudo da C&W, a necessidade de eficiência, de avanço tecnológico e de qualidade e boa lo-calização nos imóveis serão as preo-cupações principais dos retalhistas em todos os mercados europeus. “As pers-pectivas para a evolução do consumo em 2012 têm ainda um elevado grau de incerteza, se por um lado na expectati-va de níveis de inflação e de taxas de juro mais baixos poderão impulsionar o poder de compra em 2012, por outro os ainda baixos níveis de confiança dos consumidores aliados a uma crise de dívida soberana por resolver, não per-mitem concluir sobre uma recuperação

robusta em 2012”, salienta Marta Leote, “associate” e directora de research da C&W em Portugal. Por esta mesma razão, será evidente uma dicotomia no mercado de retalho europeu, esperando-se uma evolução positiva na procura de espaços “prime” nas principais cidades e a consequente pressão para o aumento dos preços das rendas e, por outro, o aumento da oferta em mercados secundários, provocada por quebras na procura, e descida dos valores para este tipo de espaços. O estudo indica que é já visível uma maior atenção, por parte dos retalhistas, para mercados emergentes ou cidades se-cundárias em mercados maduros.

2012: Internacionalização como resposta ao fraco crescimento interno

Texto: Carina RodriguesFoto: Dreamstime

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[ Tempo de pausa Sugestões ]

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Nesta rubrica destacam-se algumas sugestões das editoras sobre lançamentos de livros úteis

para a informação e também descontracção dos nossos leitores. Apresentamos também as escolhas

de um profissional do sector no que toca a momentos de pausa.

Optar por ambos – decida-se pelo “e”

em vez do “ou” – Inder Sidhu

– Centro AtlânticoO autor foi um dos respon-sáveis por, nos últimos sete anos, ter ajudado a duplicar os rendimentos da Cisco, tri-plicado os lucros e quadrupli-cado o valor das suas acções, optando por ambos. Neste li-vro, propõe abordar cada de-cisão como uma oportunidade de crescimento e não como um sacrifício para sobreviver, o que significa evitar falsas escolhas, expectativas reduzidas e compromissos frágeis e descobrir novas formas de escolher ambos os benefícios e fazer com que estes se reforcem mutuamente. 14,00 €

Rework – Jason Freid

e David Heinemeier

Hansson – Lua de Papel

As reuniões são uma praga. Os pla-nos de negócios não servem para nada e as estratégias de longo prazo muito menos porque nin-guém conhece o dia de amanhã. Os autores “pregam” estas máximas, nunca se reúnem, até porque não têm escritório, e defendem que se deve trabalhar 10 a 40 horas por semana e que mais que isso é um mau exemplo para os colegas. E a receita resulta. A sua empresa, a 37Signals, factura todos os anos milhares de dólares, graças a uma filosofia de tra-balho centrada na satisfação pessoal, na produtividade e na defesa de um ideal.16,90 €

Beyond the Horizon – PHD

A PHD prevê o impacto das novas tecnologias sobre a sociedade e a indústria do marketing nos próximos cinco anos e explica como uma abordagem social à tecnologia vai alterar os mode-los instituídos, seja ao nível do governo, dos jogos dos media ou do marketing. O livro explora a evolução esperada em áreas como televisões conectadas, realidade aumentada markerless, reconhecimento de voz melhorado, Na-tural User Interface (NUI) e Near Field Communication (NFC) e como, em conjunto com a aceleração do uso dos social media, estes alteram a física do marketing actual-mente vigente. O livro analisa a forma como a tecnologia vai afec-tar as áreas de infra-estruturas, interface e Internet, bem como as implicações sobre a sociedade em 2016. 15,99 £ através da Amazon

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Quando Deus Não Estava a Ver, o Diabo Inventou os Negócios – Joachim Rene Zyla

– Gestãoplus“Imaginemos que existe um Deus. E imaginemos também que existe um Diabo. E algures, provavelmente no meio, reside uma forma de vida mista e interes-sante denominada empresário”. Uma análise provocante e cheia da humor das filosofias de gestão contemporâneas e da forma como influenciaram a gestão moderna, sobretudo em épocas de crise, levando à criação de empresas que, basicamente, “venderam a alma” e, ao fazê-lo, criaram ambientes de trabalho infelizes, pouco saudáveis e produtivos. Usando como metáforas os conceitos de Céu e Inferno, Bem e Mal e Deus e o Diabo, o autor desafia a uma reavalia-ção crítica e ética do mundo empresarial e a compreender, ao mesmo tempo, o papel de cada um na criação de um mundo de trabalho mais justo, equitativo e produtivo. 12,90 €

As escolhas de ...Pedro Quintas

CEO da Jurinfor

Falta de tempo, de recursos e de pessoal?Arquivo acumulado, apresentações por fazer, base de dados desactualizada, listagens por organizar ...

Entregue-nos todos estes pequenos trabalhos e concentre-se no que é importante.

Mais informações: https://sites.google.com/site/organizactiva100 ou [email protected]

Deslocamo-nos às instalações ou trabalhamos via e-mail, à tarefa ou à hora, a escolha é sua! A partir de 7,5 Euros/hora - sem custos fixos

Os meus livros de eleiçãoDireito Fiscal Angolano vol. I e II, de António Vicente Marques. “Duas obras que significaram uma nova etapa no percurso de renovação da Jurinfor e representam uma necessidade colmatada de esclarecer todos os que querem apostar no mercado comercial angolano”.

Os álbuns que mais me marcaramAuto de Fé, dos Sétima Legião. “Marcou a minha geração de estudantes universitários e a música que é revivida frequentemente na rádio continua original e profunda. A nos-talgia proporcionada quer pelas letras das músicas, quer pelo próprio género musical, relembram-nos bons momentos do passado e continua a transmitir uma intensidade de sentimentos que não é fácil de encontrar noutras músicas”.

Os meus restaurantes favoritosCasa da Comida. “Um local que representa, na perfeição, o que de melhor se confecciona na cozinha portuguesa. O cuidado, o requinte e, ao mesmo tempo, a simplicidade com que apresenta os seus menus fazem deste o meu restaurante de eleição”.

O meu local de sonhoAngola. “Ao longo destes anos, entre viagens de Portugal para Angola e vice-versa, ganhei um carinho especial por este país pelo seu potencial, pelas suas tradições e capacidade de inovar e crescer. Angola é um país com imensos atractivos, que faz diariamente um esforço para estar, cada vez mais, à altura das grandes potências citadinas. É um país com imenso por explorar e são as novidades que encontro, em todos os momentos em que lá vou, que me fazem querer ficar e, consequentemente, divulgar. Angola é um diamante bruto, somente à espera de ser lapidado”.

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[ Tempo de pausa Sugestões ]

Líder do Futuro – A Transformação em Líder Coach

– Arthur Diniz, Nuno Rosa – Editora RH

A eficácia de um líder hoje depende muito mais da capacidade de motivar e inspirar pessoas do que da capacidade de tomar decisões e ordenar. Este guia prático para todos os que se desejam desenvolver como líderes nesta era e também no fu-turo traz exercícios práticos para o auto-conhecimento e um mapa passo a passo para o desenvolvimento. 14,50 €

Sabedoria e Liderança – Robin Sharma – Pergaminho

O protagonista do best-seller internacio-nal “O Monge Que Vendeu o Seu Ferrari” regressa para revelar os oito princípios dos líderes visionários. “Sabedoria e Li-derança” conta a história de um executivo de sucesso, altamente motivado, que vive para o trabalho, embora o seu desempenho nem sempre seja brilhante e a sua carreira seja marcada por altos e baixos, sem que consiga perceber porquê. Um dia um en-contro inesperado com um monge muda a sua vida.15,50 €

Trabalhar em Angola – Guia essencial

para profissionais portugueses – Hermínio Santos

– PlanetaUm “guia de sobrevivência” para qualquer profissional português que tenha Angola no seu horizonte. Formula perguntas e dá respostas, reunindo ainda, de forma sucinta, clara e rigorosa, informação até agora dispersa sobre o que aguarda um trabalhador ou um empresário em Angola.10,90 €

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[ Mercado Opinião ]

do os seus pontos fortes e dê exem-plos• Faça um CV sucinto, com o máximo de três páginas• Evite juízos de valor ou comentários e cinja-se a factos• Use palavras simples e frases curtas. Transmita uma ideia por parágrafo, evitando que o mesmo ultrapasse as cinco linhas • Quando utiliza siglas, deve escrever logo de seguida o seu significado• Utilize a primeira pessoa ou a terceira pessoa do singular preferindo a utiliza-ção de verbos de acção. Por exemplo, desenvolvi, criei, construí.

Erros e excessos que comprometem a escolha de um CV:• Atenção aos erros ortográficos e à acentuação das palavras, releia o CV antes de o enviar• Coloque a fotografia no CV apenas quando solicitado, neste caso, opte por fotografias tipo “passe”• Evite endereços de e-mail tipo fofu-xakidah@.... ou surfista.billabong@Cuidado com a imagem do seu currí-culo, é recomendado a utilização de le-tras como Arial ou Times New Roman nos tamanhos 11 ou 12.

Por último e considerando as dificulda-des do actual mercado de trabalho e de forma a reforçar a qualidade do seu CV, faça-o acompanhar, sempre, por uma carta de apresentação que deve ser original e diferenciar a sua candi-datura de entre muitas outras. A carta

de apresentação tem como objectivo despertar o interesse da entidade em-pregadora, desta forma, é fundamental que dê relevo ao que acredita ser o seu projecto para a empresa empregado-ra, por exemplo, como pode levar a empresa a aumentar a sua facturação ou a conquistar mais clientes ou ainda a lançar um novo serviço ou produto. Nesta carta, deve evidenciar três a quatro aspectos - personalização do contacto, experiência profissional mais relevante (duas ou três linhas), moti-vações para a candidatura e de que forma pensa acrescentar valor (duas a três linhas) à empresa a que se can-didata.Ao elaborar a sua carta de apresenta-ção deve procurar redigi-la de forma breve mas completa, não devendo ex-ceder a extensão máxima de uma pá-gina. Atenção, não envie fotocópias da carta de apresentação, nem a copie da Internet. Ao fazê-lo está a demonstrar falta de interesse na empresa.

Como redigir um CV?Muito se tem escrito sobre como redigir um Curri-

culum Vitae, basta, por exemplo, alguns minutos na Web para encontrarmos fórmulas e directrizes de

“como escrever um CV”.

Averdade é que apesar da Web nos auxiliar na identificação das áreas mais importantes a mencionar, o uso destes

formatos limita-nos a expressão criati-va e a apresentação das nossas capa-cidades. Exemplo disso é o europass cv, um modelo criado pela União Eu-ropeia para uniformizar o tipo de can-didaturas, que, se por um lado, facilita o rápido acesso à informação sobre os candidatos, por outro, não permite que os CV’s se diferenciem pela originali-dade, design, espontaneidade e até qualidade da informação descrita.Quando sabemos que a informação retirada da leitura de um CV nos pri-meiros 10 a 15 segundos são para o técnico de recrutamento os suficientes para decidir se continua interessado em analisar a candidatura, então como devemos elaborar um CV para que este se destaque dos outros?Em vez de listas detalhadas de acções de formação ou de projectos que de-senvolveu, apresente esta informação agrupada por temas. Utilize o negrito e o sublinhado para evidenciar as suas vantagens profissionais, introduza cai-xas de texto para destacar informação relevante para a função em causa. No capítulo da experiência profissional, refira as empresas onde trabalhou, quando e durante quanto tempo. Não salte datas. Faça uma breve descrição das funções desempenhadas; consi-dere também a apresentação de refe-rências profissionais mesmo antes de lhas pedirem.Outras recomendações para a construção de um CV:• Adapte o seu CV em função do posto a que se candidata• Apresente as habilitações e aptidões de forma directa e objectiva, valorizan-

Alice Canhão Consultora sénior da Paula Tomás Consultores e responsável pelo recrutamento e selecçãoe Cristina CatitaConsultora júnior da Paula Tomás Consultores

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[ Electro Dados de Mercado ]

Omercado nacional de entreteni-mento registou um crescimento contínuo nos últimos cinco anos. O pico foi atingido em 2009, ano em

que se facturaram 241 milhões de euros, mas a partir do ano seguinte a tendência inverteu-se. 2010 ficou marcado por uma contracção de 0,2 por cento e os dados mais actuais, referentes ao primeiro semestre, indicam um 2011 muito mais negativo, com uma queda de 12 por cento face ao período homólogo do ano anterior, para os 77 mihões de euros. No que refere exclusivamente ao sector de “ga-ming”, se em 2010 se tinha registado um cres-cimento de seis por cento, em valor, para os 194 milhões de euros, no primeiro semestre verificou-se uma facturação na ordem dos 61 milhões de euros, menos sete por cento que no período homólogo. Os jogos, que abarcam mais de metade da facturação deste sector, caíram seis por cento, as consolas também desceram 15 por cento e apenas os acessórios aumenta-ram a sua facturação em 20 por cento. Note-se que estes produtos representam já 13 por cento da facturação total de “gaming”. O segmento dos produtos de jogo portátil representou, em 2010, uma menor fatia

Os consumidores portugueses resistem à guerra de preços das consolas e dos jogos electrónicos e compram menos produtos de entretenimento, incluindo vídeos e DVD´s e equipamentos Blu-ray, segundo os dados da GfK Portugal. De acordo com a consultora, verificou-se uma quebra de 12 por cento em aquisições nos segmentos de

filmes, jogos e consolas, quer fixas, quer portáteis, assim como acessórios.

Portugueses compram menos jogos, consolas e vídeos

de mercado, tendo descido de 28 por cento para 25 por cento e perdendo terreno para as opções de “gaming” fixas. Esta quebra foi sobretudo em acessórios (14%) e consolas (13%), dado que os jogos propriamente ditos aumentaram seis por cento, muito pela força dos “bundles”, que apareceram cinco vezes mais de 2009 para 2010. Os produtos do segmento fixo aumenta-ram sobretudo nos acessórios (54%) e em con-solas (11%). Os jogos, que representam metade deste mercado, aumentaram apenas quatro por cento.Já no primeiro semestre deste ano as tendên-cias de consolas e jogos inverteram-se, apre-sentando quebras bastante significativas, de menos 21 por cento e menos oito por cento, respectivamente. Os acessórios continuaram a crescer cerca de 25 por cento.A quebra no mercado do vídeo foi mais acen-tuada do que nos jogos, ascendendo a 29 por cento no primeiro semestre, comparando com o mesmo período do ano passado. As séries

foram as mais afectadas, seguidas dos filmes, não tanto nas novidades mas nos de catálogo. O segmento onde se verificou uma menor quebra foi o da animação.O Blu-ray não está a ter o impacto previsto, de certa forma causado pelo seu surgimento no mercado português já durante a crise económi-ca. Este tipo de tecnologia tem estado também em queda, registando no primeiro semestre menos 11 por cento de valor de negócios, em relação ao período homólogo no ano anterior.

Natal vale 16% do total de livros vendidosNo que toca ao mercado dos livros, os dados da GfK indicam que o primeiro semestre também não foi particularmente positivo. Foram vendidos 6,2 milhões de livros, que se converteram numa facturação de 70 milhões de euros, o que significa uma quebra de dois por cento em unidades e de três por cento em valor.No entanto, convém ter em consideração que o Natal representa um grande pico de vendas para estes produtos. Em 2010, ano em que se vende-ram 14,6 milhões de livros em Portugal, o Natal representou 16 por cento em unidades deste total.

Texto: Carina RodriguesFotos: Dreamstime

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Texto: Carina RodriguesFotos: Dreamstime

Procura mundial por electrodomésticos (em milhões de unidades)

2005 2010 20152005-2010 (% de crescimento anual)

2010-2015 (% de crescimento anual)

Mundo 294 334,2 395 2,6 3,4América do Norte

60,8 54 67,9 -2,3 4,7

Europa Ocidental

64,2 61,4 71,3 -0,9 3

Ásia-Pacífico 101,1 140,7 164,9 6,8 3,2América Central e do Sul

21,7 23,7 27,4 1,8 2,9

Europa de Leste

25,6 29,3 33 2,7 2,4

África-Médio Oriente

20,6 25 30,5 4 4,1

Fonte: The Freedonia Group

[ Electro Dados de Mercado ]

Procura por grandes domésticos atinge os 395 milhões de unidades em 2015A procura mundial por grandes domésticos deverá crescer anualmente 3,4 por cento até 2015, atingindo os 395 milhões de unidades, revela um novo estudo do The Freedonia Group. O mercado norte-americano começará a mostrar uma forte recuperação dos piores desempenhos mais recentes, beneficiando da melhoria das condições macro-económicas. A Índia tornar-se-á no mercado com o mais rápido crescimento, catalisado pela melhoria dos níveis de vida, o que motivará muitas primeiras compras de electrodomésticos.

Os próximos anos vão ficar marca-dos pela perda de importância da China. Este mercado, apesar de continuar a mostrar fortes cresci-

mentos no futuro mais imediato, vai reflectir um certo arrefecimento do ritmo acelerado registado entre 2005 e 2010. Os crescimen-tos serão inibidos pelo excesso de stock de grandes domésticos e pelo aumento tremen-do da taxa de propriedade em várias catego-rias, limitando o potencial de novas compras. Adicionalmente, os estímulos à compra de electrodomésticos atribuídos pelo governo chinês irão terminar em 2012. Na Europa Ocidental, tal como nos Estados Unidos, prevê-se até 2015 uma recuperação do mercado imobiliário, o que motivará tam-bém a procura de electrodomésticos. No en-tanto, os crescimentos neste mercado ficarão abaixo da média mundial, pela maturidade já atingida por muitos segmentos de produto. Pelo contrário, em regiões em desenvolvi-mento, como a África e o Médio Oriente, a procura será estimulada por uma melhoria dos níveis de vida. A tecnologia continuará a ser um factor deci-sivo para a indústria. Por exemplo, os electro-domésticos inteligentes ganharão uma grande popularidade nos mercados mais desenvolvi-dos e oferecem a possibilidade de aumentar

o posicionamento de preço. No reverso da medalha estão os produtos assumidamente low-cost, com os quais, segundo o estudo, os fabricantes esperam atrair os consumidores que fazem a sua primeira compra de electrodo-mésticos, nos países em desenvolvimento.

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[ Electro Reportagem ] [ Electro Reportagem ]

F

Lou Upton, Emory Upton e Lowell Bassford lançaram a primeira máquina de lavar a roupa com tambor eléc-trico em 1911. Durante a Grande Depressão, duas guerras mundiais, alterações económicas rápidas e os

desafios dos últimos anos, a organização passou de uma pequena empresa de máquinas de lavar para uma diversificada operação global de muitos milhões de dólares.

undada a 11 de Novembro de 1911, a Whirlpool Corporation influenciou lares e vidas de fa-mílias durante o último século. A

empresa é movida pela convicção de que todos necessitam um sítio confortável, a que possam chamar lar, e tem um histórico de 100 anos de criação e aperfeiçoamento das formas de cozinhar, limpar, refrigerar e armazenar. A Whirlpool Corporation foca-se na me-lhoria da qualidade de vida de indivíduos, famílias, lares e comunidades. “Através de uma conjugação de crescimento orgânico e aquisições estratégicas, durante o último século, a Whirlpool Corporation expandiu--se globalmente, construindo legados de performance financeira relevante, aumento de colaboradores, inovação orientada para o consumidor e uma estratégia de respon-sabilidade social corporativa que inclui um compromisso com a sustentabilidade e o ambiente. Em todas os momentos, a empresa tem sido firme no seu com-promisso com o aperfei-çoamento do lar e da vida familiar”, afirma Jeff M. Fettig, presidente e CEO da Whirlpool Corporation.Para comemorar os 100 anos, a empresa realiza uma vasta série de eventos, como reconhecimento dos feitos dos colaboradores e parceiros, que incluem a

Whirlpool celebra 100.º aniversário

publicação da história oficial da Whirlpool Corporation, o lançamento de um progra-ma de voluntariado para colaboradores, com vista a reunir empregados para con-tribuírem com 100 horas de voluntariado, e um conjunto de visitas a instalações da empresa para media e parceiros institucio-nais. A cerimónia de arranque das novas instalações de uma fábrica em Cleveland, Teen, com mais de 90 mil metros quadra-dos e com certificação LEED, para produ-ção de produtos de cozinha “premium”,

Fotos: Whirlpool

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[ Electro Reportagem ]

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[ Electro Reportagem ]

A Whirlpool Europa integra 12.500 co-laboradores, presença comercial em cerca de 30 países europeus e fábricas em sete países e é uma empresa total-mente detida pela Whirlpool Corpora-tion. A Whirlpool Corporation é a líder mundial na produção e distribuição de grandes electrodomésticos, apre-senta volumes de vendas anuais na ordem dos 17 mil milhões de dólares, emprega cerca 67.000 colaboradores e mais de 67 centros de produção e investigação tecnológica em todo o mundo. A empresa integra as marcas Whirlpool, Maytag, KitchenAid, Jenn-Air, Amana, Brastemp, Consul, Bauk-necht, entre outras grandes marcas distribuídas em quase todo o mundo. A Whirlpool Europa tem o seu centro de actuações localizado em Comerio/Varese (Itália).

e a cerimónia de lançamento de um novo campus na sede da empresa na cidade de Benton Harbour, Michigan integram a cele-bração deste longo centenário.Focada na inovação e desenvolvimento de produtos, a Whirlpool Corporation celebra a sua responsabilidade contínua para com a sociedade. “No seu segundo século, a Whirlpool irá contribuir para a vanguarda da responsabilidade social corporativa”, comenta Jeff Fettig. A empresa tem um reconhecido histórico como mentora em

projectos de apoio, activação de redes di-versificadas, desenvolvimento de esforços comunitários e planeia reforçar estes es-forços e prosseguir neste campo. Uma das acções mais visíveis desta área é uma parceria com a Habitat for Huma-nity International, através da qual os co-laboradores Whirlpool desde o Michigan, à Europa e Índia, ajudaram a fornecer ha-bitação razoável a mais de 55 mil famílias em todo mundo, doando mais de 110 mil electrodomésticos e dezenas de horas de voluntariado desde 1999. A partir de 2011, a Whirlpool vai apoiar todas as casas construídas pela Habitat for Humanity a ní-vel global. “Este tipo de actividades é uma parte essencial do carácter da Whirlpool Corporation, que tem sido e continuará a ser crucial para o seu sucesso”, conclui Jeff Fettig.

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[ Electro Novidades ]

Aemissão de gases rela-tivos à queima de bio-etanol é quase exclusi-vamente vapor de água

e dióxido de carbono (CO2), sendo a emissão de CO2 equivalente a três velas de cera tradicionais. Outros tipos de gases resultantes de queima de bio-etanol só existem para queimas acima de 700º C e, no caso dos produtos apresenta-dos pela Tristar, a temperatura de combustão não ultrapassa os 400º C.As bio-lareiras oferecem várias vantagens, entre as quais o facto de se-rem amigas do ambiente, devido à baixa emissão de gases, eco-nómicas, fáceis de instalar e de transportar, adaptáveis quer ao interior quer ao exterior (terraços e jardins), não emitirem cheiros nem cinzas, sendo ideais para apartamentos, moradias, restau-

O bio-etanol é ainda algo desconhecido para todos os portugueses, daí talvez a grande distribuição tenha ignorado até ao momento todo o seu potencial. É este potencial que a Tristar quer transmitir e apostar naquele que é conside-

rado um dos combustíveis do futuro.

Tristar aposta no bio-etanol para o futuro

rantes e hotéis, transmitindo uma atmosfera rela-xante e decorativa. Como em qualquer combustão, existe a emissão/radiação de calor. Neste caso, essa emissão também existe, contudo a quantidade não é

suficiente para efectuar um grande aquecimento, sendo por isso um siste-ma mais decorativo.Todas as bio-lareiras comercializadas pela Tristar preenchem os últimos standards de segurança exigidos e são certificadas de acordo com a direc-tiva TUV DIN 4734.

Novos “headphones” da AudiosonicEstão também já disponíveis os novos “headphones” Audiosonic, que se des-tacam pela sua estética e facilidade de utilização. Com seis referências disponíveis, a mar-ca cobre uma oferta dos cinco aos 25 euros em termos de PVP recomendado, sendo que o seu modelo mais comple-to inclui uma redução do ruído exterior a 300 hertzs de 12 décibeis, adaptador para aviões e um saco de transporte. Os responsáveis da marca acreditam que este é mais um passo para a sua ascen-são no mercado nacional.

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[ Destaque ] [ Electro Novidades ]

Com o forno frio, 25 centilitros de água, 24 minutos e sem exceder os 100ºC, a acção conjunta do vapor de água

e da tecnologia Teka Hydroclean® fazem com que a gordura e os restos de sujidade se desprendam sem esforço, e os resíduos de cozinhado fiquem prontos a ser removi-dos com a simples passagem de um pano e sem necessidade de utilizar produtos de limpeza específicos.Assim, o sistema Teka Hydroclean® apre-senta várias vantagens, sendo mais eco-lógico (não usa detergente), seguro, eco-nómico (o ciclo de limpeza é curto e com baixo consumo energético), cómodo (as bandejas também integram esta tecnolo-gia) e duradouro (o revestimento do forno não se deteriora com o tempo nem perde capacidade de optimizar a limpeza).Além disto, a gama HL da Teka integra de série várias características, como as guias telescópicas de extracção “plus”, os comandos pulsantes, os painéis “touch control” ou o “display” digital, entre outras interessantes prestações.

Chama-se Teka Hydroclean® e é um novo sistema de limpeza que, segundo a marca, vem revolucionar o merca-do doméstico. Presente na maioria dos modelos da nova gama de fornos HL, este sistema ecológico é uma nova

tecnologia aplicada ao esmalte da cavidade do forno e das bandejas, dotando-o de uma maior e mais eficaz capaci-dade de facilitar a limpeza do forno por acção do vapor de água.

Teka Hydroclean®, um novo sistema de limpeza ecológica

No âmbito do lançamento do novo catá-logo de produtos, a Teka realizou vários encontros de clientes por todo país. O portfólio da empresa conta com cerca de 80 novidades, com destaque para a nova gama de fornos HL. Merecem também destaque os novos microondas de 22 litros de capacidade, com uma estética coordenada com os fornos, onde sobressai o vidro. De encastre total, estes microondas são de mais fácil instalação. Ao nível tecnológico, a sua grande novidade é a ausência de prato rotativo utilizando uma base cerâmica como base de aquecimento.

Fotos: Teka

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[ Mercado Dados de mercado ] [ Electro Estratégias ]

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A austeridade também tem data marcada. Dizem os economistas que o seu início oficial acontecerá, precisamente, no Natal, época em que, tradicionalmente, muitos consumidores abriam os cordões às suas bolsas mais recheadas

com o 14.º mês. As contas indicam que este pode ser mesmo o pior Natal dos últimos 32 anos. Nos últimos três meses de 2011, nem mesmo no melhor dos cenários a economia nacional se livra de encolher entre três a 3,3 por cento. O consumo das famílias vale cerca de 60 por cento da riqueza total da economia e este ano será fortemente

limitado pela nova taxa de imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal e pela falta de crédito bancário.

e acordo com o Observador Cete-lem, 70 por cento dos portugueses confirmam que o corte no subsídio irá influenciar as suas compras de

Natal. Os consumidores da região Centro são mesmo os mais assertivos (82%), seguidos dos do Sul (75%) e do Norte (72%). A visão dos portugueses sobre o estado da economia agravou-se e as expectativas para 2012 são igualmente pessimistas. O Xmas Survey 2011 da Deloitte indica que 88 por cento dos con-sumidores acreditam que a economia está em recessão, mais de metade afirma que terá menos dinheiro para gastar este ano e 72 por cento temem que a situação irá piorar. Apesar da ideia de um decrés-cimo no poder de compra, os portugueses mantêm uma previ-são média de gastos na época festiva de 530 euros, valor que é o mais baixo dos últi-mos seis anos mas que representa uma quebra de apenas 7,9 por cento face a 2010, ano em que já tinha havido uma descida de seis por cento. A relevância da quadra natalícia para os por-tugueses mantém-se, com gastos acima dos

e nem todos os atributos são impactados pela visão negativa do estado da economia. Mas 85 por cento garantem que irão ter mais em conta o preço do que em anos anteriores, apesar de apenas 35 por cento afirmarem di-rectamente que o farão para comprar presen-tes mais baratos. A intenção de fazer compras por impulso caiu drasticamente, apenas dez por cento dos consumidores a assumem, o que se reflecte no aumento da vontade de ti-rar maior proveito dos períodos promocionais (62%). 63 por cento focar-se-ão na aquisição de produtos úteis. No que toca aos locais de compra, o estudo da Deloitte indica que os consumidores continuam

a privilegiar os canais tradicionais e que 91 por cento das

compras continuam a ser efectuadas offline, nas lojas de retalho especiali-zado e grande distribui-ção. Uma outra pesquisa do Cetelem dá mais uma achega, apontando os centros comerciais (76%) como o principal local onde os portugueses costumam fazer as suas compras, seguindo-se os super e hipermercados (58%), as lojas de comér-cio tradicional (45%) e as lojas do chinês (19%).

O pior Natal dos últimos 32 anos?

Texto: Carina RodriguesFotos: Dreamstime

alemães e dos holandeses, por exemplo, mas importa referir que o inquérito foi rea-lizado antes do anúncio pelo Governo das medidas de retenção dos subsídios de férias e de Natal de 2012 e de 2013 dos funcioná-rios públicos e pensionistas e do aumento da carga fiscal ao nível dos impostos directos e indirectos. O clima económico (77%), o im-posto especial sobre o subsídio de Natal em 2011 (64%) e o receio de perder o emprego (30%) são os principais motivos apontados

pelos consumidores para a redução dos seus orçamentos para este Natal.

O consumidor manifesta um compor-tamento de compra equilibrado

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Sugestões de NatalAspirador

Silence Force Extreme

da RowentaA Rowenta propõe a nova gama de aspiradores Silence Force Extreme, especialmente desenvolvida para alcançar um maior nível de silêncio, sem comprometer a performance de aspiração.Os tubos metálicos telescópicos Silence foram especificamente de-senvolvidos para reduzir o ruído. Através das escovas Ergo Comfort Silence e Parquet, este aspirador ga-rante a aspiração do pó em todos os soalhos e locais, mesmo os de difícil acesso.O novo aspirador da Rowenta tem 2.200 watts de potência e vem equi-pado com filtro Hepa de alta perfor-mance. Dispõe ainda de cinco litros de capacidade, selector electrónico de potência e indicador de saco cheio.Preço aproximado: 240 euros

Televisores LED da NPGA NPG amplia a sua oferta de televisores LED, integrando quatro novas séries no seu catálogo.Com ecrãs das 19 às 40 polegadas, com sintonizador TDT de alta definição, resolução Full HD, função PVR e ranhura CI, estes modelos estão preparados também para a TDT paga. São compatíveis com som Dolby Digital Plus, integram várias conexões, acesso a Web TV e reprodução de todo o tipo de ficheiros multimédia.Com a tecnologia EcoFriendly, os televisores da NPG asseguram um menor consumo de energia do que os modelos tradicionais. Tão importante quanto a poupança é o design elegante e ultra fino, que permite uma perfeita integração em qualquer decoração.Preço aproximado do LCD 19” NT1909AB: 149 euros

Moinho de sal e pimenta Allure da

Russell HobbsA linha Allure é a primeira da Russell Hobbs a ser apresentada ao merca-do português. Combinando um estilo contemporâneo e eficiência, a gama destaca-se pelo acabamento croma-do escovado, linhas limpas e a marca Russell Hobbs em relevo.Parte desta gama, o moinho de sal e pimenta destaca-se pelas suas super-fícies cromadas escovadas com real-ces em preto. Possui um mecanismo único 2-em-1, que permite que cada extremidade moa em simultâneo. A opção de moagem é fácil mediante um único botão e com ajuste da dimen-são do nível de moagem desejado. Este moinho possui ainda cabeças de moagem cerâmicas, uma capacidade para 88 gramas de sal e 48 gramas de pimenta e um suporte incluído, para armazenamento horizontal. Funciona com quatro pilhas AA.PVP estimado: 39,99 euros

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Esquentador Sensor Atmosférico da Vulcano

Através do funcionamento termostático, o esquentador Sensor Atmosférico da Vulcano possibilita ao utilizador ter o controlo total da temperatura.O utilizador pode seleccionar exactamente a temperatura desejada, grau a grau (de 35º C a 60º C), mantendo-a sempre estável durante toda a utilização. A precisão da temperatura seleccionada permite uma poupança no consumo de gás e evita a junção de água fria.Este esquentador de exaustão natural prescinde de ligação à corrente eléctrica, uma vez que o acendimento elec-trónico é feito através de baterias.O novo Sensor Atmosférico alia o conforto e bem-estar à eficiência energética, ao permitir a redução do consumo de gás. Através da medição, por meio de sondas, da temperatura da água à entrada e saída do aparelho e de um sensor de caudal de água para medição da quantidade de água solicitada, o esquentador ajusta automaticamente o débito de gás permitindo obter uma maior economia.O novo esquentador é ainda totalmente compatível com as soluções solares Vulcano, tendo sido concebido para funcionar com água pré-aquecida proveniente de um sistema solar térmico. Se esta temperatura for superior à definida pelo utilizador, o esquentador não entra em funcionamento e no “display” digital LCD aparece o símbolo de funcionamento em modo solar.Preço aproximado: 325 euros

Mini aspirador Click da Hoover

Recarregáveis, os mini aspiradores Click da Hoo-ver são pequenos no tamanho mas grandes em funcionalidades. A nova e patenteada tecnologia ADC (Advanced Dust Control) permite despejar o depósito do pó com um único clique e sem qual-quer contacto com o lixo. Outra característica do modelo SC96DWR4 é o filtro auto-limpante. Trata-se de uma escova in-tegrada no aparelho que limpa automaticamente o filtro, bastando, para isso, pressionar o botão. Assim, o filtro mantém-se sempre limpo, poten-ciando o desempenho do aspirador.Este modelo tem uma autonomia de 20 minutos e, tal como o outro aspirador desta gama, possui espátula para cantos e escova suave, acessórios que estão integrados no aparelho.Preço aproximado do modelo SC96DWR4: 79,90 euros

Fritadeira Actifry Family da Tefal

Na gama Nutritivo & Delicioso, a Tefal lançou o modelo Actifry Family que, para além de novas funcionali-dades, design e materiais, é uma aposta para proporcionar grandes momentos de convívio em família, com todo o sabor e nutrição, graças à sua capacidade familiar (1,5 quilo-gramas para seis pessoas).No Natal, a Actifry pode-rá também ser utilizada para preparar uma re-feição deliciosa, mas ao mesmo tempo saudável. A Actifry permite redesco-brir o prazer de comer ba-tatas fritas, carnes ou peixes, sem o sentimento de culpa de uma alimentação pouco saudável. Com uma tecnologia patenteada, que levou dez anos a desenvolver, este aparelho da Tefal apresenta-se como a solução para fritar os alimentos de forma mais saudável, mantendo-os deliciosos. Co-zinhadas na Actifry, as batatas ficam com um menor teor de gordura (três por cento em comparação com os 14 por cento da fritadeira normal) e, para além da reduzida quantidade de gordura utilizada na fritu-ra (apenas uma colher de óleo), é também possível escolher qualquer tipo de óleo ou azeite, podendo-se assim ajustar ao gosto ou necessidade de cada um.A edição Family traz à Actifry a capacidade de confec-cionar alimentos saudáveis para toda a família e um livro de receitas exclusivo.PVP aproximado: 280 euros

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Campanhas Fagor para equipamentos de lavagem

e secagem de roupaPara este Natal, a Fagor lançou duas campanhas promocionais associadas às suas máquinas de lavar e secar roupa.Na compra de um modelo da gama de nove quilogramas, a marca oferece um ferro com caldeira. Já na compra de um modelo da sua gama de oito quilogramas, a oferta é um edredão de aquecimento Lameirinho.As campanhas são válidas para compras entre 15 de Outubro e 31 de De-zembro de 2011.

O desumidificador GE Dry, equipado filtro de carbono, acaba de vez com a humidade, man-tendo o ar limpo das partículas maiores, permi-tindo assim que todos desfrutem de um Natal num ambiente acolhedor e saudável.Com 20 litros de capacidade e sistema de acu-mulação de água no depósito extraível, este aparelho destaca-se por ser compacto, funcio-nal e portátil, devido às rodas que o equipam. Silencioso, o desumidificador GE Dry possui um prático temporizador que permite que se desli-gue automaticamente no final da sua utilização e o seu design elegante e sóbrio assegura a in-tegração em qualquer decoração.Preço aproximado: 379 euros

Desumidificador Dry da GE

Fornos HL da TekaFormada totalmente por modelos multifunções, a linha HL da Teka destaca-se acima de tudo pelo sistema de limpeza Hydroclean. Este sis-tema ecológico é uma nova tecnologia aplicada ao esmalte da cavidade do forno e das bandejas, dotando-o de uma maior e mais eficaz capaci-dade de realizar a limpeza do forno por acção do vapor. Para isso, basta verter 30 centilitros de água no fundo da cavidade, activar a função Hydroclean no painel de comandos e, em 24 minu-tos, o forno está pronto a ser limpo com a simples passagem de um pano.Com a função Hydroclean, a cavidade do forno fica totalmente limpa, sem gor-duras e sem necessidade de utilizar produtos de lim-peza específicos. Este sis-tema de limpeza apresenta, assim, várias vantagens, sendo mais ecológico (não usa detergente), mais se-guro, mais económico (o ciclo de limpeza é curto e com baixo consumo energético), mais cómodo (as bandejas também integram esta tecnologia) e mais duradouro (o revestimento do forno não se deteriora com o tempo nem perde capacidade de realizar a limpeza).A gama HL da Teka integra de série várias outras características, como as guias telescópicas, os comandos pulsantes ou o “display” digital. Ou-tras alterações de realce são a nova porta com sistema Cool Touch e o novo revestimento anti-aderente que oferece uma maior performance ao sistema Hydroclean.Preço aproximado: a partir de 485 euros (mo-delo HL 840)

Sugestões de Natal

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Esquentador ventilado miniMAXX Excellence da Junkers

A Junkers apresenta o esquentador ventilado miniMAXX Excellence, indicado para situações em que existam dificuldades com a exaustão dos gases da combustão. Nestes casos, a so-lução é a instalação de um aparelho com ventilador integrado, que garanta a total exaustão dos gases queimados para o exterior.Os esquentadores ventilados miniMAXX Excellence são termostáticos.O controlo termostáti-co da temperatura permite que o esquentador consuma apenas a quantidade de gás necessá-ria para atingir a temperatura de saída da água que foi pré-seleccionada pelo utilizador. Desta forma, reduzem-se os custos de energia e de água desperdiçada. Esta gama está disponível nas capacidades de 11, 14 e 17 litros por minuto.Os esquentadores miniMAXX Excellence da Junkers são também compatíveis com a instala-ção de um sistema solar térmico.Preço sob consulta

Unidade VarioStore da Beko

O frigorífico/congelador Table Top classe A+ da Beko permite que os consumidores reduzam o consumo de energia e poupem dinheiro, mas, ao mesmo tempo, que consigam alcançar um ní-vel óptimo de refrigeração e conservação dos seus alimentos.A unidade de refrigeração VarioStore (VNE 1002), com 84 cen-tímetros de altura, acrescenta mais possibilidades na cozinha. O VarioStore pode servir tanto para frigorífico como para congela-dor, permitindo uma utilização flexível, de acordo com necessi-dades do momento.Assim, com este modelo, os alimentos e as bebidas mantêm-se mais frescos, durante os dias mais quentes, enquanto no In-verno se podem manter congelados, para além da capacidade do frigorífico. Este nível de conforto e de versatilidade está ao alcance do simples pulsar de um botão, para ajustar a tempera-tura dos 25 para os 9ºC, ou vice-versa, em apenas uma hora.Para potenciar, ainda mais, o conforto de utilização, novo mode-lo tem a função de descongelação automática, particularmente útil na hora de limpar.Preço aproximado: 289 euros

Gerador de vapor 554FL da Flama

O gerador de vapor 554FL da Flama é o presente ideal para quem quer mais do que um ferro de en-gomar neste Natal. Com 2.400 watts de potência e a possibilidade de enchimento contínuo e de vapor constante, permite engomar com toda a rapidez e eficácia.A base em cerâmica e o sistema de vapor Optisteam ajudam na tarefa de engomar, pois possibilitam ao gerador da Flama deslizar mais facilmente pela rou-pa. A função de vapor vertical permite engomar pe-ças como os cortinados, de uma forma fácil.Este modelo vem equipado com termóstato regulá-vel, controlo digital e três níveis de débito de vapor. O depósito, com capacidade de um litro, é extraível tal como o filtro anti-calcário.Preço aproximado: 119,99 euros

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Máquina de sopa Soup&Co da Moulinex

A grande novidade da Moulinex para este ano é a máqui-na de sopa Soup&Co, que permite cozinhar e triturar os alimentos de uma só vez.Talhada para a preparação de receitas típicas portugue-sas, a nova Soup&Co faz caldo verde, sopa da pedra ou canja, de uma forma rápida e fácil. Equipada com dois programas automáticos, consegue preparar uma sopa caseira em apenas 25 minutos, tem capacidade para até seis doses de sopa (1,8 litros) e mantém-as quente durante 40 minutos. Conta também com as funções de liquidificadora, picar gelo e auto-limpeza.Preço aproximado: 230 euros

Protecção para iPad Zierra Portfolio

da TargusA Zierra Portfolio é, segundo a Targus, o Filo-fax do século XXI. Uma bolsa em pele de qua-lidade superior protege o iPad e é anti-riscos, mantendo o seu aspecto sempre atraente, ao mesmo tempo que oferece uma organização para o utilizador poder arrumar os acessórios extra.A Targus Zierra Portfolio para iPad 2 parece uma agenda com espaço para o tablet e para tantos outros bens pessoais, como cartões, um loop para caneta, que pode ser a Stylus para tablet, bolsas para documentos e fotos. A bolsa per-mite que se utilize o iPad no seu interior e com total conforto e ainda traz um “cleaning pad” da Targus para limpeza do ecrã.Preço aproximado: 49,99 euros

Placa Multi Style da Remington

Esta placa de alisar e encaracolar permite a criação de vários looks com apenas um aparelho. Quer seja cabelo alisado, caracóis soltos ou lar-gos, a placa Multi Style da Remington consegue oferecer os melhores resultados através das três barras para encaracolar que permitem selec-cionar vários programas para conseguir o look desejado. As placas com cerâmica avançada de qualidade profissional aquecem apenas em 15 segundos são duas vezes mais suaves e três vezes mais duradouras. A temperatura variável de 150º a 210º C permite o ajuste ao tipo de cabelo.PVP estimado: 49,99 euros

Sugestões de Natal

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Nespresso oferece 50 euros de desconto nas suas máquinas*

As máquinas Nespresso são o presente perfeito para este Natal. Por isso, a Nespresso disponibiliza as melhores opções para que se cele-bre a época festiva e viva a experiência do café perfeito em casa na companhia de quem mais se gosta.Agora, com um desconto imediato de 50 euros, na compra de qualquer máquina de café Nespresso.*Consulte as condições da campanha em www.nespresso.comPreço aproximado: a partir de 49,99 euros

Máquina de lavar e secar PWDE 7124 W da IndesitCom a máquina PWDE 7124 W da Indesit pode-se lavar até sete quilogramas de roupa e poupar energia devido à sua eficiência energética de classe A e à regulação automática dos consumos.Este novo modelo permite também secar até cinco quilogramas de roupa utilizando um dos três programas de secagem, depois de se ter lavado a roupa com programas especiais, tais como Jeans e Camisas ou Lãs, ou opções como Anti-mancha e Engomar Fácil, que facilitam o dia-a-dia das famílias modernas que querem um aparelho prático, sem dispensar a estética que caracteriza a linha Prime.Preço aproximado: 569 euros

Forno LUCE F073296 FK 1041L P.20 da Hotpoint-Ariston

Para os cozinhados de Natal, a Hotpoint-Ariston aconselha o forno de 58 litros da sua nova gama LUCE.O inox anti-manchas acaba com as preocupações de limpeza externa, en-quanto a auto-limpeza por pirólise garante uma limpeza eficaz na cavidade. Além das guias telescópicas e da iluminação LED, o forno LUCE conta com o sistema de ventilação forçada de arrefecimento DUAL FLOW, que permite uma gestão mais eficaz da circulação do ar quente. Com o High Definition Cooking, a cozedura é homogénea, pois o alimento é cozinhado com radia-ção de calor constante e uniforme, de cima para baixo e da direita para a esquerda, graças ao novo dispositivo electrónico, patenteado pela marca.Este forno é, segundo a Hotpoint-Ariston, o mais ecológico do mercado (0,64 kWh) com eficiência energética A-20.Preço aproximado: 699 euros

Máquina de costura Supra MC822 da Jata

A máquina de costura Supra MC822 da Jata tem controlo electrónico inteligente de funções, faz 75 pontos diferentes (dois pontos flexíveis, 43 pontos decorativos, 16 remates e quatro de casas) e casas automáticas.O visor seu LCD auto-luminiscente permite uma melhor visibilidade e o sistema automático para desligar assegura a segurança do utilizador. Os sistemas automáticos para enfiar a linha e encher as bobinas e o braço livre tornam qualquer trabalho mais fácil.Portátil, esta máquina tem pega de transporte e jogo completo de aces-sórios guardados na mala protectora.Preço aproximado: 399,90 euros

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Sugestões de NatalMáquina Nescafé Dolce Gusto

Genio Titanium da KrupsA nova Dolce Gusto Genio Titanium é uma máquina multi-bebi-das automática versátil e fácil de utilizar, possibilitando preparar uma variedade de bebidas com os sete níveis pré-definidos de dosagem.Fácil de manejar e arrumar, dadas as suas pequenas dimensões, a nova Genio é também rápida e prática na preparação de bebidas quentes e frias. Equipada com interface inteligente, que permite seleccionar a dosagem da bebida, a nova máquina automática da Krups conta com sete níveis de dosagem pré-definidos para todas as bebidas Nescafé Dolce Gusto. Os diferentes níveis são indicados no “display” LCD, onde é ainda possível controlar o tempo para o final da extracção de cada bebida. Por outro lado, este aparelho conta também com uma roda selectora, para esco-lher o volume de paragem automática.

Com 15 bares de pressão, o novo modelo da gama Dolce Gusto

possui sistema termobloco e um modo Eco, desli-gando automaticamente após cinco minutos sem

utilização.Preço aproximado:

130 euros

Secador EDH97961W da Electrolux

O secador EDH97961W da Electrolux utiliza menos 40 por cento de energia que um secador de classe A, devido à tecnologia de bomba de calor.Graças ao circuito fechado, não há perdas de calor para o exte-rior. Ao aproveitar esta energia, a tecnologia de bomba de calor reduz o consumo energético e poupa a carteira.Com sete quilogramas de capacidade, indicação no “display” das fases do programa e hora do dia, início diferido, tecla De-licados, luz interior e reversões do tambor, este aparelho pode trabalhar a qualquer hora, pois o nível de ruído é apenas de 67 décibeis.Preço aproximado: 619 euros

Charuteira ZKes 453 da Liebherr

Para os grandes apreciadores de charutos, a Liebherr sugere a charuteira ZKes 453. Esta é a mais requintada novidade da Liebherr e conserva os charutos nas condições ideais, desde a temperatura até à humidade.O sistema electrónico do aparelho permite controlar todos os factores para uma excelente conservação dos charutos com a máxima exactidão. A charuteira permite regular en-tre os 16 e os 20 graus de temperatura e os 20 e 78 por cento de humidade.Equipado com caixas feitas em cedro e iluminação LED, este aparelho combina com uma decoração elegante.Preço aproximado: 2.490 euros

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[ Mercado Estratégias ]

Rm-Revismarket - Novembro/Dezembro 2010

Mensagens de Natal

A Flama deseja-lhe um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

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Rm-Revismarket - Outubro/Novembro 2010

[ Mercado Estratégias ]

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A equipa da Franke Portugal deseja a todos os seus clientes, parceiros e amigos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de sucessos.

A LIFETECH deseja

a todos um Feliz Natal

e um Próspero Ano Novo.

São os votos de toda a equipa,

que o nosso “sorriso” permaneça em todos os vossos computadores…

que o nosso lema

“Making you smile”

permaneça em todos vocês.

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Rm-Revismarket - Março/Abril 201038

Mensagens de Natal

A Miele deseja a todos os seus Clientes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

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